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Economia para Direito Livro-Texto
Economia para Direito Livro-Texto
CURSO DE DIREITO
1
2
Ricardo Antonio Lucas Camargo
Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Doutor em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais
Membro do Instituto Brasileiro de Advocacia Pública e da Fundação
Brasileira de Direito Econômico
3
© Ricardo Antonio Lucas Camargo
CATALOGAÇÃO NA FONTE
Diagramação e Arte:
PENA – Composição e Arte
Fone: (51) 3434-2641
CNPJ 94618667/0001-04
Porto Alegre - RS
4
ÍNDICE
Apresentação .................................................................................. 07
1. Introdução .................................................................................. 11
3. Necessidade ................................................................................ 19
3.1. Conceito ............................................................................... 19
3.2. Classificação......................................................................... 19
3.3. Aplicações no Direito ........................................................... 24
4. Bem ............................................................................................ 27
4.1. Conceito ............................................................................... 27
4.2. Classificação......................................................................... 27
4.3. Aplicações no Direito ........................................................... 31
5. Utilidade ..................................................................................... 33
5.1. Conceito ............................................................................... 33
5.2. Classificação......................................................................... 33
5.3. Aplicações no Direito ........................................................... 39
6. Valor .......................................................................................... 41
6.1. Conceito ............................................................................... 41
6.2. Explicações teóricas – utilidade, trabalho e outras ................ 41
6.3. Aplicações no Direito ........................................................... 44
7. Interesse ..................................................................................... 47
7.1. Conceito ............................................................................... 47
5
7.2. Classificação......................................................................... 47
7.3. Aplicações no Direito ........................................................... 49
8. Fatos Econômicos Fundamentais ................................................ 51
8.1. Produção ............................................................................... 52
8.1.1. Recursos naturais ............................................................ 53
8.1.2. Trabalho ......................................................................... 61
8.1.3. Capital ............................................................................ 73
8.1.4. Empresa .......................................................................... 84
8.2. Circulação............................................................................. 92
8.2.1. Circulação física e circulação econômica........................ 92
8.2.2. Mercado – concorrência, concentração, preços ............... 93
8.2.3. Moeda, inflação e crédito ................................................ 98
8.2.4. Elasticidade da procura e da oferta ............................... 107
8.2.5. Equilíbrio econômico .................................................... 111
8.2.6. “Falhas” de mercado ..................................................... 120
8.3. Repartição........................................................................... 131
8.3.1. Renda............................................................................ 134
8.3.2. Juro ............................................................................... 135
8.3.3. Lucro ............................................................................ 139
8.3.4. Salário .......................................................................... 147
8.4. Consumo............................................................................. 153
8.4.1. Fatos econômicos relacionados ao consumo ................. 153
8.4.2. Identificação do consumo a partir da caracterização
dos bens ............................................................................... 158
8.4.3. Consumidor .................................................................. 159
8.4.4. “Efeitos” do consumo ................................................... 159
7
interdisciplinaridade da abordagem no Campo Jurídico e no Campo
Econômico, razão pela qual as cadeiras do Direito Econômico e da
Economia Política costumam ser entendidas como uma e mesma
disciplina, travestidas de Economia do Direito. Contudo, não o são, e
bem o demonstra o Autor.
Para que o estatuto teórico e a aplicação prática de ambas as cá-
tedras recebam o devido tratamento nas salas de aula, de modo a
propiciar ao acadêmico o entendimento daquilo que as aproxima e as
distinguem, o Professor Ricardo ocupou-se em consolidar e sistema-
tizar os apontamentos dos estudantes, a partir do programa de Eco-
nomia Política. A estes, adicionou sólidos e tradicionais argumentos
de autoridade, expressos na rica bibliografia que pesquisou cuidado-
samente, tarefa sobre a qual se debruçou preocupado em não imiscuir
em uma o que é próprio de outra, tal qual Hans Kelsen, que lhe serve
de guia epistemológico.
Deste modo, adotando o purismo vestido nos conceitos, o Autor,
partindo das anotações frutos do saber de suas preleções curricula-
res, construiu este instrumento facilitador das relações de ensino-
aprendizagem, evidenciando sua vocação de mestre e realizando o
que a boa didática orienta nas definições de um projeto pedagógico.
Como diz nas folhas iniciais, sabedor da fatalidade ideológica
que é própria da relação disciplinar de que se trata, resulta da leitura
deste texto que o Mestre cumpriu sua promessa de não adentrar a
arena dos interesses cifrados em pretensa neutralidade conceitual.
Anunciou seus propósitos de não instrumentalizar justificativas valo-
rativas ou à liberdade de mercado ou à intervenção estatal, mas dei-
xou claro e objetivamente para a que fins servem a Economia Políti-
ca, o Direito Econômico e a Economia do Direito.
Ainda que as disputas ideológicas estejam acobertadas nas me-
didas governamentais e nas relações de mercado, o que é da natureza
do exercício do poder e da clivagem dos interesses nas sociedades
complexas e desiguais, o tema de uma justiça tridimensional foi pro-
positalmente afastado pelo Professor neste texto. Mesmo que esteja
latente nos ensinamentos vertidos pelo Autor na sala de aula. A con-
cepção desta justiça, qual seja, a que distribui os bens da vida, reco-
nhece a legitimidade desta distribuição e autoriza a participação de
todos os cidadãos da Nação a usufruírem as fatias do bolo econômi-
co (Nancy Fraser).
8
Tarefa proposta e cumprida, a Universidade realizou sua missão
através do trabalho do Professor Ricardo Camargo, que tive o prazer
de ler e a amizade em apresentar e ao qual desejo profícuo aprovei-
tamento nas relações de ensino-aprendizagem, proporcionando a
acumulação de experiências didáticas que o levem a novos desafios e
resultados.
Em Porto Alegre, outubro de 2011
9
10
1. INTRODUÇÃO
11
terreno que pertence, inequivocamente, ao Economista, e no qual
não se pretende avançar -. Daí por que, já na apresentação dos con-
ceitos fundamentais da disciplina, ter-se-á a preocupação de mostrar
onde, no Direito, vêm eles a fazer-se presentes, ilustrando com
exemplos extraídos da jurisprudência. Metodologicamente, o texto
está organizado no sentido de assegurar o palmilhar do estudante do
terreno da Economia Política em direção ao Direito Econômico,
tomando como referenciais para a respectiva estruturação as obras
Direito Econômico e Economia Política, do Professor Washington
Peluso Albino de Souza, e Curso de Economia Política – introdução
ao Direito Econômico, do Professor Fábio Nusdeo.
É importante, ainda, deixar bem claros os referenciais que se uti-
lizarão, para o fim de tornar clara a exposição. Não cabe na condição
de cientista, realizar cortes em relação a autores com os quais even-
tualmente se antipatize, seja por motivos pessoais, seja por motivos
políticos1, sobretudo porque de cada um deles pode provir uma pro-
posição merecedora de confronto, no respectivo mérito, com a reali-
dade, e que pode vir a se confirmar como apta a explicá-la. Seguir-
se-á, aqui, não propriamente a metodologia, mas a atitude intelectual
proposta por Max Weber2: “dentre todas as tarefas pedagógicas, a
mais difícil é a que consiste em expor problemas científicos de tal
forma que um espírito não-preparado, mas bem-dotado, possa com-
preendê-lo e formar opinião própria”. A questão, pois, não é a de
permitir o trânsito da opinião pura e simples até mesmo sobre o que
não se conhece3, muito menos a de tratar a mente do estudante como
um papel em branco ou tábua rasa – tese defendida por alguns edu-
Congresso do Ministério Público de São Paulo, 1º. Anais. São Paulo: 1971, p. 215;
DUARTE, Arnaldo Rodrigues. Regimes políticos contemporâneos. Revista de
Direito da Procuradoria Geral de Justiça do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, v. 1, n.
1, p. 13, 1975; SARASATE, Paulo. A Constituição do Brasil ao alcance de todos.
Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1968, p. 26; PEREIRA, Caio Mário da Silva. Refor-
mulação da ordem jurídica e outros temas. Rio de Janeiro: Forense, 1980, p. 116;
ZENUN, Augusto. Legislação agrária e sua aplicação. Rio de Janeiro: Forense,
[s/d], p. 13-14; ROCHA, Lauro Lacerda & LACERDA, Carlos Alberto de Melo.
Comentários ao Código de Mineração do Brasil. Rio de Janeiro: Forense, 1983, p.
117; SILVA, Carlos Medeiros. O Ato Institucional e a elaboração legislativa. Revis-
ta Forense. Rio de Janeiro, v. 60, n. 207, p. 5, jul/set 1964; MEIRELLES, Hely
Lopes. Poder de polícia e segurança nacional. Revista dos Tribunais. São Paulo, v.
61, n. 445, p. 296, nov 1972; POLETTI, Ronaldo Rebello de Britto. A Revolução
de 1964 e a ordem jurídica. Arquivos do Ministério da Justiça. Rio de Janeiro, v.
35, n. 146, p. 46-47, abr/jun 1978; COTRIM NETO, Alberto Bittencourt. O poder
de polícia, o desenvolvimento e a segurança nacional. Revista de Informação Legis-
lativa. Brasília, v. 20, n. 77, p. 370, jan/mar 1980; NOVELLI, Flávio Bauer. A
relatividade do conceito de Constituição e a Constituição de 1967. Revista de Direi-
to Administrativo. Rio de Janeiro, v. 21, n. 88, p. 11, abr/jun 1967; FRANCO SO-
BRINHO, Manoel de Oliveira. A segurança interna nas Cartas Constitucionais do
Brasil. Revista de Direito Público. São Paulo, v. 3, n. 10, p. 33, out/dez 1969;
RUSSOMANO, Rosah. Lições de Direito Constitucional. Rio de Janeiro: José
Konfino, 1970, p. 116; GALVES, Carlos. Manual de economia política atual. Rio
de Janeiro: Forense, 1972, p. 440-4; SILVA, Paulo Napoleão Nogueira da. Direito
Constitucional do Mercosul. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p. 310-311; FRAGO-
SO, Heleno Cláudio. Advocacia da liberdade. Rio de Janeiro: Forense, 1978, p. 5-6;
CUNHA, Fernando Whitaker da. Direito Constitucional do Brasil. Rio de Janeiro:
Renovar, 1990, p. 96; BROSSARD, Paulo. Oposição. Porto Alegre: L & PM, 1975,
p. 22; COSTA, Sérgio Paulo Muniz. Cadeira de História Militar da Academia Mili-
tar das Agulhas Negras. http://www.asmirpb.com.br/noticias/ver/id/220, acessado
em 27 ago 2011; HELIODORO, Affonso. JK – exemplo e desafio. Brasília: Thesau-
rus, 1991, p. 110-112 e 120; RIBEIRO, Darcy. Confissões. São Paulo: Companhia
das Letras, 2002, p. 458-459; PRETA, Stanislaw Ponte. FEBEAPÁ – 2. Rio de
Janeiro: Sabiá, 1966, p. 9; SILVA, Justino Adriano Farias da. Pequeno opúsculo
sobre a vida e obra de Pontes de Miranda. Porto Alegre: ETS, 1981, p. 37-39;
MOLL, Jacqueline & FISCHER, Nilton Bueno. Pedagogias nos tempos do orça-
mento participativo em Porto Alegre. In: MOLL, Jacqueline & FISCHER, Nilton
Bueno [org.]. Por uma nova esfera pública – a experiência do orçamento participa-
tivo. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 148.
16
de Montchrestien, porque se volta a estudar não somente a atuação
dos indivíduos, das famílias e das empresas particulares na busca da
satisfação das respectivas necessidades, como também das que en-
volvem coletividades14. Por outra razão não é que se distingue entre
a microeconomia, voltada a quantidades individuais, a consumidores
e empresas tomados nas respectivas particularidades, à renda indivi-
dual, à produção e investimento das empresas e a macroeconomia,
voltada a grandezas globais, poupança global, renda global, investi-
mentos e gastos em nível mais totalizante15. Ou seja: a macroecono-
mia se volta ao que se convencionou denominar “grandes agrega-
dos”, que não se constituem simplesmente da soma aritmética de
cada um dos particulares que integrem uma determinada coletivida-
de, e merecerão um exame mais aprofundado quando se for estudar o
tema do desenvolvimento e do crescimento econômico, mais adiante.
São estes grandes agregados que são tomados em consideração na
definição dos contornos do exercício do poder econômico público,
seja para o fim de se o tratar como mero viabilizador da iniciativa
privada – como o desejavam os fisiocratas no século XVIII – seja
como planejador da economia, como se verificou tanto nos países
socialistas como nos países capitalistas mais avançados.
É importante ter presente, outrossim, o perigo consistente em
dar como uma característica geral da economia como um todo um
dado que se reporta a realidades econômicas específicas. Por exem-
plo, em livro didático16, elevam-se os seguintes enunciados à condi-
ção de “princípios da economia”, sendo que, ao longo deste texto,
teremos discutida a respectiva aplicabilidade genérica a qualquer que
seja o sistema econômico:
18
3. NECESSIDADE
3.1. Conceito
3.2. Classificação
Linhas de indiferença
4,5
4
3,5
3
Lazer
2,5
Série1
2
1,5
1
0,5
0
0 1 2 3
Instrução
Figura 1
23 - GUITTON, Henri. Economia política. Trad. Oscar Dias Correa. Rio de Janeiro:
Fundo de Cultura, 1961, v. 2, p. 198.
22
cional. Caso não pretenda, porém, precisar de pontos em Direito
Civil, necessitará colocar ênfase nesta matéria, pois tenderá a apren-
der a outra com maior facilidade. Novamente, vamos atribuir pesos
que não corresponderão a efetivas grandezas, mas apenas indicarão
que em determinado momento pesarão mas as razões para se atender
a uma das motivações do que a outra. Suponhamos aqui os números
como o número de horas que ele pretende dedicar a uma atividade ou
outra:
Linhas de indiferença
4,5
4
Figura 2
25 - GOSSEN, Hermann Heinrich. The laws of human relations and the rules of
human action derived therefrom. Transl. Rudolph C. Blitz. Cambridge: The MIT,
1983, p. 6; STAVENHAGEN, Gerhard. História de las teorias econômicas. Trad.
Adolfo von Ritter-Zahony. Buenos Aires: El Ateneo, 1959, p. 193-4; WIESER,
Friedrich Von. Natural value. Transl. Christian A. Malloch.
http://praxeology.net/FW-NV-I-3.htm, acessado em 29 ago 2011.
26 - BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso especial 1163090. Relator:
Min. Gilson Dipp. DJ-e 14 mar 2011; idem. Habeas corpus 143308. Relator: Min.
Napoleão Nunes Maia Filho. DJ-e 22 fev 2010; idem. Recurso especial 410054.
Relator: Min. Felix Fischer. DJU 3 fev 2003.
24
prestações, também o abuso do estado de necessidade (requisito sub-
jetivo)”27.
A definição do salário mínimo, no inciso IV do artigo 7º da
Constituição Federal, toma em consideração as necessidades tidas
como essenciais, ou seja, o piso aquém do qual não se admite que
ninguém seja remunerado precisamente porque todo trabalhador
deve poder obter os bens que lhe permitam satisfazer àquelas neces-
sidades específicas28. Não se volta, pois, ao atendimento de necessi-
dades além deste nível básico, mas tão-somente das essenciais. No
que diz respeito à sua utilização como fator de indexação, “o Supre-
mo Tribunal Federal fixou que ‘ao estabelecer o artigo 7º, IV, da
Constituição Federal, que é vedada a vinculação ao salário-mínimo
para qualquer fim, se pretendeu evitar que interesses estranhos aos
versados na norma constitucional venham a ter influência na fixação
do valor mínimo a ser observado’”29.
A classificação das necessidades, também, é tomada em consi-
deração quando se vai, no § 1º do artigo 1694 do Código Civil de
2002, definir o conteúdo da obrigação alimentar, como balizado
pelas necessidades do reclamante30. A proximidade com as razões
que levaram o constituinte a definir os elementos para a fixação do
salário mínimo é tão evidente que o Supremo Tribunal Federal con-
siderou possível a utilização deste no estabelecimento do quanto da
obrigação alimentar sem ofensa à Constituição31.
Ingressa também este conceito na definição da pobreza para os
efeitos de se dispensar quem vai ao Judiciário do pagamento de cus-
tas processuais e honorários de advogado e de perito: o comprome-
timento do atendimento de necessidades essenciais é que justifica a
4.1. Conceito
4.2. Classificação
29
SUBPRODUTOS: são os que decorrem do mesmo esforço pa-
ra a produção de um determinado bem e cujos custos são apurados
em associação com os da produção do bem principal.
BENS STRICTO SENSU OU PRODUTOS: objetos, com identi-
dade específica, voltados a satisfazer determinada necessidade.
SERVIÇOS: condutas economicamente apreciáveis.
ECONÔMICOS: são aqueles escassos para a satisfação da ne-
cessidade a que se referem.
LIVRES: são os que não entram no circuito econômico por
não serem escassos para a satisfação da necessidade a que se referem
SUPÉRFLUOS: são os que não se voltam a satisfazer a neces-
sidades vitais do ser humano.
ESSENCIAIS: são os indispensáveis a que o ser humano possa
viver no ambiente em que se insere.
PATRIMONIAIS: são os que se apreciam economicamente.
IMÓVEIS: são os que não podem ser objeto de deslocamento
físico em nenhuma hipótese.
MÓVEIS: são os que podem ser objeto de deslocamento físico
sem sofrerem qualquer perda.
FUNGÍVEIS: são os que podem ser substituídos por bem de
mesma espécie e igual valor.
INFUNGÍVEIS: são os que não têm como ser substituídos por
qualquer outro bem de mesma espécie, marcados pela singularidade.
DURADOUROS: são os passíveis de se estocar ou armazenar,
sem risco de rápida deterioração.
PERECÍVEIS: são os que devem ser consumidos rapidamente,
pela possibilidade de rápida deterioração.
ACABADOS: são os que assinalam o final do processo de
produção.
INACABADOS: são aqueles que não tenham, ainda, assinala-
do o término de qualquer fase da produção.
SEMI-ACABADOS: são aqueles que assinalam o término de
uma fase da produção, que ainda serão trabalhados antes de se con-
verterem no produto final
COMPOSTOS: são os que se formam de partes componentes
de um todo orgânico.
30
UNIVERSALIDADE: reunião de coisas singulares, considera-
das no seu conjunto, por sua finalidade econômica, designação gené-
rica, estipulação própria e administração comum.
5.1. Conceito
5.2. Classificação
Figura 3
gresso e pobreza. Trad. Américo Werneck Júnior. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 1935, p. 112; CAMARGO, Ricardo Antônio Lucas. O direito exaurido –
a hermenêutica da Constituição Econômica no coração das trevas. Porto Alegre:
Sérgio Antônio Fabris, 2011, p. 98.
34
A utilidade total será correspondente à soma das utilidades até o
ponto da satisfação plena.
Figura 4
35
– o ponto da mínima utilidade marginal – corresponde à utilidade
total46:
Figura 5
46 - GUITTON, Henri. Economia política. Trad. Oscar Dias Correa. Rio de Janeiro:
Fundo de Cultura, 1961, v. 1, p. 203.
36
Figura 6
37
Figura 7.
INTEGRAL: soma das diferentes utilidades de iguais quanti-
dades de um mesmo bem. A utilidade integral dos quatro copos de
água será a soma do quanto pode, de cada uma das diferentes neces-
sidades, ser satisfeito.
EFETIVA: soma total das necessidades efetivamente satisfei-
tas pela quantidade consumida do bem tomado em consideração. Ou
seja, havendo utilidade diferencial, as utilidades totais – o quanto
necessário para a plena satisfação da sede, somado com o quanto
necessário para a satisfação da necessidade de higienização, com o
quanto necessário para irrigação e assim por diante, no exemplo da
água – a soma de todas elas é que traduzirá a utilidade efetiva.
VIRTUAL: possibilidades de o bem em questão satisfazer a
tais ou quais necessidades, para além do consumo efetivo. No caso
da água, além da utilidade efetiva que tenha para um indivíduo num
determinado contexto, hão que se cogitar de outras. Para um executivo
que não seja dado às artes, por exemplo, a utilidade da água como
solvente de tinta de aquarela é virtual.
6.1. Conceito
57 - GOSSEN, Hermann Heinrich. The laws of human relations and the rules of
human action derived therefrom. Transl. Rudolph C. Blitz. Cambridge: The MIT,
1983, p. 55; WICKSELL, Knut. Lecciones de economía política. Trad. Francisco
Sánchez Ramos. Madrid: Aguilar, 1947, p. 18; SAY, Jean-Baptiste. Tratado de
economia política. Trad. Balthazar Barbosa Filho. São Paulo: Abril Cultural, 1983,
p. 69; SIMCH, Francisco Rodolfo. Economia social. Porto Alegre: Globo, 1912, p.
15-6; JEVONS, William Stanley. A teoria da economia política. Trad. Cláudia
Lavensveiler de Moraes. In: JEVONS, William Stanley & MENGER, Carl. Os
economistas. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 106.
58 WALRAS, Léon. Compêndio dos elementos de economia política pura. Trad.
João Guilherme Vargas Netto. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 107; SAMUEL-
SON, Paul A. Introdução à análise econômica. Trad. Luiz Carlos do Nascimento
Silva. Rio de Janeiro: Agir, 1966, v. 2, p. 91.
59 GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil. Rio de Janeiro: Forense, 1987,
p. 15.
42
o mínimo aquém do qual o vendedor não se disporá a alienar o bem,
e, em relação ao valor de uso, o máximo além do qual o comprador
não se dispõe a pagar60. Quanto à dimensão objetiva, será proporcio-
nal à utilidade marginal61.
Já pela TEORIA DO VALOR-TRABALHO, um bem passa a valer
a partir da quantidade de trabalho (horas e esforço dispendido) que
se aplica à sua produção62.
Outros conceitos entram em questão, na temática do valor:
60 - Teoria positiva do capital. Trad. Luís João Baraúna. São Paulo: Abril Cultural,
1988, v. 1, p. 182-3; SOUZA, Washington Peluso Albino de. Direito Econômico e
Economia Política. Belo Horizonte: Prisma, 1970, v. 1, p. 256-7.
61 - WICKSELL, Knut. Lecciones de economía política. Trad. Francisco Sánchez
Ramos. Madrid: Aguilar, 1947, p. 34.
62 - KEYNES, John Maynard. Teoría general de la ocupación, el interés y el dine-
ro. Trad. Eduardo Hornedo. México: Fondo de Cultura Económica, 1965, p. 190-1;
BÖHM-BAWERK, Eugen von. Capital e interés. Trad. Carlos Silva. México:
Fondo de Cultura Económica, 1947, p. 59; LANDAUER, Carl. Sistemas econômi-
cos contemporâneos. Trad. Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar, 1966, v. 1, p.
72-3; RICARDO, David. Princípios de economia política e do imposto. Trad. C.
Machado Fonseca. Rio de Janeiro: Atena, 1937, p. 4; SMITH, Adam. A riqueza das
nações – uma investigação sobre a sua natureza e as suas causas. Trad. Luís João
Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1996, v. 1, p. 90; MYRDAL, Gunnar. Aspectos
políticos da teoria econômica. Trad. José Auto. São Paulo: Nova Cultural, 1986, p.
77-8; CAMARGO, Ricardo Antônio Lucas. O capital na ordem jurídico-
econômica. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 1998, p. 59-60.
43
6.3. Aplicações no Direito
7.1. Conceito
7.2. Classificação
8.1. Produção
96 - SMITH, Adam. A riqueza das nações – uma investigação sobre a sua natureza
e as suas causas. Trad. Luís João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1996, v. 1, p.
209-210.
97 - SAY, Jean-Baptiste. Tratado de economia política. Trad. Balthazar Barbosa
Filho. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 130; MISES, Ludwig Von. O intervenci-
onismo. Trad. José Joaquim Teixeira Ribeiro. Boletim da Faculdade de Direito de
Coimbra. Coimbra, v. 20, p. 446, 1945.
54
priedade do subsolo, ou sistema da separação, em oposição ao siste-
ma de acessão. No que tange aos recursos do subsolo, avulta, por seu
papel como combustível, como fonte de energia e como insumo de
um sem-número de bens, e, por conta disto mesmo, fonte de inúme-
ros conflitos na história do Brasil: o petróleo 98. Outros minerais
chamam a atenção como fontes de energia (ou, como se lê em livros
mais antigos, forças motrizes), como o carvão99 e os radiativos, co-
mo o urânio e o tório.
106 - SMITH, Adam. A riqueza das nações – uma investigação sobre a sua nature-
za e as suas causas. Trad. Luís João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1996, v. 1,
p. 211; RICARDO, David. Princípios de economia política e do imposto. Trad. C.
Machado Fonseca. Rio de Janeiro: Atena, 1937, p.30-2; MALTHUS, Thomas Ro-
bert. Princípios de economia política. Trad. Regis Castro de Andrade e Dinah de
Azevedo Abreu. In: GALVEAS, Ernane [org.]. Os economistas – Malthus. São
Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 116; MARX, Karl. O capital. Trad. Reginaldo
Sant’Anna. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1974, v. 6, p. 765; GALVES,
Carlos. Manual de economia política atual. Rio de Janeiro: Forense, 1972, p.94;
CARREIRO, Carlos H. Porto. Lições de economia política e noções de finanças.
Rio de Janeiro: F. Briguiet, 1952, p. 101; HEILBRONER, Robert L. Introdução à
história das idéias econômicas. Trad. Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar, 1969,
p. 85; CAMARGO, Ricardo Antônio Lucas. O direito exaurido – a hermenêutica
da Constituição Econômica no coração das trevas. Porto Alegre: Sérgio Antônio
Fabris, 2011, p. 137.
107 - AUGUSTINE, Aurelius. The city of God. Transl. Marcus Dods. London:
Encyclopaedia Britannica, 1952, p. 184; CAMARGO, Ricardo Antônio Lucas.
Direito Econômico e reforma do Estado – 1 – a experiência européia de Constitui-
ção Econômica “socialista”: bases para a crítica. Porto Alegre: Sérgio Antônio
Fabris, Data, 1994, p. 18; CÍCERO, Marco Túlio. Tratado dos deveres. Trad. Nes-
tor Silveira Chaves. São Paulo: Cultura Brasileira, [s/d], p. 92; SMITH, Adam. A
riqueza das nações – uma investigação sobre a sua natureza e as suas causas.
Trad. Luís João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1996, v. 2, p. 58; LOBATO,
José Renato Monteiro. História do mundo para as crianças. São Paulo: Brasiliense,
1960, p. 110.
57
ção irracional, no sentido do exaurimento dos recursos existentes108.
No que toca ao solo rural, mais se agudizam as questões referentes à
possibilidade ou impossibilidade de apropriação pública ou privada,
das modalidades de utilização, que podem ir desde a ampla liberdade
de se fruir do espaço em questão até a total interdição, pelos mais
variados motivos, bem como dos conflitos 109 entre a posse na visão
civilística – seja entendida como manifestação da vontade de ser
dono, seja como exteriorização dos poderes inerentes à condição de
dono110 – e a posse na visão ecológica, de interação do ser humano
com o habitat111. É de se notar, ainda, que a maior parte das vezes,
ocorre conflito entre posses distintas, que tenham a mesma caracteri-
zação (posse civil x posse civil; posse ecológica x posse ecológica).
Vale notar, em relação às terras ocupadas pelos índios, no Brasil, até
5 de outubro de 1988, que “os órgãos criados para a tutela indígena
restringiram a sua atuação a um foco único: transformar cada reserva
numa fazenda modelo e, por conseguinte, impingir aos índios o tra-
balho agrícola e artesanal, como verdadeiro agente civilizador”112.
Os recursos naturais do super-solo, em regra, são explorados
mediante coleta direta da natureza, apreensão direta. No “estado de
natureza”, são tidos como “coisa de ninguém” (res nullius). Quando
os homens se reúnem em sociedade, no sistema do comunismo pri-
mitivo, o resultado da apanha destes recursos se reparte por todos os
59
falar na realizada com explosivos -, as espécies passíveis de caça ou
pesca, as épocas em que é possível a realização de tais atividades, os
efeitos sobre as populações que se relacionam com os animais em
questão – basta recordar o que aconteceu com os peles-vermelhas
dos EUA por conta da caça dos brancos aos bisões, primeiro, para
alimentar os trabalhadores das ferrovias e fornecer matéria-prima
para a indústria coureira, depois, como estratégia pensada para ven-
cê-los pela fome -113.
Além da flora e da fauna, também pertencem ao super-solo re-
cursos que, no pensamento econômico, são por vezes tratados como
bens livres, como é o caso da água e do ar, assim como certas fontes
de energia, como o sol e o vento114. Quanto à água, é notório que,
dadas as múltiplas utilidades que apresenta – desde a dessedentação
humana e animal, a higienização, o auxílio no preparo de alimentos,
passando pelo papel de meio de recreação, de habitat de vários seres
destinados ao aproveitamento econômico (algas, crustáceos, molus-
cos, peixes), de via de transporte, para chegar até a condição de for-
necedora de energia mecânica e elétrica -, a proximidade a ela foi
um dado decisivo para determinar a populações que ocupassem es-
paços, sendo um dos mais notáveis exemplos o do Vale do Nilo,
como notado pelos historiadores mais antigos 115. Contudo, sua carac-
terização como bem livre já se acha comprometida pelo fato de ha-
ver muitos países com déficit de recursos hídricos, sendo de notar
que, mesmo dentre os que deles são melhor servidos, existem regiões
onde o transporte terrestre de pipas d’água se impõe 116. O mesmo se
diga a respeito do ar atmosférico, considerado insuscetível de se
esgotar, diante dos efeitos da poluição, a um ponto em que a pureza
113 - FIGUEIREDO, Guilherme José Purvin de. Curso de Direito Ambiental. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2011, p. 291-2; CAMARGO, Ricardo Antônio Lucas.
