Você está na página 1de 31

''lì

a
-
- ros Leite
-
i:..r: tir ro. rlu cr,/.1rÌ3,ï:)lllì,, ,', o,i-", ,rr),e i(,,ìi.Ì
xspecios cilr ativicl'.rclc cle sLulì..r1-izar tcxtcls. .\ 1t.rr.r ir
z\,Â,c: r-l i Gucrd
do prc'ssuposto de qLle lÌ açlìo cle resLtrìlir é oriqrrr.iri.r
- cìe r-inra cnpacidctde qlrc lcvlr o lcitor c.\rrii, )i .Ì
,'t
{
a Ì:abllidacle cle resr-rntir, \-'.ìnlos escllrrcccr' :rlsir1i.
clos pontos que podeno ler-lir o leitor rr lcr rl,.lÌr ,i
tlÍÌ-ì tc\to p'.ìrx rcsLtnìi-lo. Frz piÌrÌc (le\.r lìriì! r...
-
\

o esir-rclo de af.qtrr"rr:rs es t nt t é,q ì n s r I e c t t i t t I t t.t, ç, ; t,,ì,,


- rel:tcionadas cont a ieitura e a procluc'lìo clr rr'\LÌlìì( )\.
que poderzìo levar o interessrrclo '.ì eleÌrctr:Lerìo
-
a rírpicle e eficiente de rcsun-ros.

- A AUTOR,\
-\L\RLI QU-\DROS LEiTE lecionl n!Ì árerÌ cic I,il,rl,,.;i i
- e Líneril Ponuguesa na Universidade de Slìo [)rrrrl,r.
- onde clefender"r Nlestrado e Doutoraclo. -\rrru rrrr..

Rffi$IJMO
áreas de Análise da Converseção, Sociolingi,ií.:ticrr r.
- ÍIistorir-rgr r, fia Lingüí.stic.r. E pesqr.r isíìclor'.Ì clo Proicto
- NURC/SP, en-Ì que trxbxlhx com ttornto t tt.\()
a littgtiísticos. e do Laboratório de Estuclos sobrc a
t Intolerância, enr qlre estllcllì a intolerirt.ti.r c rr
preconccito lingriísticos. Realizor-r esILiclo. c[t'
- pi>s-doutorado nos Esteclos Uniclos, nrr 1l;i; r,rir,'ì
oJ'Pennsl;ltania, e n:r Frrrnç:r, nt Ecole .\ot'trttt!,'
- SttPúrieure de [.ettres e .Scir,lc ei 57,1171111111': t' (
- (,init'eníté clc París 171. PublicoLr I olrr:L
a '\letctlittgttctgent e cl isc Lt rso. a cottJ'igu rttç tÌ, t tl, t
pLtfismo brcsileiro (Humanitas, 1999), qLre e5tÍ r.ì.Ì
)
segunda edição, além de l'ários artigos public'.rrkrs
) em revistas científicas.
a
a
a
a
t j .tsFi 8i998290r -7"*-:

:-.
{
{ .l

a liilllllilililililllllï
- -li":":":-'.= '1'r-; : . ::.- : ,:
i,. 'i,;-r.:';r
_- ,.::ac...{
I

|
D
a Nlarli Ouaclros Leite
)
-
-
-
,íl
a tÍ

a
a
aj
-
-
- RESUMO
a
-
íl
-
ía
t
-
r;
a'
lr !

a,
-
-
.i i

?uiliutÃnÃ,
.i - edirÃrd,
2006 -
t
a
â
a
tl.-
rjl
Ê i!!l|F;|{c,!ãt t? FrçEË!!7ç!IF.+- !' 7*
o

È
{a ( o1'yrt:jtt (i) l-1.rrli
eurdros Leìrc
ra [:r/rlor rc.sponsole/:
É, A I lr r f'l i-1...:.i.rno Ferrcirr

ã Cupa c c cgronlcçõo:
Alpha Design | | 5585-9709
É
!t
lrtternacionais de Catalogação na publicação
ft'1"' (Clp)
(Limara Brasileira do Livro, Sp, Brasil)
Él.rlrnì.^- ì,,,, rruuaU|^OS
+at]"!,rrrìro
r ltlar'Ìi Ouadr^os Leite'. l. ed. . Apresentação da Coleção
-ourrstana, 200ô. - - (CoIeção apnendaSão
',,,,i'J: Parrììc+rn
a
#,',,'-,'
- [Ì rhì i
^^n.çì ^
â, 85 - 998ì9 - 01
-7
íar "u,r
âl . Resumos - Redação I. Título. II. sér^ie.
A Coleção Apretrla a Fazer ioi crirrd.r ,ror proicssorcs
- r-rnil'ersitários com intuito de clirin-rir dificLr lclaries enconrrad:rs
l.|1579 cDD-808.062 pelos alunos de gradrraçào quando solicitaclos a procluzir textos
ã índices para catálogo sistemático: científicos e,/or-r acadêmicos, tais como: resumos. resenhas.
fichanre ntos, relatórios, projetos clc pesqr_rise e n-ronogra;ias. Tai>
ã- , 5Uiìlos: HedaÇão: Retor-ica gêneros texÌuais s:ìo instn-rnrL-nios ÍÌìLrito r-rtilizaclos na pesqr-risa
808.062
acadêmica e, portanto, são essenciai-s pera o bonr clesc-mpcnÌr<t
- des"a publicação pode ser reproduzida ou rransmirida por
âl i ,.,
::'lil:te intelcctr-ral do estr,rclante na vicLt universitirria.
'r pÍ ocesso eletrônico, mecãnico
ou fotográfico, incluindo íotocopia, A necessidacle de orienreção sisrcnìatiz:Ìcla e simplificacle
í|ì'('í ' '( (--tì'J ou gravação, sem autorização prévia e escrita da Editora. desses gêneros textuais foi clctcctacla pelos professores e levou-
- os a produzir este matcr'.ri diclitico par-rtaclo n;r objetir.idaclc e
n:Ìs questòcs práticas dc cl"rbtirlçàu de tuxtos cicutí[ict_.rs. consi-
- derando-se também a reaÌidade sócio-econômica dos alunos e -a
- Todos os direitos desta edição reservados
dificuldade na aquisição de obras acadêmicas.
à Dessa forma, esperanìos que a Coleção Aprenda a Fazer
-
a ?aüIi,ttana" seja uma ferramenta útil para todos aqueles qr,re burscam um
Ò _ edítoro- _ aprendizado efetivo no mundo unir,-crsitário.
Editora Paulistana Ltda. Boa leirura e boa prátìca!
Ò [2006]
) A Editora I

- 5
t I

Ê I
I

,l
]l
t
ï 8-
ìt
ì
ì
ì \ \t\lo\\l
ìl
LfluqsuJcufsl go tcxto' bsts qeboe broqns[ o L62nuJo'
t JGL e'trcrcurc e courbreeu?ta$u-l6u;e'
q6 tuoqo s r€t€r s ruloru:sÕgo
ï ?6 LsJs c1e sz-ir.t1q8r.uz qe dne o J€,Irot\G?ctltot çlc^G ae zeu,n bsts
t tuoqo rlbrqo' GtrcÍcutÇ c qGLIUIiT/.o' E' sz?rlu' uc?zc ?cuÍrqo dne
uJ.:tz uJÇroz bsr-s slcsuÕV-lo qo IrJc]poL tuogo bozzqr.el' rzto q' qe
ìf zilo sbeulrz utÇtoz beloz drlrrz ze boezs slcsue.sl rrur opìelrrro'
ry 17-trtr1e,!1tre-' cotuo q€LIUctu Krutzcp f r.cu Dlli{ , | )p?)' ugo
ry Jc1,JL o tutcLÇz?,Jqo g e ;:rpor-rõso rqbrgl 6, 6,Lrc.rcuI6 qc- LcznLUoz'
cIG Lç,2rrLtrr.L e ' ge trotz' b:lrs s broclrrôgo qo Lczrru;o' o drre boqcrg
rtt gccorlcL:_lo sl8rruvz tucJrc:rôge,z bsr:r o Gxercrcro cJJ JJ:JpÍJrciscJc
ü drlvulo ;l lr.oqirt-qo qÇ LÇ?ftÍtJ()z I)r22o WI:.EVEWCIY? BIB|IOCKYLtCVZ """"" 93
[:JÍJI() iJ \G\.U\\.(\ Cf; tcTto?
J x r,z c u í: t rç,u-r o z 8n u -l sr z ruz- qs co ur$lsç\t2\ì o "
COZ?IDEÍ{{ CQEZ Í'IhVIz " " " " "
Í :-r sz- 1r.u 1qB L6 J J c r o u v cl..J Z
-
1

PT
rl, lrvlv c-oubJctsl o Gzúrqo zoprc o brocezzo ge reznu;rr'
LÇ?,f trJtr.L 5'l Ir:JpÍJrcfrqcjz cJC \sÌ.uìL\ì c gc 62cLÌ.lrì' """'..........2 \
? DIIJCnfD'.rDEz DV LVKELY DE KE?nr^Irv
{ G-..rq6ucrJUJoz dne G?tgo cITLGIJLUGUtG 6ur-oJ^rqsz uo brocezzo qe
ú broclrrrn rtuJ LÇ2nluo g6l yz IqqlJ? qo tcxIo yqo' DCz'èÇ uJocJo' ü Jrboz DEvBznyro (zr,anuoo v yBytr) ""'............'?3
ì|l LJ\Gr rruj:r IGrInrg courbreeuzl^:J c GLrcS\ e' couzçdneutcluGuic'
qc.- nu clÇtGLLUTUJqO 8e Ue ro qÍzcflLzr^.,o berurlrlq so JGrtol\62crÍtoL 3'3 O sEznHo DE HThtEz .. .da
ï Z!í2GL cJrrc o íerp-LorJtÇ (o tÇ7to s zGL Lczfrrulqo) q rlu: exe u;blvr
ìf
rll
çlnç zc :rqlb:cu; bcrEcri:ru;cutc voz LÍuz Joz dnsr.z, a,ç; brezt:ru;'
i:JLcL:J cJc LeznuJI.L borclrle oz L;?-nuto?, cJe1.crrr fGL LoLUJs € coulcr]qo
Iï:;:::::J,ï,"ï:',:;:::7;.,;;
""""
:l
JO lí,ric)L \G/CLt{oL boZtCtOUiÍl-- èc. J(lcd(rJ(f'ruJCULÇ clt'tule, (J:r 3 O Kïzny.ro DE vrcny? ey]ZEvoz Dr?cnvzrr.or ìa
rr: rJJrÍrr.:{
clnc ytr, c61r-r <-,lrRc,u-1. çt-rurl-ir-r.eutJGL o LGlrrLlJt,,
c()t-l-/() 8r,uc.lo bc,l-
"""""""""' ""'.-...... .
J'I W Ez.tKvtEetvz: ?ÉrEôyo E cotÁzrvnlvo
ï 'dr,uçr.r> q(.) ([t(,nLzo b:lr:r' qcbo\?,' LCIIaíou.t -J() c()rJJ tvt 'dc-rJc-Lrt't Ig
.íuLC,z clc, ítqo'
tutbtqzauql,Ì.cl z,í.Ln:rL o Lcznut() couJo nLtJ
c- Eè.LY:,{J.EC|Y?"' -..'I?
{
ú
J Jcl ï-Jo rr broclrtstr pouz LCzTIUJ>?' s o bÌíocitz7o DE KE?nÍ/Irí O .LEX.LO:
tz cIrr, ytc ïxtzz4tt1I.LÇut cl.-?,Çu1'oJ1.c,L G22:t pupÌ\\q$q6' couJ 1.tzÍ:J?
ú o (irrG cougr8rrr-:r Gz2Í ctibttctqqqG c.' cJG onlLo' oL6LGc6L çztrgte8r- Ì O ÕnL'!'KE?nrrc)S """ .....
II
I;rturctt. <lrrc boclcr.vo JG1.ÍL o Jcrtor. :t UJGIIIOL coulblce uzlto zopLc
{ (l(; ftIJJ I't(l() í2(.1:ll.c.ç,c.1.:11fç1112
\)\\\(\(\(\(, (1., i-.,.ítIttII.' [(,1]t.tr.('ttl()'.'
* (. (\t'á r):tl-t t (ia f tIJJ:í c-tüvtr-tt\tt,\r' çlç1r, y,r.:1 () lcrtoL\c,?(.l.ttoL:I p!\-
{ '1 I;:trt.t'-' .,rJí:JOt q<> I;tc,zzrrtt()zt() clc <Irlc,:r t(..:tc> (lc r.ÇzrrrrJtL ?fiuJ lLlo
{ lr t, ; r Ì1r tÍ't I t2 Í'Lt t I

.l'
,
ì
-
-
-
-
-
-
-
-
-
ã oque rnrsumo?
-
-
-
-
-
-
ro
íl O rrsrrro r,ttmaJornta reclttzitla de infornaçòo. E o resr-rltaclo
cle r,rnr processo ntcnt:rÌ c\e cotrtpreerl.srÌo clesenclcìctlllo ao ser-
- mos expostos a qr,relquer sittreçào cle cot-uunic'.rclìo. Dìz--sc tanÌ-
- bém qr-re resumir é suntarizar a informlçìo c clLrc o rcsLtlno,
prodr.rto desse processo, é a evidèncir, isto e. I t'ornprtlvaçìo
- clc cltrc houve, efetivamente, compreensào de informeçào a
- que o sujeito foi exposto. Isso cluer dizer qr-re, se :rlqr-rém con-
- segrÌe rr-sumir um e!'ento qLle presenciou. um filme a que as-
- sistiu, um livro que leu, pode, por meio do resttmo, nlo'strar
que entendeu tudo o que viu, ottvitt ou leu. Só é possível
- resumir aquilo que compreendemos.
) Isso tudo quer dizer que o ato cle resumir é resultante
) de uma capacídade e constitui vn:ra babilidade ntenta! pr6-
) pria clo ser humano, acionada para o armazenamento de in-
Formação O ser htrmano é cctpaz de resumir as informações
t a ele oferecidar, nlas as pessoas podem ser mais oll menos
t hábeis, no desempenho dessa atividade.
- 11 __
-
-
I

ì R:. -::tt
a Sc csrer'os nq ânrbito-cle ,-rnra ttAìlitictacie, a sitrr;rçìo é
r'.rt[or'Ìrr',-cl porqLle é pcrfcitar'cnte
l. clo 1>roceSS() ri. sui'n:ir:,r.tcìct clo tcxict liclo, ofe i'cccncÌo.
- Jrossi'cl clcscn'oÌv'ô-1. por cÌc u n] Ì:r tìo, :r ì :,r-r rtrlr: : :-.iÌ ir'.rCCìL]S C[lL-
ll()ss..Ì t]t irc.ìl itl r tt
t.r'i. tÌc cst'atúqius r-[icic.tes, c1r-rc pcr'itaÌ]l iÌo le itor alcerrçur lcitr,rrlr c :t r'( 1,..iì( ìo t:.,. irtlr>rnttcìo lrltr-tcrttlicÌ:r. t,. clr:
- o.s oÌrjctivos t-si:rlrt'lcciclos. Nrìo obstiÌrÌtc is.so. é preciso
rcs-sulter ()Lrtr(). rrporrt:i;i.l{t elgi;:t,s flrtorcs c1r-rc poclenr intcrferir
{ clltc aÌgr-rntrrs erigências se impÕem, para qlle o clesenvolvi_
no [)r()cc.sso t]: leitr-rr:i e. conlo resultado, ..rtrlpalir:rr ir
lìle.to clessa hrbiliclecle tentra êrito, o que se clepreencle por
- conlprccÍì.sÌro Co tcvo iido;
meio cle alguills pehi.ras-chíì\.e qlle zr clefinem: clisposiç:ìo,
2. cle J>rotir-rç-..ìo r:. ) resLÌrìì,t. a pxrtir de sr-rgcstÒes qLlc pc>5-
- intcrc's-sc. objeiir-o.
stnt orie ntlÌr () L-scritu: -r orgrnizrr benr o scti reslrnlo,
- Ì: preci-so deLxar clero qr_re, embora possír.cl, nem senl_ rcgistrrnckr rr. ini<>rrr-..t:òcs aprcendid.ls p.-la Ieitur:r
Prc e f:iciI clcsenv,ir.er essa hal;ilitl:rcie . i)rirucir,, porclr,rc,
- mcsrÌlo qLre o ìeitor esteja clisposto. interessrdo e conì objeti
re rriizacla.

