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INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA

Frederico Igor Leite Faber

Determinação de Fatores de Concentração de Tensão de


Olhais

Trabalho de Graduação
Ano 2004

Mecânica-Aeronáutica
CDU 621.81

FREDERICO IGOR LEITE FABER

DETERMINAÇÃO DE FATORES DE CONCENTRAÇÃO DE TENSÃO DE


OLHAIS

Orientadores
Prof. Dr Alfredo Rocha de Faria (ITA)
Prof. Dr Carlos Eduardo Chaves (Embraer S.A.)

Divisão de Engenharia Mecânica-Aeronáutica

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS


CENTRO TÉCNICO AEROESPACIAL
INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA

2004
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Divisão Biblioteca Central do ITA/CTA
Faber, Frederico Igor Leite
Determinação de fatores de concentração de tensão de olhais / Frederico Igor Leite Faber
São José dos Campos, 2004.
106f.

Trabalho de Graduação – Divisão de Engenharia Mecânica-Aeronáutica –


Instituto Tecnológico de Aeronáutica, 2004. Orientadores: Prof. Dr Alfredo Rocha de Faria, Prof. Dr
Carlos Eduardo Chaves

1. Olhais (elemento de máquinas). 2. Concentração de tensão. 3. Cálculo estrutural. I. Centro Técnico


Aeroespacial. Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Divisão de Engenharia Mecânica-Aeronáutica. II.
Título.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

FABER, Frederico Igor Leite. Determinação de fatores de concentração de tensão de


olhais. 2004. 106f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Instituto Tecnológico de
Aeronáutica, São José dos Campos.

CESSÃO DE DIREITOS

NOME DO AUTOR: Frederico Igor Leite Faber


TÍTULO DO TRABALHO: Determinação de Fatores de Concentração de Tensão de Olhais
TIPO DO TRABALHO/ANO: Graduação / 2004

É concedida ao Instituto Tecnológico de Aeronáutica permissão para reproduzir cópias deste


trabalho de graduação e para emprestar ou vender cópias somente para propósitos acadêmicos
e científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte desta monografia
de graduação pode ser reproduzida sem a autorização do autor.
DETERMINAÇÃO DE FATORES DE CONCENTRAÇÃO DE TENSÃO DE OLHAIS

Essa publicação foi aceita como Relatório Final de Trabalho de Graduação

São José dos Campos, 23 de novembro de 2004.


AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, que sempre esteve do meu lado, seja nos
momentos de alegria ou de dificuldade.
Agradeço aos professores do ITA, os quais pacientemente passaram todo o seu
conhecimento, tornando-me um profissional de excelência à altura do curso lecionado.
Parabenizo os Profos Frascino e Gonzaga, pelo ótimo trabalho que vem desenvolvendo no
curso da Mecânica.
Agradeço ao meu gestor na Embraer e orientador deste trabalho, Profº Dr. Carlos
Eduardo Chaves, o qual me concedeu a oportunidade de trabalhar em uma empresa de
concepção como a Embraer. O seu auxilio e confiança, nos nossos trabalhos desenvolvidos,
foram essenciais para o meu desenvolvimento profissional.
Agradeço aos meus amigos estudantes do ITA, principalmente aos moradores da
área nobre do H8: Pipoca, Malato, Flávio, Ulisses, Bibi, Macarrão, Audir, Mv, Guedes, Filipe,
entre outros. Nossos churrascos e festas, além da nossa amizade, sempre estarão como
algumas das melhores lembranças da minha vida.
Agradeço aos meus familiares, principalmente aos meus pais, os quais sempre me
deram o suporte necessário para os caminhos que escolhi.
E por último, agradeço a minha mais nova família, minha esposa Paula e minha filha
recém-nascida Lívia, que me mostrou um novo tipo de felicidade: ser pai.
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo determinar os fatores de concentração de tensão de olhais,
elementos estruturais para ligação através de pinos, com total transferência de carga. Para
tanto, foi desenvolvida uma ferramenta computacional, na linguagem de programação Visual
Basic, associada ao software de CAE, MSC Visual Nastran for Windows 2003. O cálculo
deste fator é fundamental para uma análise de resistência à fadiga desse tipo de componente.
Porém, em virtude das características de geometria, carregamento e sua transferência, são
necessárias considerações teóricas mais robustas para a modelagem via elementos finitos
Todas estas considerações e a forma como foram implementas nesta ferramenta são
apresentadas ao longo do desenvolvimento do trabalho. Este aplicativo, integrado ao software
MSC Visual Nastran for Windows 2003, terá grande utilidade para a empresa Embraer S.A.
no pré-dimensionamento e análise estrutural estática, assim como à fadiga, de olhais.
ABSTRACT
The main goal of this work is to determine the stress concentration factors of lugs, structural
joint elements, with a computational tool support, in Visual Basic programming language,
linked in the CAE software, MSC Visual Nastran for Windows 2003. The computation of this
factor is fundamental for a fatigue strength analysis of this component. However, due to the
lug characteristics of geometry, loading and its transfer, it is necessary to make robust
theoretical considerations for finite element modeling. These considerations and the way that
they were implemented in the tool are presented. This software, integrated with MSC Visual
Nastran for Windows 2003, will have a great utility for Embraer S.A. company, for the lugs
pre-design and static, as well as fatigue, structural analysis.
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

API – Application Programming Interface


CAE – Computer-Aided Engineering
Ct – Fator de Concentração de Tensão (área bruta)
FEM – Finite Element Method
Kt – Fator de Concentração de Tensão (área líquida)
LBA – Lug Builder and Analyzer.
MSC.vN4W – MSC Visual Nastran for Windows
OLE – Object Linking Embedding
P.A. – Progressão Aritmética
RBE – Rigid Body Element
SI – Sistema Internacional de Unidades
S-N – Stress versus Life
VB – Visual Basic
VBA – Visual Basic for Applications
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 1
1.1. Motivação................................................................................................................... 1
1.2. Objetivo ...................................................................................................................... 2
1.3. Fator de Concentração de Tensão (Kt) ..................................................................... 3
1.3.1. Definição............................................................................................................ 3
1.3.2. Relação entre fadiga e Kt ................................................................................. 7
2. A FERRAMENTA LBA E SUA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....... 9
2.1. Introdução.................................................................................................................. 9
2.2. Visão geral da ferramenta Lug Builder and Analyzer........................................... 11
2.3. Construção da Geometria........................................................................................ 16
2.3.1. Olhal Tipo 1..................................................................................................... 18
2.3.2. Olhal Tipo 2..................................................................................................... 21
2.3.3. Olhal Tipo 3..................................................................................................... 23
2.4. Construção da Malha .............................................................................................. 31
2.5. Condições de Contorno ........................................................................................... 37
2.6. Carregamento .......................................................................................................... 37
2.6.1. Definição do carregamento ............................................................................ 37
2.6.2. Cálculo dos fatores de peso ............................................................................ 39
2.7. Outras funcionalidades ........................................................................................... 43
2.7.1. Estado plano de deformações ........................................................................ 43
2.7.2. Exclusão da geometria ................................................................................... 44
2.8. Análise do modelo.................................................................................................... 45
2.9. Determinação do Kt .................................................................................................46
2.9.1. Olhais Tipo 1 e 2 ............................................................................................. 47
2.9.2. Olhal Tipo 3..................................................................................................... 48
2.10. Recomendações.................................................................................................... 52
3. RESULTADOS ........................................................................................... 54
3.1. Olhal Tipo 1 ............................................................................................................. 54
3.1.1. Fatores de concentração de tensão Ct ........................................................... 55
3.1.2. Fatores de concentração de tensão Kt ........................................................... 57
3.2. Olhal Tipo 2 ............................................................................................................. 60
3.2.1. Fatores de concentração de tensão Ct ........................................................... 60
3.2.2. Fatores de concentração de tensão Kt ........................................................... 63
3.3. Olhal Tipo 3 ............................................................................................................. 65
3.3.1. Fatores de concentração de tensão Ct ........................................................... 66
3.3.2. Fatores de concentração de tensão Kt ........................................................... 72
4. CONCLUSÕES .......................................................................................... 78
BIBLIOGRAFIA............................................................................................... 82
ANEXOS ............................................................................................................ 83
Anexo 1. Valores de construção para olhal tipo 1.............................................................. 83
Anexo 2. Valores de construção para olhal tipo 2.............................................................. 85
Anexo 3. Valores de construção para olhal tipo 3.............................................................. 87
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Representação dos olhais do estabilizador horizontal do ERJ-190............................1
Figura 2. Representação dos olhais do pilone do ERJ-170 .......................................................2
Figura 3. Corpo submetido à tração .......................................................................................... 3
Figura 4. Corpo submetido à flexão .......................................................................................... 4
Figura 5. Corpo com furo submetido à tração........................................................................... 4
Figura 6. Placa infinita com orifício de raio a........................................................................... 5
Figura 7. Placa infinita com orifício de raio a, e sua distribuição de tensão............................. 6
Figura 8. Curvas S-N para diferentes valores de Kt ................................................................... 8
Figura 9. Formulário de construção de um sólido primitivo do MSC.vN4W 2003 ................. 10
Figura 10. Formulário Principal do LBA para o olhal tipo 1 ................................................... 11
Figura 11. LBA sendo executado no software MSC.vN4W 2003 ............................................ 12
Figura 12. Visualizador do olhal tipo 1 e seus respectivos parâmetros de construção ........... 13
Figura 13. Opções de malha manual para um olhal tipo 1 ...................................................... 14
Figura 14. Opções de vetores, deformadas e contornos para pós-processamento................... 15
Figura 15. Resultados para um olhal tipo 1, após análise do solver Nastran.......................... 16
Figura 16. Olhal Tipo 1 ........................................................................................................... 16
Figura 17. Olhal Tipo 2 ........................................................................................................... 17
Figura 18. Olhal Tipo 3 ........................................................................................................... 17
Figura 19. Sistema de coordenadas adotado para a construção da geometria dos olhais........ 18
Figura 20. Dimensões do olhal tipo 1...................................................................................... 19
Figura 21. Sólidos do olhal tipo 1 e sua ordem de construção ................................................ 20
Figura 22. Operações boleanas com sólidos para o olhal tipo 1 ............................................. 20
Figura 23. Dimensões do olhal tipo 2...................................................................................... 21
Figura 24. Sólidos do olhal tipo 2 e sua ordem de construção ................................................ 22
Figura 25. Dimensões do olhal tipo 3...................................................................................... 23
Figura 26. Sólidos do olhal tipo 3 e sua ordem de construção ................................................ 24
Figura 27. Construção geométrica de um olhal tipo 3............................................................. 25
Figura 28. Etapas de construção do sólido 1, para Dy positivo ............................................... 28
Figura 29. Etapas de construção do sólido 3, para Dy positivo ............................................... 29
Figura 30. Etapas de construção do sólido 1, para Dy negativo .............................................. 29
Figura 31. Etapas de construção do sólido 3, para Dy negativo .............................................. 30
Figura 32. Elemento Hexaédrico linear utilizado para a construção dos olhais...................... 31
Figura 33. Mapeamento das faces do sólido, sem Bias........................................................... 32
Figura 34. Mapeamento das faces do sólido, com Bias em x e y iguais a 5............................ 33
Figura 35. Mapeamento das faces do sólido, com Bias em x igual a 2 e y igual a 10............. 33
Figura 36. Divisão de um segmento com bias ........................................................................ 33
Figura 37. Formulário de malha manual para olhal tipo 1 ...................................................... 35
Figura 38. Formulário de malha manual para olhal tipo 2 ...................................................... 35
Figura 39. Formulário de malha manual para olhal tipo 3 ...................................................... 36
Figura 40. Carregamento com distribuição cossenoidal.......................................................... 37
Figura 41. Opção de carregamento no formulário principal ................................................... 38
Figura 42. Função cosseno discretizada .................................................................................. 39
Figura 43. Valores das funções f(i) e w(i) para N = 13 ........................................................... 41
Figura 44. Distribuição das forças nos nós do furo de um olhal ............................................. 43
Figura 45. Olhal construído segundo o estado plano de deformações. ................................... 44
Figura 46. Opções de vetores, deformadas e contornos para pós-processamento................... 45
Figura 47. Menores seções carregadas do olhal tipo 1 e 2 ...................................................... 47
Figura 48. Resultados para o olhal tipo 1 e 2 .......................................................................... 48
Figura 49. Determinação da menor seção transversal, para Cy positivo ................................. 49
Figura 50. Determinação da menor seção transversal, para Cy negativo ................................ 50
Figura 51. Resultados para o olhal tipo 3 ................................................................................ 52
Figura 52. Fatores Ct para olhal tipo 1, com θ igual a 0º ........................................................ 55
Figura 53. Fatores Ct para olhal tipo 1, com θ igual a 30º ...................................................... 55
Figura 54. Fatores Ct para olhal tipo 1, com θ igual a 60º ...................................................... 56
Figura 55. Fatores Ct para olhal tipo 1, com θ igual a 90º ...................................................... 56
Figura 56. Fatores Ct para olhal tipo 1, modelado a partir do estado plano de deformação,
com θ igual a 0º ................................................................................................................ 57
Figura 57. Fatores Kt para olhal tipo 1, com θ igual a 0º ........................................................ 57
Figura 58. Fatores Kt para olhal tipo 1, com θ igual a 30º ...................................................... 58
Figura 59. Fatores Kt para olhal tipo 1, com θ igual a 60º ...................................................... 58
Figura 60. Fatores Kt para olhal tipo 1, com θ igual a 90º ...................................................... 59
Figura 61. Fatores Kt para olhal tipo 1, modelado a partir do estado plano de deformação,
com θ igual a 0 ................................................................................................................. 59
Figura 62. Fatores Ct para olhal tipo 2, com θ igual a 0º ........................................................ 60
Figura 63. Fatores Ct para olhal tipo 2, com θ igual a 30º ...................................................... 61
Figura 64. Fatores Ct para olhal tipo 2, com θ igual a 60º ...................................................... 61
Figura 65. Fatores Ct para olhal tipo 2, com θ igual a 90º ...................................................... 62
Figura 66. Fatores Ct para olhal tipo 2, modelado a partir do estado plano de deformação,
com θ igual a 0º ................................................................................................................ 62
Figura 67. Fatores Kt para olhal tipo 2, com θ igual a 0º ........................................................ 63
Figura 68. Fatores Kt para olhal tipo 2, com θ igual a 30º ...................................................... 63
Figura 69. Fatores Kt para olhal tipo 2, com θ igual a 60º ...................................................... 64
Figura 70. Fatores Kt para olhal tipo 2, com θ igual a 90º ...................................................... 64
Figura 71. Fatores Kt para olhal tipo 2, modelado a partir do estado plano de deformação,
com θ igual a 0º ................................................................................................................ 65
Figura 72. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 0º e β igual a 30º ................................ 66
Figura 73. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 30º e β igual a 30º............................... 66
Figura 74. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 60º e β igual a 30º............................... 67
Figura 75. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 90º e β igual a 30º............................... 67
Figura 76. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 0º e β igual a 60º ................................ 68
Figura 77. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 30º e β igual a 60º............................... 68
Figura 78. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 60º e β igual a 60º............................... 69
Figura 79. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 90º e β igual a 60º............................... 69
Figura 80. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 0º e β igual a 90º ................................ 70
Figura 81. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 30º e β igual a 90º............................... 70
Figura 82. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 60º e β igual a 90º............................... 71
Figura 83. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 90º e β igual a 90º............................... 71
Figura 84. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 0º e β igual a 30º ................................ 72
Figura 85. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 30º e β igual a 30º .............................. 72
Figura 86. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 60º e β igual a 30º .............................. 73
Figura 87. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 90º e β igual a 30º .............................. 73
Figura 88. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 0º e β igual a 60º ................................ 74
Figura 89. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 30º e β igual a 60º .............................. 74
Figura 90. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 60º e β igual a 60º .............................. 75
Figura 91. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 90º e β igual a 60º .............................. 75
Figura 92. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 0º e β igual a 90º ................................ 76
Figura 93. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 30º e β igual a 90º .............................. 76
Figura 94. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 60º e β igual a 90º .............................. 77
Figura 95. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 90º e β igual a 90º .............................. 77
Figura 96. Valores de Ct calculados pelo LBA e pela referência [6], para olhal tipo 1........... 78
Figura 97. Valores de Ct calculados pelo LBA e pela referência [6], para olhal tipo 2........... 79
Figura 98. Valores de Ct calculados pelo LBA e pela referência [6], para olhal tipo 3........... 79
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1. Valores de comprimento de um segmento dividido com bias................................. 34
Tabela 2. Valores das funções f(i) e w(i) para N = 13 ............................................................. 41
Tabela 3. Valores de força, na direção y, para os nós do furo ................................................. 42
Tabela 4. Valores de Kt para modelo sólido e estado plano de deformação ........................... 80
Tabela 5. Parâmetros fixos para razão (H-h)/W = 0,300 ......................................................... 83
Tabela 6. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para razão (H-h)/W =
0,300 ................................................................................................................................. 83
Tabela 7. Parâmetros fixos para razão (H-h)/W = 0,400 ......................................................... 83
Tabela 8. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para razão (H-h)/W =
0,400 ................................................................................................................................. 83
Tabela 9. Parâmetros fixos para razão (H-h)/W = 0,500 ......................................................... 84
Tabela 10. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para razão (H-h)/W =
0,500 ................................................................................................................................. 84
Tabela 11. Parâmetros fixos para razão (H-h)/W = 0,600 ....................................................... 84
Tabela 12. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para razão (H-h)/W =
0,600 ................................................................................................................................. 84
Tabela 13. Parâmetros fixos para razão (H-h)/W = 0,300 ....................................................... 85
Tabela 14. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para razão (H-h)/W =
0,300 ................................................................................................................................. 85
Tabela 15. Parâmetros fixos para razão (H-h)/W = 0,400 ....................................................... 85
Tabela 16. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para razão (H-h)/W =
0,400 ................................................................................................................................. 85
Tabela 17. Parâmetros fixos para razão (H-h)/W = 0,500 ....................................................... 86
Tabela 18. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para razão (H-h)/W =
0,500 ................................................................................................................................. 86
Tabela 19. Parâmetros fixos para razão (H-h)/W = 0,600 ....................................................... 86
Tabela 20. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para razão (H-h)/W =
0,600 ................................................................................................................................. 86
Tabela 21. Parâmetros fixos para β = 30º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,300............................. 87
Tabela 22. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 30º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,300.......................................................................................................... 87
Tabela 23. Parâmetros fixos para β = 30º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,400............................. 87
Tabela 24. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 30º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,400.......................................................................................................... 87
Tabela 25. Parâmetros fixos para β = 30º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,500............................. 88
Tabela 26. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 30º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,500.......................................................................................................... 88
Tabela 27. Parâmetros fixos para β = 30º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,650............................. 88
Tabela 28. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 30º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,650.......................................................................................................... 88
Tabela 29. Parâmetros fixos para β = 60º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,300............................. 89
Tabela 30. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 60º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,300.......................................................................................................... 89
Tabela 31. Parâmetros fixos para β = 60º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,400............................. 89
Tabela 32. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 60º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,400.......................................................................................................... 89
Tabela 33. Parâmetros fixos para β = 60º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,500............................. 90
Tabela 34. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 60º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,500.......................................................................................................... 90
Tabela 35. Parâmetros fixos para β = 60º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,650............................. 90
Tabela 36. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 60º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,650.......................................................................................................... 90
Tabela 37. Parâmetros fixos para β = 90º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,500............................. 91
Tabela 38. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 90º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,500.......................................................................................................... 91
Tabela 39. Parâmetros fixos para β = 90º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,600............................. 91
Tabela 40. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 90º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,600.......................................................................................................... 91
Tabela 41. Parâmetros fixos para β = 90º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,700............................. 92
Tabela 42. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 90º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,700.......................................................................................................... 92
1