O direito exaurido – a hermenêutica da Constituição Econômica no coração das
trevas. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 2011, p. 93-4.
114 - GIDE, Charles. Compêndio de Economia Política. Trad. F. Contreiras Rodri-
gues. Porto Alegre: Globo, 1933, p. 74-6.
115 - HERÔDOTOS. História. Trad. Mário da Gama Kury. Brasília: Universidade
de Brasília, 1988, p. 90.
116 - CAMARGO, Ricardo Antônio Lucas. Direito Econômico, direitos humanos e
segurança coletiva. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 2007, p. 103-5.
60
respectiva vem a se tornar um dos fatores de valorização para deter-
minados empreendimentos imobiliários e turísticos117.
8.1.2. Trabalho
117 - FIGUEIREDO, Guilherme José Purvin de. Curso de Direito Ambiental. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2011, p. 391.
118 - ARISTÓTELES. A política. Trad. Mário da Gama Kury. Brasília: UnB, 1997,
p. 21-2.
119 - FURTADO, Celso. Teoria e política do desenvolvimento econômico. São
Paulo: Companhia Editora Nacional, 1969, p. 128.
120 - A república. Trad. Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2005, p. 74.
121 - BODIN, Jean. Los seis libros de la República. Trad. Pedro Bravo Gala. Ma-
drid: Tecnos, 2006, p.. 31.
61
Início da transformação da relação de trabalho:
Entretanto, tanto a filosofia estóica122 quanto o cristianismo vie-
ram a abalar as bases do sistema escravocrata. A escravidão passa a
ser vista não como uma condição natural de determinados seres hu-
manos, mas como um castigo pelo pecado 123, o que conduz necessa-
riamente a pôr qualquer ser humano na possibilidade de ser visto, em
linha de princípio, como dotado da dignidade inerente à condição de
ter sido feito à imagem e semelhança de Deus e, portanto, merecedor
de respeito, independentemente de prestar trabalho ou de servir-se
deste, ao mesmo tempo que nem sempre o trabalho virá marcado
pelo ferrete da reificação. O trabalho passa a ser tratado como obri-
gação decorrente de um contrato, mas um contrato peculiar porque
o trabalhador passa a aderir à terra, porque o poder se embasava na
propriedade da terra e o senhor da terra, o senhor feudal, pode exigir
o trabalho ofertando em contra-partida, a segurança. É de se recordar
que a Idade Média, quando tais fatos se sucederam, se caracterizou
especialmente por ser uma época de muito medo124.
129 - WALRAS, Léon. Compêndio dos elementos de economia política pura. Trad.
João Guilherme Vargas Netto. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 312; LENIN,
Vladimir Ilitch Ulianov. O desenvolvimento do capitalismo na Rússia. Trad. José
Paulo Netto. São Paulo: Abril Cultural, 1982, p. 150; NUNES, Antonio José Ave-
lãs. Uma introdução à economia política. São Paulo: Quartier Latin, 2008, p. 533.
130 - GALBRAITH, John Kenneth. O novo Estado industrial. Trad. Leônidas
Gontijo de Carvalho. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 170; HEILBRONER,
Robert L. Introdução à história das idéias econômicas. Trad. Waltensir Dutra. Rio
de Janeiro: Zahar, 1969, p. 278.
131 - ROOSEVELT, Franklin Delano. Mirando adelante. Trad. Luís Klappenbach.
Buenos Aires: Tor, 1943, p. 24.
132 - ROBINSON, Joan. Filosofia econômica. Trad. Fernando Ferro. Rio de Janei-
ro: Zahar, 1964, p. 92-3; HEILBRONER, Robert L. Introdução à história das
idéias econômicas. Trad. Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar, 1969, p. 255-6;
DUVERGER, Maurice. Os laranjais do Lago Balaton. Trad. Edgard de Brito Cha-
ves Júnior. Brasília: UnB, 1982, p. 164-5; CARRION, Eduardo Kroeff Machado.
Apontamentos de Direito Constitucional, Porto Alegre: Livraria do Advogado,
1997, p. 153; SOUZA, Ricardo Luiz de. Os sentidos da ruptura: trabalhismo e
legislação trabalhista na Revolução de 1930. Justiça & História. Porto Alegre, v. 5,
n. 10, p. 226-7, 2005.
64
harmonia e a solidariedade socaisi, nas medidas intervencionistas no
âmbito das relações de trabalho133.
Direito ao trabalho:
As relações de trabalho não poderiam ser concebidas como uma
relação de contrato comum porque há uma relação de "poder" desi-
gual entre o empregador e o empregado. "Como equacionar o direito
ao trabalho no contexto do capitalismo?" O direito ao trabalho não
tem como se realizar a título individual. Ou seja, o trabalhador João
não pode compelir o empregador Pedro a lhe dar trabalho porque a
relação de trabalho no capitalismo é livre. Eu não posso obrigar al-
guém a contratar outrem. A partir de um momento que uma empresa
cria obstáculos para dar trabalho para um indivíduo como, por
exemplo, não dar a vaga por ser gordo ou magro demais, aí esse
direito pode ser reclamado perante o Judiciário. Nos países cujos
meios de produção tenham sido estatizados, há a tendência, em tem-
pos de paz, a se aproveitar o contingente das casernas em trabalhos
civis134. Em determinados países capitalistas, o acesso aos cargos
públicos têm sido opção de trabalho franqueada à população. Ao
mesmo tempo em que é mister, para a materialização do serviço
público, por óbvio, a presença de pessoas físicas que efetivamente
venham a executar as tarefas correspondentes, há uma peculiaridade
na forma de atribuição destas tarefas, da identificação do número de
pessoas que as deverão desempenhar e do próprio recrutamento,
tendo em vista que isto envolve a gestão de recursos que podem ser
obtidos mediante o uso da coação, interditado aos particulares: so-
mente a lei pode criar cargos e funções públicas, estabelecendo-lhes
os respectivos número e atribuições e a admissão de pessoal perma-
nente se há de fazer mediante procedimento previsto em lei, sem a
marca da subjetividade do administrador, que seria marca inerente à
gestão de bens privados, procedimento, este, que, no Brasil, é o con-
curso de provas ou de provas e títulos, referido genericamente nos
incisos I e II do artigo 37 da Constituição de 1988. Calha referir,
135 - EINAUDI, Luigi. Princípios de hacienda pública. Trad. Jayme Algarra &
Miguel Paredes. Madrid: Aguilar, 1955, p. 214-5.
136 - BALEEIRO, Aliomar. Uma introdução à ciência das finanças. Rio de Janei-
ro: Forense, 1986, p. 105.
137 - FREITAS, Augusto Teixeira de. Vocabulário jurídico. São Paulo: Saraiva,
1983, v. 1, p. 242.
138 - VARGAS, Getúlio Dornelles. A serpente e o dragão. Porto Alegre: Sulina,
2003, p. 130.
66
vos dependentes139, a despeito da condenação da assunção de tal
encargo pelo Estado continuamente levada a cabo pelos autores libe-
rais140. “Quando o Estado garante, chama a si, e, pois, à totalidade
dos cidadãos capazes a responsabilidade, justamente para a criação
da riqueza e para o bem-estar social. Ao contrário, quando o Estado
somente contribui em parte, e o restante passa a ser diretamente for-
necido pelo próprio beneficiário, o trabalhador que decai nas condi-
ções de exercício do trabalho, ou do indireto, o empregador que usu-
frui os benefícios do trabalho daquele que decaiu daquelas condi-
ções, temos um dado novo para considerar, pois a previdência assim
mais fundamente a condição de seguro feito pelo interessado dire-
to”141.
Desemprego
O desemprego vem a tomar algumas classificações. Há quem
pense, seguindo a concepção atribuída aos puritanos142 – embora
139 - BALEEIRO, Aliomar. Uma introdução à ciência das finanças. Rio de Janei-
ro: Forense, 1986, p. 107; GALVES, Carlos. Manual de economia política atual.
Rio de Janeiro: Forense, 1972, p. 196; MANKIW, N. Gregory. Princípios de mi-
croeconomia. Trad. Allan Vidal Hastings & Elisete Paes e Lima. São Paulo: Cen-
gage Leaning, 2009, p. 219.
140 - SAY, Jean-Baptiste. Tratado de economia política. Trad. Balthazar
Barbosa Filho. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 316-7; NASSAU SENIOR,
William et allii. Poor Law’s Comissioners Report, 1834.
http://oll.libertyfund.org/?option=com_staticxt&staticfile=show.php%3Ftitle=1461
&chapter=74184&layout=html&Itemid=27, acessado em 27 ago 2011; HEILBRO-
NER, Robert L. Introdução à história das idéias econômicas. Trad. Waltensir Du-
tra. Rio de Janeiro: Zahar, 1969, p. 71; FRIEDMAN, Milton. Capitalismo e liber-
dade. Trad. Luciana Carli. São Paulo: Abril Cultural, 1984, p. 165-7; SEN, Amar-
tya. Desenvolvimento como liberdade. Trad. Laura Teixeira Motta. São Paulo:
Companhia das Letras, 2010, p. 277.
141 - SOUZA, Washington Peluso Albino de. Do econômico nas Constituições
vigentes. Belo Horizonte: Revista Brasileira de Estudos Políticos, 1961, v. 2, p.
295; SAVATIER, René. Les métamorphoses économiques et sociales du Droit Civil
d’aujourd’hui. Paris: Dalloz, 1952, p. 266; BARRE, Raymond. Manual de econo-
mia política. Trad. Pierre Santos. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1970, v. 3, p.
206-7.
142 - WEBER, Max. Economía y sociedad. Trad. José M. Echavarría et allii. Méxi-
co/Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 1992, p. 1.054; HECKSCHER, Eli
R. La época mercantilista. Trad. Wenceslao Roces. México: Fondo de Cultura
Económica, 1983, p. 601; DORNELLES, Leandro do Amaral Dornelles de. A trans-
67
tenha sido identificada também no catolicismo143 -, que o desempre-
go seria manifestação, exteriorização, da inércia ou da preguiça do
indivíduo que se achasse em tal situação144. Contudo, com o passar
do tempo foram estabelecendo classificações conforme as causas do
desemprego que podem ser variadas principalmente depois que iden-
tificaram crises como a de 1929 e aqui no Brasil se referindo a pró-
pria abolição da escravatura que atingiu violentamente o trabalho. Os
escravos recém emancipados estavam livres, mas sem a possibilida-
de de terem a respectiva sobrevivência porque desde a interdição do
tráfico negreiro, se intensificou a vinda de imigrantes145. Estes vi-
nham com conhecimentos técnicos adquiridos nos países industriali-
zados, e faziam com muito maior eficiência o trabalho que o rude
escravo teria ainda de aprender146. Tratar o desemprego como sem-
pre decorrente de uma pré-disposição negativa ao trabalho, portanto,
vem a ser uma simplificação brutal e que não corresponderia neces-
sariamente à realidade. É sobre o desemprego involuntário que vai se
voltar Keynes147, quando estuda o New Deal, a política econômica
148 - BARRETO, Alberto Deodato Maia. Manual de ciência das finanças. São
Paulo: Saraiva, 1971, p. 278.
149 - CLARK, John Bates. Essentials of economic theory. New York: Mac Millan
Company, 1915, p. 170.
150 - KEYNES, John Maynard. Teoría general de la ocupación, el interés y el
dinero. Trad. Eduardo Hornedo. México: Fondo de Cultura Económica, 1965, p.
257; SINGER, Paul. Repartição da renda – pobres e ricos sob o regime militar. Rio
de Janeiro: Jorge Zahar, 1985, p. 57; BRITO FILHO, José Cláudio Monteiro de.
Trabalho decente. São Paulo: LTr, 2004, p. 61; NUNES, António José Avelãs.
Industrialização e desenvolvimento: a economia política do “modelo brasileiro de
desenvolvimento”. Boletim da Faculdade de Direito de Coimbra. Coimbra, v.
24/25, p. 796-7, 1982 – supl.
69
trabalho inferior a ela vem a ter diminuída a própria dignidade, re-
baixado em sua significação social151.
A educação e o trabalho:
Quando se fala na educação em relação ao trabalho, se pensa
justamente no que o mercado, ou melhor, quais os conhecimentos
que o mercado vai exigir de um indivíduo que vai ganhar a sua so-
brevivência, embora, como alerta Adolf Weber156, a isto não se re-
suma a finalidade da educação em si mesma. Hoje em dia, não basta
o individuo conhecer as quatro operações e identificar os fonemas
correspondentes aos sinais gráficos (as letras). Hoje se requer cada
vez mais conhecimentos que se consideram básicos para se tornar
apto para ingressar no mercado de trabalho. Daí a fórmula, algo aca-
ciana em sua formulação geral, da educação como pressuposto do
adequado funcionamento do Estado democrático e social de Direi-
to157, especialmente no que diz respeito à maior produtividade no
desenvolvimento das atividades econômicas158. “Nos países subde-
senvolvidos, existem massas de trabalhadores, empregados a um
nível muito baixo de produtividade, ou mesmo sem qualquer empre-
go. Equipar e treinar essas massas para um nível razoável de produ-
ção é uma grande tarefa”159. É de se notar que a educação e o trei-
namento do trabalhador, normalmente, traduzem um investimento de
160 - HICKS, John R. Uma introdução à economia. Trad. Sérgio Góes de Paula.
Rio de Janeiro; Zahar, 1972, p. 86-7.
161 - GALVES, Carlos. Manual de economia política atual. Rio de Janeiro: Foren-
se, 1972, p. 106; CASTRO, Antônio & LESSA, Carlos. Introdução à economia –
uma abordagem estruturalista. Rio de Janeiro: Forense, 1970, p. 22.
162 - MALTHUS, Thomas Robert. Ensaio sobre a população. Trad. Antônio Alves
Cury. In: GALVEAS, Ernane [org.]. Os economistas – Malthus. São Paulo: Nova
Cultural, 1996, p. 282; HEILBRONER, Robert L. Introdução à história das idéias
econômicas. Trad. Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar, 1969, p. 78; CARREI-
RO, Carlos H. Porto. Lições de economia política e noções de finanças. Rio de
Janeiro: F. Briguiet, 1952, p. 87.
163 - SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. Trad. Laura Teixeira Mot-
ta. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 265.
72
ipso facto, de bens a serem gerados164. De outra parte, quando se vai
falar na população economicamente ativa, tem-se de observar as
diferentes valorações que se ofertam às profissões, a exigência ou
não de habilitação para o respectivo exercício, a idade mínima para o
ingresso no mercado de trabalho, as possibilidades profissionais de
homens e mulheres, para então se ter uma idéia efetiva de qual seja o
quadro a ser tomado em consideração. Tal conceito – o de população
economicamente ativa – tende a variar também quando se observe o
dado no cenário do Primeiro Mundo, onde, normalmente, a popula-
ção de vinte a sessenta anos tem a seu cargo a manutenção da popu-
lação mais jovem, ao passo que a população mais idosa poderá gozar
do ócio com dignidade custeado pelas contribuições para a segurida-
de social, e quando se o observe no Terceiro, onde aos vinte anos o
indivíduo já venceu obstáculos como a mortalidade infantil, a falta
de alimentos, a escassez de oportunidades de trabalho e, com mais
de quarenta, já chegou ao esgotamento165.
8.1.3. Capital
166 - SOUZA FILHO, Carlos Frederico Marés de. A liberdade e outros direitos:
ensaios socioambientais. São Paulo/Curitiba: Instituto Brasileiro de Advocacia
Pública/Letra da Lei, 2011, p. 96.
167 - SOMBART, Werner. El apogeo del capitalismo. Trad. Vicente Caridad.
México: Fondo de Cultura Económica, 1946, v. 1, p. 99-100.
168 - MEYERS, Alfred L. Elementos de economia moderna. Trad. Antonio Ferreira
da Rocha. Rio de Janeiro: Livro Ibero-Americano, 1968, p. 455; PETTY, Sir Willi-
am. Tratado dos impostos e das contribuições. Trad. Luiz Henrique Lopes dos
Santos. In: PETTY, Sir William. Obras econômicas. São Paulo: Nova Cultural,
1988, p. 59-60.
74
nando período, cai no domínio público (Ex: toda a obra do José
de Alencar – o escritor, evidentemente, não o ex-Vice-
Presidente da República - caiu no domínio público), ao passo
que a segunda se mantém intacta169. Não se pense, contudo, que
os ganhos decorrentes do direito autoral somente se prestariam a
recompensar as contribuições à produção de bens simbólicos,
vez que podem servir de receita para determinadas atividades
econômicas, a exemplo do que ocorre com os programas de en-
tretenimento em relação às respectivas emissoras de rádio e te-
levisão170, o que vem a colocar em questão a tese smithiana
quanto ao caráter “frívolo”, economicamente irrelevante, deste
setor171, modo certo ecoando a famosa passagem platônica se-
gundo a qual os poetas deveriam ser enaltecidos por mostrarem
sua arte e seu engenho, coroados com grinaldas de flores e ex-
pulsos da cidade, por serem, mais que inúteis, perniciosos como
cidadãos172. Emerge, ao contrário, tese no sentido de que, em ní-
veis mais elevados em termos de poder aquisitivo, a produção
artística e literária tende a ser desfrutada, ou em si mesma, ou a
título da identificação positiva que o indivíduo reclama para si e,
a partir daí, vê-se um considerável volume da atividade econô-
mica dependendo muito mais da qualidade artística do que da
eficiência técnica173. Verdade que, em princípio, se uma pessoa
“possuir terra muito fértil e insistir em cultivá-la por métodos
antieconômicos, estará pagando pela sua tolice ou teimosia em
deixar de receber o elevado rendimento que aquele tipo de terra
é capaz de proporcionar; em dólares, a terra se torna mais valio-
178 - CIVITA, Roberto. Um dia muito especial. Veja. São Paulo, v. 41, n. 2.077, p.
112, 10 set 2008; SIMONSEN, Mário Henrique. Brasil 2001. Rio de Janeiro:
APEC, 2001, p. 222-3; FARHAT, Emil. O país dos coitadinhos. São Paulo: Com-
panhia Editora Nacional, 1966, p. 362.
179 - SIMONSEN, Mário Henrique. Brasil 2001. Rio de Janeiro: APEC, 2001, p.
68.
180 - SOUZA, Cláudio Luiz Gonçalves de. A exportação da MARCA BRASIL e o
marketing internacional. Revista de Direito Mercantil, Industrial, Econômico e
Financeiro. São Paulo, v. 44, n. 138, p. 166, abr/jun 2005; CAMARGO, Ricardo
Antonio Lucas. Advocacia Pública e Direito Econômico – o encontro das águas.
Porto Alegre: Núria Fabris, 2009, p. 218.
181 - BETTELHEIM, Charles. Planificação e crescimento acelerado. Trad. Dirceu
Lindoso. Rio de Janeiro: Zahar, 1968, p. 134.
77
atuação governamental neste campo 182. Ainda no campo dos
bens imateriais enquanto integrantes do “capital”, algo mais de-
ve ser dito sobre a transferência de tecnologia, que, no âmbito
da propriedade industrial, vem a ter um tratamento especial. O
contrato de transferência de tecnologia tem que ser “publiciza-
do”, mas a tecnologia, em si, não. Porque ela tem que ser uma
inovação que ainda não seja de conhecimento público. A essên-
cia dos contratos de transferência de tecnologia, ou de know
how, é o segredo. Recordemos que as grandes potências, por ve-
zes, desenvolveram originariamente para fins militares as tecno-
logias que utilizam em suas atividades econômicas 183. É impor-
tante ter presente que é a propriedade dos bens de produção que
se toma em consideração quando se vão discutir os modelos
econômicos 184.
Custo: o processo de produção implica necessariamente a re-
alização de alguns sacrifícios, gastos, o suportar alguns descon-
fortos. Existem varias classificações para os custos185:
lheiros, 2002, p. 59; CAMARGO, Ricardo Antônio Lucas. “Custos dos direitos” e
reforma do Estado. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 2008, p. 85-7.
79
(16) parte variável – é a que se modifica, conforme a quantidade
de unidades produzidas, também chamada de custo direto ou va-
riável.
(17) constante – permanece o mesmo, qualquer que seja a quan-
tidade de unidades produzidas.
(18) crescente – aumenta conforme o número de unidades pro-
duzidas.
(19) decrescente – diminui conforme o número de unidades pro-
duzidas.
(20) ponto ótimo – relação que determina o comportamento dos
custos e a melhor combinação entre eles.
(21) inevitável – aquele que não se tem como deixar de incor-
rer, podendo-se desdobrar nos que o são:
(21.1) a curto prazo, embora a longo sejam evitáveis;
(21.2) por íntima ligação recíproca, chamados, também, conjun-
tos;
(21.3) somente para pequenos agentes, mas não para grandes;
(21.4) em todos os sentidos.
(22) associado – é o que se liga à produção, a partir de um mes-
mo esforço ou matéria prima originária, de produtos de natureza
ou finalidades diferentes.
(23) globalizado – soma dos gastos incorporados ao produto
com os que, mesmo não incidindo sobre sua formação (despesas
neutras), vêm a ser essenciais à continuidade da atividade eco-
nômica.
(24) de coação – gastos necessários à instalação e à manutenção
das posições de poder no seio das relações sociais.
(25) social – é o que se converte em externalidade negativa - de-
corrente da incapacidade dos recursos disponíveis atenderem à
necessidade apontada como prioritária.
(26) break even point ou ponto de equilíbrio – proporção entre
os custos fixos e variáveis.
(27) de oportunidade – é o que decorre do sacrifício que se faz
dos resultados da aplicação dos fatores de produção a outra ati-
vidade, ligando-se, pois, diretamente ao conceito de “curva de
indiferença”, referido no primeiro capítulo.
(28) de conformidade – é o que decorre das providências neces-
sárias ao atendimento de qualquer determinação legal, especial-
mente na área tributária.
80
(29) de transação – é o que se incorre quando se tomam as pro-
vidências para viabilizar uma transação, embora não sejam a ela
internos. Aqueles necessários ao desenvolvimento da atividade e
não se inserem propriamente na atividade em si. São os incorri-
dos com viagens, por exemplo, para o fim de se convencer al-
guém a entrar na sociedade. São aqueles custos com as chama-
das telefônicas para que a atividade possa se desenvolver. Eles
não entram em si no custo da atividade, mas se faz necessário
para que a atividade possa se concretizar.
(30) ambiental: atualmente essa questão está em voga, por causa
da pretensão da alteração do Código Florestal. Pretende-se redu-
zir o ônus das perdas das florestas, e isto implica no aumento do
custo contábil para os proprietários rurais. Pensa-se na perda dos
recursos naturais e na própria condição de habitabilidade do
planeta.
Nacionalidade do capital: como objeto, o capital não possui
uma nacionalidade. Porém, ele se submete juridicamente a uma
nacionalidade, porque é necessário saber a que regime jurídico
ele se submete. Porque é a partir daí que se saberá o quanto po-
derá qualquer agente econômico esperar em termos de lucro.
Nós vamos discutir a questão do lucro quando chegarmos ao fa-
to econômico conhecido como repartição. O quanto uma empre-
sa estrangeira, repatriar em termos de lucro, ou seja, quanto ela
pode trazer para si em termos de lucro. Se a empresa resolveu
aventurar-se ou arriscar-se em solo estrangeiro ela deve poder
apropriar o máximo de lucro que puder, mas a questão é: qual é
o máximo que ela pode. Especialmente quando a empresa entra
num lugar e ela deva ocupar uma porção de um determinado ter-
ritório e usar de recursos naturais. Muitas vezes ela obterá favo-
res fiscais então tudo isso deve ser levado em conta. Passa-se a
disciplinar a questão da nacionalidade do capital, até mesmo pa-
ra o beneficio do próprio capital estrangeiro. O texto originário
da Constituição de 1988 distinguia, no seu artigo 171, entre em-
presas brasileiras e empresas brasileiras de capital nacional, to-
mando em consideração o fenômeno das transnacionais. A
Emenda Constitucional n. 6, de 1995, revogou o aludido dispo-
sitivo. Entretanto, a temática dos capitais estrangeiros compare-
ce em outras passagens da Constituição:
81
o Mineração: empresas de mineração devem ter sede e admi-
nistração no país, diferentemente das transnacionais.
o Comunicação social: O capital dessas empresas deve ser na-
cional, de acordo com tradição legislativa e constitucional brasi-
leira, a partir da lei de imprensa de 1934. Esse texto passou por
todas as Constituições seguintes até a de 1988. As únicas pes-
soas jurídicas que poderiam exercer controle sobre essas empre-
sas seriam os partidos políticos. A possibilidade de participação
do capital estrangeiro no setor de comunicação social somente
veio a ser admitida com a Emenda Constitucional n. 36, de
2002.
Sobre o capital há varias questões muito mais jurídicas do
que propriamente econômicas. O grande advogado do livre co-
mercio186 para assegurar o escoamento da produção industrial
inglesa, crítico da balança comercial, do mercantilismo, defen-
sor incondicional da liberdade de mercado, elogiava as leis de
navegação de Cromwell – o responsável pela única experiência
republicana na Inglaterra - que determinavam que os produtos
ingleses só podiam circular em navios ingleses.
Incentivos fiscais, isenções fiscais, redução de alíquota, em-
préstimos sem juros ou com juros reduzidos: instrumentos usa-
dos para reduzir os custos de produção e assegurar uma margem
de lucro ao capital. Quando se vai falar no capital, vai se falar
também nos meios para se reduzir os respectivos custos. E quais
são eles? Um dos principais é justamente a concessão de incen-
tivos públicos que se podem materializar sob a forma de incen-
tivos fiscais, incentivos creditícios, ou ainda como assistência
técnica187. Creditícios: empréstimo sem juros ou juros abaixo do
mercado. Fiscais: redução das alíquotas, redução da base de cál-
culo. Houve, durante o ciclo de medidas voltadas à recuperação
dos EUA da crise de 1929, o largo emprego de expedientes de
186 - SMITH, Adam. A riqueza das nações – uma investigação sobre a sua nature-
za e as suas causas. Trad. Luís João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1996, v. 2,
p. 92-3.
187 - GRAU, Eros Roberto. Planejamento econômico e regra jurídica. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 1978, p. 124; CASTRO, Antônio & LESSA, Carlos. Intro-
dução à economia – uma abordagem estruturalista. Rio de Janeiro: Forense, 1970,
p. 94.
82
fomento188. “O crédito fiscal dado aos investimentos em 1962
pelo Governo Kennedy-Dillon constituiu um atrativo para a
formação de capital”189. Quando se elaborou a Lei Fundamental
de Bonn, de 1949, a predominância da CDU (Christianische
Demokratische Union), partido de orientação mais voltada ao li-
beralismo econômico190, não impediu que se admitisse esta mo-
dalidade de intervenção estatal no domínio econômico 191, tradu-
zida, no caso, em subvenções para investimentos na grande in-
dústria192. Isto tem ocorrido inclusive em setores que tradicio-
nalmente seriam próprios do poder público.Vejam o caso das
parcerias público-privadas onde o poder público arca pratica-
mente com todos os custos e o parceiro privado presta os servi-
ços e obtém uma generosa remuneração. É algo que vai muito
alem de uma simples concessão que vamos estudar no Direito
Administrativo.
O montante do capital é utilizado como critério para definir o
porte de uma empresa. Interessa, aqui, também verificar que, pa-
ra maiores empreendimentos, a captação de recursos se fará jun-
to ao público, seja mediante a emissão de papéis que materiali-
8.1.4. Empresa
201 - GALVES, Carlos. Manual de economia política atual. Rio de Janeiro: Foren-
se, 1972, p. 86.
202 - ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. São Paulo: Atlas, 1971, p.
91-2.
203 - SAMUELSON, Paul A. Introdução à análise econômica. Trad. Luiz Carlos
do Nascimento Silva. Rio de Janeiro: Agir, 1966, v. 1, p. 131; BERLE, Adolf A.
Poder sin propiedad. Trad. Juan Carlos Pellegrini. Buenos Aires: Tipografia Edito-
ra Argentina, 1961, p. 86-7.
86
petência204. Deixemos a qualificação jurídica de cada uma destas
condutas para um texto jurídico, algumas delas, em relação ao Direi-
to positivo brasileiro, correspondentes mesmo a infrações penais205.
No presente momento, o que se está a fazer é indicar como, sob o
enfoque da ciência do ser, pode manifestar-se o poder econômico
privado. E, por outro lado, se tais expedientes se apresentam como
armas de guerra de que lança mão a empresa, tal conduta não entra
em absoluto em contradição com a ostentação, por parte daquele que
a comanda, das “virtudes do bom burguês”, isto é, evitar todo vício e
não andar senão em companhia de “pessoas de bem”, não ser dado a
aventuras sexuais, nem a bebedeiras nem a jogatinas, e comparecer a
todos os serviços religiosos, “porque isto é bom para os negócios” e
firma a respeitabilidade perante a coletividade 206. Quando se toma
em consideração o papel da empresa enquanto organização, pensa-se
na necessidade de se equilibrarem os interesses do crédito – sobre o
qual nos debruçaremos ao examinar a circulação – na expulsão do
mercado daqueles agentes que se mostram incapazes de atender aos
207 - SILVA, Clóvis Veríssimo do Couto e. A obrigação como processo. São Pau-
lo: José Bushatsky, 1976, p. 135.
208 - BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade
3.934. Relator: Relator: Min. Ricardo Lewandowski; DJ-e 5 nov 2009; COROTTO,
Suzana. Modelos de reorganização empresarial brasileiro e alemão – comparação
entre a Lei de Recuperação e Falências de Empresas (LRFE) e a Insolvenz
Ordnung (InsO) sob a ótica da viabilidade prática. Porto Alegre: Sérgio Antônio
Fabris, 2009, p. 245; CAMARGO, Ricardo Antônio Lucas. A empresa na ordem
jurídico-econômica. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 2010, p. 95.