- 'o's
dcjfiniclos, a informação quc sc ir'rc apresent;ì poclc [azer
) partc- cle um campo do conÌrecimento qLle o sujeito (ouvinte
or-r Ìeitor) não renha domínio pleno. E preciso, pois, que
- o
interessado tenha recursos pera resolver alguns problemas
in_
- terferentes no processo cle compreensão. Depois, porque, como
- a nremória é seletit,a, o sr_rjeito pode apegar_se a aspectos
inforrnacionai.s que lhe chamam ntais a atenção, mes que são
- marginais ao cerne do tema em desenvolvimento, e, por esse
- ntotivo. desligar-se de or_itros, imprescindír,eis à compreensào
- tlc, núcleo e do roclo cla informação.
í Aincla nlai-s, resunrir ó habiliclacle mental própria clo ser
lìLttttlrno. acionada parx o ArnllÌzenanrcnto cle inforntaç:ìo. qure
- poclc scn'ir a r'ários fins. e quc pocle funcionar con.ro:
â
â . Nlétodo usado para estud:lr a compreensào ( Kintsch &
v'an Dijk, i97Í)
- Estratégia de estudo, indicativa cÌa eontpetência
- cliscursiva. (Broçr'n .t Dav, 1983)
Nlanifestação do processo de compreensão. (Kintsch &
- i'an Difk, i983)
-
- Para o aluno, o resumo é uma estratégia de estudo e, para
o professor, um instrumento completo de lerificação cla apren_
- diz.agem, pois permite que sejam trabalhadas, , ,-,,r só
) as habilidades de ler e de escrever. Esse é, pois, o nosso
tempo,
interes_
{ se; aqui, po(anto, trataremos:
f
_72 13_
-
4
t i

J
,, T
I
ì
I
-
-
-
-
-
-
- e.{
-
-
M O pnocEsso DE RESUMIR O TEXTO:
ESTRATEGIAS
-
-
-
)
-
-
- É r.lro que a, n'remóri'.t hunrirna seleciona certas infornreÇÒes e as
- arqr:iva e ctpaga oLrtnìs. A comple-riclacle clessa ação rcside . era-
- tamente, nesses clois processos porcÌue as pessorÌs sclccionam'
e "f,pegrm" irrformeçòes a clepender de motirlçÒcs que lhes
- são próprias e não, necessariamente, a depender do que é meLs
- ()Ll Ílì(lrì()s rc'levante no texto. Nclm clisso. a nìcnÌ(- recotstrtit
- irforrnaçÕes com as qulis intcragiu. oferecendo novl frrrnta ao
cor rteúclo apreencliclo. E-sses procedimentos intelectua is sào nor-
- mais quanclo o leiror lê e .se lembra clo que letr. Fl,ss:r "lembran-
- ça" iá é a informação reduzida, resumida.
) Todo esse processo depende muito de característícas in-
dividuais do leitor. Se o ter-to se impusesse definitivamente ao
- leitor, a tarefa seria simples, e não haveria maLÌs e bons leitores,
-
t apenas leitores. Infelizmente, tudo depende muito mais do lei-
tor que do texto, porque a leitura e a compreensão do que se lê
, depende cle "competências" que o leitor deve ter (mas nem
a sempre tem todas). E eviclente que um texto ruim, mal

- _
t 15

t ,_i
t,

ì \ Í.rl r.r er..r.orios Lr.r.rr;


Rr-surro
('\tlrrtur..Ì(l(). soÌr () pollto clt, çi.ste
- senrinÌicri(rlo cor_itcúclo), for_
rrt'tl.c li.gLií.stic.. Jrocrc c''.stitrrir .rrr proirÌe.r:r tnz-cÍlì conte Li(los rcdr.rnclantes. peráfra-ses. exenrplos e cxplrcrr-
ìr leitr_rrr, c<-rcs. I:ssu rìstr^ÌÌógiiì prrrr-ritc qLÌc o L-ilor nì:ÌrrtcnÌr:r e linquirq.'n]
- ttttr leit.r ('()rììi)ctr'rltc- slrlrc cÌistinquir O tcrto ÌrOrr 'ras
clo rLrir.rì t-.>c clo tt'-rtr>-forrtt'. j:i 11rre . litr,raliììrìrìtc, !rp!-rì:Ìs cliniirr.r os cor-Ìt!.Li-
( ( )rìll)()ftrrr rrcle cir-r:rclaa.Ìr-rìtc
- cli:ÌÍìtc cÌc clr,raiqLrcr tipo clc tcxto. clo-s sec'unclirrio.s ì iclcia centr:rl cio texto.
Li'ru penc si':nificati'a cro processo, conftrclo, é mais coretr'e
- .
clLte incli'iclr'url, e
Pt-llì seguncla cstratégia, a nìente reconstrói a irrfbrmrçào
o leitor tenr cie estlrr atento a ela, para reconhecê- consiclerecla rclcvante . por meio cle ciois processos básicos: O
- lrt poi.s isso t.cilita o trablilro cla reitura e de reclLç:ìo cia in['rnra- cl-r gt'ttt'ralizoç'ào. pclt> rltral um:r scqüência que encerre inior-
- çrìo. lbclo tc\to c-ncaL\:Ì-se nrÌn.ì sênero cliscr-rrsii.o, o qlÌc cllrer mlçòcs plrrticulrrrcs poclc scr substituích por itens qr-re a cneLo-
{ clizcr q'c tL-r.Ìì regLlLìrncntaçào sòciel e (lrÌe, porÌrìnto.
c-ri.stcnr Ìrcr e o clt cctrt,;rntçrÌo. pckr clulrl unra seqüência anrpla cle infor-
tl'tcl''s possír'c-i-s cle rcc.peraçlìo imc-crilrta pcrr
lcit.r. pera isso, r-r mlrçòcs pode ser sub.strtuícla por ()ut12ì, evidentenrente nrxrs
- lcitor <.lt-r'e ltnaìiq.r os elemcnfos contr.\tLt.rÌizltrlc,rcs
cl, [e.rto a rec-iuzicia, infenda pcla arssocraçlìo cle seus sisnificados. Nesse
- scr liclo' títLrl'. rìLrroria, meio peÌo qLrar
foi crir,"Lrrgado, ati'idacle caso, o leitor,/escritor procluz um novo te.\to a partir clo conte Ll-
sociel a qr're esrá ligaclo, estilo iingtiíirico
- e fbrnn composicionar.
T''clo isso serir retomrrcro e.r pormenores no itenr
do lido, compreendido e recluziclo-clo terro-fonre .

- segr.rinte. Em ambos os casos, percebe-se qLtL- o leitor atém_se ..ìo


conteúdo do tex1o, senclo completamente fiel às informaçÒcs
- 2. I As ESTMTEGTAS: selrçÃo E coNsrRuÇÃo nele contidas. Para efeito didático, diz-se que Lìnl3 das caracre-
- Acinta. rc-terimo-no s a estrategias cognititd-, recorrentes
rísticas do resttttto, isto é, do texto que o leìtor produz clepois
de lido o rexlo-fonre, é a fìdelidade a suas icléias. ourros gêne-
- no procc.sso cle strmarização da informaçào. \,ejamos,
então, de ros decorrentes do processo de sumarizar textos, como a rese-
- rìlorlo ni:rìs icônico, quais são elas e como operam. para
isso, nha e a recensão, vão além do registro das informaçÒes bírsicas
t:,.trenìos cxempÌos crlrtos, extraídos de textos jornalísticos,
- gônt'ros clir-ersos. I_)epoi-s, iremos trabalhar
c1e do texto, porque Írazem a opinião clo leitor.2
com textos e seg_ Escprernaticamente, estas slìo as estratógias a cpre nos
- nìcrit()'s cle tertos. pera que o leitor posse
como ftr.cionanì referirnos:
- e assi'r, cle moclo mais consciente, 'er
r.'enha a exercitar s.a habi-
'
lidacle cle sr-rmlrizar as informações e de produzir
- resunros. I Sel.eção: manutenção de conteúdos relcrarìtcs e corÌ-
As cstratégias são de dois grandes tìpos: as qrr,, se
- concre_ seqiiente eliminação dos irrelevantes. por meio clas
tizam por seleção dos conteúcios lidos, e as qllc (lrcorrem
cle operações de:
- cctrtstntção elaborada a partir dos conteúcros
aprecnclidos. pela a cópia (manutenção
) prÌmeire, a inforn-racão considerada mais releuante
é retida, e as
cle informaçõcs primárias)
b. apagamento (eliminação de in_formeçÕes sccunúiries)
tidas conto menos relevantes, descartadas,
apagaclas. O proces_
- 2. Construçâo: substituição de uma seqüência por outra
t so de seleção decorre de ciuas operaçôes mentais,
uma denomi_ por meio das operações de:
t n.ada copia, que consiste no
"p.ouãitr-ento
do texto, oLÌtra. denominad^ opogo*ento,
das informações a. genetalização (substituição de informações gerais

t queconsiste na ação
de elirninrr as informaçÒes presiindíveis à captação
da infor-
por paÍticulares)

t mação bír.sica. Nc.sse caso, entào, fica claro


que o leitor elimina
b. construção (reelaboração da informação por asso_
ciação de significados)
t as infornreçõcs nào-essencieris à compreensão
principel clo tt'rto or.r cle suas partes, supriminclo
da proposição
ti".ho, qu" ' Velaj.rta C.leção, Andrade (2006).
-
-
t
t
_ 16 _ _t7
j
,,
ì NÍ.rru Quaorros Lrrr-u
Rr^surro

Parr esemplifièar, veiemos, abairo,-algLlns segiTÌentos


- l( \r( )s. Prirrrt'iro. r.ejrnros c()rììo iic:rri:r'o segrÌlnte
clc Seqüências apagadas
_lustifi cativas do apagamento
exccrto pclu r\ t:ssc fr':[)(^itt)
- rrpÌìt':rçrìo clrr cstratú.cra clc selcç:ìo. os trecho-s
clo texto_fontc
Si', 1iìi nr'ì.r cl. c,-,,...u *1..,rrr: ,.* ,

(rLÌc csllì() c''r clc.steci.c slìc> c()rÌì o xÍìterior.


- 's
tae.ticìos rìo tc-\to reslÌmo; os trechos
''sclcci<>necros', os qr-rc scritc_r
qrrc rt'colirctr rn.riç rlt. rÌr..,irr Esplicaç;ro adicionrl solrre e
que não fora'r clestacaclos
- sc'r:ìo elinrinedos. Obsen,emos: milhào cìc'arnìas canrpanha de clesarmarÌìcnto.
- por arÍnxs de fogo Tr:Ìt:Ì-Se dL- cantpsnlìa cle cÌcsurnte-
- A esse respeito,a campanha do desarmamento, que nrento cle arnrls dc togo. loqo l
recolheu mais de meio milhão de armas, já produziu intornret'iro é recltrnclentc- n() tr'\to
- portantes resultados. O Ministério da Saúde infor_
im_
Foranr dc 39 321 n.ssessinrÌtts nior rri.rç :ìo etircrontl,
- ma que os homicídios por armas cle fogo caíram g,2o/o enr 2003 pere 36 091 no :ìno
I

cxirÌir.rçì,r .uLtrc pcrcentuel


' em 2OO4 em relação a 2OO3. Foram de 39.32j assassi-
c., .j:i
- seguinte ofèrecitlo.
natos em 2003 para 36.091no ano seguinte. É a primeira
- queda nesse indicador desde 1gg?'. Conro as estreti,gias dc reciuç,io seo recursir.:rs. isto c.
- Lxrraído de: Editorial dt Folba de S.pau!<l, pocìem ser aplicadas várias vezes sobre o texto já resr-rmicio. a
- 09 de outubro dc 2005. fim cle se produzirenì no'os resultados, poclemos. aincìr. ep:Ìq1ìr
- alguns clos conteúclos do texto sem lhe prej'clicar a informrçlrìcr
principal. \"ejamos:
-
- O r.:sultado seria. então: A campanha do desarmamento produziu impor_
- tanresresultados. O Ministério da Saúde informa que
A campanha clo desarmanìento produziu importantes os homicídios caíram B,2o/o em2004 em relação a 200j.
- () Ilinistério cra Saírcle inform. qre os
rcsrrrracros.
homicídi- É a primeira queda nesse indicador desde 1gg2.
- os caíram 8,29ó em 2004 em relação a ZOO-1. É a prinreira
clueda nesse indicador clesde 1992.
- E as.sim, obterírmos um no\.o tex-to-resrÌmo. pclt-r :1p:lq.Ì_
) mento do adietivo "imporrantes", prescindível à compreens:ìo
da rrrfr,rnração principal, e da seqr-iência comperatl,v'zÌ "enr 200+
- As seqüências eliminadas tinham, no textçfonte, impor- em rclaçào a 2003", porque a frase seguinre jri situa o leiror no
tância textual e discursiva, sem dúvida, mas traziem
- informa_ tempo. qllanto aos fatos apresentados:
çoes adrcionais, não-principais, e sua eliminação não prejucli_
- colr a informação fundamental, como se pode v-erificar. para ,\ campanhe do desarmamento produziu resultados. O
- esclarecer isso, comentaremos, caso a caso, as eliminações.
t colune da esquerda, tÍanscrevemos as seqüências
Na
não àprovei-
NÍinistério da Saúde informa que os homicídios caíram g,29ó.
É a primeira queda nesse indicaclor desde 1992.
t teclas no rcsLlmo, as que foram apagadas, e, na
de direià, para
a ajuder o lcitor a compreender o proãesso de sumarização,'"1g.,_
tt:ts jLrstificati'as do aprtgamento. Observemos, então.
Obsen'emos qlre, por meio da estratégia de seleção. o
t aprcscntlÌ(llr abaixo:
a tabela trabalho do leitor será mesmo o de escolher as informaçÕes a.
serem manÌida.i já que pode aproveitar, quase integraÌmente,
- _18
) _19_
-
{
,, I
I

ì Nllnr: euaonos Lr.rrn


I Rr.-sulro
e linerragcm clo teltÒ:-fonre. É cl,r.o clÌl-e a aplicaçào ci:rs re_ I

