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LICENCIATURA DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS

ANÁLISE FINANCEIRA- 2ºANO


2º SEMESTRE

Análise Financeira da
“Renova- Fábrica de Papel do Almonda, S.A ”

Ana Ribeiro N.º8180049


Rafaela Ferreira N.º8180247

Docente: José Carvalho Mendes / Jaime David Teixeira


Apresentação da Empresa

A nossa análise irá ter como objeto as contas apresentadas pela empresa “Renova –
Fábrica de Papel do Almonda, S.A.” no triénio constituído pelos anos 2016, 2017 e 2018, com
base nos seus relatórios e contas destes anos, contextualizando-as no ambiente micro e
macroeconómico desta época em Portugal e, quando possível, no setor em que se integra.

A empresa “Renova – Fábrica de Papel do Almonda S.A.” é uma empresa do setor da


fabricação de artigos de papel para uso doméstico e sanitário (CAE 17220), embora tenha
também outros CAE’s de atividade secundários, como “outras atividades de serviço de
refeições” (CAE 56290) e “produção de eletricidade de origem térmica” (CAE 35112). Embora
a marca Renova tenha surgido em 1818, a construção da sua primeira fábrica deu-se em 1939. É
em 1939 que a Renova inicia a produção de papel de embalagem, de escrita e impressão,
lançando apenas em 1958 o primeiro rolo de papel higiénico.

Em 1961, altura em que a Renova vivia numa situação favorável do “monopólio”, iniciou
a comercialização de “tissues” para uso doméstico e sanitário, lenços e guardanapos. Na década
de 80, com o aparecimento de novos concorrentes, a Renova decide investir numa segunda
infraestrutura fabril de grandes dimensões, com novas tecnologias para a produção de papel. Na
década de 90, a empresa começa a alargar horizontes, apostando na internacionalização.

O negócio da Renova atualmente, consiste na produção e comercialização de produtos


“tissues” e papel de impressão reciclado, engarrafamento e comercialização de águas.

A empresa conta com um volume de negócios que ronda os 122 milhões de euros e
emprega cerca de 650 trabalhadores. Tem um capital 100% privado, capacidade de produção de
100 mil toneladas, duas fábricas em Torres Novas e armazéns em Lisboa e no Porto.

Têm sido atribuídos à Renova diversos prémios pela forma como atua no mercado
mundial. A Renova foi distinguida com o prémio “Europaneidade” do Best of European
Business 2006; foi considerada uma das “21 Empresas para o século XXI” pelo Jornal Expresso
em 2007; e foi apontada como a “Empresa mais inovadora em Portugal” pela Startegos em 2008.

Análise Financeira: Empresa Renova – Fábrica de Papel do Almonda S.A


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Contexto Micro e Macroeconómico

A Renova é a quinta maior empresa portuguesa do setor de papel e pasta de Papel (SPP).
A atividade neste setor contribui fortemente para o crescimento da economia nacional, uma vez
que as exportações excedem as importações.
O SPP é o quarto exportador líquido na economia portuguesa, depois da indústria dos
têxteis, do couro e da madeira. O setor tem uma taxa de cobertura das importações em cerca de
40%, contribuindo positivamente para a Balança de Pagamentos. 
Quase a completar 80 anos de existência, a Renova exporta os seus produtos descartáveis
de papel para dezenas de mercados. Só na última década o volume de negócios da empresa
cresceu mais de 60%. 
A reputação internacional da Renova, devido à sua inovação, como o papel higiénico
preto, contribui para o aumento das suas exportações, que atingem metade da sua faturação.
Devido à sua internacionalização, na Europa o seu mercado cresceu de 10 milhões para 120
milhões de pessoas. O “mercado europeu é responsável por 50% do volume de negócios da
empresa”, segundo Joana Oliveira, Teresa Ferreira e Vera da Costa (2008).  
Vinte anos depois da primeira abordagem ao mercado espanhol, o sucesso da
internacionalização da Renova começou. O volume de negócios da empresa atingiu, em 2010,
cerca de 130 milhões de euros.
Nos anos mais recentes, sistematicamente, cerca de 50% das vendas foram realizadas
fora de Portugal, sendo Espanha, França, Bélgica, Luxemburgo e Angola os mercados externos
onde a Renova está mais presente.  

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Análise da Área Financeira
No triénio 2016 a 2018 a “Renova – Fábrica de Papel do Almonda, S.A.”, apresentou uma
situação financeira com algumas oscilações, conforme analisaremos abaixo.

Rácios de Equilíbrio Financeiro

A existência de equilíbrio financeiro ocorre quando os Capitais Permanentes (CP) financiam os


Ativos Não Correntes (ANC), no caso da “Renova – Fábrica de Papel do Almonda, S.A”,
verifica-se que os Capitas Permanentes são superiores ao Ativo Não Corrente nos anos de 2016 e
2017, ou seja, a empresa encontra-se em equilíbrio financeiro nestes dois mesmos anos. No
entanto, em 2018 não se verifica o equilíbrio financeiro, uma vez que, neste caso, o Ativo Não
Corrente é superior aos Capitais Permanentes.
Observamos também que as Necessidades Cíclicas são superiores aos Recursos Cíclicos,
podendo ocorrer problemas no ciclo de exploração.

Análise do Fundo de Maneio, Necessidades de Fundo de Maneio e Tesouraria


Líquida

Verifica-se que tanto em 2016 como em 2017, o Fundo de Maneio é superior a zero – Fundo de
Maneio superavitário. No entanto, em 2018 temos um Fundo de Maneio negativo, ou seja, um
Fundo de Maneio deficitário.
Sendo que as Necessidades Cíclicas (NC) são o ativo de exploração, este deveria ser financiado
pelos Recursos Cíclicos (RC).