209 - MARX, Karl. O capital. Trad. Reginaldo Sant’Anna. Rio de Janeiro; Civili-
zação Brasileira, 1975, v. 1, p. 209.
210 - SAVATIER, René. Les métamorphoses économiques et sociales du Droit
Civil d’aujourd’hui. Paris: Dalloz, 1952, p. 83.
88
mensuração do capital. Este, também, vem a se colocar como um dos
elementos aptos a permitirem a identificação da respectiva naciona-
lidade. Embora, em regra, a exploração de atividade econômica pri-
vada se movimente em direção ao lucro, é de se notar que este não
será essencial a caracterizá-la. Cooperativas são tradicionalmente
tratadas pela doutrina como empresas e tem como escopo prestar
serviços aos cooperados e não têm fins lucrativos211. É interessante
observar que o Código Civil brasileiro de 2002 recusa o caráter em-
presarial à cooperativa, qualquer que seja o respectivo objeto. É de
se ter presente que, a despeito de o Estado também organizar recur-
sos humanos e materiais para se chegar a um determinado fim, não
será aqui tratado no nível de fator de produção, salvo quando atue
como empresário, porque lhe incumbe, em caráter monopolístico, até
mesmo para que os interesses em confronto não se venham a fazer
valer mediante o exercício da violência física, o emprego da coa-
ção212.
Empresa estatal: a idéia de empresa estatal não é incompatível
com a idéia econômica liberal porque se parte do pressuposto que
aquele setor não é do interesse da iniciativa privada (retorno peque-
no, ou demorado) ou é de tal importância estratégica que não se tor-
na conveniente a sua entrega à iniciativa privada. Tal, aliás, a reda-
ção do caput do artigo 173 da Constituição Federal brasileira. Entre-
tanto, em setores explorados pela iniciativa privada, quando a con-
corrência não se mostra suficiente para assegurar a acessibilidade de
uma grande parte da coletividade a tais ou quais produtos ou servi-
ços considerados essenciais ou mesmo, em certos casos, para assegu-
rar determinadas fontes de receita não-coativas, também são criadas
estas empresas. Quando o Estado vem a concorrer como particular
ele se submete ao regime das empresas particulares (Constituição
8.2. Circulação
Público. São Paulo, v. 20, n. 96, p. 64-5, out/dez 1990; CAMARGO, Ricardo Antô-
nio Lucas. A empresa na ordem jurídico-econômica. Porto Alegre: Sérgio Antônio
Fabris, 2010, p. 71-3.
255 - SOUZA, Washington Peluso Albino de. Direito Econômico. São Paulo: Sa-
raiva, 1980, p. 537.
256 - FURTADO, Celso. Teoria e política do desenvolvimento econômico. São
Paulo: Companhia Editora Nacional, 1969, p. 248.
257 - BIELSCHOWSKY, Ricardo. Pensamento econômico brasileiro. Rio de Janei-
ro: Contraponto, 2000, p. 24; SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade.
Trad. Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 185-7.
258 - BALEEIRO, Aliomar. Uma introdução à ciência das finanças. Rio de Janei-
ro: Forense, 1986, p. 50.
101
a inflação não pode deixar de ser acompanhada por medidas sociais,
educacionais, jurídicas, políticas”259. As teses estruturalistas, no Bra-
sil, vieram a ser desprestigiadas a partir de 1964, ao argumento de
uma suposta “base marxista”260, algo que, além de sob o estrito pon-
to de vista da lógica formal não ser suficiente para o comprometi-
mento da veracidade da proposição no seu mérito, 261 não correspon-
de à realidade, consoante demonstra um dos mais sérios autores
marxistas em língua portuguesa262: “os estruturalistas não foram
capazes de se libertar inteiramente dos preconceitos ideológicos de
uma ciência econômica supostamente ‘neutral’ e ‘apolítica’, e de
elaborar uma teoria capaz de atuar como um fator de transformação
social (G. Myrdal). Daí a pouca atenção dada à inserção de países
subdesenvolvidos no espaço do capitalismo como sistema dominante
à escala mundial e à importância deste fato na determinação da sua
situação de países de desenvolvimento impedido. Daí a quase total
ausência da análise do poder e da propriedade (e sua transformação)
como elemento fundamental de estudo das estruturas sociais e das
lutas sociais (de que a inflação é uma das manifestações)”. E, de
fato, um dos textos mais representativos da escola estruturalista
aponta para um caráter preocupante da desestabilização – perspecti-
va que estaria bem longe da marxista, que tomaria esta como benéfi-
ca no sentido de abrir o caminho para a revolução como “único meio
de superar o capitalismo”263 – decorrente do tratamento da inflação
259 - GALVES, Carlos. Manual de economia política atual. Rio de Janeiro: Foren-
se, 1972, p. 300; MARTINS-COSTA, Judith Hofmeister. Comentários ao novo
Código Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2005, v. 5, t. 1, p. 249.
260 - MÜLLER, Johannes. Dependência; teoria da dependência. Trad. Bruno Jorge
Hammes. In: ENDERLE, Georges et allii. Dicionário de ética econômica. São
Leopoldo: UNISINOS, 1997, p. 144; SIMONSEN, Mário Henrique. Brasil 2001.
Rio de Janeiro: APEC, 2001, p. 68.
261 - SCHOPENHAUER, Arthur. A arte de ter razão exposta em 38 estratagemas.
Trad. Alexandre Krug. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 67; CAMARGO, Ricar-
do Antonio Lucas. Interpretação jurídica e estereótipos. Porto Alegre: Sérgio An-
tônio Fabris, 2003, p. 127-8.
262 - NUNES, António José Avelãs. Industrialização e desenvolvimento: a econo-
mia política do “modelo brasileiro de desenvolvimento”. Boletim da Faculdade de
Direito de Coimbra. Coimbra, v. 24/25, p. 234-6, 1982 – supl.
263 - MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. Manifesto of the Communist Party.
Transl Samuel Moore. London: Encyclopaedia Britannica, 1952, p. 424; LENIN,
Vladimir Ilitch Ulianov. O Estado e a revolução. [s/t]. Lisboa: Avante, 1983, p. 29-
30.
102
como fenômeno puramente monetário: “não costuma ser difícil man-
ter a estabilidade da moeda em situações de relativo estancamento
econômico e social, baseado num regime anacrônico de propriedade
da terra e de distribuição de renda com escasso grau de mobilidade
social. Mas cedo ou tarde surgem pressões sociais que conspiram
contra esse precário equilíbrio, dando impulso a pressões inflacioná-
rias que terminam facilmente com a estabilidade monetária” 264. Na
concepção monetarista, a pujança da moeda é considerada o ideal
para o bom funcionamento da economia de mercado, e a inflação há
de ser entendida como um fenômeno puramente monetário, decor-
rente da atuação das autoridades, e merece ser combatida a qualquer
custo. Tal concepção veio a fazer-se presente na Alemanha, mais
especificamente na zona de ocupação inglesa, no período que medeou
o final da II Guerra Mundial e a elaboração da Lei Fundamental de
Bonn: com efeito, ali se enfatizou a necessidade de estabilizar o va-
lor da moeda como medida urgente265. A necessidade de se aumentar
a poupança interna, com a redução da procura global, porquanto com
isto se reduziria a necessidade de moeda para cobrir déficits e para a
oferta de crédito ao setor privado, imporia a retração do Estado, por-
que o livre jogo das forças de mercado garantiria, a longo prazo, o
crescimento sem inflação e sem desequilíbrios 266. Note-se que os
monetaristas, neste particular, não deixam de se alinhar com os “neo-
liberais” no que tange a tratar as despesas com o trabalho como o
grande responsável pelo aumento dos preços em geral, em virtude do
gravame que representam nos custos de produção, como se pode
exemplificar com o pronunciamento de um dos mais ilustres repre-
267 - MISES, Ludwig von. O intervencionismo. Trad. José Joaquim Teixeira Ribei-
ro. Boletim da Faculdade de Direito de Coimbra. Coimbra, v. 20, p. 462, 1945.
268 - SAMUELSON, Paul A. Introdução à análise econômica. Trad. Luiz Carlos
do Nascimento Silva. Rio de Janeiro: Agir, 1966, v. 1, p. 468.
269 - BARRETO, Alberto Deodato Maia. Manual de ciência das finanças. São
Paulo: Saraiva, 1971, p. 279.
270 - BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Agravo regimental no recurso especial
616765. Relator: Min. Luís Felipe Salomão. DJ-e 24 ago 2011; idem. Agravo regi-
mental no recurso especial 1040275. Relator: Min. Herman Benjamin. DJ-e 30
maio 2011.
271 - Compêndio de Economia Política. Trad. F. Contreiras Rodrigues. Porto
Alegre: Globo, 1933, p. 211.
104
tárias da moeda metálica a ser empregada nas negociações, trocando-
a por documentos de mais fácil transporte e menor risco de serem
subtraídos pelos salteadores de estrada. Daí por que se diz que tais
instituições se voltariam muito mais a negociar créditos, propriamen-
te, do que dinheiro, isto é, voltar-se-iam à troca de uma riqueza pre-
sente por uma riqueza futura, representada em um documento em
favor do credor, de tal sorte que se apresentam como uma verdadeira
infra-estrutura catalisadora da realização de atividades as mais diver-
sas, sobretudo no que tange à facilitação das operações de compra e
venda272. Torna-se necessário destacar que os bancos e demais insti-
tuições financeiras – cuja disciplina geral, no Brasil, está na Lei
4.595, de 1964 -, ao lado das funções de depositários e intermediá-
rios do numerário, desempenham a de materialização do crédito, isto
é, de ofertar os recursos financeiros para que se desenvolvam as
atividades econômicas, ampliando, assim, as forças iniciais do em-
preendedor, ou para a aquisição de bens de consumo 273. Novos con-
tratos surgiram, voltados a conferir maior segurança ao crédito ban-
cário, sendo um dos exemplos mais eloqüentes a alienação fiduciária
em garantia. É comum a distinção entre o crédito a curto prazo, cuja
duração não ultrapassa dois anos e se destina a propiciar capital de
giro a empresas comerciais e industriais, o crédito a longo prazo, que
se volta a financiar a formação do ativo imobilizado, e o crédito a
médio prazo, empregável quando o desenvolvimento dos meios de
produção demande mais tempo do que o inerente ao crédito a curto
prazo e quando se trate de propiciar fundos a uma empresa até que
esta se encontre com aptidão a buscar financiamento no mercado de
capitais274. Para a tutela do crédito, na hipótese de o devedor não
pagar espontaneamente o correspondente ao que lhe foi emprestado
mais os juros, são criados procedimentos de cobrança forçada mais
ágeis. Quando se torne, entretanto, insolvente, isto é, quando seu
patrimônio não se mostre suficiente para satisfazer os seus débitos,
275 - COSTA, Adroaldo Mesquita da. A falência. Porto Alegre: A Nação, 1941, p.
9; ÁLVARES, Walter Tolentino. Direito Falimentar. São Paulo: Sugestões Literá-
rias, 1971, v. 1, p. 23; SILVA, Antônio Álvares da. Créditos trabalhistas no juízo
concursal. Rio de Janeiro: Aide, 1985, p. 28-9; SOMBART, Werner. El apogeo del
capitalismo. Trad. Vicente Caridad. México: Fondo de Cultura Económica, 1946, v.
2, p. 203-4; CAMARGO, Ricardo Antônio Lucas. A empresa na ordem jurídico-
econômica. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 2010, p. 82-3.
276 - LACERDA, Galeno & OLIVEIRA, Carlos Alberto Alvaro. Comentários ao
Código de Processo Civil. Rio de Janeiro: Forense, 1991, v. 8, t. 2, p. 31.
277 - CAMARGO, Ricardo Antônio Lucas. A empresa na ordem jurídico-
econômica. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 2010, p. 62.
278 - DERANI, Cristiane. Capital financeiro e proteção à concorrência. Revista
Trimestral de Direito Público. São Paulo, n. 17, p. 187-8, 1997.
106
tabilidade e maior liquidez para suas aplicações, sempre com o me-
nor risco possível”279. Por esta razão, também recebem o nome de
“capitais voláteis” ou hot money.
90
80
70
60
Preços
50
Série1
40
30
20
10
0
1 2 3
Período de tempo
289 - COASE, Ronald Harry. The firm, the market and the Law. Chicago: Universi-
ty of Chicago Press, 1988, p. 69.
290 - FARACO, Alexandre Ditzel. Democracia e regulação das redes eletrônicas
de comunicação – rádio, televisão e internet. Belo Horizonte: Forum, 2009, p. 74.
291 - SAMUELSON, Paul A. Introdução à análise econômica. Trad. Luiz Carlos
do Nascimento Silva. Rio de Janeiro: Agir, 1966, v. 2, p. 82-3; PERROUX, Fran-
çois. Economia e sociedade. Trad. Aurora & Mário Murteira. São Paulo: Duas
Cidades, 1961, p. 124-5.
292 - GUITTON, Henri. Economia política. Trad. Oscar Dias Correa. Rio de Janei-
ro: Fundo de Cultura, 1961, v. 2, p. 220-1.
293 - BARRE, Raymond. Manual de economia política. Trad. Pierre Santos. Rio de
Janeiro: Fundo de Cultura, 1970, v. 2, p. 173.
110
de uma determinada vantagem294. Pode-se ter uma oferta fracamente
elástica, em que a alta do preço, embora influa, não produz efeitos
imediatos, ou uma oferta fortemente elástica, mas sempre haverá
elasticidade na oferta: a inelasticidade, em relação a esta, ocorre
apenas “no limite”, isto é, em um ponto apenas hipoteticamente atin-
gível, não empírico. Tanto assim o é que, ao se definirem as ofertas
fracamente elásticas ou inelásticas no limite, eis como se manifesta
Guitton295: “trata-se de bens para os quais as considerações de preços
pouco influem sobre o volume das vendas possíveis”. Importa tam-
bém destacar que nem sempre as oscilações de preços serão explicá-
veis em termos de elasticidade, como, por exemplo, a variação do
poder aquisitivo da moeda. “Estas variações podem ser devidas ao
comportamento do valor do bem a ser negociado como ao valor da
moeda que o comprará”296.
320 - Aspectos políticos da teoria econômica. Trad. José Auto. São Paulo: Nova
Cultural, 1986, p. 136.
321 - TÁCITO, Caio. Teoria da imprevisão – cláusula “rebus sic stantibus”. Revista
Forense. Rio de Janeiro, v. 42, n. 103, p. 452, jul 1945; MOTTA, Carlos Pinto
Coelho. Eficácia nas licitações e contratos. Belo Horizonte: Del Rey, 1997, p. 290;
MUKAI, Toshio. O novo estatuto jurídico das licitações e contratos administrati-
vos. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1993, p. 60-1; JUSTEN FILHO, Marçal.
Comentários à lei de licitações e contratos administrativos. São Paulo: Dialética,
2001, p. 553-4; FIGUEIREDO, Lúcia Valle. Extinção dos contratos administrati-
vos. São Paulo: Malheiros, 2002, p. 104-5; MEIRELLES, Hely Lopes. Licitações e
contratos administrativos. São Paulo: Malheiros, 2002, p. 192-4; MELLO, Celso
Antônio Bandeira de. Contrato administrativo: fundamento da preservação do equi-
líbrio econômico-financeiro. Revista de Direito Administrativo. Rio de Janeiro, v.
52, n. 211, p. 25, jan/mar 1998; WALD, Arnoldo. Do direito adquirido à equação
financeira nos contratos administrativos. Revista dos Tribunais. São Paulo, v. 85, n.
727, p. 46, maio 1996; GRAU, Eros Roberto. Princípio da equivalência e o equilí-
brio econômico e financeiro do contrato. Revista de Direito Público. São Paulo, v.
20, n. 96, p. 64, out/dez 1990.
322 - SAMUELSON, Paul A. Introdução à análise econômica. Trad. Luiz Carlos
do Nascimento Silva. Rio de Janeiro: Agir, 1966, v. 2, p. 170.
117
cros323. De qualquer sorte, recordemos que, para a obtenção de
receitas, por parte do Estado, não se pode empregar, necessa-
riamente, a lógica própria do auto-financiamento inerente à
compra e venda de bens e serviços por parte da iniciativa priva-
da324, “seja porque não podem ser individualizados seus benefi-
ciários (por exemplo, no caso dos serviços administrativos), seja
porque existe o consenso de que não devem ser remunerados
certos serviços sociais (educação e saúde), seja pórque ao Go-
verno é imputada a tarefa de construir (ou encomendar ao setor
privado) obras que servem à coletividade como um todo e que,
portanto, não são objeto de transações” 325. Uma vez que o au-
mento da carga tributária é considerado, em princípio, um inibi-
dor do investimento privado326 - em princípio, note-se bem, con-
siderando-se a observação de Samuelson examinada no item
“tributação e crédito público” -, deve-se tomar em consideração
que é precisamente dos tributos que provêm os recursos para se-
rem honrados os contratos realizados com a iniciativa privada
para a prestação dos serviços delegados. Claro que, sob o ponto
de vista da macroeconomia, como se verá adiante, tais pagamen-
tos serão contabilizados na “renda” e na “produção” nacionais,
“porque cobrem, realmente, serviços prestados, consomem re-
cursos e produção e proporcionam consumo coletivo, direto ou
indireto, aos cidadãos”327.
Contratos da dívida das entidades federadas menores com
as maiores embora a lógica, mesmo no pensamento liberal
clássico, que rege o equilíbrio das relações entre os entes públi-
cos não seja a de mercado, considerando o prestígio que o pen-
samento “neoliberal” tem logrado no Brasil, justifica-se o trata-
mento do tema neste subtópico. Em países que adotam a forma
federativa de Estado, supõe-se que cada esfera de Governo seja
323 - BARRE, Raymond. Manual de economia política. Trad. Pierre Santos. Rio de
Janeiro: Fundo de Cultura, 1970, v. 2, p. 121.
324 - PERROUX, François. Economia e sociedade. Trad. Aurora & Mário Murtei-
ra. São Paulo: Duas Cidades, 1961, p. 96.
325 - CASTRO, Antônio & LESSA, Carlos. Introdução à economia – uma aborda-
gem estruturalista. Rio de Janeiro: Forense, 1970, p. 93.
326 - STIGLITZ, Joseph E. & WALSH, Carl E. Introdução à macroeconomia.
Trad. Maria José Cyhlar Monteiro. Rio de Janeiro: Campus, 2003, p. 171.
327 - SAMUELSON, Paul A. Introdução à análise econômica. Trad. Luiz Carlos
do Nascimento Silva. Rio de Janeiro: Agir, 1966, v. 1, p. 207.
118
auto-bastante em termos de obtenção de receitas, seja via tribu-
tos, seja via crédito público junto aos particulares328. No caso, os
contratos que versam a transferência de recursos da União para
os Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, e dos Esta-
dos-membros e Distrito Federal para os Municípios têm como
ponto de equilíbrio o concernente à autonomia que cada ente fe-
derado tem em relação ao outro. O contrato se caracteriza, como
se sabe, por concessões recíprocas de cada uma das partes. En-
tretanto, em se tratando de prerrogativas públicas, indispensá-
veis à consecução de finalidades que transcendem o interesse
particular daquele a quem são atribuídas, já no pensamento libe-
ral clássico se tinha esta matéria como insuscetível de negocia-
ção329. O objetivo básico do endividamento estatal vem a colo-
car-se como um instrumento de superação das oscilações da ca-
pacidade de os contribuintes efetivamente atenderem aos respec-
tivos débitos tributários330. Tal possibilidade, no entanto, radica-
ria na própria fé pública, de que o Estado é merecedor, na fideli-
dade para atender a seus compromissos, de acordo com autores
de formação liberal, vez que daí se teria presente a própria segu-
rança de que os negócios alheios seriam por ele protegidos: “es-
sa confiança, não a consegue o Estado gerar se não oferecer, em
sua constituição econômica e política, elementos que garantam,
por meio da capacidade financeira, a observância das estipula-
ções, firmadas nos atos de solicitação do concurso dos presta-
mistas e reguladoras da modalidade de restituição dos capitais
328 - BALEEIRO, Aliomar. Uma introdução à ciência das finanças. Rio de Janei-
ro: Forense, 1986, p. 73; BARRETO, Alberto Deodato Maia. Manual de ciência
das finanças. São Paulo: Saraiva, 1971, p. 154-5; TORRES, Ricardo Lobo. Siste-
mas constitucionais tributários. Rio de Janeiro: Forense, 1986, p. 719-720.
329 - ALENCAR, José Martiniano de. Pareceres. Rio de Janeiro: Ministério da
Justiça, 1960, p. 104; DERZI, Misabel de Abreu Machado. Arts. 40 a 47. In: NAS-
CIMENTO, Carlos Valder & MARTINS, Ives Gandra da Silva [org.]. Comentários
à Lei de Responsabilidade Fiscal. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 307.
330 - RICHTER, Wolfram. Endividamento do Estado. Trad. Brenno Dischinger. In:
ENDERLE, Georges et allii. Dicionário de ética econômica. São Leopoldo: UNI-
SINOS, 1997, p. 253; SANTOS, Paulo Rogério Silva dos. Dívida pública dos entes
subnacionais no Brasil: um problema federativo. Porto Alegre: Pontifícia Universi-
dade Católica do Estado do Rio Grande do Sul, 2007, p. 63-4 (dissertação de mes-
trado).
119
fornecidos e da remuneração do uso desses mesmos capitais”331.
O empréstimo interno tem sido aconselhado nas depressões eco-
nômicas objetivando resolver problemas referentes a um excesso
de procura de bens de consumo e à arrecadação da poupança pa-
ra investimentos332.
331 - VEIGA, Dídimo Agapito da. Ensaios de ciência das finanças e de economia
pública. Rio de Janeiro: Jacintho Ribeiro dos Santos, 1927, p. 303; CARREIRO,
Carlos H. Porto. Lições de economia política e noções de finanças. Rio de Janeiro:
F. Briguiet, 1952, p. 519.
332 - BARRETO, Alberto Deodato Maia. Manual de ciência das finanças. São
Paulo: Saraiva, 1971, p. 280.
333 - PARETO, Vilfredo. Manual de economia política. Trad. Guillermo Cabanel-
las. Buenos Aires: Atalaya, 1945, p. 128.
334 - NUSDEO, Fábio. Curso de economia política – introdução ao Direito Eco-
nômico. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003, p. 146-8; SOMBART, Werner. El
apogeo del capitalismo. Trad. Vicente Caridad. México: Fondo de Cultura Econó-
mica, 1946, v. 2, p. 131-2; SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. Trad.
Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 236; STIGLITZ,
Joseph E. & WALSH, Carl E. Introdução à macroeconomia. Trad. Maria José
Cyhlar Monteiro. Rio de Janeiro: Campus, 2003, p 100.
120
preços335. Mas nem todos os agentes econômicos sabem a possi-
bilidade de aceitação de um determinado produto ou serviço no
meio em que vão operar. Se é verdade que o comportamento de
cada agente econômico toma em consideração o comportamento
do concorrente, é de se notar que, por vezes, empresas atuantes
em setores concentrados adotam comportamentos paralelos em
relação aos preços, isto é, não atuam tomando a estes como refe-
rência necessária, de tal sorte que “dissimulem seu comportame-
to de modo a não permitir o seu conhecimento ou, pelo menos,
pleno conhecimento de seus efeitos pelos concorrentes” 336. De-
terminados agentes têm condições melhores de obter retorno no
meio em que operam do que outros e também de se expandirem
para outros meios. É de se observar que, no ver do principal es-
tudioso dos “custos de transação”, se há um mais óbvio custo
para organizar a produção pelo mecanismo dos preços, é o de
descobrir quais dentre estes e quão relevantes eles são 337. É de se
notar que não se trata somente de verificar se existem bens da
mesma natureza ou sucedâneos, mas também os próprios bens
complementares e, por outro lado, o preço, consoante dito ante-
riormente, não é o único fator que o consumidor toma em consi-
deração - por vezes, será ele até irrelevante para determinar a
escolha -. A capacidade de manipulação das informações vem a
produzir seus efeitos no que tange à procura e à oferta. Uma
boa ilustração deste dado pode ser colhida na película Vidas
amargas [East of Eden – dir. Elia Kazan, EUA 1955], na qual o
personagem Caleb Trask (James Dean), vivendo numa pequena
cidade interiorana, aproveita-se de um dado ignorado inclusive
por seu vitoriano pai Adam (Raymond Massey), ou seja, a imi-
nência da entrada dos EUA na I Guerra, para investir no plantio
de feijão, alimento que teria mercado consumidor certo, princi-
palmente nas Forças Armadas, vez que toda a atividade econô-
335 - HAYEK, Friedrich August von. Direito, legislação e liberdade. São Paulo:
Visão, 1985, v. 1, p. 53; SAMUELSON, Paul A. Introdução à análise econômica.
Trad. Luiz Carlos do Nascimento Silva. Rio de Janeiro: Agir, 1966, v. 1, p. 106.
336 - SALOMÃO FILHO, Calixto. Regulação e concorrência (estudos e parece-
res). São Paulo: Malheiros, 2002, p. 154.
337 - COASE, Ronald Harry. The firm, the market and the Law. Chicago: Universi-
ty of Chicago Press, 1988, p. 38.
121
mica se voltaria ao esforço de guerra338. Muitas vezes, a assime-
tria de informações aparece como causa explicativa do porquê
de alguns se beneficiarem de medidas de política econômica que
se mostrem, para a maior parte, prejudiciais 339. Na empresa mo-
derna, a formação da decisão econômica dar-se-á mediante o re-
curso “a conhecimento especializado científico e técnico, a in-
formações acumuladas ou à experiência e ao senso artístico e in-
tuitivo de muitas pessoas”340. Cabe também ter presente, no que
tange especificamente aos meios de comunicação de massa, que
os programas de conteúdo informativo, diversamente do que
ocorre com programas de cunho lúdico ou educativo, não têm
como gerar receitas outras que as dos anúncios, com o que a re-
lação com os anunciantes pode determinar, inclusive, o que será
informado e o modo como o será ao público 341. Ainda é de se
trazer a observação acerca do papel dos meios de comunicação
na delimitação não só dos temas a serem discutidos pelo público
como também da base para a tomada de decisões por parte dos
agentes econômicos de um modo geral342. Sem contar justamen-
te com outras questões que são relacionadas com o tema, que
são objeto de consideração pelo direito societário, como é o caso
da full disclosure, que é o princípio da plena transparência do
mercado de capitais. Todos os investidores devem ter o mesmo
nível de informação a respeito da situação da companhia. Há,
justamente por conta disto, o cometimento a autoridades públi-
cas tidas como infensas a critérios outros que não os técnicos,
375 - VEBLEN, Thorstein. A teoria da classe ociosa. Trad. Olívia Krahenbühl. São
Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 48.
376 - NUSDEO, Fábio. Curso de economia política – introdução ao Direito Eco-
nômico. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003, p. 144.
377 - WICKSELL, Knut. Lecciones de economía política. Trad. Francisco Sánchez
Ramos. Madrid: Aguilar, 1947, p. 64.
378 - SOUZA, Washington Peluso Albino de. Direito Econômico e Economia
Política. Belo Horizonte: Prisma, 1970, v. 1, p. 365.
379 - ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. São Paulo: Atlas, 1971, p.
196.
380 - Manual de economia política. Trad. Guillermo Cabanellas. Buenos Aires:
Atalaya, 1945, p. 319.
129
adquirir – exemplifica-se com livros, jornais, periódicos -, sem
contar com a procura viscosa, que se caracteriza pela preferência
do consumidor por determinado fornecedor, independentemente
do preço que este lhe cobre. De outra parte, atos de autoridade,
fatos de conjuntura e estrutura econômica também são aptos a
causarem oscilações nos valores e nada têm com o mecanismo
da oferta e da procura381.
Desequilíbrios decorrentes de fatores éticos, psicológicos ou
fatores extraordinários, normalmente caracterizados como caso
fortuito ou força maior: “O fenômeno econômico tem como ba-
se uma decisão ou um conjunto de decisões de agentes com uma
função social específica. Não seria fácil explicar a procura como
uma reação à oferta, nem vice-versa. Com efeito, oferta e pro-
cura são dois fenômenos autônomos, derivados da divisão social
do trabalho, o que não impede que se influenciem mutuamente.
A oferta é a expressão da vontade de certos agentes econômicos
que pretendem participar de forma privilegiada na repartição do
produto social. Uma modificação autônoma do comportamento
dos agentes responsáveis pela procura não provoca necessaria-
mente reação da oferta no sentido de restabelecer o equilíbrio.
Diversas reações podem ter lugar. É perfeitamente possível que
certos agentes procurem tirar proveito da situação, modificando
a distribuição de renda em proveito próprio ou mesmo forçando
uma alteração permanente na forma do mercado”382. O progres-
so técnico, por vezes, vem a provocar o aumento de necessida-
des, acarretando inquietações, descontentamentos, motivações,
enfim, que ultrapassam o jogo espontâneo do mercado, e im-
põem o surgimento de outras atividades, sem contar com fatores
extraordinários, como as guerras ou as revoluções tecnológi-
cas383. Os referenciais éticos podem influenciar, também, a acei-
8.3. Repartição
392 - SINGER, Paul. Repartição da renda – pobres e ricos sob o regime militar.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985, p. 7-8.
393 - HICKS, John R. Uma introdução à economia. Trad. Sérgio Góes de Paula.
Rio de Janeiro; Zahar, 1972, p. 242.
394 - WEBER, Max. Economía y sociedad. Trad. José M. Echavarría et allii. Méxi-
co/Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 1992, p. 17; STAVENHAGEN,
Gerhard. História de las teorias econômicas. Trad. Adolfo von Ritter-Zahony.
Buenos Aires: El Ateneo, 1959, p. 178.
395 - Direito Tributário. Trad. Luís Dória Furquim. Porto Alegre: Sérgio Antônio
Fabris, 2008, v. 1, p. 208-9; MANKIW, N. Gregory. Princípios de microeconomia.
