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886/2010-4
RELATÓRIO
Nome: Antonio Carlos Sales Rabat - CPF: 178.769.315-53 - Cargo: Secretário Municipal de
Saúde (de 01/01/2009 até 31/12/2009)
Conduta: Omissiva
Nexo de causalidade: A irregularidade é resultado direto da omissão do responsável
Culpabilidade: Não é possível afirmar que houve boa fé do responsável.
Em face do exposto, é de se concluir que a conduta do responsável é culpável, ou seja,
reprovável, razão pela qual ele deve ser ouvido em audiência a fim de avaliar se merece ser
apenado com a aplicação de pena de multa.
3.2 - Ausência da publicação da aprovação de crédito orçamentário decorrente da apuração
do superávit do exercício de 2008
3.2.1 - Situação encontrada:
Apesar de ter havido superávit financeiro no exercício de 2008, conforme constante do
balanço financeiro, não houve, consoante o declarado pelo Secretário Municipal de Saúde,
publicação da aprovação do respectivo crédito orçamentário, em descumprimento ao estatuído no
art. 43 da Lei 4320/64.
(...)
3.2.7 - Conclusão da equipe:
Proposta de audiência
3.2.8 - Responsáveis:
Nome: Antonio Carlos Sales Rabat - CPF: 178.769.315-53 - Cargo: Secretário Municipal de
Saúde (de 01/01/2009 até 31/12/2009)
Conduta: Omissiva
Nexo de causalidade: A irregularidade é resultado direto da omissão do responsável
Culpabilidade: Não é possível afirmar que houve boa fé do responsável.
Em face do exposto, é de se concluir que a conduta do responsável é culpável, ou seja,
reprovável, razão pela qual ele deve ser ouvido em audiência a fim de avaliar se merece ser
apenado com a aplicação de pena de multa.
3.3 - Realização de despesas com ações de vigilância epidemiológica pagas com recursos do
bloco média e alta complexidade
3.3.1 - Situação encontrada:
Conforme relatório de auditoria do SUS n. 9514, os processos de pagamento n. 1229/2009 e
1714/2009 comprovam o pagamento de despesas com ações de vigilância epidemiológica nos
valores de R$ 7620,00 e R$ 5000,00, pagas com recursos da conta-corrente 33.521-5, agência 19.1
do Banco do Brasil, conta essa empregada para a movimentação dos recursos do bloco de média e
alta complexidade.
De acordo com o relatório, havia recursos na conta corrente 33.519-3 da mesma agência,
destinada a ações de vigilância epidemiológica, o que torna injustificável a utilizaçao dos recursos
do bloco MAC para tais ações.
(...)
3.3.6 - Evidências:
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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 017.886/2010-4
(...)
3.4.6 - Evidências:
Relatório do Sistema Nacional de Auditoria do SUS No. 453 (Volume Principal - folhas
56/82)
Declaração do Secretário Municipal de Saúde de Ilhéus (Volume Principal - folhas 16/21)
(...)
3.4.8 - Conclusão da equipe:
Tal situação afronta cabalmente o estatuído no art. 37, XXI, da Constituição Federal, no
art. 2º da lei 8.666/93 c/c o art. 6o da Portaria/ MS 3.277/2006 .
Não é possível afirmar que houve boa fé do responsável.
Em face do exposto, é de se concluir que a conduta do responsável é culpável, ou seja,
reprovável, razão pela qual ele deve ser ouvido em audiência a fim de avaliar se merece ser
apenado com a aplicação de pena de multa
3.4.9 - Responsáveis:
Nome: Antonio Carlos Sales Rabat - CPF: 178.769.315-53 - Cargo: Secretário Municipal de
Saúde (de 01/01/2009 até 31/12/2009)
Conduta: Omissiva
Nexo de causalidade: A irregularidade é resultado direto da omissão do responsável
Culpabilidade: Não é possível afirmar que houve boa fé do responsável.
Em face do exposto, é de se concluir que a conduta do responsável é culpável, ou seja,
reprovável, razão pela qual ele deve ser ouvido em audiência a fim de avaliar se merece ser
apenado com a aplicação de pena de multa.
3.5 - Plano Operativo do Hospital São José - Maternidade Santa Helena não aprovado pela
CIB
3.5.1 - Situação encontrada:
Conforme informado em declaração do Secretário Municipal de Saúde, não existe, em
descumprimento às Portarias GM/MS nº 1.721/ 2005, 3.123/2006 e 635/2005, resolução da
Comissão Intergestores Bipartite - CIB aprovando o Plano Operativo do Hospital São José -
Maternidade Santa Helena (razão social: Irmandade Santa Casa da Misericórdia de Ilhéus, CNPJ:
14.168.470/0001-73), única entidade filantrópica do Município que recebeu recursos do SUS.