- .qrrÌs a rìnl tcxto intc{Ìral exigirír cro cscritor ecrrrprrrcòes lin-


estretégias c|e generalizcrçcio c r'cyrstrtrçcìo, () tc.\to rL--sLuììi(ìo
- silístic:lrs rìo rcsLÌllì(), c.spcc--i.r.ìr-.te .o tocantc li serirr o scgr-tintc:
co^exào A l)orìte cle l)ccira i'r.r'r tú.cr rrlrtrr.rl sobrc. ri, crrr
clas frlLscs Lr pxrlicfafos.
- Salto. A água do rio, localizuclo prrrqr.te Estacl'al clo
,,\s printeiras estratégias, a de copia e de apagantettto, 'o
- semprc recorrentes. A rigor, nem seria necessário
sã.o Ibiripoca, é abundante e fácil de ser enconrrada. Observa_
falar cla regra se que, onde há água, há vida: em mais de mil hectares
- ch cópia, já que. senlpre, a inforntação retida c. a .,copieÃ,,,
existem g-rutas, cachoeiras, paredões e a vegetacão mista,
n-lAS, nesse caso' qLleremos, pela ênfase
a
- crada a esse esti:rtégie,
dizer qr-re nito sontcnte o conteúdo pode ser copi.cìo
nìtr.s tanl_
mata atlântica e cerrado, abriga a biocliversiclacle local:
plantas, aves e mamíferos.
f Ì>e3r.tt a lingtrrgem, sL- o reslrmo
e< um te\Ì() que scr\.c (.()rìì()
meltoclo cie estudo ou como ferrament2 cl.: 3fsçiç3.,
clc. lcitura \eje-inc-rs conÌo as estratégias foram empregaclas. A esquercÌa
- \êjamos outro excerto ptra, cleste vcz. trabalhlr, tantbérn,
conì as estratégias de constntção e cla tabela, encontra-se a informação eliminada e, à ciireira. a
- 64eneralização. O trecho foi
extraíclo cle reportager' intitulac.ra "Águas de tiinas",
jusrifìciltiva da eliminaçào e a cleclaração cÌa e.strarégia aplicaclrt:
) escriro por
Roberto de Olir-eira para Reuista cla Folba, publicada
em 9 de Seqüências apagadas
olrtltbro de 200>. ^ Justificativas do apagamento
-
Aglr:r ntolc cnr pccha ilrrrt Eliminação de porção de rerro
- t:ìÍìto l):ìtc ati. que frrr.r qLle tem apenas efeito
- Acues DE MlrAS Exenplo nÌonunìcnt:Ìi clc-ss.r estilístico parl atreir o leitor pcl:
- Agua mole em pedra dura tanto bate até que fura. Lxem_ proeza é ( .) cle 2i rn de beleza.
plo monumental dessa pÍoeza é a ponte ãe pedra,um circunfèrêncie, arqu iretacio Estratégias: copía e apctgcunento.
- túnel natural cle 25 m cre circunferência. arcpritetaclo len- Ienta e insistentemente ao Obs : O novo texto receberr
- ta e insistentemente ao longo de milhare s cle anos pela
cor_
longo de nrilhares cle anos sorìÌcr'ìtc cÌcnrcntos clt' co(.:ìo
- renteza rasa do rio do Salto. pela correnteza rase do (verbo de ligação e preposic-ro)

- A água, de tons variados, do mel ao avermelhado, não cle tons variados, do mel ao Eliminaçào de adjerir.-r;:,
dá trégua no parque Estaduat do lbitipoca.Todos avermelhado prescindír'eis à percepçào de
- os
caminhos levam a ela. E onde há água se esbanja inÍbrmação principal.
- vida:e m seus 1.488 hectares existem ce rca de 70 grutas
e Estratégía: apagamen to.
4O cachoeiras, inúmeros paredões nume
- área de transi- Toclos os ceruinhos levanr a Eliminaçào de pormenores e
ção de mata atlântica para cerrado que lhe permite abri_ ela. E onde há água se reorganização da informaçrìo:
- gar uma pródiga biodiversidade.São cerca esbanja rida:
{ de 900 espéci_
es de plantas,algumas carnívoras,2lO tipos de aves,
"Observa-se que onde há água
17 hâ vida".
{ endêmicas. Entre os 2 0 ma m íf e r os, lobogua ra, jaguatinca,
t nìílcaco e até onça-parda.
Esratégias: cópia, apaganmtto
constntçãct.
e

t 'fantbérn aqui, em seLÌs 1..188 hectares Elirninação de pormenores e


t - as informações principais do trecho, que
serào mantidas no resLlmo, estão em destaque.
Ao aplicar as
existem de 70 grutrs e 40
cachoeiras, inúmeros
reorgenizaçã o,Jt s i r 4fo r rn aç òes.
Estratégias: cópia, apaga nÊt r to
-
)
-
{
Y
)
ì ÌrÍrrr r ôr'r nroi I çr r';' l

- l).rfe(locs ntrnrlr lir.ca clc c cctttslnrçÌÌo (c7e


tr.rnsiçìo tlc (...) qrrc iÌtc- "nLlrìì:Ì lrrcr cÌe trltnsìçlìo
- cÌr-
I)('r'rìÌit(' lrÌtlig:rr- rrtrlr [tlrlcii,]:r ;riliniiclÌ Il:ìra ccrucl<t"
rtt:tt:r
- ( . ) Sìo ccrce clt 900' p.ìflì c rr vcget:rçrìo nÌirtJ, nì:ìÌ:r
- cspécics cle (...) algr.rnras atlântica e cerrado").
ro c:rrnír.oras, 210 tipos cle (...).
Lntre , rs li) (...) loìlo-guerj,
- i.rgrr.rtirir'.r, lìÌJC:rcO e atc
- on(':Ì-parcl.ì.
- S:ìo ccrce cle 900.espécies de
(...) algtrntl.s carnír'oras, 210
Eliminlçrìo de pornrenores e O nrsuMo DE ALGUNS cÊNenos
aproveltaÍÌÌento cle itens
- tipos de (...). Entrc os 20 (...) DISCURSIVOS
generalizantes.
- l, rlro grr.rr.i. jrrgrrrtiricl Estratégias: cópta, apaganteilto
- nÌrctrco e até onÇx-pardj. e oettornlìznrrin

- RecLrrsir-amente, reaplicamos as estratégias, e o resumo


- pocle ser aindzr menor. \'eiarrÌos:
-
A Ponte de Pedra é um tÍrnel natural sobre o rio do Salto.
-
A agtra clo rio é abundante e a !'egetação que lhe é próxima
- acolhe signi,fi cariva biodiversiclade. Nesrr rr:.rr, faremos jr-rntos algr-rns resrìmos de textos-fonte per-
- tencentes a difercntc.s gôneros, para possibilitirr clut' o leitor.
lrxtraídas, entào, algumas especificaçÕc.s cla ir-rfbrm:rção interessacÌo na metoclologia a ser empreqtda na lcitLrra cle tcr-
- bítsicrrr. Jrel:r aplicação das esÌratégias
de cópícr, apog(lnrcnto c tos, redução da informeção e procluçào clc rcsunros, possx tor-
- cctrt-;tntçòo, obtérn-se um resltmo que apcnas clÍr notícia, que nar-se aut*suficiente nessas atividades.
- inclica o conteúclo.
- 3. I O RESUf4o DE ARTtco JoRNALíslco oplNATtvo
- fuìtes de tudo, apresentamos um texto para que o leitor
- o examine e o leia na íntegra. Primêiro, não devemos nos
- esquecer de observar dados sobre o texto, o meio em que
apareceu, o espâço que ocupa no veículo diwrlgador, o tema
- desenvolvido e a estrutura pela qual se realiz:t; enÌ outras píÌ-
-
t lal'ras, o leitor deve examinar o gênero ent qlle se enquaclra o
texto. Depois, os elementos côntextualizadores del'em ser exa-
t minados e, finalnlente, o leitor deve fazer uma primeira leitu-
ra, râpid'a, para posicionar-se diante do qr-re será lido com
-
)
{
t
)
ì NLrrrr r Ç)t .rniins Llrlr IÌr:s'r.:,r

- ( ì.ri(ÌrÌ(ì() I'citcì iss., iì ., lr,rssià .....p,rn.Ì". rìs scgr-rintcs lir-mrirs ltnisilciras com cad;r vcz nrais litenrtur:t portu!],Ìtc-
- I)( l !itl rìtiLs sOì>lt' () [c\t (): sr? (.onro estlnrosl Cada vez mais iuntos ou em rotas
clivergentes?
- e) a c1'.rc gônero pertc-ncei, No Porto. nes nliÌrgcns ilo l)otrro, os líderes do Bra-
- b') que r.'eícr-rlo
o publicor.r? sil e de Portugal celebram, precisamente hoje,a rotirÌtÌ
- c)qucn'réoautor? cliscrctl cle trnr cntenclimento agom Sereno, em um encon-
cl) qual é o reme objeto? tro bilateral qr.rc aclba por se tornar monótono parrr
a
- e) cpal a sr-ra finalidacle? quant()s vivem clc títr.rlos com o sal do contencioso. Ntrmrr
snla ao leclo, e mprcsírrios dos clois lados conccrtam perceri.
) Se paqsou bem nessa fase, então o lcìtor deve voltar ao :rs. A tardc, os prcsidcntcs Sampa.io e Lula entrcgam a L1.gi.r

- tc\to prìra tazer a leitura cuichdosa, definrtir.a. Para fazer urla FagundcsTcllc: o prênrio Camõcs.
cxpe riêncilÌ nesse sentido, :ìpresentamos o seguinte tex-to: Na longa pauta das conversas entre o primeiro-
- ministro Sócrates e q presidente Lula há um pouco
) de tudo: de comércio e de educação, de biodiesel e
) T.f,'WO lffn? de cinema, de tecnologias de informação ao com-
) FL.L\CISCO SEL\{S DÀ COSTAì bate à droga, das comemorações da viagem da cor-
te lusa há dois séculos até os surtos migratórios
- Há dias, saindo do Pelourinho a caminho do magnífico que hoje se fazem em sentido contrário. Sem tabtrs
Hotel do Convento do Carmo, em Sahador, pergunta!? a ou grandes dramas.
- Não esquecemos fimor-Leste e a África que fata
rnim mesmo onde fica hoje a relação entre Portugal e
- Brasil, depois das caral'elas e do que resta delas na nosse como nós, bem como o modo como Brasil e
- mfrtua memória coletiva, após o terrÌìo clas grancles levas Portugat lêem o futuro da CPLP e as possíveis
- de quantos aqui fizenm seu o futuro deste país. estratégias comuns para reforço do papel do
Português no mundo.
- O quc sào, nos clias quc corrcnl, um para Nessa reunião, falamos também de outras
- o olÌtro, Brasil e Porrugal? Cont,r ('stamos? questões internacionais, da Europa em crise de cres-
- N{ais juntos ou em rotas divergentes? cimento, dos problemas do Mercosul e da penosa
dificuldade em ligar institucionalmente ambos os
- O que são, nos dias que correm, um para o outro, Brasil espaços. Em conjunto, recorclamos como a ambição des-
- e Porrugal, enterradas as ditaduras, anestesiados os dentistas mesurada de alguns fez fracassar a já timitada ambição que
a reforma da ONU contirüa, em especial impedindo que o
- do nosso descontentamento,com as ruas de Lisboa a resso-
{ ar a Ivete Sangalo ou a Maria Rita, com as prateleiras das Brasil e outros passassem a reforçar a legitimidade do Con-

a selho de Segurança.Ì!Ías reafirmamos a nossa fé comum no

a tFÍa'rc6c0 Seìtas da
Costa, 57, é o embaixador de Portugal no Brasil. Foi secretário de
multilateralismo como instrumento de paz.
Durante muitos anos, há que confessá-lo, as
a Ëstado dos Assuntos Europeus em seu país (lggs2001) e represenlante de Portugal na
Organìzação das Nações Unidas e na Organização para a Segurança e Cooperação na
diplomacias de Portugal e Brasil foram condenadas
a entreter-se na gestão criativa de uma retórica auto-
à Europa.

) _24_ _25_
-
{
ì
t
t
NÍ.rnr: Quecros Lcr li.

congratülatória e redundante; lutando para conse-


guir encontrar coisas concretas para dar substân-
I das nossas exportações. No Nordeste, o modo cle ftr-
lar cle Porttrgal cncÌre praias, pousaclas e restlìur.Ìntes, os
-
cia ao relacionamento. aviões chcsanr che ios clc Lisboa, o cÌcstino lìrasìl é iroic e
- Nesse passado, períodos houve em que as comu- cocp.reltrchc ckr turismo luso e, em sentido oposto, Por-
- nidades portuguesas no Brasil ocuparam quase todo tugal é um "stop-over" quase obrigatório para o
- o espaço da imagern de Portugal. Com as suas tradi- brasileiro que viaja para a Europa.
ções, singulariclades e costumes, elas soubenrm ganhar, pela Invertendo uma tenclência de séculos, os brasileiros
-
t seriedade e honestidade,um respe ito qtre muito se refletiu
no retruto que o BrasiÌ delas fi-xou, cle ntro cla rnoldura cari
estão já hoie no mercado de trabalho português,
tornando meis imrrginíÌti\'() o nosso marketing çnrblicitário,
- nlìosa da caricatura.Nlas o mundo de quantos para aqui meis'cloce" a conversa nos rÌossos shoppings e restaurìn-
vieram ganhar a prosperidade ou a liberdade mudou, tes, a toda hora passem por nos no Rossio oLl íìo Chiaclo
- entretanto, ao torna-rem mais brasileiro o seu sonho. Essa é impondo a graça do geúndio e da caipirinha. lsso traz
- a nova realidade que é preciso saber enfrentar. alguns problemas? Glaro que sim. Para um país cle 10
- Portugal também mudou,e muito.Pela integração miÌhões de habitantes, já com centenas de milhar de imi-
européia, sofreu um choque de modernidade, com grÀnte s recentes de várias origens, num tempo cconômico
- efeitos muito visíveis na sua paisagem material e menos feü2, as coisas nem sempre são fáceis. Mas, entre
- humana. Nesse novo percurso, um tanto parado- nós, tudo tem solução. Em Português.
- xalmente, acabou por reforçar a sua aproximação Desde que cÌreguei ao Brasil, há uma coise que aprencli:
do Brasil. Chico Buarque não tem razão. Hoie, já não há tanto
- A partir da segunda metade da década de 90, Por- mar a nos seDarar.
- tugal trouxe para o Brasil os capitais da sua recente Publicado em -Tendênci',rs e Debate s",
- prosperidade e alterou muito na matriz da sua pre- I''olba de S. Paulo, e m ll de outrrt)ro dc 2005.
sença. Hoje, mais cle 6OO empresas com capital portu- Disponír-el eni : *.*-*-. folhl.com. br,
- guês aqui opemm, sendo responsáveis por mais de lOO
- mil postos de trabalho.
- É pouco? É imenso face a uÍÌÌ teÍnpo ,'m que pratica- A otrsen-ação cios elementos contestlralizaclcircs clc!'e ter
mente só tínhamos na balança das nossas relações o saldo revelacÌo, imediatxmente. eue:
- da memória histórica comum e nos sobraya a afetilidade
- como produto. . o texto é jornalístico, opinltivo. poìs estÍ publicado na
- Sem pôr de parte essas dimensões que muito prezamos, coÌuna "Tendências e debates", do iornal h'olba cle
t deparamonos agora com uma presença portuguesa dife- S.Paulo'.
{ rente e prestigiante. Por aí estamos nas telecomuni- . o gênero a que pertence o texto ê artigo jornalístico,
t cações e na energia, nas estradas e na banca, no va-
rejo e nos cimentos, na hotelaria e na vária indústria.
assinado, pois tem ,.Ì estrutllra composicional que lhe

t No comércio, onde a pauta tariÍária do Mercosul .