Trad. Allan Vidal Hastings & Elisete Paes e Lima. São Paulo: Cengage Leaning,
2009, p. 244.
396 - QUESNAY, François. Quadro econômico. Trad. Teodora Cardoso. Lisboa:
Gulbenkian, 1966, p. 130; HEIMANN, Eduard. História das doutrinas econômicas.
Trad. Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar, 1971, p. 70.
397 - GEORGE, Henry. Progresso e pobreza. Trad. Américo Werneck Júnior. São
Paulo: Companhia Editora Nacional, 1935, p. 229.
133
Monteiro Lobato398. Aliomar Baleeiro399 informa que “na prática, o
imposto único dos fisiocratas só foi experimentado por um príncipe
de Baden entre 1772 e 1802, com resultados contraproducentes”.
8.3.1. Renda
Modalidades de renda:
Aluguel (que se paga pelo uso de uma propriedade mó-
vel/imóvel). Será estabelecido o preço desses de acordo com sua
localização, entre outros fatores.
Leasing O proprietário cede mediante o pagamento de um
preço periódico um determinado equipamento por um prazo cer-
to, gerando a possibilidade de compra ao final deste prazo. A
renda compatível é o principal fator de atração dessa prática.
Royalty normalmente, designa os pagamentos pela utili-
zação de bens protegidos por direitos de propriedade industrial.
8.3.2. Juro
401 - A república. Trad. Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2005, p. 252-3.
402 - A política. Trad. Mário da Gama Kury. Brasília: UnB, 1997, p. 28.
403 - HEDEMANN, Justus Wilhelm. Tratado de Derecho Civil. Trad. Jaime Santos
Briz. Madrid: Editorial Revista de Derecho Privado, 1958, v. 3, p. 94; NUSS-
BAUM, Arthur. Derecho Monetário nacional e internacional. Trad. Alberto D.
Schoo. Buenos Aires: Arayú, 1954, p. 234; RIPERT, Georges. Le régime démocra-
tique et le Droit Civil. Paris: LGDJ, 1936, p. 200.
404 - A ética protestante e o espírito do capitalismo. Trad. Tamás Smreczániy &
Maria Irene de Q. F. Smreczániy. São Paulo: Pioneira, 1994, p. 116; CROCE, Be-
nedetto. Le concezione liberale. In: CROCE, Benedetto & EINAUDI, Luigi. Libe-
rismo e liberalismo. Milano-Napoli: Riccardo Ricciardi Ed., 1957, p. 9; ROSTOW,
135
se procurou retirar o problema do juro das preocupações religiosas e
mais do que isso, a idéia de riqueza (antes proscrita ao argumento de
que era mais fácil um camelo passar pelo buraco da agulha, etc.) vai
ser defendida a partir das próprias Escrituras com a parábola dos
talentos. O sucesso econômico seria uma graça e seria pecado rejei-
tá-la. Werner Sombart405 contesta essa tese, porque os banqueiros
lombardos e florentinos cobravam juros e faziam questão de afirmar
sua piedade e ortodoxia em face da fé católica. Tal contestação, en-
tretanto, nunca teve grande êxito406. De qualquer sorte, mesmo as
restrições de cunho religioso não chegavam a constituir, em si e por
si, impeditivos absolutos à cobrança de juros. Os hebreus não
podiam cobrar juros de seus irmãos, mas cobravam aos que não o
eram, como os cristãos407. A própria igreja começou a amenizar a
questão dos juros. O juro foi então admitido, podendo então ser sim-
ples ou composto. Várias teorias existem para os explicar408. Uma
das mais prestigiosas refere-se à privação sofrida pelo titular do ca-
pital ao emprestá-lo ao devedor, durante o tempo em que à disposi-
ção deste ficasse o numerário, sujeito, ainda, aos riscos quanto à
possibilidade de o patrimônio dele, devedor, responder pela dívi-
da409. Outra toca à presunção de que a quantia em dinheiro, ou seu
CLASSIFICAÇÕES DO JURO
416 - HEDEMANN, Justus Wilhelm. Tratado de Derecho Civil. Trad. Jaime Santos
Briz. Madrid: Editorial Revista de Derecho Privado, 1958, v. 3, p. 96.
138
da a situações mais vantajosas para o devedor ou as finalidades es-
peciais de determinadas operações, exigindo o desestímulo à ina-
dimplência417.
8.3.3. Lucro
Lucro x salário:
Já se mostrava comum entre os clássicos do liberalismo econô-
mico a percepção de que o lucro aumenta na proporção inversa do
salário431, apesar de uma ou outra contestação432.
430 - Recurso extraordinário 422941. Relator: Min. Carlos Velloso. Diário de Justi-
ça da União. Brasília, 24 mar 2006.
431 - NUNES, Antonio José Avelãs. Uma introdução à economia política. São
Paulo: Quartier Latin, 2008, p. 437; WALRAS, Léon. Compêndio dos elementos de
economia política pura. Trad. João Guilherme Vargas Netto. São Paulo: Nova
Cultural, 1996, p. 313; SMITH, Adam. A riqueza das nações – uma investigação
sobre a sua natureza e as suas causas. Trad. Luís João Baraúna. São Paulo: Nova
Cultural, 1996, v. 1, p. 118-9; RICARDO, David. Princípios de economia política e
do imposto. Trad. C. Machado Fonseca. Rio de Janeiro: Atena, 1937, p. 69; MAL-
THUS, Thomas Robert. Ensaio sobre a população. Trad. Antônio Alves Cury. In:
GALVEAS, Ernane [org.]. Os economistas – Malthus. São Paulo: Nova Cultural,
1996, p. 253-4; AMARAL, Alexandre Augusto Pinto Coelho de. O contrato coleti-
vo de trabalho no Direito corporativo português. Boletim da Faculdade de Direito
de Coimbra. Coimbra, v. 11, p. 331-2, 1953 - supl.; HUBERMAN, Leo. História da
riqueza do homem. Trad. Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1986, p.
207; MYRDAL, Gunnar. Aspectos políticos da teoria econômica. Trad. José Auto.
São Paulo: Nova Cultural, 1986, p. 99-100; CAMARGO, Ricardo Antônio Lucas.
O direito exaurido – a hermenêutica da Constituição Econômica no coração das
trevas. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 2011, p. 124.
432 - NUNES, Antonio José Avelãs. Uma introdução à economia política. São
Paulo: Quartier Latin, 2008, p. 538-9; SAY, Jean-Baptiste. Tratado de econo-
mia política. Trad. Balthazar Barbosa Filho. São Paulo: Abril Cultural,
1983, p. 318-9; JEVONS, William Stanley. A teoria da economia política.
Trad. Cláudia Lavensveiler de Moraes. In: JEVONS, William Stanley &
MENGER, Carl. Os economistas. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 158 -
9; NASSAU SENIOR, William. Three lectures on the rate of wages.
http://socserv2.socsci.mcmaster.ca/~econ/ugcm/3ll3/senior/wages.html, acessado
em 23 ago 2011; GALVES, Carlos. Manual de economia política atual. Rio de
Janeiro: Forense, 1972, p. 177-9; WIESER, Friedrich Von. Natural value. Transl.
Christian A. Malloch. http://praxeology.net/FW-NV-III-3.htm, acessado em 29 ago
2011; KNIGHT, Frank Hyneman. Inteligência e ação democrática. Trad. Francisco
J. Beralli. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 1989, p. 167.
144
Marx433 enuncia a teoria da mais valia, aceitando a proporção es-
tabelecida pelos seus antecessores entre o salário e o lucro, para con-
cluir que há a subtração da parcela correspondente a este a partir do
que seria devido ao trabalhador. É interessante notar, contudo, que a
percepção inicial de que um nível salarial mais reduzido asseguraria
uma lucratividade maior às empresas vem, após um exame mais
aprofundado, a ser abalada pelo dado de salários mais elevados po-
derem resultar, antes, em maior motivação para o trabalho e, conse-
qüentemente, que haja menor esforço e maior produtividade 434.
Participação do trabalhador nos lucros da empresa 435: esta idéia
foi posta em prática muito antes de Marx escrever O capital. Napo-
leão estabeleceu para os artistas da Comédie Française uma partici-
pação no que fosse arrecada pela bilheteria. Na França, hoje, existem
os denominados planos de acionariados, que consistem na oferta de
ações da companhia aos empregados. Nas condições de acionistas,
eles participam dos lucros da mesma. Aqui no Brasil, algumas em-
presas concediam participação nos lucros. A Constituição de 46
prometeu essa participação. E o mesmo o fez a Constituição de 67.
Indagava-se como iriam operacionalizar tal participação sem terem
os operários acesso à contabilidade da empresa. Adotou-se uma so-
lução: a Lei Complementar n. 7, de 1970, institui o chamado pro-
grama de integração social, o PIS, que constitui uma exação fiscal
8.3.4. Salário
444 - BARRE, Raymond. Manual de economia política. Trad. Pierre Santos. Rio de
Janeiro: Fundo de Cultura, 1970, v. 3, p. 78.
445 - MARSHALL, Alfred. Princípios de economia. Trad. Rômulo Almeida &
Ottolmy Strauch. São Paulo: Abril Cultural, 1982, v. 2, p. 286.
446 - SAMUELSON, Paul A. Introdução à análise econômica. Trad. Luiz Carlos
do Nascimento Silva. Rio de Janeiro: Agir, 1966, v. 2, p. 234.
447 - WICKSELL, Knut. Lecciones de economía política. Trad. Francisco Sánchez
Ramos. Madrid: Aguilar, 1947, p. 42.
448 - SAMUELSON, Paul A. Introdução à análise econômica. Trad. Luiz Carlos
do Nascimento Silva. Rio de Janeiro: Agir, 1966, v.2, p. 240.
149
Tribunal Federal449. Essa irredutibilidade é puramente nominal, não
real, sendo uma das razões o dado de que, como a inflação não afeta
igualmente a cada nível salarial, somente mediante lei se poderia
estabelecer o índice de reajuste que iria, efetivamente recompô-lo,
faixa a faixa. Não há direito a obter reajuste salarial sem previsão
expressa em lei450. Antes que se traga a objeção de que, para a solu-
ção deste problema, bastaria deixar à lei da oferta e da procura o
estabelecimento do ponto de equilíbrio entre os interesses do capital
e do trabalho, redorde-se que uma das razões pelas quais não há co-
mo se estabelecer, faticamente, um mercado de concorrência perfeita
no campo do trabalho, de tal sorte que pudesse haver uniformidade
geral nos níveis salariais é o dado de que, ao lado de categorias que
podem, perfeitamente substituir-se umas às outras, existem aquelas
que somente o podem fazer em parte e aquelas que não se podem
substituir entre si, correspondendo aos denominados “grupos não
concorrentes”451. Cabe falar, outrossim, nos adicionais voltados a
compensar financeiramente determinados infortúnios. Tais infortú-
nios, a rigor, num plano ideal deveriam ser eliminados, mas se con-
sidera que, em determinadas circunstâncias, o custo se poderia tornar
insuportável para as empresas, inviabilizando o próprio desenvolvi-
mento da atividade econômica452. Por esta razão, criam-se sucedâ-
neos financeiros, caso contrário, ninguém se disporia a desempenhar
atividades que de tais incômodos estivessem inçadas. A tais sucedâ-
Carlos Alberto Pereira de & LAZZARI, João Batista. Curso elementar de Direito
Previdenciário. São Paulo: LTr, 2005, p. 299-301; NASCIMENTO, Amauri Masca-
ro. Iniciação ao Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2002, p. 340.
456 - GUITTON, Henri. Economia política. Trad. Oscar Dias Correa. Rio de Janei-
ro: Fundo de Cultura, 1961, v. 3, p. 245.
457 - SINGER, Paul. Repartição da renda – pobres e ricos sob o regime militar.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985, p. 30.
458 - CESARINO JÚNIOR, Antônio Frederico. Direito Social. São Paulo: LTr,
1970, v. 2, p. 272-3; BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho.
São Paulo: LTr, 2011, p. 798-800; LEITE, João Antônio G. Pereira. Estudos de
Direito do Trabalho e Direito Previdenciário. Porto Alegre: Síntese, 1979, p. 133.
459 - TORRES, Alberto. A organização nacional. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 1938, p. 286; LENIN, Vladimir Ilitch Ulianov. O desenvolvimento do
capitalismo na Rússia. Trad. José Paulo Netto. São Paulo: Abril Cultural, 1982, p.
282; CESARINO JÚNIOR, Antônio Frederico. Direito Social. São Paulo: LTr,
1970, v. 2, p. 180; ENGELS, Friedrich. A situação da classe trabalhadora na
Inglaterra. Trad. Rosa de Camargo Artigas & Reginaldo Forti. São Paulo: Global,
1988, p. 203-5; BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. São
Paulo: LTr, 2011, p. 647-8; MARX, Karl. O capital. Trad. Reginaldo Sant’Anna.
Rio de Janeiro; Civilização Brasileira, 1975, v. 1, p. 196; CARREIRO, Carlos H.
Porto. Lições de economia política e noções de finanças. Rio de Janeiro: F. Brigui-
152
públicas, o Ministério Público do Trabalho vem combatendo este
tipo de conduta, tido como apto a reduzir o trabalhador a condição
análoga à de escravo460. Como é correntia a afirmação de que as
dificuldades para que o Brasil se desenvolva estão radicadas, além
da carga tributária, nos pesados ônus sobre a folha de pagamento – o
que pressupõe que eles sejam sempre atendidos e não existam outras
formas, inclusive em lei, para se os satisfazer, quando não são efeti-
vamente inadimplidos -, é bom lembrar que nos meios rurais, a legis-
lação trabalhista chega apenas formalmente. E, muitas vezes, consi-
derando determinados ambientes, como as cerradas matas amazôni-
cas, não tem como se fazer um controle mais efetivo, e ali o traba-
lhador fica totalmente à mercê do empregador.
8.4. Consumo
et, 1952, p.376; SIMCH, Francisco Rodolfo. Economia social. Porto Alegre: Globo,
1912, p.41; RUSSOMANO, Mozart Victor. Curso de Direito do Trabalho. Curiti-
ba: Juruá, 2002, p. 365; CAMINO, Carmen. Direito individual do Trabalho. Porto
Alegre: Síntese, 2003, p. 345, nota 410.
460 - BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Agravo de Instrumento em Recurso
de Revista n° TST-AIRR-33840-41.2004.5.01.0411. Relator: Min. Dora Maria da
Costa. DJ-e 24 set 2010; LOTTO, Luciana Aparecida. Ação civil pública contra o
trabalho escravo. São Paulo: LTr, 2008, p. 103-6; BRITO FILHO, José Cláudio
Monteiro de. Trabalho decente. São Paulo: LTr, 2004, p. 76-7; MACHADO, Jorge
Luís. O trabalhador indígena e o direito à diferença – o caminho para um novo
paradigma antropológico no Direito Comparado. LTr. São Paulo, v. 75, n. 9, p.
1.103, set 2011.
461 - SMITH, Adam. A riqueza das nações – uma investigação sobre a sua nature-
za e as suas causas. Trad. Luís João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1996, v. 2,
p. 146; NUNES, Antonio José Avelãs. Uma introdução à economia política. São
Paulo: Quartier Latin, 2008, p. 448; MYRDAL, Gunnar. Aspectos políticos da
teoria econômica. Trad. José Auto. São Paulo: Nova Cultural, 1986, p. 117.
153
destinada ao consumo, realmente, isto é, a aquisição dos bens para a
satisfação das necessidades próprias462. Os ganhos dos mais pobres,
em regra, são totalmente ou majoritariamente absorvidos pelo con-
sumo, diversamente dos ganhos dos mais afortunados, que, por tal
motivo, ofertarão ao pensamento neoclássico o argumento de que
“dado que só os ricos economizam, a desigualdade é justificada” 463.
Claro que, com a admissão da rigidez das situações dos fatores de
produção como falha de mercado464, tal argumento se veria algo aba-
lado. De qualquer sorte, é de se observar que o consumo das classes
menos aquinhoadas pela fortuna é predominantemente função do
respectivo ganho, ao passo que o das mais abastadas vem a consultar
outros fatores, como moda, gostos pessoais, índice de prestígio ou
poder e tantos outros, que muitas vezes levam a desprezar o fator
preço no momento da aquisição de um bem que, para outras classes,
teria neste fator um peso predominante465. A propensão média a con-
sumir – isto é, o que se entende que traduza a inclinação de alguém
ou algum grupo, determinado ou indeterminado, a consumir – é es-
tabelecida pela relação entre o consumo e a “renda” – aqui, no senti-
do de “ganho” -. A propensão marginal a consumir será estabelecida
pela relação entre a variação do consumo e a da “renda”. Tal pro-
pensão tende a aumentar com o incremento dos ganhos, mas a dimi-
nuição destes não acarreta necessariamente a respectiva redução. De
qualquer sorte, são sobejamente conhecidas dos economistas as
mensurações das taxas de dilatabilidade, quando é positiva a varia-
ção dos ganhos e, quando esta é negativa, de compressibilidade466.
De qualquer sorte, deve-se tomar em consideração que a variação
dos ganhos também influi na propensão a poupar. Cada unidade
econômica que não é “consumida” é “poupada” e, por esta razão, a
8.4.3. Consumidor
159
tus.480 É, por sinal, com base nele que se pode explicar a presença de
fatores distintos do preço e da remuneração para que a publicidade
tenha como induzir o consumo481.
Efeito-memória: aquele que uma vez fruiu daquele serviço ou
teve a possibilidade de consumir aquele bem, quer experimentar
novamente a sensação daquela satisfação482. O efeito-memória tam-
bém se liga a uma das principais características psicológicas do ser
humano, que é o amor extremado às próprias percepções e, ipso facto,
às próprias convicções, tenham elas um fundamento racional ou
não483.
Efeito-cremalheira: quando eu vou utilizando determinado bem,
ele vai satisfazendo minha necessidade. Chega um determinado mo-
mento em que se passa do limite da satisfação e vai-se para a satura-
ção (Leis de Gossen)484. De outra parte, uma vez experimentada uma
forma de fruição apta a gerar um prazer em “nível mais elevado”,
seja sob o aspecto qualitativo, seja sob o aspecto quantitativo, seja
sob ambos, o indivíduo relutará em retornar a uma situação cujo
nível de consumo se coloque em patamar inferior485. Este aspecto do
“efeito-cremalheira” liga-se ao que se considera um dos principais
acicates para a “acumulação”, ou seja, “a riqueza e o prazer futuros
do indivíduo que acumula, ou daqueles para quem pretende deixar os
488 - GALVES, Carlos. Manual de economia política atual. Rio de Janeiro: Foren-
se, 1972, p.. 458; LANDAUER, Carl. Sistemas econômicos contemporâneos. Trad.
Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar, 1966, v. 1, p. 16-7.
489 - SAMUELSON, Paul A. Introdução à análise econômica. Trad. Luiz Carlos
do Nascimento Silva. Rio de Janeiro: Agir, 1966, v. 2, p. 446.
490 - CALMON, Pedro. História social do Brasil. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 1939, v. 3, p. 26.
491 - Curso de economia política – introdução ao Direito Econômico. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2003, p. 99.
163
Sistema tradicional:
Em primeiro lugar, cabe falar no comunismo primitivo, eco-
nomia votada ao auto consumo, somente cabendo falar em apro-
priação privada no momento da captura e fruição do bem 492. Não
há falar, nesse sistema, em mercado, embora, quando surge a
produção de excedentes, começa a surgir a idéia do mercado. Aí
temos uma transição do sistema tradicional de auto consumo pa-
ra um sistema tradicional de mercado. Ex: economia dos Aste-
cas. Começam a surgir também as disputas por espaços, as guer-
ras – tidas como forma natural de utilização do excedente de
produção493 -, e, em função delas, os que sobrevivem a elas se
tornam prisioneiros e são convertidos em escravos. Passamos
então a ter o sistema escravocrata, baseado na propriedade imo-
biliária: a economia é essencialmente agrária. A propriedade da
terra é o principal meio de produção. Quanto maiores as exten-
sões de terra, mais braços se tornam necessários para a explora-
ção. E estes braços serão os escravos. O ápice da sofisticação se
deu com os romanos. O início do comércio se deu de forma tê-
nue. Porém, vai chegar um momento em que o sistema escravo-
crata vai começar a ruir, em primeiro lugar, pelo advento do
cristianismo porque, entre os cristãos, aquela idéia de tratar o ser
humano como uma ferramenta se torna estranha. É uma visão
que nasce a partir das camadas mais humildes da sociedade. Em
segundo lugar, porque cada vez mais o império romano esta a se
desagregar, assediado pelos bárbaros nômades, principalmente
os germânicos. E quando Roma cai, as relações passaram a ser
estabelecidas mediante contratos. No sistema feudal, todas as re-
lações são contratuais494, do mesmo modo que, n’ O anel do ni-
belungo, de Wagner, o poder de Wotan sobre os deuses e os
demais entes nasce, justamente, de um juramento – um pacto,
em suma – sobre a lança que ele porta: isto é, tudo provém ex-
clusivamente da convenção, do acordo entre os interessados.
492 - GROTIUS, Hugo. O direito da guerra e da paz. Trad. Ciro Mioranza. Ijuí:
UNIJUÍ, 2004, v. 1, p. 311; GIDE, Charles. Compêndio de Economia Política.
Trad. F. Contreiras Rodrigues. Porto Alegre: Globo, 1933, p. 180.
493 - FURTADO, Celso. Teoria e política do desenvolvimento econômico. São
Paulo: Companhia Editora Nacional, 1969, p. 129.
494 - BARRE, Raymond. Manual de economia política. Trad. Pierre Santos. Rio de
Janeiro: Fundo de Cultura, 1970, v. 1, p. 172-3.
164
“Cada senhor feudal era rei em seu feudo, e daí os castelos e as
muralhas a fortificá-los em seus territórios. E esse isolamento
trazido pelo feudalismo concorreu para implantar o sistema de
territorialidade: nenhum senhor consentia em qualquer manifes-
tação de poder estranho a seu feudo”495. O único traço de unida-
de no Ocidente, como se sabe, era a Igreja, e o poder temporal,
praticamente, punha-se numa condição de servo do poder espiri-
tual496. “Antes da Revolução Industrial do fim do século XIX,
quando a economia mundial era de predominância rural, as po-
pulações urbanas não deviam ultrapassar um terço das rurais.
Cada homem no campo produzia para pouco mais do que a sua
subsistência e, em contrapartida, a produção doméstica dispensa
o meio rural de receber da cidade a maioria dos utensílios, te-
cidos e todos os demais produtos de que necessitavam. Prati-
cava-se uma economia praticamente ‘fechada’, de auto-
abastecimento, em que o Castelo se gabava de ter vida autôno-
ma, o mesmo acontecendo com a fazenda e a propriedade rural
em todas as suas manifestações”497. Trata-se de uma forma de
economia levada a cabo pelos grandes proprietários de terras,
buscando obter, a partir do trabalho de outros que, em troca, su-
pliquem a proteção de seu braço armado, os bens aptos a satisfa-
zerem as suas necessidades, sobretudo de produtos naturais498. A
figura do rei é a de um grande proprietário de terras que confere
aos guerreiros poderes de coação, imposição de tributos, cunha-
gem de moeda. Porém, tem uma autoridade reduzida, não tem
sequer um exército regular499. Mesmo um tratado defendendo a
concentração dos poderes políticos em uma autoridade superior,
chega a defender a juridicidade do duelo enquanto julgamento
com o resultado determinado pela Providência Divina, no caso
495 - CASTRO, Amílcar de. Direito Internacional Privado. Rio de Janeiro: Foren-
se, 2001, p. 134.
496 - CAVIEDES, Antonio Poch G. de. Precedentes medievales de la organización
internacional. Boletim da Faculdade de Direito de Coimbra. Coimbra, v. 40, p. 124,
1964.
497 - SOUZA, Washington Peluso Albino de. Direito Econômico e Economia
Política. Belo Horizonte: Prisma, 1970, v. 1, p. 369.
498 - SOMBART, Werner. El burgués. Trad. Maria Pilar Lorenzo. Madrid: Alian-
za, 1992, p. 72.
499 - HECKSCHER, Eli R. La época mercantilista. Trad. Wenceslao Roces. Méxi-
co: Fondo de Cultura Económica, 1983, p. 104.
165
de o exame das provas pelo juiz humano não lhe permitir chegar
a uma efetiva conclusão a respeito da ocorrência ou não do fa-
to500. Neste período, em que estamos no sistema feudal, vão co-
meçando a se formar as repúblicas de mercadores. Elas vão se
formando à margem dos castelos porque, justamente, no interior
do feudo, há ainda a possibilidade de realizar um comércio. O
comércio de um feudo para outro depara-se com um problema: a
moeda, pesos e medidas variam conforme os domínios dos se-
nhores por que transitem as mercadorias. Vão começar a surgir
as corporações de ofício, e elas vão ter um domínio tanto da téc-
nica como da estética, nas atividades humanas. Surgem também
as ligas, que terão seus exércitos para combater os que coloca-
rem em perigo os seus interesses comerciais 501. A imagem da
“justiça vendada, plantada nos lugares mais visíveis dos burgos,
sinaliza, evoca e adverte agora a existência de uma nova ordem
européia, cuja jurisdição é laica, implacável e imune a compro-
missos pessoais”502. Criavam-se, assim, cortes para a aplicação
do direito das corporações, direito que se baseava nos costumes
respeitados pelos mercadores e nas convenções entre eles esta-
belecidas503. Não havia ainda, aquela idéia do Estado Nacional,
dotado de soberania. Este sistema, também, se punha em prática
no Japão, com a peculiaridade de que quem não tivesse um se-
nhor para servir, era considerado não servível para nada. Tem
certos problemas. Não há uma unidade monetária que permita a
realização das trocas; de feudo a feudo, de burgo a burgo, como
dito antes, varia a moeda504. De outra parte, a moeda fiduciária,
500 - ALIGHIERI, Dante. Monarquia. Trad. Ciro Mioranza. São Paulo: Escala,
2005, p. 82; GUSMÃO, Paulo Dourado de. Introdução à ciência do Direito. Rio de
Janeiro: Forense, 1976, p. 356.
501 - SMITH, Adam. A riqueza das nações – uma investigação sobre a sua nature-
za e as suas causas. Trad. Luís João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1996, v. 1,
p. 393; GOSSEN, Hermann Heinrich. The laws of human relations and the rules of
human action derived therefrom. Transl. Rudolph C. Blitz. Cambridge: The MIT,
1983, p. 173.
502 - FRANCA FILHO, Marcílio Toscano. A cegueira da justiça: diálogo icono-
gráfico entre arte e direito. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 2011, p. 42.
503 - GUSMÃO, Paulo Dourado de. Introdução à ciência do Direito. Rio de Janei-
ro: Forense, 1976, p. 357.
504 - BODIN, Jean. Los seis libros de la República. Trad. Pedro Bravo Gala. Ma-
drid: Tecnos, 2006, p. 275.
166
emitida por banqueiros e comerciantes como solução para o
problema dos perigos presentes no transporte físico de metais,
sem qualquer garantia da autoridade pública, passava a depender
exclusivamente do precário critério das virtudes pessoais de
quem fosse o depositário da moeda metálica 505. É por isso que
os comerciantes vão conferir o apoio do seu poder econômico,
ao fortalecimento da autoridade do poder real, especialmente pa-
ra tirar o poder de cunhagem da moeda e de imposição de gra-
vames pecuniários dos senhores feudais506. É do período de for-
mação dos Estados Nacionais a assertiva: “o gênero humano de-
ve ser governado pelo monarca na busca das regras válidas para
todos e deve ser governado por uma norma universalmente váli-
da para a paz”507. Criam-se, por outra banda, os exércitos regula-
res, de tal sorte que se separarão o homem que exercita as artes
do combate, treinado inclusive para o uso das novas armas de
fogo, disciplinado, acostumado à ação harmoniosa em conjunto,
e o homem voltado ao desenvolvimento da atividade econômica,
aquele propiciando a este a segurança para desempenhar suas
atividades, o segundo, por sua vez, abastecendo o primeiro 508. A
formação do Estado Nacional que vai exercer a soberania sobre
determinado território, dotado do poder de coação, que vai reti-
rar da mão do particular, e, por outro lado, vai determinar o
505 - FARIA, Luís Augusto Estrella. Uma análise da história monetária para a
inflação brasileira. Ensaios FEE. Porto Alegre, v. 15, n. 1, p. 154, 1994.
506 - WEBER, Max. Economía y sociedad. Trad. José M. Echavarría et allii. Méxi-
co/Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 1992, p. 1.054; SMITH, Adam. A
riqueza das nações – uma investigação sobre a sua natureza e as suas causas.
Trad. Luís João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1996, v. 1, p. 392; BODIN,
Jean. Los seis libros de la República. Trad. Pedro Bravo Gala. Madrid: Tecnos,
2006, p. 82-4; HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. Trad. Waltensir
Dutra. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1986, p. 71-2; CAVIEDES, Antonio Poch G.
de. Precedentes medievales de la organización internacional. Boletim da Faculdade
de Direito de Coimbra. Coimbra, v. 40, p. 160-1, 1964.
507 - ALIGHIERI, Dante. Monarquia. Trad. Ciro Mioranza. São Paulo: Escala,
2005, p. 55.
508 - SOMBART, Werner. El burgués. Trad. Maria Pilar Lorenzo. Madrid: Alian-
za, 1992, p. 294-5; HOHENZOLLERN, Frederico II de. Anti-Maquiavel. In: ISÓ-
CRATES et allii. Conselhos aos governantes. Brasília: Senado Federal, 2003, p.
730; HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. Trad. Waltensir Dutra. Rio
de Janeiro: Ed. Guanabara, 1986, p. 72; HICKS, John. Uma teoria de história eco-
nômica. Trad. Maria José Cyhla Monteiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1972, p. 42.