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Ao longo do triénio, os RC da empresa não cobrem as NC, ou seja, os Recursos Cíclicos não
financiam a totalidade das Necessidades Cíclicas. Em 2018, o valor das Necessidades de Fundo
de Maneio (3 663 566) é o montante que a empresa necessita para cobrir a diferença entre os RC
e as NC.
Pretende-se que o Fundo de Maneio (FM) esteja enquadrado com as Necessidades de Fundo de
Maneio (NFM).
No caso da empresa “Renova – Fábrica de Papel do Almonda, S.A.” verificamos que ao longo
do triénio (2016 a 2018) as NFM são maiores do que o FM, fazendo com que a Tesouraria
Líquida (TL) fique negativa. Assim sendo, é aconselhável aumentar o FM de forma a estar de
acordo com as NFM, para que não seja evidenciado um desequilibro financeiro para a empresa.

A empresa “Renova – Fábrica de Papel do Almonda, S.A.” está numa situação do Tipo II nos
anos 2016 e 2017:
 Fundo de Maneio – Positivo;
 Necessidades de Fundo de Maneio – Positivas;
 Tesouraria Líquida – Negativa;

No entanto, no ano de 2018 a empresa encontra-se numa situação financeira do Tipo III, ou seja,
numa situação financeira crítica, uma vez que os Capitais Permanentes não cobrem o ativo fixo:
 Fundo de Maneio – Negativo;
 Necessidades de Fundo de Maneio – Positivas;
 Tesouraria Líquida – Negativa.

Rácios de Rotação

Notas:
 O saldo de clientes é o Saldo Médio - (Si+Sf)/2;
 Vendas = Volume de negócios;
 Compras = CMVMC – Ei + Ef.

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Quanto aos Rácios de Rotação, temos valores elevados. Termos um PMR elevado, é um indício
de fraca capacidade por parte da empresa em conseguir cobrar as suas dívidas, ou de que os
clientes nos impõem prazos de pagamento (em 2018 o PMR é de 85 dias, ligeiramente mais
baixo do que nos dois anos anteriores - a empresa demora cerca de 85 dias a receber uma
dívida).
O ano de 2017 é o que apresenta um valor maior do PMP, o que significa que a empresa demora
cerca de 137 dias a pagar aos seus fornecedores, podendo ser um indicador de que não temos
meios financeiros disponíveis para pagar as nossas dívidas. Ao contrário de 2016 e 2018, em
2017 a empresa demora mais tempo a pagar do que a receber.
Em relação ao PMI, verificamos que os valores são também elevados, sendo o maior deles em
2016, ou seja, os inventários ficam cerca de 136 dias parados em armazém.
O Ciclo de Tesouraria representa o tempo que o ciclo financeiro tem de ser financiado por
recursos extraexploração. No caso de 2016, ano com o Ciclo de Tesouraria mais elevado, a
empresa tem de financiar a atividade de exploração durante 197 dias.

Rácios de Liquidez

Como podemos verificar nos rácios financeiros apresentados acima, a Liquidez Geral manteve-
se superior a 1 nos anos 2016 e 2017, o que mostra a existência de ativo corrente em valor
superior ao passivo corrente. Com exceção de 2018 em que o valor do ativo corrente não cobre o
passivo corrente.

Analisando a liquidez com maior atenção (recorrendo aos prazos médios acima apresentados),
percebemos que a Liquidez Geral, embora revelando que existe ativo corrente superior ao
passivo corrente (em 2016 e 2017), não garante que todo o seu valor possa ser empregue no
pagamento atempado das dívidas de curto prazo, já que o prazo para transformar inventários em
recebimentos (PMI + PMR, que variou de 241 para 229 dias) manteve-se claramente superior ao
prazo de exigibilidade das dívidas (PMP, que variou de 44 para 137 dias).

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Relativamente á Liquidez Reduzida, ao tirarmos o valor dos inventários torna-se mais fácil a
comparação entre o ativo corrente e o passivo corrente, uma vez que estamos a comparar duas
realidades mais próximas. À exceção de 2016 (em que a Liquidez Reduzida é ligeiramente
superior a 1), nos anos 2017 e 2018 temos um valor de Liquidez Reduzida inferior a 1, o que
normalmente é um indicador de fraca capacidade de liquidez. Ao tirarmos os inventários o nosso
ativo não é suficiente para pagarmos o passivo corrente.

A Liquidez Imediata (LI) mede os Meios Financeiros Líquidos (MFL) disponíveis


imediatamente para pagar as dívidas. Ao longo do triénio, o valor do Rácio de Liquidez Imediata
tem vindo a diminuir (de 9% em 2016 para 4% em 2018). Uma vez que, o valor da LI deve
variar entre 0 e 15% podemos considerar que a empresa tem uma baixa Liquidez Imediata, tendo
em 2018 apenas 4% de MFL para fazer face a todo o passivo corrente.

Rácios de Estrutura

Relativamente à Autonomia Financeira, podemos verificar que diminuiu de 45% em 2016 para
40% em 2018 (correspondendo a um endividamento de 55% e 60% respetivamente), no entanto,
é importante realçar que a Autonomia Financeira era e manteve-se relativamente baixa (45% em
2016, 37% em 2017 e 40% em 2018), uma vez que se encontra a menos de 50%.

O facto de o valor da Autonomia Financeira se manter baixo indica uma grande dependência em
relação aos credores. Para além dos riscos inerentes, é desvantajosa a negociação de novos
financiamentos, ou seja, a empresa está muito dependente de capital alheio.

Como temos uma Autonomia Financeira baixa, esta pode ser vista como uma desvantagem para
a empresa, uma vez que existe um risco financeiro elevado (maior endividamento), dessa forma
diminuiu a capacidade de a empresa resolver os seus compromissos sem alienar os seus ativos.

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Assim, a empresa deve agir de forma a não prejudicar a sua atividade operacional, prevendo um
risco de falência. Como tal, a empresa deve tomar medidas para reestruturar os capitais no
balanço que possam ajudar na sua rentabilidade.

