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DENISSON MONTEIRO | ENGO.

DE SEGURANÇA DO TRABALHO
11 9 8641 0683 | DENISSON.EST@GMAIL.COM
1001278-98.2019.5.02.0025

EM 26/11/2019 ÀS 14:00HS

RUA JOSÉ RANGEL DE CAMARGO Nº 500, BAIRRO PERUCHE – SÃO PAULO/SP. (PONTO
DE ENCONTRO:RECEPÇÃO DE ENTRADA)

PROCESSO: RECLAMANTE: ALEGAÇÃO:

1001278-98.2019.5.02.0025 ERIKA FARIA INSALUBRIDADE

RECLAMADAS: PERITO:

ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIA GUSTAVO BARIONI, 9 8445 4447,

INICIAL: Nessa unidade a função realizada pela reclamante consistia em fazer


agendamentos por telefone e confirmar consultas, além disso, realizava atendimento em
contato direto com pacientes lhes fornecendo ou recebendo deles fichas e documentos,
trabalhando em condições insalubres, pois estava constantemente exposta a agentes
biológicos diversos, contudo sem receber o respectivo adicional insalubridade.

AUDIÊNCIA: Determinada a realização de perícia para apuração de INSALUBRIDADE


com prazo comum de dez dias para cada uma das partes apresentarem quesitos e
assistentes técnicos, sendo que o reclamante poderá no mesmo tempo falar sobre
defesa e documentos. Fica desde já nomeado perito o dr. LUIZ GUSTAVO BARIONI -
Telefone 98445-4447, email gustavobarioni@hotmail.com, com prazo até 13.12.19 para
entrega do laudo. Fica deferido o acompanhamento do reclamante na perícia, devendo o
autor entrar em contato direto com o sr. Perito.

CARGO: Auxiliar Técnico Administrativo II, JORNADA: Jornada 12 x 36, com 1h de


de 01/09/2015 a 09/09/2019. intervalo para refeição e descanso
IMPRESCRIÇÃO: 07/09/2014 a 06/09/2019

*OBSERVAÇÕES:

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Laborou, inicialmente, na AMA MASSAGISTA MARIA AMÉRICO, na qual permaneceu até


a metade de janeiro de 2016; após, passou a trabalhar junto à AMA ESPECIALIDADES
PARQUE PERUCHE (Rua José Rangel de Camargo, 500, Parque Peruche, CEP 02538-
010, SP). Lá permaneceu até 09/09/2019, quando foi dispensada sem justa causa (doc.
11), tendo recebido, já no dia 17/09/2019, a totalidade de seus haveres rescisórios, no
valor de R$7.790,55 (doc. 12 a 17), além de indenização rescisória (doc. 14, 16, 17) e
benefício do segurodesemprego (doc. 15) – não há (até porque não postuladas) quaisquer
diferenças em seu favor. Com efeito, com o fito de esclarecimento: nega se que a
reclamante tenha se ativado na AMA ESPECIALIDADES JD. ICARAÍ (Rua São Roque do
Paraguaçu, 190, Vila Quintana, CEP 04837-150) – não se sabe de onde a reclamante tirou
essa informação.Documentos:Sem documentos de referencia.

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EXMO(a). SR(a). DR(a). JUIZ(a) DA


25ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP

PROCESSO: 1001278-98.2019.5.02.0025

RECLAMANTE: ERIKA FARIA

RECLAMADA(S)
ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIA
:

DENISSON LOPES MONTEIRO, Assistente Técnico INDICADO PELA 1ª RECLAMADA,


inscrito no Registro Nacional de Profissionais do CONFEA/CREA sob o nº 5069572289-
SP, graduado como Engº. de Controle e Automação e Pós-Graduado em Segurança do
Trabalho pela Fundação Educacional Inaciana – “FEI”, em face do artigo nº. 465 da “Seção
X” do Código Processual Civil 1, e tomando por base o que estabelece os itens 15.4.1.1 2 ,
16.33, aceitos por Vossa Excelência na reclamação trabalhista supra, VEM MUI
RESPEITOSAMENTE APRESENTAR SEU PARECER TÉCNICO DE INSALUBRIDADE, o qual
se divide nas seguintes partes:

SUMÁRIO

1 OBJETIVO
Veremos a seguir as informações gerais do processo e os critérios adotados, como as
instruções de elaboração, normativas e período não prescrito processual:
1
Conforme item II do § 1º do artigo nº. 465, incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do
despacho de nomeação do perito, indicar um assistente técnico;
2
Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, comprovada a insalubridade
por laudo técnico de Engenheiro de Segurança do Trabalho ou Médico do Trabalho, devidamente habilitado, fixar
adicional devido aos empregados expostos à insalubridade quando impraticável sua eliminação ou neutralização;
3
A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do
Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no
Ministério do Trabalho, nos termos do artigo 195 da CLT.

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1.1 INFORMAÇÕES GERAIS


A presente perícia foi efetuada visando avaliar as condições e ambiente de trabalho da
parte requerente, quando do seu labor para a empresa. As avaliações necessárias foram
feitas na data de 26/11/2019, para a determinação positiva ou negativa de
INSALUBRIDADE, para a função de AUXILIAR TÉCNICO ADMINISTRATIVO II.

Avaliando-se as informações obtidas no local e de acordo com os informantes, a perícia


declara que NÃO HOUVE LABOR EM CONDIÇÕES DE INSALUBRIDADE, em sua área de
trabalho. A conclusão se fez baseada nas informações prestadas durante a vistoria,
análise de documentos da parte Reclamada e legislação vigente aplicável.

1.2 CRITÉRIOS
Os critérios adotados foram os constantes da Lei 6.514/77, Portaria 3.214/78, Norma
Regulamentadora “NR-15” e Portaria 3.311/89 4 em seu formulário 8, acerca das
“INSTRUÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE LAUDO DE INSALUBRIDADE E

PERICULOSIDADE”, sendo avaliados quantitativamente os agentes cuja insalubridade é


determinada através de valores limites de tolerância, nos Anexos 1, 2, 3, 5, 11 e 12 e
qualitativamente os agentes através de inspeção realizada no local de trabalho, conforme
os anexos 6, 7, 8, 9, 10, 13 e 14.

Conforme o Artigo 11º da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, "A PRETENSÃO
QUANTO A CRÉDITOS RESULTANTES DAS RELAÇÕES DE TRABALHO PRESCREVE EM 5

ANOS PARA OS TRABALHADORES URBANOS E RURAIS, ATÉ O LIMITE DE DOIS ANOS

APÓS A EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO".

Desta forma, este parecer foi elaborado com base no período não prescrito deste
processo, compreendido de 07/09/2014 a 09/09/2019, com base na data de autuação
processual em 06/09/2019.

Desta forma, o período não prescrito processual abrange todo tempo de labor em questão,
compreendido de 01/09/2015 a 09/09/2019, com base na data de autuação de 06/09/2019.
4
Embora a Portaria 3.311/89 tenha sido revogada pela Portaria 546/10, o Formulário 8 não foi extinguido, conforme
pode-se constatar via consulta ao MTE.

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Os fatos que levam este Assistente Técnico a esta conclusão, estão apresentados no
laudo que se segue.

2 CARACTERÍSTICAS GERAIS
A seguir, veremos informações sobre o local, objeto da perícia e participantes:

2.1 TEMPO E LOCAL VISITADO

DATA: Terça-feira, 26 de novembro de 2019.

CHEGADA
14h00m.
:

LOCAL: Rua José Rangel de Camargo nº 500, Bairro Peruche – São Paulo/SP.
(Ponto de encontro:Recepção de entrada)

2.2 OBJETO DA PERÍCIA


A perícia teve como objeto de análise o deferimento do Exmo(a). Sr(a). Dr(a). Juiz(a) em
ata de audiência, conforme trecho referendado:

“...Determinada a realização de perícia para apuração de


INSALUBRIDADE com prazo comum de dez dias para cada
uma das partes apresentarem quesitos e assistentes técnicos,
sendo que o reclamante poderá no mesmo tempo falar sobre
defesa e documentos. Fica desde já nomeado perito o dr.
LUIZ GUSTAVO BARIONI - Telefone 98445-4447, email
gustavobarioni@hotmail.com, com prazo até 13.12.19 para
entrega do laudo. Fica deferido o acompanhamento do
reclamante na perícia, devendo o autor entrar em contato
direto com o sr. Perito...”

2.3 PARTICIPANTES

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A perícia foi conduzida pelo ENGO GUSTAVO BARIONI, Perito nomeado para a alegação
em debate e HOUVE A PARTICIPAÇÃO DA PARTE REQUERENTE . Além dos citados e
deste Assistente Técnico, contribuíram para a diligência as seguintes pessoas:

NOME POSIÇÃO

*OBS: TODOS OS PARTICIPANTES LABORAM PARA A RÉ.

3 ANÁLISE TÉCNICA DE CAMPO


Nossa análise técnica de campo é composta por dados da Ré, como razão social, grau de
risco, demais informações pertinentes e dados do layout no ambiente em questão:

3.1 DADOS DA EMPRESA


ATIVIDADE PRINCIPAL DA RECLAMADA: Após consulta ao Código Nacional de Atividade
Econômica, o “CNAE” no cartão CNPJ da 1º Reclamada, “ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA
FAMÍLIA”, obtivemos as seguintes informações de atividade principal: “86.90-9/99:
OUTRAS ATIVIDADES DE ATENÇÃO À SAÚDE HUMANA NÃO ESPECIFICADAS

ANTERIORMENTE.”. Conforme descrito no quadro nº.1 da NR-4, obtivemos para as


atividades da Reclamada, o grau de risco 1.

3.2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO

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LOCAL:

PAREDES:

PISO:

ILUMINAÇÃO:

VENTILAÇÃO:

ÁREA TOTAL:

ÁREA DO SETOR:

PÉ DIREITO:

3.3 FUNÇÃO E ATRIBUIÇÕES AVALIADAS


Veremos a seguir, a identificação da função, jornada de trabalho e atribuições:

3.3.1 IDENTIFICAÇÃO

FUNÇÃO DE ATÉ

Auxiliar Técnico Administrativo Ii 01/09/2015 09/09/2019

3.3.2 JORNADA

Jornada 12 x 36, com 1h de intervalo para refeição e descanso

3.3.3 ATRIBUIÇÕES

Na qualidade de AUXILIAR TÉCNICO ADMINISTRATIVO II,

3.4 RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

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4 TEMPO DE EXPOSIÇÃO
Na caracterização tanto da insalubridade quanto da periculosidade, NÃO HÁ NENHUMA
NORMA, PORTARIA, SÚMULA OU QUALQUER OUTRO DOCUMENTO QUE POSSA

NORTEAR O EMBASAMENTO TÉCNICO SOBRE O TEMPO DE EXPOSIÇÃO DO

TRABALHADOR ao agente insalubre, na exposição ao agente ou atividade periculosa. Por


isso, este Assistente Técnico julga fundamental referendar conceitos válidos para a
quantificação do tempo de exposição, como se segue.

Vejamos, por exemplo, o que a Súmula n. 364 do TST nos diz:

“... SÚMULA N. 364 do TST:


ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL,
PERMANENTE E INTERMITENTE.

Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado


exposto permanentemente ou que, de forma intermitente,
sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o

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contato se dá de forma eventual, assim considerado o


fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo
extremamente reduzido...”

Para a exposição à energia elétrica, a Súmula n. 361 do TST assegura que:

“... SÚMULA N. 361 do TST


ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ELETRICITÁRIOS.
EXPOSIÇÃO INTERMITENTE.

O trabalho exercido em condições perigosas, embora de


forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o
adicional de periculosidade de forma integral, porque a Lei
n. 7.369, de 20.9.1985, não estabeleceu nenhuma
proporcionalidade em relação ao seu pagamento...”

No caso da insalubridade, a Súmula n. 47 do TST ratifica que a exposição em caráter


intermitente pode dar o direito ao trabalhador ao recebimento do adicional de
insalubridade:

“... SÚMULA N. 47 do TST


O trabalho executado em condições insalubres, em caráter
intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito
à percepção do respectivo adicional...”