167
meio universal de troca e, para tanto, vai procurar ter um máxi-
mo de lastro metálico possível, coloca-se na raiz do sistema eco-
nômico em questão509.
● Sistema da Autoridade:
O mercantilismo vai conduzir necessariamente ao metalismo. O
desenvolvimento da economia monetária, especialmente depois da
adoção do metal nobre como meio universal de troca, foi também
uma condição essencial ao desenvolvimento de um dos elementos do
espírito do capitalismo, que é precisamente a vocação para o cálculo,
possibilitando quantificar, avaliar em termos de números as opera-
ções comerciais510. As trocas comerciais decorrentes das corporações
de oficio deram origem a um novo sistema de comercialização rela-
cionado ao poder centralizado do monarca na formação do Estado
Moderno, sendo Colbert um dos mais influentes financistas do regi-
me mercantil511. O Estado vai utilizar o poder de coação para colocar
as forças econômicas a serviço da afirmação de sua soberania: a
idéia de proteger a indústria local, regulamentar o comércio, tem
como pressuposto a visão de que “el fin era la guerra, la cual exigia
una buena hacienda, y a su vez era indispensable contar con una
sólida economía”512. De outra parte, as barreiras que travavam o
comércio só tinham, mesmo, como ser removidas com o estabeleci-
mento da autoridade centralizada no Estado513. Sua política era fran-
camente nacionalista e tendencialmente belicista, justamente porque
uma economia sujeita a contratos de dívidas de dinheiro e costumes
mais ou menos fixos durante um período apreciável, em que o volu-
me de circulação e a taxa de juros internos estiveram principalmente
determinados pela balança de pagamentos, as autoridades não dispo-
riam de meios regulares para combaterem o desemprego salvo por
525 - SMITH, Adam. A riqueza das nações – uma investigação sobre a sua nature-
za e as suas causas. Trad. Luís João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1996, v. 2,
p. 147; SOUZA, Washington Peluso Albino de. Adam Smith e o ouro de Minas
Gerais (o Tratado de Methuen). Revista da Faculdade de Direito da Universidade
Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, v. 24, n. 17, p. 267-8, out 1976.
526 - Monarquia. Trad. Ciro Mioranza. São Paulo: Escala, 2005, p. 86; OCKHAM,
Guillermo de. Sobre el poder de los emperadores y de los Papas. Trad. Juan Otrera
García. Barcelona: Marcial Pons, 2007, p. 127; HOHENZOLLERN, Frederico II
de. Anti-Maquiavel. In: ISÓCRATES et allii. Conselhos aos governantes. Brasília:
Senado Federal, 2003, p. 725.
527 - CAMARGO, Ricardo Antônio Lucas. Direito Econômico e reforma do Esta-
do – 1 – a experiência européia de Constituição Econômica “socialista”: bases
para a crítica. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, Data, 1994, p. 18-23; BODIN,
Jean. Los seis libros de la República. Trad. Pedro Bravo Gala. Madrid: Tecnos,
2006, p. 167; CARRION, Eduardo Kroeff Machado. Apontamentos de Direito
Constitucional, Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1997, p. 164.
171
propriedade como título de desigualdade entre os seres humanos e,
no seio dos jacobinos, durante a Revolução Francesa, emergiu um
dos mais veementes manifestos socialistas528. Na expressão posterior
ao século XIX, partiu do pressuposto de que, no capitalismo, a ênfa-
se na liberdade implicaria necessariamente, num aprofundamento na
desigualdade de forças entre as partes. Seria uma liberdade puramen-
te formal, que somente poderia se tornar real no momento em que
não mais existissem as desigualdades entre os integrantes da socie-
dade. Importante notar que, no pensamento marxista, não há ataque
ao capitalismo sob o ponto de vista ético, sendo ele mesmo conside-
rado superior aos sistemas que o antecederam, por sua capacidade de
auto-recuperação e adaptação às crises que o abalam e, mais do que
isto, como inócuas as críticas a ele endereçadas com viés moralizan-
te529. Como as experiências de implementação do socialismo verifi-
cadas durante o século XX vieram associadas, todas, a regimes polí-
ticos fortes, vêm elas a ser trabalhadas no grupo do sistema de auto-
ridade, a despeito de a idéia de “Estado democrático e social de Di-
reito” haver sido sugerida, pela primeira vez, em escritos do socialis-
ta utópico Louis Blanc (Blanqui), no clima da Revolução de 1848530.
“Alguns perguntarão: ‘podem as liberdades ser conservadas quando
o Estado limita as liberdades econômicas?’ A História e a Antropo-
logia ainda não deram uma resposta definitiva a esta pergunta” 531.
538 - SOUZA, Washington Peluso Albino de. Direito Econômico do trabalho. Belo
Horizonte: Fundação Brasileira de Direito Econômico, 1985, p. 273; CAMARGO,
Ricardo Antônio Lucas. Direito Econômico e reforma do Estado – 1 – a experiên-
cia européia de Constituição Econômica “socialista”: bases para a crítica. Porto
Alegre: Sérgio Antônio Fabris, Data, 1994, p. 34-6; BARRE, Raymond. Manual de
economia política. Trad. Pierre Santos. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1970, v.
1, p. 176.
539 - FURTADO, Celso. Teoria e política do desenvolvimento econômico. São
Paulo: Companhia Editora Nacional, 1969, p. 156; ROSSETTI, José Paschoal.
Introdução à economia. São Paulo: Atlas, 1971, p. 196; CARRION, Eduardo
Kroeff Machado. Apontamentos de Direito Constitucional, Porto Alegre: Livraria
do Advogado, 1997, p. 182; MERCIER, Jacques. Les elections municipales en
Tunisie et l’ institutionalisation du Parti Unique au Maghreb. In: CORTIÑAS-
PELÁEZ, León [org.]. Perspectivas del Derecho Público en la segunda mitad del
siglo XX – homenaje a Enrique Sayagues-Laso. Madrid: Instituto de Estudios de
Administración Local, 1969, t. 1, p. 771; In: FUNDAÇÃO BRASILEIRA DE DI-
REITO ECONÔMICO. Novo Dicionário de Direito Econômico. Porto Alegre:
Sérgio Antônio Fabris, 2010, p. 80; PIGOU, A. C. Teoría y realidad económica.
Trad. Samuel Vasconcelos. México: Fondo de Cultura Económica, 1942, p. 35.
540 - HECKSCHER, Eli R. La época mercantilista. Trad. Wenceslao Roces. Méxi-
co: Fondo de Cultura Económica, 1983, p. 779.
541 - LANGE, Oskar. Moderna economia política. Trad. Pedro Lisboa. Rio de
Janeiro: Fundo de Cultura, 1963, p. 164-5.
174
rado, dominariam as relações mercantis, cada qual em seu campo 542.
Ali, pois, o plano é “uma super-lei, superfonte de direitos e obriga-
ções. As funções de administração e as relações jurídicas entre os
particulares são imediatamente subordinadas a ele, suscetíveis de
anulação ou de retificação na medida em que não estejam em har-
monia com as suas disposições”543. Existe um estudo de autoria de
Maurice Duverger544 em que são mostrados os desvios que os países
que se diziam marxistas, cometeram em sua trajetória em relação à
própria doutrina de Marx, mesmo tentando guardar, em relação a ela,
alguma ortodoxia545. Já no início do Primeiro Plano Qüinqüenal na
URSS, os controles sobre os trabalhadores foram estabelecidos de tal
forma que praticamente aniquilaram a autonomia dos sindicatos,
embora, pouco depois da morte de Estaline, por ocasião da tentativa
de degelo levada a cabo por Kruschev, tenha havido um afrouxamen-
to de tais controles, com a eliminação da convocação e distribuição
forçada do trabalho, permitindo o revigoramento dos sindicatos546.
Tinha esse caráter francamente autoritário, apostando, principalmen-
te na unicidade partidária como elemento de coesão social 547, justa-
mente por confundir os embates entre os partidos políticos com os
Sistema da Autonomia:
O Estado deixa de definir os conteúdos das relações econômi-
cas, mas ele vai permanecer ainda, como titular do monopólio do
poder de coação550. E ainda há a necessidade da unidade de comando
do poder de criação da moeda. Fase do capitalismo industrial que,
para se expandir, vai dar um novo curso à aventura colonial euro-
péia551. Países agrários como ESP e PORT começam a perder suas
colônias ultramarinas. E o industrialismo impõe a presença de traba-
lhadores remunerados em todo mundo, ou seja, impõe o combate ao
tráfico de escravos552. A própria idéia de um livre-cambismo, defen-
548 - BARACHO, José Alfredo de Oliveira. Regimes políticos. São Paulo: Resenha
Universitária, 1977, p. 258; CROCE, Benedetto. Le fedi religiose oposte. In: CRO-
CE, Benedetto & EINAUDI, Luigi. Liberismo e liberalismo. Milano-Napoli: Ric-
cardo Ricciardi Ed., 1957, p. 44.
549 - ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. São Paulo: Atlas, 1971, p.
88.
550 - BONAVIDES, Paulo. Do Estado liberal ao Estado social. São Paulo: Malhei-
ros, 2007, p. 131; CHEVALIER, Jean-Jacques. Le temperament politique français.
In: CORTIÑAS-PELÁEZ, León [org.]. Perspectivas del Derecho Público en la
segunda mitad del siglo XX – homenaje a Enrique Sayagues-Laso. Madrid: Instituto
de Estudios de Administración Local, 1969, t. 1, p. 724; WEBER, Max. Economía y
sociedad. Trad. José M. Echavarría et allii. México/Buenos Aires: Fondo de Cultura
Económica, 1992, p. 45; MANKIW, N. Gregory. Princípios de microeconomia.
Trad. Allan Vidal Hastings & Elisete Paes e Lima. São Paulo: Cengage Leaning,
2009, p. 10; JAY, John. A União como requisito para a segurança nacional. In:
HAMILTON, Alexander, MADISON, James & JAY, John. O Federalista. Trad.
Heitor de Almeida Herrera. Brasília: Universidade de Brasília, 1984, p. 109; SOU-
ZA JÚNIOR, Cezar Saldanha de. Consenso e democracia constitucional. Porto
Alegre: Sagra Luzzatto, 2002, p. 30; SEN, Amartya. Desenvolvimento como liber-
dade. Trad. Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 334;
BOBBIO, Norberto. Ensaios escolhidos. Trad. Sérgio Bath. São Paulo: C. H. Car-
dim, [s/d], p. 124.
551 - SOMBART, Werner. El apogeo del capitalismo. Trad. Vicente Caridad.
México: Fondo de Cultura Económica, 1946, v. 1, p. 78.
552 - SMITH, Adam. A riqueza das nações – uma investigação sobre a sua nature-
za e as suas causas. Trad. Luís João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1996, v. 2,
176
dido por Smith, vai ser posta em prática no Brasil quando o príncipe
regente Dom João celebra os tratados com a ING permitindo o livre
ingresso de produtos industriais. Isto depois de um século de proibi-
ção das indústrias da colônia ultramarina. Enquanto se adota o sis-
tema de livre-cambismo, a ING ainda pratica protecionismo e Smith,
“paradoxalmente”, assume uma posição favorável ao protecionismo
ao defender a lei de navegação de Cromwell553. Por seu turno, Jean-
Baptiste Say chega a defender o privilégio exclusivo de uma compa-
nhia, somente pelo tempo necessário à integral recomposição dos
adiantamentos e dos riscos incorridos, quando se trate do único meio
para deflagrar “comércio inteiramente novo com povos distantes ou
bárbaros”554. É interessante observar a caracterização do comércio
com estes “povos distantes ou bárbaros” como verdadeira “pilhagem
disfarçada”, a ponto de justificar o estabelecimento de fortes para
que os comerciantes europeus se protegessem da possível vingança
dos indígenas com que, pela manhã, tivessem negociado 555.
Capitalismo liberal: exclui-se necessariamente a idéia das cor-
porações de oficio, embora as associações empresariais continuem a
todo o vapor. As bases do capitalismo liberal são a plena liberdade
contratual e a proteção da propriedade privada. “Correspondendo à
idéia de egoísmo, porém, desenvolvia-se também a de harmonia
social, procurando conciliar a satisfação de cada um com a felicida-
de de todos. Daí o princípio filosófico de que ‘a liberdade de cada
um termina onde começa a liberdade alheia’, cujas implicações polí-
ticas são conhecidas no liberalismo e cujo correspondente econômi-
p. 167; SOMBART, Werner. El burgués. Trad. Maria Pilar Lorenzo. Madrid: Ali-
anza, 1992, p. 96; BASTIAT, Claude-Frédéric. A lei. Trad. Ronaldo da Silva Legey.
Rio de Janeiro: José Olympio/Instituto Liberal, 1987, p. 22; SAY, Jean-Baptiste.
Tratado de economia política. Trad. Balthazar Barbosa Filho. São Paulo: Abril
Cultural, 1983, p. 199-200; NASSAU SENIOR, William. Three lectures on the rate
of wages. http://socserv2.socsci.mcmaster.ca/~econ/ugcm/3ll3/senior/wages.html,
acessado em 23 ago 2011; SCHOPENHAUER, Arthur. Los dos fundamentos de la
ética – el fundamento de la moral. Trad. Vicente Romano Garcia. Buenos Aires:
Aguilar, 1965, p. 171-2.
553 - SOUZA, Washington Peluso Albino de. Adam Smith e o ouro de Minas Ge-
rais (o Tratado de Methuen). Revista da Faculdade de Direito da Universidade
Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, v. 24, n. 17, p. 278-9, out 1976.
554 - Tratado de economia política. Trad. Balthazar Barbosa Filho. São Paulo:
Abril Cultural, 1983, p. 183.
555 - SOMBART, Werner. El burgués. Trad. Maria Pilar Lorenzo. Madrid: Alian-
za, 1992, p. 87.
177
co estaria expresso na livre iniciativa e, especialmente, no ‘laissez
faire’, como veremos mais adiante”556.
Contrato/propriedade: o contrato é considerado a mais plena
manifestação da liberdade individual 557. A propriedade privada era
considerada a justa recompensa pelo trabalho desenvolvido ou ao
longo da vida daquele indivíduo, ou ao longo de gerações558; a má-
xima lucratividade vem a ser vista como o passaporte da honra a
quem tivesse logrado vencer as exigências da seleção natural 559.
565 - SOUZA, Washington Peluso Albino de. Lições de Direito Econômico. Porto
Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 2002, p. 118; GOMES, Orlando. Introdução ao
Direito Civil. Rio de Janeiro: Forense, 1987, p. 53-4; SALDANHA, Nelson. For-
mação da teoria constitucional. Rio de Janeiro: Forense, 1983, p. 92; GIDE, Char-
les. Compêndio de Economia Política. Trad. F. Contreiras Rodrigues. Porto Alegre:
Globo, 1933, p.347; HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. Trad.
Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1986, p. 151; GUSMÃO, Paulo
Dourado de. Introdução à ciência do Direito. Rio de Janeiro: Forense, 1976, p.
362-3; RIPERT, Georges. Le déclin du Droit. Paris: LGDJ, 1949, p. 6; CAMPOS,
Míriam de Abreu Machado e. Análise estrutural do Anteprojeto do Código Civil
brasileiro. In: SOUZA, Washington Peluso Albino de [org.]. O conteúdo econômico
no Anteprojeto do Código Civil brasileiro. Belo Horizonte: Faculdade de Direito da
Universidade Federal de Minas Gerais, 1975, p. 17.
566 - CHEVALIER, Jean-Jacques. Le temperament politique français. In: COR-
TIÑAS-PELÁEZ, León [org.]. Perspectivas del Derecho Público en la segunda
mitad del siglo XX – homenaje a Enrique Sayagues-Laso. Madrid: Instituto de
Estudios de Administración Local, 1969, t. 1, p. 727.
567 - De la vocación de nuestra época para la legislación. Trad. José Díaz García.
In: THIBAUT & SAVIGNY. La codificación. Madrid: Aguilar, 1970, p. 89; BO-
NAVIDES, Paulo. Do Estado liberal ao Estado social. São Paulo: Malheiros, 2007,
p. 83-4; GUSMÃO, Paulo Dourado de. Introdução à ciência do Direito. Rio de
Janeiro: Forense, 1976, p. 363.
568 - MONCADA, Luís Cabral de. Filosofia do Direito e do Estado. Coimbra:
Coimbra Ed. 2006, v. 1, p. 273-4.
569 - QUESNAY, François. Quadro econômico. Trad. Teodora Cardoso. Lisboa:
Gulbenkian, 1966, p. 142; SALDANHA, Nelson. Formação da teoria constitucio-
nal. Rio de Janeiro: Forense, 1983, p. 64; CARREIRO, Carlos H. Porto. Lições de
economia política e noções de finanças. Rio de Janeiro: F. Briguiet, 1952, p. 42;
SORMAN, Guy. Sair do socialismo. Trad. Célia Neves Dourado. Rio de Janeiro:
Instituto Liberal, 1991, p. 198.
181
ralismo econômico570. “O grau de controle econômico governamen-
tal é um traço característico que se estuda desde a sociedade liberal
até um regime coletivista comunista. Mas a História nos ensina que
não se deve comfundir tal classificação com o grau de liberdade
política e de liberdades civis. Os regimes fascistas adotam, freqüen-
temente, medidas socialistas, e os comissariados comunistas restrin-
gem a liberdade individual ao mínimo. Por outro lado, vemos que a
Grã Bretanha, a Escandinávia e outras regiões socialistas conservam
as liberdades civis e políticas do indivíduo garantidas pela Constitui-
ção norte-americana”571.
“Liberismo” Termo criado pelo filósofo italiano Benedetto
Croce572 para caracterizar o liberalismo econômico, distinguindo-o
do liberalismo político. Embora não tenha feito fortuna entre nós tal
terminologia, a ausência de necessária coincidência entre o libera-
lismo político e o econômico, tal como se demonstrou anteriormente,
torna-a francamente razoável para possibilitar a distinção entre obje-
tos que não são nem idênticos nem necessariamente simultâneos.
Formação de proletariado: são trabalhadores assalariados, que
são livres para trabalharem ou não. Eles celebram o contrato de tra-
balho como eles quiserem, eles estabelecem do modo que eles quise-
rem o modo do seu trabalho. Por vezes, a jornada de trabalho ia "de
sol a sol" e podia perfeitamente ocorrer o que Joseph Conrad 573 tes-
temunhou acerca da realidade dos trabalhadores negros – não escra-
vizados – da República do Congo em 1890, isto é, “trazidos de todos
os recantos da costa, com a legalidade dos contratos temporários,
perdidos num ambiente inóspito, alimentados com comida estranha,
adoeciam, tornavam-se ineficientes, sendo-lhes então permitido ras-
tejar para longe e descansar. Essas formas moribundas eram livres
García. Barcelona: Marcial Pons, 2007, p. 79-80; LIMA, Ruy Cirne. Princípios de
Direito Administrativo. Porto Alegre: Sulina, 1964, p. 77.
595 - A riqueza das nações – uma investigação sobre a sua natureza e as suas
causas. Trad. Luís João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1996, v. 2, p. 224.
596 - QUESNAY, François. Quadro econômico. Trad. Teodora Cardoso. Lisboa:
Gulbenkian, 1966, p. 117.
597 - SOMBART, Werner. El apogeo del capitalismo. Trad. Vicente Caridad.
México: Fondo de Cultura Económica, 1946, v. 1, p. 76.
598 - Sistema nacional de economia política. Trad. Manuel Sánchez Sarto. México:
Fondo de Cultura Económica, 1942, p. 177; HECKSCHER, Eli R. La época mer-
cantilista. Trad. Wenceslao Roces. México: Fondo de Cultura Económica, 1983, p.
777.
599 - SOUZA, Washington Peluso Albino de. Do econômico nas Constituições
vigentes. Belo Horizonte: Revista Brasileira de Estudos Políticos, 1961, v. 2, p.
210; HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. Trad. Waltensir Dutra. Rio
de Janeiro: Ed. Guanabara, 1986, p. 209-210.
187
milton600. São mantidos os fundamentos do capitalismo, ou seja,
contrato e propriedade. Porém o Estado passa a ter que agir na prote-
ção da indústria nacional, tendo em vista existir uma desigualdade
no nível de industrialização das nações 601. Esse nacionalismo vai
constituir a base econômica do sentimento de aglutinação política e
inspirar a unificação alemã602.
Protecionismo: base do nacionalismo econômico, prática de um
país voltada a assegurar, no comércio exterior, as vantagens para os
seus próprios bens e serviços, supondo que a concorrência não se
trave em condições de igualdade.
Capitalismo “social”: a questão da legitimidade do poder não
deixa de guardar, modo certo, parentesco com a assertiva agostiniana
a respeito de o Estado desprovido de justiça não diferir de um bando
de ladrões603. Max Weber604 retomará o tema, distinguindo entre as
relações de poder baseadas na “força nua” e as que tivessem um
605 - Ciência e política – duas vocações. Trad. Jean Melville. São Paulo: Martin
Claret, 2011, p. 62.
606 - BUFFELAN, Jean-Paul. La conception gaullienne du pouvoir. CORTIÑAS-
PELÁEZ, León [org.]. Perspectivas del Derecho Público en la segunda mitad del
siglo XX – homenaje a Enrique Sayagues-Laso. Madrid: Instituto de Estudios de
Administración Local, 1969, t. 1, p. 745-6.
607 - CHEVALIER, Jean-Jacques. Le temperament politique français. In: COR-
TIÑAS-PELÁEZ, León [org.]. Perspectivas del Derecho Público en la segunda
mitad del siglo XX – homenaje a Enrique Sayagues-Laso. Madrid: Instituto de
Estudios de Administración Local, 1969, t. 1, p. 725; CROCE, Benedetto. Le fedi
religiose oposte. In: CROCE, Benedetto & EINAUDI, Luigi. Liberismo e liberalis-
mo. Milano-Napoli: Riccardo Ricciardi Ed., 1957, p. 39; MONCADA, Luís Cabral
de. Filosofia do Direio e do Estado. Coimbra: Coimbra Ed., 2006, v. 1, p. 392;
CAMARGO, Ricardo Antônio Lucas. Direito Econômico e reforma do Estado – 1 –
a experiência européia de Constituição Econômica “socialista”: bases para a
crítica. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, Data, 1994, p. 24.
608 - De la libertad – del gobierno representativo – esclavitud femenina. Trad.
Marta C. C. Iturbe. Madrid: Tecnos, 1965, p. 182.
609 - MAIER, Hans. Verwaltungslehre und politische Theorie. CORTIÑAS-
PELÁEZ, León [org.]. Perspectivas del Derecho Público en la segunda mitad del
siglo XX – homenaje a Enrique Sayagues-Laso. Madrid: Instituto de Estudios de
189
algumas pretensões das classes desprovidas de bens, já que poderiam
se fazer presentes no local onde os seus direitos subjetivos e seus
deveres, inclusive no que diz respeito às relações econômicas,
seriam definidos610. A fórmula geral do Estado Social é no sentido
de que uma democracia somente funciona quando seja assegurada a
igualdade de oportunidades a quantos estejam envolvidos no proces-
so econômico611. Entretanto, tal sistema não seria albergado somente
em regimes políticos democráticos612. Experiências unipartidárias
anti-liberais e anti-comunistas613, como é o caso do Nazismo e do
Fascismo614, ou mesmo apartidárias, como é o caso da Espanha fran-
645 - MORIN, Gaston. La revolte du droit contre le Code. Paris: Sirey, 1945, p. 96-
7; SILVA, Clóvis Veríssimo do Couto e. A obrigação como processo. São Paulo:
José Bushatsky, 1976, p. 26-7.
646 - Conferências, artigos e estudos. Rio de Janeiro: Globo, 2010, p. 60.
647 - CERQUEIRA, Marcello. Recado ao tempo: democracia e segurança. In:
ROCHA, Carmen Lúcia Antunes [org.]. Constituição e segurança jurídica – direito
adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada – estudos em homenagem a José
Paulo Sepúlveda Pertence. Belo Horizonte: Forum, 2005, p. 39-40.
648 - MAIER, Hans. Verwaltungslehre und politische Theorie. CORTIÑAS-
PELÁEZ, León [org.]. Perspectivas del Derecho Público en la segunda mitad del
siglo XX – homenaje a Enrique Sayagues-Laso. Madrid: Instituto de Estudios de
Administración Local, 1969, t. 1, p. 786-7; RIPERT, Georges. Le déclin du Droit.
Paris: LGDJ, 1949, p. 197; MISES, Ludwig Von. O intervencionismo. Trad. José
Joaquim Teixeira Ribeiro. Boletim da Faculdade de Direito de Coimbra. Coimbra,
v. 20, p. 451, 1945.
197
to do mercado649. Sintomático, neste particular, foi o elogio de um
dos que preconizam a adoção desta linha de pensamento ao regime
instaurado no Chile em 1973650, merecendo, a propósito, reflexão
acerca da compatibilidade entre a tese que este mesmo autor defende
segundo a qual “um indivíduo adquire direitos dentro de uma socie-
dade pela obediência às suas normas. Concepções contrárias talvez
lhe confiram direitos em outras sociedades, não na nossa. Para a
antropologia, talvez todas as culturas ou sistemas morais sejam
igualmente bons, mas é por considerar os demais inferiores que pre-
servamos nossa sociedade”651 e o ideário do liberalismo político652.
Redução indiscriminada da máquina pública: a proposição bá-
sica é a da redução do Estado ao mínimo, de tal sorte que a socieda-
de seja maior do que ele653. Entretanto, há uma admissão dos mono-
660 - BARRETO, Alberto Deodato Maia. Manual de ciência das finanças. São
Paulo: Saraiva, 1971, p. 274.
661 - GALVES, Carlos. Manual de economia política atual. Rio de Janeiro: Foren-
se, 1972, p. 294.
662 - WEBER, Max. Economía y sociedad. Trad. José M. Echavarría et allii. Méxi-
co/Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 1992, p. 722.
663 - FARIA, Edimur Ferreira de. Curso de Direito Administrativo positivo. Belo
Horizonte: Del Rey, 1999, p. 133; MEDAUAR, Odete. Direito Administrativo
moderno. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000, p. 330.
200
fosse a mola propulsora do progresso econômico664. Um dado de
curiosidade: a despeito da divergência de fins visados e de funda-
mentos, a visão neoliberal coincide com a dos integrantes da Comu-
na de Paris e a dos bolchevistas acerca da caracterização do funcio-
nalismo público como uma “casta parasitária”665.
Flexibilização de direitos trabalhistas: argumenta-se que os di-
reitos trabalhistas aumentam significativamente os custos das empre-
sas, diversamente do que ocorreria com os direitos próprios do Esta-
do liberal666. Assim, o movimento se volta no sentido de restringir a
atuação de sindicatos combativos, cujas exigências são tidas por
perniciosas ao funcionamento do mercado, garantindo, desta forma,
a mobilidade da mão-de-obra entre as empresas e, ipso facto, estan-
cando a supressão dos postos de trabalho667.
Sacralização da dívida pública: é o retorno a uma discussão que
ocorreu no inicio do sec. XX. A Venezuela, por conta de dívidas
com cidadãos da ING, ITA e ALE, sofreu um bombardeio. O chan-
celer argentino emitiu uma nota pela qual, embora fossem sagradas
as dividas publicas, a primeira dívida de um estado seria com os seus
súditos. Então, chegou-se à conclusão que na cobrança de dívidas
não caberia o uso da força668. Entretanto, uma vez reduzidas as fun-
664 - SIMONSEN, Mário Henrique. Brasil 2001. Rio de Janeiro: APEC, 2001, p.
262.
665 - LENIN, Vladimir Ilitch Ulianov. O Estado e a revolução. [s/t]. Lisboa: Avan-
te, 1983, p. 38.
666 - HAYEK, Friedrich August von. Direito, legislação e liberdade. São Paulo:
Visão, 1985, v. 3, p. 135; HEIMANN, Eduard. História das doutrinas econômicas.
Trad. Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar, 1971, p. 110.
667 - NUNES, Antonio José Avelãs. Uma introdução à economia política. São
Paulo: Quartier Latin, 2008, p. 600; POSNER, Richard. Economic analysis of Law.
New York: Aspen, 1998, p. 352; FRIEDMAN, Milton. Capitalismo e liberdade.
Trad. Luciana Carli. São Paulo: Abril Cultural, 1984, p. 115; MISES, Ludwig Von.
O intervencionismo. Trad. José Joaquim Teixeira Ribeiro. Boletim da Faculdade de
Direito de Coimbra. Coimbra, v. 20, p. 442, 1945.
668 - DRAGO, Luís Maria. Cobro coercitivo de deudas públicas. Buenos Aires:
Coni Hermanos, 1906, p. 12; BARBOSA, Ruy. A segunda Conferência de Paz. Rio
de Janeiro: Ministério da Justiça/Fundaçaõ Casa de Ruy Barbosa, 1966, p. 79;
BALEEIRO, Aliomar. Uma introdução à ciência das finanças. Rio de Janeiro:
Forense, 1986, p. 473-4; BARRETO, Alberto Deodato Maia. Manual de ciência das
finanças. São Paulo: Saraiva, 1971, p. 307; CORREA, Alexandre Augusto de Cas-
tro. Drago (Rui e a doutrina de Drago). In: FRANÇA, Rubens Limongi [org.].
Enciclopédia Saraiva de Direito. São Paulo: Saraiva, 1979, v. 29, p. 392-7; MEL-
LO, Celso Duvivier Albuquerque. Direito Internacional Econômico. Rio de Janei-
201
ções do Estado ao suficiente para garantir o funcionamento do mer-
cado, uma vez reduzido, portanto, o espectro de atividades que ab-
sorveriam as finanças estatais, estas, prioritariamente, voltar-se-iam
a honrar os empréstimos a ele feitos, atendendo, assim, às justas
expectativas de seus credores, tanto internos quanto externos, reavi-
vando-se a antiga lição segundo a qual ele gozará de tanto maior
crédito e tanto maior autoridade quanto melhor modelados e executa-
dos os respectivos orçamento e gestão financeira, até porque toda a
nação, mediante os tributos, seria responsável pelas despesas “com a
manutenção da honorabilidade do Estado”669.