(...)
3.5.5 - Evidências:
Declaração do Secretário Municipal de Saúde de Ilhéus (Volume Principal - folhas 16/21)
Convênio de Auxílio Financeiro No. 001/2009, que entre si celebram o Município de Ilhéus e
a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Ilhéus (Volume Principal - folhas 83/85)
Plano Operativo da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus (Volume Principal -
folhas 86/108)
(...)
3.5.7 - Conclusão da equipe:
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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 017.886/2010-4
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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 017.886/2010-4
Cabe ainda ressaltar que a Lei nº 8.080/1990, em seu art. 24, também prevê que a
participação complementar da iniciativa privada no SUS deve ser formalizada mediante contrato
ou convênio, observadas as normas de direito público.
Tanto o mencionado manual, como a Portaria MS nº 1.286/1993 e a Lei nº 8.080/1990,
seguem, na verdade, o que está definido na Constituição Federal e que foi, posteriormente,
regulamentado na Lei nº 8.666/1993.
O art. 37, inciso XXI, da Carta Magna determina que, ressalvados os casos especificados na
legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de
licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes.
Observa-se mais uma vez a preocupação do legislador em relação à formalização de ajustes,
em especial no âmbito dos serviços de saúde, no § 1º do art. 199 da Constituição Federal:
'Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de
saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo
preferência às entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos'. (grifo nosso)
Em virtude da importância do tema, a Lei nº 8.666/1993 despendeu um capítulo inteiro
tratando de contratos administrativos, sendo que a seção II aborda exclusivamente a necessidade
da formalização dos contratos.
O art. 60 da Lei de Licitações e Contratos veda a contratação informal, prevendo que 'é nulo
e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto
pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite
estabelecido no art. 23, inciso II, alínea 'a', desta Lei, feitas em regime de adiantamento'.
Esta Corte de Contas já se pronunciou inúmeras vezes acerca da realização de pagamentos
sem cobertura contratual, no sentido de determinar aos responsáveis a observância da
formalização de contrato, em atenção ao art. 60, parágrafo único, da Lei nº 8.666/1993: Acórdãos
nºs 289/2002 - Plenário, 251/2005 - Plenário, 89/2000 - Plenário, 67/2001 - Plenário, 299/2002 -
Plenário, 1.490/2003-Segunda Câmara, entre outros.
Marçal Justen Filho, em seu livro Comentários à Lei de Licitações e Contratos
Administrativos, 8ª ed., explica que a exigência de formalização de contratos contida no art. 60 da
mencionada Lei objetiva assegurar a possibilidade de fiscalização sobre o cumprimento das
formalidades legais.
(...)
3.7.7 - Esclarecimentos dos responsáveis:
Em esclarecimento verbal, o responsável informou que em breve será realizado procedimento
licitatório.
3.7.8 - Conclusão da equipe:
Não é possível afirmar que houve boa fé do responsável.
Em face do exposto, é de se concluir que a conduta do responsável é culpável, ou seja,
reprovável, razão pela qual ele deve ser ouvido em audiência a fim de avaliar se merece ser
apenado com a aplicação de pena de multa
3.7.9 - Responsáveis:
Nome: Antonio Carlos Sales Rabat - CPF: 178.769.315-53 - Cargo: Secretário Municipal de
Saúde (de 01/01/2009 até 31/12/2009)
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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 017.886/2010-4
Conduta: Omissiva
Nexo de causalidade: A irregularidade é resultado direto da omissão do responsável
Culpabilidade: Não é possível afirmar que houve boa fé do responsável.
Em face do exposto, é de se concluir que a conduta do responsável é culpável, ou seja,
reprovável, razão pela qual ele deve ser ouvido em audiência a fim de avaliar se merece ser
apenado com a aplicação de pena de multa.
3.8 - Pagamento, com recursos do SUS, de 2 diárias de internação em UTI infantil no
Hospital São José - Maternidade Santa Helena, quando o estabelecimento não possui UTI infantil
3.8.1 - Situação encontrada:
Em visita in loco ao Hospital São José - Maternidade Santa Helena, CNPJ 14.168.470/0001-
73 (Razão Social: Irmandade Santa Casa da Misericórdia de Ilhéus), verificou-se a inexistência de
leitos de UTI infantil, apesar de, no exercício de 2009, tenham sido pagas ao estabelecimento
2(duas) diárias de internação em UTI infantil.
(...)
3.8.7 - Conclusão da equipe:
Não é possível afirmar que houve boa fé do responsável.