corresponde;
o autor é o embaixador de Portugal no Brasil;
a ainda nos limita, conseguimos já este ano passar a
liderar os vinhos europeus e colocar o azeite no topo
. o [er'ÌÌlÌ, que pocle ser visualizado na frase em destaque,
é a relaçào atual entre o Brasil e Portugal;
-
) 26_ _27
-
{
/l
ì
t .
\!.rrr.t ()t -rrrtr:; Lt:t t t

o títLrli; nrro ó tri.:nteclor, ii-ies e últin-ra frasc' corrfirrlu foranr irtnscritos por, cÌur'.irle nÌc. nìo tltzcrcnt [):ìr-te cìo (lLÌc .\c
- lr lriJlcitesr- cÌa irìtcrtextr-relicleclc conl a rÌìúsiciì 'l'dttl() lroclc ctri'tsicltr',tr irlttirt prittt'ipttlcÌo tt-sto. É. i'tr1,, )rÌ:ìnt(-. lcrrrìrr:rr.
- tìÌ(tr, (le Chico Iìurrrc1r,re, qLle faLì ch cÌistâncizt cntrc- Ììa- c()rìtLlcìo. cl-rc Ì'.icio r"ìo tt\Io. prirtciplln-rcrìtc cs>c tilt<-r cle .sc-
sil e Portr-rgal, pclrr história cle algr-rént (Ìuc est.i no clriêncir. eq,.ri nìo rcprocluz-icìr, ter-n funçào pcrs'-resiva. e c< o
- Brasil e que qr,reria estar em Portugal, emborzr isso sej'.r conjunto cio texto que trabalha no senticlo do conr-encimc-nto
- clifícii porque há um mAr a seperlt-los "Eu qtteria estar clo leitor. sobre o tema das relaçÒes atuais. de proxinticlach:,
- n'.r festa com a tua gente/ e colher pessoelnente tlm:ì entre Bresil e Portr-rqal:
flor no teu jardim,r Sei qr-re há léguas a nos separar,/
- Tanto mar, t;ìnto mar,/ Sei também qLlanto é preciso
- na\cger, navegar." Terto resumido
- O que sào, nos drrs quc c().ÍeÍìì,
) Se esses pontos estão iá firmacÌos, a leitura serír compre- uÍn para o outro, Brasri e Portu- tên objetivos convcr-
cn.siva, e o processo de sumarizaçào será rírpido e fácil. Agora, {rll? CoÍnri estrntos? }[]i.s juniGs ou genÌes.
- é preciso fazer a leitura cuidadosa, resolvendo os problemas enì r()tas clivergentes?
- qr:e obstaculizem o entendimento. E-streteqie : co n-stnrçir.r.
Se a leitura foi con-rpreensiva, o leìtor pode retornar ao
- (.{. te-se se coniigr,rre pe-
texto peÍa ver qlre nos trechos destacados estão as idéias cen- les respo.str.s que o tll-
- tr.ìis para o desenvolvimento do tema. O qr-re ficou de laclo? tor vai oferecendo lì per-
- \arrzrtil'as e citações que têm a funçào de, de um lado, enfatizar ot tnr t fnrmr rl,rd r ì
as icléias básicas do texto. e, de outro, tornir-lo mais atrativo.
- Arcrt tmenrr r I No Porto, rxls maÍgens do Douro, No Porio, hoje, os pre-
A partir dessa seleção de icléias, então, o leitor cleve os lícieres cjo Bra-sil e de Ponr,rgel sidr'nte.s clc Portuq:rl e
- c-star epto a prodr-rzir o texto-resunro, zrpliclnclo as estratégi2ìs
cclcbrrnr, prücisenlente hoje, a ro- cltr 1ìr.i.s il eÌìcoíìtrlrnì-sc
- cle seleção e constntçcio. Primeiro, contr:do, é preciso lembrar
tina discret:r de um entenclinlento e ti.Ìt.ln de arsuntos cle
c1r-rc a identificaçzìo d:ì tese só é possível depois de lido todo o
- 33íJr:1 Sereno, em um encontÍo bi-intcrcs-se dos Cois peí-
tL'xto, porque o aLltor nlìo regisÌr:ì a tese ent frase cleclaratil'a, lateral que acaba por se tornxr ses. no.s carnpos de in-
- mes frrz uma pergLlnta que, ao longo do te',r., é respondida. rnonótono para quant()s vir.crtr de <lti-rtri:r r'ornerr io, eclrr-
- Os :rrgumentos pelos quais a tese v'.ri-se coriirgurando são cla- títulot r'om o .s.rl do c()ntyncioso. ceç-lo e culture. histcirie,
- ros, e facilmente identificírveìs, como é comr-tm em um texto \un.t sele ao lado. errprtsirios lP(rôÌ.ìoi'r e noliticr dc'
opinetivo, argumentativo.
- A seguir, destacaremos, na coluna central da tabela apre-
dos dr;is latios concenanr parceri- combate às drogas, pr>
a: À tarde, os presidentes Sampeìo lítica lingtiística, política
- sentada na página seguinte, trechos que contêm as informações e Lula entregam a Lygia Fagr.rndes inlernacional e migra-
- principais do texto, indicando, no lado esquerdo, sua função no Telles o prêmio CamÕes. ç:ìo Bre-sil,/Pom-rgrl.
texto opinativo (tese, argumentos e conclLÌsão). Na coluna da
- Na longa pauta das conversas
t dircita, apresentamos uma das possibilidades de resumir as idéias entÍe o primeiro-ministro Só- Estr.rtégie: xplq':l mento;

t sclecicrnadas, a partir da aplicação das estrategias de redução


cle inlormaç:ìo. Algrlns trechos que têm, no texto, função emi-
crates e o presidente Lula há um
pouco de tudo: de comércio e
corstruçio.

ne ntcrnentc estilística, seqüências narrativas, por exemplo, não


-
- 23_ _29-
-
- ì
tl
ì \l.rrr.t Qt.rotos Lt:tr-n Rr:surro

- de educação, de biodiesel e de Àrqr-rrr..cnl, r .ì Conr:rs s'.1ì\ tr:Ì(liç(ìcs, siniul.rri- |\l-'-,t rÌìrrn(l() tio.. prir-
- cinema, cle tecnologias de inÍor- i!.t.lr's .' ! ().itLrirìas, ellts s, ,rtÌ rt.r.rrìr I tr'.1' r, .. --l.t.r.ilr'iror ttttr
mação ao combate à droga, das g.utii.tr, :.r'l.t .stticcì.tclt t lr,rtr'sti- |.Ì,,1y ,, i.ìiìì1,!'rÌì, Ì'()lirÌ
- comemorações da viagem da rl.rrh. tt:;t r(\P('it() que nruit,, s, l r::rl. ..\ irìÌ('l]Í.r\.t(, .r (().
- corte lusa há dois séculos ató rcfìetiu r',o rctr:rto qLÌe o BresiÌ rlc- | nrrrnirl.rtìc crrropci.r le-
- os surtos migratórios que hoie 1,. fit,'t:. tlr'rttr,r tl.r nr,tltlr.rr.r ç11çi l\1ru (l(5Ln\()l!'irncíìt(ì iÌ
se fazem em sentido contÍário. nhose cl-i c:rricLtum. Nhs o mun- | Portr-rgrl, r>qr.te reforçor.t
- Sem trbns oLl gr:Ìndes drtml-s. do cle <ì'-r.Lntrìs p:r.rii aqr.ri vierlrn lsrr:r rcl.rçì,r conr o lirr-
- l Durante muitos anos, há Que Dtrrenie rnf)s. ()s di)is glnhur .i prorpt'rrtl.itl.'or-r e litrer'- | .sil, poi.s ['ortLrg:rl Jr:is:orr
) \i-gl lrìì('nt( )
I

ciaclc mudou, entrctilnto. Jí) t('r- la invc'tir n(ì p,Ìí\, (ÌLlr


conÍessá-lo, as díplomacias de prí.ses nr:rniinltenr loe-
I
n:Ìrem m:ìi-s br:rsrlerr,, o sttr sonhr) | tem hole ó()0 ernJrres:rs
- Portugal e Brasil foram conde- ne.s reÌrçÒc's cìiplornát i-
|
E-rsa é a nova realidade que é pre- | com cepit:rl portugr.rês;
nadas a entreteÍ-se na gestão ca.s. O único essunto d:r
- I

criativa de uma retórica t.rto- | rel:rção lìresil,/Portu3',rl ciso saber enfrentar. I o írrto qeror-r 1(X) mrl cnr-
- congratulatória e redundante, era a e.xistêncil ch c<t-
I
Portugal também mudou, c mrri- | preg()s
to. Pela integração européia, so-
- lutando para conseguir encon- | munidede portLÌglÌes:Ì
trar coisas concÍetas para dar no Bre-sil. freu um choque de moder- I Estr:[cgl.ìJ: :Ìp:Ì!]rrÌìen-
- substância ao retacionamento.
I

I
nidade, com efeitos muito visí- I to; construÇircr
- I

Nesse passado, períodos hou- Estratégi:rs: aplìgrrnen-


|
veis na sua paisagem material
- ve em quê as comunidades Por- to; construçào. e humana. Nesse novo peÍcur-
tuguesas no Brasil ocuPaÍam so, um tanto paradoxalmente,
- quase todo o espaço da ima- acabou por reforçar a sua apro-
- gem de Portugal. ximação do Brasil.
- Não esquecemos Ïmor-Leste e A partir da segunda metade da
a África que fala como nós, bem década de 9O, Portugal trouxe
- como o modo como Brasil e Por- para o Brasil os capitais da sua
- tugal lêem o Íuturo da CPLP e Íecentê prosperidade e alterou
- as possíveis estratégias co- muito ns matriz da sua presen-
muns paÍa reforço do paPel do ç4. Hoie, mais de 600 empresas
- j! com capital português aqui o1x'-
Português no mundo.
- i{ Nessa reunião, falamos também rrm, sendo responsáveis por m:ìis
- de outras questões internacio- de 100 mil postos de trabalho.
{ nais, da Europa em crise de Sem gìr de parte ess:r-s dimens<-rqs A presençe poÍTugue.sx
crescimento, dos problemas do que murto prezrmos, dcpi.rÍ1m(>nos hoje é prestigi<;sa e sig-
-
t Mercosul e da penosa dificulda- aSprJ cÌlÍn unxì pres€nça portugue-
sa diferente e pÍeÍigi:Ìnte. Por aí
nificativa nos segmentos
de serviços (teleco-
t de em ligar insiitucionalmente
ambos os espaços. estamos nas telecomunicações e municaçÕes, energia,

-
) 30_ 1t

-
Ò
ì
Í
I

ì N_l.rrr r QL:.loxos Llr i r.:


I
IìF:'J\to

- na energia, nas estradas g-na baú- Ixrtele rir), n:r inclr.istri:r Ctrrt.'ltt.:1,r Il)cr..: <1treeir.'qu,.i :r,r Br:r>il. lr.r I tutl,r L\-.) rìì,,\lr.Ì íÌÌl(':ì
ca, no varejo e nos cimentos, na (c'illcntos), Íì() c{ )rììúrci( turrr:r cois:r c1r:rc uprtncii; Chico I clistini:i rniru os clois
- ),
hotelaria e na vária indústria. rììcsrÌì( ) c()tÌì lts r!.-rtrÌÇü'.\ Buarque não tenr razão. Hoje, l1r:Lísr'. i''1.:i rÌÌúrì()t'
- No comércio, onde a pauta inrposta.s pcÌ:r polírice cl<r iá nao há tanto maÍ a nos
- tarifária do Mercosul ainda nos trlcrcosul, (vinho, azci- separar. I E.stretúqie: c()nstnÌçÌ()
- limita, conseguimos já eíe ano te), no turi.smo (\orde.s-
) passar a liderar os vinhos euro- tc). -Lrnrlxm. os brrsilci- O resumo. ent;ìo, pocicria orgeniz:Ìr-se do sr'guir-rir- nloclo:
f peus e colocar o âzeite no topo ros sc itzcrn pÍcsentes
das nossas exportações. No Il{ ) [t lri5tÌì( ) [)( )ri,.Ì!L:(1\
) Nordeste, o nt<xlo de tuler clc lÌtr- Trl'ro rnn?
tr-rgal enche prailrs, prtlrsecles e res, E.!t ftItclll JS: a plrqtnìcnto; FTL\\CISCO 5EL\\5 D.\ COSI'À
- f:ÌLlrrntcs. os aviòe.s chegem chei- construçà(); gcnert-
-, o,s cìe Li.si;o:r, o cicstrno Bre.sil é liz:rç:ìo. Pornrgel e Bmsil, hoie, têm objetivits conr-ergentcs. No
- lrojc e coquelr-rchc clo turismo Porto, hoje. os presidentes de Portugal c do Bresil encon-
) luso e, em sentido oposto, Por- trìm-se e trf,tem cle assuntos c1e interesse dos dois peíses, nos
) tugal é um -stop-oveÍ" quase campos da irrdírstria, comércio, educação e cultu.rïÌ, histórìe,
obrigatório para o brasileiro tecnologix e política de combate às drogas,política lingiïísú-
4 que viaja para a Europa. ce, poúúcr internacional, e migr.Ìção. Durante anos, os dois
ÀrÍlunÌent() i Invertendo uma tendência de sé- A presença brasileire em países mantinham apenas relações diplomáticas e o único
- culos, os brasileiros estão iá Portugd é hoje rarnbém assLrnto da relação Brasil/Pornrgal erÀ a existência cle comu-
- hoje no mercado de trabalho significrtiva no mercldcr nidade porruguese no Brasil.NÍas o mundo dos portugueses-
- português, t()rrìJnJ{, nìJiS irÌr.{gi- de trabalho. b r:rsilc iros rìLÌdou e, tíÌmbém, Portugal.A in tegnção à comn-
) niÌti\() O nos.i() nlitrketine ptthlici- nidade européia levou desenvolvimento xo país, o que
tÍrit>, nleis "doce'a con!'erst nos E.stretégies: apJg:lrÌìen reforçou sÌle relação com o Brasil, pois passou a investir no
- n()sSOS shoppings c restauranle.S, to; con.struçào. Brasil, que tem hoje 600 emprcsas com capinl português e
- r t()d:Ì horl ptssaÍn p()r nós nir l0O mil empregos disso decorrentes.A prcscnçe portuguesa
Rossio ou no Chiado impondo hoje no Brasil é prestigiada e significeti\ïÌ nos segrnentos de
- gr:Ìça do geúndio e da caipirinha.
a
scrviços (telecomunicações, energia, hotcl;Lria), inclústrie (ci-
- Argumento 6 lsso traz alguns problemas? Cla- Embora contÍibua para mentos), comércio (linho, azeite), mesmo com as restrições
- Ìo que sim. Parâ um país de 10 mi- o aumento da imigra- impostas pela políüca do Nlercosú, e turismo (Nordeste).
Também os brasileiros se fzze m presentes no turismo portu-
- Ihões de habitantes, iá com cente- ção, os dois países têm
guês, pois o país passou a integrar os roteiros de partida à
nas de milhar de imigruntes recentes inleresse em solucionar
- de l'árias origens, num tempo eco o problema. Europa.Além disso, a presença brasileira em Portugal é hoje
- nômico mcnos feliz, as colses nem signi-ficatiw no mercado de trabalho e, €mbom isso contri-
) seÍnpre sao íáceis. Mas, entre nós, Estratégias: apagtmen- bua para o aumento da imigração,os dois países têm interes-
) tudo tem solução. Em Português. to; construção. se em solucionar o problema.Tudo isso mostra que a distân-
cia entre Brasil e Portugal esú hoje menor.
Ã
) _32 _33_
-
)
t
ì
- Como rrs estratégilts cie rc'cluÇ:iìo sìo rc-crirsir-:rs, c<tnforurtr À stgr,rir. D.Ìss:ìr(-rÌ1()s lÌ (ìr'scre Ver elqLtni'.--s dls partcs cite-
- c::Plicrnros entcs, poclcri:rnr scr rclplicaclas soÌtre (_.ssc rcsrÌr.Ìl() cl:ts, as ttitis c.st.ir ci.s rìo. '.rriigt,-- ticrtiíiit', rs.
- l)lÌrrÌ colÌscqi.rirntos no\'tì \'crs1-Ìo lrir-rcla nreis "c,nxr.rta''. \krÌtlrrc_ . iìasurÌì(): () re sLÌrì'Ì() clcr c ePre-scrìllÌr: A. clt-clrrrçìo clcr
ntos a isso qr-ranclo trat'.ìrnlos clos tipos dc resumo, no itcm 1t, tcm:r; b. o objr'tivo ch pesquisa: c. a ciixçaÌo cÌo (lllaclro
- teórico e metoclologico que supofta o trabaÌÌro: d. o
- resr-rlt:r:1o elcrnceclo. [.'m bom reslÌmo cìcr-c- conter cs-
- 3.2 O ngsuxo Do ARIGo ctENTÍFtco sxs prÌr-ies, mes o cìLÌc sc obsen'a, em geraÌ. é apenas a
f apreseniaçào clc comeniarios sobre o tenìa.
. introduÇào: c()ilcntiirio soltrc o temrt ou jr-rstiiicrtit'e iìc
- O artigo científico é um gênc-ro fãcil cle .ser resLrmiclo sua rele\'ância cientíiica: cleclar:rcaìo do objetivo cl:r
- por(llre tenl partes delimitada.s. mls pode oferc-cer algunre clifi- pesquisa: declareção dc tcori:r e merodologie :rdoteclas
culdade no que diz respeito eo temíì. se não for de conhe- para desenvoìr'imento do tcme: clescricão de corplr.s (se
- ciurento do leitor. Por isso, é-lhe conveniente ntunir-sc de ins- l'iouver).
- trlrmentos (dicionários e textos de consulta) para solucionar . Desenr oÌr'imento: aprc-icntaçì, r th tundrtrnentltçrtu teó-
) possír'eis dúr'idas. rìc:r e análìse do problema da pescl,ri,se. Cono, normal-
Reproduziremos aqui um artigo científico pare mostrar mente. o a\rtor levanta hipótese(s) e Ìem por objetir,'o
- como pode ser feita sumarização e, para tento, trabalharentos defendê la(5). o texto é argumentativo. Iogo. a identifi-
- com o ''esquema" pelo qual o leitor poderá guiar-se para ler e cação da(s) hipótese(s) e dos argtrnentos é ilrcìispensá-
- ohs.-n'ar características desse gênero, o qLle o levará à retenção vel ao leitor.
- da intbrmação para, depois, produzir o resumo. . Conclusão: avaliação do trabalho e consolidrrçào de re-
A primeira recomendação é que sej'.rm obsc.n'aclos os ele- sultados. Nos artigos, é comum as co;rclttsÕes trxzerem
- nìe Ì'ìto.s contextual izadores: rcsr-rltrrcÌos parciais cle pesquisas er't't l.ncìltrlle nto e, por
- es.se nlotivo, é o espaÇo para deirrti iegistrrrdas etzlp'.Ìs
- . o tíÌulo: predomin:rntementc, os títulos, nesse gêner<; a serem cr-rrnpridas em no\';ìs fascs tlo estucio. Sr-tgcs-
srìo orientadores e constitlÌem umr reduçào do temr; tÒes e críticas sobre o probÌema investiqado também
- . o autor: os aLÌtores de textos cientílr, trs talam de assun, sào aí cabíveis.
- tos sobre os quais são especialista.s, logo, há r_rma rela- . ReÍerências bibliográficas: relação de ot>ras citadas no
- ção direta autor/tema e domínio teórico; trabalho, red igidas conforme norn.ì'.ì s nacions is (ABN1'),
. meio de divulgação: revista científica ou livro, quando ou internacionais, que as regulamenÌant.
- cada capítulo é um artigo;
- . composição (forma): os artigos publicados em revistas O resunio a ser produzido, depois d:r leitura do artigo,
- normalmente tÍazem as seguintes partes. além do título deve ser constituído com as mesnìas partes descritas acima quan-
) e autor(es): resumo (também escrito em mais uma lín- do tratamos do rcsumo que integra o artigo. apenas acrescido
gua, inglês ou francês); palavras-chave (que descrevem da referência a cada argumento desenvolvido. assim como da(s)
- o clomínio em qrÌe o texto se encalra); introdr-rção; de- conclusão(ões)
) scnvolvimento do tema em subitens; conclusão; refe- Agorlr, leiamos o texto apresentado a seguir, depois, o
rências bibliográficas; anexos (a depender do caso). resumo. Obsen'emos que os números postos dentro dos
-
- _34 _35
-
)
-_---
t
ì
a \Í.r olos
nr r Qu.l L.r:ir t:
I{rsurtrt
círctrlos corre:ponclem ìrs pertcs-Ììo rcsLÌnìo. xntc-s citeclts.
rD Ììsscs ÌÌìL-.srÌlos llúnìcr()s ctl('or.ÌtrelÌì-.se rìo tc\to, llos trcclì()s
siro nr:ris clóccis (lrÌc o nornral cle stra esllócie . No cntrtttttt,
ta cÌcstecuclo.s, perlt incli<:ur clur i.s tfcclÌos forirnr c-scttlhiclo.s c()r.Ìlo
()s (ì1Ìpa)cs fornrtnr unLr Orclcnt cle llicacll e lloclcnt cnìl)c-
niìlrr-sc cm algtrns conìblìtcs se r.Ìl colìsc(1iìêncie.
,a rcpreser'ìtzì ntc's cla.s infornraçòes ftr ndante nt:i is qr.re, porta nto,
O Quando aves adultas que não se conhecem são
a cle vem ser sc-Ìccion:Ìclxs e sLÌnl:ìriziìdas pxra colì'ìpor o resumo:
postas lado a lado em um cercado, elas se empenham em
a "A oRDETI soct\r D.\s cArlltl.\s"
uma série de combates isolados, cada uma lutando con-
tra uma oponente por vez até que a ordem de bicadas
)a seja estabelecida para todo o bando. Alguns inclivídtros se
a subnìetem se ÍÌl lutx, prtr lhcs faltar agressiviclacle , por tt'-
a Durente os úútimos 30 anos,a organização social
portamento do galináceo interessaram a muitos inves-
e o com-
rem saúde precárie ou por não terem experiência cle ltrta