Substituição do direito estatal pela Lex Mercatoria: durante a
Idade Média, os comerciantes, quando não havia um Estado nacio-
nal, estabeleciam as relações comerciais mediante seus negócios
privados. Com a globalização da economia, entendeu-se que as bar-
reiras da soberania se teriam tornado mais porosas, para conter o
volume de negociações existentes. Assim, ao invés de as relações se
estabelecerem por comandos legislativos, elas passam a estabelecer
mediante contratos. A Lex mercatoria não tem nada a ver com as leis
de mercado. A Lex mercatoria é um direito dos mercadores. Porém o
aparato estatal ainda precisa existir para manter a ordem interna 670.
Ele vem, entretanto, a ser “minimizado”, para que cada indivíduo
possa ajustar, com cada um dos seus semelhantes, relações que per-
ro: Renovar, 1993, p. 204; CAMARGO, Ricardo Antonio Lucas. Doutrina de Dra-
go. In: FUNDAÇÃO BRASILEIRA DE DIREITO ECONÔMICO. Novo Dicioná-
rio de Direito Econômico. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 2010, p. 181-2.
669 - VEIGA, Dídimo Agapito da. Ensaios de ciência das finanças e de economia
pública. Rio de Janeiro: Jacintho Ribeiro dos Santos, 1927, p. 304; SANTOS, Paulo
Rogério Silva dos. Dívida pública dos entes subnacionais no Brasil: um problema
federativo. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Estado do Rio Grande
do Sul, 2007, p. 98-104 (dissertação de mestrado); VERÇOSA, Haroldo Malheiros
Duclerc. Bancos Centrais no Direito comparado. São Paulo: Malheiros, 2005, p.
226.
670 - TORELLY, Paulo Peretti. Soberania, Estado e mercado. São Paulo: Faculda-
de de Direito da Universidade de São Paulo, 2010, p. 127-8 (tese de doutoramento);
GRAU, Eros Roberto. O discurso neoliberal e a teoria da regulação. In: CAMAR-
GO, Ricardo Antônio Lucas [org.]. Desenvolvimento econômico e intervenção do
Estado na ordem constitucional – estudos jurídicos em homenagem ao Professor
Washington Peluso Albino de Souza. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 1995, p.
74; FRIEDMAN, Milton. Capitalismo e liberdade. Trad. Luciana Carli. São Paulo:
Abril Cultural, 1984, p. 32.
202
mitam a afirmação, com igual dignidade, das diferenças de cada
qual671.
Nenhum dos sistemas apresentados aqui é encontrado no seu es-
tado de pureza. Eles são permeáveis a características de sistemas
diferentes, até porque “a história sugere que o conservantismo infle-
xível anula o seu próprio objetivo. Um aço sem flexibilidade irá
partir-se subitamente quando submetido a uma pressão”672. É de se
notar, outrossim, que a aprovação da escolha por qualquer um deles
decorre muito menos das virtudes intrínsecas a cada qual do que
propriamente dos êxitos que se mostrem visíveis perante a popula-
ção: enquanto for exitoso em propiciar o atendimento às necessida-
des e desejos da maioria da população, com a aprovação desta até
mesmo um regime ditatorial pode contar, sendo conhecido o alerta
do General De Gaulle acerca do início geralmente auspicioso das
ditaduras, por conta do entusiasmo de uns e do conformismo de ou-
tros pelo rigor de ordem que elas impõem em favor de um cenário
brilhante e de uma propaganda de sentido único, até que elas se des-
gastam pela contínua compressão da individualidade (no sentido
extra-econômico da expressão) dos cidadãos e da ultrapassagem de
todas as medidas pelos respectivos dirigentes 673. Ao mesmo tempo,
quando surgem os descontentamentos com a ausência de uma res-
posta mais ágil do Estado às carências coletivas, por conta, justa-
mente, da racionalização da máquina pública, posta para assegurar o
tratamento igualitário dos cidadãos perante o Poder Público, e se
verificam atuações de determinados segmentos que se mostram aptas
a intranqüilizarem quem detenha uma certa situação mais estável,
com o perigo, mesmo, do esgarçamento social, surgem clamores
679 - WEBER, Max. Ciência e política – duas vocações. Trad. Jean Melville. São
Paulo: Martin Claret, 2011, p.51.
205
206
10. ECONOMIA INTERNACIONAL
Antonio José Avelãs. Uma introdução à economia política. São Paulo: Quartier
Latin, 2008, p. 480.
682 - SMITH, Adam. A riqueza das nações – uma investigação sobre a sua nature-
za e as suas causas. Trad. Luís João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1996, v. 1,
p. 467; GOSSEN, Hermann Heinrich. The laws of human relations and the rules of
human action derived therefrom. Transl. Rudolph C. Blitz. Cambridge: The MIT,
1983, p. 104; MANKIW, N. Gregory. Princípios de microeconomia. Trad. Allan
Vidal Hastings & Elisete Paes e Lima. São Paulo: Cengage Leaning, 2009, p. 54-5;
JAEGER JÚNIOR, Augusto. Mercados comum e interno e liberdades econômicas
fundamentais. Curitiba: Juruá, 2010, p. 46.
683 - PIGOU, A. C. Teoría y realidad económica. Trad. Samuel Vasconcelos.
México: Fondo de Cultura Económica, 1942, p. 77.
684 - NUNES, Antonio José Avelãs. Uma introdução à economia política. São
Paulo: Quartier Latin, 2008, p. 481; MEYERS, Alfred L. Elementos de economia
moderna. Trad. Antonio Ferreira da Rocha. Rio de Janeiro: Livro Ibero-Americano,
1968, p. 362-3.
685 - ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. São Paulo: Atlas, 1971, p.
92-3.
208
circunstâncias, podem vir a justificar-se, como na hipótese de desen-
volver regiões menos favorecidas socialmente, o desenvolvimento de
atividade econômica que não afete as condições do comércio 686, a
necessidade de auto-suficiência em relação a determinado insumo
necessário à defesa nacional687. Note-se que existem, também, pro-
gramas de auxílio de um País a outro economicamente mais debilita-
do, com objetivo não só de assegurar um parceiro comercial como
para a construção de aliança688.
Dumping: como tal se costuma caracterizar a venda por preço
abaixo do praticado no mercado interno para o fim de prejudicar os
concorrentes689. Fala-se, ainda, no dumping ecológico, que consisti-
ria no desenvolvimento de atividades econômicas em determinado
território sem a necessidade de observância de restrições em prol do
meio ambiente existentes em outros países. Também se toca no
dumping social, consistente na exploração da economia baseada em
relações laborais precárias, tendentes à escravatura 690.
Balança comercial: conceito tipicamente mercantilista. Diferen-
ça entre as exportações e as importações, que, quando positiva (mais
exportações que importações), caracteriza superavit. Há, em regra,
grande número de ofertantes e grande número de procurantes, com
grande elasticidade, embora possa haver exceções. Por vezes, justifi-
cada ou injustificadamente, os governos nacionais podem estabelecer
restrições ou estímulos a exportações e importações.
211
moedas, criando, assim, o padrão-divisa ou padrão-dólar695. No caso
de inexistir o padrão-ouro, a procura de produtos estrangeiros pelos
nacionais e a oferta de produtos nacionais ao estrangeiro será deter-
minante da procura da moeda estrangeira pelo nacional e da moeda
nacional pelo estrangeiro, com reflexos na taxa de câmbio 696. Ao
lado do câmbio fixo, há o regime de livre flutuação, cuja determina-
ção decorre da lei da oferta e da procura, introduzindo no comércio
internacional um elemento de risco, a ser coberto por operações de
câmbio a termo, promovem o deslocamento dos fatores de produção
entre a destinada ao mercado interno e a destinada à exportação,
suscitam a prática da especulação financeira697. Por conta da descon-
fiança dos europeus com o dólar, formou-se o Euro Mercado, pelo
qual se expandiam os negócios financeiros ao largo da fiscalização
das autoridades monetárias e cujas taxas de juros eram baixas, moti-
vando alguns países, como o Brasil, em tempos de milagre, a se en-
dividarem maciçamente em dólar junto a ele. Por conta da derrota
política e militar dos EUA no Vietnã, aparentemente a supremacia
norte-americana no mundo ocidental estaria a aproximar-se do fim, o
que motivou, por parte do respectivo governo a implementação de
medidas voltadas ao enfrentamento de tal situação. Assim, ao lado
da inconversibilidade do dólar em ouro, veio a ser adotada a taxa
cambial flutuante, determinando, com isto, o aumento do preço do
petróleo, que era fixado em dólares, sendo de notar que a crise do
petróleo é que costuma ser apontada como a grande responsável pelo
comprometimento do sucesso do “milagre econômico” ocorrido no
início do período castrense no Brasil698. Quando Ronald Reagan
sucedeu Carter, até 1981, foi adotada nos EUA a estratégia moneta-
rista de elevação dos juros e reduzir os impostos das classes ricas e
médias altas. A partir desse ano, verificou-se uma queda nas taxas de
695 - FONSECA, João Bosco Leopoldino da. Direito Econômico. Rio de Janeiro:
Forense, 2001, p. 129; CAMARGO, Ricardo Antonio Lucas. A turbulência nos
EUA, o jornalismo e a reflexão.
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/a_turbulencia_nos_eua_o_j
ornalismo_e_a_reflexao, acessado em 18 nov 2008.
696 - SAMUELSON, Paul A. Introdução à análise econômica. Trad. Luiz Carlos
do Nascimento Silva. Rio de Janeiro: Agir, 1966, v. 2, p. 333.
697 - BARRE, Raymond. Manual de economia política. Trad. Pierre Santos. Rio de
Janeiro: Fundo de Cultura, 1970, v. 4, p. 224.
698 - NUSDEO, Fábio. Curso de economia política – introdução ao Direito Eco-
nômico. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003, p. 243.
212
juros, com o início de um ciclo de consumo e importações, tendo
como principais provedores, até 1985, Japão, Coréia do Sul e Tai-
wan, sendo de notar que os EUA, por deterem o comando da moeda
de referência nas transações internacionais, não vieram a enfrentar
problemas com a balança de pagamentos. O financiamento do déficit
dos EUA passou a ser feito por papéis do Tesouro que eram trocados
com os bancos privados por créditos contra os países latino-
americanos. A elevação da taxa de juros produziu os conhecidos
efeitos em relação à dívida externa dos países da América Latina. A
partir de 1985, foi anunciado pelos EUA que o respectivo déficit
não teria mais como ser aumentado e que a carga tributária da res-
pectiva indústria nacional teria de ser aliviada, com o que chegava a
hora dos seus parceiros comerciais fazerem o sacrifício. O Japão, por
exemplo, seria obrigado a reduzir lucros, cortar custos e a deslocar
os capiais respectivos para os países do Sudeste Asiático, rendendo,
assim, ensejo ao surgimento dos chamados “tigres”. Enquanto se
desmoronava a experiência do “Eurocomunismo”, simbolizado pelo
Muro de Berlim, cuja derrubada se deu em 1989, e os meios de co-
municação, de uma maneira geral, saudavam o triunfo do mercado
como o final feliz da história, como se o crack de 1929 tivesse sido
apenas um acidente de percurso cuja repetição os agentes privados
saberiam, em sua racionalidade, impedir, a economia dos EUA se-
guia mais às bases da expansão do consumo do que da expansão do
investimento e, no período mais recente, dos mercados financeiros
desregulados, a taxa média de expansão teria sido menor do que a
dos anos 50/60, mesmo tomando em consideração o crescimento
verificado a partir de 1995/1996, quando se verificou um ciclo de
investimento e consumo baseado numa forte concentração de capi-
tais, tendo como propulsor o mercado de crédito, que conduziu a um
alto grau de endividamento dos particulares. O aumento da rentabili-
dade dos valores mobiliários incentivou famílias e empresas a adqui-
rirem tais papéis e a, na crença de haverem aumentado o respectivo
patrimônio, terem incrementado a respectiva propensão a consumir,
endividando-se ainda mais e ofertando tais papéis como garantia,
sendo bruscamente surpreendidas pela queda do valor dos seus títu-
los e pela elevação dos preços dos bens e serviços, aumentando-lhes
o passivo e corroendo-lhes o ativo. Em 2008, o triunfalismo do dis-
curso "neoliberal" também veio a arrefecer, como a demonstrar que a
lógica binária em que o mundo se debateu durante a Guerra Fria
213
precisa ser superada no âmbito da compreensão das relações de po-
der. Assim, a raiz da crise norte-americana desde 2001 estaria em
que as empresas e as famílias, respectivamente, cortariam investi-
mento e consumo no aumento da relação entre as dívidas e o patri-
mônio, implicando o estabelecimento de um cenário de aumento de
desemprego, que determina uma contração tanto do crédito a ser
concedido como da renda disponível, conduzindo a um novo pata-
mar de restrição de gastos. A sustentação deste padrão de crescimen-
to pelos EUA teria sido decorrente de sua capacidade de atração de
capitais excedentes de todo o restante do mundo e, mesmo com a
queda da Bolsa e o declínio das taxas de juros, não se registra uma
fuga de capitais.
Tradicionalmente, em função do balanço de pagamentos se vem,
por vezes, a identificar a importância econômica de um País, como
integrante do “Primeiro” ou do “Terceiro” Mundo, ou, na terminolo-
gia corrente, como “desenvolvido” ou “subdesenvolvido”. É de se
notar que, no entanto, veio a abater-se sobre a Europa crise que veio
a afetar seriamente o respectivo balanço de pagamentos a partir do
ano de 2011, o que rendeu ensejo a que, inclusive, viessem a ser
trazidos planos de reajustamento no sentido de redução da despesa
pública, a partir de orientações do FMI. Nem por isto, o “Primeiro
Mundo” veio a se transmutar em “Terceiro”.
O Fundo Monetário Internacional, mais conhecido como FMI, é
uma organização internacional criada em 1944, a partir da Conferên-
cia Monetária e Financeira realizada em Bretton Woods, New
Hampshire, EUA, mediante Convenção Constitutiva, firmada pelos
países ali presentes, aprovada pelo Brasil mediante a edição do De-
creto-lei 8.749, de 1946, e promulgada pelo Decreto 21.177, do ano
seguinte. Sediado em Washington, D. C., teve como primeiro Presi-
dente John Maynard Keynes, e suas finalidades institucionais são as
seguintes: (1) promover a cooperação monetária internacional; (2)
expansão e desenvolvimento equilibrado do comércio internacional;
(3) promover a estabilidde cambial, mantendo a disciplina do câmbio
entre seus membros e evitando depreciações competitivas; (4) auxi-
liar na formação de um sistema multilateral de pagamentos de tran-
sações correntes entre seus membros, assim como na eliminação das
retrições cambiais aptas a dificultarem o desenvolvimento do comér-
cio mundial; (5) colocar recursos à disposição de seus membros, a
fim de possibilitar a correção de desajustes no balanço de pagamen-
214
tos, sem comprometimento de sua prosperidade nacional e internaci-
onal; (6) reduzir o grau de desequilíbrio no balanço de pagamen-
tos699.
Para se compreender bem as finalidades institucionais do FMI, é
necessário recordar que a moeda, enquanto meio universal de troca,
vem a voltar-se a facilitar o comércio no seio do território em que
circula. Quanto menores, pois, sejam as disparidades entre as moe-
das, mais fluente será a circulação de mercadorias no âmbito das
relações econômicas internacionais. De outra parte, o valor da moe-
da, por vezes, pode implicar maior ou menor facilitação no que tange
às operações internacionais – basta recordar que, em 1998, podiam-
se comprar 10 CDs em Buenos Aires por um preço que não permiti-
ria a aquisição de um no Brasil, justamente pelo mais alto valor da
moeda brasileira em relação à argentina, naquela ocasião -. Note-se
que sua Carta Constitutiva, desde logo, pressupõe a possibilidade de
ele, em sua atuação, vir a malferir a soberania de cada Estado, tendo
em vista reservar a disciplina do câmbio aos seus membros. E, não é
demais lembrar, membros do FMI são os Estados soberanos. Por
outro lado, há o condicionamento a que não se comprometa a pros-
peridade destes, seja no nível nacional ou internacional, por conta da
atuação do próprio FMI. Independentemente da polêmica que se
trave em torno de haver este, ao longo de sua história, ou não, even-
tualmente violado estas disposições700, o que se toma em considera-
ção é a lição segundo a qual uma conduta somente é considerada
pressuposto de um comando normativo quando ela se mostre passí-
vel de verificação e, por outro lado, “uma determinada conduta ou
omissão humana é feita pela ordem jurídica pressuposto de um ato
de coação porque essa ação ou omissão é considerada, pela autorida-
de jurídica, como socialmente indesejável ou nociva”701.
699 - FONSECA, João Bosco Leopoldino da. Direito Econômico. Rio de Janeiro:
Forense, 2001, p. 129-130; CAMARGO, Ricardo Antônio Lucas. A empresa na
ordem jurídico-econômica. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 2010, p. 211-3.
700 - BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Medida cautelar na ação direta de in-
constitucionalidade 1.975. Relator: Min. Sepúlveda Pertence. DJU 14 dez 2001.
701 - KELSEN, Hans. Teoria pura do Direito. Trad. João Baptista Machado.
Coimbra: Arménio Amado, 1974, p. 168; CUNHA, Sérgio Sérvulo da. Limites ao
poder do Estado (ensaio de determinação do Direito na perspectiva dos direitos
fundamentais). In: GRAU, Eros Roberto & GUERRA FILHO, Willis Santiago
[org.]. Direito Constitucional – estudos em homenagem a Paulo Bonavides. São
Paulo: Malheiros, 2001, p. 178.
215
Globalização: nome que se dá à homogeneização jurídica para
as relações que se travam em mais de um espaço territorial, com o
objetivo, no caso das relações econômicas, de se encontrar um ponto
de convergência apto a possibilitar o aumento do volume de circula-
ção de bens702. Não se confunde com a integração, que é a coordena-
ção, em nível supranacional, da legislação pertinente à política eco-
nômica, com o objetivo de formar uma entidade que se tornará res-
ponsável pelo atendimento às necessidades comuns dos Estados nela
engajados, seja mediante a edição de atos mais genéricos, a serem
detalhados pelos Estados pelas legislações internas, seja pela edição
de atos voltados a uma vinculação mais forte destes mesmos Esta-
dos: a comunidade econômica, de que são exemplos tanto a União
Européia quanto o MERCOSUL703.
Deslocamentos populacionais: não é admissível deixar o dado
econômico pura e simplesmente solto no ar como se ele não viesse a
tocar em temas que são de típico interesse jurídico. Em relação a
sociedades nômades, a migração constitui um dado constante. Já no
que tange a sociedades sedentárias, o tema vem a dizer com a pró-
pria ubicação do ser humano no mundo, não sendo raro que o mi-
grante seja visto como um concorrente em potencial e, pois, como
um inimigo, abrindo-se o campo para relações conflituosas que ul-
trapassam em muito a tradicional dicotomia capital/trabalho704.
Quando se toma em consideração o problema dos refugiados de
guerra é que aflora a importância econômica do tema com maior
clareza705. Com efeito, quando se parta do pressuposto de que o ser
humano deve ser valorado a partir do que represente na economia –
Washington Peluso Albino de Souza. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris, 1995, p.
31.
722 - SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. Trad. Laura Teixeira Mot-
ta. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p.16; NUSDEO, Fábio. Curso de eco-
nomia política – introdução ao Direito Econômico. São Paulo: Revista dos Tribu-
nais, 2003, p. 354; SOUZA, Washington Peluso Albino de. Primeiras linhas de
Direito Econômico. 6ª ed. São Paulo: LTr, 2005, p. 419-420.
723 - ROSTOW, Walt Whitman. Las etapas del crecimiento econômico – un mani-
fiesto no comunista. Trad. Rubén Pimentel. México: Fondo de Cultura Económica,
1961, p. 20; SAMUELSON, Paul A. Introdução à análise econômica. Trad. Luiz
Carlos do Nascimento Silva. Rio de Janeiro: Agir, 1966, v. 2, p. 473; SOUZA,
Washington Peluso Albino de. Primeiras linhas de Direito Econômico. 6ª ed. São
Paulo: LTr, 2005, p. 414; NUSDEO, Fábio. Curso de economia política – introdu-
ção ao Direito Econômico. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003, p. 359; BALE-
EIRO, Aliomar. Uma introdução à ciência das finanças. Rio de Janeiro: Forense,
1986, p. 62.
724 - Capitalismo, socialismo e democracia. Trad. Ruy Jungmann. Rio de Janeiro:
Fundo de Cultura, 1961, p. 106; SOMBART, Werner. El apogeo del capitalismo.
Trad. Vicente Caridad. México: Fondo de Cultura Económica, 1946, v. 2, p. 353-4;
SOUZA, Washington Peluso Albino de. Primeiras linhas de Direito Econômico. 6ª
ed. São Paulo: LTr, 2005, p. 411-2.
222
produção “que revoluciona incessantemente a estrutura econômica a
partir de dentro, destruindo incessantemente o antigo e criando ele-
mentos novos”. Por isso que se entende existirem países que crescem
e não se desenvolvem.
Desenvolvimento sustentável: A noção de desenvolvimento traz
algumas variáveis. Hoje em dia se fala muito no desenvolvimento
sustentável que é justamente aquele que se vai verificar com o menor
impacto possível no meio ambiente. É aquele que se vai verificar
com o menor impacto possível no que tange as peculiaridades cultu-
rais de cada povo, enfim, é o desenvolvimento menos doloroso 725. E
esta noção vai aparecer pela primeira vez em 1987 no relatório Bru-
ntland. Em 1993, em Viena, a Conferência de direitos humanos da
ONU reconheceu o caráter de direito humano o direito ao desenvol-
vimento.
Porém surge a questão do subdesenvolvimento que é justamente
a marca da desigualdade econômica entre os povos. Sob o ponto de
vista econômico nós temos os países desenvolvidos, primeiro mun-
do, e sub, terceiro mundo. Os países integrantes deste último, em
regra, foram colônias dos integrantes daquele, sendo de notar a ade-
quada observação segundo a qual, em pleno desenvolvimento do
capitalismo, a relação instaurada pelas metrópoles nos territórios de
cada colônia se assemelhavam muito às feudais, embora com estas
não se identificassem726. Sob o ponto de vista político, a igualdade é
plena. A distinção entre desenvolvimento e subdesenvolvimento é
uma distinção que se reporta a padrões e não à natureza. Ou seja, não
há como se estabelecer a distinção apontada como um a priori. To-
me-se, por exemplo, a definição que Samuelson oferta ao subdesen-
volvimento, a partir da consideração da “renda per capita” de um
país, mas apontando para os seguintes dados para a este caracteriza-
rem como subdesenvolvido: renda anual do indivíduo médio mais
baixa do que a dos países desenvolvidos, altas taxas de mortalidade
infantil e de analfabetismo, alta dependência do estrangeiro em ter-
mos de técnicas de saúde e medicina, maior ênfase no setor primário
do que no secundáro e terciário, maior presença da população nos
meios rurais que urbanos, menor consumo de energia não braçal,
727 - Introdução à análise econômica. Trad. Luiz Carlos do Nascimento Silva. Rio
de Janeiro: Agir, 1966, v. 2, p. 467-8; BARRE, Raymond. Manual de economia
política. Trad. Pierre Santos. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1970, v. 1, p. 105-6.
728 - SOUZA FILHO, Carlos Frederico Marés de. A liberdade e outros direitos:
ensaios socioambientais. São Paulo/Curitiba: Instituto Brasileiro de Advocacia
Pública/Letra da Lei, 2011, p. 55.
729 - PEREIRA, Caio Mário da Silva. Reformulação da ordem jurídica e outros
temas. Rio de Janeiro: Forense, 1980, p. 70.
730 - SOUZA, Washington Peluso Albino de. Primeiras linhas de Direito Econô-
mico. 6ª Ed. São Paulo: LTr, 2005, p. 345.
731 - GRAU, Eros Roberto. Planejamento econômico e regra jurídica. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 1978, p. 49.
732 - CORRÊA, Leonardo Alves. Direito Econômico e desenvolvimento: uma
interpretação a partir da Constituição de 1988. Rio de Janeiro: Publit, 2011, p.
127.
733 - HAMILTON, Alexander. O futuro equilíbrio dos poderes estaduais e nacio-
nais. HAMILTON, Alexander, MADISON, James & JAY, John. O Federalista.
Trad. Heitor de Almeida Herrera. Brasília: Universidade de Brasília, 1984, p. 194.
224
as regiões734: “os dados fundamentais da política econômica nos
Estados Federativos estão na multiplicidade dos poderes públicos e
diversidade dos fatores materiais e condições sociológicas” 735. De
outra parte, vem ganhando corpo a tese segundo a qual “convém
resguardar-se contra uma concepção burocrática e financeira de um
plano de desenvolvimento. Nada é mais perigoso, a esse propósito,
para um país subdesenvolvido, do que imaginar que é suficiente uma
equipe dirigente procurar alguns técnicos para preparar um plano de
desenvolvimento, e, em seguida, dirigir-se aos países estrangeiros
para obter os créditos necessários à realização desse plano. Se se
limita a isso, poder-se-ia, em alguns setores, obter resultados limita-
dos, mas nada se faria no sentido de uma luta verdadeira contra o
subdesenvolvimento, pois essa luta exige, antes de tudo, como a
todos os instantes estou a dizer, um grande esforço de acumulação
nacional que, no caso, impõe a participação entusiástica da popula-
ção”736.
739 - Consolidação das leis civis. Brasília: Senado Federal, 2003, v. 1, p. CLXXV-
CLXXVI.
740 - Direito das obrigações. Rio de Janeiro: Rio, 1977, p. 26-7.
741 - SOUZA, Washington Peluso Albino de. Direito Econômico e Economia
Política. Belo Horizonte: Prisma, 1970, v. 1, p. 124; SOARES, Nilda. Responsabi-
lidade pré-contratual. In: SOUZA, Washington Peluso Albino de [org.]. O conteúdo
228
No pensamento ocidental, a relação entre a atividade desenvol-
vida pelo ser humano no sentido da satisfação das respectivas neces-
sidades e o Direito enquanto meio de possibilitar a convivência dos
seres humanos mediante o estabelecimento de critérios gerais a se-
rem observados independentemente de se desejar ou não a eles ade-
rir, vem sendo cogitada desde os Pré-Socráticos, sendo de notar, por
exemplo, a Escola Pitagórica, com a sua noção matemática de pro-
porcionalidade742, que influenciaria profundamente a distinção entre
a justiça comutativa – de logo presente em célebre definição medie-
val do Direito como “relação real e pessoal de homem para homem,
que, observada, preserva a sociedade, e corrompida, corrompe-a”743 -
e a justiça distributiva, e que se liga, ainda, à noção econômica de
repartição.
Dos Sofistas, proviria a idéia do Estado como produto da vonta-
de humana para assegurar a paz, tendo em vista que nenhum argu-
mento seria válido em si e por si, nem nenhuma proposição exprimi-
ria por si só o bem e a justiça744, de onde derivaria a visão pragmáti-
co-utilitarista745 contra a qual se insurgiria Sócrates, que, ao restabe-
lecer a ligação entre a lei humana e o Logos, vem a sustentar que a
verdade, acima do capricho humano746, é que o Estado seria necessá-
rio a todo aquele que estivesse integrado na humanidade, com o que
mesmo a lei injusta mereceria obediência 747. A partir daí, derivar-se-
765 - On the duties of the clergy. Transl. Philip Schaff & Henry Wace.
http://www.ccel.org/print/schaff/npnf210/iv.i.iii.xiv, acessado em 23 set 2011.
766 - A commentary upon the Gospel according S. Luke. Transl. R. Payne Smith.
http://www.tertullian.org/fathers/cyril_on_luke_03_sermons_26_38.htm, acessado
em 23 set 2011.
767 - POSADA, Adolfo. Tratado de Derecho Político. Madrid: Librería General de
Victoriano Suárez, 1935, p. 336-7.
768 - FRANCA FILHO, Marcílio Toscano. A cegueira da justiça: diálogo icono-
gráfico entre arte e direito. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 2011, p. 38.
233
nais e reais769. É nos canonistas medievais que se encontrará a visão
da obrigatoriedade da promessa enquanto decorrência do valor dela
em si mesma, como tutela jurídica do dever moral de dizer a verda-
de770. É no direito canônico também, a partir de elaboração de Gio-
vanni d’Andrea, que uma das mais importantes exceções ao dever de
observância dos pactos, depois desenvolvida por Acúrsio e por Bár-
tolo, em busca da preservação da equivalência econômica das pres-
tações: a teoria da imprevisão771.
Santo Isidoro772, Bispo de Sevilha, antes da invasão da Penínsu-
la Ibérica pelos mouros, vem a caracterizar a propriedade como situa-
ção determinada por um título legal – herança, dinheiro ou usucapião
– e a falar na sua tutelabilidade quando se lhe dê bom uso, derivando
daí o chamar aos objetos sobre os quais recai “bens”, ao lado da
tradicional condenação da usura.
Para S. Beda, o Venerável773, prelado britânico, vem a compare-
cer, numa sociedade essencialmente agrária, onde a terra simboliza-
va não só a possibilidade de obtenção de alimentos como também a
própria razão de ser para que o indivíduo e sua família se colocassem
sob a proteção de um senhor, a idéia de que ser um proscrito, sem
possibilidade de pouso, seria um castigo pior que a morte desenvol-
vida a partir do castigo imposto a Caim, o primeiro homicida, mais
preocupado com as coisas do mundo do que com a salvação da Al-
ma. Vê no destino dele uma prefiguração do destino dos judeus, que
teriam repetido a sua afronta ao matarem Jesus.