Em face do exposto, é de se concluir que a conduta do responsável é culpável, ou seja,
reprovável, razão pela qual ele deve ser ouvido em audiência a fim de avaliar se merece ser
apenado com a aplicação de pena de multa
3.8.8 - Responsáveis:
Nome: Antonio Carlos Sales Rabat - CPF: 178.769.315-53 - Cargo: Secretário Municipal de
Saúde (de 01/01/2009 até 31/12/2009)
Conduta: Ação
Nexo de causalidade: A irregularidade é resultado direto do pagamento das diárias sem a
existência de UTI infantil
Culpabilidade: Não é possível afirmar que houve boa fé do responsável.
Em face do exposto, é de se concluir que a conduta do responsável é culpável, ou seja,
reprovável, razão pela qual ele deve ser ouvido em audiência a fim de avaliar se merece ser
apenado com a aplicação de pena de multa.
3.9 - Existência de mamógrafo na Clínica Radiológica de Ilhéus - CRI, CNPJ
03.454.876/0001-04
3.9.1 - Situação encontrada:
O levantamento inicial, realizado pela 4a SECEX, identificou que, no exercício de 2009,
foram pagos, com recursos do SUS - bloco MAC, 1141 procedimentos de mamografia à Clínica
Radiológica de Ilhéus - CRI, CNPJ 03.454.876/0001-04, apesar de não constar, no SCNES, nenhum
mamógrafo cadastrado em nome do mencionado estabelecimento.
Em vistoria in loco, constatamos a existência do mamógrafo e, conforme entrevista com o
proprietário do estabelecimento de saúde, consideramos perfeitamente factível a realização de
1141 procedimentos no decorrer de um ano de atendimento.
(...)
3.9.6 - Conclusão da equipe:
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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 017.886/2010-4
A equipe realizou visita in loco de todos os estabelecimentos e constatou sua existência e seu
pleno funcionamento, conforme fotos anexas. Apenas a Clínica de Fisioterapia Liane Darwich e o
Laboratório Santa Virgínia encontravam-se fechados no momento da visita, mas, mediante
entrevistas a vizinhos dos estabelecimentos, constatou-se seu regular funcionamento.
Observou-se, ainda, que a Clínica Exame mudou sua razão social para LABORATÓRIO
EXEMPLO em novembro de 2009, conforme declaração anexa, e de acordo com informaçoes
obtidas em entrevistas realizadas com servidores da Secretaria Municipal de Saúde.
Verificou-se, ainda, que o laboratório CITOLAB não funciona mais no endereço cadastrado
no CNES - Rua Tobias Barreto, 57 - tendo se mudado para a Rua Visconde de Mauá, 235
Solicitamos as certidões negativas de débito na Receita Federal e no INSS dos supracitados
estabelecimentos à Secretaria Municipal de Saúde e, em declaração, o Secretário informou que não
as possui.
Solicitamos tais certidões aos próprios estabelecimentos e nenhum deles os encaminhou à
equipe.
Pesquisamos, então, tais certidões na internet e verificamos que apenas o CITOLAB e o
Laboratório Santa Virgínia tiveram suas certidões emitidas. Para as demais, obtivemos a
mensagem de que as informações disponíveis na Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB
sobre o contribuinte são insuficientes para a emissão de certidão por meio da Internet. Tal
mensagem significa que há algum impeditivo, possivelmente uma pendência de pagamento à RFB,
que impede a emissão da certidão.
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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 017.886/2010-4
Entendemos que o fato de a Secretaria não possuir as certidões decorre da não realização de
procedimento licitatório, uma vez que tais documentos são exigidos, conforme o art. 27, c/c o
art. 29, incisos III e IV, da Lei 8.666/93, na fase de habilitação do certame.
A inexistência de certidão negativa de débitos com a seguridade social contraria o disposto
no art. 195, §3º da Constituição Federal, o Art. 47 I,a, da Lei nº 8.212/91 e o art. 257, I, a, do
Decreto nº 3.048/99
(...)
3.10.7 - Conclusão da equipe:
Não é possível afirmar que houve boa fé do responsável.
Em face do exposto, é de se concluir que a conduta do responsável é culpável, ou seja,
reprovável, razão pela qual ele deve ser ouvido em audiência a fim de avaliar se merece ser
apenado com a aplicação de pena de multa.
3.10.8 - Responsáveis:
Nome: Antonio Carlos Sales Rabat - CPF: 178.769.315-53 - Cargo: Secretário Municipal de
Saúde (de 01/01/2009 até 31/12/2009)
Conduta: Omissiva
Nexo de causalidade: A irregularidade é resultado direto da omissão do responsável
Culpabilidade: Não é possível afirmar que houve boa fé do responsável.