Analisando as súmulas acima destacadas, naturalmente se apresentam as seguintes


dúvidas:

O que é exposição permanente?


O que é exposição intermitente?
O que é exposição eventual?
O que é exposição que acontece por tempo extremamente reduzido?

Temos assim, uma questão totalmente subjetiva, POIS O QUE É INTERMITENTE PARA UM,
PODE SER CONSIDERADO EVENTUAL PARA OUTRO, gerando dúvida nos casos dos
agentes insalubres ou condições perigosas em que há caracterização por avaliação
qualitativa. Portanto, é fundamental esclarecer o tipo de exposição, em função de um
tempo definido.

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Destarte demonstraremos referências válidas para efetuar a caracterização à exposição do


trabalhador de forma quantitativa, se utilizando de referências precisas em minutos, para a
definição de exposição.

4.1 PORTARIA no. 3.311, DE 29 DE NOVEMBRO DE 1989


Uma referência válida para quantificar o tempo de exposição está descrito na portaria do
MTE 3.311, de 29 de novembro de 1989. Essa portaria tem como objetivo estabelecer “os
princípios norteadores do programa de desenvolvimento do Sistema Federal de Inspeção
do Trabalho e dá outras providências”. EM SEU ITEM 4.4, ESSA PORTARIA DEFINE O QUE
PODE SER PERMANENTE, INTERMITENTE OU EVENTUAL.

O quadro abaixo traz um resumo do item 4.4 da referida norma:

Apesar de cancelada pela Portaria n. 546, de 11 de março de 2010, que não trouxe mais
essa análise do tempo de exposição, o cancelamento não tem relação com o antigo item
4.4, de forma que esta referência ainda pode ser usada para orientação dos profissionais
de saúde e segurança na avaliação do tempo de exposição, para fins de caracterização da
insalubridade e/ou periculosidade.

4.2 ORIENTAÇÃO NORM. no. 6, DE 18 DE MARÇO DE 2013


No dia 18 de março de 2013, entrou em vigor a orientação normativa da secretaria de
gestão pública do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão — SEGEP. Esse
documento “ESTABELECE ORIENTAÇÃO SOBRE A CONCESSÃO DOS ADICIONAIS DE
INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE, IRRADIAÇÃO IONIZANTE E GRATIFICAÇÃO POR

TRABALHOS COM RAIOS X OU SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS, E DÁ OUTRAS

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PROVIDÊNCIAS”, acerca dos adicionais de insalubridade e periculosidade para servidores


públicos.

Apesar de aplicada para servidores públicos, serve também para um embasamento técnico
quanto ao tempo de exposição para empregados regidos pela CLT. Em seu art. 9º, a
Orientação Normativa nº. 6 diz:

“...ART. 9º Em relação aos adicionais de insalubridade e


periculosidade, consideram-se:
I — EXPOSIÇÃO EVENTUAL OU ESPORÁDICA: aquela em que
o servidor se submete a circunstâncias ou condições
insalubres ou perigosas, como atribuição legal do seu cargo,
por tempo inferior à metade da jornada de trabalho mensal;
II — EXPOSIÇÃO HABITUAL: aquela em que o servidor se
submete a circunstâncias ou condições insalubres ou
perigosas como atribuição legal do seu cargo por tempo
igual ou superior à metade da jornada de trabalho mensal; e
III — EXPOSIÇÃO PERMANENTE: aquela que é constante,
durante toda a jornada laboral e prescrita como principal
atividade do servidor; ...”

Veja que essa Orientação Normativa define o que é exposição eventual ou esporádica,
habitual (neste caso, o mesmo que intermitente) e a exposição permanente. Considerando
por exemplo um trabalhador laborando 200 horas por mês, exposto a um agente insalubre
ou periculoso, podemos resumir o entendimento de acordo com a tabela abaixo:

No art. 10, a Orientação Normativa n. 6 diz:

“...Art. 10. A caracterização e a justificativa para concessão


de adicionais de insalubridade e periculosidade aos
servidores da Administração Pública Federal direta,
autárquica e fundacional, quando houver exposição

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permanente ou habitual a agentes físicos, químicos ou


biológicos, dar-se-ão por meio de laudo técnico elaborado
com base nos limites de tolerância mensurados nos termos
das Normas Regulamentadoras n. 15 e n. 16, aprovadas pela
Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego n. 3.214, de
8 de junho de 1978...”

Note que se faz referência às NRs 15 e 16, nos casos de exposição permanente ou
habitual. Mais uma vez fica demonstrado que, QUANDO O TEMPO DE EXPOSIÇÃO FOR
CARACTERIZADO COMO EVENTUAL, O TRABALHADOR NÃO TERÁ DIREITO AO

RECEBIMENTO DO ADICIONAL de insalubridade e/ou periculosidade.

5 PERICULOSIDADE
Revisaremos a seguir a definição da legislação em face da Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT e será realizado em seguida, uma avaliação dos anexos 1, 2, 3, 4, 5 e (*)
da NR-16, acerca de “ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS”.

5.1 DEFINIÇÃO DO ARTIGO 193 DA CLT


“São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma de regulamentação
aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que por sua natureza ou método de
trabalho, impliquem o CONTATO PERMANENTE COM INFLAMÁVEIS ou EXPLOSIVOS,
RADIAÇÃO IONIZANTE em condições de RISCO ACENTUADO E TRABALHOS

INTEGRANTES DE SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA”.

LEI Nº 12.740, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2012: Altera o art. 193 da Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a fim de
redefinir os critérios para caracterização das atividades ou operações perigosas, e revoga
a Lei nº 7.369, de 20 de setembro de 1985.

ART. 1º O art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei
nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar com as seguintes alterações:

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"...ART. 193. São consideradas atividades ou operações


perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, IMPLIQUEM RISCO
ACENTUADO EM VIRTUDE DE EXPOSIÇÃO PERMANENTE do
trabalhador a:
I - Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
II - Roubos ou outras espécies de violência física nas
atividades profissionais de segurança pessoal ou
patrimonial...”

Observando a legislação elencada, os conceitos de periculosidade e risco e,


consequentemente, de atividade perigosa e área de risco não foram até o momento
suficientemente esclarecidos do ponto de vista técnico. Portanto, são necessários
esclarecimentos quanto à interpretação dos termos constantes na legislação vigente:

ACENTUADO: intenso, preciso, definido;


CONDIÇÃO: circunstância, situação;
CONTATO: ato de exercer o sentido do tato, toque; proximidade;
PERIGO: exposição relativa a um risco que, não controlado, poderá consolidar-se em
dano;
PERMANENTE: que se mantém, ininterrupto, constante;
RISCO: uma ou mais condições de uma variável com potencial para causar dano.

Por todo SÓ DEVEM SER CONSIDERADAS COMO PERICULOSAS AS ATIVIDADES OU


OPERAÇÕES QUE “POR SUA NATUREZA OU MÉTODOS DE TRABALHO, IMPLIQUE EM

RISCO ACENTUADO EM VIRTUDE DE EXPOSIÇÃO PERMANENTE DO TRABALHADOR”.

Então, antes de analisar qualquer anexo da NR-16, o princípio de apresentar risco de vida
ao trabalhador deve ser satisfeito. SOMENTE APÓS SER CUMPRIDA ESSA ETAPA, É QUE
DEVE SER CONTINUADO O TRABALHO DE AVALIAÇÃO, DO CONTRÁRIO, A

PERICULOSIDADE DEVE SER DESCARACTERIZADA.

Reforçando o que foi dito acima, É INDEVIDO O PAGAMENTO DO REFERIDO ADICIONAL,


QUANDO O CONTATO SE DÁ DE FORMA EVENTUAL , assim considerado o fortuito ou o

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que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido (Súmula nº 364 do Tribunal
Superior do Trabalho – TST).

Acerca da percepção do adicional, temos ainda em seu inciso 1º:

“... § 1º O trabalho em condições


DE PERICULOSIDADE
ASSEGURA AO EMPREGADO UM ADICIONAL DE 30% (TRINTA
POR CENTO) SOBRE O SALÁRIO sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos
lucros da empresa...”

5.2 AVALIAÇÕES AMBIENTAIS


Seguem as avaliações para cada um dos 6 anexos (1,2,3,4,5 e *), da referida norma:

5.2.1 ANEXO 1 – ATIV. E OP. PERIGOSAS COM EXPLOSIVOS

1. São consideradas atividades ou operações perigosas as enumeradas no Quadro n.º 1,


seguinte:

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RESULTADO: No ambiente vistoriado, NÃO há qualquer operação, transporte ou


armazenamento de explosivos. dessa forma, as atividades exercidas durante o exercício
de seu pacto laboral com a ré, não se enquadram naquelas mencionadas no referido
anexo da NR-16, não havendo caracterização de periculosidade.

FUNDAMENTO LEGAL: Portaria Nº 3214/78 NR-16 - Anexo nº 1.

5.2.2 ANEXO 2 - ATIVIDADES E OP. PERIGOSAS COM INFLAMÁVEIS

A Periculosidade por Inflamáveis É DEVIDA AQUELES QUE INGRESSEM NA ÁREA DE


RISCO POR INFLAMÁVEIS LÍQUIDOS OU GASOSOS , de forma permanente e em condições
de risco acentuado, conforme os termos do art. 193 da CLT, já a Portaria nº 3214/78 NR-
16 anexo 2, define quais os trabalhadores que fazem jus ao adicional, bem como as áreas
de risco.

5.2.2.1 DOS GERADORES DE ENERGIA

Constatamos em diligência haver 2 geradores de energia, conforme abaixo:

LOCALIZAÇÃO POTÊNCIA APARENTE TANQUE ANEXO AMBIENTE

Sala em alvenaria,
1 tanque anexo com porta em aço
Piso “Térreo” 500 kVA plástico de 250 carbono, onde só os
litros autorizados têm
acesso.

Sala em alvenaria,
1 tanque anexo com porta em aço
Piso “G2” 500 kVA plástico de 250 carbono, onde só os
litros autorizados têm
acesso.

Ainda, cabe relembrar o relatório fotográfico já enunciado:

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5.2.2.2 PORTARIA SEPRT Nº 1357 DE 09/12/2019

Cabe esclarecer que a PORTARIA SEPRT Nº 1357 DE 09/12/2019 , aprova inclusão do


subitem 16.6.1.1 na Norma Regulamentadora nº 16, conforme a redação abaixo:

“... 16.6.1.1Não se aplica o item 16.6 às quantidades de


inflamáveis contidas nos tanques de combustível originais de
fábrica e suplementares, certificados pelo órgão
competente...”

Para efeito de referência, segue o item 16.6, acima mencionado:

“... 16.6As operações de transporte de inflamáveis líquidos


ou gasosos liquefeitos, em quaisquer vasilhames e a granel,
são consideradas em condições de periculosidade, exclusão
para o transporte em pequenas quantidades, até o limite de
200 (duzentos) litros para os inflamáveis líquidos e 135
(cento e trinta e cinco) quilos para os inflamáveis gasosos
liquefeitos...”

Em suma, ÀS QUANTIDADES DE INFLAMÁVEIS CONTIDAS NOS TANQUES ORIGINAIS DE


FÁBRICA E/OU SUPLEMENTARES, QUE ESTIVEREM CERTIFICADOS POR ÓRGÃO

COMPETENTE, EM VASILHAMES OU A GRANEL, NÃO SERÃO CONSIDERADAS

PERIGOSAS.

5.2.2.3 DA ANÁLISE DA EXPOSIÇÃO DO AUTOR

Analisaremos item a item das premissas requisitadas para o ensejo da periculosidade,


conforme a seguinte redação: “... 1 - AOS TRABALHADORES QUE SE DEDICAM EM
ATIVIDADES, OPERAÇÕES OU QUE OPEREM EM ÁREA DE RISCO, SERÁ CONCEDIDO UM

ADICIONAL DE 30%, nas condições abaixo: ...”

