Parte 2 · Módulo 2 2. O espaço português – a consolidação de um reino cristão ibérico 2.3. O país urbano e concelhio 2.4. O poder régio, fator estruturante da coesão interna do reino
Grupo I - Cidade-sede de bispado, visível pela presença da
Questão 1 Sé Catedral de Évora, “com os seus cónegos, os A carta de foral é: cabidos de cónegos seculares, as escolas…”; c) o diploma emanado do rei ou de um senhor laico - Concentração das minorias étnico-religiosas em ou eclesiástico, no qual se estabelecem as regras e bairros próprios, a judiaria e mouraria dentro de os direitos dos moradores de um concelho. muros; - Toponímia reveladora de divisão e especialização Questão 2 socioprofissional da mão de obra eborense Associar os excertos, apresentados na coluna A, (ex.: “Rua dos Mercadores” e “Rua da Selaria”); aos deveres e direitos dos vizinhos de Évora, que - Presença das ordens mendicantes, atestada nos constam da coluna B. conventos de S. Domingos e S. Francisco. a) 5; b) 1; c) 2; d) 8; e) 7 Questão 2 Questão 3 Explicitar, a partir do Doc. 2, dois aspetos Explicar, com base no texto, duas vantagens que a reveladores da autonomia administrativa Coroa obteve com a concessão da carta de foral a concelhia. Évora. (Escolher dois) - Povoamento e administração da cidade (“… - Concessão de autonomia administrativa aos quere-mos restaurar e povoar Évora que concelhos pelo rei ou por um senhor laico ou conquistamos aos sarracenos”). eclesiástico, através de uma carta de foral. - Defesa e expansão do território conquistado aos - Autonomia administrativa patente nas muçulmanos (“… duas partes dos cavaleiros vão deliberações tomadas na Assembleia dos Vizinhos, para o fossado…”). validadas pelo selo concelhio (Doc. 2). - Autonomia administrativa patente na escolha dos Questão 4 magistrados concelhios pela Assembleia dos Referir, a partir do texto, dois exemplos de Vizinhos, pertencentes à elite social do concelho e afirmação das elites urbanas. promovidos a cavaleiros-vilãos, como o que figura - Os cavaleiros-vilãos (proprietários de terras e gado no selo do concelho (Doc. 2). ou mercadores) tinham direito a tratamento - Existência do pelourinho, símbolo da autonomia judicial reservado aos poderosos e infanções, não municipal, nomeadamente do poder concelhio de podendo receber açoites e, do ponto de vista administração da justiça. fiscal, estavam isentos do pagamento de alguns impostos. Questão 3 - Os cavaleiros-vilãos constituíam a elite política, Referir o nome do magistrado local responsável monopolizando as magistraturas municipais e a pela guarda do selo e da bandeira do concelho própria composição da Assembleia dos Vizinhos. (Doc. 2). Chanceler. Grupo II Questão 1 Questão 4 Identificar, na planta de Évora (Doc. 1), quatro De acordo com o Doc. 1, localizam-se no arrabalde marcas de urbanidade, partindo do texto do Doc. 3. de Évora: (Escolher quatro) b) os bairros das minorias étnico-religiosas e as - Cintura de muralhas reveladora do carácter ordens mendicantes. urbano de Évora e do seu papel na defesa do território; Questão 5 As portas e postigos da muralha (Doc. 1) destinavam-se: Um novo Tempo da História, 10.º ano – Soluções do Caderno do Aluno d) à segurança e à cobrança de impostos pela podendo ser tolerados dentro de muros (Docs. 1 e circulação de mercadorias. 3). - Topografia urbana frequentemente desordenada Questão 6 e labiríntica, com ruas estreitas, sombrias e fétidas Desenvolver o tema: (Doc. 1). O dinamismo urbano no Portugal medieval - Distribuição dos ofícios ou mesteres por ruas Introdução: Durante a Idade Média, Portugal, próprias. maioritariamente rural e senhorial, coexistiu com um país urbano, de cidades e vilas concelhias, que Exercício comunitário dos poderes concelhios impulsionou o desenvolvimento do reino. (Escolher três) Fatores da multiplicação de cidades e vilas - Cartas de foral dotam os concelhos de maior ou concelhias menor autonomia, atribuindo aos seus habitantes (Escolher três) (vizinhos) a administração dos