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Revisão

Atenção às apresentações, vídeos e textos que coloquei em nossa AVA! Minhas observações
estão em vermelho nesta revisão!

Crise de identidade do indivíduo – Perda de um sentido de si, deslocamento ou descentração do


dos indivíduos tanto do seu lugar no mundo social e cultural quanto de si mesmos. Sugiro ver o
texto de Hall para mais detalhes, especialmente as relações entre o sujeito pós-moderno e o
surgimento da crise de identidades.

As três concepções de identidade:

Sujeito do Iluminismo: É o indivíduo totalmente centrado, unificado, dotado de capacidades


da razão, o sujeito de consciência e ação, que se desenvolve ao longo da vida de um modo
independente. usualmente descrito como masculino. É baseado na concepção da pessoa
humana como indivíduo totalmente centrado, unificado, dotado de capacidades da razão. É
uma concepção muito individualista de sujeito e de sua identidade (Hall, p.11).

Sujeito sociológico: Esse sujeito foi definido pelas relações com o seu meio social, de acordo
com a interação com outras pessoas, é uma concepção interativa da identidade e do eu. A
identidade seria então formada na interação do eu com a sociedade, evidenciando-se a
existência de pertencimento a grupos sociais.

Reflete a crescente complexidade do mundo moderno e a consciência de que o mundo interior


do sujeito não era autônomo e autossuficiente, mas era formado na relação com “outras”
pessoas importantes para ele. Essas pessoal mediavam para o sujeito os valores, os sentidos ,
símbolos e a cultura. É uma concepção interativa da identidade e do eu. A identidade seria
então formada na interação do eu com a sociedade. Seu eu é formado e modificado em uma
diálogo contínuo com os mundos culturais. Veja a apresentação e o texto de Hall.

Sujeito pós-moderno: É aquele que não possui apenas uma única ou permanente identidade,
mas várias, das quais algumas possam ser contraditórias e outras não são resolvidas. É o sujeito
que assume diferentes identidades em diferentes momentos. Dentro de nós há identidades
contraditórias, empurrando em diferentes direções, de tal modo que nossas identificações estão
sendo continuamente deslocadas.

O sujeito pós-moderno: A identidade é uma celebração móvel : formada e transformada


continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou interpelados nos
sistemas culturais que nos rodeiam (p.13).

O sujeito assume diferentes identidades em diferentes momentos. Dentro de nós há


identidades contraditórias, empurrando em diferentes direções, de tal modo que nossas
identificações estão sendo continuamente deslocadas (p.13).

Deslocamentos identitários(?)

As descontinuidades/ os deslocamentos Hall cita dois autores nesse ponto: Giddens (1990) e
Laclau (1990). Giddens (1990) traz que a modernidade estabeleceu formas de interconexão
social a alteraram nossas características íntimas e pessoais (p.16-17).
Já Laclau (1990) usa o termo “deslocamento”. Para ele, as sociedades modernas não têm
nenhum centro, nenhum princípio articulador único. A sociedade moderna está
constantemente sendo descentrada, deslocada, por uma pluralidade de centros de poder. As
sociedades da modernidade tardia são caracterizadas pela “diferença”. São atravessadas por
divisões e antagonismos sociais que produzem uma variedade de “posições de sujeito”,
identidades para os indivíduos (p.17-18). Páginas do texto de Hall.

Centralidade da cultura

Hibridização cultural é a mistura de duas ou mais culturas, gerando uma nova cultura com
características das antigas. Os hábitos, atitudes e costumes antigos são transformados e dão
origem a novas formas de viver.

Ancoragem Social(?)

Mc Carthy(1998) – “Ancoragem social” do conteúdo – ver como é que ele surgiu, quem propôs
historicamente este conceito, quais eram as ideologias dominantes (p162)

Daltonismo Cultural é o que o sujeito sofre quando não conseguem perceber a pluralidade das
culturas(?)

Superação do “daltonismo cultural” – A escola desconsidera o arco- íris de culturas presente


na escola. É preciso uma perspectiva que valorize e leve em conta a riqueza decorrente da
existência de diferentes culturas no espaço escolar.