ITEM PARECER

a. na produção, transporte, processamento e armazenamento O Autor nunca laborou


de gás liquefeito. (todos os trabalhadores nessas nestas condições, pois
atividades ou que operam na área de risco). afirmou nunca ter
entrado na sala dos

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geradores.

b. no transporte e armazenagem de inflamáveis líquidos e O Autor nunca laborou


gasosos liquefeitos e de vasilhames vazios não- nestas condições, pois
afirmou nunca ter
desgaseificados ou decantados. (todos os trabalhadores
auxiliado no transporte
da área de operação). ou armazenamento.

c. nos postos de reabastecimento de aeronaves. (todos os O Autor nunca laborou


nestas condições, pois
trabalhadores nessas atividades ou que operam na área
a Ré não dispõe destas
de risco). condições de trabalho.

d. nos locais de carregamento de navios-tanques, vagões- O Autor nunca laborou


tanques e caminhões-tanques e enchimento de nestas condições, pois
vasilhames, com inflamáveis líquidos ou gasosos afirmou nunca ter
liquefeitos. (todos os trabalhadores nessas atividades ou auxiliado no transporte
que operam na área de risco). ou armazenamento.

e. nos locais de descarga de navios-tanques, vagões-tanques O Autor nunca laborou


e caminhões-tanques com inflamáveis líquidos ou gasosos nestas condições, pois
liquefeitos ou de vasilhames vazios não-desgaseificados ou afirmou nunca ter
decantados. (todos os trabalhadores nessas atividades auxiliado no transporte
ou que operam na área de risco). ou armazenamento.

f. nos serviços de operações e manutenção de navios- O Autor nunca laborou


tanques, vagões-tanques, caminhões-tanques, bombas e nestas condições, pois
vasilhames, com inflamáveis líquidos ou gasosos afirmou nunca ter
liquefeitos, ou vazios não-desgaseificados ou decantados . auxiliado em serviços
(todos os trabalhadores nessas atividades ou que de operações e
operam na área de risco). manutenção.

g. nas operações de desgaseificação, decantação e reparos O Autor nunca laborou


de vasilhames não-desgaseificados ou decantados. (todos nestas condições, pois
os trabalhadores nessas atividades ou que operam na afirmou nunca ter
realizado este tipo de
área de risco).
operação.

O Autor nunca laborou


h. nas operações de testes de aparelhos de consumo do gás nestas condições, pois
e seus equipamentos. (todos os trabalhadores nessas afirmou nunca ter
atividades ou que operam na área de risco). realizado testes de
qualquer espécie.

i. no transporte de inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos O Autor nunca laborou


nestas condições, pois

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afirmou nunca ter


auxiliado em serviços
em caminhões-tanques. (motoristas e ajudantes).
de transporte de
inflamáveis.

O Autor nunca laborou


j. no transporte de vasilhames (em caminhões de carga), nestas condições, pois
contendo inflamáveis líquidos, em quantidade total igual ou afirmou nunca ter
superior a 200 litros, quando não observado o disposto nos auxiliado em serviços
subitens 4.1 e 4.2 deste anexo. (motoristas e ajudantes). de transporte de
inflamáveis.

O Autor nunca laborou


k. no transporte de vasilhames (em carretas ou caminhões nestas condições, pois
de carga), contendo inflamáveis gasosos e líquidos, em afirmou nunca ter
quantidade total igual ou superior a 135 quilos. (motoristas auxiliado em serviços
e ajudantes). de transporte de
inflamáveis.

l. nas operações em postos de serviço e bombas de O Autor nunca laborou


nestas condições, pois
abastecimento de inflamáveis líquidos. (operadores de
bombas e trabalhadores que operam na área de risco). não há este tipo de
operação na Ré.

Finalizando, esclarecemos QUE O PRÓPRIO AUTOR INFORMOU EM DILIGÊNCIA NA


PRESENÇA DE TODOS QUE NUNCA ENTROU NA SALA DOS GERADORES DE ENERGIA,

tampouco REALIZOU OPERAÇÕES de qualquer espécie com inflamáveis.

RESULTADO: No decorrer de suas atividades em seu ambiente de trabalho, NÃO


houve qualquer atividade ou operação em contato com inflamáveis, TAMPOUCO
PERMANECIA EM ÁREA DE RISCO decorrente do armazenamento desse tipo de
material. logo, NÃO HÁ caracterização de periculosidade por exposição a inflamáveis em
suas atividades laborais no ambiente vistoriado.

FUNDAMENTO LEGAL: Portaria Nº 3214/78 NR-16 - Anexo nº 2 e Portaria SEPRT nº.


1.357 de 09/12/2019.

5.2.3 ANEXO 3 - ATIVIDADES E OP. PERIGOSAS COM EXPOSIÇÃO A


ROUBOS OU OUTRAS ESPÉCIES DE VIOLÊNCIA FÍSICA NAS

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ATIVIDADES PROF. DE SEGURANÇA PESSOAL OU PATRIMONIAL


(Aprovado pela Portaria MTE n.º 1.885, de 02 de dezembro de 2013).
1. As atividades ou operações que impliquem em exposição dos profissionais de
segurança pessoal ou patrimonial a roubos ou outras espécies de violência física são
consideradas perigosas.

2. São considerados profissionais de segurança pessoal ou patrimonial os trabalhadores


que atendam a uma das seguintes condições:

a) empregados das empresas prestadoras de serviço nas atividades de segurança privada


ou que integrem serviço orgânico de segurança privada, devidamente registradas e
autorizadas pelo Ministério da Justiça, conforme lei 7102/1983 e suas alterações
posteriores.

b) empregados que exercem a atividade de segurança patrimonial ou pessoal em


instalações metroviárias, ferroviárias, portuárias, rodoviárias, aeroportuárias e de bens
públicos, contratados diretamente pela administração pública direta ou indireta.

RESULTADO: Primeiramente, esclarece-se que a Lei 12.740/12 e o artigo 193 da CLT


tornaram-se vigentes somente a partir de 3 de dezembro de 2013, data de publicação da
portaria MTE nº. 1.885/2013. No presente caso, constatou-se que, no exercício de sua
função no local analisado, NÃO houve qualquer atividade profissional relacionada a
segurança pessoal ou patrimonial.

FUNDAMENTO LEGAL: Portaria Nº 3214/78 NR-16 - Anexo nº 3.

5.2.4 ANEXO 4 - ATIVIDADES E OP. PERIGOSAS C/ ENERGIA ELÉTRICA

Com a publicação do anexo 4 da NR-16, por meio da Portaria n. 1.078 de 16 de julho de


2014, o embasamento para a caracterização da periculosidade por exposição a energia
elétrica deve ser feito fundamentado neste anexo. Vamos então ao estudo dos seus
dizeres:

“...1. TÊM DIREITO AO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE os


trabalhadores:

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a) que executam atividades ou operações em instalações ou


equipamentos elétricos energizados em alta tensão;
b) que realizam atividades ou operações com trabalho em
proximidade, conforme estabelece a NR-10;
c) que realizam atividades ou operações em instalações ou
equipamentos elétricos energizados em baixa tensão no
sistema elétrico de consumo - SEC, no caso de
descumprimento do item 10.2.8 e seus subitens da NR-10 -
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
d) das empresas que operam em instalações ou
equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência -
SEP, bem como suas contratadas, em conformidade com as
atividades e respectivas áreas de risco descritas no quadro I
deste anexo...”

5.2.4.1 ANÁLISE DA ALÍNEA “A”

DESCRIÇÃO: “...a) que executam atividades ou operações em instalações ou


equipamentos elétricos energizados EM ALTA TENSÃO...”

Vejamos a definição de alta tensão da NR-10:

ALTA TENSÃO (AT): tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em
corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.

De acordo com esses dizeres, qualquer trabalhador que esteja exposto a energia elétrica
em alta tensão, terá direito ao adicional de periculosidade. Um exemplo prático são os
eletricistas que trabalham em ‘linha viva’, ou seja, não há o desligamento do equipamento
para a intervenção.

DESTARTE, CONSTATAMOS QUE NUNCA HOUVE LABOR COM TENSÕES ACIMA DE 220

VOLTS, DE FORMA QUE NÃO HÁ O QUE SE FALAR EM PERICULOSIDADE,

CONSIDERANDO OS DITAMES DA ALÍNEA “A”, PARA EQUIPAMENTOS ENERGIZADOS EM

ALTA TENSÃO.

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5.2.4.2 ANÁLISE DA ALÍNEA “B”

DESCRIÇÃO: “...b) que realizam atividades ou operações com TRABALHO EM

PROXIMIDADE, conforme estabelece a NR-10...”

Conforme as referências da NR-10, acerca da SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E


SERVIÇOS EM ELETRICIDADE, em seu Glossário temos o que é Trabalho em Proximidade:

TRABALHO EM PROXIMIDADE: trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona


controlada, ainda que seja com uma parte do seu corpo ou com extensões condutoras,
representadas por materiais, ferramentas ou equipamentos que manipule.

Este mesmo Glossário define o que é Zona controlada:

ZONA CONTROLADA: entorno de parte condutora ENERGIZADA, NÃO SEGREGADA,


acessível, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação
só é permitida a profissionais autorizados.

Para clarear melhor o entendimento sobre esse quesito, haja vista que a questão elétrica
causa muitas dúvidas, a NR-10 define também o que é Zona de Risco:

ZONA DE RISCO: entorno de parte condutora ENERGIZADA, NÃO SEGREGADA, acessível


inclusive acidentalmente, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão,
cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas e
instrumentos apropriados de trabalho.

Existe também a ZONA LIVRE, que não é definida no Glossário da NR-10, MAS
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NESSA ZONA NÃO REPRESENTAM MAIORES RISCOS

PARA O TRABALHADOR, devendo o mesmo ser instruído sobre os possíveis riscos


existentes na Zona Controlada e Zona de Risco. Neste caso o trabalhador não terá direito
ao adicional de periculosidade.

O Anexo II da NR-10 define as faixas de tensão nominal e determina os raios da zona de


risco, controlada e livre. Abaixo seguem as figuras construtivas para melhor entendimento:

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LEGENDA:

ZL = Zona livre;
ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados;

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ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e com a adoção de técnicas,


instrumentos e equipamentos apropriados ao trabalho;
PE = Ponto da instalação energizado;
SI = Superfície isolante construída com material resistente e dotada de todos
dispositivos de segurança.

DESTARTE, SE HOUVE AFIRMAÇÃO EM OITIVA DE NUNCA TER LABORADO COM

EQUIPAMENTOS ENERGIZADOS, NÃO HÁ O QUE SE FALAR EM PERICULOSIDADE,

CONSIDERANDO OS DITAMES DESTA ALÍNEA “B”, SOBRE ATIVIDADES EM

PROXIMIDADE, MESMO PORQUE SEMPRE LABOROU EM ZONA LIVRE.

5.2.4.3 ANÁLISE DA ALÍNEA “C”

DESCRIÇÃO: “...c) que realizam atividades ou operações EM INSTALAÇÕES OU


EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS ENERGIZADOS EM BAIXA TENSÃO no sistema elétrico de
consumo - SEC, no caso de descumprimento do item 10.2.8 e seus subitens da NR-10 -
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade...”

O SEC (sistema elétrico de consumo), representa o conjunto de consumidores de energia


elétrica, ainda SENDO ENTENDIDO COMO TODA INSTALAÇÃO APÓS OS MEDIDORES DAS
CONCESSIONÁRIAS DE ENERGIA ELÉTRICA.

De acordo com a NR-10, baixa tensão é:

BAIXA TENSÃO (BT): tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em
corrente contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em
corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.

Contudo, a alínea “c” diz claramente QUE SOMENTE SE FOR DESCUMPRIDO O ITEM
10.2.8 DA NR-10, É QUE ESSES TRABALHADORES TERÃO DIREITO AO REFERIDO

ADICIONAL. O item 10.2.8 da NR-10 diz:

“... 10.2.8. MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA

10.2.8.1. Em todos os serviços executados em instalações


elétricas devem ser previstas e adotadas, prioritariamente,

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medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante


procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de
forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores.
10.2.8.2. As medidas de proteção coletiva compreendem,
prioritariamente, a desenergização elétrica conforme
estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de
tensão de segurança.
10.2.8.2.1. Na impossibilidade de implementação do
estabelecido no subitem 10.2.8.2., devem ser utilizadas
outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das
partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de
seccionamento automático de alimentação, bloqueio do
religamento automático.
10.2.8.3. O aterramento das instalações elétricas deve ser
executado conforme regulamentação estabelecida pelos
órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às
Normas Internacionais vigentes...”