Em face do exposto, é de se concluir que a conduta do responsável é culpável, ou seja,
reprovável, razão pela qual ele deve ser ouvido em audiência a fim de avaliar se merece ser
apenado com a aplicação de pena de multa.
3.11 - Diversas cobranças indevidas em AIH's na Irmandade da Santa Casa da Misericórdia
de Ilhéus, especificadas no Relatório de Auditoria 10317 do DENASUS
3.11.1 - Situação encontrada:
Conforme constante do Relatório de Auditoria 10317 do DENASUS, foram constatadas
diversas cobranças indevidas em AIH's, decorrentes de:
1) Emissão indevida de nova AIH para um mesmo paciente na mesma internação;
2) Cinco das 167 AIH/Prontuários requisitados não foram apresentados à Equipe para
análise;
3) Cobrança de Tomografias Computadorizadas e Ultrassonografias sem comprovação da
realização dos mesmos nos prontuários;
4) Emissão de AIH para procedimento passível de atendimento ambulatorial;
5) Cobrança indevida de diária de acompanhante de idosos com pernoite;
6) Cobrança indevida de Diária de Acompanhante criança/adolescente com pernoite;
7) Cobrança indevida de Diárias de Acompanhante de gestante com pernoite;
8) Cobrança indevida de Diária de Unidade de Terapia Intensiva - UTI Adulto I;
9) Cobrança indevida de diárias de Permanência a Maior;
10) Cobrança de transfusões de plasma fresco sem comprovação no prontuário;
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3.13 - Diversas cobranças indevidas em AIH's na Casa de Saúde São Jorge, especificadas no
Relatório de Auditoria 10319 do DENASUS
3.13.1 - Situação encontrada:
Conforme constante do Relatório de Auditoria 10319, do DENASUS, foram constatadas
diversas cobranças indevidas em AIH's, decorrentes de:
1) Um dos Prontuários requisitados não foi apresentado à Equipe para análise;
2) Cobrança indevida de Diária de Acompanhante criança/adolescente com pernoite;
3) Cobrança indevida de diárias de Permanência a Maior.
(...)
3.13.8 - Conclusão da equipe:
Em face dos débitos apurados, somos de opinião que seja aberto um processo apartado de
tomada de contas especial, com vistas ao ressarcimento do erário pelos valores indevidamente
pagos.
3.13.9 - Responsáveis:
Nome: Casa de Saúde São Jorge - CNPJ: 14.169.015/0001-92
Conduta: Ativa e omissiva
Nexo de causalidade: O ilícito é resultado direto da conduta do responsável.
Nome: Antonio Carlos Sales Rabat - CPF: 178.769.315-53 - Cargo: Secretário Municipal de
Saúde de Ilhéus (de 01/01/2008 até 31/12/2009)
Conduta: Omissiva
Nexo de causalidade: O ilícito é resultado direto da conduta omissiva do responsável
Culpabilidade: Não é possível afirmar que houve boa fé do responsável.
Em face do exposto, é de se concluir que a conduta do responsável é culpável, ou seja,
reprovável, há ainda a obrigação de reparar o dano, portanto deve o responsável ser citado a fim
de avaliar se merece ser condenado em débito e/ou apenado com a aplicação de pena de multa.
3.13.10 - Proposta de encaminhamento:
Seja aberto um processo apartado de tomada de contas especial, com vistas ao ressarcimento
ao erário dos valores indevidamente pagos.
Ex positis, somos pelo encaminhamento dos autos ao Gabinete do Exmo. Sr. Ministro-Relator
José Jorge, com a proposta de citação, nos termos dos art. 10, § 1° e 12, II, da Lei 8.443/92 c/c o
art. 202, II do Regimento Interno/ TCU, dos responsáveis e pelos valores do débito indicados para,
no prazo de 15 (quinze) dias, contados da ciência, apresentarem alegações de defesa ou recolherem
aos cofres do Fundo Nacional de Saúde a quantia devida, atualizada monetariamente e acrescida
de juros de mora, nos termos da legislação vigente, ante a cobrança indevida nas AIH's abaixo
listadas, pelas razões especificadas no Relatório de Auditoria 10319, do DENASUS:
NÚMERO DA AIH Data da ocorrência Valor histórico do débito (R$)
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6. A Secex/BA, após afastar a responsabilidade do Sr. Antonio Carlos Sales Rabat, Secretário
Municipal de Saúde, tendo em vista os atos inquinados não terem sido praticados na sua gestão,
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promoveu a audiência da Sra. Marleide Oliveira Dutra Figueiredo, ocupante do cargo à época dos
fatos. Transcrevo, a seguir, a instrução conclusiva da unidade técnica, em que são examinadas as
razões de justificativa apresentadas, propondo, ao final, o seu acatamento, bem assim a expedição das
medidas pertinentes ao Município de Ilhéus, à Secretaria Municipal de Saúde da municipalidade e ao
Denaus/BA:
“(...)