A estrutura do endividamento procura medir o peso de capital alheio de curto prazo face ao
capital alheio total. No ano de 2018, temos um valor da estrutura do endividamento de 76%, ou
seja, 76% do capital alheio tem de ser pago no próximo ano, o que representa alguma pressão a
nível financeiro. Essa pressão dependerá da capacidade da empresa negociar os empréstimos.
Assim, a situação económica e financeira da “Renova – Fábrica de Papel do Almonda, S.A.”,
está um pouco desequilibrada porque tem uma rendibilidade baixa e um alto risco financeiro.

O rácio de solvabilidade da empresa (que passou de 183% em 2016 para 176% e 167% em 2017
e 2018 respetivamente), revela que, ao longo do triénio, a empresa diminuiu a sua capacidade
para dispor de meios para satisfazer os seus compromissos. Este indicador revela, no fundo, a
mesma realidade que o rácio de autonomia financeira porque os dois estão relacionados, dado
que as suas variáveis, Ativo, Capital Próprio e Passivo estão também relacionadas entre si, pelo
que as suas leituras corretas conduzem à mesma conclusão: uma estrutura financeira
desequilibrada.

Análise da Área Económica

Ao decorrer do triénio 2016-2018 a “Renova – Fábrica de Papel do Almonda, S.A.” apresentou


uma situação económica com alguns altos e baixos, conforme analisaremos abaixo.

Para analisarmos a situação económica de uma empresa, devemos analisar rácios de


rendibilidade (que nos mostram o rendimento dos investimentos feitos pela empresa).

O volume de negócios em 2016, é de 0,32% [((123 780 311 – 123 384 816) / 123 384 816)


*100], que não atinge os 1%. No entanto, em 2017 houve um crescimento significativo
relativamente ao ano anterior – 10, 74% [((137 078 815 – 123 780 311) / 123 780 311) * 100],
voltando a diminuir ligeiramente em 2018 para 8,31% [((148 469 271 – 137 078 815) /
137 078 815) * 100] (comparativamente com o setor (15,93%), 2018 manteve-se
significativamente abaixo).

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Ao nível dos resultados, tanto operacionais como líquidos, houve também algumas oscilações.
Do ano 2016 para 2017, verifica-se uma diminuição dos valores tornando-os negativos, ficando
novamente positivos em 2018.

As rendibilidades da empresa, medidas sob diferentes perspetivas, atingem valores com algumas
variações, como poderemos verificar pelos rácios económicos apresentados de seguida:

Rácios de Rendibilidade

Como podemos verificar nos rácios económicos supra apresentados, a Rendibilidade


Operacional das Vendas diminuiu de 2,7% em 2016 para -2,7% em 2017, aumentando
novamente em 2018 para 3%. Embora o volume de negócios tenha aumentado de 2016 para
2017, esta diminuição deve-se à diminuição do resultado líquido do período.

A Rendibilidade Líquida das Vendas que mede o excedente das vendas após a cobertura de
todos os gastos operacionais, financeiros, extraordinários e impostos, que é o resultado depois de
todos os gastos, compara a capacidade de a empresa gerar lucro comparativamente com as
vendas. Esta diminuiu também de 2,9% para -2,7% (de 2016 para 2017 respetivamente)
aumentando novamente em 2018 para 2%.
Isto revela que, em 2017, os encargos financeiros consumiram a totalidade do resultado
operacional, fazendo com que os acionistas não beneficiassem do resultado operacional da
“Renova – Fábrica de Papel do Almonda, S.A.” (estando de acordo com o elevado
endividamento da empresa já constatado atrás, na análise financeira).

A Rendibilidade Líquida do Ativo, mede de que forma a gestão da empresa faz render os ativos
que gere, comparando os resultados com os meios utilizados para atingir esses resultados, tendo
a ver com a eficiência. De 2016 para 2017, o valor do rácio decresce de 2,8% para um valor
negativo (-2,6%) aumentando novamente para 2,2% em 2018. No entanto, este aumento é menor

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do que em 2016. Com o aumento de 2017 para 2018, a empresa cresceu a um ritmo inferior ao
do setor.

A Rendibilidade do Capital Próprio (ROE), que mede a capacidade da empresa gerar resultados
a partir dos capitais investidos pelos acionistas também decresce de 2016 a 2017 de 6,2% para -
7,1%, respetivamente. No entanto, o ROE volta a aumentar de 2017 para 2018 de um valor
negativo para 5,5%, valor este inferior ao do ano 2016 (que era positivo). Relativamente ao
setor, o valor médio deste rácio variou entre 9,8% (2017) e 16,6% (2018), sendo que tanto no
ano 2017 como 2018 a empresa não cresceu em comparação com o setor, uma vez que os
valores da empresa se encontram abaixo dos do setor.

Do ponto de vista dos acionistas, esta empresa deve ser muito bem analisada, de forma a que
possam decidir se é ou não um investimento a fazer.

Análise Horizontal

Ao longo deste triénio podemos verificar que o volume de negócios aumentou. No sentido
inverso, podemos observar que o Resultado Líquido do Período apesar de negativo, diminuiu de
2016 para 2017 e aumentou em 2018.

Um aumento do volume de vendas tende a aumentar os inventários e a aumentar as dívidas de


clientes, mantendo-se os prazos de pagamento. Como verificado, tanto os inventários como as
dívidas de clientes aumentaram de 2016 para 2017 (19 675 203 para 23 578 164 e 38 232 089
para 45 657 072, respetivamente).
Em relação ao setor verificamos que a empresa, em 2018 (analisamos apenas o ano de 2018,
uma vez que não nos foi fornecido dados relativos aos anos anteriores), se manteve sempre
abaixo da média do setor.