No pensamento de S. Bernardo de Clairvaux, mesmo a busca da
salvação da Alma marcada pelo contemptus mundi não deixa de aco-
769 - GUSMÃO, Paulo Dourado de. Introdução à ciência do Direito. Rio de Janei-
ro: Forense, 1976, p. 360-1.
770 - CAVIEDES, Antonio Poch G. de. Precedentes medievales de la organización
internacional. Boletim da Faculdade de Direito de Coimbra. Coimbra, v. 40, p. 144,
1964; MARQUES, Cláudia de Lima. Contratos no Código de Defesa do Consumi-
dor. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005, p. 55-6.
771 - MARTINS-COSTA, Judith Hofmeister. Comentários ao novo Código Civil.
Rio de Janeiro: Forense, 2005, v. 5, t. 1, p. 286; SILVA, Clóvis Veríssimo do Couto
e. A obrigação como processo. São Paulo: José Bushatsky, 1976, p. 129; RIPERT,
Georges. La règle morale dans les obligations civiles. Paris: LGDJ, 1949, p. 144.
772 - The etymologies. Transl, Stephen A. Barney et allii. Cambridge: Cambridge
University, 2006, p. 121.
773 - On Genesis. Transl. Calvin B. Kendall. Liverpool: Liverpool University
Press, 2008, p. 147.
234
lher a idéia de que o ouro e a prata de boa proveniência devam ser
tratados como “dons de Deus” e, como tais, devem ser bem utiliza-
dos, sendo pecaminoso desperdiçá-los, mais grave cobiçá-los e uma
ponte certa à perdição a paixão por eles774.
Santo Tomás de Aquino traz à colação o tema do justo preço,
que vai colher em Aristóteles, a partir do conceito de “justiça comu-
tativa”, e “também recomenda o salário justo como forma de efeti-
var o justum praetium e, assim, situa o trabalho na base do valor”775.
Como salário justo, entender-se-ia o salário que permitisse o susten-
to conforme a posição social776, conceito que permanece até os dias
de hoje, diante da identificação das classes pelo consumo tanto em
termos qualitativos como quantitativos777.
Dante Alighieri778, que costuma ser mais recordado por uma fa-
ceta que não traduz o menor de seus méritos – o ter composto o mai-
or poema da Cristandade medieval, A Divina Comédia -, combaten-
do a profunda insegurança decorrente da pluralidade de centros de
poder na Idade Média, vai defender a necessidade de que somente
um governe779. A relevância desta construção jurídica para a Econo-
mia foi vista quando examinada a transição do feudalismo para o
mercantilismo.
Preocupados com a segurança das relações jurídicas por decor-
rência da mulitiplicidade de ordenamentos – o que, por óbvio, tam-
bém comprometia as relações econômicas -, desde o século XI estu-
diosos nas Universidades, procuraram resgatar o direito romano,
acrescendo glosas sobretudo às Institutas justinianéias780. Esta escola
iniciada por Irnerius, denominada dos “glosadores”, fora motivada
781 - CASTRO, Amílcar de. Direito Internacional Privado. Rio de Janeiro: Foren-
se, 2001, p. 136-7.
782 - STAVENHAGEN, Gerhard. História de las teorias económicas. Trad. Adolfo
von Ritter-Zahony. Buenos Aires: El Ateneo, 1959, p. 4.
783 - HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. Trad. Waltensir Dutra.
Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1986, p. 62.
784 - Pequeno tratado da primeira invenção das moedas. Trad. Marzia Terenzi
Vicentini. In: ORESME, Nicole & COPÉRNICO, Nicolau. Raízes do pensamento
econômico. Curitiba: Segesta, 2004, p. 69.
785 - SOUZA, Washington Peluso Albino de. Direito Econômico e Economia
Política. Belo Horizonte: Prisma, 1970, v. 1, p. 95.
786 - ORESME, Nicole. Pequeno tratado da primeira invenção das moedas. Trad.
Marzia Terenzi Vicentini. In: ORESME, Nicole & COPÉRNICO, Nicolau. Raízes
do pensamento econômico. Curitiba: Segesta, 2004, p. 72; HUBERMAN, Leo.
História da riqueza do homem. Trad. Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Ed. Guana-
bara, 1986, p. 85-6.
236
mais próximo da idéia de bem-estar, e a affectio iustitiae, que dirigi-
ria a vontade para o que a razão tem como bom em si mesmo, que
pode eventualmente não coincidir com a affectio commodi.787 No seu
ver, os negócios e o comércio se apresentam como fatos cotidianos e
atividades necessárias da sociedade, a que se não pode atirar a quali-
ficação de reprováveis, desde que propiciem o bem-estar da coletivi-
dade788. Sua posição no campo da teoria do conhecimento quanto à
inexistência dos universais como realidades em si, mas tão-somente
como características comuns a vários singulares 789, vem a abrir ca-
minho para a valorização do individualismo como dado essencial do
liberalismo econômico, cuja manifestação jurídica mais dinâmica
seria o estabelecimento das relações negociais pelo exercício pleno
da liberdade de contratar.
A controvérsia sustentada por William of Ockham contra o Papa
João XXII, no que tange a localizar a propriedade na Lex humana e
não na Lex naturalis, vez que no Jardim do Eden ela não existia, ao
passo que, em razão do pecado de Adão, a possibilidade ampla do
uso dos bens correspondente à amplitude no plano dos fatos passa a
depender do consentimento daquele a quem se atribua, convencio-
nalmente, a propriedade, porque os direitos de cada qual merecem
ser respeitados por quem não os titularize 790, tese que em muito ante-
cipa, num certo sentido, a visão liberal da liberdade de cada qual
indo aos limites da liberdade alheia e, modo certo, o debate posto
794 - A Utopia. Trad. Ana Pereira de Melo Franco. Brasília: Universidade de Brasí-
lia, 1992, p. 15-6; LEGAZ Y LACAMBRA, Luís. Horizontes del pensamiento
jurídico. Barcelona: Bosch, 1947, p. 167-8.
795 - Leviathan. London: Encyclopaedia Britannica, 1955, p. 86; CAMARGO,
Ricardo Antonio Lucas. Direito Econômico, Direito Internacional e direitos huma-
nos. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris, 2006, p. 66-7.
796 - MATA-MACHADO, Edgar de Godói. Elementos de teoria geral do Direito.
Belo Horizonte: Vega, 1972, p. 78; CARVALHO, Salo de. A hipótese do fim da
violência no discurso da modernidade penal (as representações do bárbaro e do
civilizado em “O senhor das moscas” de William Golding). In: COUTINHO, Jacin-
to Nelson de Miranda [org.]. Direito e psicanálise – inserções e interlocuções a
partir de O senhor das moscas, de William Golding. Rio de Janeiro: Lúmen Júris,
2011, p. 153.
797 - SOUZA, Washington Peluso Albino de. Direito Econômico e Economia
Política. Belo Horizonte: Prisma, 1970, v. 1, p. 97; STAVENHAGEN, Gerhard.
História de las teorias econômicas. Trad. Adolfo von Ritter-Zahony. Buenos Aires:
El Ateneo, 1959, p. 12-4; SCHUMPETER, Joseph Alois. História da análise eco-
nômica. Trad. Álvaro Moutinho dos Reis, José Silveira Miranda & Renato Rocha.
Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1964, v. 1, p. 356-7.
798 - WEBER, Adolf. Introducción al estudio de la Economía Política. Trad. José
Alvarez de Cienfuegos y Cobos. Barcelona: Bosch, 1943, p. 167.
239
tação do ouro e da prata existentes no país, a necessidade de atenção
especial ao mercado interno. Wilhelm Von Schröder, defendendo,
em continuidade ao trabalho de Becher, o papel do Estado enquanto
guia da economia, vem a ser também classificado como fiscalista e
mercantilista, no seio desta corrente. Merece menção também Veit
Ludwig Von Seckendorf, que, a partir de um exame acurado “da
história, da população, das condições econômicas, da administração,
do sistema de ensino, do direito e da justiça” nos Principados ale-
mães, após a Guerra dos Trinta Anos, vem a sugerir medidas econô-
micas que incluem a promoção das manufaturas, o estabelecimento
dos artesãos nas cidades, bem como a promoção da agricultura e
atividades que pudessem, de alguma forma, significar acréscimo de
valor à propriedade da terra, de tal sorte que, como observa Erich
Reinert799, vem a antecipar, mesmo, as teses do Estado-Providência.
Theodor Ludwig Lau, jurista e teólogo, que se insurgia contra o en-
tesouramento do dinheiro, exigindo que este circulasse livremente, a
fim de se estimular a produção industrial e o desenvolvimento das
manufaturas, como condição para assegurar-se a alimentação e o
emprego da população. Johann Heinrich Gottlob von Justi, para
quem um Governo moderado, que interviesse a curto espaço de tem-
po na economia, porém, respeitasse a propriedade privada, reduzisse
o poder das guildas, com incentivos à mineração e à agricultura seria
o mais adequado, indicando, para a realização de tais desideratos
econômicos a monarquia constitucional. Johann von Sonnenfels, por
fim, vem a tratar o aumento da população como um dado positivo
para o fortalecimento da nação. Todos eles, de qualquer modo, preo-
cupados com a solvabilidade das arcas reais, vêm a adotar idéias que
podem ser classificadas nas teorias da moeda e a respectiva influên-
cia nos preços800, idéias que se vieram a fazer presentes na obra de
Frederico, o Grande801, quando sustenta que, ao lado da segurança,
seria dever do Príncipe cuidar da felicidade dos súditos, pois “um
802 - O direito da guerra e da paz. Trad. Ciro Mioranza. Ijuí: UNIJUÍ, 2004, v. 1,
p. 315.
803 - A theologico-political treatise. Transl. John Childs.
http://www.philosophyarchive.com/index.php?title=ChapterXVI_-_A_Theologico-
Political_Treatise_-_Spinoza, acessado em 24 set 2011.
804 - MATA-MACHADO, Edgar de Godói. Elementos de teoria geral do Direito.
Belo Horizonte: Vega, 1972, p. 82.
805 - SCHOPENHAUER, Arthur. El mundo como voluntad y representación. Trad.
Eduardo Ovejero. Buenos Aires: Nueva, 1942, p. 970.
806 - CAMARGO, Ricardo Antonio Lucas. Direito Econômico – aplicação e eficá-
cia. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 2001, p. 52.
807 - MATA-MACHADO, Edgar de Godói. Elementos de teoria geral do Direito.
Belo Horizonte: Vega, 1972, p. 81-2.
808 - SOUZA FILHO, Carlos Frederico Marés de. A liberdade e outros direitos:
ensaios socioambientais. São Paulo/Curitiba: Instituto Brasileiro de Advocacia
Pública/Letra da Lei, 2011, p. 90.
241
thur Schopenhauer809, embora este faça uma distinção entre a proprie-
dade havida como “de direito natural”, por ter sido adquirida com o
fruto do próprio esforço, e a propriedade decorrente da ação do Deus
Eventus.
Gottfried Leibnitz, mais conhecido, evidentemente, por suas
contribuições no âmbito da matemática e da metafísica, não deixa de
trazer uma contribuição ao entendimento da relação entre Economia
e Direito, a partir da sua premissa geral de que, tendo Deus feito este
mundo e sendo, tudo o que por Ele feito, o melhor possível, este
seria o melhor dos mundos possíveis, não deixa de apontar para a
sacralidade das posições que cada qual neste mundo ocupa - seja na
hierarquia clerical, seja entre os leigos, seja na família, seja como
rei, seja como súdito, seja como suserano, seja como vassalo, seja
como senhor, seja como escravo, seja como patrão, seja como em-
pregado – como manifestação da perfeição ética810.
Entre os fisiocratas, não foi ausente a preocupação com o Direi-
to Natural, sendo de recordar que uma das contribuições de Quesnay
à Enciclopédia foi justamente o verbete sobre “Direito Natural”,
tomando a economia de trocas – materializada, como se sabe, medi-
ante negócios jurídicos – como manifestação de uma “ordem natu-
ral”.
Na mesma obra em que debate a necessidade da desconcentra-
ção do poder estatal, Montesquieu811 ocupa-se de temas econômicos,
como as funções do dinheiro, do câmbio e da usura, apontando, em
relação a esta última, o fortalecimento do seu exercício abusivo e
subterrâneo em virtude da rigidez da legislação voltada a reprimi-la.
Voltaire812 tem como a mais perfeita das ordens jurídico-econômicas
aquela que melhor atender ao interesse dos proprietários, evitando
que os camponeses sejam ricos para que tenham a riqueza da liber-
dade de poderem vender a respectiva força de trabalho a quem me-
818 - Propedêutica filosófica. Trad. Artur Morão. Lisboa: Ed. 70, 1989, p. 144-5.
819 - SOUZA, Washington Peluso Albino de. Direito Econômico e Economia
Política. Belo Horizonte: Prisma, 1970, v. 1, p. 128.
820 - El mundo como voluntad y representación. Trad. Eduardo Ovejero. Buenos
Aires: Nueva, 1942, p. 345; CAMARGO, Ricardo Antonio Lucas. Direito Econô-
mico – aplicação e eficácia. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 2001, p. 61-3.
821 - Le obbligazioni. Trad. Giovanni Pacchioni. Torino: UTET, 1912, p. 377-8;
SOUZA, Washington Peluso Albino de. Direito Econômico e Economia Política.
Belo Horizonte: Prisma, 1970, v. 1, p. 128-9; MARTINS-COSTA, Judith Hofmeis-
ter. Comentários ao novo Código Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2005, v. 5, t. 1, p.
249-250.
244
expressa em unidades monetárias quanto o que tal soma representa-
ria em termos de bens a serem adquiridos -, em oposição ao raciona-
lismo da Revolução Francesa, merece também consideração, neste
particular.
O mesmo se diga acerca das escolas ligadas ao utilitarismo –
dentre as quais se destaca a de Rudolf von Jhering - que, ao tomarem
o interesse como conceito nuclear do Direito, espelham ligação um-
bilical entre este e a Economia. Reduz-se, em tais concepções, não
só o Direito como toda a ética à condição de “regulamentação cientí-
fica e inteligente do egoísmo, a aritmética do prazer”822.
Conhecida sobejamente a posição atribuída ao materialismo dia-
lético sustentado a partir da obra de Marx e Engels, dando como
causa fundamental das relações sociais – as jurídicas dentre elas – o
dado econômico. Este traduziria, então, a “infra-estrutura”, ao passo
que o Direito seria, apenas, parte da “super-estrutura” que lhe daria
forma. O papel do direito é de viabilizar o funcionamento da econo-
mia823. Curiosamente, visão desta mesma natureza se colocaria para
autores francamente antípodas ao marxismo, como é o caso de Ha-
yek, para quem a função natural do Direito é a de servo das relações
definidas espontaneamente no mercado, viabilizando-as e dando-lhes
segurança.
Rudolf Stammler824: escreve um livro no início do século XX
justamente para combater o materialismo histórico. Refuta Marx
dizendo que não é a economia que determina o direito. O direito é
que constrói a economia.
832 - KELSEN, Hans. Teoria pura do Direito. Trad. João Baptista Machado.
Coimbra: Arménio Amado, 1974, p. 137-8; BARZOTTO, Luís Fernando. O positi-
vismo jurídico contemporâneo – uma introdução a Kelsen, Ross e Hart. São Leo-
poldo: UNISINOS, 1999, p. 35-6; VILANOVA, Lourival. As estruturas lógicas e o
sistema do Direito Positivo. São Paulo: Max Limonad, 1997, p. 105.
249
gerar obrigações válidas, ou não, ou seja, nós temos o conteúdo da
norma que terá uma determinada valorada. Quando se toma em con-
sideração um determinado fato econômico ele pode se desdobrar em
vários fatos jurídicos distintos833 – pode gerar conseqüências pró-
prias do Direito Civil, do Direito Penal, do Direito Administrativo,
do Direito Tributário, enfim, cada qual com a sua peculiaridade do
tratamento jurídico do dado econômico -. Todas as vezes em que
estivermos diante de normas jurídicas com conteúdo econômico,
estaremos lidando com o conceito de Direito da Economia, que não
chega, propriamente, a ser um ramo, quer da ciência jurídica, quer
do Direito positivo, mas um conjunto de normas de diversos ramos
do Direito que têm como característica comum tratar do fato econô-
mico.
Quando nós estivermos tratando esse fato – conteúdo econômico
da norma jurídica - como objeto de política econômica, ou seja,
quando nós estivermos diante de uma posição de um ordenamento
jurídico no sentido de dar determinado rumo à realidade econômica
uma manifestação de poder econômico, estaremos lidando com o
Direito Econômico, a que se refere nominalmente o inciso I do artigo
24 da Constituição de 1988. Os objetivos econômicos são, neste
campo, instrumentalizados e condicionados pelo direito834.
Seguindo a conceituação posta pelo introdutor da disciplina no
Brasil, o Professor Washington Peluso Albino de Souza835, Direito
Econômico é o ramo do direito constituído por normas de conteúdo
econômico, buscando harmonizar interesses individuais e coletivos,
tendo por objeto a regulamentação da política econômica e por sujei-
to agente que dela participe observada a ideologia constitucional
adotada valendo-se do principio da economicidade.
Ideologia constitucionalmente adotada: a ideologia constitucio-
nalmente adotada. Ideologia é tomada na acepção de Mannheim 836 –
833 - BECKER, Alfredo Augusto. Teoria geral do Direito Tributário. São Paulo:
Saraiva, 1963, p. 291.
834 - BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Mandado de segurança 21.729. Relator:
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co. São Paulo: Saraiva, 1980, p. 34.
250
um sistema de valores que se têm como dominantes em uma deter-
minada sociedade; uma visão dominante num determinado grupo
social, independentemente de ser boa ou má – basta ser dominante
para ser ideologia837.
Economicidade: significa a busca da linha de maior vantagem
em relação ao caso. E esta maior vantagem pode ser de varias natu-
rezas, muitas vezes se pensarmos no incentivo fiscal, no aspecto
contábil, ele seria barbaramente anti econômico, o fisco perde di-
nheiro (literalmente)838. Porém, se o incentivo corresponde a um
projeto de interesse público, não implica a subtração de receitas para
o atendimento de deveres preexistentes e é efetivamente desenvolvi-
do, com a efetiva concreção do que se buscava, aí vê-se atendido
esse princípio, porque a renúncia dessa receita deu-se com o fim de
ver aquele interesse público atendido.
A economia vai ajudar a identificar o fato, ajudar a verificar
como é que o fato se comporta, vai ser, em suma, uma verdadeira
ciência auxiliar do direito, uma fonte auxiliar. Jamais poderá a eco-
nomia, substituir o direito enquanto o referencial para a solução de
problemas jurídicos, do mesmo modo que jamais poderá o direito
substituir as ciências do ser na solução dos problemas a estas ineren-
tes839. Isto porque ao direito, enquanto ciência, compete o estudo do
modo como se imputam conseqüências ao fato, ao passo que às ciên-
cias do ser compete o estudo do modo como as conseqüências decor-
rem, necessariamente, do fato, sendo de bom alvitre recordar que
“nem tudo da realidade física ou social entra no quadro esquemático
da hipótese da proposição normativa”840. Mesmo o estabelecimento
de ficções jurídicas não é suficiente para assegurar ao direito a capa-
cidade de transmutar os fatos tais como são: ele apenas, por motivos
841 - LEIBNITZ, Gottfried. Discurso de metafísica. Trad. João Amado. Lisboa: Ed.
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287
288
ÍNDICE REMISSIVO
289
Antônio de Oliveira Salazar, 11 benfeitorias, 39
Antônio Frederico Cesarino bens acabados, 30
Júnior, 70, 153, 154 bens acessórios, 29
António José Avelãs Nunes, 11, bens ativos, 29
14, 64, 68, 69, 91, 101, 103, bens autônomos, 29
104, 124, 145, 146, 147, 155, bens coletivos, 127
159, 170, 174, 175, 182, 201, bens complementares, 29
203, 206, 210, 224 bens compostos, 30
Antonio Poch G. de Caviedes, bens corpóreos, 28
166, 169, 171, 236 bens de consumo, 28
Arion Sayão Romita, 181 bens de custo, 29
Aristóteles, 61, 136, 210, 231, bens de fruição coletiva, 28
233, 237, 246 bens de fruição individual, 28
Arnaldo Rodrigues Duarte, 16 bens de investimento, 29
Arnoldo Medeiros da Fonseca, bens de produção, 28, 52, 53, 78,
101 133, 233
Arnoldo Wald, 101, 118, 138, bens de restituição, 29
250 bens de uso, 29
Arthur Nussbaum, 99, 100, 101, bens de uso exclusivo, 127
137, 138 bens duradouros, 30
Arthur Schopenhauer, 103, 178, bens econômicos, 30
244, 247 bens essenciais, 30, 31
Artur José Almeida Diniz, 209 bens extra commercium, 28
assédio moral, 70 bens fungíveis, 30
assimetria de informações, 123, bens futuros, 29
Consulte "falhas" de mercado bens imóveis, 30
assistência pública, 64 bens in commercium, 28
Augusto Jaeger Júnior, 125, 210, bens inacabados, 30
211 bens incorpóreos, 28
Augusto Teixeira de Freitas, 67, bens infungíveis, 30
182, 231 bens instrumentais, 29
Augusto Zenun, 16 bens intermediários, 29
balança comercial, 212 bens móveis, 30
balança de capitais, 212 bens não reprodutíveis, 29
balança de serviços, 212 bens naturais, 29
balanço de pagamentos, 212, bens passivos, 29
216, 217 bens patrimoniais, 30
banco, 100, 106, 213, 215 bens perecíveis, 30
Banco Central, 99, 117, 139 bens presentes, 28
Baruch Spinoza, 14, 207, 244 bens primitivos ou originários,
bem, 21, 23, 27, 28, 30, 31, 32, 29
33, 34, 35, 36, 38, 41, 42, 43, bens principais, 29
47, 48, 127, 128 bens privados, 28
Benedetto Croce, 137, 177, 184, bens protegidos, 29
187, 191, 200 bens públicos, 28, 188, 201
290
bens reprodutíveis, 29 Carlos Alberto Pereira de Castro,
bens semi-acabados, 30 153
bens stricto sensu ou produtos, Carlos Frederico Marés de Souza
30, 31 Filho, 58, 74, 226, 244
Bernardo E. Lins, 85 Carlos Galves, 11, 16, 17, 27, 41,
break even point, 81 57, 67, 72, 86, 102, 133, 138,
Bretton Woods, 213, 217 143, 145, 146, 147, 161, 164,
Caio Mário da Silva Pereira, 16, 174, 175, 202
53, 101, 226 Carlos H. Porto Carreiro, 51, 57,
Caio Prado Jr., 11 72, 106, 121, 126, 154, 183
Caio Tácito, 118 Carlos Lessa, 72, 83, 106, 116,
Calixto Salomão Filho, 79, 85, 119
91, 122, 131 Carlos Medeiros Silva, 16
CAMARGO, Ricardo Antonio Carlos Pinto Coelho Motta, 118
Lucas, 261 Carmen Camino, 70, 154
câmbio, 214, 217, 218, 245 Celso Antônio Bandeira de
cameralistas, 242 Mello, 118
capacidade contributiva, 134 Celso Duvivier Albuquerque
capacidade das empresas Mello, 204
enfrentarem os custos, 71, 128 Celso Furtado, 61, 96, 101, 109,
capital, 21, 28, 33, 43, 57, 74, 81, 113, 131, 141, 155, 156, 165,
82, 84, 88, 89, 90, 91, 92, 106, 176
107, 116, 133, 136, 137, 138, Celso Ribeiro Bastos, 15, 180
139, 141, 143, 144, 146, 151, Cezar Saldanha de Souza Júnior,
154, 187, 209, 219, 231, 259, 178, 191, 192
275, 276 Charles Bettelheim, 78, 146, 176,
capitalismo, 14, 20, 63, 64, 65, 197, 198, 228
74, 88, 91, 96, 97, 103, 107, Charles de Secondat, Barão de
121, 124, 129, 137, 154, 158, Montesquieu, 245
162, 169, 172, 174, 178, 179, Charles Gide, 55, 60, 99, 105,
182, 188, 189, 190, 195, 196, 165, 183
199, 214, 225, 226, 233, 274, ciclos econômicos, 222
285, 289 cidade, 56, 63, 75, 96, 238, 243
capitalismo liberal, 179 circulação, 6, 29, 31, 51, 56, 85,
capitalismo social, 190, 195 93, 97, 99, 100, 141, 170, 198,
Carl E. Walsh, 113, 114, 115, 217, 218, 219, 233, 238, 241,
119, 121, 124, 223, 225 244
Carl Landauer, 39, 43, 137, 161, classes especiais de
164, 176, 177, 192, 194, 195, necessidades, 20
197 classificação das necessidades,
Carlos Alberto Alvaro de 25
Oliveira, 107 classificação dos bens, 27
Carlos Alberto de Melo Lacerda, Claude-Frédéric Bastiat, 95, 178,
16 181, 230
291
Cláudia de Lima Marques, 157, Cristiane Derani, 107
236 Cristiano Carvalho, 78, 180, 201
Cláudio Luiz Gonçalves de curva de indiferença, 21
Souza, 77 custo, 18, 29, 70, 77, 79, 81, 93,
Clóvis Bevilaqua, 138, 231 104, 122, 126, 138, 141, 142,
Clóvis Sá Britto Pingret, 129 148, 150, 153, 210, 223
Clóvis Veríssimo do Couto e custo ambiental, 81
Silva, 88, 97, 99, 126, 182, custo associado, 80
199, 200, 237 custo constante, 80
Comissão de Valores custo contábil, 79
Mobiliários, 124 custo crescente, 80
concentração empresarial, 85, custo de coação, 80
124, 125, Consulte "falhas" de custo de conformidade, 81
mercado custo de fatores, 79
concorrência, 6, 42, 71, 74, 79, custo de oportunidade, 23, 81
83, 85, 90, 91, 94, 96, 97, 98, custo de produção, 79
107, 122, 124, 126, 131, 151, custo de substituição, 79
172, 187, 189, 190, 201, 210, custo de transação, 81
211, 246 custo de uso, 79
concorrência perfeita, 94, 151, custo decrescente, 80
187 custo diferencial, 79
condição análoga à de escravo, custo direto, 80
154 custo fixo, 80
congelamento, 113, 144 custo globalizado, 80
Conselho Monetário Nacional, custo indireto, 80
99, 139 custo industrial, 79
consumo, 6, 28, 29, 38, 51, 72, custo inevitável, 80
76, 106, 119, 121, 127, 130, custo marginal, 79
