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Samedi 3 avril

A queima do Judas
No Sabado de Aleluia (dia antes da Pascoa), é realisado a Queima do Judas.
Um boneco de tamanho humano, feito de palha, jornais... é passeado pelas ruas,
enforcado, e finalmente queimado.

Oficialmente, simbolisa a morte de Judas Iscariote, mas alguns factos (o verdadeiro


Judas não foi queimado por exemplo), mostram que não é essa a sua primeira
significação. Em toda a Europa existem festas idênticas, no mesmo periodo (que
coincide mais ou menos com o principio da Primavera), mas com efigies diferentes:  o
Inverno, o Velho, Lutero, a Bruxa... A passagem do Inverno para a Primavera, da noite
para o dia, era celebrada pelos povos primitivos com sacrificios diversos. Essas
ceremonias antigas foram asorvidas e depuradas pelo cristianismo. A actual Queima do
Judas é o que resta dessas ceremonias, que evoluindo com o decorrer dos tempos, e por
ingénua deformação, encabeçaram no Judas.

A Queima do Judas em Cantanhede

"Meses ates, o Ti Augusto da Inacia elegia a vitima que


iria ser queimada como JUDAS. Não era que quisesse amesquinhar quem quer que
fosse, servindo de carrasco, mas antes desejava, numa certa atitude pedagogica,
"refrear" os apetites desajustados de alguns avarentos ou furretas, ou demasiado
exigentes no exercicio de funções de interesse publico, como foram os casos de : O
Major, o Ramalho da Junta Autonoma das Estradas, ou Sr Seixo da farmacia a quem
fizeram o segunite verso :

O Seixo, O Seixo, O Seixo, o pedragulho


Por causa de um tostão
Não faças tanto barulho, etc...

[...]

[Essa tradição realisou-se] pela ultima vez por volta de 1950, ainda foi recordada pelos
ESTICADINHOS, na época de 1991, mas não lhe deram continuidade."

Fonte :
- Ernesto VEIGA de OLIVEIRA. Festividades Ciclicas em Portugal. Dom Quixote :
1984. pp75-84.
- Antonio Alexandre HENRIQUES FIGUEIRA. Personalidades Ilustres, gente de bem
e figuras tipicas de Cantanhede. 2001. pp 255-256
queima do judas 2013
A Queima do Judas aposta, por um lado, em temáticas diretamente ligadas às tradições de Vila do
Conde e, por outro, nas questões ligadas à comunidade e aos assuntos da atualidade. Este ano, as
famosas Rendas de Bilros de Vila do Conde, a par de uma abordagem integradora da grande
Comunidade Chinesa que habita no concelho, constituem o tema de inspiração do evento.
http://queimadojudas2013.blogspot.pt/

Wikipédia

Malhação de Judas ou Queima de Judas é uma tradição vigente em diversas


comunidades católicas e ortodoxas que foi introduzida na América Latina pelos
espanhóis e portugueses. É também realizada em diversos outros países, sempre no
Sábado de Aleluia, simbolizando a morte de Judas Iscariotes.

Consiste em surrar um boneco do tamanho de um homem, forrado de serragem, trapos


ou jornal, pelas ruas de um bairro e atear fogo a ele, normalmente ao meio dia.

http://www.fotoconde.com/info/novidades/88-queima-do-judas-oleiros-2013

A “Queima do Judas” é organizada pelos moradores da aldeia de Oleiros em Azeitão, com


apoio dos voluntários da Associação Cívica Azeitão No Coração e da Junta de Freguesia de S.
Lourenço-Azeitão. Um costume muito antigo, ligado à tradição cristã que acontece no Sábado
de Aleluia, na Semana Santa.

Tratando-se do apóstolo que traiu Jesus Cristo na última ceia, o povo, para simbolizar o castigo
devido a tal pecado, fazia um sermão popular com versos satíricos, lidos em voz alta para a
multidão, onde se evidenciavam as maldades cometidas pelo condenado e alguma crítica a
pessoas e situações da terra, as mulheres encarregavam-se de chorar convulsivamente. De
seguida, o Judas era transportado até à fogueira.

http://www.folclore-online.com/textos/carlos_gomes/queima_judas.html

A queima do Judas

Carlos Gomes(*)
 

Desde os tempos mais remotos, o Homem


procurou através do rito participar na acção
criadora dos deuses, acompanhando o ciclo
da vida e da própria natureza com
celebrações que nos fazem acreditar que os
mesmos possuem alguma dose de magia
indispensável a todo o contínuo processo de
nascimento, vida, morte e retorno que constitui
o eterno ciclo da própria existência.
Eis porque, desde o começo do inverno até à sagração da primavera têm tradicionalmente
lugar um conjunto de rituais que visam influenciar o ciclo da vida e dos vegetais de modo a
assegurar o renascimento da própria natureza, os quais vão desde o culto aos mortos que
ocorre no início de Novembro até à serração da velha, passando pelas festas solsticiais e do
entrudo ou carnaval. Com a chegada do cristianismo, estas celebrações pagãs foram
adquirindo formas mais ou menos cristianizadas, mas revelando frequentemente
características que não se coadunam por completo com a fé cristã.

Entre os antigos ritos pagãos que nalgumas localidades


assumiram uma forma cristianizada salienta-se a "serração da
velha" destinada a celebrar o renascimento da primavera, a
qual foi substituída pela "queima do judas", iniciativa que
adquire frequentemente mais notoriedade em Ponte de Lima e
também no concelho de Palmela, na margem sul do rio Tejo.
Enquanto a serração da velha tinha tradicionalmente lugar na
quarta-feira da terceira semana da quaresma, a queima do
judas realiza-se invariavelmente no sábado imediatamente
anterior ao domingo de páscoa, parecendo evocar a traição de
Judas Escariotes a Jesus Cristo como a Bíblia menciona.