É percebido que houve a valorização da Proteção Coletiva neste item, pois somente se
estas forem descumpridas, é que o trabalhador terá direito ao adicional de periculosidade.
VALE DESTACAR QUE O ITEM 10.2.8.2 ENFATIZA QUE DEVE SER PRIORIZADO O

TRABALHO COM EQUIPAMENTOS DESENERGIZADOS. Caso isso não seja possível,


deverá ser empregado o uso da tensão de segurança, que a NR-10 define como: “EXTRA
BAIXA TENSÃO (tensão não superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em
corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra), ORIGINADA EM UMA FONTE DE
SEGURANÇA”.

DESTARTE, UMA VEZ AFIRMADO EM OITIVA NÃO TER LABORADO COM EQUIPAMENTOS

ENERGIZADOS, NÃO CABE A CARACTERIZAÇÃO DE PERICULOSIDADE PELA ALÍNEA “C”

E POR CONSEQUÊNCIA, NÃO TER DESCUMPRIDO O ITEM 10.2.8 DA NR-10,

REFERENDADO.

5.2.4.4 ANÁLISE DA ALÍNEA “D”

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DESCRIÇÃO: “...d) das empresas QUE OPERAM EM INSTALAÇÕES OU EQUIPAMENTOS


INTEGRANTES DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - “SEP” , bem como suas
contratadas, em conformidade com as atividades e respectivas áreas de risco descritas no
quadro I deste anexo...”

Quando falamos em setor elétrico, referimo-nos normalmente ao Sistema Elétrico de


Potência (SEP), DEFINIDO COMO O CONJUNTO DE TODAS AS INSTALAÇÕES E
EQUIPAMENTOS DESTINADOS À GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE

ENERGIA ELÉTRICA ATÉ A MEDIÇÃO, inclusive.

Com o objetivo de uniformizar o entendimento é importante informar que o SEP trabalha


com vários níveis de tensão, classificadas em alta e baixa tensão e normalmente com
corrente elétrica alternada (60 Hz).

DESTARTE, CONFORME CONSTATADO EM DILIGÊNCIA, NUNCA HOUVE ATIVIDADES

DESTINADAS À GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ATÉ

A MEDIÇÃO E TAMPOUCO LABOROU EM ÁREA DE RISCO, NÃO HAVENDO ENSEJO DE

PERICULOSIDADE POR LABOR EM SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – SEP, VIDE OS

DITAMES DA ALÍNEA “D”.

RESULTADO: Analisando os ditames da legislação, concluímos NÃO HAVER


FUNDAMENTAÇÃO LEGAL para percepção do adicional de periculosidade, conforme os
ditames das alíneas “a”, “b”, “c” e “d” do anexo 4 da NR-16, estudados aqui
pormenorizadamente. portanto, NÃO HÁ CARACTERIZAÇÃO DE PERICULOSIDADE por
exposição a energia elétrica.

FUNDAMENTO LEGAL: Portaria Nº 1.078/14.

5.2.5 ANEXO 5 - ATIVIDADES PERIGOSAS EM MOTOCICLETA (aprovado


pela portaria MTE n.º 1.565, de 13 de outubro de 2014).

1. As atividades laborais com utilização de motocicleta ou motoneta no deslocamento de


trabalhador em vias públicas são consideradas perigosas.

2. NÃO são consideradas perigosas, para efeito deste anexo:

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a) a utilização de motocicleta ou motoneta exclusivamente no percurso da residência para


o local de trabalho ou deste para aquela;
b) as atividades em veículos que não necessitem de emplacamento ou que não exijam
carteira nacional de habilitação para conduzi-los;
c) as atividades em motocicleta ou motoneta em locais privados;
d) as atividades com uso de motocicleta ou motoneta de forma eventual, assim
considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente
reduzido.

RESULTADO: Durante o desempenho de suas atividades laborais no local vistoriado,


NÃO HOUVE o uso de motocicleta ou motoneta em vias públicas. dessa forma, não há
caracterização de periculosidade em suas atividades por uso de motocicleta.

FUNDAMENTO LEGAL: Portaria Nº 3214/78 NR-16 - Anexo nº 5.

5.2.6 ANEXO (*) - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM


RADIAÇÕES IONIZANTES OU SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS (Adotado
pela Portaria GM n.º 518, de 04 de abril de 2003).

ATIVIDADES ÁREAS DE RISCO

1. Produção, utilização, processamento, Minas e depósitos de materiais radioativos.


transporte, guarda, estocagem e manuseio Plantas-piloto e Usinas de beneficiamento
de materiais radioativos, selados e não de minerais radioativos.
selados, de estado físico e forma química
quaisquer, naturais ou artificiais, incluindo: Outras áreas sujeitas a risco potencial
devido às radiações ionizantes.

1.1 Prospecção, mineração, operação, Lixiviação de mineiras radiativos para a


beneficiamento e processamento de produção de concentrados de urânio e tório.
minerais radioativos. Purificação de concentrados e conversão
em outras formas para uso como
combustível nuclear.

1.2. Produção, transformação e tratamento Produção de fluoretos de urânio para a


de materiais nucleares para o ciclo do produção de hexafluoretos e urânio
combustível nuclear. metálico. Instalações para enriquecimento
isotópico e reconversão. Fabricação de
elemento combustível nuclear. Instalações
para armazenamento dos elementos
combustíveis usados. Instalações para o
retratamento do combustível irradiado.

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Instalações para o tratamento e deposições,


provisórias e finais, dos rejeitos radioativos
naturais e artificiais.

1.3. Produção de radioisótopos para uso Laboratórios para a produção de


em medicina, agricultura, agropecuária, radioisótopos e moléculas marcadas.
pesquisa científica e tecnológica.

1.4. Produção de Fontes Radioativas Instalações para tratamento de material


radioativo e confecção de fontes.
Laboratórios de testes, ensaios e calibração
de fontes, detectores e monitores de
radiação, com fontes radioativas.

1.5. Testes, ensaios e calibração de Laboratórios de ensaios para materiais


detectores e monitores de radiação com radioativos.
fontes de radiação. Laboratórios de radioquímica.

1.6. Descontaminação de superfícies, Laboratórios para descontaminação de


instrumentos, ferramentas, utensílios de peças e materiais radioativos.
laboratório, vestimentas e de quaisquer Coleta de rejeitos radioativos em
outras áreas ou bens duráveis instalações, prédios e em áreas abertas.
contaminados com materiais radioativos. Laboratórios para descontaminação de
peças e lavanderia para roupas
contaminadas.
Transporte de materiais e rejeitos
radioativos, condicionamento, estocagens e
sua deposição.

1.7. Separação isotópica e processamento Instalações para tratamento,


radioquímico. condicionamento, contenção, estabilização,
estocagem e deposição de rejeitos
radioativos.
Instalações para retenção de rejeitos
radioativos.

1.8. Manuseio, condicionamento, Sítios de rejeitos.


liberação, monitoração, estabilização, Instalações para estocagem de produtos
inspeção, retenção e deposição de rejeitos radioativos para posterior aproveitamento.
radioativos.

2. Atividades de operação e manutenção Edifícios de reatores.


de reatores nucleares, incluindo: Edifícios de estocagem de combustível.

2.1. Montagem, instalação, substituição e Instalações de tratamento e estocagem de

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inspeção de elementos combustíveis. rejeitos radioativos.

2.2. Manutenção de componentes Instalações para tratamento de água e


integrantes do reator e dos sistemas reatores e separação e contenção de
hidráulicos mecânicos e elétricos, produtos radioativos.
irradiados, contaminados ou situados em Salas de operação de reatores.
áreas de radiação.
Salas de amostragem de efluentes
radioativos.

2.3. Manuseio de amostras irradiadas. Laboratórios de medidas de radioativos.

2.4. Experimentos utilizados como canais Outras áreas sujeitas a risco potencial às
de irradiação. radiações ionizantes, passíveis de serem
atingidas por dispersão de produtos voláteis.

2.5 Medição de radiação, levantamento de Laboratórios semiquentes e quentes.


dados radiológicos e nucleares, ensaios, Minas de urânio e tório.
testes, inspeções, fiscalização e supervisão
de trabalhos técnicos. Depósitos de minerais radiativos e produtos
do tratamento de minerais radioativos.

2.6 Segregação, manuseio, tratamento, Coletas de materiais e peças radioativas,


acondicionamento e armazenamento de materiais contaminados com radioisótopos e
rejeitos radioativos. águas radioativas.

3. Atividades de operação e manutenção Áreas de irradiação de alvos.


de aceleradores de partículas, incluindo:

3.1. Montagem, instalação substituição e Oficinas de manutenção de componentes


manutenção de componentes irradiados ou irradiados ou contaminados.
contaminados. Salas de operação de aceleradores.

3.2. Processamento de alvos irradiados. Laboratórios para tratamento de alvos


irradiados e separação de radioisótopos.

3.3. Experimentos com feixes de Laboratórios de testes com radiação e


partículas. medidas nucleares.

3.4. Medição de radiação, levantamento Áreas de tratamento e estocagem de


de dados radiológicos e nucleares, testes, rejeitos radioativos.
inspeções e supervisão de trabalhos
técnicos.

3.5. Segregação, manuseio, tratamento, Laboratórios de processamento de alvos


acondicionamento e armazenamento de irradiados.
rejeitos radioativos.

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4. Atividades de operação com aparelhos Salas de irradiação e de operação de


de raios-X, com irradiadores de radiação aparelhos de raios-X e de irradiadores
gama, radiação beta ou radiação de gama, beta ou nêutrons.
nêutrons, incluindo:

4.1. Diagnóstico médico e odontológico. Laboratórios de testes, ensaios e calibração


com as fontes de radiação descritas.

4.2. Radioterapia. ---

4.3. Radiografia industrial, gamagrafia e Manuseio de fontes.


neutronradiografia.

4.4. Análise de materiais por difratometria. Manuseio do equipamento.

4.5. Testes, ensaios e calibração de Manuseio de fontes e amostras radioativas.


detectores e monitores de radiação.

4.6. Irradiação de alimentos. Manuseio de fontes e instalações para a


irradiação de alimentos.

4.7. Estabilização de instrumentos médico- Manuseio de fontes e instalações para a


hospitalares. operação.

4.8. Irradiação de espécimes minerais e Manuseio de amostras irradiadas.


biológicos.

4.9. Medição de radiação, levantamento Laboratórios de ensaios e calibração de


de dados radiológicos, ensaios, testes, fontes e materiais radioativos.
inspeções, fiscalização de trabalhos
técnicos.

5. Atividades de medicina nuclear. Sala de diagnósticos e terapia com medicina


nuclear.

5.1. Manuseio e aplicação de Enfermaria de pacientes, sob tratamento


radioisótopos para diagnóstico médico e com radioisótopos.
terapia. Enfermaria de pacientes contaminados com
radioisótopos em observação e sob
tratamento de descontaminação.

5.2. Manuseio de fontes seladas para Área de tratamento e estocagem de rejeitos


aplicação em braquiterapia. radioativos.

5.3. Obtenção de dados biológicos de Manuseio de materiais biológicos contendo


radioisótopos ou moléculas marcadas.

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pacientes com radioisótopos incorporados.

5.4. Segregação, manuseio, tratamento, Laboratórios para descontaminação e coleta


acondicionamento e estocagem de rejeitos de rejeitos radioativos.
radioativos.

6. Descomissionamento de instalações Áreas de instalações nucleares e radioativas


nucleares e radioativas, que inclui: contaminadas e com rejeitos.

