Você está na página 1de 4

ALUNO(A) ANO/SÉRIE: 3ª TURMA: TURNO:

DISCIPLINA
BIMESTRE 1º 2º 3º 4º DATA: 07/02/2022
PROFESSOR(A) MARIA APARECIDA DE ASSIS TELES SANTOS (CIDA TELES) e KÊNIA BARROS
ESTUDO DIRIGIDO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Para esta aula é importante: Fique Atento!!!


A comunicação somente será efetivada se o receptor
decodificar a mensagem transmitida pelo emissor.
- Ler o resumo abaixo Em outras palavras, a comunicação ocorre a partir do
momento que o interlocutor atinge o entendimento da
mensagem transmitida.
- Assistir a videoaula Nesse caso, podemos pensar em duas pessoas de
Funções da Linguagem - Toda Matéria países diferentes e que não conhecem a língua utilizada
por elas (russo e mandarim).
https://www.youtube.com/watch?v=_KEEG860nIc Sendo assim, o código utilizado por elas é desconhecido
e, portanto, a mensagem não será inteligível para ambas,
Elementos da Comunicação impossibilitando o processo comunicacional.
A comunicação está associada à linguagem e
interação, de forma que representa a transmissão de Linguagem Verbal e Não Verbal
mensagens entre um emissor e um receptor. Importante lembrar que existem duas modalidades
Derivada do latim, o termo comunicação básicas de linguagem, ou seja, a linguagem verbal e a
(“communicare”) significa “partilhar, participar de algo, linguagem não verbal.
tornar comum”, sendo, portanto, um elemento essencial A primeira é desenvolvida pela linguagem escrita ou oral,
da interação social humana. enquanto a outra pode ocorrer por meio de gestos,
desenhos, fotografias, dentre outros.
Os elementos que compõem a comunicação são:
Linguagem Mista
• Emissor: chamado também de locutor ou falante, o Além da linguagem verbal e não verbal há a linguagem
emissor é aquele que emite a mensagem para um ou mista (ou híbrida), a qual agrega essas duas
mais receptores, por exemplo, uma pessoa, um grupo modalidades, ou seja, utiliza a linguagem verbal e não
de indivíduos, uma empresa, dentre outros. verbal para produzir a mensagem.
• Receptor: denominado de interlocutor ou ouvinte, o
receptor é quem recebe a mensagem emitida pelo
emissor.
• Mensagem: é o objeto utilizado na comunicação, de
forma que representa o conteúdo, o conjunto de
informações transmitidas pelo locutor. Meios de Comunicação
• Código: representa o conjunto de signos que serão Os meios de comunicação representam um conjunto de
utilizados na mensagem. veículos destinados à comunicação, e, portanto, se
• Canal de Comunicação: corresponde ao local aproximam do chamado “Canal de Comunicação”.
(meio) onde a mensagem será transmitida, por Eles são classificados em dois tipos: individual ou de
exemplo, jornal, livro, revista, televisão, telefone, massa (comunicação social). Ambos são muito
dentre outros. importantes para difusão de conhecimento entre os seres
• Contexto: também chamado de referente, trata-se humanos na atualidade, por exemplo: a televisão, o
da situação comunicativa em que estão inseridos o rádio, a internet, o cinema, o telefone, dentre outros.
emissor e receptor. Funções da Linguagem
• Ruído na Comunicação: ele ocorre quando a mensagem As funções da linguagem são formas de utilização da
não é decodificada de forma correta pelo interlocutor, por linguagem segundo a intenção do falante.
exemplo, o código utilizado pelo locutor, desconhecido
pelo interlocutor; barulho do local; voz baixa; dentre outros.
Elas são classificadas em seis tipos: função referencial, palavras, das expressões, das figuras de linguagem. Por
função emotiva, função poética, função fática, função isso, aqui o principal elemento comunicativo é a
conativa e função metalinguística. mensagem.
Cada uma desempenha um papel relacionado com os Note que esse tipo de função não pertence somente aos
elementos presentes na comunicação: emissor, textos literários. Também encontramos a função poética
receptor, mensagem, código, canal e contexto. Assim, na publicidade ou nas expressões cotidianas em que há
elas determinam o objetivo dos atos comunicativos. o uso frequente de metáforas (provérbios, anedotas,
Embora haja uma função que predomine, vários tipos de trocadilhos, músicas).
linguagem podem estar presentes num mesmo texto.
Exemplo de uma história sobre a avó
Função Referencial ou Denotativa Apesar de não ter frequentado a escola, dizia que a avó
Também chamada de função informativa, a função era um poço de sabedoria. Falava de tudo e sobre tudo
referencial tem como objetivo principal informar, e tinha sempre um provérbio debaixo da manga.
referenciar algo.
Voltada para o contexto da comunicação, esse tipo de Função Fática
texto é escrito na terceira pessoa (singular ou plural) A função fática tem como objetivo estabelecer ou
enfatizando seu caráter impessoal. interromper a comunicação de modo que o mais
Como exemplos de linguagem referencial podemos citar importante é a relação entre o emissor e o receptor da
os materiais didáticos, textos jornalísticos e científicos. mensagem. Aqui, o foco reside no canal de
Todos eles, por meio de uma linguagem denotativa, comunicação.
informam a respeito de algo, sem envolver aspectos Esse tipo de função é muito utilizada nos diálogos, por
subjetivos ou emotivos à linguagem. exemplo, nas expressões de cumprimento, saudações,
Exemplo de uma notícia discursos ao telefone, etc.
Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o Exemplo de uma conversa telefônica
real teve a maior desvalorização da sua história. Nesse — Consultório do Dr. João, bom dia!