1. INTRODUÇÃO

1.1. Motivação

Um olhal é um elemento estrutural de ligação, constituído de um ou mais furos no


qual são inseridos pinos, utilizado amplamente em vários tipos de indústrias, inclusive na
aeronáutica. Pode-se encontrá-lo, em um avião, em locais como ligação de longarinas de asas,
trens de pouso, e até na fixação de motores. Estima-se que existam algumas dezenas de olhais
em uma estrutura aeronáutica.
Abaixo, nas figuras 1 e 2, estão representados alguns olhais para o estabilizador
horizontal do ERJ-190 e para o pilone do ERJ-170. Na figura 1 é possível ver em detalhes
este componente. Por requisitos de segurança, alguns olhais devem ser duplicados, mesmo
que somente um suporte o carregamento (redundância estrutural). Este é o caso dos olhais do
atuador do compensador longitudinal do estabilizador horizontal.

Figura 1. Representação dos olhais do estabilizador horizontal do ERJ-190


2

Figura 2. Representação dos olhais do pilone do ERJ-170

Devido ao tipo de carga aplicada, à sua transferência, e aos efeitos de fricção entre o
pino e o olhal, este tipo de elemento apresenta baixa resistência à fadiga. Este é um aspecto de
muita importância em um projeto aeronáutico, pois a reposição de olhais em uma aeronave
não deve estar prevista nos planos de manutenção, por se tratar de componentes fixos em uma
fuselagem, asa ou empenagens.
Com o advento dos avançados recursos computacionais e com a teoria de elementos
finitos, é possível, cada vez mais, a elaboração de modelos matemáticos ou analíticos dos
modelos físicos estruturais.
Utilizando estes recursos, procurou-se automatizar o cálculo do fator de
concentração de tensão (Kt) de um olhal, parâmetro de grande importância para o cálculo da
vida do elemento. Esta interação entre as áreas de conhecimento de Mecânica e Computação,
que está cada dia mais estreita, automatizando processos complexos foi o aspecto que
motivou a escolha deste tema.

1.2. Objetivo

Este trabalho tem com objetivo a determinação dos fatores de concentração de


tensão de olhais, por meio de uma ferramenta em Visual Basic, integrada via API ao software
3

de CAE, Visual Nastran for Windows 2003, fabricante MSC. Este cálculo é feito de forma
automatizada, sempre considerando alguns aspectos pertinentes de projeto.
A necessidade desta ferramenta surgiu das peculiaridades que estes componentes
apresentam, quando submetidos à análise de fadiga. Quando são considerados os efeitos de
fricção entre o pino e o olhal, ainda não se tem uma modelagem teórica consistente que possa
ser utilizada para projeto dos variados tipos deste componente. Esta ferramenta, partindo de
parâmetros gerais, como geometria e direção e magnitude da força aplicada, gera a malha de
FEM condizente com o modelo, realiza a análise estática e, a partir dos resultados em termos
de campos de tensões, estima o valor do Kt geométrico para a configuração selecionada. Este
Kt geométrico é o parâmetro preliminar para se ter o Kt real, no qual se consideram outros
efeitos, como fricção e interferência.
Como resultado deste trabalho, foram traçadas diversas curvas, relacionando
parâmetros adimensionais de geometria com o respectivo valor de Kt calculado pelo LBA, de
forma semelhante com as curvas encontradas em diversos manuais de construção de olhais.
Uma comparação entre estes valores de Kt provenientes das referências e os calculados pela
ferramenta é feita, de forma que as diferenças encontradas pudessem ser interpretadas e
discutidas.

1.3. Fator de Concentração de Tensão (Kt)

1.3.1. Definição

Na figura 3, tem-se uma tração de um corpo de prova com seção transversal


retangular, de dimensões w e t, conforme a referência [1]. Observando o gráfico ao lado, a
tensão σy dos elementos é igual à tensão nominal S, calculada a partir da Mecânica dos
Sólidos, que é a força aplicada dividida pela área da seção transversal do corpo.

Figura 3. Corpo submetido à tração


4

Na figura 4, considerando os efeitos de escoamento do material, pode-se perceber


que a tensão σy dos elementos é menor a tensão nominal S associada à flexão. Caso o
escoamento inexistisse a tensão máxima na fibra externa dos elementos seria igual à tensão
nominal.

Figura 4. Corpo submetido à flexão

Já na figura 5, pelos gráficos à direita, pode-se observar que a presença de um furo


no corpo amplifica a tensão nos elementos à medida que se aproxima do furo.

Figura 5. Corpo com furo submetido à tração

Estas tensões nominais, calculadas a partir de expressões provenientes da Mecânica


dos Sólidos, só são válidas quando são satisfeitas algumas condições, que nos casos reais não
ocorrem. Uma simples alteração na geometria, como o da figura 5, ou considerações como
escoamento, figura 4, ocorre tal fenômeno de distribuição de tensões, sendo que, em alguns
pontos, estas são superiores à nominal. Este efeito de um aumento localizado de tensões é
fundamental na análise dos modos de falha, onde as características locais de resistência do
material são importantes, como no caso da fadiga, de uma ruptura frágil, de corrosão sob
tensão, de início de escoamento, entre outros mais. Na prática, em toda e qualquer peça ocorre
5

o efeito de concentração de tensão, pela necessidade de se introduzir detalhes nas peças como
furos, entalhes, rasgos e roscas.
Enquanto o material estiver no regime elástico, a tensão máxima, σmax, que ocorre
em uma região próxima a descontinuidade de um elemento estrutural, é proporcional à tensão
nominal σnom atuante. A este fator de proporcionalidade é dado o nome de fator de
concentração de tensão, Kt. Logo, o Kt é definido como:

σ MAX
Fator de Concentração de Tensão: K t =
σ NOMINAL

Como exemplo desta proporcionalidade, será analisado o caso de uma placa infinita,
com um orifício de raio a, sujeita à tração, resultando em um tensão nominal nas bordas σ0
conforme figura 6. Este exemplo pode ser encontrado na referência [12]

Figura 6. Placa infinita com orifício de raio a

Foi considerado como o sistema de coordenadas o ângulo θ e o raio r, e o fator


adimensional α igual a a/r. O ângulo θ é contado a partir da horizontal. Pela teoria da
elasticidade, tem-se as seguintes expressões para as tensões radial σrr, tangencial σθθ, e
combinada σrθ:
σ rr = σ 0 [(1 − α 2 ) + (1 − α 2 ) ⋅ (1 − 3α 2 ) ⋅ cos( 2 ⋅ θ )]/ 2

σ θθ = σ 0 [(1 + α 2 ) − (1 + 3α 4 ) ⋅ cos( 2 ⋅ θ )]/ 2

σ rθ = σ 0 [(1 − α 2 ) ⋅ (1 + 3α 2 ) ⋅ cos( 2 ⋅ θ )]/ 2


6

Pela figura 6 e pelas equações acima, sabe-se que os pontos com tensão máxima são
para r igual a a, que são as bordas do furo, e θ igual a π/2 e 3π/2. Substituindo para θ igual a
π/2, e r igual a a, tem-se:

σ rr = 0 ; σ θθ = 3 ⋅ σ 0 e σ rθ = 0

Logo, o valor de σmax da placa infinita é três vezes o valor da tensão nominal σ0.
Portanto, para o Kt tem-se:
σ MAX 3 ⋅σ 0
Kt = = ⇒ Kt = 3
σ NOMINAL σ0

Abaixo, na figura 7, tem-se a distribuição de tensão desta placa infinita, para θ igual
a π/2 e 3π/2, variando a distância r.

Figura 7. Placa infinita com orifício de raio a, e sua distribuição de tensão

Para o olhal, o cálculo da tensão nominal é baseado na menor seção transversal onde
se está aplicando o carregamento, ou seja, na área líquida desconsiderando o furo.
Considerando a figura 5 como um exemplo de olhal, tem-se então para a tensão nominal
líquida:
P
σ NOM = S =
(w − d ) ⋅ t
7

Existem formulações de fatores de concentração de tensão no qual se consideram


tensões nominais com a área do furo incluída. Logo, considerando a área bruta tem-se para a
uma nova tensão nominal σ1 e um fator de concentração de tensão Ct como:

P
Tensão nominal bruta: σ 1 =
w⋅t

σ MAX
Fator de Concentração de Tensão Bruto: C t =
σ1

Este é um tipo de consideração mais conservativa, pois com a área nominal maior,
tem-se uma tensão nominal menor. Com um valor de σ1 menor, o valor do fator de
concentração de tensão Ct é aumentado, devido a σmax se manter a mesma. Este tipo de fator é
utilizado em alguns manuais de construção de olhais (referências [3] e [6]).
O detalhamento da forma como foi determinado o Kt de olhais para este trabalho
está descrito no tópico 2.9.

1.3.2. Relação entre fadiga e Kt

Fadiga é o efeito observado em estruturas com estado de tensões bem abaixo da


tensão de ruptura, quando se pode desenvolver um acúmulo de dano com cargas cíclicas
continuadas, conduzindo a uma falha do material.
Usualmente, representa-se a vida de um componente em relação à fadiga por curvas
denominadas S-N. Abaixo na figura 8, tem-se curvas S-N de um corpo de prova em alumínio
2024-T4. Estas curvas representam quantos ciclos de carregamento um corpo suporta (eixo x),
submetido a uma determinada amplitude de tensão nominal Sa (eixo y).
8

Figura 8. Curvas S-N para diferentes valores de Kt

Para o corpo sem entalhe, Kt igual a 1, pode-se observar que a sua curva está acima
das demais, ou seja, este suporta mais ciclos para maiores amplitudes de tensão nominal. Já,
quando se entalha o corpo, com raio de 1,59mm, percebe-se um deslocamento para baixo da
curva, diminuindo o número de ciclos do material, para uma mesma amplitude. Quando se faz
um entalhe com raio ainda menor, 0,29mm, percebe-se um deslocamento para baixo ainda
maior.
Pela figura 8, pode-se concluir que, com a presença do entalhe, tem-se um aumento
das tensões dos elementos próximos a este. Logo, o fator de concentração de tensão, Kt, é
sempre maior que 1. Para o corpo com raio do entalhe 0,25mm, tem-se uma região de
concentração de tensões maior do que o corpo de raio do entalho 1,59mm, devido à área
menor. Portanto, quanto maior o Kt, menor é a resistência à fadiga do material. Esta é a
importância do Kt na determinação da vida de um componente estrutural. Usualmente, as
curvas S-N são traçadas para diferentes valores de Kt para um determinado material. Logo,
tendo alguns parâmetros iniciais de projeto de um componente, como os valores das cargas
aplicadas e a vida útil do componente, pode-se projetar as dimensões e o material deste
componente, de modo que tenha um determinado Kt que cumpra estes requisitos.
9

2. A FERRAMENTA LBA E SUA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Introdução

A seguir será apresentada a ferramenta utilizada para o cálculo do Kt de olhais,


denominada Lug Builder and Analyzer (construtor e analisador de olhal).
O LBA utiliza o suporte a API, implementada a partir da versão 2003 do MSC.vN4W.
O aplicativo MSC.vN4W utiliza a tecnologia FEMAP como ferramenta de CAE. O LBA foi
criado utilizando a linguagem de programação Visual Basic, versão 6.0. O suporte a API
permite que o software LBA realize comandos internos no FEMAP, tais como construção de
geometrias e malhas, e receba resultados de análise ou propriedades de entidades, por
exemplo valores de tensões e coordenadas de um nó. Portanto trata-se de uma interface
bidirecional. As funcionalidades presentes nos menus do MSC.vN4W estão quase todas
presentes em comandos via API.
A API do MSC.vN4W suporta as linguagens de programação VB, VBA (Microsoft
Excel, Word e Access), C, C++, e uma linguagem interna do FEMAP, denominada
MSC.vN4W Basic Scripting Engine. O MSC.vN4W API é uma interface de programação
baseado na tecnologia OLE do Microsoft Windows. A tecnologia OLE permite que o
aplicativo MSC.vN4W seja uma variável objeto dentro de um outro aplicativo, que no casso é
o LBA.
O LBA pode controlar as propriedades, eventos e métodos deste objeto OLE. Como
propriedade pode-se citar como exemplo parâmetros do FEMAP, como o tamanho da janela
de visualização, distância mínima entre dois nós no qual se consideram estes nós coincidentes,
entre outras diversas presentes. Os eventos estão associados às entradas do usuário, como
entradas com o mouse nos menus, ou entradas pelo teclado. Já os métodos são os comandos e
funcionalidades presentes nos menus, como construção de geometria, restrições,
carregamentos e malhas.
Na figura 9, temos uma janela do MSC.vN4W 2003 de construção de um sólido
primitivo, que é um exemplo de método do objeto FEMAP.
10

Figura 9. Formulário de construção de um sólido primitivo do MSC.vN4W 2003

Por meio do MSC.vN4W API, em linguagem VB, temos o seguinte código:

“rc = Femap.feSolidPrimitive (Material, Primitive, Direction, Origin, Size, Title)”

No comando acima, em azul temos variáveis de entrada, em vermelho temos a


variável objeto Femap já associada ao FEMAP do MSC.vN4W, e em negrito e fonte cor preta
o método de criação de um sólido primitivo. Após está associação, o aplicativo VB tem acesso
a todas as propriedades, eventos e métodos deste objeto. O método feSolidPrimitive está
solicitando que o aplicativo FEMAP construa um sólido primitivo, com as variáveis do VB
Material, Primitive, Direction, Origin, Size e Title, como parâmetros. Material, Primitive e
Direction são variáveis inteiras, associadas aos seus respectivos campos na figura 9. Title é
uma variável de texto que nomeia o novo sólido. Origin e Size são variáveis reais que
informam as dimensões do sólido, de acordo com o tipo escolhido (bloco, cilindro ou cone).
A variável inteira rc (Return Code) é a recebida pelo VB do aplicativo FEMAP, indicando se o
método foi executado com sucesso (rc igual ao valor -1), ou se houve um erro (rc diferente de
-1). Para mais métodos consulte a referência [5].
Pelo exemplo acima, pode-se perceber as potencialidades desta interação. Em
elementos estruturais com dimensões de construção bem definidas, como um olhal, painéis
reforçados, seções de vigas, entre outros, pode-se construir repetidamente estes elementos, em
segundos, apenas alterando-se as variáveis do aplicativo VB. Em diante, será apresentado este
tipo de automatização em olhais.
11

2.2. Visão geral da ferramenta Lug Builder and Analyzer

A figura 10 abaixo, mostra o formulário principal da ferramenta LBA, com a opção


do olhal tipo 1 selecionado.