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Análise Vertical

A ligeira diminuição dos Gastos com o Pessoal (de 11,76% para 10,5% em 2016 para 2018
respetivamente), pode ser justificado pela redução de pessoal, ou pela diminuição de horas
trabalhadas. Neste caso, verifica-se a segunda razão, sendo que de acordo com os anexos
apresentados, se verifica que apesar do aumento de contratações de pessoal, houve uma
diminuição de horas trabalhadas, fazendo com que se diminua as despesas, face ao elevado
endividamento da empresa, como já analisado anteriormente. Há um aumento dos inventários
(de 15,18% em 2016 para 19,72% em 2018) podendo este aumento ser justificado pelo aumento
do volume de vendas (já que o aumento do volume de vendas pode gerar um aumento dos
inventários – ponto analisado anteriormente).
Relativamente aos fornecedores, há também um ligeiro aumento de 15,04% em 2016 para
19,51% em 2018, aumentando de certa forma as dívidas que a empresa tem a pagar.

Análise Dupont

O sistema de Análise Dupont é uma técnica utilizada para a análise da rendibilidade dos capitais
próprios (ROE), decompondo-os em vários fatores explicativos. Esta desmultiplicação dos
fatores explicativos salienta que o aumento da rendibilidade dos capitais (para além do RLP e do
valor dos Capitais Próprios), depende da rendibilidade das vendas, da rotação do ativo
(eficiência da gestão dos ativos) e da relação entre o ativo e os capitais próprios (inverso da
Autonomia Financeira). A análise Dupont permite que os gestores simulem diferentes cenários e
avaliem o seu impacto na ROE. Funciona como uma técnica para localizar as áreas responsáveis
pelo desempenho financeiro da empresa.

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 Margem Líquida = Resultado Líquido / Vendas (o indicador da empresa é menor do que
o do setor);
 Rotação do Ativo = Vendas / Ativo (o indicador da empresa é superior em comparação
com o setor);
 Alavancagem = Ativo / Capital Próprio (o indicador do setor é inferior em comparação
com o setor);

Relativamente à Margem Líquida, podemos concluir que empresa diminui cerca de 0,9% (2,9%-
2%) de 2016 para 2018, ou seja se em 2016 por cada 10€ de aumento nas vendas aumentava o
resultado líquido em 0,29€ (0,029*10) em 2018 os mesmos 10€ proporcionavam um aumento no
resultado líquido de 0,20€ (0,020*10).

No que respeita à rotação do ativo, existe um aumento de 2016 para 2018 de 14% que nos
permite concluir que por cada 100€ de aumento no ativo a empresa vai passar a vendar mais
109€.

Margem Líquida
 É o resultado líquido na DR (lucro ou prejuízo) em relação à receita líquida;
 É o que sobra para os sócios/acionistas;
 Os valores podem chegar até no máximo 1 e não tem limite para ser negativo, caso a
empresa apresente prejuízo.

Rotação do Ativo
 Mostra quantas vezes podemos realizar um volume de vendas com um determinado valor
de ativo;
 Quanto maior, melhor e para isso, irá testar se a aplicação em ativos está a tornar-se cada
vez menor e se paralelamente o volume de vendas é cada vez maior;

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 Numa divisão, quando o numerador é maior e o denominador é menor, temos um
resultado maior, logo, o ativo deve ser menor e as vendas maiores de modo a aumentar o
ROE.
Alavancagem

 Mostra o quanto a empresa aplica em relação ao investimento dos sócios. Na empresa


Renova, o resultado é 2,49 - a empresa tem na estrutura de aplicação 49% a mais do que
o capital investido;
 Nem sempre uma alavancagem tem custos financeiros, então não podemos avaliar se ela
é boa ou má. É necessário saber se o juro pago pelo passivo é menor que o juro recebido
pelo ativo e também saber se o negócio tem capacidade de pagamento dos juros
propostos, das amortizações, para saber se a transação aumentará o património;

Análise do Risco

O risco operacional, que pode ser medido pelo Grau de Alavanca Operacional, apresenta-se na
Renova bastante instável, com o GAO a oscilar entre valores positivos em 2016 e 2018 (20,90 e
17,36, respetivamente) e valores negativos em 2017 (-18,85). Em 2018, a empresa encontra-se
acima do setor. Sendo que o GAO mensura a variabilidade dos resultados operacionais, face a
variações ocorridas no volume de negócios (medido através da Margem Bruta), apesar de, como
já analisado anteriormente, o volume de negócios aumentar ao longo do triénio, o valor do GAO
é maior em 2016 (ano em que a empresa tem menor volume de negócios). Neste caso específico,
a empresa tem elevados custos fixos, tendo impacto na sua atividade operacional, ou seja, maior
é o risco de negócio, pois num cenário de queda na procura, empresas com um GAO superior a 1
tenderão a ver os seus resultados operacionais a descer. Por outro lado, o risco diminui um pouco
em 2018, com valor inferior ao de 2016.

Rácios de Risco

Nota: Margem Bruta = Vendas – CMVMC;

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O risco financeiro, que pode ser medido pelo Grau de Alavanca Financeira (GAF), apresentou
algumas oscilações, rondando durante o triénio (2016 a 2018) os 1%. Em 2018, o GAF apresenta
o valor mais elevado dos anos analisados, sendo mesmo assim, um valor inferior ao do setor.
Significa que, uma variação nos resultados operacionais de 1%, terá um impacto de 1,15% nos
resultados financeiros (resultado antes de impostos). Apesar de a empresa apresentar um
endividamento alto, em 2016 e 2018 o GAF pode ser considerado como favorável, uma vez que
apresenta valores superiores a 1 (GAF>1): o retorno do ativo total (conjunto de bens e direitos
da empresa, em moeda) será razoavelmente maior do que a remuneração paga a terceiros.