26. A responsável, após dois pedidos e concessões de prorrogação de prazo (fls. 315-326),
apresentou as suas razões de justificativa, nos termos contidos às fls. 330-331. Anexou ainda cópia
da Portaria nº 2425/GM e dos decretos estaduais nº 11.453/09 e 11.454/09.
ANÁLISE DAS RAZÕS DE JUSTIFICATIVA
Ocorrência relativa ao item “a” da audiência:
27. “Ausência de Regimento Interno do Fundo Municipal de Saúde, em descumprimento ao
parágrafo 5º do art. 1º da Lei 8.142/90.”
Justificativa apresentada
28. A ex-gestora confirma que até a data que exerceu o cargo não existia registro do
regimento Interno, entretanto ressaltou que o Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia
(TCM/BA) não sinalizou sobre a ausência desse regimento.
Análise da ocorrência
29. A Lei Federal 8.142/90 (cópia fls. 336-337) dispõe sobre a participação da comunidade
na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de
recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Em seu art. 1º é determinado que
em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, haja duas instâncias
colegiadas: a Conferência de Saúde e o Conselho de Saúde.
30. Por sua vez o § 5° desse artigo determina que as Conferências e os Conselhos de Saúde
devem ter sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas
pelo respectivo conselho. Já o art. 4° condiciona o recebimento de recursos para ações e serviços
de saúde à existência do Fundo de Saúde e do Conselho de Saúde.
31. Ou seja, falta do Regimento Interno referente ao Conselho Municipal de Saúde, poderá
gerar o bloqueio dos recursos destinado ao município de Ilhéus, uma vez que a plena existência e
funcionamento desse Conselho devem ser regulados pelo próprio Regimento Interno.
32. Entretanto, percebe-se que essa constatação, decorre muito mais de falha de caráter
institucional do que propriamente em razão da prática de atos irregulares, potencialmente
causador de falhas ao Erário. Assim, considerando também que a responsável não se encontra
mais à frente da gestão do Fundo Municipal de Saúde, é cabível para o deslinde da irregularidade,
que o Tribunal dê ciência à municipalidade sobre a ocorrência, nos termos do item 2 do Anexo à
Portaria Segecex nº 13/2011.
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Justificativa apresentada
34. Para esse item, a ex-dirigente esclarece que quando da emissão dos processos de
pagamentos, o município de Ilhéus encontrava-se em uma grave epidemia de dengue e, por isso,
utilizou-se dos recursos que seriam destinados ao atendimento de média e alta complexidade para
efetuar pagamentos relacionados ao atendimento dos casos de dengue.
35. Afirma ainda que o uso dos recursos foi fundamentado pela Portaria nº 2425/GM, de
2002 (fls. 329) e em dois decretos do Governo do Estado da Bahia que declarou situação de
emergência em alguns municípios, dentre eles, Ilhéus/BA.
Análise da ocorrência
36. A Portaria nº 2425/GM de 30 de dezembro 2002, originária do Ministério da Saúde (fls.
332), estabelece em seu art. 1º que “...os recursos financeiros destinados à Assistência de Média e
Alta Complexidade, que não forem utilizadas ao final do mês no pagamento da produção de
serviços, programados de Acordo com a Programação pactuada e Integrada – PPI, poderão ser
usados no custeio de ações relacionadas, diretamente, à assistência à saúde”. Dentre as exceções
listadas no art. 2º não constam as ações mencionadas na audiência.
37. Não obstante, a Portaria nº 204/GM de 29 de fevereiro de 2007 (fls. 338-344), também
do Ministério da Saúde, revogou expressamente a Portaria GM nº 2425/GM, conforme dispositivo
contido no art. 41 da nova portaria (fls. 341). No novo normativo, não há referência à
possibilidade de utilizar os recursos destinados do bloco de média e alta complexidade no custeio
de ações dessa natureza.
38. Com relação aos decretos emergenciais, em razão da epidemia de dengue no município,
embora tenha finalidade de dar agilidade às ações de combate à doença, não autoriza (e nem
poderia) o remanejamento de recursos destinados à Assistência de Média e Alta Complexidade
para outras finalidades que não as previstas nos normativos do Ministério da Saúde.