Figura 10. Formulário Principal do LBA para o olhal tipo 1

A figura 11 mostra o LBA sendo executado no MSC.vN4W, versão 2003, na lateral


direita. O LBA trabalha como um aplicativo add-in, ou seja, um aplicativo que tem sua janela
inserida em um outro, chamado de aplicativo pai. Esta funcionalidade é útil para se
acompanhar o processo de criação do olhal passo a passo. Pode-se observar, inclusive, o olhal
restrito em sua base (triângulos verdes), o carregamento em seu furo, a visão da deformada
em translação e o contorno pelas tensões máximas principais.
12

Figura 11. LBA sendo executado no software MSC.vN4W 2003

Na janela “Lug.Type”, figura 10, pode-se escolher o tipo de olhal para construção e
análise. Ao lado deste encontra-se a janela “Lug Type 1 – Geometry”, que corresponde às
dimensões geométricas do respectivo olhal escolhido. No botão de comando “View”, na
janela “Lug Type”, pode-se observar estes parâmetros de construção. Pressionando, por
exemplo, o botão “View”, ao lado da opção “Type 1” na janela “Lug Type”, pode-se
observar uma nova janela com as dimensões o olhal tipo 1, conforme figura 12.
13

Figura 12. Visualizador do olhal tipo 1 e seus respectivos parâmetros de construção

Quando se altera o tipo de olhal selecionado, automaticamente a janela da geometria


se altera para o olhal correspondente. Detalhes sobre os parâmetros de dimensionamento da
geometria se encontram no tópico 2.3.
No frame “AutoMesh” e no botão de comando “Manual Mesh”, tem-se as opções
de malha de FEM para o olhal, conforme a figura 10. Quando se habilita a caixa de opção do
“AutoMesh”, automaticamente o “Manual Mesh” é desabilitado, e vice-versa. A caixa de
texto “Mesh Size”, na janela “AutoMesh”, é o valor de dimensão, no qual o FEMAP tenta
criar elementos sólidos com arestas de dimensões aproximadas a este valor. A caixa de texto
“Bias” é o valor de quantas vezes o primeiro elemento, mais próximo do furo, será menor do
que o elemento mais distante. Caso o usuário deseje determinar a quantidade de elementos nas
arestas do sólido do olhal, pode-se utilizar a funcionalidade de “Manual Mesh”, pressionando
o botão de comando respectivo. A figura 13 mostra a janela na qual se encontram as opções
de malha para um olhal tipo 1.
14

Figura 13. Opções de malha manual para um olhal tipo 1

Na janela “Mesh Size” da figura 13, o usuário pode selecionar a quantidade de


elementos para cada aresta de um quadrante do olhal. Abaixo, na mesma figura, o usuário
pode determinar a variação do tamanho dos elementos. Em caso do espaçamento
“Parametric”, as divisões na respectiva curva têm espaçamentos iguais. Na opção “Biased”,
o usuário pode selecionar um valor de “Bias”, tanto na direção x, quanto na direção y. O
tópico 2.4, referente à malha, detalha esta construção.
Ainda na figura 10, temos a opção de carregamento do olhal em seu furo. Caso a
caixa de seleção desta janela esteja ativada, o usuário pode selecionar a magnitude da força
aplicada no furo, e também sua direção, contada em ângulos discretos, a partir da vertical do
olhal (eixo y do modelo). O tipo de carregamento do modelo e a forma como foi
implementada se encontram no tópico 2.6.
Ao clicar o botão “Analysis Properties” da figura 10, uma janela com as opções de
vetores provenientes da análise do solver Nastran e opções de visualização de pós-
processamento aparecerá. Na figura 14, pode-se observar os diferentes vetores, e as opções de
deformada e contorno para pós-processamento.
15

Figura 14. Opções de vetores, deformadas e contornos para pós-processamento.

Além destas funcionalidades já apresentadas, tem-se a opção de construir o modelo


baseado no estado plano de deformações. Quando a caixa de seleção “Build Plane Strain
Model” no formulário principal, figura 10, está selecionada, o LBA considera que apenas
haverá um elemento na espessura do olhal (eixo z), e que todos os elementos do modelo
estarão restritos na componente z.
Uma opção de excluir a geometria, após a criação do modelo FEM, também está
inclusa no formulário principal na caixa de opção “Delete Geometry (mantain elements)”.
Está opção é útil quando o usuário não necessitar da geometria. O tópico 2.7, referente a
outras funcionalidades, detalha sobre o estado plano de deformações e sobre a exclusão da
geometria.
Após todas as entradas para a construção do modelo de FEM estiverem acertadas, o
usuário pode iniciar o processo de construção do modelo clicando em “Build Model” no
formulário principal do aplicativo LBA. Se a opção “Analyse Model” estiver selecionada, o
solver Nastran resolverá o modelo e importará os vetores dos resultados para o mesmo.
Assim, com estas saídas, é possível que o aplicativo LBA calcule o Kt do respectivo olhal,
conforme descrito no tópico 2.9, apresentado uma janela com estes resultados, conforme a
figura 15 abaixo.
16

Figura 15. Resultados para um olhal tipo 1, após análise do solver Nastran

2.3. Construção da Geometria

As geometrias de olhais suportadas pelo LBA estão apresentadas nas figuras 16, 17 e
18.

Figura 16. Olhal Tipo 1


17

Figura 17. Olhal Tipo 2

Figura 18. Olhal Tipo 3

Nas figuras acima, estão referenciadas cada dimensão de cada tipo de olhal. Pelo
fato de a espessura t nas figuras ser da mesma ordem de grandeza das demais, optou-se pela
modelagem em três dimensões deste elemento, ou seja, foi considerado que o componente
18

seria um sólido. Este tipo de consideração é mais real do que a análise em duas dimensões,
pois considera o deslocamento no eixo z (eixo correspondente a espessura) dos nós, na análise
de FEM.
Para todos os tipos, foi considerado como origem do sistema de coordenadas de
referência o centro do furo, para xy. Uma das faces planas do olhal, onde se encontra o furo, é
utilizada como coordenada z igual a zero. Abaixo, na figura 19, tem-se esta convenção de
sistema de coordenadas.

Figura 19. Sistema de coordenadas adotado para a construção da geometria dos olhais

Nos próximos itens serão apresentadas as formulações para a construção da


geometria.

2.3.1. Olhal Tipo 1

O olhal tipo 1 apresenta todas as suas faces planas, com um furo centrado na metade
de seu comprimento W. As dimensões referentes a este tipo de olhal podem ser observadas na
figura 20.
19

Figura 20. Dimensões do olhal tipo 1

As dimensões da geometria são:


• W: comprimento da base do olhal
• h: altura do centro do furo
• H: altura total do olhal
• R: raio do furo do olhal
• t: espessura do olhal

Para facilitar a construção da malha de elementos finitos, dividiu-se este tipo de


olhal em cinco partes, sendo quatro sólidos simétricos em torno do furo, e um sólido como
base. Este sólido base serve para minimizar a influência da restrição da base nos elementos do
furo na análise do Kt. A figura 21 mostra estes sólidos. A numeração na figura indica a ordem
de construção pelo LBA.
20

Figura 21. Sólidos do olhal tipo 1 e sua ordem de construção

O sólido 1 é construído a partir de operações boleanas de sólidos primitivos,


funcionalidade presente no FEMAP do MSC.vN4W. Primeiramente, constrói-se um sólido
primitivo do tipo bloco, com o seu vértice na origem e com comprimento com coordenadas x
igual a metade de W, y igual H-h, e z igual a espessura t do olhal. Após a construção deste
sólido, subtrai-se um cilindro de centro na origem, raio R, e altura t. A figura 22 ilustra esta
operação.

Figura 22. Operações boleanas com sólidos para o olhal tipo 1


21

Após o sólido 1 ter sido construído, os demais sólidos em torno do furo são obtidos
por reflexão do sólido 1. Desta maneira é possível ter uma construção mais rápida, otimizando
a ferramenta LBA.
A base é construída também por um sólido primitivo tipo bloco. Abaixo tem-se as
coordenadas de construção de vértice e as respectivas dimensões da base:

Coordenadas do 1º vértice: ( -W/2 , -H, 0)


Dimensões da base: ( W/2 , 2 · h – H , t)

Com isso tem-se construída a geometria do olhal tipo 1. Para facilitar o


carregamento e a malha, não foram unidos os cinco sólidos em somente um.

2.3.2. Olhal Tipo 2

O olhal tipo 2, como o tipo 1, apresenta faces planas, com um furo centrado na
metade de seu comprimento W. Porém, nos cantos vivos superiores, são feitos boleados com
raio Rf (Fillet Radius). O raio do boleado não pode ser maior que a metade do comprimento
W do olhal. As dimensões referentes a este tipo de olhal podem ser observadas na figura 23.

Figura 23. Dimensões do olhal tipo 2


22

As dimensões de geometria são:


• W: comprimento da base do olhal
• h: altura do centro do furo
• H: altura total do olhal
• R: raio do furo do olhal
• Rf: raio do boleado nos cantos vivos superiores
• t: espessura do olhal

Como no tipo 1, dividiu-se este tipo de olhal em cinco partes, conforme figura 24. O
sólidos 1 e 2, e os 3 e 4, são simétricos respectivamente. O sólido 1 é obtido da mesma
maneira que o sólido 1 do olhal tipo 1. Porém, após a operação boleana de retirado do
cilindro, é feito um boleado com raio Rf no canto vivo.

Figura 24. Sólidos do olhal tipo 2 e sua ordem de construção

Após a reflexão do sólido 1, gerando o sólido 2, é construído o sólido 3. O sólido 3


é construído a partir do mesmo princípio de construção do sólido 1, do tipo 1. Primeiro
constrói-se o bloco, e subtraí-se um cilindro. As coordenadas de construção do vértice inferior
esquerdo, e o comprimento do bloco são mostrados abaixo. O cilindro é construído com
centro na origem, raio R, e altura igual a espessura t.

Coordenadas do 1º vértice do sólido 3: ( 0 , h-H , 0)


Dimensões do sólido 3: ( W/2 , H – h , t)
23

O sólido 4 é obtido pela reflexão do sólido 3. A base do olhal tipo 2, sólido 5, é


construída da mesma forma do olhal tipo 1, com as mesmas coordenadas.

2.3.3. Olhal Tipo 3

O olhal tipo 3, diferentemente dos tipos 1 e 2, apresenta uma angulação entre as


laterais do olhal. Este ângulo, denominado β, pode ser observado na figura 25. Este tipo de
olhal é bastante utilizado nos trens de pouso e nas fixações dos motores de uma aeronave.

Figura 25. Dimensões do olhal tipo 3

As dimensões de geometria são:


• W: comprimento da base do olhal
• h: altura do centro do furo
• H: altura total do olhal
• R: raio do furo do olhal
• β: ângulo entre as laterais do olhal
• t: espessura do olhal
24

O olhal tipo 3 foi dividido em quatro sólidos em torno do furo, para facilitar o
carregamento e malha. A construção de um sólido base não é necessária, pois seria uma
simples continuação da malha dos sólidos 3 e 4. Abaixo, na figura 26, tem-se a ordem de
construção.

Figura 26. Sólidos do olhal tipo 3 e sua ordem de construção

A superfície curva que está acima das laterais anguladas é tangente as laterais. Para a
construção da geometria do olhal tipo 3, alguns pontos precisaram ser definidos, para garantir
esta tangência e dimensões, Estes pontos são calculados pelo próprio aplicativo LBA. Abaixo,
na figura 27, tem-se estes pontos representados pelas letras C, D e E.
25

Figura 27. Construção geométrica de um olhal tipo 3

A altura H1 é definida como a altura a partir da origem ao ponto de encontro entre as


laterais. Considerando a unidade dos ângulos em graus e pela figura 27 à esquerda, pode-se
observar que H1 pode ser definido como:
β W /2 W
tan = ⇒ H1 = −h
2 H1 + h β
2 ⋅ tan
2

O comprimento W1 é definido como a base do sólido 1. Pela mesma figura tem-se a


seguinte relação:
β W1 β
tan = ⇒ W1 = H 1 ⋅ tan
2 H1 2

O ponto C, na figura 27, é o centro da curva de raio r, que é tangente a reta I e a reta
X2. O ponto D é o ponto de tangência entre esta curva e a reta I. Abaixo temos a equação da
reta I.
26

⎛ β⎞
Equação reta I: y = tan ⎜ 90 + ⎟ ⋅ x + H 1
⎝ 2⎠

Analisando a figura, pode-se observar que a reta III, definida pelos pontos C e E, é
bissetriz do ângulo 90º - β / 2. Isto se deve pelo fato de os tamanhos dos segmentos CF e CD
serem iguais a r (raio da circunferência tangente), e o ponto E ser definido pela interseção de
duas retas perpendiculares nos vértices destes segmentos. Portando, considerando como Cx e
Cy as coordenadas do ponto C, tem-se a seguinte equação para a reta III.
⎡β 1 ⎛ β ⎞⎤
y = tan ⎢ + ⋅ ⎜ 90 − ⎟⎥ ⋅ x + C y ⇒
⎣2 2 ⎝ 2 ⎠⎦
Equação reta III:
⎛β ⎞
y = tan⎜ + 45 ⎟ ⋅ x + C y
⎝4 ⎠

A coordenada x do ponto E, Ex, definido como comprimento W2, pode ser calculado
por proporções de segmentos como:
W1 ⋅ ( H 1 − H + h)
W2 = E x =
H1

Como já se tem calculado as coordenadas do ponto E, para calcular o valor de


coordenada Cy, utiliza-se a equação da reta III passando por E, ou seja, o valor para y = H-h, e
o valor para x = W2, logo:
⎛β ⎞
H − h = tan ⎜ + 45 ⎟ ⋅ W2 + C y ⇒
⎝4 ⎠

⎛β ⎞
C y = H − h − tan ⎜ + 45 ⎟ ⋅ W2
⎝4 ⎠

O raio da circunferência tangente agora pode ser calculado como:


r = H − h − Cy

Na figura 27, a reta II é perpendicular a I, passando pelo ponto C. Logo, para reta II,
tem-se a seguinte equação:
−1
⎡ ⎛ β ⎞⎤ ⎛β ⎞
Equação da reta II: y = − ⎢ tan⎜ 90 + ⎟⎥ ⋅ x + C y ⇒ y = C y + tan ⎜ ⎟ ⋅ x
⎣ ⎝ 2 ⎠⎦ ⎝2⎠
27

Como o ponto D é a interseção entre a reta I e II, então, equivalendo as equações


destas retas, tem-se as coordenadas Dx e Dy do ponto, conforme abaixo.
f I ( D x ) = f II ( D x ) ⇒
−1
⎛ β⎞ ⎡ ⎛ β ⎞⎤
tan ⎜ 90 + ⎟ ⋅ D x + H 1 = − ⎢ tan⎜ 90 + ⎟⎥ ⋅ D x + C y ⇒
⎝ 2⎠ ⎣ ⎝ 2 ⎠⎦

⎧⎪ ⎛ β⎞ ⎡ ⎛ β ⎞⎤ ⎫⎪
−1

⎨tan⎜ 90 + ⎟ + ⎢ tan⎜ 90 + ⎟⎥ ⎬ ⋅ D x = C y − H 1 ⇒
⎪⎩ ⎝ 2⎠ ⎣ ⎝ 2 ⎠⎦ ⎪⎭

C y − H1
Dx =
⎛ β⎞ ⎛β ⎞
tan⎜ 90 + ⎟ − tan ⎜ ⎟
⎝ 2⎠ ⎝2⎠

D y = f I ( D x ) = f II ( D x )

⎛ β⎞
D y = tan ⎜ 90 + ⎟ ⋅ D x + H 1
⎝ 2⎠

Com os pontos C, D e E definidos, pode-se então iniciar a construção do olhal tipo


3. A construção deste olhal segue o mesmo princípio dos demais. Porém, foi necessária a
construção de dois algoritmos diferentes, dependendo se a coordenada y do ponto D fosse
maior, ou menor que zero.
No caso do ponto D estar no sólido 1, ou seja, sua coordenada y seja maior que zero,
construiu-se um bloco, com vértice na origem e dimensões abaixo (conforme etapa I da figura
28):
Dimensões do bloco do sólido 1: ( W1 / 2 , Dy , t)

Chanfrou-se este bloco no ponto D ao vértice da base W1, conforme a etapa II da


figura 28. O sólido menor resultante do chanfro é excluído (etapa III). Após esta operação, é
adicionado, a este bloco chanfrado, um cilindro com centro no ponto C e raio r (etapa IV). A
seguir, subtraí-se um cilindro, com centro na origem, e raio R (etapa V). O sólido 2 é obtido a
partir da reflexão do sólido 1.
28

Figura 28. Etapas de construção do sólido 1, para Dy positivo

Para a construção do sólido 3, construí-se um bloco com as entradas abaixo,


conforme a etapa I da figura 29:

Coordenadas do 1º vértice do sólido 3: ( 0 , -h , 0)


Dimensões do sólido 3: ( W/2 , h , t)

A seguir chanfrou-se este sólido com um plano perpendicular a z igual a zero,


passando pelo ponto D (etapa II da figura 29), excluindo o sólido restante (etapa III). Logo,
retirou-o cilindro, com centro na origem e raio R, correspondente ao furo do olhal (etapa IV).
O sólido 4 é obtido pela reflexão do sólido 3.
29

Figura 29. Etapas de construção do sólido 3, para Dy positivo

Caso o ponto D esteja no sólido 3, ou seja, sua coordenada y seja menor que zero,
construiu-se um cilindro, com centro no ponto C, e raio r (etapa I da figura 30). Subtrai-se
blocos deste cilindro, de modo que tenha-se somente o primeiro quadrante do sistema de
coordenadas (etapa II). Em seguida, retira-se o material do furo, com um cilindro de raio R e
centro na origem (etapa III). O sólido 2 é obtido pela reflexão do sólido 1.