assuntos - Processo da Reconquista, com integração de comunitários. territórios muçulmanos marcadamente urbanos - Administração concelhia exercida na Assembleia (Doc. 1); de Vizinhos – órgão deliberativo do concelho – - Itinerância da corte régia, com seu séquito de que, através das posturas municipais, funcionários e letrados, serviços burocráticos e regulamentava a vida económica e social do forças militares, dinamizou as urbes para onde se concelho. transferia. - Administração concelhia a cargo dos magistrados - Acolhimento permanente de um bispo, tornando- locais (alcaides ou juízes, almotacés, procurador e se sede de bispado, com Sé (Doc. 1) e paço chanceler − guardador do selo e bandeira do episcopal. concelho − Doc. 2), escolhidos pela Assembleia do - Instituição de concelhos perfeitos ou urbanos Vizinhos. (localizados maioritariamente na Beira Interior, - Administração concelhia patente no exercício da Estremadura e Alentejo), através de uma carta de justiça, simbolizado pelo pelourinho. foral, concedendo aos seus habitantes significativos privilégios judiciais e fiscais e autonomia administrativa (Doc. 2). Grupo III - Presença de mercadores europeus nas cidades e Questão 1 vilas portuguesas (sobretudo a partir do séc. XII), A expressão “pela graça de Deus” (linha 1, Doc. 1) num eixo norte-sul paralelo à costa atlântica. atesta: a) o direito divino da monarquia portuguesa. Organização do espaço citadino (Escolher três) Questão 2 - Cidade medieval envolta numa cintura de As inquirições régias: muralhas (Doc. 1), separando o espaço urbano dos c) averiguaram a situação das propriedades e dos bairros extramuros (arrabaldes) (Doc. 1). direitos e rendas do rei nos seus reguengos. - Cidade ou vila concelhia constituída por um núcleo central, onde residiam as elites locais e dirigentes Questão 3 e onde se localizava o castelo, a praça principal, o Referir, a partir do Doc. 1, dois motivos que maior mercado, a sé ou igreja, o paço episcopal, os determinaram as inquirições régias. paços do concelho e as moradias dos mercadores (Escolher dois) abastados (Docs. 1 e 3); pelo restante espaço - Usurpações territoriais feitas por nobres e urbano habitado por artífices ou mesteirais, com eclesiásticos, convertendo propriedades do rei (os as suas oficinas, e por mercadores (Docs. 1 e 3). reguengos) e de particulares (os alódios) em - Existência de arrabaldes, nos quais se localizavam honras e coutos. os ofícios poluentes, as ordens mendicantes - Determinação dos direitos e rendas devidos ao rei aquando da sua instalação, as minorias étnico- nos seus reguengos. religiosas por vezes, os pedintes e os marginais. - Exercício indevido do poder público ou político em - Existência do termo, vasto território sobre o qual simples domínios senhoriais, que levava os a cidade ou vila concelhia exercia jurisdição, senhores a apropriarem-se de direitos devidos ao impunha obrigações fiscais ou militares e retirava rei. as subsistências. - Instalação das minorias étnico-religiosas – judeus e mouros – em bairros próprios extramuros, Um novo Tempo da História, 10.º ano – Soluções do Caderno do Aluno do território português, dividindo-o em comarcas (subdivididas em julgados e estes em Questão 4 almoxarifados), onde funcionários régios Explicar, a partir do Doc. 2, a entrada dos (meirinhos, corregedores, juízes, mordomos e vereadores nos concelhos. almoxarifes) superintendiam a cobrança das - Preocupação régia com a exploração económica rendas e direitos devidos à Coroa, quer nos do reino: “… propriedades e herdades… se são reguengos quer nos senhorios e nos concelhos. aproveitados como devem”. - Para controlo e impedimento de abusos e - Preocupação da autoridade régia com a ameaças às prerrogativas régias por parte dos administração local levou o rei D. Afonso III a concelhos, o rei nomeava, ainda, os juízes de fora estabelecer uma nova organização administrativa e os vereadores do concelho (Doc. 2).
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