dia foi preciso desembolsar R$ 4,0538 para comprar um — Bom dia! Precisava marcar uma consulta para o
dólar. Recorde-se que o Real foi lançado há mais de 20 próximo mês, se possível.
anos, mais precisamente em julho de 1994. — Hum, o Dr. tem vagas apenas para a segunda
Função Emotiva ou Expressiva semana. Entre os dias 7 e 11, qual a sua preferência?
Também chamada de função expressiva, na função — Dia 8 está ótimo.
emotiva o emissor tem como objetivo principal
transmitir suas emoções, sentimentos e subjetividades Função Conativa ou Apelativa
por meio da própria opinião. Também chamada de apelativa, a função conativa é
caracterizada por uma linguagem persuasiva que tem
Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está o intuito de convencer o leitor. Por isso, o grande foco
voltado para o emissor, uma vez que possui um caráter é no receptor da mensagem.
pessoal. Essa função é muito utilizada nas propagandas,
Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, publicidades e discursos políticos, de modo a influenciar
as cartas, os diários. Todos eles são marcados pelo uso o receptor por meio da mensagem transmitida.
de sinais de pontuação, por exemplo, reticências, ponto Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou
de exclamação, etc. na terceira pessoa com a presença de verbos no
imperativo e o uso do vocativo.
Exemplo de e-mail da mãe para os filhos
Meus amores, tenho tantas saudades de vocês … Mas Exemplos
não se preocupem, em breve a mamãe chega e vamos • Vote em mim!
aproveitar o tempo perdido bem juntinhos. Sim, consegui • Entre. Não vai se arrepender!
adiantar a viagem em uma semana!!! Isso quer dizer que • É só até amanhã. Não perca!
tenho muito trabalho hoje e amanhã.... Quando chegar, Função Metalinguística
quero encontrar essa casa em ordem, combinado?!? A função metalinguística é caracterizada pelo uso
Função Poética da metalinguagem, ou seja, a linguagem que se refere
A função poética é característica das obras literárias que a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um código
possui como marca a utilização do sentido conotativo das utilizando o próprio código.
palavras. Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um
Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira documentário cinematográfico que fala sobre a
a mensagem será transmitida por meio da escolha das linguagem do cinema são alguns exemplos.
Nessa categoria, os textos metalinguísticos que d) Ler e escrever são condutas da vida em sociedade.
merecem destaque são as gramáticas e os dicionários. Não são ratinhos mortos (...) prontinhos para ser
Exemplo desmontados e montados, picadinhos (...)
Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define
o que é escrita, bem como exemplifica a função 3. (PUC/SP-2001)
metalinguística.
A Questão é Começar
Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever
Atividades
também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre
1. (Fuvest-2004) conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa
civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como
vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer
assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol. No
escrever também poderia ser assim, e deveria haver
para a escrita algo como conversa vadia, com que se
divaga até encontrar assunto para um discurso
encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos
ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica
que supunha texto prévio, mensagem já elaborada.
Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o
contrário: escrever para pensar, uma outra forma de
conversar.
Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos
Observe, ao lado, esta gravura de Escher: Na linguagem rituais. Fomos induzidos a, desde o início, escrever
verbal, exemplos de aproveitamento de recursos bonito e certo. Era preciso ter um começo, um
equivalentes aos da gravura de Escher encontram-se, desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso
com frequência, estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto.
Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando
a) nos jornais, quando o repórter registra uma ocorrência
entender como necessitamos nos reeducar para fazer do
que lhe parece extremamente intrigante. escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do
b) nos textos publicitários, quando se comparam dois que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito,
produtos que têm a mesma utilidade. mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz
c) na prosa científica, quando o autor descreve com você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.”
isenção e distanciamento a experiência de que trata. “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar
d) na literatura, quando o escritor se vale das palavras em você por perto, espiando o que escrevo. Não me
para expor procedimentos construtivos do discurso. deixe falando sozinho.”
e) nos manuais de instrução, quando se organiza com Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com
clareza uma determinada sequência de operações. interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas,
sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre
2. (UEMG-2006) Assinale a alternativa em que o(s) ativamente presentes. Depois é espichar conversas e
termo(s) em negrito do fragmento citado NÃO contém novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam
(êm) traço(s) da função emotiva da linguagem. assuntos. Termina-se sabe Deus onde.