De resto, ambas as celebrações seguem no essencial o


mesmo rumo que vai da leitura de um testamento à
encenação da condenação cuja forma de execução, apesar do seu aspecto lúdico, não exige o
rigor da autenticidade, pois em geral o boneco que o representa é armadilhado com fogo
pirotécnico para poder rebentar e por fim queimar, quando a narração bíblica nos decreve um
enforcamento. Em ambas as situações, na serração da velha e na queima do judas, o boneco
a ser executado também faz a representação de alguém a quem se procura visar com a crítica
social, não passando actualmente em muitos casos de uma mera brincadeira inofensiva sem a
carga que noutras épocas a mesma representava.

Assim, de uma representação simbólica da separação do ano velho em relação ao que


acabava de nascer por meio de um acto de serração, estas festividades adquiriram ainda um
carácter social que através da acção crítica se procurava exorcizar os males do ano velho aqui
simbolizado na figura de uma "velha", aliás da mesma forma
que se procedeu durante todo o inverno e sobretudo durante o
período carnavalesco onde toda a ordem social foi virada do
avesso de modo a afastar os maus espíritos que povoam esta
época do ano, associada à morte dos vegetais. E como a
mentalidade antiga liga a morte à vida em vez de a separar, a
natureza renasce sempre a partir da morte tal como ao inverno
sucede invariavelmente a primavera.

É sábado e véspera de dia de Páscoa. Como de costume, as


margens do rio Lima oferecem-nos um entardecer tranquilo
onde o sol que se esconde para os lados de Viana espalha
sobre as águas os seus raios como longas madeixas ruivas.
Na Praça de Camões perfilam-se os bonecos que hão-de ser
"executados" após a leitura do respectivo testamento. O bojo está recheado de fogo produzido
pelos pirotécnicos da região, por sinal dos mais conceituados a nível internacional. O povo
junta-se. Faz-se a leitura do "testamento do judas" onde se descobrem algumas verdades e,
eis então que lhe é pegado o fogo. O boneco começa por rodopiar até que, uma quantidade
maior de pólvora que é armazenada na cabeça o faz finalmente explodir. No dia seguinte é dia
de aleluia e o povo vai, com a cruz florida, percorrer os caminhos da aldeia e visitar amigos e
familiares onde a cruz é dada a beijar. É o compasso pascal, uma das tradições de grande
beleza em toda a região de Entre-o-Douro-e-Minho !

Cada país realiza a tradição de um modo, alguns queimam os bonecos em frente a


cemitérios ou perto de igrejas. No Brasil é comum enfeitar o boneco com máscaras ou
placas com o nome de políticos, técnicos de futebol ou mesmo personalidades não tão
bem aceitas pelo povo.

Algumas cidades fazem da Malhação de Judas uma atração turística, como a cidade
paulista de Itu. Famosa por seus objetos de tamanhos avantajados, os moradores da
cidade aumentam o tamanho do boneco a cada ano, mas com um diferencial, no lugar
de atearem fogo, é usando até mesmo dinamite, costuma-se chamar o Estouro de Judas.
[1]

Associação Unhas do diabo


http://videos.pontedelima.com/queima-do-judas-2013/

http://www.cm-agueda.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=28634
Queima do Judas 
Travassô
Sábado antes do domingo de Páscoa

No Sábado de Aleluia, (sábado antes ao domingo de Páscoa), à noite, na freguesia de


Travassô, realiza-se a festa, ou Queima do Judas. Esta tradição perde-se no tempo e tem
em carácter simbólico de expiação dos males e de purificação, através do fogo.
Relacionado com este acontecimento, encontramos, também, uma marcada expressão
satírica das gentes locais.

É uma festa tipicamente profana, com origem no imaginário cristão, segundo o qual
Judas entregou Jesus à morte, tornando-se por isso um traidor.

A queima do Judas, não é só o queimar de um boneco de palha, mas, também, a


representação, no adro da igreja, de um trabalho artístico e literário, numa rivalidade
saudável, entre os lugares de Cima e de Baixo, sendo a parte das letras relativa, ou
alusiva ao cenário artístico. Explora-se o aspecto crítico, humorístico, com especial
incidência na vida política e social. No final, pela meia-noite, lê-se o célebre
“Testamento do Judas” que consiste em deixar uma “herança” aos jovens solteiros de
Travassô, criando-se para o efeito quadras de escárnio e maldizer, onde se ridicularizam
os vícios e costumes populares. 

Guimarães TV | HOJE | Centro Histórico acolhe performance


teatral ...
www.gmrtv.pt/index.php?option=com_content&view...
30/03/2013 – O Círculo de Arte e Recreio vai promover este sábado, pelas 22 horas, a
performance teatral «A Queima do Judas», no Largo dos Laranjais.

O Círculo de Arte e Recreio vai promover este sábado, pelas 22 horas, a performance
teatral «A Queima do Judas», no Largo dos Laranjais.

A peça será encenada pelo TERB - Teatro de Ensaio Raúl Brandão do Círculo de Arte e
Recreio e contará com a participação do Grupo dos Trovadores do Cano.

A «Queima de Judas» é uma tradição que decorre em diversas comunidades católicas,


sempre no sábado de aleluia, e simboliza a morte de Judas Iscariotes.

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