6.1 Todas as descontaminações Depósitos provisórios e definitivos de


radioativas inerentes. rejeitos radioativos.

6.2. Gerenciamento dos rejeitos Instalações para contenção de rejeitos


radioativos existentes, ou seja; tratamento radioativos.
e acondicionamento dos rejeitos líquidos, Instalações para asfaltamento de rejeitos
sólidos, gasosos e aerossóis; transporte e radioativos.
deposição dos mesmos.
Instalações para cimentação de rejeitos
radioativos.

7. Descomissionamento de minas, Tratamento de rejeitos minerais.


moinhos e usinas de tratamento de Repositório de rejeitos naturais (bacia de
minerais radioativos. contenção de rádio e outros radioisótopos).
Deposição de gangas e rejeitos de
mineração.

NOTA EXPLICATIVA (Inserida pela Portaria MTE n.º 595, de 7 de maio de 2015):

1. Não são consideradas perigosas, para efeito deste anexo, as atividades desenvolvidas
em áreas que utilizam equipamentos móveis de Raios X para diagnóstico médico.
2. Áreas tais como emergências, centro de tratamento intensivo, sala de recuperação e
leitos de internação não são classificadas como salas de irradiação em razão do uso do
equipamento móvel de Raios X.

RESULTADO: No exercício de sua função no ambiente vistoriado, NÃO houve qualquer


atividade em contato com radiações ionizantes ou substâncias radioativas. ademais,
NÃO há qualquer fonte produtora de radiações ionizantes no ambiente vistoriado.
portanto, NÃO há caracterização de periculosidade em suas atividades, no local
analisado.

FUNDAMENTO LEGAL: Portaria Nº 3214/78 NR-16: Anexo (*) e Decreto 93.412/86.

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6 INSALUBRIDADE
A seguir, relembraremos o conceito científico de Insalubridade e sua legislação aplicável.
Após, será elaborado um estudo pormenorizado prevendo a análise dos 14 anos da NR-
15, acerca de a “ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES”.

6.1 CONCEITO E LEGISLAÇÃO


Esclarece-se que a palavra “insalubre” tem origem no latim e significa “aquilo que dá
origem à doença”. A NORMA REGULAMENTADORA “NR-15”, TRATA DAS ATIVIDADES E
OPERAÇÕES INSALUBRES. Segundo o dicionário Houaiss (Houaiss 2009), “insalubre” tem
três significados:

1. Que não é bom para a saúde (diz esp. de lugar); malsão, deletério;
2. Que causa doença; insalutífero; e
3. (dir. trab.) capaz de prejudicar de alguma forma a saúde do trabalhador (diz-se de
condição de trabalho).

Em relação à legislação, cabe transcrever os artigos 189 e 190 da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT – Brasil, 1943):

“...ART. 189. Serão consideradas atividades ou operações


insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou
métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em
razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de
exposição aos seus efeitos...”
“...ART. 190. O Ministério do Trabalho aprovará o quadro
das atividades e operações insalubres e adotará normas
sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os
limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de
proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a
esses agentes...”
“...PARÁGRAFO ÚNICO. As normas referidas neste artigo
incluirão medidas de proteção do organismo do trabalhador

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nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos,


irritantes, alérgicos ou incômodos...”

Da leitura conjunta das definições acima, depreende-se que a insalubridade está


diretamente associada a circunstâncias prejudiciais à saúde presentes em determinados
ambientes e atividades de trabalho, caracterizando-os como insalubres. São, portanto,
atividades e ambientes que, EM CONDIÇÕES ESPECÍFICAS, OBRIGATORIAMENTE EXPÕE
OS TRABALHADORES A AGENTES NOCIVOS E PREJUDICAM SUA SAÚDE , mesmo que de
forma leve ou até imperceptível para o próprio trabalhador.

Daí porque há a previsão, no art. 191 da CLT, de que a eliminação ou a neutralização da


insalubridade dê-se com a adoção de medidas ou equipamentos de proteção individual
(EPIs) que eliminem ou limitem a exposição do trabalhador a intensidades inferiores aos
limites de tolerância. Em outras palavras, SE A EXPOSIÇÃO FOR INEXISTENTE, IMPEDIDA
OU ATENUADA POR ESSAS MEDIDAS OU SE NÃO HOUVER PREJUÍZO À SAÚDE DEVIDO

À EXPOSIÇÃO, NÃO SE PODE FALAR EM ATIVIDADES OU AMBIENTES INSALUBRES OU

INSALUBRIDADE.

Já na Norma Regulamentadora em questão, acerca das “Atividades e Operações


Insalubres”, nos compete destacar os itens abaixo:

ITEM 15.1: “São consideradas ITEM 15.4: “A eliminação ou


atividades ou operações insalubres as neutralização da insalubridade
que se desenvolvem”; determinará a cessação do pagamento
do adicional respectivo”;
SUBITEM 15.1.1: “Acima dos limites de
tolerância previstos nos anexos nº SUBITEM 15.4.1: “A eliminação ou
1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14”; neutralização da insalubridade deverá
ocorrer:
SUBITEM 15.1.5: “Entende-se por
Limite de Tolerância para os fins desta com a adoção de medida de ordem
Norma, a concentração ou intensidade geral que conserve o ambiente de
máxima ou mínima, relacionada com a trabalho dentro dos limites de
natureza e o tempo de exposição ao tolerância;
agente, que causará danos à saúde do com a utilização de equipamento de
trabalhador, durante a sua vida laboral”; proteção individual”.

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Assim, tem-se que a possível caracterização da insalubridade ocorrerá somente se o


agente estiver inserido nas restritas disposições da NR-15, NÃO SE PODENDO ESTENDER
A INTERPRETAÇÃO DESSA NORMA.

A seguir, avaliaremos pormenorizadamente os 14 anexos da NR-15, na busca de possíveis


enquadramentos com o caso em tela.

6.2 AVALIAÇÕES AMBIENTAIS:


Seguem os 14 anexos da NR-15 analisados.

6.2.1 ANEXO 1 - RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE

AVALIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO GRAU %

QUANTITATIVA. Atividades que se desenvolvem acima dos limites de


Médio 20%
tolerância previstos no anexo 1.

Por falta de definições sólidas na NR-15 acerca de Ruído Contínuo, encontramos as


seguintes definições:

Conforme a Norma de Higiene Ainda, na Instrução Técnica para


Ocupacional nº.1, NHO-01 da aplicação da Norma Brasileira NBR
FUNDACENTRO, acerca da Avaliação 10.151 elaborada pela CETESB, temos
Ocupacional de Ruído o Ruído que o Ruído Contínuo É AQUELE QUE
Contínuo ou intermitente é entendido NO INTERVALO DE TEMPO DE 5
COMO AQUELE QUE NÃO É MINUTOS APRESENTA UMA
CLASSIFICADO COMO RUÍDO DE VARIAÇÃO MENOR OU IGUAL A 6
IMPACTO OU IMPULSIVO. DB(A), entre máximos e mínimos.

Os limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente, de acordo com o anexo n° 1


da NR 15, são:

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Contudo, esclarecemos que os níveis de ruído contínuo encontrados não são significativos
e estão dentro das condições de conforto de ergonomia, conforme dos ditames da NR-17,
abaixo de 65 dB(A), a saber:

“...17.5.2.1. Para as atividades que possuam as


características definidas no subitem 17.5.2, mas não
apresentam equivalência ou correlação com aquelas
relacionadas na NBR 10.152, o nível de ruído aceitável para
efeito de conforto será de até 65 dB(A) e a curva de
avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB...”

Para constatar se este protetor auditivo é eficiente, nos servimos da fórmula do Instituto
NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health ou Instituto Nacional de
Segurança e Saúde Ocupacional dos Estados Unidos), que elaborou uma fórmula para
calcular essas falhas do Nível de Redução de Ruído, “NRR”, a saber:

LP dB (A )=L A – NRR sf

ONDE:

LP = "Nível protegido" em dB(A), para este caso;


LA = Nível de pressão sonora no local, também em dB(A);
NRRsf = Índice de redução de ruído especificado. Este índice, pode ser obtido a partir
de ensaio feito segundo o método B da Norma ANSI S12.6-1997, sem sofrer quaisquer
correções adicionais.

Substituindo, teremos:

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LP DB(A) = XX – XX
LP = XX DB(A)
Destarte, se o EPI dispõe de 00 NRRsf conforme demonstrado acima, conforme consulta
de seu Certificado de Aprovação – “CA”, CONSTATAMOS QUE O HOUVE EXPOSIÇÃO A
NÍVEIS INFERIORES DE RUÍDO AOS INFORMADOS PELO REFERIDO ANEXO, DE 00 DB(A).

RESULTADO: NÃO foram encontrados no local diligenciado fontes significativas de ruído


contínuo ou intermitente. Pelo exposto, resta demonstrado que o nível de ruído detectado
está abaixo dos limites legalmente estabelecidos.

FUNDAMENTO LEGAL: Portaria nº. 3.214/78, NR-15: Anexo nº. 1.

6.2.2 ANEXO 2 - RUÍDO DE IMPACTO

AVALIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO GRAU %

QUANTITATIVA. Atividades que se desenvolvem acima dos limites


Médio 20%
de tolerância previstos no anexo 2.

Ainda por falta de definições conclusivas na própria Norma Regulamentadora em questão,


conforme a Norma de Higiene Ocupacional nº.1, NHO-01 da FUNDACENTRO, acerca da
Avaliação Ocupacional de Ruído, entende-se por ruído de impacto AQUELE QUE
APRESENTA PICOS DE ENERGIA ACÚSTICA DE DURAÇÃO INFERIOR A UM SEGUNDO, A

INTERVALOS SUPERIORES A UM SEGUNDO . Os níveis de impacto deverão ser avaliados


em decibéis (dB), com medidor de pressão sonora.

Desta forma, os Ruídos impulsivos, ou de impacto apresentam altos níveis de intensidade


sonora, num intervalo de tempo muito pequeno. São os ruídos provenientes de explosões
e impactos, sendo ruídos característicos de rebitadeiras, impressoras automáticas,
britadeiras, prensas etc.

O LIMITE DE TOLERÂNCIA para ruído de impacto é de 130 dB (linear) ou 120 dB (C), caso
a leitura seja feita no circuito de resposta rápida e circuito de compensação “C”.

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RESULTADO: No ambiente de trabalho diligenciado, NÃO foi encontrado ruído de


impacto, de modo que suas atividades NÃO podem ser consideradas insalubres por
exposição a este tipo de ruído.

FUNDAMENTO LEGAL: Portaria nº. 3.214/78, NR-15: Anexo nº 2.

6.2.3 ANEXO 3 - EXPOSIÇÃO AO CALOR

AVALIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO GRAU %

QUANTITATIVA. Atividades que se desenvolvem acima dos limites


Médio 20%
de tolerância previstos no anexo 3.

6.2.3.1 CONCEITO

A palavra calor vem do Latim cálor (acento no “a”), “qualidade do que é quente, calor” e
pode ser definido como a TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA TÉRMICA DE UM SISTEMA A
OUTRO OU ENTRE PARTES DE UM MESMO SISTEMA EM VIRTUDE DA DIFERENÇA DE

TEMPERATURA ASSOCIADA AO MOVIMENTO DE ÁTOMOS, MOLÉCULAS E OUTRAS

PARTÍCULAS. Designa também a quantidade de energia térmica transferida.

6.2.3.2 CRITÉRIOS

Conforme os itens 1.1 e 1.1.1 do referido anexo, O OBJETIVO É ESTABELECER CRITÉRIO


PARA CARACTERIZAR AS ATIVIDADES OU OPERAÇÕES INSALUBRES DECORRENTES DA

EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO CALOR EM AMBIENTES FECHADOS OU AMBIENTES COM

FONTE ARTIFICIAL DE CALOR, sendo que este anexo não se aplica a atividades
ocupacionais realizadas a céu aberto sem fonte artificial de calor.