Figura 30. Etapas de construção do sólido 1, para Dy negativo


30

O sólido 3, para Dy negativo, foi construído seguindo as etapas da figura 31.


Construiu-se um bloco com vértice em ( 0 , -h , 0) e dimensões ( W/2 , h , t), conforme etapa I.
Chanfra-se este sólido com um plano perpendicular a z igual a zero, passando pelo ponto D
(etapa II), excluindo o sólido restante (etapa III). Adiciona-se um cilindro com raio r, e
origem no ponto C (etapa IV), correspondendo à circunferência tangente. Logo, retira-se o
cilindro, com centro na origem e raio R, correspondente ao furo do olhal (etapa V). O sólido 4
é obtido a partir da reflexão do sólido 3.

Figura 31. Etapas de construção do sólido 3, para Dy negativo


31

2.4. Construção da Malha

Como ficou definida a construção da geometria em três dimensões, foi escolhido um


elemento sólido para a composição da malha. O elemento escolhido para a modelagem FEM
do olhal foi o elemento sólido hexaédrico linear, denominado Hex8 pelo MSC.vN4W. Este
elemento consiste de oito nós como vértices, sendo que a interpolação entre estes nós é linear
(retas). Abaixo, na figura 32, tem-se representada a numeração das faces e dos nós, e os
vetores de coordenadas locais do elemento. Os vetores R, S e T são definidos pelos centróides
das faces opostas. A interseção destes vetores determina o centróide do elemento e a origem
do sistema local de coordenadas.

Figura 32. Elemento Hexaédrico linear utilizado para a construção dos olhais

Este tipo de elemento se mostra mais apropriado para o tipo de geometria


apresentado pelo olhal. Em relação ao elemento sólido tetraédrico e pentaédrico, ele apresenta
menores efeitos de concentração de tensão entre os seus nós, em um mesmo elemento. Isto
porque, no caso do furo do olhal, evita-se que apenas um ou dois dos nós do elemento seja
carregado no furo, devido à configuração triangular dos elementos tetraédricos e pentaédricos.
Nos elementos hexaédricos do furo, sempre tem-se quatro dos oito nós carregados.
A utilização de uma interpolação entre os nós, diferente da linear, não traz ganhos de
precisão nos resultados da análise do olhal. Portanto, para que o tempo de análise do solver
fosse minimizado, foi escolhida a interpolação linear.
Como foi descrito no tópico anterior, os olhais foram divididos em várias partes
sólidas. Esta divisão foi proposital para facilitar o mapeamento da malha. O tipo de
mapeamento utilizado foi o mapeamento de um plano com quatro vértices de controle,
32

funcionalidade do FEMAP denominada Mapped-Four Corners. Abaixo, na figura 33, tem-se


este mapeamento.

Figura 33. Mapeamento das faces do sólido, sem Bias

O Mapped-Four Corners consiste em um mapeamento de um plano, lado esquerdo


da figura 33, em uma superfície genérica, por meio de quatro pontos de controle.
Primeiramente, divide-se as curvas B’D’ e a curva A’C’ em divisões iguais (lado direito da
figura). Em seguida, divide-se as curvas A’B’ e C’D’ na mesma quantidade. Selecionando a
opção Mapped-Four Corners, escolhe-se como pontos de controle os pontos A’, B’, C’ e D’.
Assim, o FEMAP entende que, como o número de nós das curvas B’D’ e A’C’ são iguais e
estas curvas são opostas segundo os pontos de controle, estes nós destas curvas devem ser
interligados. Isto é possível pois o número de nós nas curvas são os mesmos. Os nós internos
são calculados pelo FEMAP por meio da parametrização do plano de coordenadas u e v, na
superfície de coordenadas x e y.
Abaixo, nas figuras 34 e 35, tem-se o caso em que se utiliza a funcionalidade Bias
do LBA. Nesta, pode-se selecionar o bias na direção x, o que corresponde ao bias da curva
D’C’, ou bias na direção y, o que corresponde ao bias da curva A’B’. Diferenciar o bias em x
e y só é possível na opção de malha manual, conforme figura 35. Na malha automática do
LBA o bias em x e y são iguais, conforme figura 34.
33

Figura 34. Mapeamento das faces do sólido, com Bias em x e y iguais a 5

Figura 35. Mapeamento das faces do sólido, com Bias em x igual a 2 e y igual a 10

O valor do bias significa a proporção em que a última divisão da curva será maior
que a primeira. No caso do olhal, se o valor do bias em y for cinco, significa que a divisão
mais distante do furo da curva A’B’ será cinco vezes maior que a divisão mais próxima do
furo. O bias pode ser entendido como uma divisão em segmentos, sendo que estes consistem
em progressões aritméticas. Considerando o segmento abaixo, com comprimento D, dividido
em N partes com um determinado bias, e sendo F a constante desconhecida desta progressão
aritmética, tem-se:

Figura 36. Divisão de um segmento com bias

Na figura 36, tem-se um segmento divido em partes cujo comprimento segue um


progressão aritmética. O valor 1 significa um comprimento unitário. Pela definição de bias,
tem-se:
34

1 + ( N − 1) ⋅ F bias − 1
bias = , portanto: F =
1 N −1

O valor deste comprimento unitário pode ser calculado como o comprimento D,


dividido pela soma de todos os segmentos, portanto:

⎡N2 − N ⎤
Número de divisões: 1 + (1 + F ) + (1 + 2 F ) + " + [1 + ( N − 1) F ] = N + ⎢ ⎥⋅F
⎣ 2 ⎦

D
Comprimento unitário: u =
⎡N − N ⎤
2
N +⎢ ⎥⋅F
⎣ 2 ⎦

Portanto, os segmentos da figura 36 acima terão comprimentos u, u·(1+F),


u·(1+2·F), até u·[1+(N-1) ·F].
Como exemplo, considere que o segmento da figura acima tenha D igual a 10 cm,
bias igual a 5, e dividido em 9 elementos. Portanto, tem-se:

bias − 1 5 −1
F= ⇒F= ⇒ F = 0,5
N −1 9 −1

D 10cm
u= = ⇒ u = 0,3703cm
⎡N − N ⎤
2
⎡ 81 − 9 ⎤
N+⎢ ⎥⋅F 9+⎢ ⋅ 0,5
⎣ 2 ⎦ ⎣ 2 ⎥⎦

Portanto os nove segmentos terão as seguintes dimensões:

Tabela 1. Valores de comprimento de um segmento dividido com bias


Segmento Equação Comprimento (cm)
1 U 0,370
2 u·(1+F) 0,556
3 u·(1+2F) 0,741
4 u·(1+3F) 0,926
5 u·(1+4F) 1,111
6 u·(1+5F) 1,296
7 u·(1+6F) 1,481
8 u·(1+7F) 1,667
9 u·(1+8F) 1,852
Soma: 10,000

Dividindo o último segmento pelo primeiro, tem-se o valor do bias, conforme


estabelecido inicialmente:
35

1,852
bias = ≅5
0,370

Para a divisão das arestas dos sólidos dos olhais tipo 1, 2 e 3, pela malha manual,
foram criados três formulários de entrada, conforme as figuras abaixo:

Figura 37. Formulário de malha manual para olhal tipo 1

Figura 38. Formulário de malha manual para olhal tipo 2


36

Figura 39. Formulário de malha manual para olhal tipo 3

Pelas figuras, pode-se observar que o número de elementos na espessura z, também é


definido pelo usuário.
A opção de malha automática divide os comprimentos das curvas do sólido,
inclusive espessura, pela respectiva entrada de Mesh Size. Em regiões com acentuada
curvatura, o LBA inseri divisões a mais, para que funcione de forma perfeita o mapeamento da
superfície, tanto no modo manual como no automático.
Os sólidos dos olhais, quando refletidos a partir de outro sólido, já herdam do
original as divisões da malha e os respectivos pontos de controle. Portanto, na face comum
aos sólidos, os nós estarão coincidindo, porém ainda não unidos. Após ter sido feita a malha
para todos os sólidos, os nós coincidentes restantes são unidos pelo comando respectivo do
FEMAP. Assim, apesar de serem sólidos diferentes, o modelo de elementos finitos estará
completamente interligado, formando uma só estrutura.
37

2.5. Condições de Contorno

Após a construção da malha de FEM do olhal, os nós referentes às bases dos olhais,
de comprimento W, são restritos nas três componentes, x, y e z, de translação, e nas três de
rotação. O LBA seleciona os nós do modelo, associadas à superfície onde estes estão
posicionados. O MSC.vN4W indica por meio de um triângulo no nó, seguida da numeração
123456, este engaste.
Além da restrição da base, existe a opção de construção de um modelo baseado no
estado plano de deformações. Neste, existe apenas um elemento na direção da espessura e
todos os nós do elemento, exceto da base, são restritos na direção z de translação. O estado
plano de deformações é melhor descrito no tópico 2.7.

2.6. Carregamento

2.6.1. Definição do carregamento

Um dos aspectos mais importantes para uma modelagem de um olhal é como ocorre
a transferência do carregamento para a estrutura. Optou-se o carregamento com distribuição
cossenoidal a partir do ponto de aplicação, conforme mencionado na referência [4]. Na figura
40 tem-se representado este carregamento, para um ângulo de carregamento θ, em relação à
vertical, de 45 graus.

Figura 40. Carregamento com distribuição cossenoidal


38

Este tipo de carregamento é possível, no FEMAP, por meio de um tipo de elemento


flexível denominado RBE3 (Rigid Body Element 3), representado pela cor amarela na figura
anterior. Este tipo de elemento representa um elemento flexível de interpolação de cargas.
Este elemento interliga vários nós independentes a apenas um dependente. Nos nós
independentes são atribuídos fatores de peso, que correspondem à parcela que estes estarão
carregados, a partir do carregamento total do nó dependente. O deslocamento do nó
dependente é ponderado pelo deslocamento dos nós independentes.
Na figura acima, sendo o nó no centro do furo dependente, carregado com uma força
F, e os N nós do furo independentes, com peso 1 para todos, significa que cada nó do furo
estará carregado com uma força de F dividido pelos N elementos. Caso, para metade dos nós
do furo seja atribuído o peso 2, e para outra 1, então cada nó estará carregado com 2F/3N,
para peso 2, e F/3N, para peso 1.
Por meio destes fatores de peso foi possível realizar uma distribuição cossenoidal no
furo. Esta distribuição é, de certa forma, intuitiva, pois espera-se que a força transmitida seja
maior na direção de aplicação de carga e que ela se reduza para zero até a direção
perpendicular da carga, onde já não se espera mais contato entre o pino e o olhal.
Experimentos fotoelásticos, realizados pela referência [8], comprovam esta distribuição, para
casos de olhais com pinos montados sem folga. Como os nós são igualmente espaçados na
espessura, é então feita uma distribuição uniforme nesta.
Quando a opção de carregamento do aplicativo LBA está selecionada, é permitido ao
usuário inserir a magnitude da força e escolher o ângulo em relação à vertical, sentido anti-
horário, da direção de aplicação, conforme figura 41.

Figura 41. Opção de carregamento no formulário principal

Como é possível observar, a escolha do ângulo é feita por incrementos e


decrementos discretos (setas da figura acima). Isto se deve ao fato da necessidade da
existência de nós no furo, na direção do carregamento, partindo da origem. O passo do ângulo
é calculado a partir do número de nós presentes na circunferência do furo (curva B’D’ das
figuras 33, 34 e 35). Como o número de nós nestas curvas é igual ao número de divisões Nh
das curvas, mais uma unidade, tem-se para o passo do ângulo:
39

90 o
Passo do ângulo de carregamento: θ PASSO =
Nh + 1

Portanto, caso o usuário deseje passos menores, basta aumentar o número de


divisões no furo do olhal, por meio do tamanho da malha, Mesh Size, ou nas divisões pela
malha manual, N1+N2 no olhal tipo 1 e Nh para olhais tipo 2 e 3.
O próprio aplicativo LBA é o responsável pela atribuição dos pesos nos nós
independentes do RBE3. Primeiramente, é atribuído ao nó do centro do furo, cujo ID é sempre
1 devido à construção, a função de nó dependente. Após isso, o LBA recebe do FEMAP todos
os nós correspondentes ao furo, com as suas respectivas coordenadas globais retangulares x e
y. Estas coordenadas são transformadas para coordenadas cilíndricas, sendo que a origem
deste novo sistema é a direção e ângulo da força aplicada. Os ângulos deste novo sistema
variam de -180º a 180º.
Por meio das coordenadas cilíndricas dos nós do furo, é possível ao LBA atribuir o
peso certo a cada nó, de acordo com a sua posição. O LBA analisa cada ângulo do nó. Caso o
ângulo esteja entre -180º a -90º, ou 90º a 180º, o LBA atribui fator de peso nulo ao nó, ou seja,
nenhuma força será transferida ao nó. Isto porque somente no contato entre pino e olhal, ou
seja, de -90º a 90º, existe transferência. Caso o ângulo do nó esteja neste intervalo, o LBA
calcula o peso correspondente, conforme descrito abaixo.

2.6.2. Cálculo dos fatores de peso

Apesar da distribuição cossenoidal ser contínua, para o carregamento nodal a função


tem que ser discretizada. Considere a função f(i) abaixo, com distribuição cossenoidal
discreta, para um determinado nó na posição i.

Figura 42. Função cosseno discretizada


40

O valor de i varia de 1 a N, onde N é o total de nós do furo no plano xy, para z igual
a zero. Portanto, o número total de nós do furo é N multiplicado pelos nós na espessura, que é
o número de elementos Nt somado 1. Considerando apenas os nós no plano acima, a função
f(i) pode ser equacionada como:

⎡ (i − 1) π⎤
f (i ) = K ⋅ cos ⎢ ⋅π − ⎥
⎣ ( N − 1) 2⎦

O valor de K será determinado, de modo que a integral para i de 1 a N, ou seja, o


total do carregamento, seja o valor 1:

N N ⎡ (i − 1) π⎤
∫i=1 f (i ) ⋅ di = 1 ⇒ K ⋅ ∫i=1 cos⎢⎣ ( N − 1) ⋅ π − 2 ⎥⎦ ⋅ di = 1 (I)

Realizando uma substituição de variáveis:

(i − 1) π dx π ( N − 1)
x= ⋅π − ⇒ = ⇒ di = ⋅ dx
( N − 1) 2 di ( N − 1) π

Para i = 1, tem-se x igual a –π/2, e para i = N, tem x igual a π/2. Portanto, para a
equação (I) acima:

π π
( N − 1) ( N − 1) ( N − 1)
K⋅
π ∫ π cos x ⋅ dx = 1 ⇒K ⋅

2

2
π
⋅ ( senx) | 2π = 1 ⇒ K ⋅

2
π
⋅2 =1

π
K=
2 ⋅ ( N − 1)

Logo, para f(i) da figura 42, com área igual a 1, tem-se a seguinte função:

π ⎡ (i − 1) π⎤
f (i ) = ⋅ cos ⎢ ⋅π − ⎥
2 ⋅ ( N − 1) ⎣ ( N − 1) 2⎦

Para uma maior precisão no cálculo deste fator de peso, utilizou-se a função w(i).
Esta função calcula áreas trapezoidais da função f(i), em torno do ponto i, ou seja, considera o
intervalo de (i–0,5) a (i +0,5). Abaixo tem-se o valor das funções w(i):
⎛ f (i ) + f (i + 0,5) ⎞
• Para i = 1: w(i ) = ⎜ ⎟ ⋅ 0,5 ;
⎝ 2 ⎠
⎛ f (i − 0,5) + f (i ) ⎞
• Para i = N: w(i ) = ⎜ ⎟ ⋅ 0,5 ;
⎝ 2 ⎠
41

• Para i = (N+1)/2: w(i ) = f (i ) (ponto de carregamento máximo);


f (i − 0,5) + f (i + 0,5)
• Para os demais valores de i: w(i ) = ;
2
Abaixo, na tabela 2 e figura 43, têm-se os valores da função f(i) e w(i) para N igual a
13 nós.