39. Por outro lado, as mudanças constantes nos normativos infra-legais expedidos pelo
Ministério da Saúde, relacionados aos recursos do SUS, associadas com a baixa materialidade das
constatações, bem como em razão dos recursos terem sido utilizados em ações também destinadas
à saúde da população, faz com que as razões de justificativas apresentadas pela responsável devam
ser acolhidas.
40. Entretanto. Nos termos da Portaria Segecex nº 13/2011 a ocorrência deve ser objeto de
ciência ao responsável pela Secretaria de Saúde do município.
Ocorrência relativa ao item “h” da audiência:
41. “Aquisição, sem a realização de procedimento licitatório, de diversos materiais de
órtese e prótese para fornecimento direto à COCI (Clínica Ortopédica e Cirúrgica de Ilhéus),
totalizando, no exercício de 2009, R$ 18.720,85 (dezoito mil setecentos e vinte reais e oitenta e
cinco centavos), pagos aos fornecedores PRO HOSPITALAR EQUIPAMENTOS MÉDICOS LTDA.,
e BAHIA MED COMÉRCIO MATERIAIS HOSPITALARES LTDA, em inobservância do disposto no
art. 37, XXI, da Constituição Federal e no art. 2º da Lei 8.666/93.”
Justificativa apresentada
42. Quanto à esse último item, a ex-Secretária afirma de que a clínica contratada é uma
prestadora de serviços de atendimento ambulatorial e hospitalar complementar ao SUS, nos termos
do Chamamento Público ocorrido em 2006 e que os pagamentos efetuados aos fornecedores PRO
HOSPITALAR EQUIPAMENTOS MÉDICOS LTDA., e BAHIA MED COMÉRCIO referentes à
órtese e próteses, utilizados nos procedimentos cirúrgicos estava dentro do teto financeiro de AIH
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53. Já para outras (em número de três), com maior potencial de dano ao erário ou
prejuízos a terceiros, houve a realização de audiência à ex-Secretária de Saúde de Ilhéus (gestora à
época das ocorrências).
54. Após a realização da oitiva, as razões de justificativa apresentadas foram analisadas,
nos termos dos parágrafos 27-50, onde se concluiu que podem acatadas, sem prejuízo, entretanto
de cientificar o responsável pela Secretaria de Saúde de Ilhéus sobre as ocorrências, nos termos da
Portaria Segecex nº 13/2011.
PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO
55. Ex-positis, ante a ocorrência de falhas na gestão dos recursos do Sistema Único de
Saúde no município de Ilhéus/BA, mas que não se enquadram dentre aquelas situações previstas
nos art. 276 do Regimento Interno e nos termos do art. 43, I da Lei 8.443/92 c/c, art. 250, I, II e III
do RI do TCU, sugiro que o processo seja encaminhado ao Exmº Sr. Ministro José Jorge com a
seguinte proposta:
I - nos termos da Portaria-Segecex nº 13 de 27 de abril de 2011, dar ciência à Secretaria
Municipal de Saúde Ilhéus/BA que foram constatadas as seguintes irregularidades na gestão dos
recursos do Sistema Único de Saúde no município, exercício de 2009:
- não realização licitação para contratação de serviços médicos e de laboratório, apesar de
terem sido pagos, em 2009, R$ 17.450.540,66 aos prestadores de serviços médicos e R$
1.736.510,97 aos laboratórios, em afronta aos estatuído no art.37, XXI, da Constituição federal e
no art. 2º da lei 8.666/93 c/c art. 6º da Portaria MS nº 1.286/1993;
- inexistência, em descumprimento às portarias GM/MS nº 1.721/2005, 3.123/2006 e
635/2005, de resolução da Comissão Intergestores Bipartite – CIB, aprovando o Plano Operativo
do Hospital São José/Maternidade Santa Helena;
- contratação das entidades Vilela Lab - Laboratório de Análises Clínicas (CNPJ
07641187000151), Laboratório de Análises Clínicas SIL (CNPJ 05435549000122), Clínica
Ortopédica e Cirúrgica de Ilhéus (CNPJ 34.433.037/0001-25), Serviços de Acidentados
Reabilitação (CNPJ 13.008.974/0001-63), Clínica de Fisioterapia Liane M Darwich (CNPJ
13.955.422/0001-62), Clínica Exame Servmedpatclínica Ltda. (CNPJ 13.009.576/0001-61) e
Imagem Associadas Ltda. (CNPJ 03.454.876/0001-04) com situação fiscal irregular, em
descumprimento ao art. 27, c/c o art. 29, incisos III e IV, da Lei 8.666/93, ao art. 195, §3º da
Constituição Federal, ao Art. 47 I,a, da Lei nº 8.212/91 e ao art. 257, I, a, do Decreto nº 3.048/99;
- ocorrência de processos de pagamento n. 1229/2009 e 1714/2009 em ações de vigilância
epidemiológica nos valores de R$ 7.620,00 e R$ 5.000,00, pagas com recursos da conta-corrente
33.521-5, agência 19.1 do Banco do Brasil, conta essa empregada para a movimentação dos
recursos do bloco de média e alta complexidade, em inobservância do art. 6º da Portaria GM-MS
204/2007; e
- ausência de Regimento Interno do Fundo Municipal de Saúde, em descumprimento ao
parágrafo 5º do art. 1º da Lei 8.142/90.