Ainda no item 2.3, são caracterizadas como insalubres as atividades ou operações


realizadas em ambientes fechados ou ambientes com fonte artificial de calor SEMPRE QUE
O IBUTG (MÉDIO) MEDIDO ULTRAPASSAR OS LIMITES DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL

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ESTABELECIDOS COM BASE NO ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO TERMÔMETRO DE GLOBO

APRESENTADOS NO QUADRO 1, “ IBUTG MAX [° C]” e determinados a partir da taxa


metabólica das atividades, apresentadas no Quadro 2, ambos no referido anexo.

Cabe também acrescentarmos, conforme as premissas do item 2.4, que o Índice de Bulbo
Úmido Termômetro de Globo Médio “ IBUTG ” e a Taxa Metabólica Média “ M [ W ]”, a serem
considerados na avaliação da exposição ao calor, DEVEM SER AQUELES QUE, OBTIDOS
NO PERÍODO DE 60 (SESSENTA) MINUTOS CORRIDOS, RESULTEM NA CONDIÇÃO MAIS

CRÍTICA DE EXPOSIÇÃO.

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6.2.3.3 QUADROS DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL

A seguir temos os quadros necessários para as definições dos limites de exposição


ocupacional estabelecidos:

QUADRO 1 - Limite de exposição ocupacional ao calor:

M [W ] IBUTG MAX [° C] M [W ] IBUTG MAX [° C] M [W ] IBUTG MAX [° C]


100 33,7 186 30,6 346 27,5
102 33,6 189 30,5 353 27,4
104 33,5 193 30,4 360 27,3
106 33,4 197 30,3 367 27,2
108 33,3 201 30,2 374 27,1
110 33,2 205 30,1 382 27,0
112 33,1 209 30,0 390 26,9
115 33,0 214 29,9 398 26,8
117 32,9 218 29,8 406 26,7
119 32,8 222 29,7 414 26,6
122 32,7 227 29,6 422 26,5
124 32,6 231 29,5 431 26,4
127 32,5 236 29,4 440 26,3
129 32,4 241 29,3 448 26,2
132 32,3 246 29,2 458 26,1
135 32,2 251 29,1 467 26,0
137 32,1 256 29,0 476 25,9
140 32,0 261 28,9 486 25,8
143 31,9 266 28,8 496 25,7
146 31,8 272 28,7 506 25,6
149 31,7 277 28,6 516 25,5
152 31,6 283 28,5 526 25,4
155 31,5 289 28,4 537 25,3
158 31,4 294 28,3 548 25,2
161 31,3 300 28,2 559 25,1
165 31,2 306 28,1 570 25,0
168 31,1 313 28,0 582 24,9
171 31,0 319 27,9 594 24,8
175 30,9 325 27,8 606 24,7
178 30,8 332 27,7
182 30,7 339 27,6

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QUADRO 2 - Taxa metabólica por tipo de atividade:

ATIVIDADE (W) SUBINDO RAMPA


SENTADO 1. Sem carga
Em repouso 100 • com 5° de inclinação, 4 km/h 324
Trabalho leve com as mãos 126 • com 15° de inclinação, 3 km/h 378
Trabalho moderado com as mãos 153 • com 25° de inclinação, 3 km/h 540
Trabalho pesado com as mãos 171 2. Com carga de 20 kg
Trabalho leve com um braço 162 • com 15° de inclinação, 4 km/h 486
Trabalho moderado com um braço 198 • com 25° de inclinação, 4 km/h 738
Trabalho pesado com um braço 234 DESCENDO RAMPA (5 KM/H) S/ CARGA
Trabalho leve com dois braços 216 • com 5° de inclinação 243
Trabalho moderado com dois braços 252 • com 15° de inclinação 252
Trabalho pesado com dois braços 288 • com 25° de inclinação 324
Trabalho leve com braços e pernas 324 SUBINDO ESCADA (80 DEGRAUS POR
Trabalho moderado com braços e pernas 441 MINUTO - ALTURA DO DEGRAU DE 0,17 M)
Trabalho pesado com braços e pernas 603 • Sem carga 522
EM PÉ, AGACHADO OU AJOELHADO • Com carga (20 kg) 648
Em repouso 126 DESCENDO ESCADA (80 DEGRAUS POR
Trabalho leve com as mãos 153 MINUTO -ALTURA DO DEGRAU DE 0,17 M)
Trabalho moderado com as mãos 180 • Sem carga 279
Trabalho pesado com as mãos 198 • Com carga (20 kg) 400
Trabalho leve com um braço 189 TRABALHO MODERADO DE BRAÇOS
Trabalho moderado com um braço 225 (EX.: VARRER, TRABALHO EM 320
Trabalho pesado com um braço 261 ALMOXARIFADO)
Trabalho leve com dois braços 243 TRABALHO MODERADO DE
349
Trabalho moderado com dois braços 279 LEVANTAR-SE OU EMPURRAR
Trabalho pesado com dois braços 315 TRABALHO DE EMPURRAR
Trabalho leve com o corpo 351 CARRINHOS DE MÃO, NO MESMO 391
Trabalho moderado com o corpo 468 PLANO, COM CARGA
Trabalho pesado com o corpo 630 TRABALHO DE CARREGAR PESOS
EM PÉ, EM MOVIMENTO OU COM MOVIMENTOS
495
ANDANDO NO PLANO VIGOROSOS COM OS BRAÇOS (EX.:
1. Sem carga TRABALHO COM FOICE)
• 2 km/h 198 TRABALHO PESADO DE LEVANTAR,
• 3 km/h 252 EMPURRAR OU ARRASTAR
524
• 4 km/h 297 PESOS (EX.: REMOÇÃO COM PÁ,
• 5 km/h 360 ABERTURA DE VALAS)
2. Com carga
• 10 kg, 4 km/h 333
• 30 kg, 4 km/h 450

CORRENDO NO PLANO
• 9 km/h 787
• 12 km/h 873
• 15 km/h 990

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RESULTADO: No local analisado, constatou-se APENAS A TEMPERATURA AMBIENTE,


entre 20 ºC (vinte graus centígrados) e 23 ºC (vinte e três graus centígrados) – em
conformidade com o estabelecido no item 17.5.2, alínea “b”, da NR 17, acerca de
conforto térmico. Diante do exposto, verifica-se que a temperatura no local de trabalho
ESTAVA ABAIXO dos limites de tolerância, pois NÃO HÁ FONTES SIGNIFICATIVAS
PRODUTORAS DE CALOR.

FUNDAMENTO LEGAL: Portaria nº. 3.214/78, NR-15: Anexo nº. 3, alterado pela Portaria
SEPRT nº. 1.359, de 09 de dezembro de 2019.

6.2.4 ANEXO 4 - ILUMINAMENTO

AVALIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO GRAU %

QUANTITATIVA. Revogado Revogado Revogado

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em sua NBR-5413, descreve


iluminância como sendo o LIMITE DA RAZÃO DO FLUXO LUMINOSO RECEBIDO PELA
SUPERFÍCIE EM TORNO DE UM PONTO CONSIDERADO, PARA A ÁREA DA SUPERFÍCIE

QUANDO ESTA TENDE PARA O ZERO.

Iluminamento, intensidade de iluminação ou iluminância é uma grandeza de luminosidade,


representada pela letra “E”, que faz a relação entre o fluxo luminoso que incide na direção
perpendicular a uma superfície e a sua área. O fluxo luminoso de um lúmen incidindo
sobre uma área de um metro quadrado produz o iluminamento de um lux.

Na prática, é a quantidade de luz dentro de um ambiente. Da mesma forma que o fluxo


luminoso, não é distribuído uniformemente, de maneira que ao ser medida, não terá o
mesmo valor em todos os pontos da área em questão. Sua unidade de medida é o lux (lx)
e para medi-la, usa-se um aparelho denominado luxímetro.

RESULTADO: Conforme a legislação vigente, o anexo nº. 4 da NR-15, em sua Portaria


nº. 3.214/78, FOI REVOGADO pela portaria Nº 3.751 de 23 de novembro de 1990).

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FUNDAMENTO LEGAL: Portarias nº. 3.214/78, 3.751/90 e NR-15: Anexo nº. 3.

6.2.5 ANEXO 5 - RADIAÇÕES IONIZANTES

AVALIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO GRAU %

QUANTITATIVA. Atividades que se desenvolvem acima dos limites de


Máximo 40%
tolerância previstos no anexo 5.

Entende-se por radiação ionizante o AGENTE FÍSICO, SOB A FORMA DE ENERGIA, QUE
SE TRANSMITE PELO ESPAÇO ATRAVÉS DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS, OU QUE

APRESENTA COMPORTAMENTO CORPUSCULAR, E AO ATINGIR UM ÁTOMO, TEM A

PROPRIEDADE SE SUBDIVIDI-LO EM DUAS PARTES ELETRICAMENTE CARREGADAS ,

chamadas de par iônico.

Existem quatro modalidades de radiações ionizantes consideradas para fins de


insalubridade:

PARTÍCULAS ALFA: emissão de RAIOS GAMA: emissão de energia sem


núcleos de hélio. Exemplo: amerício substrato material, de origem
241 e plutônio 239; eletromagnética;
PARTÍCULAS BETA: emissão de RAIOS X: emissão de radiações de
elétrons. Exemplo: criptônio 85 e ondas eletromagnéticas.
estrôncio 90;

Nas atividades ou operações onde trabalhadores possam ser expostos a radiações


ionizantes, os limites de tolerância, os princípios, as obrigações e controles básicos para a
proteção do homem e do seu meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos causados
pela radiação ionizante, SÃO OS CONSTANTES DA NORMA CNEN-NN-3.01: "DIRETRIZES
BÁSICAS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA", de março de 2014, aprovada pela Resolução
CNEN n.º 164/2014, ou daquela que venha a substituí-la.

RESULTADO: Durante o seu contrato laboral no local analisado, NÃO houve exposição a
radiações ionizantes. Portanto, suas tarefas não podem ser consideradas insalubres.

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FUNDAMENTO LEGAL: Portaria nº. 3.214/78, NR-15: Anexo nº. 5, atualizado pela Portaria
MTb n.º 1.084, de 18 de dezembro de 2018.

6.2.6 ANEXO 6 - CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS

AVALIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO GRAU %

QUALITATIVA. Nas atividades mencionadas no anexo 6. Máximo 40%

Trabalho sob pressão hiperbárica SÃO AQUELES NOS QUAIS OS TRABALHADORES SE


EXPÕEM A VALORES PRESSÓRICOS SUPERIORES À PRESSÃO ATMOSFÉRICA. Este
Anexo trata dos trabalhos sob ar comprimido e dos trabalhos submersos.

RESULTADO: Durante as suas atividades no ambiente vistoriado, NÃO houve exposição


a qualquer uma dessas condições.

FUNDAMENTO LEGAL: Portaria nº. 3.214/78, NR-15: Anexo nº. 6.

6.2.7 ANEXO 7 - RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES

AVALIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO GRAU %

QUALITATIVA. Comprovadas através de laudo de inspeção do local de


Médio 20%
trabalho

Radiação não ionizante é definida como um AGENTE FÍSICO, SOB A FORMA DE ENERGIA
ELETROMAGNÉTICA QUE, AO ATINGIR UM ÁTOMO, E NÃO POR DISPOR DE ENERGIA

SUFICIENTE PARA IONIZÁ-LO, ocasiona apenas a sua excitação, provocando o aumento


de sua energia interna.

Para os efeitos desta Norma, são radiações não ionizantes as MICRO-ONDAS,


ULTRAVIOLETAS E LASER.

RESULTADO: No desempenho das funções a serviço da empresa, NÃO havia exposição


a qualquer tipo de radiação não ionizante.

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FUNDAMENTO LEGAL: Portaria nº. 3.214/78, NR-15: Anexo nº. 7.

6.2.8 ANEXO 8 - VIBRAÇÕES

AVALIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO GRAU %

QUANTITATIVA. Comprovadas através de laudo de inspeção do local de Médi


20%
trabalho o

Vibração é a modalidade de agente físico CARACTERIZADA PELO MOVIMENTO


PERIÓDICO DE PARTÍCULAS DE UM CORPO OU MEIO ELÁSTICO EM SENTIDO

ALTERNATIVAMENTE OPOSTO COM RELAÇÃO À POSIÇÃO DE EQUILÍBRIO, QUANDO

ESTE FOI PERTURBADO. Pode se manifestar em frequência única, como no caso de um


diapasão ou, como é o caso mais comum, com múltiplas frequências, nas vibrações
mecânicas industriais.