Tabela 2. Valores das funções f(i) e w(i) para N = 13


I f(i) W(i)
1 2,11E-16 4,27E-03
2 3,39E-02 3,36E-02
3 6,54E-02 6,49E-02
4 9,26E-02 9,18E-02
5 1,13E-01 1,12E-01
6 1,26E-01 1,25E-01
7 1,31E-01 1,31E-01
8 1,26E-01 1,25E-01
9 1,13E-01 1,12E-01
10 9,26E-02 9,18E-02
11 6,54E-02 6,49E-02
12 3,39E-02 3,36E-02
13 2,11E-16 4,27E-03
Soma 0,994 0,995
Erro (%) 0,57 0,46

1,40E-01

1,20E-01

1,00E-01

8,00E-02
w(i)
6,00E-02
f(i)
4,00E-02

2,00E-02

0,00E+00
0 2 4 6 8 10 12 14
-2,00E-02

Figura 43. Valores das funções f(i) e w(i) para N = 13

Pela tabela 2 pode-se perceber que o pico de carregamento se encontra exatamente


na posição central. Existe um pequeno erro quando se soma os valores para f(i) e w(i), pois na
verdade a soma deveria ser um. Porém, ao atribuir estes fatores de pesos nos nós, o próprio
42

FEMAP distribui este resíduo restante de forma ponderada nos nós, conforme pode ser
comprovado na tabela 2.
A função w(i) é a própria função peso, que atribui os fatores aos nós dependentes do
elemento RBE3 do furo.
A associação do valor de i, com o respectivo nó, é feita por meio de coordenadas
cilíndricas, conforme mencionado anteriormente. O LBA pega cada nó e verifica a sua
coordenada. Se o ângulo estiver entre -180º e menor que -90º, ou maior que 90º a 180º,
atribui-se fator de peso nulo ao nó, ou seja, nenhuma força será transferida. Se o ângulo
estiver entre o intervalo de -90º a 90º o LBA verifica qual o valor de i corresponde a este
ângulo. Para este nó dentro do intervalo, o LBA checa o ângulo do nó com o valor da
expressão abaixo, para cada i variando de 1 até N:

Posição dos ângulo θ dos nós: − 90 º + (i − 1) ⋅ θ passo

Quando o valor do ângulo é igual ao valor da expressão, para um determinado i,


calcula-se para este nó as funções f(i) e w(i). Divide-se o valor do fator de peso pela
quantidade de nós na espessura e atribui-se ao FEMAP este valor como sendo o fator de peso
para o elemento de interpolação RBE3.
Feita a distribuição nos nós do furo, basta aplicar um força de magnitude e direção
definida pelo usuário no nó independente, que o próprio elemento rígido se encarrega da
distribuição da força.
Abaixo, na tabela 3, tem-se uma listagem do MSC.vN4W com as forças distribuídas
nos nós de um olhal tipo 1, com carregamento de 1000, ângulo θ igual a zero, e 32 elementos
no furo, e somente um na espessura. Os nós com carregamento nulo foram omitidos.

Tabela 3. Valores de força, na direção y, para os nós do furo


ID Força ID Força ID Força ID Força
95 18,14 169 27,15 204 23,09 367 27,15
96 23,09 170 30,17 246 0,80 368 30,17
97 27,15 171 32,03 262 32,81 369 32,03
98 30,17 172 32,03 295 18,14 370 32,03
99 32,03 173 30,17 296 12,50 371 30,17
160 12,50 174 27,15 297 6,37 372 27,15
161 6,37 175 23,09 351 32,81 373 23,09
162 0,80 176 18,14 352 32,81 374 18,14
163 0,80 177 12,50 353 32,03 375 12,50
165 6,37 178 6,37 354 30,17 376 6,37
166 12,50 201 6,37 355 27,15 443 0,80
167 18,14 202 12,50 362 0,80 756 0,80
168 23,09 203 18,14 366 23,09
43

A soma de todas as forças acima totaliza 1000, como era esperado. A distribuição da
força, para o sólido 1, para o mesmo exemplo, pode ser vista na figura abaixo. No eixo x, ao
invés de estar representado o ângulo, foi representado o respectivo valor de i.

35,00

30,00

25,00

20,00
Força

15,00

10,00

5,00

0,00
i
1 2 3 4 5 6 7 8 9

Figura 44. Distribuição das forças nos nós do furo de um olhal

2.7. Outras funcionalidades

2.7.1. Estado plano de deformações

Foi implementa no aplicativo LBA a opção de construção de um modelo de FEM


baseado em um estado plano de deformações. Este estado ocorre quando a espessura é
suficientemente grande, de modo quando se aplica tensões no material observa-se apenas uma
deformação em z, εz, muito pequena, e o surgimento de uma tensão de tração σz, conforme a
expressão abaixo, para a lei de Hooke em três dimensões:

1
εz = ⋅ [σ z −ν ⋅ (σ x + σ z )] ⇒ ε z = 0 ⇒ σ z = ν ⋅ (σ x + σ z )
E

Neste caso, é como houvesse uma restrição em z, pois o material não está livre para
acomodar a deformação em qualquer direção conforme o coeficiente de Poisson.
Na prática, o aplicativo LBA considera que o modelo de olhal possui um só elemento
na espessura. No plano xy a malha é feita normalmente, conforme descrito no tópico de
malhas. Após toda a malha ter sido construída, são restringidos todos os nós do modelo,
exceto a base que já está engastada, na direção de translação z. A indicação de um triângulo,
seguido do número 3 representa está restrição, conforme a próxima figura.
44

Figura 45. Olhal construído segundo o estado plano de deformações.

Para se ativar esta opção basta o usuário selecionar a caixa de opção, no formulário
principal, escrita “Build Plane Strain Model”. Esta opção minimiza consideravelmente o
tempo de análise do solver, devido à diminuição no número de elementos do modelo.
A consideração sobre estado plano de deformação e o seu efeito no valor do
coeficiente de concentração de tensão, Kt, são apresentados no tópico resultados.

2.7.2. Exclusão da geometria

Para a construção do modelo de FEM do olhal pelo LBA é essencial o auxílio da


geometria. Para a construção da malha, é necessária a determinação nas curvas do sólido a
quantidade de elementos existentes, além do mapeamento das faces deste. A restrição da base
é feita por meio dos nós associados à superfície da base da geometria. O carregamento é feito
de forma semelhante à restrição, pois pega-se todos os nós associados às superfícies do furo.
Porém, após a construção completa do modelo do olhal, a geometria perde a sua
funcionalidade. O aplicativo MSC.vN4W não necessita da geometria para a análise do solver
Nastran.
Portanto, para economia de processamento, foi implementada no LBA uma opção de
exclusão da geometria após a construção do olhal. Esta opção pode ser selecionada na caixa
de seleção escrita “Delete Geometry (maintain elements)”, no formulário principal.
45

2.8. Análise do modelo

Após da construção de todo o modelo do olhal, inclusive restrições e carregamento,


é feita a análise do modelo pelo solver Nastran, acoplado ao aplicativo MSC.vN4W. Para este
trabalho, foi utilizado o solver Nastran versão 2001.
Esta análise é feita por um comando do LBA, que é ativado quando a caixa de
seleção “Analyse Model!” está selecionada no formulário principal.
O tipo de solução aplicada ao modelo é a linear estática. O caseID, caso de análise, é
numerada como 1000. O carregamento e a restrição selecionados são os descritos neste
trabalho, denominado no FEMAP como “LugLoad” e “BaseConstraint”, respectivamente.
Ao clicar no botão de comando “Analysis Properties”, conforme figura abaixo, é
possível ao usuário determinar os vetores de resultados do solver, e a vista em forma de
deformada e contorno para pós-processamento.

Figura 46. Opções de vetores, deformadas e contornos para pós-processamento.

A opção do vetor de tensões do elemento não poder ser retirada a seleção, devido à
necessidade deste vetor para o cálculo do Kt, conforme descrito no próximo tópico. A opção
de deformada ou animação para pós-processamento se refere ao deslocamento nodal de
translação. A opção de contorno ou critério é baseada no vetor de tensões máximas principais
dos elementos.
O controle, via API, do LBA não se aplica ao solver Nastran, por não se tratar mais
da interface FEMAP. Como conseqüência, o comando dado pelo LBA para a análise não tem
46

um retorno, ou seja, o LBA comanda só que não tem o status de como e quando a análise será
terminada. Para contornar esta limitação da ferramenta API, foi implementada uma
verificação, a cada três segundos, da criação do vetor de tensões.máximas principais. Assim
que este é criado, o LBA reconhece que o solver terminou a análise. Daí em diante, com as
tensões determinadas, calcula-se o Kt, conforme descrito no próximo tópico.

2.9. Determinação do Kt

O fator de concentração de tensão, Kt, conforme já descrito na introdução, é um fator


que indica o quanto a tensão máxima é maior que a tensão nominal, em um componente
estrutural com descontinuidades.

σ MAX
Fator de Concentração de Tensão: K t =
σ NOMINAL

Para o componente em estudo neste trabalho, o olhal, a descontinuidade é


representada pela presença do furo.
Na expressão acima para o Kt, o valor da tensão máxima, σmax é obtido pelos
resultados da análise do solver Nastran. Para a σmax, o tipo de tensão utilizado é a tensão
máxima principal. O próprio FEMAP informa, ao aplicativo LBA, o valor máximo da tensão
máxima principal e o respectivo ID elemento em que ela ocorre. Para o cálculo do Kt, então,
só resta a determinação da σnom.
Para o olhal, o cálculo da tensão nominal é baseado na menor seção transversal onde
está atuando a carga. Porém, além desta, existe outra formulação para o cálculo desta área do
olhal, encontrados nos manuais de projeto deste componente (referências [3] e [6]).
A primeira consideração de tensão nominal, σ nom
L
, é pela área líquida da menor
seção transversal do olhal onde se está aplicando o carregamento, ou seja, a área
desconsiderando a área do furo. Para esta consideração, o fator de concentração de tensão
recebe a designação de Kt.
A segunda consideração de tensão nominal, σ nom
B
, é pela área bruta da menor seção
transversal do olhal onde se está aplicando o carregamento, ou seja, nesta área inclui-se a área
do furo. Para esta consideração, o fator de concentração de tensão recebe a designação de Ct.
Esta é uma consideração mais conservativa, pois com uma área nominal maior, tem-se uma
47

tensão nominal menor. Com um σ nom


B
menor, o valor do fator de concentração de tensão Ct é

aumentado, devido a σmax se manter a mesma.


Abaixo será descrito como é feito o cálculo das tensões nominais dos olhais tipos 1 e
2, e para o tipo 3.

2.9.1. Olhais Tipo 1 e 2

Para os olhais tipo 1 e 2, a menor seção transversal onde está atuando o


carregamento, ou seja, na área líquida desconsiderando o furo, é a interseção do olhal com o
plano xz e y igual a zero. A figura abaixo mostra esta seção, cortada pelo plano na cor
vermelha.

Figura 47. Menores seções carregadas do olhal tipo 1 e 2

Pela figura acima, tem-se então que a área líquida, AL, e a área bruta, AB, podem ser
determinadas como:

AL = (W − 2 R) ⋅ t e AB = W ⋅ t

Logo as tensões nominais líquida e bruta podem ser calculadas como:

F F
σ nom
L
= e σ nom
B
=
(W − 2 R ) ⋅ t W ⋅t

Os fatores de concentração de tensão líquida e bruta ficam determinados como:


48

σ MAX σ MAX ⋅ (W − 2 R) ⋅ t
Fator de Concentração de Tensão Líquido: K t = ⇒ K t =
σ nom
L
F

σ MAX σ ⋅W ⋅ t
Fator de Concentração de Tensão Bruto: C t = ⇒ Ct = MAX
σ nom
B
F

Após o Nastran ter analisado o modelo, e o LBA calculado os fatores, um formulário


com os resultados, para o olhal tipo 1 ou 2, é carregado, conforme a figura abaixo:

Figura 48. Resultados para o olhal tipo 1 e 2

Para relacionar os valores dos fatores de concentração de tensão com a geometria do


olhal, alguns manuais de construção trazem parâmetros adimensionais de geometria. Estes
parâmetros são representados na figura acima na janela “Lug Geometry”. O primeiro, 2R/W,
representa a proporção do furo em relação ao comprimento do olhal. O segundo, (H-h)/W,
representa a proporção entre a distância do furo à face superior e o comprimento do olhal.
Ainda na figura 48, pode-se observar os valores das tensões máxima e nominais, os
valores das áreas líquida e bruta e, finalmente, os valores dos fatores de concentração de
tensão líquido e bruto.

2.9.2. Olhal Tipo 3


49

Para o olhal tipo 3, a determinação da menor seção transversal, onde está atuando o
carregamento, necessita de cálculos extras devido à tangência das superfícies.
Retomando à figura 27, a determinação da menor seção depende da coordenada do
ponto C. Abaixo, na figura 49, tem-se a determinação desta menor área para a coordenada Cy
maior que zero.

Figura 49. Determinação da menor seção transversal, para Cy positivo

Os pontos C, D, E e F já foram determinados. A menor seção transversal do olhal


será correspondente a menor distância D da figura acima. Para o caso de Cy positivo, o ponto
H, onde se tem D mínimo, é determinado pela interseção de uma reta paralela à reta II,
passando pela origem, perpendicular à lateral. Portanto, utilizando a proporção dos segmentos
acima, tem-se:

H1 − C y r H1 ⋅ r
= ⇒ D= −R
H1 D+R H1 − C y

Para Cy negativo, a reta paralela a reta II, passando pela origem, intersecciona a
circunferência de origem em C e raio r, conforme a figura 50.
50

Figura 50. Determinação da menor seção transversal, para Cy negativo

A equação da reta IV acima, paralela a II, pode ser escrita:

−1
⎛β ⎞ ⎡ ⎛ β ⎞⎤
Equação da reta IV: y = tan⎜ ⎟ ⋅ x ⇒ x = ⎢ tan⎜ ⎟⎥ ⋅ y
⎝2⎠ ⎣ ⎝ 2 ⎠⎦

A equação da circunferência, de raio r e centro em C, pode ser escrita como:

Equação da circunferência: x 2 + ( y − C y ) 2 = r 2

Substituindo x da reta IV na equação da circunferência tem-se as coordenadas do


ponto H. Logo:

⎛β ⎞
tan −2 ⎜ ⎟ ⋅ H y2 + ( H y − C y ) 2 = r 2 ⇒
⎝2⎠
⎛β ⎞
tan −2 ⎜ ⎟ ⋅ H y2 + H y2 − 2 ⋅ C y ⋅ H y + C y2 = r 2 ⇒
⎝2⎠
⎛ ⎛ β ⎞⎞
⎜⎜1 + tan −2 ⎜ ⎟ ⎟⎟ ⋅ H y2 − 2 ⋅ C y ⋅ H y + (C y2 − r 2 ) = 0
⎝ ⎝ 2 ⎠⎠

Como a coordenada Hy é positiva, tem-se para a equação acima:

⎛ ⎛ β ⎞⎞
2 ⋅ C y + 4 ⋅ C y2 − 4 ⋅ ⎜⎜1 + tan − 2 ⎜ ⎟ ⎟⎟ ⋅ (C y2 − r 2 )
⎝ ⎝ 2 ⎠⎠
Hy =
⎛ ⎛ β ⎞⎞
2 ⋅ ⎜⎜1 + tan − 2 ⎜ ⎟ ⎟⎟
⎝ ⎝ 2 ⎠⎠
51

−1
⎡ ⎛ β ⎞⎤
H x = ⎢ tan⎜ ⎟⎥ ⋅ H y
⎣ ⎝ 2 ⎠⎦

Com as coordenadas do ponto H calculadas, pode-se determinar a distância D, para


Cy negativo, como:

D + R = H x2 + H y2 ⇒ D = H x2 + H y2 − R

Calculado a distância D, tanto para Cy positivo ou negativo, pode-se determinar as


áreas líquida, AL, e a área bruta, AB, como:

AL = 2 ⋅ D ⋅ t e AB = 2 ⋅ ( D + R) ⋅ t

Logo as tensões nominais líquida e bruta podem ser calculadas como:

F F
σ nom
L
= e σ nom
B
=
2⋅ D ⋅t 2 ⋅ ( D + R) ⋅ t

Os fatores de concentração de tensão líquida e bruta ficam determinados como:

σ MAX
Fator de Concentração de Tensão Líquido: K t = ⇒ K t = 2 ⋅ σ MAX ⋅ D ⋅ t
σ nom
L
F

σ MAX 2 ⋅ σ MAX ⋅ ( D + R ) ⋅ t
Fator de Concentração de Tensão Bruto: C t = ⇒ Ct =
σ nom
B
F

Após o Nastran ter analisado o modelo, e o LBA calculado os fatores, um formulário


com os resultados, para o olhal tipo 3, é carregado, conforme a próxima figura:
52

Figura 51. Resultados para o olhal tipo 3

Para relacionar os valores dos fatores de concentração de tensão com a geometria do


olhal, alguns manuais de construção trazem parâmetros adimensionais de geometria. Estes
parâmetros são representados na figura acima na janela “Lug Geometry”. O primeiro,
R/(D+R), representa a proporção do furo em relação à área bruta onde o carregamento está
atuando. O segundo, (H-h)/2·(D+R), representa a proporção entre a distância do furo à face
superior e o comprimento do olhal.
Ainda na figura 51, pode-se observar os valores das tensões máxima e nominais, os
valores das áreas líquida e bruta e, finalmente, os valores dos fatores de concentração de
tensão líquido e bruto, para o olhal tipo 3.