a tigadores, e seu estudo produziu uma grencle quantidade de


Uma l.ez determineda a ordcm de bicadas, estas conÌe çam
a declinar em freqüência à medida que os me mbros de hie-
a informações firscinantes. O princip'.rl tema dessas investiga-
rarqui:r reconhecem seüs supcriores; er-entualÍIÌente, um
a ções tem sido o traço de dominância, ou autoritarismo, mas
tem esclarecido também outfirs questões de psicologia,soci
mero le!?ntar ou abelxar de cabeça pode se r suficiente perx

a ologi'.r e biologia, e tem sido útil na pútica da criação de


significar dominância ou submissão, respectivamente. As-
sirn, o bando se torna comparìtivamente pacífico e conser-
e galinhasO. Este aíigo relatará descobertas recentes em nos
1ïÌ a energia.
a so laboratório de zoologia, no Kansas State College@.
@ poi T. Schjelderup-Ebbe, um psicológo norueguês,
@ Em bandos de aves criadas iuntas desde a eclosão do

a que descobriu a ordem de bicadas desses galináceos.


ovo, a ordem de dominância se desenvolve gradualmente.
Os filhotes penugentos raraÍnente bicam: eles não vão além
a Ele verifìcou que, em qualquer bando, uma galinha geral-
cle uma posição arneacadorà ou cle Lrm selto. À medìda que
a nìe nte clominavlt toclas as outras: ela poclia bicar qualquer
umíÌ sem receber em troco qualquer bicada.A seguir vi
crescelrÌ, começam as lutas e poclem repetir-se freqtten-

a nha uma galinha que bicava todas, nìe nos a primeira a bi-
temente antes que certos indivíduos aprenclam a dar passlt-
gem habitualme nte a outros.A ordem de bicaclas pode esta-
a cat e o resto erà disposto numa hierarquia descendente , belecer-se por lolta de lO semanas de idade entre as frangas
a terminanclo por urrìe pobre galinha (pr(, erïÌ bicada por
toclas e não podia bicar nenhuma. Os galos normalmente
e uÍrì pouco mais cedo entre frangos.

a não bicam as galinhas, mas têm sua própria ordem de bi-


O A memória de um galináceo é curta. Galinhas que
f icam separadas por duas semanas ou mais repetem toda
a cadas, de modo que um bando misto tem usualmente duas
a batalha pela dominância quando se iuntam novamente.
a hierarquias, uma para cada sexo.
@ O falecido W.C. Atlee e seus alunos da University of
Se urna ave estfirnha entf,Ì num bando organizado,ela deve

a Chicago descobriram que o hormônio sexual masculino


lutar com cadâ um dos residentes para estabelecer o seu
sÍafzrs. Nessas circunstâncias, obviamente só um intruso ex-
a aumenta a agressividade, de modo que as galinhas que cepcionalmente agressíl'o pocle conseguir uma posição res
t recebem injeções desses hormônios conseguem, pela luta,
ascender nessa escala social. O hormônio feminino tem o
peitável nessa escala sociel.W.C. Sanctuaryda University of
NÍassachussetts, descobriu que, quando bandos de galinhas
, t'Íi'ito oposto, tornando os indiúduos injetados mais sub- erem mistundos, havia uma sevefil desagregação, algum:rs
a nrissos. E cl<l conhecimento comum que animais castraclos
vezes lelando algumas aves a parar de pôr ovos.
la
a _36_ _37
a
f
ì \Í-l n r.r Qu.r niiosJ,r,r'rr, RËit-t\lL)

a O ïlÌ i' lÌ cstnlrÌrftì sociiÌl .bírsica clos galin:iceos.\.rìnÌos


a e\íìnìinaÌ-llÌ rÌliìis intillÌ1Ìn'ÌctÌtc. Pant começlÌt-, pe rgrrÍtta-se
dixriiuÌìer-ìte rìrÌìa pe (lucne prrte cto tempo ent crrtlu utÌì dos
blrntlos poclc tcr clittrcntc:s posiçõcs nos clifere ntcs Ìlrrrclrs.
a (luiÌis scraÌr) as varìtagclìs cle ulÌì alto -rt/////s sociall
:

Q) Qual a influência que a ordenr de bicacìas teÌn no

a Naturalmente, as galinhas que estão nas altas cama_


das dentro da hierarquia têm privilégios - são as primei-
comportamento sexual? Essr questãO terÌÌ, rllÌturìÌlme rrte ,

a ras a chegar à gamela de comida, às áreas de poeira, ao


consiclerável importância prática parÀ os criadores de glü-
nhas.Inve stigamcrla atrìvés de vários experimentos cle ob-
a poleiro e às caixas do ninho. Os membros meis búros cla seruação bastante complexa.
a hicrarcltria são cruelmente en'ìpur-r-Jclos pelo cercado espe- @A atividade sexuat observável de um macho segue
a cialmente cltrrante as prirne iras fitses clr tbrmação cla hierar-
quia.À nraior parte do tenìpo e las se nìantêm fora do cami-
um padrão característico: corte, ato dc montar e ato ch
cópula em si.À mais notável de suas manobras de corte é
a nho de sues superior.ìs, cm lugarcs scgregados.Têm uma um bater de asas e dança, mas algumas ve zes cle usa uma
a aparência amedrontacla e strbmissa - a cabeça genlmente aproximação mais sutil à fêmea, simplesmente estendcn-
a abllxada, as penes amarrotad:rs e em desordem. Em con-
trìste, as galinhas das camadas mais altas se pat.oneil.m or_
do a cabeça em sua direção. ou sobre ela, ler-antando otr
não suas penes. Se a galinha re sponcle a isso, assumindo o
a gulhosamente como pomposos cavalos circenses. que se chama agachamento sexual, o macho segllrJ, com
a @ Descobrimos que, num banclo de galinhas jovens, as
aves clas camadas mais altas se alimentam regtúarmente
o bico,a crista ou as penas do scu pescoço,ficando em pé
sobre as asas abertas e movime nta os pés pera cima e par,r
lC durante o dia e à noite se amontoanì nos poleiros para bako, numa ação de montar que antecede a cópula. Lma
a tquecer-se, ao passo que as al-es das camadas mais balxas fêmea, em resposta à corte do macho, pode reagir de três
a devem alimentar-se ao crepúsculo ou ao nascer da manhã,
enquanto seus superiores estão aincla no poleiro, e à noite
formas simples. indiferença, esquiva ou agachamento
í? vagam timidamente enÌ torno do bando empoleiraclo, cm
cooperativo.

a geral isoledes, mesmo quando a tenìperatura cai abaixo


@ Interessamo-nos primeiramente em descobrir como
as galinhas responderiam à corte dos machos que perde-
a de zero.As frangas das camaclas baixas levam mais tempo ram a dominância normal masculina sobre elas. P;rra tan-

a para cÌregar à maturidade sexual do que aquelas d,e status


privilegiado.
to, castramos alguns frangos, privandoos da vantagem da

a @ Para veriÍicar como a desorganização afetava a pro-


agressividade mascrüna, e criamo-los em um bando de
frangas,onde estevam sujeitos aos conìbates pam a ordem
a dutividade, comparamos dois bandos, um dos quais po- clas bicadas.Alguns dos capões ficerarn enì carÌadas inter-

a dia atingir uma ordem estável de bicadas e o outro era


mantido desorganizado por mudanças freqüentes de seus
mediárias, sendo dominados por algumas fêmsas.Tratamos,

a membros. As aves do bando instável brigavam mais, comi-


então, esses capões com hormônio estrógeno, que lhes res
taurava o impdso sexual sem aumentar sua agessividade.
a am menos, ganha%m menos peso e se machuca!,zlm com As galinhas que ester?m abalxo desses machos, na ordem

a nrais freqüência.As últimas a chegar tinha-m as piores posi- de bicadas, acasalel-am-se rapida-mente com eles. NIas as

a çocs;as camadas mais altas eram ocupadas por aquelas que


cstavlrrÌ-Ì hlr mais tempo no bando. Em outras palavras, as
galirüas que ünham posição superior repeliam seus al'aÍì-
ços, perseguinclo-os ferozmente pelo galinheiro. Evidente-
t galinhas tinham direito por antiguidade. Contudo, há varia- mente,entrc os glünáceos,a dominância dos machos é um
a ções de agressividade individual: uma galinha que passa pré-requisito parÀ a aceitação sexual da fêmea. Entretanto,