RESULTADO: Durante o exercício de suas atividades no local vistoriado, NÃO havia


exposição a vibrações cuja intensidade pudesse ser considerada insalubre.

FUNDAMENTO LEGAL: Portaria nº. 3.214/78, NR-15: Anexo nº. 8.

6.2.9 ANEXO 9 - FRIO

AVALIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO GRAU %

QUALITATIVA. Comprovadas através de laudo de inspeção do local de


Médio 20%
trabalho

Frio (do latim frigĭdu) é a SENSAÇÃO PRODUZIDA PELA PERDA DE CALOR DO CORPO ,
causada pela baixa temperatura do meio externo para com o interno de um ser vivo, sendo
o oposto do calor.

Segundo a NR-15 - Anexo 9 – Frio: “As atividades ou operações executadas no interior de


câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, QUE EXPONHAM

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OS TRABALHADORES AO FRIO, SEM A PROTEÇÃO ADEQUADA, SERÃO CONSIDERADAS

INSALUBRES em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.”

Por tratar-se de uma análise qualitativa no ambiente de trabalho, consideramos as


referências de exposição diária da NR-29, acerca da segurança no trabalho portuário, onde
encontramos no item 29.3.16.2, parâmetros para a jornada de trabalho em locais
frigorificados, como se segue em sua tabela 1:

RESULTADO: No desempenho de suas atividades no ambiente analisado, NÃO houve


realização de atividades no interior de câmaras frigoríficas ou em locais com condições
similares, de modo que suas tarefas não podem ser caracterizadas como insalubres por
exposição a frio.

FUNDAMENTO LEGAL: Portaria nº. 3.214/78, NR-15: Anexo nº. 9.

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6.2.10 ANEXO 10 - UMIDADE

AVALIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO GRAU %

QUALITATIVA. Comprovadas através de laudo de inspeção do local de


Médio 20%
trabalho.

Proveniente do latim “humidu”, umidade é a QUANTIDADE DE VAPOR D'ÁGUA PRESENTE

EM DETERMINADO ESPAÇO, ou seja, QUANDO HÁ ÁGUA EM FORMA DE VAPOR NO AR.


Também pode se referir a qualidade do que está úmido ou ligeiramente molhado.

Este anexo trata das ATIVIDADES OU OPERAÇÕES EXECUTADAS EM LOCAIS ALAGADOS


OU ENCHARCADOS, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos
trabalhadores.

RESULTADO: Durante o seu pacto laboral no ambiente vistoriado, NÃO houve atividades
em local úmido, alagado ou encharcado, de modo que não ocorreu exposição a
quaisquer condições insalubres.

FUNDAMENTO LEGAL: Portaria nº. 3.214/78, NR-15: Anexo nº. 10.

6.2.11 ANEXOS 11, 12 e 13 - AGENTES QUÍMICOS

AVALIAÇÃO /
ANEXOS GRAU %
CARACTERIZAÇÃO

ANEXO 11: Agentes Químicos


QUANTITATIVA. Atividades
cuja Insalubridade é Mínimo,
que se desenvolvem acima dos 10%, 20%
Caracterizada por Limite de Médio ou
limites de tolerância previstos ou 40%
Tolerância e Inspeção no Máximo
no anexo 11.
Local de Trabalho

QUANTITATIVA. Atividades
ANEXO 12: Limites de
que se desenvolvem acima dos
Tolerância para Poeiras Máximo 40%
limites de tolerância previstos
Minerais
no anexo 12.

Mínimo,
QUALITATIVA. Nas atividades 10, 20%
ANEXO 13: Agentes Químicos Médio ou
mencionadas no anexo 13. ou 40%
Máximo

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São considerados agentes químicos as SUBSTÂNCIAS OU COMPOSTOS QUE POSSAM


PENETRAR NO ORGANISMO PELA VIA RESPIRATÓRIA, nas formas de poeiras, fumos,
névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição,
POSSAM TER CONTATO OU SER ABSORVIDOS PELO ORGANISMO ATRAVÉS DA PELE OU

POR INGESTÃO.

DA UTILIZAÇÃO DOS PRODUTOS QUÍMICOS: Com base nas informações colhidas em


diligência, julgamos fundamental reunir as seguintes informações acerca de cada produto
químico utilizado:

PRODUTO: Identificação do produto utilizado;


ARMAZENAGEM: Informações sobre engradado e estocagem do produto;
UTILIZAÇÃO: Investigação das atividades em que eram necessárias a utilização do
produto químico em questão;
EPIs: No item 8 da FISPQ do produto, acerca do controle de exposição e proteção
individual e coletiva, além de parâmetros de controle dos produtos;
EXPOSIÇÃO: Neste tópico abordaremos o tempo “T” e a frequência “F”, para um
melhor entendimento acerca do nível de exposição do produto.

Desta forma, reunimos as seguintes informações:

PRODUTO ARMAZENAGEM UTILIZAÇÃO EPIS E EPCS EXPOSIÇÃO

Eventual
T:
F:

Eventual
T:
F:

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Ainda, conforme consultado nas FISPQs 5 de cada produto, todos estes possuem pH 6
inferior a 13, ou seja, NÃO são produtos que possuem características de produtos químicos
álcalis cáusticos.

O termo álcali cáustico está relacionado a produtos com efeito imediato sobre a pele pelo
processo de corrosão, como potássio, sódio, peróxido, dentre outros, onde o pH situa-se
acima de 13.

Desta forma, TODOS OS PRODUTOS DESENGORDURANTES, DE LIMPEZA, INCLUSIVE A


ÁGUA SANITÁRIA, COM PH IGUAL OU MENOR QUE 12, NÃO CARACTERIZAM MANUSEIO

DE ÁLCALIS CÁUSTICOS, NÃO SÃO PREJUDICIAIS À SAÚDE HUMANA e são classificados


como risco i pela resolução 336 da Anvisa / Ministério da Saúde, sendo "produtos
formulados com substâncias que não apresentam efeitos comprovadamente mutagênicos,
teratogênicos ou carcinogênicos em mamíferos."

Assim, se a água com pH 10, pelos padrões de potabilidade é destinada ao consumo


humano, se os produtos com pH = 12 podem ser livremente utilizados por qualquer dona
de casa, evidentemente não se tratam de substâncias "cáusticas", termo restrito a indicar
produtos que ocasionem "o que queima" ou "que carboniza os tecidos".

RESULTADO: Durante a realização de suas atividades no local vistoriado, NÃO foram


constatadas:
Exposições a efeitos nocivos de qualquer espécie por produto químico que
ensejasse quantificação;
Atividades nas quais os trabalhadores estão expostos às fibras de asbesto
respiráveis ou poeira de asbesto em suspensão no ar no exercício do trabalho;
Exposições a efeitos nocivos de qualquer espécie, por produto químico qualificável.

FUNDAMENTO LEGAL: Portaria nº. 3.214/78, NR-15: Anexo nº. 11.

5
FISPQ significa “Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos”. Este é um documento normalizado pela
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, que tem como objetivo fornecer informações sobre vários aspectos
dos produtos químicos quanto à segurança, à saúde e ao Meio Ambiente;
6
O pH (potência (p) de hidrogénio (H)), permite-nos descrever o carácter ácido ou base que predomina em meio
aquoso, tendo em conta o seu valor determinado numa escala de 0 a 14, sendo de 0 a 7 os ácidos e de 7 a 14 os básicos
(alcalinos), ficando o pH 7 como neutro, pH 0 = alta acidez e o pH 14 = alta alcalinidade.

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6.2.12 ANEXO 14 - AGENTES BIOLÓGICOS

AVALIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO GRAU %

Médio ou
QUALITATIVA. Nas atividades mencionadas no anexo 14. 20% ou 40%
Máximo

Agentes Biológicos são MICRORGANISMOS, INCLUINDO OS GENETICAMENTE

MODIFICADOS, CULTURAS DE CÉLULAS E OS ENDOPARASITAS HUMANOS

SUSCEPTÍVEIS DE PROVOCAR INFECÇÕES, ALERGIAS OU INTOXICAÇÕES .

A Norma Regulamentadora NR 15 – Atividades e Operações Insalubres no seu anexo nº


14 – Agentes Biológicos, a redação diz: caracteriza insalubridade de GRAU MÉDIO aos
“trabalhos e operações em contato PERMANENTE com pacientes, animais ou com material
infectocontagiante, em: - hospitais, serviços de emergência, enfermaria, ambulatórios,
postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde
humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como
aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados)”.

Para caracterizar a insalubridade GRAU MÁXIMO aos “trabalhos e operações em


CONTATO PERMANENTE A PACIENTES COM ISOLAMENTO por doenças
infectocontagiosas, bem como objeto de seu uso, não previamente esterilizadas; - carnes,
glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pelos e dejeções de animais portadores de
doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose); - esgotos (galerias e
tanques); e – lixo urbano (coleta e industrialização)”.

6.2.12.1 ESCLARECIMENTOS: EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL BIOLÓGICA

Na higiene do trabalho “exposição ocupacional” PODE SER DEFINIDA COMO O CONTATO


DE UM AGENTE QUÍMICO, FÍSICO OU BIOLÓGICO COM UMA PORTA DE ENTRADA DO

ORGANISMO DO TRABALHADOR (Järup et al. 2001; Plog e Quinlan 2001; AIHA 2011). As
citadas portas de entrada correspondem a um tecido ou órgão por onde um agente
ambiental penetra em um organismo, podendo ocasionar doença (Ministério do Trabalho e
Emprego 2008). Trata-se, portanto, de um conceito muito bem definido, em que é preciso

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que ao menos dois requisitos sejam satisfeitos para que se possa afirmar que o
trabalhador está ou foi exposto a um agente ambiental:

Exista o contato do agente com o Esse contato ocorra com a porta de


organismo do trabalhador; e entrada específica que permitirá ao
agente penetrar no organismo do
trabalhador, posteriormente
ocasionando dano.

No caso de agentes biológicos infecciosos, A EXPOSIÇÃO DO TRABALHADOR SÓ


OCORRERÁ MEDIANTE UMA DAS VIAS DE EXPOSIÇÃO CORRESPONDENTES AOS

DIVERSOS MODOS DE TRANSMISSÃO DAS DOENÇAS INFECCIOSAS. Eles variam


conforme o agente infeccioso, sendo que alguns agentes podem ser transmitidos por mais
de um modo, e normalmente estão associados a uma ou mais portas de entrada, a saber:

por CONTATO DIRETO DA PESSOA INFECTADA COM UMA PESSOA SUSCETÍVEL, em


que as portas de entrada podem ser a pele íntegra ou não íntegra, as conjuntivas ou
as mucosas de nariz e boca;
por CONTATO DIRETO DA PESSOA SUSCETÍVEL COM AS GOTÍCULAS PRODUZIDAS
PELA PESSOA INFECTADA, em que as portas de entrada podem ser as conjuntivas ou
as mucosas de nariz e boca;
por CONTATO INDIRETO INTERMEDIADO POR UM VETOR OU VEÍCULO
CONTAMINADO, em que as portas de entrada podem ser a pele íntegra ou não íntegra,
as conjuntivas, as mucosas de nariz e boca, o sistema digestório ou um tecido interno
após perfuração da pele; e
por CONTATO INDIRETO INTERMEDIADO PELO AR CONTAMINADO , em que a porta
de entrada é o sistema respiratório (Plog and Quinlan 2001; Siegel et al. 2007;
Giesecke 2017).