No entanto, em 2017, o valor do GAF é inferior a 1 (0,87), podendo ser considerado


desfavorável, uma vez que o valor dos recursos de terceiros (35 397 187) teve um custo superior
ao do RAI, prejudicando neste caso a empresa, verificando-se o risco financeiro.

O Grau de Alavanca Combinado (GAC), mede o risco global da empresa, considerando o risco
de negócio e o risco financeiro, sendo que quanto maior o valor do GAC, maior é o risco global.
Este tipo de indicador mede a variabilidade dos resultados disponíveis para os acionistas
(Resultado Líquido), face a uma alteração no volume de negócios (medido através da margem
bruta). Assim, temos que, apesar de em 2018, o GAF ter aumentado 0,01 relativamente a 2016, o
GAO diminui de 2016 para 2018. Logo, este facto faz com que o GAC tivesse diminuído de
2016 para 2018. Assim sendo, em 2017, uma variação de 1% nas vendas, provocará um impacto
negativo de 16,40 no resultado líquido.

Análise dos Rácios Demonstrações Fluxo de Caixa


A análise de Fluxo de Caixa fornece informação acerca da capacidade de a empresa criar fluxos
de tesouraria. Os rácios de Fluxo de Caixa fornecem muitas vezes uma melhor indicação da
capacidade da empresa para honrar compromissos, visto que a estimativa dos fluxos futuros,
essenciais para liquidar obrigações, faz-se a partir da Demonstração dos Fluxos de Caixa. A
principal rúbrica é o FCO (Fluxo de Caixa Operacional), pois em situação normal, a maior parte
dos recebimentos e pagamentos operacionais geram fluxos para financiar os investimentos,
empréstimos obtidos e o pagamento de dividendos.

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Notas:
 Custos Financeiros Período = Juros e Gastos Similares Suportados;
 Influxo de Caixa Atividades Financiamento e Investimento = Fluxo Atividades Investimento e Fluxo
Atividades Financiamento;

Qualidade Rácio das Vendas

Os valores estão próximos de 1, significando que os recebimentos dos clientes estão em média
próximos das vendas do período, como se pode verificar, por exemplo, em 2016 os recebimentos
de clientes têm um valor de 123 223 182 e tem como volume de negócios 123 780 311, com o
prazo de recebimento nos rácios de rotação em 2017 (112 dias), que se encontra próximo do
setor em que a nossa empresa está inserida (152 dias).

Cobertura dos Custos Financeiros

Este indicador é um indicador que mostra em que medida a atividade da empresa liberta meios
para liquidar os encargos financeiros, resultantes do financiamento necessário para o seu
funcionamento. À exceção de 2017, a empresa apresenta valores bastante elevados, o que
significa que há um menor risco de incumprimento, comparando com o GAF, que nestes anos
pode ser considerado favorável.

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Análise Integrada e Recomendações

Numa análise global, a empresa “Renova – Fábrica de Papel do Almonda, S.A” sente
algumas dificuldades ao longo do triénio.
Embora a empresa tenha uma Liquidez Geral que revela que o ativo corrente é superior
ao passivo corrente, tal não garante que a empresa consiga liquidar, em devido tempo, as dívidas
que se vão vencendo. Para complementar esta ideia de que a empresa poderá não dispor de
liquidez suficiente, verificamos que, em 2017 e 2018, a empresa tem uma LR inferior a 1, sendo
este um indicador de fraca capacidade de liquidez.
Para que a empresa possa ter uma liquidez razoável, de forma a conseguir liquidar as suas
dívidas, esta deverá rever algumas contas de forma a aumentar essa liquidez. Reduzindo os
custos, avaliando-os e vendo se existe alguma possibilidade de diminuí-los. Reduzindo despesas
gerais, haverá impacto na rendibilidade da empresa. Ao nível das contas a receber, a empresa
poderá “monitorar” as dívidas a receber de forma eficaz, garantindo que está a cobrar
corretamente aos clientes. Relativamente às contas a pagar, a empresa poderá negociar com os
seus fornecedores condições mais longas de pagamento para manter o seu dinheiro aplicado
mais tempo.
Sendo que a eficiência do ativo é um indicador que nos mostra em que medida os ativos
da empresa estão a gerar fluxos de caixa, concluímos que, em 2018, a empresa conseguiu utilizar
os seus ativos de uma forma mais eficiente, comparativamente aos anos anteriores, atingindo um
valor acima do valor do setor para o mesmo ano. Ou seja, o ativo da empresa em 2018,
conseguiu gerar Fluxos de Caixa Operacional acima de 2016 e 2017.
O efeito da alavancagem operacional está relacionado com os gastos fixos da empresa,
gastos este que poderão constituir risco para as atividades operacionais. No caso específico da
Renova, a empresa tem elevados custos fixos, tendo impacto na sua atividade operacional, ou
seja, maior é o risco de negócio. O GAO da empresa Renova é superior a 1 em 2016 e 2018.
Concluindo, a empresa deverá rever melhor as suas contas, de modo a aumentar a sua
rendibilidade e a diminuir o risco financeiro.

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15
Referências

 https://www.racius.com/renova-fabrica-de-papel-do-almonda-s-a/
 https://www.bing.com/search?q=+renova&qs=n&form=QBRE&sp=-
1&pq=renova&sc=8-6&sk=&cvid=F5EAE2CC77444883BAEC9BB576C5DA4B
 https://www.myrenova.com/
 https://www.occ.pt/pt/noticias/contabilidade-geral-metodo-de-equivalencia-patrimonial/
 http://www3.uma.pt/eduardog/IMG/pdf/Artigo-SNC_Particip-Fins-Consolidacao-
Contas.pdf
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Balanço_funcional
 https://www.bportugal.pt/QS/qsweb/Dashboards
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Alavancagem_financeira#Alavancagem_financeira_e_risco
 https://www.informadb.pt/idbweb/public/ASABI.xhtml