Multiculturalismo assimilacionista

Multiculturalismo diferencialista

Multiculturalismo emancipatório

O multiculturalismo assimilacionista fala das culturas que assimilam outras.

O diferencialista é que traz a concepção de nichos de cultura e guetificação , como expliquei


em aula.

O emancipatório é o que se assemelha mais com a interculturalidade.

Recomendo a leitura do texto :

Texto: Candau, Vera Maria. Direitos humanos, educação e interculturalidade: as tensões entre
igualdade e diferença. Revista Brasileira de Educação v.13, n.37. jan/abr. 2008. Disponível em:
http://educa.fcc.org.br/pdf/rbedu/v13n37/v13n37a05.pdf

Há também a autora Ana Ivanick que trata do tema. Você vai encontrar trabalhos dela sobre
multiculturalismo no google acadêmico e no Scielo. Ela também tem textos publicados como
Ana Canen ( que era seu nome de casada), porém , hoje ela faz suas publicações como Ana
Ivenick.
Interculturalidade crítica

Promoção de inter-relação entre diferentes grupos socioculturais presentes na sociedade

Rompe com uma visão essencialista das culturas e identidades culturais. Concebe as culturas
em contínuo processo de elaboração, construção e desconstrução. Não fixa pessoas em
determinado padrão cultural.

As culturas não são puras. Nas sociedades os processos de hibridização cultural são intensos e
mobilizadores . As culturas e identidades estão em construção permanente. As consequências
da promoção da ideia de pureza cultural são trágicas.

Consciência dos mecanismos de poder que permeiam as relações culturais. Essas relações são
construídas na História e são atravessadas pelas questões de poder, por relações fortemente
hierarquizadas, marcadas por preconceito e discriminação de determinados grupos.

A interculturalidade crítica não desvincula as questões de diferença e desigualdade.

Educação intercultural é a promoção de inter-relação entre diferentes grupos socioculturais


presentes na sociedade, seria uma proposta pedagógica na qual busca desenvolver relações de
cooperação, respeito e aceitação entre a diferentes culturas e sujeitos, sendo assim preservando
as identidades culturais com a troca de experiencias.

“A educação intercultural parte da afirmação da diferença coo riqueza. Promove processos


sistemáticos de diálogo entre as diversos sujeitos – individuais e coletivos- , saberes e práticas
na perspectiva de afirmação da justiça- social, econômica, cognitiva e cultural- , assim como a
construção de relações igualitárias entre grupos socioculturais e da democratização da
sociedade, através de políticas que articulam direitos da igualdade e da diferença (Candau
2014) apud Candau, 2018, p.224)”.

Diferença (?) Termo diferença relacionado à problema pelos profissionais da educação e que está
frequentemente relacionada à deficiência; déficit cultural; desigualdade; alunos com baixo
rendimento acadêmico; oriundos de comunidades de risco; membros de famílias que vivem em
condições de vulnerabilidade social; que apresentam comportamento violento ; que possuem
características identitárias associadas à anormalidade; que apresentam necessidades especiais
ou são alunos que têm “ baixo” capital cultural. Ou seja, os pretos; os indígenas; os alunos com
déficit cognitivo ou problemas na mobilidade, os alunos LGBTQIA+, os pobres, os migrantes, etc.

Aspectos a trabalhar para avançar na perspectiva intercultural

Articular igualdade e diferença, resgatar os processos de construção das nossas identidades


culturais ,promover experiências de interação sistemática com os “outros”, reconstruir a
dinâmica educacional ,favorecer processos de empoderamento, estimular a diferenciação
pedagógica, esta perspectiva supõe assumir as diferenças como riqueza e vantagem pedagógica,
penetrar no universo de preconceitos e discriminações presentes na sociedade brasileira,
questionar o caráter monocultura, o etnocentrismo e a padronização.
Colonialismo é a politica de exercer o controle ou a autoridade sobre um território ocupado e
administrado por um grupo de indivíduos com poder político, cultural ou religioso.

