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Ethnicity in Africa

Gabrielle Lynch

Kelane Oliveira

A autora indica que entre os estudiosos atuais existe um relativo consenso de que
as identidades pré-coloniais eram complexas e que as identidades étnicas são
socialmente construídas. A ordem colonial de poder e controle impulsionou os africanos
a repensar suas identidades de grupos, ampliar o senso socioeconômico e político nas
competições étnicas. Também a pensar a questão da identidade étnica dos grupos,
centradas no compartilhamento cultural, social e económico, na sua dimensão política.

A dimensão política da identidade étnica é muitas vezes utilizada de forma


negativa na construção da sociedade, apoiando distinções de classes, ampliando
desigualdades, pois a separar os grupos étnicos que estão na elite e os que não são elite.
O compartilhamento cultural é central na definição dos grupos.

A questão étnica a ser um critério de favorecimento político, indica


desigualdades sociais e espaciais. Gabrielle argumenta que o favorecimento político a
partir da etnicidade são pensados, diferente do que os clássicos primordiais, relatos
instrumentais e neo-patrimoniais indicavam.

A historiografia destaca as abordagens primordialistas e instrumentalista. Foram


divididas duas categorias de estudos os grupos ‘’tradicionais’’ e os étnicos
‘’modernos’’. Atualmente, os historiadores utilizam o termo etnia em detrimento de
‘’tribo’’. É uma mudança nas concepções sobre os estudos étnicos, pois consideram
uma construção cultural fluída, complexa e dinâmica.

Diante das relações estabelecidas durante o período colonial com as metrópoles


os grupos étnicos que se aproximaram das organizações administrativas e tais grupos
prolongam-se no poder mantendo uma hierarquia local. A relação dos grupos também e
muito intensa com o poder territorial, implica em desdobramentos pós-coloniais de
territorialidades étnicas.

Argumenta a diversidade da África colonial, destaca a complexidade das


realidades das comunidades africanas, critica a visão da ‘’África tribal’’, indica que é
uma construção da visão colonial.

As visões de abordagens primordialistas, instrumentalistas e construtivistas os


processos imaginados no período colonial e a dimensão política da categoria de análise
etnicidade.

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