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Anexos

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17
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BALANÇO 2016 2015
Ativo
Ativo não corrente
Ativos fixos tangíveis 58 761 614 36 187 984
Propriedades de investimento 0 0
Goodwill 0 0
Ativos intangíveis 56 888 130 107
Ativos biológicos 0 0
Participações financeiras- método equivalência patrimonial 2 410 943 3 299 216
Participações financeiras- outros métodos 22 743 22 743
Acionistas/sócios não correntes 0 0
Outros ativos financeiros 8 279 3 387
Ativos por impostos diferidos 3 814 529 0
Investimentos financeiros 0 0
Total do ativo não corrente 65 074 996 39 643 437
Ativo corrente
Inventários 19 675 203 20 199 111
Ativos biológicos 0 0
Clientes 38 232 089 32 821 244
Adiantamento a fornecedores 0 66 241
Estado e outros entes públicos 457 746 50 156
Acionistas/sócios correntes 1 436 579 514 805
Outras contas a receber 1 901 214 2 215 137
Diferimentos 515 886 391 366
Ativos financeiros detidos para negociação 130 960 100 380
Outros ativos financeiros correntes 0 0
Ativos não correntes detido para venda 0 0
Outros ativos correntes 0 0
Caixa e depósitos bancários 2 225 437 17 446 946
Total do ativo corrente 64 575 114 73 805 386
Total do ativo 129 650 110 113 448 823
Capital Próprio e Passivo
Capital Próprio
Capital realizado 12 000 000 12 000 000
Ações (quotas) próprias 0 0
Outros instrumentos de capital próprio 0 0
Prémio emissão 0 0

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28
Reservas legais 2 400 000 2 400 000
Outras reservas 9 190 306 9 260 690
Resultados transitados 30 326 177 30 329 646
Ajustamento em ativos financeiros 247 144 63 431
Excedentes de revalorização 0 0
Outras variações nos capitais próprios 877 918 1 128 397
Resultado líquido do período 3 635 335 3 944 476
Dividendos antecipados 0 0
Total do capital próprio 58 676 880 59 126 640
Passivo não corrente
Provisões 0 111 189
Financiamentos obtidos não correntes 26 498 285 22 603 967
Responsabilidades por benefícios pós-emprego 0 0
Passivos por impostos diferidos 0 0
Outras contas a pagar não correntes 1 754 712 327 599
Total do passivo não corrente 28 252 996 23 042 755
Passivo corrente
Fornecedores 10 671 340 12 387 900
Adiantamento de clientes 46 085 175 079
Estado e outros entes públicos 764 214 1 053 388
Acionistas/ sócios 10 348 228 6 451 877
Financiamentos obtidos correntes 6 363 438 672 728
Outras contas a pagar correntes 14 526 929 10 538 455
Diferimentos 0 0
Passivos financeiros detidos para negociação 0 0
Outros passivos financeiros 0 0
Passivos não correntes detidos para venda 0 0
Outros passivos correntes 0 0
Total do passivo corrente 42 720 234 31 279 427
Total do passivo 70 973 230 54 322 182
Total do capital e do passivo 129 650 110 113 448 822

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29
BALANÇO 2017 2016
Ativo
Ativo não corrente
Ativos fixos tangíveis 55 965 056 58 761 614
Propriedades de investimento 0 0
Goodwill 0 0
Ativos intangíveis 43 685 56 888
Ativos biológicos 0 0
Participações financeiras- método equivalência patrimonial 2 391 840 2 410 943
Participações financeiras- outros métodos 22 743 22 743
Acionistas/sócios não correntes 0 0
Outros ativos financeiros 16 477 8 279
Ativos por impostos diferidos 3 814 529 3 814 529
Investimentos financeiros 0 0
Total do ativo não corrente 62 254 330 65 074 996
Ativo corrente
Inventários 23 578 164 19 675 203
Ativos biológicos 0 0
Clientes 45 657 072 38 232 089
Adiantamento a fornecedores 40 992 0
Estado e outros entes públicos 883 498 457 746
Acionistas/sócios correntes 4 007 649 1 436 579
Outras contas a receber 2 322 263 1 901 214
Diferimentos 534 483 515 886
Ativos financeiros detidos para negociação 130 960 130 960
Outros ativos financeiros correntes 0 0
Ativos não corrente detido para venda 0 0
Outros ativos correntes 0 0
Caixa e depósitos bancários 560 606 2 225 437
Total do ativo corrente 77 715 687 64 575 114
Total do ativo 139 970 017 129 650 110
Capital Próprio e Passivo
Capital Próprio
Capital realizado 12 000 000 12 000 000
Ações (quotas) próprias 0 0
Outros instrumentos de capital próprio 0 0
Prémio emissão 0 0
Reservas legais 2 400 000 2 400 000
Outras reservas 9 122 472 9 190 306
Resultados transitados 30 323 098 30 326 177
Ajustamento em ativos financeiros 767 045 247 144
Excedentes de revalorização 0 0
Outras variações nos capitais próprios 637 574 877 918

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30
Resultado líquido do período -3 658 847 3 635 335
Dividendos antecipados 0 0
Total do capital próprio 51 591 342 58 676 880
Passivo não corrente
Provisões 256 723 0
Financiamentos obtidos não correntes 25 611 207 26 498 285
Responsabilidades por benefícios pós-emprego 0 0
Passivos por impostos diferidos 0 0
Outras contas a pagar não correntes 935 018 1 754 712
Total do passivo não corrente 26 802 948 28 252 996
Passivo corrente
Fornecedores 14 084 088 10 671 340
Adiantamento de clientes 302 184 46 085
Estado e outros entes públicos 623 531 764 214
Acionistas/ sócios 11 196 543 10 348 228
Financiamentos obtidos correntes 24 200 644 6 363 438
Outras contas a pagar correntes 11 168 734 14 526 929
Diferimentos 0 0
Passivos financeiros detidos para negociação 0 0
Outros passivos financeiros 0 0
Passivos não correntes detidos para venda 0 0
Outros passivos correntes 0 0
Total do passivo corrente 61 575 724 42 720 234
Total do passivo 88 378 672 70 973 230
Total do capital e do passivo 139 970 014 129 650 110