a _38_ I 39_
-
-
I
\
a --
NÍ.rrir.r Qt,'.oir.os l-rlrr

notlìnìos também quc iìs fêmeu^{fugisnì dc óruchos qÌlc e rìÌnì fanÌ qrÌc os n.Ìirchos rtrris <lonrinaÍlte S ge rarÀnl, conl e fe ito, a
- st xtr:tlnte ntt. rtttritrt ltgrcssir.rls. rnlioril clos tìlh<ttcs. Os gelos clas cantlcltrs int-e riores clc urn
G) Ern bandos de frangos compostos só de machos,
- brtnclo não conscguienr tL.rtilizer rìcnl rÌlcsnìo ÌrÍll or-o.
ro estes desenvolvem o ato sexuat de montar uns nos ou- @ Quanto às galinhas, em que grau a sua posição na
tros com muita Íreqüência, provavelmente porque não ordem de bicadas afeta sua atividage sexual? Já havia
- têm qualquer escape normal para o seu impulso sexuat. suposições de que as fêmeas mais dominantes eram me-
- Ger;rlmente os machos das camadas mais balras são os ot> nos submissas à cópula e resolvemos investigá-tas siste-
je tos desses íìtos ebernntes e alguns são perseguidos maticamente. Crimos alguns bandos grandes, de 30 a 40
e ca_
- r-algldos tão incessantemente que cheglnì a nlorrer. f)a frangas caclr um, e, clepois clc estabelecicle a orcle m c1e bica-
-
a mesma forma, em bandos cle galinhas. as fêmeas clominan-
tes podem assumir o papel do macho e montar em gali
das, dividimos cada banclo e m três grupos - o terço superi-
or, o terço médio e o terço inferior cla ordem cle bicacles.As
nhas que lhes são inferiores ne ordem de bicadas. Esse com- posições dentro de cada grupo continualam as mesmxs de
-
+ portamento é diÍícil de explicar, porque as galinhas que
nÌontam não são necessariamente masculinas de forma al-
antes, mas cada franga tinha agora me nos at-es par.Ì clomi-
nar ou pam ser dominada. Isso mtrdou significantemente
- guma; em geral,responclem normalmente ao avanÇo de um sua receptividade à corte do macho..\s gelinhas do terço
nacho no mesmo bando. superior, que tinham sido comparati\?mente nãorecepti-
- @ Um outro experimento mostrou, como esperávamos, vas aos machos, t()rnaram-Se mais submissas (como eviden-
- que os machos das camadas superiores na ordem de bica- ciou a freqüência de agachamentos) e os terços médio e
- das venciam todos os que lhes eram inferiores em qual- inferior se tornaram menos submissos. Em outras palalras,
guer competição para acasalar-se com as galinhas. quanto mais alta a posição da galinha na escala social, menos
-
ra Qr.r'lndo unì pequeno grupo de galos, que não tinha, ante ri- inclinação tem para o acesalamento, enquanto que,para um
orrnente. mostrado significantes diferencas indivicluais no mecho, a alta posição social iìumerìtiì suas p<tssibiüdacles.
- impulso sexual,foi colocado num ce rcado cont as galinhas, O Nesses testes, notamos que o interesse sexual das
notou-se uma correlação direta erÌtre o strrtus-ocupado pelos fêmeas era estimulado cada vez que um novo macho era
- galos na hierarquia de bicadas e o sucesso no acasalamento. posto dentro do galinheiro, mas seu interesse era logo
- () mecho dominante superou seus inferiorcs em graus vari- satisÍeito (dentro de seis a nove minutos) e daí para dian-
- ados. Um macho foi completamente reprimiclo sexualmen- te tendiam a evitar o macho. Por outro lado, quanto mais
te, não conseguia reagir às galinhas que ele conheceu mes- relutantes eram as fêmeas, mais ardente era a corte do
- mo quando os outros machos foram removidos. A essa macho: eles contrabalançavam a receptividade diminuída
- condição denominamos castração psicológica. das galinhas aumentando suas exibições.
- @ Podeúamos naturalmente supor que os machos mais @ Os machos variam consideravelmente em imputso
bem-sucedidos no acasalamento gerariam também a maior sexual- Sua sexualidade não está necessariamente relaci-
- descendência, mas,para ter certeza disso, realizamos alguns onada com sua agressividade, ou com a posição na or-
a
- experimentos especiais com a cooperação do geneticista
de galinhas D.C.Warren.Usamos machos de diferentes linha-
dem de bicadas. Conseqüe ntemente, um macho dominan-

t gens (Rhode Island l-ermelha, Barred Rock, Leghorn bran-


te com um baixo impulso ssxual pode reduzir a fertitidade
de um bando dc galinhas impedindo o acasalmento cle
à ca) e os descendentes nitidamente marcados demonstra- orÌtros machos. Isso sugere que, pare a criação de gal_inhas,
) dô
_41 _
-
)
f
ì l,
a l,L'.:ir-r Qu ro:,o; I1:r
Rt s'. :lt

a os crilÌcldrcs de vcm selecior'ìrìrmschos


ecficiênciu niÌ corte .
clc- alta sexì.ìxlidacle cobriu-se cluc ;Ìs gllinhes rcpcterÌì a batalha cle clominânci.r
I)or tcrcrÌì nre nttiria curtl,i' corìì a incluslro clc ln-e cstr.tnlr;r
ra (5,-- Descotrrimos
que os galináceos são excelentes ani- lu trnr blÌnrlo ju Íìxrneclo. qLrc tcrÌì (ìc lutar conÌ tocl()s os intÌi,
to mais para experimentos de investigação dos princípio5 r-ícluos clo banclo pa-rì cstebclece r se. s/a/zrs.A'lrntegcm ci.
gerais do comportamento social. Eles contribuem muito
alta posição hierárquica é ter privilégios no bando.@l [A-s
- para a compreensão de vários aspectos, como
a agressividade e a corte, que têm sido alcançados através
a pe squises for:rm clesent'olviCrs em hboratório, peh obserr.l-

a do estudo de muitos animais, desde o peixe-espinho até


ção de trm banclo, ou por companção cle banclos, conr clifc-
rcntes objetivos: lo plr.r examinar conìo a clesorglnizaçio
a o chimpanzé.
..feLn-a a prodrrti'itleclc;par:r tanto, clois blrnclos, uln e stíÌ\'cr .,

a (ìL-HL,.\.\t -A orclem social


outro instlrvel. for.rnr t'rtnrp,rnrclos, e as conclusões e qrÌe st:

a In:Psicobiologia - as bascs biológicas do comportamento.


des gelinhas- chegou foram as de que as gaÌinhas têm clireito por anrigui
dade e q'e há lrriação de agrcssi'icracre por fatorcs incli'iclu-
t 'Ìrrd'ção rlc Licli.r^.\r:tengr'.
Textos do Scicnti_fi c Amcrican. ais; 2" para analisar a relacão d:r orclcm clas bicad:rs conì o

a Slo per,rlor Ecliton de Uni\.e rsid:ìde de São paulo


Edirorr poÌígono, I 970, pp. I 25€
/ comportamento sexual das ar.-es, o qlÌe foi investigado por
meio de seis experimentos: l. o paclrão de corte do macho e
(original publicrdo em fevereiro/19j6) a resposta des gdinhas a essa corte;2. a reação clrs galinhas à
-
|F corte dos machos que perderam a dominâncie sobre elas;3.
a Resumcr
o comportamento sexual de frangos em bandos compostos

a IO texto trata d:Ì organização social e do componamento


só de mechos; 4. o comportamento sexual do macho bem
posicionado na hierarqúa de bicadas;5. a relação da hierar_
+ clos galináceos por meio do relato de pesquisas labomtoriais
realizacles pelo autor.Ol IO objetiro clo artigo é relatar expe_
quia com a descendência;6. a relação entre a hiemrquia e a
t? rimentos cpe visaram a clescobrir como a organização soaial
ativiclacle sextral clas galinhas.@l IEsses experinrcntos rcr-cla-

a clas galinhas afetara-lhes a produtirÌdade e qual a influência


rarÌÌ qrÌe, de um krdo, a hierarquia socid clas têmeas influi
cliretamente em seu comportâmento social e, cle outro, que
a üt ordcm de bicadas em seu comportamento sexÌlal.@l
tO essa hierarquia não está diretamente relacionacla à
a autor partc de resultados de pesqtrises sobrc a org:rnização e
hierarquia social, descritas a partk da obscnação da ordem
agressiddade e sexualidacle dos machos:{ conclusão a que o

a de bicaclas d:u g;úìnhas no galinheiro e, também de pesqú_


autor chcgou é a de que os galináceos são animais que se
prestanì à pesquisa dos princípios gerais do comportarnento
a sas que revelarÀrn que o hormônio sexual masculino arünen_
social por permitirem que aspectos como a agressividade e
a ta a agressividade das galinhas o que as impulsiona na escala
social.A partt dessa base, o autor relata as seguintes e(peri_
a corte, comuns também a outros animais, seiam
a ências: 1" com aves adultas que,postas para conviver,tra\zam
compreendidos.@l

a combates isolados até encontrarem, pela ordem de bicadas,


Que estratégias e prcredimentos foram utilìz.edos p21,ra a
t .t lricrarcluia do bando; 2" com aves criaclxs juntas desde a
cclosã<t clo <tvo,que desenvolvem gradualmente a hierarquia
construção do resunxr? Prin'reiro, a observação de todos os ele_

t rlo banrlo; J'' com aves criadas juntas, mas que são separadas
mentos contextualizadorcs do te.rto; depois, a leiRrra- inregral clo
aÍtigo; a seeuir, a seleção dos trechos que concentr:rm as idéias
a trrrrJrrIr:riarncnte e, clepois, juntadas de nov-o.Nesse caso,des fi-rndamentais do text., delxando de lado, explicações, exemplos,
a 42_
a _43
a
-.-{
n
ì
\'Lr,r.u Qu,roros Ln'ru

- infbrnrrç:òcs lrricrais cir,", cnrlr,rra iìportantcs rÌ cor.Ìlposiç-ão clcr


clcsses qtrcstocs. pois clc-ir:r clart> c1r.re . pele pc-sqr-risu inch-riivlt, a
- tr'\to. n:ì() siro rs nrais irìpo|l.Ìrìtcs J).rriÌ lr conlprcrr'ìsìc> clo
ltroltÌc.- ol;scrr-lção clt: rninlris cil llrìrorrÌorio. o trrrtor pôclc cicscrcve i
- rìliÌ rÌl)rcscntecìtr; finalnrcntr, rÌ uplicllçiro clas cstrutóqies clc aPlrerr-
sues oltscn'ltçòcs c cìtrg:ir e cr>nclLrsrìrcs.
nlcÍ-ìto. genenlizeçl-ro c con.strllçzìo na elal>oraçlìo clo rcsLlnlo.
- A exposiçào clos res,.rlteclo.s drr pesqr,risr é o últirlo ponto
Obscn'e.ntos qlle, antes de tudo, o texto clo resLÌmo tenl a scr posto no resunlo. No ertigo liclo, esses restrltrrclos pocìcn'r
- cle trrìzer a cleclaração/erplicaçtìo,/apresenteção cÌo rema, por_ ser coÌhicÌos nes prÌssrìge n-s cÌLÌc têil o número .

- tlìnto, é importrnte selecionar no texto x scÍ resunricio os tre- \êjamos. tgorlì, nrt c1r-rrcïro. conìo os trechos selecionrtclo.s
chos qr,re trazem essa inforntaçiro. \'ejamos no rexto as passa- se trìnsfonll:ìnl no terto clo resllrìlo. pela :rplicaç'.'io cles estrirté-
- gcns srifrrclìs que tôm o númcroO gia.s cle sr-rrnariz-:rçìo cle infornrrrçìo e pele introdr"lç1ì() rlL- p()r-
-
I Freqiìe.ntemente. os artigos cientíl'icos rrazenl erplícito o
objetir-o ch pesqr,rìsa, mas pode ser, trmbém, qlrc o resumo não
çòcs tc\tLl:Ìis qtic cstrthclcccnì e ( .'r's.ìel c. coiìsL'qlrcotco-rcr-Ìtt'. .r
coe rência textual. Ném disso, esscs trcchos são os clue introclr,r-
intesre o te\-Ìo. Nesse caso, o alrtor do resumo tcm de inferir o
- oìljetivo e, enrào, redigiJo. É bom lembrar que o objetir,-o deve scr
zcm as informações novas e fi-rndan'rentais do texto, os clLle e-s
expandem del'em ser desprezâdos no reslrnlo:
- redigiclo com o verbo no infinitil-o, qr-re é uma forma não marcacla
- relativamente ao modo, tempo e pessoa verbais, e que pocle Partes do Trechos selecionados Texto resumido
e.rplìcitar dc- maneira prccisa 1Ì mell da pesquisa. O autor do arti-
+
- go, apcsar disso, pocle nem utiliz2ìr o inÍìnitivo nem explicitar sue.s
tntençòes, mes o arÌtor do resumo tem de explicitar isso nrdo. No
Q)
resumo
lemlÌ
do texto integral
Dur:rntc os :ltimos _10 anos, a
orglnizeção vxiel e o compor-
O texo trlte c1e orgrnizeçào
sociel e componamento dos
- ter-to .ra examinado, por exemplo, o aLltor declara parcialmente tílmento do grlinliceo interes- g'rlinírceos por meio clo re-
ser-r obje'tivo, como se observ.a no trecho marcado com o núrnero@.
- srram a muitos investigadores, lato de pesquises labora-
íF A erposição cia fr,rndame-nt;rção teórica do tc\to, tarlbérn, e .seu cstudo protluziu untl toriri.s realiz:rtlrrs pelo autor.
I)o(lc scr ntais ou nìe ní)s precisr nos xnigos. No caso do texto qc.rncle qtrenticLecle de informe-
- cnt cxame, a identificação da teoril é fácil porqlÌc o urutor faz çr)es fnscin, ntes- Estr:rlrgi.r:: 1, ìp11r (ti.L inlì rr-
rcfcrôncias explícitas às pesquisas que são a base de ser.r traÌ>..r-
- maç:to princip:Ìl) i apxgiÌ-
lho É cxatamente a partir dos resultados das pesquisas do psi- nìcnto (clrs informrçr)es acli-
- r'r';[r ;gç.l norueguês,'I'. Schjelderup-Ebbe, e dos .rirrericanos W. C. cionei.s à principeì).
- :\lÌt'c. cla Liniversidacle de Chicago. e \I/. C. Sanctuary, cla Uni- 2, '1,'trr,r
ll Lste artigo relater:i de.xober- O objetivo clo :rrtiso é reh-
- 'r'rsiclacle
de lrÍassachLlssetts, qlle o autor estrutLlra seLls experi- tas recentes em no-\so labore- t:Ìr experiment()s que !i.srÌ-
Íncntos, como se pode r,.erificar nos trechos que estão marcados tório de zrnlosí.r no ram a descobrir como
- t' incÌicados pelo número@.
Kansu-s a

Strte College. dc'sorgeniz:tção sai1Ìl clrrç ga-


- O problema do método pode ser compreendido de dife- linhes afetave-lhes a produ-
- r('rìtes mc>dos, mas, para simplificar, pode-se pensâr nele a par- tividade e qual a inJìr-rêncil
lir tl:rs re.spostas qtre podem ser dadas a perguntas como, por
- <'x,'rrrplo. as scguintes: como se desenvoh'eu a pesquisa? a par-
d:r ordem de bicad:rs purrr
) seu comportamento sexuel.
Irr r ll r1rrt' ntótoclo de raciocínio (indutivo, dedr.rtivo)? que técni-
-íÌ {.ì í).ìÌrr()r u\()Ll p.Ìrx se realízar a pesquisa? No artigo de Guhl, E.stretégias: cripie / ap:rg:Ì-
os trt'r'lros inclit'uclo.s com o número@ respondem a algumas mento.
í3
_44_ _45
-
)
--l
f
ì N'Í.rH.r.r Qr'.loros Lr;rrr: Iìr:si,:.:r

- ! I c()rÌ.ì Iìri'1. 5elrit.Ìrit.r'LÌ1) l-lrìr1. 1pn1 O :nrtor píì(-te (lc re.sult:ì(l()s (Ìc €\lét<xlo l):tr:r vtril-ictr conto l (i::or- Às 1rç51111i511.ç fbr:ìÍlì (1!'s('rì-
- i)sic( )ì(jg() norr,rc',.1rri,s. rlrrr soltre a orgltnìzaçàr g.trtiz:rçiro :Li(t,Ì\.Ì :r 1rr.,-ìi.rti rnr
ta tl, r r,l'riir .r olLiç.111 rl. ì'it.r
1tc.s<1tri.se.s

c hicrer<1tri:r S()ci:ì1. ([].SClItÌs li


r

r icl.rclr'. t r r:'Lrlr.tr.Lttto: tÌ, ris


r ol', iti.r.s
( )l)ì( r" .ÌÇ:r ( )
l:LÌrollLtririo 1tr'l.r
tlc urn Ir.Lnrlo oLr
ta (l:Ì:ì (it.\.\r.s r.lirl iÍìaice( ).s.

