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A implementação das cotas raciais, foi de suma importância para interpelar as pessoas
sobre a identidade nacional. Ajudando varias pessoas a ter oportunidades de integralização ao
meio social e para tentar diminuir os conceitos preconceituosos. Porém, tenho receio que
outras pessoas veem as cotas raciais como outra forma de subjugar os outros, pois quando
uma a a integralização pela cota, a pensamentos de inferioridade e racismo. Vale ainda
salientar, que não sou contra as cotas, apenas trago um ponto de vista vivenciado por muitas
pessoas que já sofreram pressões psicológicas por causa das cotas raciais.
Não somos apenas „brasileiros‟. Somos afro-brasileiros, nipo-brasileiros,
luso-brasileiros, teuto-brasileiros, ítalo-brasileiros. Mais do que isso, somos
também homens e mulheres; nordestinos ou nortistas; brancos e negros;
moradores de bairros diferentes; exercemos profissões distintas (inclusive no
status);somos portadores de crenças e estilos distinto. (OLIVA, 2012, pag.
30).
“Neste caso, me parece certo que, para refletirmos com nossos estudantes sobre a relevância
de conteúdos vinculados à história africana em seus cotidianos escolares existe um obrigatório
eixo ou elemento de articulação: o debate reflexivo sobre as identidades.” (OLIVA, 2012,
pag. 31).
Em toda minha formação no ensino médio em escolas publicas, não presenciei
nenhum debate sobre a pluralidade cultural no nosso país. Com isso, concordo que é
necessário uma reformulação nos métodos de ensino nas escolas básicas, visando uma
aproximação com conceitos mas diversificado sobre identidades para causar no docente uma
curiosidade sobre o tema e que com isso haja uma diminuição de ideologias errôneas sobre o
próprio tema.
Portanto, a denominação „entrelugares‟ mencionada por Bhabha traz o cerne das novas
construções das culturas diversificadas. Com isso, essa dominação vai surgir a partir das
misturas de culturas que vão gerar novas formas de pertencimento e identidade de um local.
Dando um exemplo, seria como no nosso dia-a-dia, pois estamos em vários ambientes
diferentes e com pessoas, costumes, que geram um processo de compartilhamento de ideias,
conceitos, ideologias e culturas, que vão proporcionar o que Bhabha chamou de „entre-
lugares‟.
“No modelo 1, que denominamos de „binário‟, há uma relação marcada pelo franco
antagonismo. É na verdade uma relação de absoluta negação e de não reconhecimento. Como
forças da „física‟ que se repelem, que não se comunicam, o Eu e o Outro são definidos de
forma essencialista, autônoma.” (OLIVA, 2012, pag. 39).
O sujeito binário acaba por ser aquele que tem influência de dois lugares e que estar
em outra realidade que tecem um caminho que precisa ser estudado pela história. Também
sendo uma forma de exaltar o fardo homem do branco, como a dominação sobre os negros e
índios.
No modelo 2, que denominamos de „as identidades colonizadas‟, existiriam
algumas condições subjacentes para a compreensão do „processo de
identificação‟. Lembramos que esse processo seria vivido nas relações
estabelecidas entre os indivíduos que se encontravam na condição de
„colonizado‟ e de „colonizador‟, de „africano‟ e de „europeu‟, de „negro‟ e de
„branco‟. (OLIVA, 2012, pag. 39).
Homi Bhabha traz a luz, uma nova interpretação sobre os princípios teóricos da identidade no
dia-a-dia das escolas, para que os envolvidos no meio educacional tenham a iniciativa do
debate sobre as relações étinico-raciais e o estudo da história das Áfricas nas salas de aulas.
Explicando como o „eu e o outro‟, estão em constante interação.