133, 155, 157, 158, 159, 160, custo médio, 80
161, 162, 165, 178, 211, 215, custo para a coletividade, 79
219, 226, 238 custo para a empresa, 79
consumo comunitário, 223 custo para o indivíduo, 80
contemptus mundi, 237 custo social, 81
cooperativa, 89, 175 custo suplementar, 79
corporação, 195 custo total, 80
corporações de ofício, 63, 167 custo unitário, 80
crédito, 6, 83, 88, 97, 98, 99, 100, custo variável, 80
104, 106, 114, 119, 138, 157, custos com mão-de-obra, 69
204, 216, 287 custos de produção, 82, 104, 124
crédito público, 116, 119 custos trabalhistas, 70
crise da “bolha” de 2008, 216 Dante Alighieri, 13, 140, 167,
crise da “bolha” de 2008, 207 169, 171, 173, 186, 220, 232,
crise de 1929, 65, 68, 83, 207, 238
216 Darcy Ribeiro, 16
crise européia de 2011, 207, 216 David Hume, 68, 172
292
David Ricardo, 43, 57, 68, 145, Direito Civil, 42, 198, 253
181, 230 Direito da Economia, 199, 253
demanda agregada, 223 Direito Econômico, 3, 9, 11, 12,
demanda solvente, 223 15, 17, 19, 27, 33, 41, 43, 47,
Dennis Lerrer Rosenfield, 125 48, 51, 52, 53, 55, 56, 57, 58,
deseconomia externa, 127 61, 69, 73, 77, 78, 83, 96, 99,
desejo, 21, 26, 47, 95, 138 100, 101, 107, 108, 110, 112,
desemprego, 18, 68, 70, 170, 216 113, 121, 123, 124, 125, 126,
desemprego tecnológico, 69 127, 128, 129, 130, 131, 132,
desenvolvimento, 14, 16, 17, 41, 139, 141, 142, 147, 155, 158,
48, 53, 56, 59, 61, 63, 64, 69, 161, 165, 167, 169, 172, 173,
71, 72, 78, 81, 83, 91, 94, 96, 175, 176, 179, 183, 188, 191,
101, 103, 104, 106, 107, 109, 192, 199, 201, 204, 206, 209,
113, 131, 141, 147, 152, 153, 211, 212, 214, 215, 217, 218,
154, 155, 156, 157, 159, 165, 220, 222, 223, 224, 225, 227,
169, 174, 176, 177, 186, 201, 230, 231, 232, 233, 234, 238,
206, 210, 211, 212, 217, 224, 239, 241, 242, 243, 244, 246,
225, 226, 233, 234, 243,赼248, 247, 248, 249, 250, 253, 254,
263, 264, 265
281
Direito Penal, 253
desenvolvimento sustentável,
Direito Tributário, 253, Consulte
225
tributo
deslocamentos populacionais,
dirigismo contratual, 113, 195,
219
249
destruição criadora, 247
dor, 48
Dexter White, 213
Dumping, 211
Dídimo Agapito da Veiga, 121,
Duns Scotus, 239
204
duplicidade de moral, 95
diferença da área da produção
Economia, 6, 11, 15, 17, 19, 21,
científica em face da área da
22, 27, 33, 36, 41, 42, 43, 47,
militância, 14, 207
51, 52, 53, 55, 60, 73, 78, 84,
diferenciação do produto, 111
91, 94, 99, 100, 105, 109, 111,
diferenciação imperfeita, 111
112, 113, 124, 128, 129, 130,
diferenciação perfeita, 111
131, 132, 133, 142, 146, 147,
diferente capacidade dos agentes
152, 153, 154, 156, 157, 161,
econômicos manipularem
162, 165, 167, 172, 177, 179,
custos, 128
180, 182, 183, 197, 198, 199,
Diogo de Figueiredo Moreira
209, 220, 222, 223, 229, 230,
Neto, 180
231, 232, 233, 234, 238, 239,
Direito Administrativo, 16, 40,
241, 242, 243, 244, 246, 247,
84, 118, 177, 189, 200, 203,
248, 250, 252, 281
253, 276
economia concertada, 198
direito ao desenvolvimento, 224,
economia de escala, 210
226
economia externa, 127
direito ao trabalho, 65
economia internacional, 99, 209
293
Economia Política, 11, 12, 15, 17, Encilhamento, 117, Consulte
19, 27, 33, 41, 43, 47, 51, 52, crédito público
53, 55, 60, 73, 78, 99, 100, energia, 28, 55, 60, 90, 102, 147,
105, 112, 113, 124, 128, 129, 150, 226
130, 131, 132, 142, 147, 152, equilíbrio dinâmico ou de
165, 167, 172, 177, 179, 183, expectativas, 113
222, 223, 230, 231, 232, 233, equilíbrio econômico, 112
234, 238, 239, 241, 242, 243, equilíbrio entre oferta e procura,
246, 247, 248, 250, 252 94
economicidade, 253, 254 equilíbrio estacionário, 113
Edgar Allan Poe, 188 equilibrio estático, 222
Edgar de Godói Mata-Machado, Érica Paula Barcha Correia, 153
232, 233, 234, 242, 244, 246 Erich Reinert, 243
Edimur Ferreira de Faria, 203 Ernst Cassirer, 246
Edison Carlos Fernandes, 212 Ernst-Wolfgang Böckenförde,
Eduard Heimann, 135, 190, 203, 62, 233, 239
234, 243 Eros Roberto Grau, 83, 101, 118,
Eduardo Carrion, 65, 173, 174, 123, 177, 180, 186, 190, 197,
176, 181, 193 198, 200, 205, 218, 227, 254
educação, 71, 72, 157 escassez, 27, 42, 53, 73, 102, 113,
educação em relação ao trabalho, 241
71 escravidão, 62, 148, 165
efeito-cremalheira, 162 esgarçamento social, 206
efeito-demonstração, 161, 224 Espanha franquista, 193, 195
efeito-memória, 161 estabilidade, 70, 153
egoísmo, 94, 179, 248 estado de necessidade, 24, 26
Egon Bockmann Moreira, 100 Estado liberal, 178, 182, 183,
elasticidade, 108, 110, 111, 212 190, 192
elasticidade de antecipação, 109 Estado Novo, 193, Consulte
Eli R. Heckscher, 39, 68, 158, Portugal salazarista
167, 170, 171, 176, 187, 189, Estado social, 124, 178, 182, 183,
192, 196, 201, 209 190, 192, 201
Emil Farhat, 77, 181 Estaline, 177
empresa, 65, 71, 74, 79, 81, 84, estruturalismo, 101, 102, 103
86, 88, 89, 90, 91, 97, 98, 101, Eugen von Böhm-Bawerk, 21,
105, 106, 107, 122, 123, 126, 33, 43, 138
128, 133, 141, 142, 143, 144, Eugênio Gudin, 99, 104, 106
145, 146, 182, 188, 194, 200, Eusébio de Cesaréia, 234
202, 217, 231, 249, 260, 264, Evanna Soares, 152
288 evasão de cérebros, 209
Empresa pública, 90 Evgeny Bronislavovitch
empresas delegatárias da Pashukanis, 53, 248
prestação de serviços exército de desempregados, 64
públicos, 118 externalidade, 81, 126
externalidade negativa, 126
294
externalidade positiva, 126 Franklin Roosevelt, 65, 69, 105,
extinção do crédito tributário 124, 125, 196
sem pagamento, 115 Frederico, o Grande, 169, 173,
Fábio Konder Comparato, 86, 90, 243
91, 97, 98, 123, 190, 240 free-rider, 128
Fábio Nusdeo, 11, 12, 14, 15, 19, Friedrich August von Hayek,
27, 33, 41, 78, 96, 100, 108, 121, 125, 127, 180, 181, 200,
110, 112, 113, 121, 124, 126, 201, 203, 220, 248, 249
127, 128, 129, 130, 132, 139, Friedrich Carl von Savigny, 101,
155, 158, 161, 165, 212, 215, 183, 247
222, 224, 225 Friedrich Engels, 103, 154, 174
fadiga, 66 Friedrich List, 85, 125, 189
falência, 106, 107, 140, 157 Friedrich von Wieser, 24, 28, 79,
Fascismo, 192 146, 148
fatores de produção, 79, 81, 84, função social, 28, 53
94, 130, 133, 155, 214, 223 G. A. Koslov, 177
federalismo, 134 Gabriela Carelli, 230
Fernando Facury Scaff, 181 Galeno Lacerda, 107
Fernando Whitaker da Cunha, 16 Gaston Morin, 194, 199, 250
FGTS, 153 Georg Wilhelm Friedrich Hegel,
Fiódor Mikhailovitch 13, 15, 246, 247
Dostoiévsky, 13 George O’Brien, 240
fisiocratas, 17, 134, 135, 189, Georges Ripert, 100, 137, 173,
223, 233, 245 183, 185, 194, 200, 206, 237,
Flávio Bauer Novelli, 16 249
FMI, 217 Geraldo de Faria Martins da
fontes de energia, 55 Costa, 157
Francesco Carnelutti, 47, 249 Geraldo Feix, 107, 201
Francis Bacon, 172 Gerhard Stavenhagen, 24, 134,
Francisco Campos, 55, 193, 206 162, 171, 238, 239, 240, 242
Francisco Cavalcanti Pontes de Getúlio Dornelles Vargas, 55, 67,
Miranda, 51, 89, 156 193
Francisco de Assis Barbosa, 117 Getúlio Vargas, 196
Francisco Rodolfo Simch, 11, 19, Gilberto Bercovici, 85, 124, 192,
28, 42, 124, 154 201, 227
François Gény, 101 Giorgio Del Vecchio, 248
François Perroux, 39, 89, 111, Giovani Clark, 55, 83
113, 119, 177, 197 globalização, 218
François Quesnay, 52, 68, 133, Gottfried Leibnitz, 244, 255
135, 158, 171, 172, 183, 189, grandes agregados, 17, 197
245, 272 Guerra do Vietnã, 214
Frank Hyneman Knight, 21, 38, Guilherme José Purvin de
62, 113, 126, 141, 142, 146, Figueiredo, 53, 60, 61
194 Guiomar Therezinha Estrella
Faria, 249
295
Gunnar Myrdal, 12, 33, 43, 91, interesse difuso, 48
95, 132, 145, 155, 187 interesse disponível, 47
Guy Sorman, 181, 183, 201 interesse indisponível, 48
Hans Kelsen, 13, 218, 252 interesse individual, 28, 48
Hans Maier, 92, 186, 192, 193, interesse intelectual, 47
196, 200 interesse material, 47
Haroldo Malheiros Duclerc interesse religioso, 47
Verçosa, 201, 204 interesse social, 28
Heleno Cláudio Fragoso, 16 intervencionismo, 12, 55, 70, 83,
Heloísa Pinto Marques, 181 95, 104, 113, 196, 200, 203,
Hely Lopes Meirelles, 16, 118 232
Henri Guitton, 21, 22, 36, 84, 91, Irmãos Graco, 57
109, 111, 124, 133, 146, 153, Ivana Duarte Araújo, 175
156, 157, 161, 162, 198 Ives Gandra da Silva Martins, 15,
Henry George, 34, 135, 146 115, 116, 120, 180, 250
Hermann Heinrich Gossen, 24, J. O. Meira Penna, 88, 137, 181,
42, 94, 168, 180, 186, 210 201, 206, 220
Hermann Heller, 192, 200 J. Petrelli Gastaldi, 109, 181
Hermes Lima, 220 Jacinto Nelson de Miranda
Hernani Estrella, 89, 138 Coutinho, 207, 242
Heródoto, 61 Jacqueline Moll, 16
Hipácia, 236 Jacques Mercier, 176, 177
Hugo Grotius, 243 Jean Bodin, 62, 98, 101, 168,
Humberto Bergmann Ávila, 114, 169, 173, 241
129, 160 Jean Buridan, 238
Humberto Theodoro Júnior, 53 Jean François Revel, 201
Immanuel Kant, 181, 182, 196, Jean Jacques Rousseau, 240, 246
219, 230, 232, 246, 282 Jean-Baptiste Say, 17, 33, 42, 52,
imposto, 31, 105, 202, 215 55, 64, 67, 85, 93, 135, 145,
imposto único, 135 149, 178, 179, 181, 188, 196
impostos diretos, 223 Jean-Jacques Chevalier, 85, 178,
impostos indiretos, 93 182, 183, 191, 192, 194, 206
impostos não cumulativos, 144 Jean-Paul Buffelan, 187, 191,
indiferença, 21, 111, 226 206
inflação, 6, 18, 98, 101, 102, 144, Jeremy Bentham, 48, 230
151, 168, 197 Joachim Lang, 92, 134
Insider trading, 124 Joan Robinson, 65, 72, 135, 137,
insolvência civil, 106 155, 187, 194
instituições financeiras, 99, 105, João Antônio G. Pereria Leite,
106, 139 70, 92, 154
interesse, 22, 26, 28, 47, 49, 55, João Baptista de Almeida, 157
76, 84, 85, 90, 94, 120, 128, João Batista Lazzari, 153
129, 141, 156, 172, 183, 189, João Bosco Leopoldino da
201, 219, 233, 245, 247, 254 Fonseca, 169, 214, 217
interesse coletivo, 48
296
Johann Heinrich Gottlob von Joseph Alois Schumpeter, 13, 76,
Justi, 243 171, 188, 206, 234, 242
Johann Joachim Becher, 242 Joseph Conrad, 184
Johannes Müller, 102 Joseph e. Stiglitz, 124
John Bates Clark, 69, 133 Joseph E. Stiglitz, 113, 114, 115,
John Hicks, 27, 63, 72, 91, 93, 119, 121, 223, 225
134, 169, 175, 189 Juan Bautista Alberdi, 68, 181
John Kenneth Galbraith, 64, 76, Juarez Freitas, 186
87, 123, 128, 129, 141, 156, Judith Hofmeister Martins-Costa,
192, 194, 219 101, 102, 237, 247
John Kilcullen, 240 juros, 82, 106, 116, 133, 136,
John Locke, 186, 244 138, 139, 140, 170, 213, 215,
John Maynard Keynes, 17, 43, 223, 267
69, 83, 113, 123, 138, 143, Justino Adriano Farias da Silva,
170, 202, 213, 217, 241 16
John Stuart Mill, 180, 187, 191, Justus Wilhelm Hedemann, 99,
230 136, 138, 139, 199
joint-ventures, 91 Karl Mannheim, 253
Jónatas E. M. Machado, 77, 123, Karl Marx, 57, 89, 103, 146, 154,
158 174, 177, 187, 248
Jorge Luís Machado, 58, 154 Kenneth A. Boulding, 115, 159
Jorge Miranda, 193 Klaus Tipke, 92, 134
José Adércio Leite Sampaio, 151 Knut Wicksell, 27, 38, 42, 43,
José Afonso da Silva, 58 52, 72, 97, 116, 124, 130, 138,
José Alfredo de Oliveira 150, 159, 220
Baracho, 177, 193, 195, 205, L. Nogueira de Paula, 33, 132
206 laissez faire, 96, 179
José Antônio Pimenta Bueno, 64, Lauro Lacerda Rocha, 16
180, 181, 187 Leandro do Amaral Dornelles de
José Cláudio Monteiro de Brito Dornelles, 62, 68, 70
Filho, 69, 154 Leasing, 136
José Joaquim Gomes Canotilho, Lei de Gresham, 99, 239
77, 123, 158 lei de navegação de Cromwell,
José Luís Ferreira Prunes, 180 179
José Martiniano de Alencar, 75, Leis Agrárias, 57
120, 148, 188 Leo Huberman, 145, 169, 183,
José Maurício Conti, 116 185, 190, 239, 240
José Paschoal Rossetti, 19, 27, Léon Duguit, 53, 101
65, 78, 86, 130, 176, 178, 180, Léon Walras, 33, 42, 64, 95, 112,
211, 222 113, 135, 145
José Pastore, 180 Leonardo Alves Corrêa, 58, 211,
José Tadeu de Chiara, 101 224, 227
José Xavier Carvalho de liberalismo econômico, 83, 145,
Mendonça, 89 182, 184, 186, 201, 231, 240
297
liberalismo político, 182, 183, Magda Barros Biavaschi, 65
184, 186, 191, 200, 227, 244 Manoel de Figueiredo Ferraz, 15
liberdade contratual, 179, 199 Manoel de Oliveira Franco
liberdade do trabalho, 63 Sobrinho, 16
liquidação extrajudicial, 106 Manoel Gonçalves Ferreira
livre cambismo, 210 Filho, 15, 180
livre concorrência, 96 mão invisível, 94
livre iniciativa, 125, 179 Marçal Justen Filho, 118
livre-cambismo, 179, 189 Marcello Cerqueira, 199
lobbyismo, 87 Marcílio Toscano Franca Filho,
Louis Josserand, 113, 195, 249 168, 236
Lourival Vilanova, 252, 254 Marco Aurélio da Silva, 75, 77
Lúcia Valle Figueiredo, 118 Marco Fridolin Sommer Santos,
Luciana Aparecida Lotto, 154 152, 196
Luciano Benetti Timm, 182, 200, Marco Túlio Cícero, 57, 220
249 Marcos Jordão Teixeira do
lucro, 70, 81, 82, 89, 98, 126, Amaral Filho, 181
127, 132, 133, 140, 141, 142, Marcus Orione Gonçalves
143, 144, 145, 146, 147, 148, Correia, 153
175, 176, 223, 235 Mário Henrique Simonsen, 77,
Ludwig von Mises, 12, 55, 70, 102, 104, 143, 198, 203
95, 104, 181, 200, 203 Mário Lúcio Quintão Soares,
lugares sagrados, 56 192, 200
Luigi Einaudi, 66, 137, 147, 177, Martha Lucia Olivar Jiménez,
184, 187, 191, 200 211
Luís Afonso Heck, 200 marxismo, 14, 53, 102, 103, 173,
Luís Augusto Estrella Faria, 168 175, 248
Luís Cabral de Moncada, 183, materialismo histórico, 248,
191, 193, 248 Consulte marxismo
Luís Fernando Barzotto, 186, 252 Maurice Duverger, 14, 65, 92,
Luís Maria Drago, 204 177
Luís Recaséns Siches, 131, 231, Max Beer, 240
235, 245 Max Weber, 12, 68, 88, 97, 134,
Luiz Felipe Silveira Difini, 115 137, 162, 168, 178, 181, 186,
Luiz Gonzaga de Mello 190, 192, 202, 207
Belluzzo, 213 meios de produção, 65, 88, 106,
Luiz Legaz y Lacambra, 193, 166, 191
234, 235, 241 mercado, 6, 18, 42, 71, 73, 74, 79,
Luíza Helena Malta Moll, 53, 82, 83, 84, 86, 94, 96, 98, 104,
125, 127 106, 109, 112, 113, 114, 119,
luxo, 54, 109 121, 124, 125, 126, 128, 130,
macroeconomia, 17, 113, 114, 131, 133, 139, 150, 155, 157,
115, 119, 121, 124, 157, 197, 158, 165, 172, 180, 184, 187,
222, 223, 225 191, 197, 200, 201, 203, 204,
macro-empresa, 89, 97
298
205, 211, 213, 214, 219, 224, Napoleão, 16, 24, 146, 182, 189,
230, 239, 242, 248, 279 250
mercado de capitais, 84, 106, 123 Nazismo, 192
mercado de trabalho, 71 necessidades, 17, 19, 20, 21, 22,
mercadoria, 42, 93 24, 25, 27, 30, 33, 35, 38, 41,
mercantilismo, 82, 96, 169, 171, 42, 47, 51, 52, 53, 56, 64, 67,
209, 238, 241 73, 77, 94, 129, 131, 138, 155,
metais, 54, 168, 170 156, 158, 167, 188, 205, 207,
métodos de cálculo do custo, 142 211, 214, 218, 231, 247
Michel Temer, 71, 114, 129 necessidades coletivas, 20, 48
microeconomia, 17, 67, 70, 114, necessidades de massa, 20
125, 127, 134, 158, 162, 178, necessidades decorrentes de atos
210 de produção, 20
micro-empresa, 89 necessidades derivadas, 20
Milton Friedman, 64, 67, 68, 70, necessidades elásticas, 20, 26
104, 125, 126, 127, 132, 201, necessidades especulativas, 20
203, 205, 220 necessidades essenciais, 20, 25
minerais preciosos, 54 necessidades irracionais, 20
Míriam de Abreu Machado e necessidades não essenciais, 20
Campos, 183 necessidades primárias, 19
Misabel de Abreu Machado necessidades racionais, 20
Derzi, 120 necessidades rígidas, 20, 26
Modesto Carvalhosa, 83, 249 necessidades suntuárias, 20
modo de produção, 65, 231 Nelson Saldanha, 183, 186, 187,
moeda, 18, 45, 54, 98, 100, 105, 190
116, 167, 178, 201, 202, 213, neoliberalismo, 104, 119, 199,
217, 230, 238, 239, 240, 241, 201, 203, 216
243, 250 New Deal, 69, 124, Consulte
monetarista, 101, 103, 139, 215 Franklin Roosevelt, John
Mônica Herman Salem Maynard Keynes
Caggiano, 98 Ney Prado, 180
monopólio, 74, 96, 178, 194, 201 Nicolau Copérnico, 99, 239, 240
Monopólios naturais, 126 Nicole Oresme, 99, 239, 240
monopólios públicos, 201 Nilda Soares, 231
monopsônio, 96 Nilton Bueno Fischer, 16
Monteiro Lobato, 55, 58, 135, Norbert Horn, 181
199 Norberto Bobbio, 178, 184, 191,
Mozart Victor Russomano, 154 206
N. Gregory Mankiw, 17, 67, 70, O Federalista, 178, 187, 190, 227
114, 125, 127, 134, 158, 162, Odete Medauar, 203
178, 210 ofelimidade, 38, 249
Nacionalidade do capital, 81 oferta, 6, 94, 96, 102, 108, 109,
nacionalismo econômico, 189, 111, 112, 114, 122, 129, 131,
190 146, 151, 171, 214, 224, 239
Orlando Gomes, 42, 183
299
Oscar Pilagallo, 186 Plínio Paulo Bing, 180
Oskar Lange, 14, 124, 133, 176 poder econômico, 17, 85, 87, 97,
ótimo de Pareto, 38 110, 114, 118, 126, 168, 195,
padrão-divisa, 214 196, 230, 246, 253
padrão-dólar, 214 política econômica, 11, 55, 69,
padrão-ouro, 212 115, 123, 159, 218, 221, 253,
Patrística, 234 264
Paul A. Samuelson, 19, 21, 42, ponto ótimo (custos), 80
54, 71, 73, 76, 78, 83, 84, 86, população, 59, 72, 130, 145, 147,
90, 94, 95, 105, 111, 115, 118, 180, 181, 205, 223, 225, 226,
119, 121, 124, 125, 127, 128, 242
129, 133, 137, 141, 143, 144, população economicamente ativa,
146, 150, 151, 152, 156, 161, 72, 73
165, 174, 184, 185, 188, 194, Portugal salazarista, 195
205, 211, 214, 222, 223, 224, posse, 58
225 prazer, 24, 38, 48, 66, 136, 162,
Paul Singer, 69, 134, 153 234, 248
Paula Andréa Forgioni, 79 Preço, 141
Paulino Jacques, 15 preços administrados, 98
Paulo Bonavides, 178, 182, 183, preços orientados, 98
190, 192, 206, 259 preços regulados, 98
Paulo Brossard, 16 preços tabelados, 98, Consulte
Paulo de Barros Carvalho, 115 congelamento, tabelamento
Paulo Dourado de Gusmão, 167, previdência, 68
168, 170, 183, 236, 238, 246 procura, 94
Paulo Emílio Ribeiro de Vilhena, procura derivada, 94
70 procura viscosa, 126, 131
Paulo Napoleão Nogueira da produção, 17, 23, 29, 30, 31, 43,
Silva, 16 51, 53, 56, 64, 72, 73, 74, 78,
Paulo Peretti Torelly, 184, 205 79, 80, 198, 213, 219, 222,
Paulo Roberto de Almeida, 180 223, 225, 231, 233, 243
Paulo Rogério Silva dos Santos, produção em série, 124
120, 204 Produto Bruto, 222, 223
Paulo Sarasate, 16 Produto Interno Bruto – PIB,
Peter Walter Ashton, 140 222, 224
Petr Ivanovitch, 175, 248 Produto Líquido, 223
Phillip Wilhelm Hörnigk, 242 produto marginal, 133
Pires Cardoso, 146, 195 Produto Nacional Bruto – PNB,
planejamento, 176, 197, 198, 226 222
plano, 176, 198, 227 propaganda, 48, 205
Platão, 12, 62, 75, 136, 210, 232, propriedade privada, 54, 56, 59,
246 179, 180, 230, 231, 232, 235,
Plauto Faraco de Azevedo, 55, 243, 246
125, 191, 193, 206, 253 protecionismo, 179
pleno emprego, 69
300
publicidade, 48, 125, 129, 158, Ricardo Ferreira de Macedo, 86,
161 91
queda do muro de Berlim, 207, Ricardo Lobo Torres, 115, 120
215 Ricardo Luiz de Souza, 65, 152,
Quesnay, 171 193
Rachel Sztajn, 79 Richard A. Posner, 79, 203, 249
Rafael de Freitas Valle Dresch, Robert L. Heilbroner, 57, 64, 65,
182, 200, 249 67, 69, 72, 171, 174, 181
Raymond Barre, 12, 19, 68, 76, Roberto Civita, 77
85, 90, 92, 106, 111, 118, 126, Ronald Harry Coase, 84, 110,
141, 143, 150, 166, 171, 175, 122, 201
176, 188, 192, 197, 214, 226 Ronaldo França, 180
Raymondo Faoro, 117 Ronaldo Rebello de Britto
Recursos naturais, 6, 53 Poletti, 16
relações de produção, 52, 53, 174 Roque Antonio Carrazza, 114
relações de trabalho, 61, 63, 65, Rosah Russomano, 16
231 Royalty, 136
remuneração, 64, 84, 120, 133, Rudolf Skandera, 237
134, 135, 136, 141, 144, 147, Rudolf Stammler, 220, 248
148, 150, 152, 153, 155, 158, Rudolf von Jhering, 48, 58, 247
159, 161, 213, 222, 223, 224 Rudolf von Stolzmann, 52
renda, 132, 133, 135 Ruy Barbosa, 117, 196, 204, 258
Renda arbitrada judicialmente, Ruy Cirne Lima, 177, 189, 200
136 Sacha Calmon Navarro Coelho,
renda disponível, 216 114
Renda disponível, 223 sacrifício, 21, 24, 38, 79, 80, 81,
Renda Nacional, 119, 223 128, 158, 215
renda per capita, 134 Sahid Maluf, 15
René Savatier, 68, 89, 195, 249 salário, 25, 70, 104, 132, 145,
repartição, 51, 81, 131, 134, 155, 146, 148, 149, 150, 223, 237
223, 232, 233 Salário Família, 153
Ricardo Antonio Lucas salário justo, 237, 238
Camargo, 77 salário mínimo, 25, 149, 150
Ricardo Antônio Lucas salário mínimo profissional, 150
Camargo, 34, 43, 47, 48, 53, Salo de Carvalho, 242
55, 56, 57, 58, 60, 61, 69, 70, Santo Agostinho, 13, 56, 57, 62,
73, 79, 83, 88, 89, 92, 97, 98, 190, 235
99, 101, 103, 106, 107, 109, Santo Ambrósio, 235
116, 122, 125, 127, 128, 129, Santo Isidoro, 237
137, 141, 143, 145, 146, 160, São Beda, o Venerável, 237
173, 175, 184, 188, 190, 191, São Bernardo de Clairvaux, 237
192, 200, 204, 205, 206, 211, São Cirilo de Alexandria, 236
212, 214, 217, 218, 219, 220, São Clemente, 235
224, 231, 241, 244, 247 São Jerônimo, 235
Ricardo Bielschowsky, 102 Sebastião Alves dos Reis, 143
301
sectarismos, 14, 205, 216 tabelamento, 98, 105, 113, 144,
Securities Exchange 145, 260
Commission, 123 tecnocrata, 206
SEN, Amartya, 284 teoremas de Gossen, 24, 35, 38,
Sérgio José Porto, 220 162
Sérgio Paulo Muniz Costa, 16 teoria das vantagens
Sérgio Sérvulo da Cunha, 179, comparativas, 210
218, 254 teoria do rendimento
serviço, 23 decrescente, 171
serviço público, 26, 67, 90, 126, teorias do valor na resolução de
147, 152, 188, 202 problemas jurídicos, 44
serviços, 30, 31 terras ocupadas pelos índios, 58
SILVA, Almiro do Couto e, 284 Theodor Ludwig Lau, 243
Sílvio Augusto Bastos Meira, 57 Thomas Hobbes, 241, 244
sindicalização, 185, 194, Thomas Morus, 241
Consulte sindicato Thomas Robert Malthus, 57, 72,
sindicato, 71, 150, 177, 185, 194, 145, 162, 180, 181, 230
195, 203 Thorstein Veblen, 19, 76, 94, 95,
Sir William Petty, 74, 115, 134 130, 161, 162, 233, 238
Sistema Financeiro da Habitação, tipo ideal, 134, 164
105, 153 Torquato Lorena Jardim, 180
sistemas econômicos, 52, 53, 164 trabalho, 44, 56, 61, 62, 64, 65,
socialismo, 181, 183, 201 66, 69, 72, 73
Sociedade economia mista, 90 trabalho livre, 148, 149
Solo, 55, 57 trabalho servil, 148
solo rural, 58 transferência de tecnologia, 78
solo urbano, 56 Tratado de Methuen, 170, 172,
Solo Urbano, 55 179, 190, 210
Sören Kierkegaard, 220 Tribunal Superior do Trabalho,
Stanislaw Ponte Preta, 16 44, 147, 154
subemprego, 69 tributação, 114, 119, 133, 134,
subprodutos, 30 246
subsídio, 211 tributo, 61, 93, 114, 230
subsolo, 53, 54, 136 Truck system, 154
sucedâneos, 29 Tullio Ascarelli, 100, 124
Superior Tribunal de Justiça, 24, Turgot, 171
25, 26, 31, 32, 39, 44, 45, 49, tutela do crédito, 106
105, 140 universalidade, 31
supersolo, 53 utilidade, 27, 33, 39, 42, 47
Supremo Tribunal Federal, 12, utilidade diferencial, 36
25, 26, 31, 32, 40, 45, 50, 56, utilidade efetiva, 38
87, 88, 92, 99, 127, 139, 145, utilidade integral, 38
147, 149, 151, 153, 218, 253 utilidade marginal, 35, 36
Suzana Corotto, 88 utilidade objetiva, 34
utilidade pública, 40
302
utilidade subjetiva, 34 132, 141, 142, 143, 146, 147,
utilidade total, 34, 35, 36 159, 167, 170, 172, 175, 179,
utilidade virtual, 38 180, 183, 190, 192, 195, 200,
utilitarismo, 48, 187, 232, 247 205, 206, 209, 210, 211, 218,
valor, 41, 43 222, 223, 224, 225, 227, 230,
valor adicionado, 223 231, 232, 233, 234, 238, 239,
valor de troca, 42 241, 242, 243, 246, 247, 248,
valor de uso, 42 250, 253, 254
valor-trabalho, 41, 43, 44, 238 Washington Peluso Albino
valor-utilidade, 41, 42, 44 deSouza, 219
varguismo, 58, Consulte Estado Werner Sombart, 14, 20, 68, 74,
Novo 88, 95, 96, 107, 121, 124, 129,
Veit Ludwig Von Seckendorf, 137, 158, 167, 169, 170, 171,
242 178, 179, 181, 186, 188, 189,
Vilfredo Pareto, 38, 39, 95, 112, 202, 225, 226
121, 130, 132, 155, 185, 194, Werter Faria, 83, 97, 98, 124,
249 126, 143, 181, 218, 230
Visconde de Taunay, 117 Wilhelm Von Schröder, 242
Vladimir Ilitch Ulianov Lenin, William Nassau Senior, 67,
14, 63, 64, 103, 154, 174, 175, 138, 145, 178
203 William of Ockham, 173, 189,
Voltaire, 181, 245, 289 240
Voto censitário, 181 William Stanley Jevons, 33, 38,
Wagner Balera, 153 42, 145
Waldírio Bulgarelli, 89 Wilson de Oliveira, 195
Walt Whitman Rostow, 137, 175, Wilson de Souza Campos
225 Batalha, 15
Walter Tolentino Álvares, 107 Wladimir Novaes Martinez, 153
Washington Peluso Albino de Wladmir Tadeu Silveira Coelho,
Souza, 11, 12, 17, 19, 27, 33, 55
41, 43, 47, 48, 51, 52, 53, 55, Wolfgang Abendroth, 71, 83, 91,
56, 68, 73, 75, 77, 78, 98, 99, 92, 104, 174, 192, 193, 219,
100, 101, 112, 113, 123, 124, 220
125, 127, 128, 129, 130, 131, Wolfram Richter, 120
303