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31
BALANÇO 2018 2017
Ativo
Ativo não corrente
Ativos fixos tangíveis 50 459 267 55 965 056
Propriedades de investimento 0 0
Goodwill 0 0
Ativos intangíveis 60 684 43 685
Ativos biológicos 0 0
Participações financeiras- método equivalência patrimonial 23 704 887 2 391 840
Participações financeiras- outros métodos 22 743 22 743
Acionistas/sócios não correntes 0 0
Outros ativos financeiros 24 263 16 477
Ativos por impostos diferidos 3 070 422 3 814 529
Investimentos financeiros 0 0
Total do ativo não corrente 77 342 266 62 254 330
Ativo corrente
Inventários 26 782 883 23 578 164
Ativos biológicos 0 0
Clientes 23 110 002 45 657 072
Adiantamento a fornecedores 33 279 40 992
Estado e outros entes públicos 2 053 069 883 498
Acionistas/sócios correntes 2 158 102 4 007 649
Outras contas a receber 3 361 995 2 322 263
Diferimentos 517 412 534 483
Ativos financeiros detidos para negociação 130 960 130 960
Outros ativos financeiros correntes 0 0
Ativos não corrente detido para venda 0 0
Outros ativos correntes 0 0
Caixa e depósitos bancários 344 774 560 606
Total do ativo corrente 58 492 476 77 715 687
Total do ativo 135 834 742 139 970 017
Capital Próprio e Passivo
Capital Próprio
Capital realizado 12 000 000 12 000 000
Ações (quotas) próprias 0 0
Outros instrumentos de capital próprio 0 0
Prémio emissão 0 0
Reservas legais 2 400 000 2 400 000
Outras reservas 9 055 897 9 122 472
Resultados transitados 26 686 167 30 323 098
Ajustamento em ativos financeiros 894 997 767 045
Excedentes de revalorização 0 0
Outras variações nos capitais próprios 487 656 637 574
Resultado líquido do período 3 002 243 -3 658 847

Análise Financeira: Empresa Renova – Fábrica de Papel do Almonda S.A


32
Dividendos antecipados 0 0
Total do capital próprio 54 526 960 51 591 342
Passivo não corrente
Provisões 597 662 256 723
Financiamentos obtidos não correntes 19 132 025 25 611 207
Responsabilidades por benefícios pós-emprego 0 0
Passivos por impostos diferidos 0 0
Outras contas a pagar não correntes 141 578 935 018
Total do passivo não corrente 19 871 265 26 802 948
Passivo corrente
Fornecedores 15 860 720 14 084 088
Adiantamento de clientes 145 059 302 184
Estado e outros entes públicos 642 256 623 531
Acionistas/ sócios 10 652 014 11 196 543
Financiamentos obtidos correntes 26 313 762 24 200 644
Outras contas a pagar correntes 7 822 707 11 168 734
Diferimentos 0 0
Passivos financeiros detidos para negociação 0 0
Outros passivos financeiros 0 0
Passivos não correntes detidos para venda 0 0
Outros passivos correntes 0 0
Total do passivo corrente 61 436 518 61 575 724
Total do passivo 81 307 783 88 378 672
Total do capital e do passivo 135 834 743 139 970 014

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33
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZAS 2016 2015
Rendimentos e gastos
123 780 123 384
Vendas e serviços prestados 311 816
Subsídios à exploração 5 468 91 579
Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos
conjuntos -527 792 484 185
Variação nos inventários da produção -1 022 896 -147 208
Trabalhos para a própria entidade 201 668 114 896
Custo mercadorias vendidas, matérias consumidas 53 486 018 52 828 110
Fornecimentos e serviços externos 43 848 388 47 153 222
Gastos com o pessoal 14 552 971 14 305 926
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 31 033 -20 025
Provisões (aumentos/reduções) -111 189 111 189
Aumentos/reduções de justo valor 30 580 -6 039
Outros rendimentos e ganhos 1 392 922 3 603 775
Outros gastos e perdas 649 458 842 784
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos
(EBITDA) 11 403 584 12 304 797
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 8 040 796 6 843 925
Resultado Operacional (antes de gastos de financiamento e impostos)
(EBIT) 3 362 788 5 460 872
Juros e rendimentos similares obtidos 1 458 3 066
Juros e gastos similares suportados 412 667 63 400
Resultado antes de impostos 2 951 578 5 400 537
Imposto sobre o rendimento do período -683 757 1 456 061
Resultado líquido do período 3 635 335 3 944 476

Análise Financeira: Empresa Renova – Fábrica de Papel do Almonda S.A


34
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZAS 2017 2016
Rendimentos e gastos
137 078 123 780
Vendas e serviços prestados 815 311
Subsídios à exploração 26 900 5 468
Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos
conjuntos -1 001 135 -527 792
Variação nos inventários da produção 1 620 860 -1 022 896
Trabalhos para a própria entidade 120 721 201 668
Custo mercadorias vendidas, matérias consumidas 67 501 993 53 486 018
Fornecimentos e serviços externos 51 063 226 43 848 388
Gastos com o pessoal 15 187 446 14 552 971
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 5 438 31 033
Provisões (aumentos/reduções) 256 723 -111 189
Aumentos/reduções de justo valor 0 30 580
Outros rendimentos e ganhos 1 547 225 1 392 922
Outros gastos e perdas 781 623 649 458
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos
(EBITDA) 4 596 936 11 403 584
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 8 288 227 8 040 796
Resultado Operacional (antes de gastos de financiamento e impostos)
(EBIT) -3 691 291 3 362 788
Juros e rendimentos similares obtidos 0 1 458
Juros e gastos similares suportados 536 384 412 667
Resultado antes de impostos -4 227 675 2 951 578
Imposto sobre o rendimento do período -568 828 -683 757
Resultado líquido do período -3 658 847 3 635 335