a) Os poemas (infelizmente!) não estão nos rótulos de (MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).
embalagens nem junto aos frascos de remédio.
Observe a seguinte afirmação feita pelo autor: “Em nossa
b) A leitura ganha contornos de “cobaia de laboratório” civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não
quando sai de sua significação e cai no ambiente artificial funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto
e na situação inventada. servindo, fala-se do tempo ou de futebol.” Ela faz
c) Outras leituras significativas são o rótulo de um referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o
produto que se vai comprar, os preços do bem de gelo”. Indique a alternativa que explicita essa função.
consumo, o tíquete do cinema, as placas do ponto de
ônibus (...) a) Função emotiva
b) Função referencial
c) Função fática
d) Função conativa ao ensino superior confirmam a cruel seletividade
e) Função poética imposta pelo fator socioeconômico: até aquele ano, 12%
dos brancos haviam concluído o 3º. Grau, contra só 2,5%
dos negros.
4. (Enem-2012) É inegável que a discrepância racial vem diminuindo ao
Desabafo longo do século: o analfabetismo no Rio de Janeiro era
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha muito maior entre negros com mais de 70 anos do que
divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como entre os de menos de 40 anos. Essa queda, porém, ainda
disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A não se traduziu numa proporcional equalização de
começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à oportunidades.
noite. Seis recados para serem respondidos na
secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para Considerando que o Rio de Janeiro é uma das unidades
pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou mais desenvolvidas do país e com acentuada tradição
zangado. urbana, parece inevitável extrapolar para outras regiões
a inquietação resultante desses dados.
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).

(Folha de São Paulo, 9. de jun. de 1996. Adaptado).


Nos textos em geral, é comum a manifestação
simultânea de várias funções da linguagem, com o Considerando as funções que a linguagem pode
predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No desempenhar, reconhecemos que, no texto acima,
fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predomina a função:
predominante é a emotiva ou expressiva, pois
a) apelativa: alguém pretende convencer o interlocutor
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio acerca da superioridade de um produto.
código.
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está b) expressiva: o autor tenciona apenas transparecer seus
sendo dito. sentimentos e emoções pessoais.
c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da
mensagem. c) fática: o propósito comunicativo em jogo é o de entrar
d) o referente é o elemento que se sobressai em em contato com o parceiro da interação.
detrimento dos demais.
e) o enunciador tem como objetivo principal a d) estética: o autor tem a pretensão de despertar no leitor
manutenção da comunicação. o prazer e a emoção da arte pela palavra.

e) referencial: o autor discorre acerca de um tema e


5. (UFS) expõe sobre ele considerações pertinentes.
Disparidades raciais
Fator decisivo para a superação do sistema colonial, o
fim do trabalho escravo foi seguido pela criação do mito
da democracia racial no Brasil. Nutriu-se, desde então, a
falsa ideia de que haveria no país um convívio cordial
entre as diversas etnias.
Aos poucos, porém, pôde-se ver que a coexistência
pouco hostil entre brancos e negros, por exemplo,
mascarava a manutenção de uma descomunal
desigualdade socioeconômica entre os dois grupos e não
advinha de uma suposta divisão igualitária de
oportunidades.
O cruzamento de alguns dados do último censo do IBGE
relativos ao Rio de Janeiro permite dimensionar algumas
dessas inequívocas diferenças. Em 91, o analfabetismo
no Estado era 2,5 vezes maior entre negros do que entre
brancos, e quase 60% da população negra com mais de
10 anos não havia conseguido ultrapassar a 4ª. série do
1º. grau, contra 39% dos brancos. Os números relativos

Você também pode gostar