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Onzeneiro

Símbolo cénico – bolsão (símbolo da ambição e avareza)


Argumentos de defesa Argumentos de acusação
- Diz que o bolsão vai vazio - Teve a ajuda de Satanás
- Atribui a responsabilidade da - É obcecado pelo dinheiro
sua ganância a outro (ao - É ganancioso e avarento
Diabo, que o cegou)

Intenção crítica – com esta cena, Gil Vicente pretende criticar a


prática da usura, denunciando o enriquecimento fácil e rápido à
custa de juros elevados; pretende atingir os corruptos e os que
se deixam dominar pela ambição desmedida.
Tipos de cómico:
- cómico de situação – vv. 198-201
Recursos expressivos:
- ironia – v. 185
Chegar a bom porto – pág. 5

Introdução - Nesta cena, surge um Onzeneiro num cais (1), onde


já se encontra o Diabo.
Desenvolvimento- O Diabo dirige-se-lhe chamando-lhe “meu
parente”, sugerindo que, entre os dois, existe uma relação de
proximidade (3). Fingindo-se surpreendido com a demora do
passageiro, o Diabo pergunta-lhe por que razão ele tardou (4), ao
que este responde que, por sua vontade, teria ficado mais tempo
“lá”, isto é, não teria deixado a vida terrena(2). Troçando, o
barqueiro diz-se admirado pelo facto de o dinheiro não ter
livrado o Onzeneiro da situação em que se encontra. (5) Então,
este queixa-se de ter morrido sem ter conseguido trazer dinheiro
para pagar a passagem. (6)
Conclusão- Assim, através da personagem do Onzeneiro, é feita
uma crítica à cobiça e avareza. (7)

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