Finalizando, os critérios propostos neste Anexo , CARACTERIZAM COMO INSALUBRES


ATIVIDADES E OPERAÇÕES EM CONTATO PERMANENTE COM FONTES DE EXPOSIÇÃO

POTENCIAIS DE AGENTES BIOLÓGICOS INFECCIOSOS, NÃO COM OS AGENTES

PROPRIAMENTE DITOS. Assim, a palavra “permanente” refere-se ao tempo de contato


com fontes de exposição, não correspondendo ao tempo de exposição definido pela
higiene do trabalho e mencionado no art. 189 da CLT ou no texto da NR 15.

45.1.1.1 ANÁLISE DO CASO EM TELA

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Preliminarmente, tendo em vista as portas de entrada ao contágio de agentes biológicos,


vejamos as possibilidades possíveis:

PORTA DE ENTRADA RESULTADO

A. Por contato direto da pessoa infectada


com uma pessoa suscetível
Para os casos “a” e “b”, o Autor NUNCA
B. Por contato direto da pessoa suscetível laborou com pacientes infectados.
com as gotículas produzidas pela
pessoa infectada

C. Por contato indireto intermediado por um Para os casos “c”, NÃO CONSTATAMOS
vetor ou veículo contaminado possibilidade de contato intermediário por
vetor ou veículo contaminado.

D. Por contato indireto intermediado pelo ar Por todo o exposto acima, o Autor NUNCA
contaminado laborou em área de risco.

Ainda, por todo o exposto, a NR-15 em seu anexo 14, relaciona as atividades que
envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é caracterizada pela avaliação qualitativa,
que pode resultar em grau médio ou máximo, caso constatadas as premissas requisitadas.
Após análise criteriosa das atividades realizadas, obtivemos os seguintes resultados:

INSALUBRIDADE DE GRAU MÉDIO

REQUISITADO NO ANEXO 147 RESULTADO OBTIDO

hospitais, serviços de emergência,


enfermarias, ambulatórios, postos de
vacinação e outros estabelecimentos
destinados aos cuidados da saúde humana Nunca foram realizados serviços desta
(aplica-se unicamente ao pessoal que tenha natureza.
contato com os pacientes, bem como aos que
manuseiam objetos de uso desses pacientes, não
previamente esterilizados);

hospitais, ambulatórios, postos de


vacinação e outros estabelecimentos
Nunca foram realizados serviços desta
destinados ao atendimento e tratamento de
animais (aplica-se apenas ao pessoal que natureza.
tenha contato com tais animais);

7
Em CONTATO PERMANENTE com pacientes, animais ou material infectocontagiante nestas atividades.

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contato em laboratórios, com animais


Nunca foram realizados serviços desta
destinados ao preparo de soro, vacinas e
outros produtos; natureza.

laboratórios de análise clínica e


Nunca foram realizados serviços desta
histopatologia (aplica-se tão-só ao pessoal
técnico); natureza.

gabinetes de autópsias, de anatomia e


Nunca foram realizados serviços desta
histoanatomopatologia (aplica-se somente ao
pessoal técnico); natureza.

Nunca foram realizados serviços desta


cemitérios (exumação de corpos);
natureza.

Nunca foram realizados serviços desta


estábulos e cavalariças;
natureza.

Nunca foram realizados serviços desta


resíduos de animais deteriorados.
natureza.

INSALUBRIDADE DE GRAU MÁXIMO

REQUISITADO NO ANEXO 148 RESULTADO OBTIDO

pacientes em isolamento por doenças


infectocontagiosas, bem como objetos de Não houve labor nestas condições.
seu uso, não previamente esterilizados;

carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos,


couros, pêlos e dejeções de animais Não houve labor com nenhum destes
portadores de doenças infectocontagiosas agentes.
(carbunculose, brucelose, tuberculose);

Não houve labor em contato com


esgotos (galerias e tanques);
esgotos, galerias ou tanques.

Não houve atividades de coleta ou


lixo urbano (coleta e industrialização).
industrialização de lixo urbano.

8
Em CONTATO PERMANENTE com as condições da tabela.

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RESULTADO: Não há fundamentação legal para caracterização, pois NÃO houve


trabalhos ou operações em contato permanente com quaisquer atividades ou agentes
mencionadas no referido anexo.

FUNDAMENTO LEGAL: Portaria Nº 3214/78 NR-15 - Anexo nº 14.

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7 CONCLUSÃO
Este Assistente Técnico FINALIZA SEU PARECER, digitado no anverso de 57 PÁGINAS.
Após análise criteriosa das funções exercidas no ambiente de trabalho, e considerando os
Equipamentos de Proteção Individual constatados em diligência e referidos como
utilizados, apresento o seguinte parecer:

45.2 FUNDAMENTO CIENTÍFICO

Com sua etimologia provinda do latim “scientifĭcus”, que tem ou parece ter fundamentos
precisos, metodológicos como os da ciência, se o intuito da investigação em debate
pressupõe o risco de adquirir doença ou de sofrer um acidente a partir de exposição a
elementos agressores oriundos do processo operacional ou dele resultantes, é de vital
importância DEMONSTRAR OBRIGATORIAMENTE, TODA A CADEIA DE RELAÇÃO CAUSA
E EFEITO EXISTENTE ENTRE O EXERCÍCIO DO TRABALHO PERICIADO COM A DOENÇA

OU O ACIDENTE.

O fundamento científico COMPREENDE, ENTÃO, AS VIAS DE ABSORÇÃO E EXCREÇÃO DO


AGENTE INSALUBRE, O PROCESSO ORGÂNICO DE METABOLIZAÇÃO, O MECANISMO DE

PATOGENIA9 DO AGENTE NO ORGANISMO HUMANO E AS POSSÍVEIS LESÕES .

Destarte, segue a cadeia de relação causa e efeito de possíveis doenças e/ou acidentes:

VIAS DE ABSORÇÃO DO AGENTE INSALUBRE: Foram analisados os produtos, a caneta


de marcação e o óleo facilitador de montagem, onde constatamos que a caneta não
oferece risco à saúde humana, por tratar-se de um produto aplicado pelo corpo da
caneta e ser de ordem ecológica e o óleo facilitador, que não é um produto álcalis
cáustico, em virtude do seu pH, não libera vapores tóxicos, além de não ser um produto
considerado perigoso, conforme os ditames da ABNT NBR 14725-2. Ademais todos os
EPIs solicitados no item no. 8 de sua FISPQ foram utilizados, conforme a confirmação
do Autor in loco.

9
O termo patogênese (patogênese, no Brasil; patogenesia, nosogenia ou patogenia) refere-se ao modo como os agentes
etiopatogênicos agridem o nosso organismo e os sistemas naturais de defesa reagem, surgindo mesmo assim, lesões e
disfunções das células e tecidos agredidos, produzindo-se a doença.

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PROCESSO ORGÂNICO DE METABOLIZAÇÃO: Uma vez constatado que não há contato


do agente com o organismo dos trabalhadores in loco por todo o exposto acima, não há
possibilidade de metabolização orgânica;
PATOGENIA: Não havendo absorção do agente insalubre e por consequência
metabolização orgânica, não há possibilidade do desenvolvimento de patogenias
derivadas das atividades e/ou ambiente periciado;
AGENTE NO ORGANISMO HUMANO: Encerrando a análise da relação em cadeia de
absorção, metabolização e patogenia, constata-se o ambiente vistoriado como o de
risco permanente desprezível, no potencial de desenvolvimento de agentes insalubres
no organismo humano;
POSSÍVEIS LESÕES: Por todo o exposto, não foram detectadas possibilidades de
lesões e disfunções das células e tecidos, com potencial qualificável para produzir
doenças.

Ainda, pelo estudo científico ter o caráter experimental 10 e estatístico, cabe informar que
não foram observados casos de trabalhadores in loco portadores de qualquer patogenia
relacionada ao termo de investigação, mediante as vias de exposição correspondentes aos
diversos modos de transmissão das doenças infecciosas.

RESULTADO: NÃO há fundamentação científica para caracterização, pois NÃO HÁ


CADEIA DE RELAÇÃO CAUSA E EFEITO EXISTENTE entre o exercício do trabalho periciado
com doença ou acidente.

50.1 FUNDAMENTO LEGAL

Devem ser consideradas como NÃO INSALUBRES as atividades e operações


desenvolvidas, de acordo com os termos da Portaria Ministerial 3.214/78 em sua NR-15
e seus respectivos anexos. Por todo o exposto neste parecer técnico, conclui-se que
NÃO HOUVE TRABALHO EM CONDIÇÕES INSALUBRES , pois as atividades analisadas
não estão mencionadas nos anexos nos 6, 7, 8, 9, 10, 13 e 14 da NR-15, Portaria
3.214/1978, tampouco foram desenvolvidas acima dos limites de tolerância previstos nos
anexos nos 1, 2, 3, 5, 11 e 12 da referida norma.

Devem ser consideradas como NÃO PERICULOSAS as atividades e operações


analisadas, de acordo com os termos da Portaria Ministerial 3.214/78 em sua NR-16 e
seus respectivos anexos e decretos. Portanto, conclui-se que NÃO HOUVE TRABALHO
EM CONDIÇÕES PERICULOSAS, pois as atividades analisadas não estão enquadradas
nos anexos nos 1, 2, 3, 4 e 5 da NR-16, tampouco no anexo acrescido à referida norma
pela Portaria 518/2.003, além de não terem sido desenvolvidas em quaisquer áreas de
10
No sentido de que tem fundamento ou base na experiência; empírico.

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risco elencadas na NR-16.

8 CORREÇÃO E ÓRGÃO REGIONAL


Conforme requisitado pela Portaria 3.311/89 em seu formulário 8, acerca das ”INSTRUÇÕES

PARA A ELABORAÇÃO DE LAUDO DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE” neste item devem


constar as propostas para eliminação do risco de adquirir doença ou de sofrer um acidente
através da utilização de medidas de proteção ambiental, o que significa estabelecer um
conjunto sistemático de ações técnico cientificas eficazes para transformar, a curto e médio
prazos, ambientes em locais seguros para o labor. Entre estas medidas destacam-se:
alteração do método operacional ou de uma das etapas desse método, utilização de
medidas de proteção coletiva e, nos casos previstos na NR-6, os equipamentos de
proteção individual.

NÃO CIRCUNSTANCIADOS RISCOS DE ADQUIRIR DOENÇA OU DE SOFRER ACIDENTE nas


atividades analisadas, não foram detectadas ações corretivas ambientais pertinentes ou
medidas adotadas por órgão regional do MTb aplicáveis.

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9 ENCERRAMENTO

Certo de que foram providenciados


todos os elementos imprescindíveis
ao correto desempenho da honrosa
função, declaro o meu parecer.

São Paulo, terça-feira, 26 de novembro de 2019.

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10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BREVIGLIERO, E.; POSSEBON, J.;


SPINELLI, R. Higiene ocupacional –
Agentes biológicos, químicos e físicos. MINISTÉRIO DO TRABALHO E
7. ed. São Paulo: SENAC, 2017. 448 p; PREVIDÊNCIA SOCIAL - MTPS.
Tribunal Regional de São Paulo.
CAMPOS, A.; TAVARES, J. C.; LIMA, Normas Regulamentadoras:
V. Prevenção e controle de risco em Legislação Dinâmica. 2018. Disponível
máquinas, equipamentos e em: <http://www.trtsp.jus.br/leg-cltdin-
instalações. 6. ed. São Paulo: normas-regulamentadoras>. Acesso
SENAC, 2015. 422 p; em: 26 nov. 2019;

CASA CIVIL - SUBCHEFIA PARA MINISTÉRIO DO TRABALHO E


ASSUNTOS JURÍDICOS. CPC - PREVIDÊNCIA SOCIAL - MTPS.
Código de Processo Civil. [S. l.], 15 Tribunal Regional de São Paulo. CLT
mar. 2015. Disponível em: Dinâmica: Consolidação das Leis do
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_at Trabalho. 2018. Disponível em:
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GIESECKE J. 2017. Modern Insalubridade e periculosidade:
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JÄRUP L, ELINDER CG, BERGLUND SIEGEL JD, RHINEHART E,


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EMPREGO. 2008. Guia Técnico de
Riscos Biológicos: Os riscos
biológicos no âmbito da Norma
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