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1.

Percurso cénico

ONZENEIRO

(Protagonista)

CAIS

Barca do Inferno Barca do Paraíso Barca do Inferno

onde embarca

2. Caracterização da personagem

Símbolos O bolsão (v. 217)

Linguagem corrente.
Linguagem Alternância na boca do Diabo entre o tom de sedução e
certa impaciência (tratamento tu/vós)

Diabo: subornador (v. 188-189)


Pelas outras personagens Anjo: cobiçoso, interesseiro (v. 219)
(HETEROCARACTERIZAÇÃO)

Por si próprio Sovina, avarento e ganancioso (v. 185-186; 220-221),


(AUTOCARACTERIZAÇÃO) subornador (v. 190-191), autoritário (v. 206), presunçoso e
materialista (v. 220-221; 226-227), resignado (v. 238),
surpreendido (v. 240-241)

3. Acusações

 Subornador  Sovina
 Pecador  Ganancioso
 Materialista

Defesa:
 O Anjo não o aceitou no seu batel por o Onzeneiro não ter dinheiro;
 Traz o bolsão vazio
Sentença
Auto da Barca do Inferno – Gil Vicente
O Onzeneiro é condenado por ser uma pessoa avarenta,
gananciosa e materialista. É condenado pelo Anjo por ser
tão pecador, e pelo Diabo, pois o Onzeneiro governava a
sua vida praticando o mal.

Intenção crítica

Nesta cena, Gil Vicente denuncia a exploração do povo por pessoas


movidas pela excessiva ambição e ganância: cobravam juros altíssimos
e enriqueciam às custas dos outros. Recorre a esta personagem-tipo
para criticar toda a burguesia comerciante. O dramaturgo também
desvaloriza a importância do dinheiro.

Auto da Barca do Inferno – Gil Vicente

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