II – Recomendar ao município de Ilhéus/BA que adote procedimentos com vista a publicar o
termo de aprovação do crédito orçamentário relacionados a possíveis superávits dos balanços
financeiros com os recursos do SUS, conforme preconiza o art. 43 da Lei 4.320/64.
III – Determinar à Secretaria de Saúde do Município de Ilhéus/BA, nos termos do art. 43, I da
Lei 8.443/92 c/c art.250, II do Regimento Interno do TCU que adote procedimentos com vista a
regularizar a ocorrência de pagamentos efetuados sem cobertura contratual aos seguintes
prestadores privados de serviços de saúde: Vilela Lab - Laboratório de Análises Clínicas (CNPJ
07641187000151), Laboratório de Análises Clínicas SIL (CNPJ 05435549000122), Clínica
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É o Relatório.
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VOTO
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de controle, a sua necessidade decorre da legislação federal de regência, sob pena de ensejar o
bloqueio dos recursos destinados ao município.
4.1.1. Todavia, como destacou a instrução, a ocorrência decorre muito mais de falha de caráter
institucional do que propriamente da prática de irregularidade por parte de responsável, devendo, em
todo caso, o órgão municipal adotar as providências cabíveis com vistas a evitar eventual bloqueio de
recursos à municipalidade.
4.2. Relativamente à segunda ocorrência, pertinente à utilização de recursos dos blocos de
média e alta complexidade em finalidade distinta, no caso o combate à dengue, bem assinalou a
instrução que não existe amparo regulamentar para tal procedimento, sendo que a Portaria n.º 204/GM,
de 2007, estabelece expressamente que os recursos referentes a cada bloco de financiamento devem ser
aplicados nas ações e serviços de saúde relacionados ao próprio bloco (art. 6º).
4.2.1. Nada obstante, verifico atenuantes na conduta da ex-gestora, caracterizadas pelo fato de o
município encontrar-se na ocasião com grave epidemia de dengue e a baixa materialidade dos gastos
realizados em finalidade diversa da prevista (R$ 11.620,00), de modo que a ocorrência pode ser
relevada por este Tribunal.
4.3. Quanto à terceira ocorrência referenciada, consistente na aquisição de órtese e prótese sem
o devido procedimento licitatório, observo que os esclarecimentos apresentados não lograram afastar a
constatação da equipe de auditoria, já que deveria a municipalidade ter realizado licitação específica
para tanto.
4.3.1. De todo modo, uma vez que não restou comprovado prejuízo ou dano ao erário,
acompanho a unidade técnica no sentido de acolher as razões de justifica, sobretudo considerando as
dificuldades que poderiam ter sido impostas no atendimento à população, a exemplo da demora e o
descompasso no atendimento das necessidades dos hospitais e clínicas, cabendo, portanto, a
cientificação do órgão a fim de evitar a reincidência da ocorrência.
5. Já no tocante aos achados 3.11, 3.12 e 3.13 descritos no relatório de fiscalização, conforme
o item “k” acima, referente à cobrança indevida de AHI´s, diversamente do que inicialmente havia
proposto a equipe de auditoria, a constatação não enseja a instauração de processo de TCE por este
Tribunal, mas sim a expedição de determinação à Secretaria Municipal de Saúde com vistas à apuração
das irregularidades, promovendo, se for o caso, a imediata recuperação dos valores despendidos, por
meio de glosa nos próximos pagamentos ou por meio de cobrança do respectivo estabelecimento,
conforme proposição do Diretor Técnico da Secex/BA.
5.1. Assim, em acréscimo à medida alvitrada pela unidade técnica, no sentido de determinar ao
Denasus a adoção de medidas voltadas ao acompanhamento da questão, deve-se também ordenar à
Secretaria Municipal de Saúde de Ilhéus/BA providências com vistas a apurar os apontamentos do
Denasus, adotando, se for o caso, as medidas tendentes à restituição dos valores devidos ao erário,
encaminhando-lhe, como subsídio, cópia dos respectivos relatórios de auditoria.