Análise Financeira: Empresa Renova – Fábrica de Papel do Almonda S.A


35
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZAS 2018 2017
Rendimentos e gastos
148 469 137 078
Vendas e serviços prestados 271 815
Subsídios à exploração 27 885 26 900
Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos
conjuntos 360 474 -1 001 135
Variação nos inventários da produção 1 873 809 1 620 860
Trabalhos para a própria entidade 39 545 120 721
Custo mercadorias vendidas, matérias consumidas 71 462 407 67 501 993
Fornecimentos e serviços externos 51 283 311 51 063 226
Gastos com o pessoal 15 589 078 15 187 446
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) -45 564 5 438
Provisões (aumentos/reduções) 340 939 256 723
Aumentos/reduções de justo valor 0 0
Outros rendimentos e ganhos 1 542 548 1 547 225
Outros gastos e perdas 955 719 781 623
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos
(EBITDA) 12 727 642 4 596 936
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 8 292 443 8 288 227
Resultado Operacional (antes de gastos de financiamento e impostos)
(EBIT) 4 435 199 -3 691 291
Juros e rendimentos similares obtidos 0 0
Juros e gastos similares suportados 572 072 536 384
Resultado antes de impostos 3 863 127 -4 227 675
Imposto sobre o rendimento do período 860 884 -568 828
Resultado líquido do período 3 002 243 -3 658 847

Análise Financeira: Empresa Renova – Fábrica de Papel do Almonda S.A


36
Ano 2016
Demonstração de Fluxos de Caixa
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes 123 223 182
Pagamentos a fornecedores -102 705 634
Pagamentos ao pessoal -8 580 486
Caixa gerada pelas operações 11 937 061
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento -749 916
Outros recebimentos/pagamentos de atividades operacionais -8 904 864
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 2 282 281
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Pagamentos respeitantes a:
Ativos fixos tangíveis -26 101 069
Ativos intangíveis 0
Investimentos financeiros 0
Outros ativos -120 000
Recebimentos provenientes de:
Ativos fixos tangíveis 50 295
Ativos intangíveis 0
Investimentos financeiros 0
Outros ativos 0
Subsídios ao investimento 0
Juros e rendimentos similares 1 084
Dividendos 543 061
Fluxo de caixa das atividades de investimento (2) -25 626 629
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos 0
Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio 14 388 256
Cobertura de prejuízos 0
Doações 0
Outras operações de financiamento 0
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos -1 949 528
Juros e gastos similares -371 413
Dividendos -3 944 476
Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio 0
Outras operações de financiamento 0
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) 8 122 839
Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) -15 221 509
Efeitos das diferenças de câmbio 0
Caixa e seus equivalentes no início do período 17 446 946
Caixa e seus equivalentes no fim do período 2 225 437

Análise Financeira: Empresa Renova – Fábrica de Papel do Almonda S.A


37
Ano 2017
Demonstração de Fluxos de Caixa
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes 135 675 507
Pagamentos a fornecedores -122 543 760
Pagamentos ao pessoal -8 914 597
Caixa gerada pelas operações 4 217 150
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento -749 916
Outros recebimentos/pagamentos de atividades operacionais -7 685 784
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) -4 218 550
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Pagamentos respeitantes a:
Ativos fixos tangíveis -8 713 340
Ativos intangíveis 0
Investimentos financeiros 0
Outros ativos -4 643 750
Recebimentos provenientes de:
Ativos fixos tangíveis 48 425
Ativos intangíveis 0
Investimentos financeiros 0
Outros ativos 1 125 000
Subsídios ao investimento 0
Juros e rendimentos similiares 0
Dividendos 486 734
Fluxo de caixa das atividades de investimento (2) -11 696 931
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos 44 963 566
Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio 0
Cobertura de prejuízos 0
Doações 0
Outras operações de financiamento 0
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos -26 568 350
Juros e gastos similares -509 231
Dividendos -3 635 335
Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio 0
Outras operações de financiamento 0
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) 14 250 650
Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) -1 664 831
Efeitos das diferenças de câmbio 0
Caixa e seus equivalentes no início do período 2 225 437
Caixa e seus equivalentes no fim do período 560 606

Ano 2018

Análise Financeira: Empresa Renova – Fábrica de Papel do Almonda S.A


38
Demonstração de Fluxos de Caixa
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes 152 939 223
Pagamentos a fornecedores -126 658 575
Pagamentos ao pessoal -9 193 138
Caixa gerada pelas operações 17 087 510
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento -749 916
Outros recebimentos/pagamentos de atividades operacionais -7 414 353
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 8 923 241
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Pagamentos respeitantes a:
Ativos fixos tangíveis -3 339 599
Ativos intangíveis 0
Investimentos financeiros 0
Outros ativos -1 557 000
Recebimentos provenientes de:
Ativos fixos tangíveis 29 916
Ativos intangíveis 0
Investimentos financeiros 0
Outros ativos 2 000 000
Subsídios ao investimento 0
Juros e rendimentos similares 0
Dividendos 86 075
Fluxo de caixa das atividades de investimento (2) -2 780 608
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos 36 308 801
Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio 0
Cobertura de prejuízos 0
Doações 0
Outras operações de financiamento 0
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos -42 173 809
Juros e gastos similares -493 456
Dividendos 0
Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio 0
Outras operações de financiamento 0
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) -6 358 464
Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) -215 831
Efeitos das diferenças de câmbio 0
Caixa e seus equivalentes no início do período 560 606
Caixa e seus equivalentes no fim do período 344 774

Análise Financeira: Empresa Renova – Fábrica de Papel do Almonda S.A


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