Qrrenckr tvcs x(llrltts que


(...) p.rÍir (ìx olrservaç:ìo d:L <>rdcnt Ìrlnclos, unr (io.s qr-teis pocÌi:L p()r c()11ì[):rrliçiro cic lr:rirdos.
cle bicaúr-s cìis gìlinhxs no ge_ xtingir urìì:Ì ordcrn e-stár'el cle com cliferentes ol)jeti\'()s: 1"
oir l 5ç ç1 ,nltaacnÌ .\ìo postxs
- linheiro e, t.lml-Ém de çrsqui- bic;rdes e () outÍo era rr:ìnti- prlt eremin:rr corÌÌo lì clcsor-
llrcl<t e leclo eln rÌm cerceclo, s.Ì-s que rel'elurant qLle o rlo dc-sorr.l,rnizetlo pr_rr mLr-
- el:ìs se enlpcnÌìtrÌì erÌl rÌnlt hormônio sexurl mescr,rlin<r
8:Ìnizaçalo x[ç-t]\'rr e produti-
clenças freqiienres de scus vitjrde, plnÌ t:tnto clris bln-
- séric' dc contltlLtcs isolrcìos, :rrrnìentJ I agrc.rsivicl:icÌc rl.rs nrcrlbnrs. ( .) rl, '., 11"t e:ljrrl c ('Llir() ln-
- cJdl urÌÌJ lut.rntlcl cOnirlr g:rÌrnh:is () qllc il.s intitul.srone Ern outra.s p'.rÌevr..rs, 1' g:ili- t:lr'cl, [<rram complredos, e.L-s
urÌì.Ì ()poncntc p()r \cz ltc nl es('tl:Ì soct:ìI. A partif clc:isa
- direito poi lntr-
nhes tinhant conclLrsÕes a qlÌe se chegoì.r
que a ofclcnÌ cie bicacì.r.s scja b"r'c, o:lutur rchlr :Ìs seguintcs guichde. Contudo. h:i r.rri.r fÌrram a.s cle que e.s gllinhrs
-
rc estrbclecicl:r piÌrt tocl() o expcriênci:r-s: 1'com aves ldul- çoes de agressiviclrdc. inrlr túnr cÌireito p()r antisuidudc e

+ b:rndo.(... )

Em bendos de ar-es cri:Ì(l:Ìs


üÌs que, posfJs p:lr:r conr.ircr.
trevam combate.s lsohdcÌs até
vidr-ral: (...)
Quai a infìuêncix que .Ì or-
c1r-rc h:i r':ìriiçio dc
sivid:rdc por fetores inclivi<Ju-
:rgres-

4 juntas desde a eclosio do


()r'r), I Ordcm de dgmi-
enconr:Ìrem, pela <>rdern de
bicaclrs, a hiererquie do hrndo;
clem cle t:lrc::.das tem no c()m- aisi 2" p:Ìriì enrli-ser a relrçào
rílr ninLi:Ì se descnvulve grl- 2" com eves criad:r-s ir,rnta.s des-
porl:ÌÍìent() sexull? (...) d:L orden'r <h.s bicades ccrrrr o
A aril'ichde se\-Llxl obsen.ável comportemento sexual da.s
dualmente. (...) de a eclosãrt do ovo, que de,
- A memóril de uin galinícecr senvolr-sm g'rdu..rlmente a hie-
de um macho segue uÍì1 prÌ- :Ì\'r5, o quc [t-ri invcstig.rdo
drào caracteristic(): (...) por meio de seis experimen-
-
tc é ci-rrta. Gllinhe.s que ficanl
sep:Ìr:tdxs prtr cltr:ts senì:Ìn:Ì.s
rarquia do bando;
criachs juntls, mrs que s:ìo se
l. com :lves Interessamo-nos prin:eira- tos: 1. o peclr:-ro de corle cÌcr

rc oll nì3iì r(.pctcÍìÌ lotl:r lr b:r- pand:Ìs temfxlnrdlrnrente e, cle-


nÌe nic e m clescottrir cc):lr() as
galinhls re-sp<;nclerierli à cor-
rnrcÌio c x rcs[x)stu cles geli-
nh.ts J qssJ tor1ç: I p:tt.r itr-
rc ralhe pell clorninâncie qrr:rn- pnis, junteús de no,,'o. Nes.se te clos mrchos que perJeranr Vr-.stig.Ir c()rÌì() t-s galrnhls rc-
re (l( ) sc juntiÌnl n()'!;ìÌncntc. (...)
\aturalmente,
caso, descobriu sc que as g:Ìli- a dominfncie norÍnll llilnt .r (Ì )flc \l( )s nìlLh( ,.\ ql Ìr
nì..rsc-u-
f,.s gtlinhJs nhils reÍrrt('ln a blrurlhe de d<> lina s<;bre ele.s ( )
re que estfo n3s altss camedes minincr.t por terenì memória
prrtltrrnr I <ìortrin:rnt rl sobre
Em bandos de frangtts corn, cll.s, -ì o cotÌìponlmento se-
dentro ch hierarqr:ie têrn pri- cÌ-ìnr; .+r corÌl a inclLlsão dc a'v.e postos s(r de mechos, estcs xuel cle fÌenqos em band()s
- vilégios - sf,o as primeir.r.s a c.5tÍanlìt x urn bJndo já forrrì:ì- desenlolven o ato se-Fú:ri dc c()(npOst().s sri tle mlcho:; -r
- chcgar a gamela de comide, do, que tem de luLrr com todos m()ntar urìs nos oLltro.s c()m o comporttmento sexual clo
às áreas de poeira, ao polei-
- ro e às caixa.s do ninho. (...)
os indivíduos do bando para mtrita íreqüêncil, pr()\-a!.el- macho bem posiciooado na
estabelecer seu sÍí?fraç. A vantt- mente porque não têm qual- hierarquia de bicadas; 5. a re-
- gcm dr ah:r prosiçrìo hierárqui- quer escape n()rmll p:ìr:ì o lação de hierarqr,ril com a
- ca é ter privilégios no bando. seu irnpul.sct se:a_rel. (...) cìescendência; 6. a releção en-

a
-
,e
Esu.atégir: cópia /apagamcnro;
corìgruçÌo.
Um outro e-rpcrirnento mos-
[rou, c()nÌo e.sprrávamcr-s, que
os mechos des camada.s
tÍe a hierarquie e a atividade
sexuel das gtlinhes.

íl --46_ _47-,
- i

- J
Ã
=-
í.
ta \Í-ri.lr.r Qi ,,,liros LiÌrr.r Rr-st'rrir

a sÌ.ll)!'ri()r'(,s lt.r orcltnt cÌt itic:rcltrs Iìstr;r[ú'qi.r:: tripi.t :r1t.rS


c()rÌe, cÌÌ.Ìü riiil sirlt> lìcençeclos I L.inri.gi,ii..,qri., .,l,pqçÌ-

a \'('rì( l.liìì t()(li).s ()S (iUC ilìC.s cf.rrÌÌ


Ìili('Íi()f('S crtt Cltr;rlt1tt.'r
IÌìcrìl( ); ( { ):.ì.strtÌ('iì(ì
etl:t','és ckr ç511111,, (l('llìrÌit()s lrrri- | nt,::.rt(); (.()tì\r.t.U\.ìL): ,l(irú
ttt.tis, clt:ikr () I)rìi\t-csl)illlro :ttt I r:,.liz.rc.-ìo
rt çìo
c()rììl)11ii
J'r:rn lclr.s1tl1l-.çg com lts g:rli-
o chintl>:inzc, I

a nhus. (...)
Por fim, é imprescinclír-el dizer qrÌc é t estratégio rle sele_
a Qulrnto :ìs !Ìrlinhes, cm qLtL. gnÌLÌ
çro qLle rege todo o processo cle surnarizaç?ìo (liì informaç:ìo e
a e slte po.siçio n:Ì or(lcnt cle bica-
clus etcte -sul ati\.icll(le sexlìirl? claboração do resr,rmo. se csslr cstratégia [or nrar apricacìe por
a Iì:Lvl:i sup()siçòes de <1rrt. :rs fiì_
_J:i
qlÌxlqlle r nloÌivo (frcqiicrrtcr-Ììcrìrc [)()r lcitLlriÌ dcficicntc). tocl-r u
tarefa de resumir fica comororllcticllr
e nìclÌ.s nlaìiS dominentes ertrn me-

e nos strbmis.sr.s à cópLile e resol-


Vemos in1-e.stig:Ì-lt.s .sistenìxt ictÌ_ 3.3 O RESUMo DE FtLMEs
+ 2 KL-sLllt.Ìd()s
rnentc. (.,. )
O resunto cle [ilmcs r,.eiculaclos nrÌs rcvi.sta-s e jornais int-
|F Nesscs tL-ste.s. notlrmos qLÌe o in- Ls.sc.s experime nto.s ret-e-
pressos orì eletrônicos tem o objetivo de cli,,,r-rlgar os filmcs. e
a tcre.s.ie .sexuxl dt.s fêmee.s ere es_
timLll:ìck) ctdx t'cz qlle um novo
lerlm que, de um leclo,
hrererquir social d:rs fê-
a
nào cle fornecer inform:,ção completa sobrc seu coÍ-Ìteúclor, por-
qLre não é possível nr-n] apresentar porrTìenores clo enreclo nem
{? nrecho erx po:ìto clentro clo g]li- mexs inllui diretamenre
antecipar a conclusào da história, pâra não desestimular o lci-
a nheirct, m:ìs seu interesse ere logo
srtisfeito (clentro de seis a nove
em seu comportalmento
soc-ial e, de or-rtro, essa hi-
tor. Nlesmo assim, podem ser obsen'ados cor,ro moclelos cìc-
redução da informaçào. Esses resLÌmos têm, em gerei, as se_
'?
(?
minutos) e daí para diante erarquia não e.stá direta-
ÉÌuintes partes:
tcn(lilìnì ì evitlr o rnecho. por <)u- nìente relacionada à
l} tro leclo, qì.Ìxnt() rneis relutantes agressir.idede c serurÌ- a Títr"rlo.
er:Ìm as fêmeas, mais ardente ere lidede dos machos. A
|C a Conreúclo: situação da histórir no espf,ço;
:ì cortc do rnacho: (...) conc[r.sàoaqueoautor
C Os machos variarn considert!'cl-
clescrição do enredo.
ciìeg()u é a de quc os . Personagens: clescrição das personagens e de
e nìente em impr,rl.sct se.{ual. Sua
sexuelidede nào e.st:i neces.s:Ìn-
g.rlir':i.t-.t-rs sào animaiS
ção na história.
aÌtra-

a amen[e relacionada com su]


que se prestam à pes-
qui.sa dr.rs princípios ge-
. Ficha tócnica: diretores, produtores, atores: corììcntári-
e agressiviC:rde, ou com a posição rais do conìportâmento
os sobre a sifueção clo filme (pren'riaçlio, apresentação
enì festivais etc.)
a na ordem de bicadas. Descobri- social por permitirem
e mos que os gxlináceos são ex-
celentes 3nimais para experimen-
que aspectos como a
A seguir, apresentamos o resumo de O clã dcts crdagds
I t,rs de invesrigxçào dos princípi-
agressividade e a coíte,
comurì^s amrem a outros
L' o ado ras, veìculado po r t\T\,"n'. grr iaclase m..r na. com. br, 07 / 72 / 200i.
I os gerais do comportamento so- animai.s, s€iam compre-

t ciel Eles contribuem muito para


:r comprcensão de vários aspec_
endido.s.

t t()s, c()nlo a agressividade e a


a
Veja Andrade (2006), nesta coleçào, sobre resenha de Íilmes.

I 4r _49_
a
I .

\.4-.*-,.'*
o
ì
a \Í.r s r-r Qu-r oiios Lr.:r'r'e
lìrsi r:,r

a O Crà D,\s ADAcAs Vomon.r"s clLrc clivr.r'l{lt os


l)()r c\clìr)Ìo. o
iilntes cr.ì'Ì carÌlÌz. Porúnt. sc o gêrtcro for oLltr(),
cii'LÌrlì r'r,ilrÍlÌo cir finalicl..rclc cÌit[iticu. ft-ito por
'a
a Uma séric cle conflitos assola a China no ano cle gj9,
rlr.rrrOs (lLÌc türi:Ìiìl o Oltjctivo (l(- fCi:Ìter r-rrn filr-nc 1r (lLìc e.ssi.sti-
r'.trn, seri:r irnprc'scinclír'cl c1r-re o c-onteúclo íossc todo e\postu,
a clur.rnte a clinastia Tang. incapaz de controlar as inúrme r:rs
enrbora de formrt rccltrzicla.
a insurreições, o €love mo está enfraqueciclo, mas acreclita qtre
se acabar com um gl:upo dc guerrilheiros pode melhorar
a muito stra sit.eção. Os soldaclosJin e Leo, ambos do exérci_
a to oficiel, reccbcm. então, umlr missão: em dcz clias cle
'enr
a clerrotar O Clã das Adagas Voadoras. Lìnl clos mais
prcstigiados cla época.
a Para chegar ao misterioso líder do clã, eles escolhem
+ como alvo a clançarina cega NIei, que dizem ser a fìlha crere.

a Segundo os planos d:r dupla,Jin fìnge ser um gtrerreiro soli


tário e aos poucos consegue ganhar a con-fiança da bela
a garota. Uma vez infiltrado no grupo, ele esperr ser levaclo
í? aos orÌtros membros do clã. NIas, uma palrão inesperacle

a pode colocar toda a operação a perder.


O CIã das AdagasVoacloras é o 3. filme em que o dire-
+ tor ZhangYimou e a atnzZha,ngZyi,uma clas mais famosas
íc cla China, trabalham juntos. Os anteriores foram O Cami_
ttbr,t pnra Cusrt,çle 1999,e o recém-lançantlo no Brasil 11e_
í? rói.A prodtrção clisputou o Oscar 2O0j na categoria me_
|? lhor fotograÍìa.
í}
a (.ino
No printeiro parírgrafo, h:i a situraçào cla h,srória no tenìpo
no espaço (china) e a descriçao clo enredo. No
r-le 859) e
a scgLrn<1o, lê-se a descrição das personegens e de sua
aruação.
f N() terceiro, há a referência sobre a ficha técnica do filme bem

a corrro sobre sua posição como fìlme indicado ao Oscar.