2.10. Recomendações

Para o uso adequado do aplicativo LBA é necessário que o usuário tenha cuidado
com alguns aspectos.
Primeiramente, para a construção do olhal pelo aplicativo LBA, é necessário que o
aplicativo MSC.vN4W esteja executando, com um arquivo novo aberto. Caso já exista um
modelo de FEM aberto, o LBA construirá o olhal em cima deste modelo.
O FEMAP não necessita de entradas com os seus respectivos sistemas de unidades.
Porém, é necessário que o usuário entre com parâmetros de comprimento, força e valores de
propriedades de material consistentes, de modo a ter valores de tensão nos elementos e
53

deslocamentos nodais condizentes. Isto significa que se o usuário for utilizar o Sistema
Internacional de unidades, por exemplo, as unidades de comprimento devem estar em metros,
de força em Newton, e de tensão em Pascal.
Caso o usuário necessite de entradas de geometria muito pequenas, menor que a
ordem de grandeza de 10-3, é aconselhável a mudança destas para ordem de grandezas
maiores. Unidades pequenas podem causar erros de precisão numérica no FEMAP, causando
erros na construção do olhal.
O valor dos fatores de concentração de tensão Kt e Ct são características da
geometria, portanto independem do material e do carregamento. Para uma simples análise
destes fatores, o usuário não precisa atentar para esta consistência nas unidades.
Malhas grosseiras, ou seja, com pouco número de elementos no olhal, podem
apresentar erros no mapeamento das superfícies e em arestas com pequena curvatura. Para
corrigir este erro é necessário que se refine a malha. Em olhais tipo 2 e 3, que apresentem
curvas com pequeno raio de curvatura, é imprescindível o uso de uma malha bem refinada
para a correta construção e análise pelo solver Nastran.
Sempre é aconselhável ao usuário verificar a convergência do resultado do solver
Nastran. Caso o usuário refine a malha, e a análise desta resultar em tensões muito diferentes
da malha anterior, é uma indicação que este refinamento era necessário.
54

3. RESULTADOS

Neste tópico serão apresentados ábacos, relacionando os valores dos fatores de


concentração de tensão geométrico Kt, referente à área líquida, e Ct, referente à área bruta,
variando os parâmetros geométricos para cada tipo de olhal. Além disso, alguns ângulos de
carregamento foram analisados e apresentados adiante.
Para que o usuário possa reproduzir o resultados das análises no aplicativo LBA,
todas as considerações feitas para a geometria e a malha são descritas. Os valores presentes
nos ábacos, utilizados para a construção geométrica, são apresentados em tabelas no anexo
deste trabalho.
Procurou-se utilizar, nas dimensões dos olhais, valores da ordem de grandeza de
olhais reais encontrados em aeronaves, no Sistema Internacional de unidades. Esta
consideração é desnecessária pois o Kt é uma característica geométrica, portanto não depende
do material e nem do sistema de unidades.
Para o carregamento de todos os tipos de olhais, escolheu-se uma força de
magnitude de valor 1000. Esta escolha baseou-se nas dimensões geométricas do olhal no
sistema de unidades SI, ou seja, o olhal estaria carregado com 1000 Newtons. Os ângulos de
carregamento escolhidos foram 0º, 30º, 60º e 90º.
Estes ábacos têm como finalidade a consulta para a determinação do Kt de um olhal,
para a sua respectiva análise. Caso não se encontre nestes ábacos uma determinada
configuração do olhal, como dimensionamento da geometria ou ângulo de carregamento, o
usuário pode inseri-las no aplicativo LBA as dimensões do referido olhal, de modo que se
tenham estes resultados específicos.

3.1. Olhal Tipo 1

Para o olhal tipo 1, considerou-se que a espessura t na análise seria correspondente a


um terço do comprimento W.
Utilizou-se a opção de malha manual do olhal, com valores de N1, N2, N3 e Nt
iguais a 6, 6, 6 e 4, respectivamente. Foi utilizado o mesmo bias nas coordenadas x e y iguais
a 5. Esta configuração de malha foi escolhida pois observou-se que com ela já se tinha um
bom valor de convergência, com um tempo de análise do solver minimizado.
Construíram-se ábacos com os resultados para olhais modelados com a opção de
estado plano de deformação, para um ângulo de carregamento de 0º. O intuito destes ábacos é
55

a comparação com os resultados para o mesmo olhal construído a partir de uma modelagem
sólida.

3.1.1. Fatores de concentração de tensão Ct

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 0º


16

14

12
(H-h)/W = 0,300
(H-h)/W = 0,400
10 (H-h)/W = 0,500
(H-h)/W = 0,600
8

4
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 52. Fatores Ct para olhal tipo 1, com θ igual a 0º

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 30º


18

16

14
(H-h)/W = 0,300
12 (H-h)/W = 0,400
(H-h)/W = 0,500
10
(H-h)/W = 0,600

4
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 53. Fatores Ct para olhal tipo 1, com θ igual a 30º


56

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 60º

19

17

15
(H-h)/W = 0,300
(H-h)/W = 0,400
13
(H-h)/W = 0,500
11 (H-h)/W = 0,600

5
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 54. Fatores Ct para olhal tipo 1, com θ igual a 60º

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 90º


17

15

13
(H-h)/W = 0,300
(H-h)/W = 0,400
11 (H-h)/W = 0,500
(H-h)/W = 0,600
9

5
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 55. Fatores Ct para olhal tipo 1, com θ igual a 90º


57

• Estado Plano de Deformação

Fator de Concentração de Tensão Ct* - θ = 0º


Ct*
Estado Plano de Deformação
16

14

12
(H-h)/W = 0,300
(H-h)/W = 0,400
10 (H-h)/W = 0,500
(H-h)/W = 0,600
8

4
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 56. Fatores Ct para olhal tipo 1, modelado a partir do estado plano de deformação, com θ igual a 0º

3.1.2. Fatores de concentração de tensão Kt

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 0º


8

6
(H-h)/W = 0,300
(H-h)/W = 0,400
5 (H-h)/W = 0,500
(H-h)/W = 0,600
4

2
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 57. Fatores Kt para olhal tipo 1, com θ igual a 0º


58

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 30º


7,0

6,5

6,0

5,5 (H-h)/W = 0,300


(H-h)/W = 0,400
5,0 (H-h)/W = 0,500
(H-h)/W = 0,600
4,5

4,0

3,5

3,0
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 58. Fatores Kt para olhal tipo 1, com θ igual a 30º

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 60º


7,5

7,0

6,5

6,0 (H-h)/W = 0,300


(H-h)/W = 0,400
5,5 (H-h)/W = 0,500
(H-h)/W = 0,600
5,0

4,5

4,0

3,5
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 59. Fatores Kt para olhal tipo 1, com θ igual a 60º


59

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 90º


8,0

7,5

7,0

6,5
(H-h)/W = 0,300
6,0
(H-h)/W = 0,400
5,5 (H-h)/W = 0,500
5,0 (H-h)/W = 0,600

4,5

4,0

3,5

3,0
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 60. Fatores Kt para olhal tipo 1, com θ igual a 90º

• Estado Plano de Deformação

Fator de Concentração de Tensão Kt* - θ = 0º


Kt*
8
Estado Plano de Deformação

6
(H-h)/W = 0,300
(H-h)/W = 0,400
5 (H-h)/W = 0,500
(H-h)/W = 0,600
4

2
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 61. Fatores Kt para olhal tipo 1, modelado a partir do estado plano de deformação, com θ igual a 0
60

3.2. Olhal Tipo 2

Para o olhal tipo 2, considerou-se que a espessura t na análise seria correspondente a


um terço do comprimento W. Para o raio do boleado Rf, foi considerado que seria o máximo
raio permitido. O máximo raio Rf permitido geometricamente é:
• Se W/2 maior que (H-h) então Rf = H-h;
• Senão Rf = W/2.
Utilizou-se a opção de malha manual do olhal, com valores de Nh, Nb e Nt iguais a
12, 6 e 4, respectivamente. Foi utilizado o mesmo bias nas coordenadas x e y iguais a 5. Esta
configuração de malha foi escolhida pois observou-se que com ela já se tinha um bom valor
de convergência, com um tempo de análise do solver minimizado.
Construíram-se ábacos com os resultados para olhais modelados com a opção de
estado plano de deformação, para um ângulo de carregamento de 0º. O intuito destes ábacos é
a comparação com os resultados para o mesmo olhal construído a partir de uma modelagem
sólida.

3.2.1. Fatores de concentração de tensão Ct

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 0º

17

15

13 (H-h)/W = 0,300
(H-h)/W = 0,400

11 (H-h)/W = 0,500
(H-h)/W = 0,600
9

5
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 62. Fatores Ct para olhal tipo 2, com θ igual a 0º


61

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 30º

23

21

19

17 (H-h)/W = 0,300
(H-h)/W = 0,400
15
(H-h)/W = 0,500
13 (H-h)/W = 0,600
11

5
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 63. Fatores Ct para olhal tipo 2, com θ igual a 30º

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 60º

23

21

19

17 (H-h)/W = 0,300
(H-h)/W = 0,400
15
(H-h)/W = 0,500
13 (H-h)/W = 0,600
11

5
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 64. Fatores Ct para olhal tipo 2, com θ igual a 60º


62

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 90º


19

17

15
(H-h)/W = 0,300
13 (H-h)/W = 0,400
(H-h)/W = 0,500
11
(H-h)/W = 0,600

5
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 65. Fatores Ct para olhal tipo 2, com θ igual a 90º

• Estado Plano de Deformação

Fator de Concentração de Tensão Ct* - θ = 0º


Ct*
Estado Plano de Deformação
18

16

14
(H-h)/W = 0,300
12 (H-h)/W = 0,400
(H-h)/W = 0,500
10
(H-h)/W = 0,600

4
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 66. Fatores Ct para olhal tipo 2, modelado a partir do estado plano de deformação, com θ igual a 0º
63

3.2.2. Fatores de concentração de tensão Kt

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 0º


8

6
(H-h)/W = 0,300
(H-h)/W = 0,400
5 (H-h)/W = 0,500
(H-h)/W = 0,600
4

2
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 67. Fatores Kt para olhal tipo 2, com θ igual a 0º

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 30º


8,5

8,0

7,5

7,0

6,5 (H-h)/W = 0,300

6,0 (H-h)/W = 0,400


(H-h)/W = 0,500
5,5
(H-h)/W = 0,600
5,0

4,5

4,0
3,5

3,0
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 68. Fatores Kt para olhal tipo 2, com θ igual a 30º


64

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 60º


9,0

8,5

8,0

7,5

7,0 (H-h)/W = 0,300

6,5 (H-h)/W = 0,400


(H-h)/W = 0,500
6,0
(H-h)/W = 0,600
5,5

5,0

4,5
4,0

3,5
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 69. Fatores Kt para olhal tipo 2, com θ igual a 60º

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 90º


8,0

7,5

7,0

6,5
(H-h)/W = 0,300
6,0
(H-h)/W = 0,400
5,5 (H-h)/W = 0,500
5,0 (H-h)/W = 0,600

4,5

4,0

3,5

3,0
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 70. Fatores Kt para olhal tipo 2, com θ igual a 90º


65

• Estado Plano de Deformação

Fator de Concentração de Tensão Kt* - θ = 0º


Kt*
8
Estado Plano de Deformação

6
(H-h)/W = 0,300
(H-h)/W = 0,400
5 (H-h)/W = 0,500
(H-h)/W = 0,600
4

2
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 2R/W

Figura 71. Fatores Kt para olhal tipo 2, modelado a partir do estado plano de deformação, com θ igual a 0º

3.3. Olhal Tipo 3

Para o olhal tipo 3, considerou-se que a espessura t na análise seria correspondente a


um quinto do comprimento W.
Utilizou-se a opção de malha manual do olhal, com valores de Nh, Nb e Nt iguais a
12, 6 e 4, respectivamente. Foi utilizado o mesmo bias nas coordenadas x e y iguais a 5. Esta
configuração de malha foi escolhida pois observou-se que com ela já se tinha um bom valor
de convergência, com um tempo de análise do solver minimizado.
Foram escolhidos valores do ângulo β, entre as faces laterais, de 30º, 60º e 90º para a
plotagem dos ábacos.
66

3.3.1. Fatores de concentração de tensão Ct

• Ângulo β igual a 30º

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 0° e β = 30°


17

15

13
(H-h)/2*(D+R) = 0,30
(H-h)/2*(D+R) = 0,40
11 (H-h)/2*(D+R) = 0,50
(H-h)/2*(D+R) = 0,65
9

5
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 R/(R+D)

Figura 72. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 0º e β igual a 30º

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 30° e β = 30°

17

15

13 (H-h)/2*(D+R) = 0,30
(H-h)/2*(D+R) = 0,40

11 (H-h)/2*(D+R) = 0,50
(H-h)/2*(D+R) = 0,65

5
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 R/(R+D)

Figura 73. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 30º e β igual a 30º
67

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 60° e β = 30°

15

13

(H-h)/2*(D+R) = 0,30

11 (H-h)/2*(D+R) = 0,40
(H-h)/2*(D+R) = 0,50
(H-h)/2*(D+R) = 0,65
9

5
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 R/(R+D)

Figura 74. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 60º e β igual a 30º

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 90° e β = 30°


10

8
(H-h)/2*(D+R) = 0,30
(H-h)/2*(D+R) = 0,40
7 (H-h)/2*(D+R) = 0,50
(H-h)/2*(D+R) = 0,65
6

4
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 R/(R+D)

Figura 75. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 90º e β igual a 30º
68

• Ângulo β igual a 60º

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 0° e β = 60°


16

14

12
(H-h)/2*(D+R) = 0,30
(H-h)/2*(D+R) = 0,40
10 (H-h)/2*(D+R) = 0,50
(H-h)/2*(D+R) = 0,65
8

4
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 R/(R+D)

Figura 76. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 0º e β igual a 60º

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 30° e β = 60°


15

14

13

12
(H-h)/2*(D+R) = 0,30
11
(H-h)/2*(D+R) = 0,40
10
(H-h)/2*(D+R) = 0,50
9 (H-h)/2*(D+R) = 0,65

5
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 R/(R+D)

Figura 77. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 30º e β igual a 60º
69

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 60° e β = 60°


16

14

12
(H-h)/2*(D+R) = 0,30
(H-h)/2*(D+R) = 0,40
10 (H-h)/2*(D+R) = 0,50
(H-h)/2*(D+R) = 0,65
8

4
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 R/(R+D)

Figura 78. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 60º e β igual a 60º

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 90° e β = 60°

15

13

11 (H-h)/2*(D+R) = 0,30
(H-h)/2*(D+R) = 0,40

9 (H-h)/2*(D+R) = 0,50
(H-h)/2*(D+R) = 0,65

3
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 R/(R+D)

Figura 79. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 90º e β igual a 60º
70

• Ângulo β igual a 90º

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 0° e β = 90°


13

12

11

10
(H-h)/2*(D+R) = 0,50

9 (H-h)/2*(D+R) = 0,60
(H-h)/2*(D+R) = 0,70
8

5
0,1 0,3 0,5 0,7 0,9 R/(R+D)

Figura 80. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 0º e β igual a 90º

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 30° e β = 90°

17

15

13
(H-h)/2*(D+R) = 0,50
(H-h)/2*(D+R) = 0,60
11
(H-h)/2*(D+R) = 0,70

5
0,1 0,3 0,5 0,7 0,9 R/(R+D)

Figura 81. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 30º e β igual a 90º
71

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 60° e β = 90°

15

13

(H-h)/2*(D+R) = 0,50
11
(H-h)/2*(D+R) = 0,60
(H-h)/2*(D+R) = 0,70
9

5
0,1 0,3 0,5 0,7 0,9 R/(R+D)

Figura 82. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 60º e β igual a 90º

Ct Fator de Concentração de Tensão Ct - θ = 90° e β = 90°


7

6
(H-h)/2*(D+R) = 0,50

5 (H-h)/2*(D+R) = 0,60
(H-h)/2*(D+R) = 0,70
5

3
0,1 0,3 0,5 0,7 0,9 R/(R+D)

Figura 83. Fatores Ct para olhal tipo 3, com θ igual a 90º e β igual a 90º
72

3.3.2. Fatores de concentração de tensão Kt

• Ângulo β igual a 30º

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 0° e β = 30°


10

7 (H-h)/2*(D+R) = 0,30
(H-h)/2*(D+R) = 0,40
6 (H-h)/2*(D+R) = 0,50
(H-h)/2*(D+R) = 0,65
5

2
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 R/(R+D)