6. Em relação aos demais achados de auditoria, tendo em vista a natureza das ocorrências
apuradas, reputo adequadas as conclusões da unidade técnica, inclusive as medidas alvitradas, as quais
oferecem tratamento apropriado às situações detectadas, na forma que havia consignado no despacho
por mim proferido anteriormente.
Com essas considerações, acolhendo em essência a proposta da Secex/BA, sem prejuízo de
promover os ajustes pertinentes, VOTO por que seja adotada a deliberação que ora submeto à
apreciação deste Plenário.
TCU, Sala das Sessões Ministro Luciano Brandão Alves de Souza, em 23 de maio de 2012.
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JOSÉ JORGE
Relator
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1. Processo nº TC 017.886/2010-4.
2. Grupo I – Classe de Assunto: V - Relatório de Auditoria.
3. Responsável: Marleide Oliveira Dutra Figueiredo, ex-Secretária Municipal de Saúde (559.597.685-34).
4. Entidade: Município de Ilhéus/BA.
5. Relator: Ministro José Jorge.
6. Representante do Ministério Público: não atuou.
7. Unidade Técnica: Secretaria de Controle Externo - BA (SECEX-BA).
8. Advogado constituído nos autos: não há.
9. Acórdão:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de auditoria que objetivou avaliar a
regularidade da aplicação dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), repassados pela União, na
modalidade fundo a fundo, para o Município de Ilhéus/BA, no exercício de 2009.
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão Plenária,
ante as razões expostas pelo Relator, em:
9.1. com fundamento no art. 71, inciso IX, da Constituição Federal c/c o art. 45 da Lei
nº 8.443, de 1992, determinar à Secretaria Municipal de Saúde de Ilhéus/BA que:
9.1.1. relativamente às irregularidades apontadas pelo Denasus/BA nas Autorizações de
Internação Hospitar emitidas pelas entidades/clínicas Irmandade da Santa Casa da Misericórdia,
Clínica Ortopédica e Cirúrgica e Casa de Saúde São Jorge, adote, no prazo de 60 (sessenta) dias, as
medidas pertinentes com vistas a apurar as situações descritas nos Relatórios de Auditoria de
nºs 10317, 10318 e 10319, promovendo, se for o caso, a imediata recuperação dos valores
despendidos, por meio de glosa nos próximos pagamentos ou por meio de cobrança do respectivo
estabelecimento, sem prejuízo de dar ciência ao Denasus das providências adotadas;
9.1.2. adote, sem ainda não o fez, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, providências com
vistas a regularizar a ocorrência de pagamentos efetuados sem cobertura contratual dos prestadores
privados de serviços de saúde adiante especificados, em desacordo com o art. 37, inciso XXI, e art.
199, §1º, da Constituição Federal, o art. 60, Parágrafo único, da Lei n.º 8.666, de 1993, o art. 24,
Parágrafo único, da Lei n.º 8.080, de 1990: Vilela Lab - Laboratório de Análises Clínicas
(CNPJ 07641187000151), Laboratório de Análises Clínicas SIL (CNPJ 05435549000122), Clínica
Ortopédica e Cirúrgica de Ilhéus (CNPJ 34.433.037/0001-25), Serviços de Acidentados Reabilitação
(CNPJ 13.008.974/0001-63), Clínica de Fisioterapia Liane M Darwich (CNPJ 13.955.422/0001-62),
Clínica Exame Servmedpatclínica Ltda. (CNPJ 13.009.576/0001-61), Imagem Associadas Ltda.
(CNPJ 03.454.876/0001-04), Laboratório Santa Virgínia Ltda.(CNPJ 04.642.188/0001-22) e
Laboratório Citopatológico Análises (CNPJ 04.735.683/0001-86);
9.2. determinar ao Denasus/BA que, relativamente às irregularidades consignadas no
subitem 9.1.1 da presente deliberação, acompanhe as providências adotadas pela Secretaria Municipal
de Saúde de Ilhéus, adotando os procedimentos administrativos de sua competência, inclusive, se for o
caso, a instauração da competente de tomada de contas especial;
9.3. dar ciência à Secretaria Municipal de Saúde de Ilhéus /BA das seguintes ocorrências,
cuja reincidência injustificada poderá dar ensejo à imposição de sanções aos responsáveis em futuras
ações de controle a serem empreendidas por este Corte:
9.3.1. ausência de licitação para a contratação e/ou aquisição dos serviços e produtos
abaixo especificados, em desacordo com disposto o art. 37, XXI, da Constituição federal e com o
art. 2º da lei 8.666, de 1993:
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Fui presente:
(Assinado Eletronicamente)
LUCAS ROCHA FURTADO
Procurador-Geral
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