Colonialidade se refere ao vínculo entre o passado e o presente, no qual emerge um padrão de


poder resultante da experiencia moderna colonial. Relativa à subjetividade. Resiste anos após o
fim do colonialismo.

Colonialidade do Poder é a constituição de um poder mundial, capitalista, moderno colonial e


eurocentrado a partir da criação da ideia de raça, com uma dimensão econômica-política das
heranças coloniais.

Colonialidade do saber implica na dominação de padrões de investigação, ensinamento e


estudo.(?)]

Colonialidade do ser – Negação sistemática do outro. Nega ao outro os atributos de humanidade.


Inferiorização do outro (?)

Colonialismo - É imposição política , militar, jurídica, administrativa.

Colonialidade- relativa à subjetividade. Resiste anos após o fim do colonialismo

Colonialidade do Poder – Reprime os modos de produção de conhecimento não europeus,


nega o legado intelectual, histórico, cultural dos povos indígenas e africanos, reduzindo-os à
categoria de primitivos e/ou irracionais.

Colonialidade do Saber- Hegemonia epistêmica subalternizando os saberes. Violência


epistêmica.

Colonialidade do ser – Negação sistemática do outro. Nega ao outro os atributos de


humanidade.

Colonialidade e Educação – Achamos que há presença da colonialidade na educação? Se sim,


de quais maneiras, ela se apresenta?

Se percebemos a colonialidade na educação, isso, por si só, já é uma reflexão suficiente?

Como poderíamos distinguir diferença e diferença colonial?

As contribuições de Catherine Walsh- O pensamento “outro”, a decolonialidade e o


pensamento crítico de fronteira.

O pensamento “outro” de Abdekebir Khatibi ( árabe- islâmico)- Luta contra a não –existência,
a existência dominada e a desumanização.

Decolonialidade- luta contra a colonialidade a partir das pessoas, suas práticas sociais,
epistêmicas e políticas. A meta da decolonialidade é a construção radical do ser, do poder e do
saber.

Pensamento outro - Luta contra a não – existência, a existência dominada e a desumanização.

Diferença x diferença colonial (?)

Na primeira aula, expliquei o caminho que sigo para distinguir Diferença/ desigualdade/
diversidade.
A diferença engloba todas.

A diferença colonial refere-se à diferença advinda do Colonialismo e da Colonialidade

Decolonialidade- luta contra a colonialidade a partir das pessoas, suas práticas sociais,
epistêmicas e políticas. A meta da decolonialidade é a construção radical do ser, do poder e do
saber.

Pensamento Crítico de fronteira – tornar visíveis outras lógicas e formas de pensar. Se preocupa
com o pensamento dominante, mantendo-o como referência, mas o sujeitando a constante
questionamento, pois precisa ter consciência que as relações de poder não desaparecem, mas
podem ser construídas e transformadas.

Interculturalidade Crítica – construção de um novo espaço epistemológico. É preciso estabelecer


lugares epistêmicos de pensamento “outro”.

Pedagogia Decolonial – projeto político, social e epistêmico e ético, expresso pela


interculturalidade critica, pratica baseada em uma insurgência educativa propositiva que
concebe a pedagogia uma política cultural para a prática e luta contra a colonialidade do poder,
do saber e do ser.A Luta contra a diferença colonial.

Pensamento Crítico de fronteira – tornar visíveis outras lógicas e formas de pensar. Se


preocupa com o pensamento dominante, mantendo-o como referência, mas o sujeitando a
constante questionamento, pois precisa ter consciência que as relações de poder não
desaparecem, mas podem ser construídas e transformadas.

É preciso estabelecer lugares epistêmicos de pensamento “outro”.

Interculturalidade Crítica – construção de um novo espaço epistemológico.

Pedagogia Decolonial – Praxis baseada em uma insurgência educativa propositiva. Concebe a


pedagogia como política cultural. É locus para prática e luta contra a colonialidade do poder,
do saber e do ser. Luta contra a diferença colonial.

Peço que compartilhe esta revisão com seus colegas.

Um abraço.

Yrama.

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