Figura 84. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 0º e β igual a 30º

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 30° e β = 30°


10

8
(H-h)/2*(D+R) = 0,30
7 (H-h)/2*(D+R) = 0,40
(H-h)/2*(D+R) = 0,50
6
(H-h)/2*(D+R) = 0,65

3
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 R/(R+D)

Figura 85. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 30º e β igual a 30º
73

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 60° e β = 30°


10

7 (H-h)/2*(D+R) = 0,30
(H-h)/2*(D+R) = 0,40
6
(H-h)/2*(D+R) = 0,50
(H-h)/2*(D+R) = 0,65
5

3
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 R/(R+D)

Figura 86. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 60º e β igual a 30º

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 90° e β = 30°


9

7
(H-h)/2*(D+R) = 0,30
6 (H-h)/2*(D+R) = 0,40
(H-h)/2*(D+R) = 0,50
5
(H-h)/2*(D+R) = 0,65

2
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 R/(R+D)

Figura 87. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 90º e β igual a 30º
74

• Ângulo β igual a 60º

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 0° e β = 60°


15

13

11
(H-h)/2*(D+R) = 0,30
9 (H-h)/2*(D+R) = 0,40
(H-h)/2*(D+R) = 0,50
7
(H-h)/2*(D+R) = 0,65

1
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 R/(R+D)

Figura 88. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 0º e β igual a 60º

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 30° e β = 60°

14

12

10 (H-h)/2*(D+R) = 0,30
(H-h)/2*(D+R) = 0,40

8 (H-h)/2*(D+R) = 0,50
(H-h)/2*(D+R) = 0,65

2
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 R/(R+D)

Figura 89. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 30º e β igual a 60º
75

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 60° e β = 60°

14

12

10 (H-h)/2*(D+R) = 0,30
(H-h)/2*(D+R) = 0,40

8 (H-h)/2*(D+R) = 0,50
(H-h)/2*(D+R) = 0,65

2
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 R/(R+D)

Figura 90. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 60º e β igual a 60º

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 90° e β = 60°

15

13

11
(H-h)/2*(D+R) = 0,30
(H-h)/2*(D+R) = 0,40
9
(H-h)/2*(D+R) = 0,50
7 (H-h)/2*(D+R) = 0,65

1
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 R/(R+D)

Figura 91. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 90º e β igual a 60º
76

• Ângulo β igual a 90º

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 0° e β = 90°


6

4 (H-h)/2*(D+R) = 0,50
(H-h)/2*(D+R) = 0,60
(H-h)/2*(D+R) = 0,70
3

1
0,1 0,3 0,5 0,7 0,9 R/(R+D)

Figura 92. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 0º e β igual a 90º

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 30° e β = 90°


7

5 (H-h)/2*(D+R) = 0,50
(H-h)/2*(D+R) = 0,60
(H-h)/2*(D+R) = 0,70
4

2
0,1 0,3 0,5 0,7 0,9 R/(R+D)

Figura 93. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 30º e β igual a 90º
77

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 60° e β = 90°


6

4 (H-h)/2*(D+R) = 0,50
(H-h)/2*(D+R) = 0,60
(H-h)/2*(D+R) = 0,70
3

1
0,1 0,3 0,5 0,7 0,9 R/(R+D)

Figura 94. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 60º e β igual a 90º

Kt Fator de Concentração de Tensão Kt - θ = 90° e β = 90°


5

3 (H-h)/2*(D+R) = 0,50
(H-h)/2*(D+R) = 0,60
(H-h)/2*(D+R) = 0,70
2

0
0,1 0,3 0,5 0,7 0,9 R/(R+D)

Figura 95. Fatores Kt para olhal tipo 3, com θ igual a 90º e β igual a 90º
78

4. CONCLUSÕES

Este trabalho possibilitou o estudo de fatores de concentração de tensão do


componente estrutural conhecido como olhal, por meio do método de elementos finitos. A
partir deste estudo, foi possível definir considerações teóricas para a construção de uma
ferramenta API, vinculada ao aplicativo de CAE MSC.vN4W.
Esta ferramenta possibilitou a geração de diversos resultados na forma de ábacos,
nos quais relacionam os valores dos fatores de concentração de tensão com as respectivas
geometrias suportadas. A partir destes, pôde-se analisar a validade das considerações teóricas
propostas para a construção de cada olhal.
Abaixo, nas figuras 96, 97 e 98, foi possível a comparação entre os resultados
provenientes deste aplicativo API e com a referência [6]. Na legenda à direita, encontram-se
referenciados os resultados calculados pelo LBA e os valores provenientes desta referência. A
referência citada calculou estes fatores utilizando um modelo de FEM em duas dimensões, ou
seja, um estado plano de deformações, sem folga entre o pino e o olhal e carregado apenas
com uma força pontual aplicada no furo, sem nenhuma distribuição especial. Não está
mencionado na referência o valor da espessura utilizado. Os dados provenientes do LBA
seguem as mesmas considerações descritas no tópico resultados.

Figura 96. Valores de Ct calculados pelo LBA e pela referência [6], para olhal tipo 1
79

Figura 97. Valores de Ct calculados pelo LBA e pela referência [6], para olhal tipo 2

Figura 98. Valores de Ct calculados pelo LBA e pela referência [6], para olhal tipo 3

Analisando as figuras, pode-se concluir que os resultados provenientes do aplicativo


são mais conservativos do que os apresentados pela referência. Era esperado este tipo de
comportamento, pois a distribuição cossenoidal do carregamento no furo, implementada como
forma de simulação do contato, amplifica o gradiente de força aplicada na direção de
aplicação, aumentado a concentração de tensão na região do furo.
80

Comparou-se os valores obtidos pelo aplicativo LBA, para os modelos dos olhais
tipo 1 e 2, com ângulo de carregamento de 0º, construídos na forma de sólido e estado plano
de deformação, conforme a tabela abaixo. O fator Kt* se refere ao estado plano de
deformação. As dimensões de geometria referentes a estes valores se encontram em anexo a
este trabalho.

Tabela 4. Valores de Kt para modelo sólido e estado plano de deformação


Olhal Tipo 1 Olhal Tipo 2
Kt Kt * Erro (%) Kt Kt * Erro (%)
7,119 6,484 8,92 7,118 6,488 8,85
5,970 5,674 4,96 6,028 5,694 5,54
5,404 5,256 2,74 5,500 5,363 2,49
5,137 5,077 1,17 5,290 5,219 1,34
5,044 4,953 1,80 5,372 5,272 1,86
5,204 5,010 3,73 6,260 6,029 3,69
6,576 5,939 9,69 6,665 6,021 9,66
5,332 5,073 4,86 5,419 5,085 6,16
4,656 4,540 2,49 4,756 4,588 3,53
4,301 4,231 1,63 4,396 4,328 1,55
4,145 4,073 1,74 4,286 4,205 1,89
4,115 4,032 2,02 4,278 4,185 2,17
4,155 4,066 2,14 4,354 4,249 2,41
4,292 4,198 2,19 4,636 4,511 2,70
6,250 5,609 10,26 6,493 5,818 10,40
4,689 4,490 4,24 4,809 4,538 5,64
3,832 3,774 1,51 3,977 3,885 2,31
3,509 3,440 1,97 3,691 3,616 2,03
3,390 3,321 2,04 3,652 3,568 2,30
3,466 3,387 2,28 3,784 3,690 2,48
3,757 3,678 2,10 4,186 4,070 2,77
4,448 4,374 1,66 5,355 5,184 3,19
6,045 5,401 10,65 6,248 5,582 10,66
4,162 4,007 3,72 4,218 4,074 3,41
3,433 3,373 1,75 3,520 3,461 1,68
3,092 3,029 2,04 3,205 3,141 2,00
2,894 2,833 2,11 3,043 2,981 2,04
2,795 2,736 2,11 2,972 2,911 2,05
2,736 2,677 2,16 3,028 2,951 2,54
2,511 2,443 2,71 3,042 2,964 2,56
Média do Erro (%): 3,45 Média do Erro (%): 3,73

O erro é calculado em relação ao valor de Kt calculado a partir do modelo sólido.


Pode observar pelos erros que, para uma espessura medindo um terço do comprimento W do
olhal, a consideração do estado plano de deformação se aproxima da modelagem sólida.
Porém, todos os valores calculados pelo modelo sólido foram mais conservativos. Este é um
81

aspecto importante, pois coloca em discussão a necessidade da modelagem de olhais em três


dimensões, considerando as deformações na espessura.
Uma modelagem em duas dimensões, utilizando elementos de placa, reduziria
drasticamente o tempo de análise do solver, produzindo resultados próximos aos do modelo
em três dimensões. Vale ressaltar que, para espessuras bem menores que o comprimento, é
esperado que o estado plano de deformações não apresente bons resultados.
A variação do ângulo de carregamento para os olhais tipo 1 e 2 influencia
consideravelmente os valores dos fatores de concentração de tensão, como é possível observar
nos ábacos e nas tabelas em anexo. Já para o olhal tipo 3 a variação deste ângulo altera pouco
os valores destes fatores. Portanto, para junções entre pinos e olhais, onde a direção de
carregamento do pino é variável, recomenda-se a utilização de olhais com configuração tipo
3.
Nas figuras 88 a 91, pode-se comprovar que a presença de pequenos furos em
relação às dimensões do olhal amplifica consideravelmente o valor do fator de concentração
de tensão. Este aspecto era previsto, pois ocorre um efeito acentuado de concentração de
tensão nesta descontinuidade, conforme descrito na introdução.
O fator de concentração de tensão Ct, o qual se inclui a área do furo, não pode ser
considerado como um fator de concentração real. Para raios do furo muito grandes, este fator
dá valores muito elevados, devido à uma área nominal maior, dando uma falsa impressão de
um acréscimo acentuado de tensão.
A utilização desta ferramenta API foi imprescindível para a boa realização deste
trabalho, já que a construção individual de cada modelo de olhal e a sua determinação do fator
de concentração de tensão seria um trabalho árduo e exaustivo, sem a utilização deste
aplicativo. Este tipo de automação no processo de construção e análise possibilitou a abertura
de novos horizontes para o projeto de componentes estruturais, pois é possível uma
otimização no tempo de projeto e custos.
Segue abaixo algumas sugestões de trabalhos futuros, para a complementação do
estudo de olhais apresentadas neste trabalho:
• Utilização de elementos de contato na modelagem de FEM;
• Estudo de olhais com configurações diferentes das apresentadas;
• Estudo do efeito de atrito entre o pino e o olhal;
• Relação de contato entre o pino e olhal, sendo ambos de materiais diferentes;
• Relação entre a espessura de olhais e fatores de concentração de tensão.
82

BIBLIOGRAFIA

[1] DOWLING, Norman E. Mechanical behavior of materials: engineering methods for


deformation, fracture and fatigue. Prentice Hall, 1993.
[2] BROEK, David. Elementary engineering fracture mechanics. Noordhoff International
Publishing Leyden, 1974.
[3] HEYWOOD, R. B. Designing against fatigue. Chapman and Hall Ltd., 1962.
[4] PINTO, Renato Ruas. Metodologia de projeto de olhais em estruturas aeronáuticas.
Instituto Tecnológico de Aeronáutica, 2002.
[5] MSC SOFTWARE CORPORATION. API Reference Guide Version 2003. Arquivo
disponível na instalação do software MSC Visual Nastran for Windows 2003.
[6] AEROSPATIALE. Fatigue Manual: Kt in Yokes. Aerospatiale, 1998.
[7] AIRBUS. Fatigue and Damage Tolerance Guidelines. Airbus, 1993.
[8] COX, H. L, BROWN, A. F. C. Stress Round Pins in Holes. The Aeronautical Quarterly,
1964.
[9] GREGORY, R. D. Stress Concentration Around a Loaded Bolt in an Axially Loaded Bar.
Proc. Camb. Phil. Soc. 1968.
[10] SKIVAKUMAR, K. N. NEWMAN, J. C. Stress Concentration for Plain and
Countersunk Holes in Plates Subjected to Tension, Bending and Pin Loading. NASA
Technical Paper 3192, 1992.
[11] PILKEY, Walter D. Peterson’s Stress Concentration Factors. John Wiley and Sons Inc.,
1997.
[12] TIMOSHENKO, Stephen. Theory of Plates and Shells. McGraw-Hill Companies,
1951.
[13] ESDU 81006. Stress Concentration Factors axially loaded lugs with clearance-fit pins.
ESDU, 1981.
83

ANEXOS

Anexo 1. Valores de construção para olhal tipo 1


Os valores Ct* e Kt* se referem ao modelo construído baseado no estado plano de
deformações.

Tabela 5. Parâmetros fixos para razão (H-h)/W = 0,300


Valores Geométricos
W 0,150
H 0,165
H 0,120
T 0,050
Razão (H-h)/W 0,300

Tabela 6. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para razão (H-h)/W =


0,300
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º θ = 0º
R 2R/W Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct * Kt *
0,010 0,133 8,214 7,119 7,875 6,825 7,986 6,921 8,653 7,500 7,481 6,484
0,015 0,200 7,463 5,970 7,269 5,815 6,796 5,437 7,492 5,993 7,093 5,674
0,020 0,267 7,369 5,404 7,151 5,244 6,828 5,007 7,121 5,222 7,168 5,256
0,025 0,333 7,706 5,137 7,669 5,113 7,803 5,202 7,234 4,822 7,615 5,077
0,030 0,400 8,407 5,044 9,161 5,497 9,779 5,868 7,911 4,746 8,255 4,953
0,035 0,467 9,757 5,204 12,863 6,860 13,465 7,181 8,885 4,739 9,394 5,010

Tabela 7. Parâmetros fixos para razão (H-h)/W = 0,400


Valores Geométricos
W 0,150
H 0,180
H 0,120
t 0,050
Razão (H-h)/W 0,400

Tabela 8. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para razão (H-h)/W =


0,400
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º θ = 0º
R 2R/W Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct * Kt *
0,010 0,133 7,588 6,576 7,302 6,329 6,806 5,899 7,713 6,684 6,853 5,939
0,015 0,200 6,665 5,332 6,490 5,192 5,812 4,649 6,784 5,428 6,341 5,073
0,020 0,267 6,349 4,656 6,136 4,500 6,079 4,458 6,546 4,800 6,190 4,540
0,025 0,333 6,451 4,301 6,264 4,176 6,527 4,351 6,699 4,466 6,347 4,231
0,030 0,400 6,908 4,145 6,692 4,015 7,199 4,320 7,257 4,354 6,788 4,073
0,035 0,467 7,715 4,115 7,557 4,030 8,137 4,340 8,039 4,287 7,561 4,032
0,040 0,533 8,903 4,155 8,709 4,064 9,464 4,416 9,098 4,246 8,712 4,066
0,045 0,600 10,730 4,292 11,462 4,585 13,052 5,221 10,519 4,207 10,496 4,198
84

Tabela 9. Parâmetros fixos para razão (H-h)/W = 0,500


Valores Geométricos
W 0,150
H 0,195
H 0,120
t 0,050
Razão (H-h)/W 0,500

Tabela 10. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para razão (H-h)/W =
0,500
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º θ = 0º
R 2R/W Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct * Kt *
0,010 0,133 7,212 6,250 6,999 6,066 6,010 5,209 7,021 6,085 6,472 5,609
0,017 0,227 6,063 4,689 5,862 4,533 5,485 4,242 6,117 4,730 5,806 4,490
0,025 0,333 5,748 3,832 5,637 3,758 6,105 4,070 6,281 4,187 5,661 3,774
0,033 0,440 6,265 3,509 6,175 3,458 7,136 3,996 7,265 4,068 6,143 3,440
0,041 0,547 7,478 3,390 7,688 3,485 8,731 3,958 8,678 3,934 7,325 3,321
0,049 0,653 9,998 3,466 10,641 3,689 11,737 4,069 10,960 3,800 9,770 3,387
0,057 0,760 15,655 3,757 17,422 4,181 18,579 4,459 15,773 3,785 15,324 3,678

Tabela 11. Parâmetros fixos para razão (H-h)/W = 0,600


Valores Geométricos
W 0,150
H 0,210
H 0,120
t 0,050
Razão (H-h)/W 0,600

Tabela 12. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para razão (H-h)/W =
0,600
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º θ = 0º
R 2R/W Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct * Kt *
0,010 0,133 6,974 6,045 6,819 5,909 5,494 4,762 6,435 5,577 6,232 5,401
0,019 0,253 5,574 4,162 5,439 4,061 5,322 3,974 5,731 4,279 5,366 4,007
0,027 0,360 5,364 3,433 5,400 3,456 6,037 3,864 6,126 3,921 5,270 3,373
0,035 0,467 5,797 3,092 5,963 3,180 7,153 3,815 7,111 3,793 5,680 3,029
0,043 0,573 6,782 2,894 7,380 3,149 8,749 3,733 8,546 3,646 6,640 2,833
0,051 0,680 8,735 2,795 10,457 3,346 12,122 3,879 10,921 3,495 8,551 2,736
0,059 0,787 12,823 2,736 17,201 3,670 19,715 4,206 16,202 3,456 12,546 2,677
85

Anexo 2. Valores de construção para olhal tipo 2


Os valores Ct* e Kt* se referem ao modelo construído baseado no estado plano de
deformações.