LJm resumo feito para informaq realmente, sobre o con_
a tt'titlo do filme tinha de esclarecer quem formava o clã das
a ;ì(liì.qiÌs v'oadoras, de comentar o insuèesso dos soldados
Jin e
a l.t o, rlt' <lizt-r que a dirnçarina não era cega; de dizer que
o clã
l)r( l);rÍ()u trrnrr cilacla pera pegar os inimigos; e que os apako_
a rìrìrl's, . rl:r.çrrri.u e o soldedo inimigo, mataram-se no final cJa
ít lristriri:r Iss., scriu, ('()Íìtrìdo, inr,rsitado nesse gênero de resumo
a
a _ 51

a
f'
ì
a
t
e
r'
a
a
a
+
|? Trpos DE RESUMo
lF (securuoo A ABNT)
rF
í?
í?
rc
|?
?
t A AssocraçÀo BR.r-srlrru Dn Nonrr-rs Tncuc,rs (ABN-f) é o órgão

? responsírvel pel a no rmal iz:rção iécnica l>rasile iril. procecl irnentc)


ftrndamental para o desenvolr,'imento tecnológico, porque uni-
G formiza métodos e asscgLrri.Ì econoniia e qLraliclade na fabrica-
ção de produtos e na transferência clc tecnologia. Na área cien-
'3
í? tífi<'a há rnuitas nomì.ìs da ABNT de extremo interesse, inclusit-e
as (ìue clizem respeiro à normalização cle trabalhos acadêmicos,
c nprresentaçiìo de reterências bibliográ[ica.s, citações, resllmos
í3 dentre out,ras tantas.
|C A norma da ABNT que regulamenta a apresentação de
íl reslÌmos é a NBR 6028/2002. Essa normalização regulamenra a
apresentâção de resumos em trabalhos científicos, como
e monografias, artigos. relatórios e teses, e também em trabalÌ-ros
a técnicos, na forma de notas e comunicações breves. Segundo
essas nornìas, o resumo é um texto qlÌe contém a condensação
I das idéias ftrndamentais do texto-fonte, slÌÍÌs finalidades,
f metodologil e conclusões. Quanto à forma de apresentaÇão,
3
a -
a I -53
c
b
a
NÍ.rrir.r Qu'r,niios t.rr r r:

clc'e scr rccli'ficlo erì'Ì irlì só perírgrlrt'cr


a clcve tcf c\tr.t-ì.slì() cÌctcrntinlcl:ì. (.()rììc):
e', ír (lepcncre-r clo c:rs,. I)era illr.strrr, poclL'rìì()s cllrssifit'ur o re.srÌrìì() clo tc-rto 7 ctttto
íll', Ìprr-sLìntiÌ(ì() rì() itenr 3. Ì. r'onio irrf.rr-rì:rtir'O, 1-lr.)rtirrc <lri
r/i
|' . N.trrs . cr:rrrìLrrìiCrrçòcs Ìtr.t-r.es: notícilt tÌiÌì tllÌi() (ltÌlìrìt() r.r.rrtrltlt'Ilr clo conic,riLÌr) (Ìo te_\t()-lìrntc.
a . r\lonografirrs c- :Lrri,;os:
iLté l0() pll.r.r.S
xté 2i0 palavras Se reaplicarnlos .Ìs r'strxtégilÌs clc rcclr,rçlìo soÌrrc cle. nc_r csiligit-r
a . Relatcirios, dissc'rtaçóes e tesc-s: até i00 palar.res en'Ì que está, obterenlos um resLrn-ìo incliclrtiro, cor.ììí)..ìpresL-Ír-

a Alclm cliss', o texto clo res'nro de'e ser acompanhlclo clc


trÌrcnìos a seguir:

a prtlrt'res-cha'e, olr clescritores, que recubram 3s áìr-as cie


co_
Trlro
a n hecir.ncnto clct tcxto-fbntc.
Conr<_1, a ARNI' regulantentiÌ e apresctntaçào de- re.sumo.s
lr^rn?

? crcntrÌicos e tccnicos. clescreve clois tipos cle rr-srrmos: o incíÌcatit.ct


FR.\\(.ISCO SEI\.\S D.\ (-Oj]"\

C c o Ìr(òrntatirc. O primeiro, conìo o próprio nome slÌgcrr-. serr.e


Pornrgal e Bresil, hoje , têm objetivos conve rgentes. FIoie ,
apene.ì par:r clar algr_rntrr notícil cio textoflonte, míìs nào objetir,.a
os presidentes cle portugal e do Iìrasil encontrrÌm_se e [ra_
'? xPrelçqtar pornleÍìores, o qLte obrige o interessado a buscar
tam de assuntos de interesse clos dois países.Antes, esses
t? cr
te\to-fonte p:rrt nraiores informirçòes. O segunclo, tanrbém corìo
países mantinhtm apenas relações ctiplomáticas, agorÀ, o
o indiceclo por slla clenominrição, é mais completo e deve oferecer
inforrnações suficientes pxra qLle o leitor possa, mesmo sem
desenvolvimenttt de portugal rcforçou sua relacão c()mer-
C ler o
tcxto-fonte, conhecer slras característiczrs filnclamentzris. A tabela
cial com o lJresil, pelos investinìentos que fez no Brasil..\
presença bresilcir"r em portugal é hoje significativa no mer_
C abai,ro sintetiza xs ceracterísticas clos tipos de resllmo:
cldo de trab:rlho, pela migração, embom isso cause proble_
? mas ao país. Esse fatos aproximam os dois países.
Resumo indicativo Resumo informativo
'C
? AÍ)r('\('rìt.t('alr I clo corrteritlo Apresentaçào:
:r. do conteúdo;
O rcstrnxr. qlÌe entcs tinh:r 22j pltllrvrrrs c rcgistrar.a
idéias funcla.ment:ris clo texto-fonte, 2ìgom ,çú trlÌÍìsfornr()LÌ enì
lLs

C b dos objetivos; Lrm texto cle 82 pxlì\-rxs, (llÌe apenrÌs dá norícia clo conteúdo
C c. do quadro teórico-nìetodológico; tratado no texto-fonte. Essa é a diferenÇa cntrLì o resun-ìc)
d. dos resulLedos ir.rlit'ativo e o inforntlrtivu.
C
\ìo dispense a leitr.rra do Pode dispensar a lcinrra clo
C texto-fonte, para texto-fonte. para cttnhecimentr_r
a ,'onhecimento de seus de scus pontos básicos.
C pontos básicos.

C Nào apresenta dados Apresenta dados


ntitetivos./qturlitativos.
r 1rn
quantitativos/qualitaür,'os.
C i\r lt'tlrr.rctit per:r noticiar
I Í)l )\l)(.( [( )s, cerirlogos e
(
Adequado para noticiar obras
literárias, científicas, didáricas e
a [)r ()(l{l[()s rrt.[rr.str-itr.> e relatórios.
I (()tÌìrtrcltu5.

3 =-54_
3 J)

o
r
b
a
e
e
|l
a
a
a
f Dtrrcur-DADES DA TAREFA
? DE RESUMIR
'F
|?
|F
a
?
+
t?
Co.rro osr: rEn ficado claro, a tarefa de resumir um te\to não é
t? cliííciÌ, rnas erigc certos ctridados por parte clo leitor. Como o
+ proccsso de resr-rmir liga-se dirctarnenie conl aÌ ccttttl>etêrtcict
? rlíscttrsita. os problemas que aparecem nesse processo po-
dem sr-r identificados e solucìonados. a prrtir cÌo monlento em
|F que o leitor se conscientize de que deve obsen'ar mais cuicla-
t? dosanrenie certos aspectos do texto. Outros problemas,
a ('\ i'-lcrìte n-Ìe nte, são mais complexos e somerìte serào elimina-
ci'-,s p-'r-.rr n-reio de leitr:ras constantes. mr.rito estudo e trmadure-
C cirnento rnteÌectual do leitor.
C De qualquer modo, apenas para auxiliar o leitor que bus-
a ca identificar e soÌucionar problemas de leitura e de identifica-
ção e redução da informação, sugerimos observar os aspectos
C relacionados na tabela, que traz, na coluna ch esquerde, a refe-
a rência a possíl'eis dificuldades que o leitor tenha nesse proces-
a so; nrì coluna do meio, a relação da dificuldade com
^s
tências; e, na coluna da direita, sugestões de ações que o leitor
contpe-
,3
C
e
a
l
b lvÍ.rrr.r Ql.rorros l-r:n c I{r.surro

o poclc frÌzcr pxr.ì corrigir rs ftrliras ?te Èctacles. r\nics, \.xlc ressal-
t tiìr cllrL-, I)r11Ì iì colLrníì clo nrcio, rrít.el clct prctblenrrr, sc h.ír qlral-
pnnle lr(J clìs(), iÌ [c.\c :L

.ì,'t't tt,Ìt.l.t .LIr.lt('\( lì, illi


scr

t <1trt:r fallrrt refr'r'cnte rÌ (ìonÌÍ)ctônc'irs, lr crttnlrclôttc irr rliscttrsitct


fica prcssr-rposte, pois eh ubriqlr as clcmais.
r i,' tl' r [( \:' ': I],, ' -1 ì1.-
cit>, no fin.Ll.
Ç Nrro ídentificaçiro de FllÌrls n:r compctênui:t Corrsttlt.L :t lrilrlr,,-:r.tÌi.r
Ç fontes, referides implí- Iin-qüístice. citaclrr.
a Dificuldade Nível do problema Proposta de solução citr orr esplicita|nente.
a \ìo identificuç.ro do
gôncro clìscursir
i'.rlhes ne c<xnpctênci:r
t*tuu1.
Otrscn açio de cada textcr Dcsconhecinrento cle
significacL r chs prrl:rvrls.
FrLhr.s ne compctênci"l
lingr-iísticr
Cr rn'trlt.t :t r Ìi, i, rn.ì::, '. ri,
Ììs( ) ( )Ìl c\fì( ( íli\ ( )i (1.Ì .ir('.1
? cr c()m.)''tìp()-s reletivamen-
tc e5t.rVe is' consttnte.s enÌ ci() tcxl()-t()rìtL'.
{Ê c:ìdi sltu.Ìçào de comr.rni- DrficuÌcledes c()Ín a grr- Falhes ru c()nì[]ctèrìL l.l iticntrfrt.iS.ìo citt. IctltÌo:
rF caÇÌo. mírtica <Jo tc\to: orgr- lingüístice. des oreçOes (slljcri(), Pre-
Lcitr.rre deficicntc. senl Falha-s ne cornpctôncie OÌrsen'açìo cle elementos nizeçào <Jl.s frrse.s, co- clicaclo, contpÌcntcntos
|F icle ntificeçl-ro ct-lrrstJ cle textuxl. contcxtualizedores. loceçio pronominel, re- etc.). Con-sulte e fonies de
? elementos contexlueli- gêncie verbel. tenlpos c rpoio, como clicionlrios
zacl<trcs. nocios verhrais. de regêncil verb.tÌ c no-
'C Dificulclacle cle cl:rssifi- Falhes ne competência Obsen'açio e identifica- minel e gremátices
rÊ caç:-ro dct texto qulnto textuel. ção da.s seqüências nerra-
? aos :nodo.s de org:rnize- tivas, descritiva.s e disser-

? çào clt, discurso (narrr- tati!'as, para avalier se o Essa tent'.Ìtiva c1-re fizemos, de relacionar problc'mas
âpresenter-lhes propostas cle solução, tem somente funçào cli-
e

t çào, clescriçào e disser- texto é, tenclencialmente,


nlrrrativo, cìescriiir.o cl'ltica, porqtÌe as clificr.rlclzrcles relacionacl:rs à leitr-rr:r e :ìo pro-
t
tiÌçr'Ì( )). or-r

d issertat il'cr
cesso clc sr.rmerizaçrìo clc tcrtos são conrpiexos. Nornl'.rllrlentc,
lC Niro irlcntific'eç.-ro cl<r Falhls nl c()nìpctênci:ì Consr-rlta a fontes de apoio têm origem em falhas cle escolarização e. portento, só são supc-
tenur ccntfttl do tc\t(), dc (dicionárkrs e obras de re, r:ìdos conl muito esforço pessoal. pelo estr-rclo, pcla insistêncir
|F seu ohjetixr e clrs pr<>
te\tLl]1.
em leitr-rras e pela maturiclacle clue decorre dc ttrdo isso.
ferêr,,-i;r) par:r obter escla-
rÊ pxrsiç<.res principais e se- rer'ú entos quxnto ao con-
ctrnclária.s dc cad:r per- teúclo.
'C
|c te,/pxrícrxfo do ie;<to
Não identificação clo Falhas na competência Observação se o autor
lÊ modo de raciocínio e intertextr-ral. parte do "geral para o
{} argumentação do autor particular" (raciocínìo de-
(eÍÌì te-\tos opìnatir-os). dutivo), ou do "particu-
'3 lar para o geral" (raciocí-
a nío indutivo) no desen-
a volvimento do tema. No
ít
3 Jõ 59_
e
a
l"
b
o
|?
?
?
?
a
f
?
? Corlsr ornnÇÕrs Ft NAts
?
?
t
?
c
?
C
c A Ex,osrcÀo,lçur feitir te\-e o objetir-o de oferecer ao le itor interes-
t sacìo em apcrFeiçoer sr,rrs habilicieclc de ler, suntrrrizar a infor-
nraçào e prodr-rzir resurr'Ìos. nreios piÌra qlle poss:Ì realizar ess:rs
c tarefas de modo m:ris consciente e, poftiÌnto. nrais competente.
Ê Esse aperteiçoxmento decorre, de um lado, simplesmente
C da apuraçào de habiÌidedes inerentes ao ser hurnlno e, de ou-
tro. <ia aplicação de estrntéglas que podem ser estudadas e Lrsiì-
e (la.s para qLre se alc'.rncem, cla melhor forma possír'el, os objeti-
C vos estabelecidos. Apurar as habiiiciacles quer dizer aprimorá-las.
C então, se é próprio do ser humano normal reter as informaçÕes
básicas de qualquer evento a que se submete, é possível fazer
c isso de modo mais eficiente e mais preciso. O primeiro passo â
3 ser dado, como é possívei conciuir do que foi exposto aqr-ri. é
3 observar como todos os discursos,/texlos são enr:nciados e como
eles se relacionam com as atividades que ihes clão origem, pois
3 é daí que surgem e se cristaÌizam os gêneros discursivos. Como
C eles se configuram con-Ìo "tipos reÌativamente estár'eis" próprios
3
_ 61
C --
3
o
b
o Nhnr.r Qu.,.c:os k:n.E

a '-Ìclr(liÌ situeçà cle conrrrnicxç..ro, isso fecilitlr'enÕ.ì.ìcnlr.rìte


tlr'cf:r cle lc'r..strrn:rrizrr c rr-.sLlnìir. jír qLrc rÌr-Ììrì
:r
l)iìrtc cle trrrcfìt
tF sr't'ri lri r'..heciclu clo lcitor. A
1>:rrtc crescorrhccicla ficarri por
lÊ contr clo tc.ta clo te\to, e.ì si, isto é, e clas escolhas feitas pelo
eutor pxra construí_lo.
|o Há, também, é cl..rro, aspecros
o r.Ììente ao le itor. o desen'ol'imento
qr_re são cle'icios exclusi'a_
clas clir.ers:rs conrpetências
lF pocÌc nào scr um processo rírpido, mas possír.ei cle
clcslenchar
? cr'Ìì pollco tenlpo :r depenclcr cro interesse clo leitor.
contuckr, qll€ o leitor se auto-cliagnostiqr-re para trabalh:rr
É preciso.
? sctorcs enì que hor-rvc-r cleFiciência. O estudo. porém,
os
é o único
Rrre nÊructAS BIBLIOGRAFICAS'
e mcir de solucionar todos os problemas relacionacros à leitura
ì proclLrçào de resumos.
e
? As técnica-s -.rqui apresentadas são apenls instrumentos
? facilitaclores prìr;ì as tarefas cle ler e resnmir e jamais
suprirão a
? faÌtrr cle estudo e er práticn cla leitura.
c
?
?
c ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORNI^{S TÉCNICAS. RESIINIOS
c NRR (1028,/2002. Ììio Jrneiro.
c1c
tJ^A,KH-f lN, N t ikhail (\blochínor ). ( 19g 2). os gêr-rc
c In:
ros clisc. rsir.o>
E:stetíca da criação rerbar. Trac.r. cr. francês cìe Nlerirr
e Ermantina Galvão Gomes pereira. São paulo : rvrartins F-ontes.
C Ícopl,right da ed. nrssa cle 1979ì
-.
UROVN, A. & DA\', J D. (1933). Ìvtacrorules for sLrnxTìerlzlng
3 tert.s: the development of expertise. Tecbnical Report (270).
C IÌlinois.
c DICIONÁRIO HOUAÌSS DA LÍNGUA PORTUGUESA. DiSOONÊ
vel em http:/houaiss.uol.com.br.
3 van DIJK, Teun A. (1933). Btntcturas
1;ftmciones clel cliscttrso _
3 una inrrodllcción inrerdiscipÌinaria a la lingiìística crei rexro
I los estudios del discurso. 2 ecl. Trad. Nlyra Gann. Nléxico ,
), a
siilo
I Veintiuno.

3 :::--
, Incluem-se aqui
meios impressos e eletrônicos.
3 _-62 _
t
t I
-_63_

Você também pode gostar