Tabela 13. Parâmetros fixos para razão (H-h)/W = 0,300


Valores Geométricos
W 0,150
H 0,165
H 0,120
t 0,050
Rf 0,045
Razão (H-h)/W 0,300

Tabela 14. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para razão (H-h)/W =
0,300
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º θ = 0º
R 2R/W Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct * Kt *
0,010 0,133 8,213 7,118 7,775 6,738 8,562 7,421 8,705 7,544 7,487 6,488
0,015 0,200 7,535 6,028 7,445 5,956 7,483 5,986 7,521 6,017 7,117 5,694
0,020 0,267 7,499 5,500 7,836 5,746 7,560 5,544 7,172 5,259 7,313 5,363
0,025 0,333 7,934 5,290 8,854 5,903 8,593 5,729 7,299 4,866 7,828 5,219
0,030 0,400 8,953 5,372 10,801 6,480 10,841 6,504 8,037 4,822 8,786 5,272
0,035 0,467 11,737 6,260 15,089 8,048 15,508 8,271 9,164 4,887 11,305 6,029

Tabela 15. Parâmetros fixos para razão (H-h)/W = 0,400


Valores Geométricos
W 0,150
H 0,180
H 0,120
t 0,050
Rf 0,060
Razão (H-h)/W 0,400

Tabela 16. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para razão (H-h)/W =
0,400
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º θ = 0º
R 2R/W Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct * Kt *
0,010 0,133 7,690 6,665 7,229 6,265 7,298 6,325 7,776 6,739 6,947 6,021
0,015 0,200 6,774 5,419 6,515 5,212 6,225 4,980 6,827 5,461 6,356 5,085
0,020 0,267 6,485 4,756 6,417 4,706 6,186 4,536 6,613 4,849 6,256 4,588
0,025 0,333 6,594 4,396 6,910 4,607 6,736 4,490 6,768 4,512 6,492 4,328
0,030 0,400 7,143 4,286 7,771 4,662 7,469 4,481 7,403 4,442 7,009 4,205
0,035 0,467 8,021 4,278 9,115 4,861 8,518 4,543 8,271 4,411 7,847 4,185
0,040 0,533 9,330 4,354 11,147 5,202 10,567 4,931 9,337 4,357 9,105 4,249
0,045 0,600 11,591 4,636 14,487 5,795 14,097 5,639 10,984 4,394 11,278 4,511
86

Tabela 17. Parâmetros fixos para razão (H-h)/W = 0,500


Valores Geométricos
W 0,150
H 0,195
H 0,120
t 0,050
Rf 0,075
Razão (H-h)/W 0,500

Tabela 18. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para razão (H-h)/W =
0,500
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º θ = 0º
R 2R/W Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct * Kt *
0,010 0,133 7,492 6,493 7,041 6,102 6,530 5,659 7,070 6,127 6,713 5,818
0,017 0,227 6,219 4,809 6,005 4,644 5,589 4,322 6,194 4,790 5,869 4,538
0,025 0,333 5,965 3,977 6,233 4,155 6,332 4,221 6,356 4,237 5,827 3,885
0,033 0,440 6,591 3,691 7,310 4,094 7,478 4,187 7,418 4,154 6,458 3,616
0,041 0,547 8,055 3,652 9,401 4,262 9,443 4,281 8,924 4,045 7,870 3,568
0,049 0,653 10,914 3,784 13,540 4,694 13,412 4,649 11,515 3,992 10,645 3,690
0,057 0,760 17,441 4,186 23,599 5,664 23,360 5,606 18,223 4,374 16,956 4,070

Tabela 19. Parâmetros fixos para razão (H-h)/W = 0,600


Valores Geométricos
W 0,150
H 0,210
H 0,120
t 0,050
Rf 0,075
Razão (H-h)/W 0,600

Tabela 20. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para razão (H-h)/W =
0,600
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º θ = 0º
R 2R/W Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct * Kt *
0,010 0,133 7,210 6,248 6,859 5,944 5,832 5,054 6,480 5,616 6,441 5,582
0,019 0,253 5,650 4,218 5,554 4,147 5,402 4,034 5,752 4,295 5,456 4,074
0,027 0,360 5,501 3,520 5,671 3,629 6,146 3,933 6,158 3,941 5,407 3,461
0,035 0,467 6,009 3,205 6,558 3,498 7,263 3,874 7,238 3,861 5,890 3,141
0,043 0,573 7,132 3,043 8,215 3,505 9,057 3,864 8,732 3,726 6,986 2,981
0,051 0,680 9,289 2,972 11,542 3,694 12,722 4,071 11,142 3,566 9,096 2,911
0,059 0,787 14,192 3,028 18,917 4,036 21,410 4,567 17,210 3,671 13,835 2,951
87

Anexo 3. Valores de construção para olhal tipo 3

• Valor β = 30º:

Tabela 21. Parâmetros fixos para β = 30º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,300


Valores Geométricos
W 0,300
H 0,146
H 0,090
T 0,060
Beta (º) 30
D+R 0,094
(H-h)/2*(D+R) 0,299

Tabela 22. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 30º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,300
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º
R R/(D+R) Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt
0,010 0,107 10,125 9,043 10,519 9,395 10,816 9,661 9,543 8,524
0,019 0,203 8,208 6,541 8,458 6,741 7,817 6,230 5,997 4,780
0,028 0,299 8,103 5,679 8,737 6,123 7,722 5,412 5,005 3,508
0,037 0,395 9,500 5,745 10,942 6,616 9,695 5,863 5,322 3,218
0,046 0,491 16,967 8,628 17,682 8,992 15,186 7,722 7,494 3,811

Tabela 23. Parâmetros fixos para β = 30º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,400


Valores Geométricos
W 0,300
H 0,183
h 0,090
t 0,060
Beta (º) 30
D+R 0,116
(H-h)/2*(D+R) 0,400

Tabela 24. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 30º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,400
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º
R R/(D+R) Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt
0,014 0,120 8,935 7,858 8,579 7,545 8,517 7,491 8,501 7,477
0,022 0,189 7,350 5,959 7,258 5,884 6,758 5,479 6,657 5,397
0,030 0,258 6,719 4,984 6,967 5,168 6,247 4,634 5,714 4,239
0,038 0,327 6,694 4,505 7,271 4,894 6,452 4,342 5,175 3,483
0,046 0,396 7,022 4,242 7,972 4,817 7,082 4,278 4,969 3,002
0,054 0,465 7,675 4,108 9,154 4,900 8,237 4,409 5,143 2,753
88

Tabela 25. Parâmetros fixos para β = 30º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,500


Valores Geométricos
W 0,300
H 0,212
H 0,090
T 0,060
Beta (º) 30
D+R 0,122
(H-h)/2*(D+R) 0,502

Tabela 26. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 30º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,500
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º
R R/(D+R) Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt
0,014 0,115 8,785 7,773 7,883 6,975 7,588 6,714 8,853 7,833
0,022 0,181 7,036 5,763 6,529 5,348 6,065 4,968 6,899 5,651
0,030 0,247 6,209 4,677 6,067 4,570 5,734 4,319 5,892 4,439
0,038 0,313 5,844 4,018 6,090 4,187 5,764 3,963 5,304 3,647
0,046 0,378 5,825 3,621 6,363 3,956 5,936 3,691 5,019 3,120
0,054 0,444 6,038 3,357 6,905 3,839 6,322 3,514 5,098 2,834

Tabela 27. Parâmetros fixos para β = 30º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,650


Valores Geométricos
W 0,300
H 0,248
h 0,090
t 0,060
Beta (º) 30
D+R 0,122
(H-h)/2*(D+R) 0,650

Tabela 28. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 30º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,650
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º
R R/(D+R) Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt
0,014 0,115 8,637 7,642 7,679 6,795 6,553 5,798 8,821 7,805
0,022 0,181 6,813 5,580 6,243 5,113 5,858 4,798 6,862 5,620
0,030 0,247 5,879 4,429 5,542 4,174 5,665 4,267 5,848 4,405
0,038 0,313 5,394 3,708 5,467 3,758 5,673 3,900 5,251 3,610
0,046 0,378 5,186 3,224 5,592 3,476 5,807 3,610 4,944 3,073
0,054 0,444 5,229 2,907 5,926 3,294 6,133 3,409 4,979 2,768
89

• Valor β = 60º:

Tabela 29. Parâmetros fixos para β = 60º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,300


Valores Geométricos
W 0,300
H 0,115
H 0,090
T 0,060
Beta (º) 60
D+R 0,041
(H-h)/2*(D+R) 0,304

Tabela 30. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 60º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,300
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º
R R/(D+R) Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt
0,004 0,097 8,936 8,066 10,828 9,775 11,920 10,760 10,696 9,655
0,009 0,219 7,631 5,960 8,309 6,490 7,824 6,111 6,160 4,811
0,014 0,341 8,162 5,383 8,825 5,820 7,655 5,048 4,990 3,291
0,019 0,462 12,192 6,557 12,724 6,843 10,184 5,477 5,636 3,031

Tabela 31. Parâmetros fixos para β = 60º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,400


Valores Geométricos
W 0,300
H 0,152
H 0,090
T 0,060
Beta (º) 60
D+R 0,077
(H-h)/2*(D+R) 0,401

Tabela 32. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 60º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,400
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º
R R/(D+R) Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt
0,003 0,039 14,165 13,616 14,340 13,783 15,123 14,537 15,484 14,884
0,013 0,168 7,662 6,374 7,616 6,336 7,360 6,123 6,196 5,154
0,023 0,297 6,411 4,504 6,636 4,662 5,941 4,174 4,586 3,222
0,033 0,427 6,565 3,764 7,321 4,197 6,516 3,736 4,022 2,306
0,043 0,556 8,137 3,613 9,994 4,437 9,006 3,999 4,774 2,120
0,049 0,634 10,936 4,007 13,761 5,042 12,388 4,539 6,221 2,280
90

Tabela 33. Parâmetros fixos para β = 60º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,500


Valores Geométricos
W 0,300
H 0,175
H 0,090
T 0,060
Beta (º) 60
D+R 0,085
(H-h)/2*(D+R) 0,501

Tabela 34. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 60º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,500
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º
R R/(D+R) Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt
0,003 0,035 14,871 14,345 14,660 14,142 13,327 12,856 14,017 13,522
0,013 0,153 7,926 6,712 7,412 6,277 6,952 5,887 6,587 5,578
0,023 0,271 6,124 4,465 6,068 4,424 5,408 3,943 4,953 3,612
0,033 0,389 5,692 3,480 6,121 3,742 5,436 3,323 4,288 2,621
0,043 0,506 6,076 2,999 7,179 3,543 6,355 3,136 4,174 2,060
0,053 0,624 7,375 2,771 9,508 3,573 8,399 3,156 4,593 1,726

Tabela 35. Parâmetros fixos para β = 60º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,650


Valores Geométricos
W 0,300
H 0,200
H 0,090
T 0,060
Beta (º) 60
D+R 0,085
(H-h)/2*(D+R) 0,648

Tabela 36. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 60º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,650
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º
R R/(D+R) Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt
0,003 0,035 15,207 14,670 14,807 14,284 12,249 11,817 12,199 11,768
0,013 0,153 7,864 6,660 7,566 6,408 6,263 5,304 6,571 5,565
0,023 0,271 5,831 4,251 5,971 4,353 4,995 3,642 4,925 3,591
0,033 0,389 5,218 3,190 5,746 3,513 5,012 3,064 4,247 2,596
0,043 0,506 5,284 2,608 6,449 3,183 5,665 2,796 4,096 2,022
0,053 0,624 6,076 2,283 8,166 3,068 7,319 2,750 4,438 1,668
91

• Valor β = 90º:

Tabela 37. Parâmetros fixos para β = 90º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,500


Valores Geométricos
W 0,300
H 0,132
h 0,090
t 0,060
Beta (º) 90
D+R 0,042
(H-h)/2*(D+R) 0,495

Tabela 38. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 90º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,500
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º
R R/(D+R) Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt
0,009 0,212 6,981 5,500 7,307 5,757 6,539 5,151 5,231 4,121
0,014 0,330 5,983 4,008 6,356 4,258 5,582 3,740 3,960 2,653
0,019 0,448 5,862 3,236 6,485 3,580 5,709 3,151 3,564 1,967
0,024 0,566 6,480 2,813 7,592 3,296 6,650 2,887 3,655 1,587
0,029 0,684 8,122 2,569 10,238 3,238 8,928 2,824 4,467 1,413
0,034 0,802 12,401 2,460 17,521 3,476 15,059 2,987 6,572 1,304

Tabela 39. Parâmetros fixos para β = 90º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,600


Valores Geométricos
W 0,300
H 0,141
H 0,090
T 0,060
Beta (º) 90
D+R 0,042
(H-h)/2*(D+R) 0,601

Tabela 40. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 90º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,600
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º
R R/(D+R) Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt
0,009 0,212 6,893 5,431 7,462 5,879 6,426 5,063 4,903 3,863
0,014 0,330 5,741 3,847 6,273 4,203 5,490 3,678 3,709 2,485
0,019 0,448 5,479 3,025 6,168 3,406 5,469 3,020 3,255 1,798
0,024 0,566 5,826 2,530 6,903 2,998 6,251 2,715 3,337 1,449
0,029 0,684 6,957 2,202 8,963 2,836 8,237 2,607 4,183 1,324
0,033 0,778 7,031 1,562 10,402 2,311 9,426 2,094 4,375 0,972
92

Tabela 41. Parâmetros fixos para β = 90º e razão (H-h)/2*(D+R) = 0,700


Valores Geométricos
W 0,300
H 0,149
h 0,090
t 0,060
Beta (º) 90
D+R 0,042
(H-h)/2*(D+R) 0,695

Tabela 42. Parâmetros variáveis e fatores de concentração de tensão para β = 90º e razão (H-
h)/2*(D+R) = 0,700
Fatores de Concentração de Tensão
θ = 0º θ = 30º θ = 60º θ = 90º
R R/(D+R) Ct Kt Ct Kt Ct Kt Ct Kt
0,009 0,212 6,981 5,500 7,721 6,083 6,644 5,235 4,932 3,886
0,014 0,330 5,780 3,873 6,424 4,304 5,618 3,764 3,643 2,441
0,019 0,448 5,493 3,033 6,266 3,460 5,566 3,074 3,145 1,736
0,024 0,566 5,821 2,528 6,967 3,026 6,341 2,754 3,387 1,471
0,029 0,684 5,873 1,859 7,501 2,374 7,616 2,410 4,187 1,325
0,034 0,801 8,778 1,743 11,584 2,301 10,069 2,000 4,850 0,963
FOLHA DE REGISTRO DO DOCUMENTO
1. 2. 3. 4.
CLASSIFICAÇÃO/TIPO DATA DOCUMENTO N° N° DE PÁGINAS

TC 15 de outubro de 2004 CTA/ITA-IEM/TC-002/2004 106


5.
TÍTULO E SUBTÍTULO:
Determinação de fatores de concentração de tensão de olhais

6.
AUTOR(ES):

Frederico Igor Leite Faber


7. INSTITUIÇÃO(ÕES)/ÓRGÃO(S) INTERNO(S)/DIVISÃO(ÕES):
Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Divisão de Engenharia Mecânica-Aeronáutica – ITA/IEM

8.
PALAVRAS-CHAVE SUGERIDAS PELO AUTOR:

Olhal , Fator de concentração de tensão, API, Nastran, Fadiga, CAE, Visual Basic.

9.PALAVRAS-CHAVE RESULTANTES DE INDEXAÇÃO:


Olhais (elemento de máquinas); Concentração de tensão; Cálculo estrutural; Elementos de máquinas;
Resistência à fadiga; Método de elementos finitos; Engenharia de materiais; Engenharia mecânica
10.
APRESENTAÇÃO: X Nacional Internacional
Trabalho de Graduação, ITA, São José dos Campos, 2004. 106 páginas.

11.
RESUMO:

Este trabalho tem como objetivo determinar os fatores de concentração de tensão de olhais,
elementos estruturais para ligação através de pinos, com total transferência de carga. Para tanto, foi
desenvolvida uma ferramenta computacional, na linguagem de programação Visual Basic, associada ao
software de CAE, MSC Visual Nastran for Windows 2003. O cálculo deste fator é fundamental para uma
análise de resistência à fadiga desse tipo de componente. Porém, em virtude das características de
geometria, carregamento e sua transferência, são necessárias considerações teóricas mais robustas para a
modelagem via elementos finitos Todas estas considerações e a forma como foram implementas nesta
ferramenta são apresentadas ao longo do desenvolvimento do trabalho. Este aplicativo, integrado ao
software MSC Visual Nastran for Windows 2003, terá grande utilidade para a empresa Embraer S.A. no
pré-dimensionamento e análise estrutural estática, assim como à fadiga, de olhais.

12.
GRAU DE SIGILO:

(X ) OSTENSIVO ( ) RESERVADO ( ) CONFIDENCIAL ( ) SECRETO

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