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SELEÇÃO DE ACÓRDÃOS DO TCU SOBRE PESQUISA DE

PREÇOS NAS CONTRATAÇÕES PÚBLICAS

TCU – Acórdão nº 6.237/2016 – Primeira Câmara


1.8.1. Recomendar ao Senac/[...] que, em futuras licitações, adote as seguintes
medidas tendentes a evitar a repetição das irregularidades observadas, em especial
naquela que vier a substituir o procedimento ora inquinado:

1.8.1.1. promover a necessária pesquisa de preços que represente, o mais


fielmente possível, os preços praticados pelo mercado, devendo levar em conta
diversas origens, como, por exemplo, Portal de Compras Governamentais,
contratações similares do próprio órgão, do Sistema S e de outros entes públicos,
incluindo, em especial, os valores registrados no Sistema de Preços Praticados do
Siasg e nas atas de registro de preços da Administração Pública Federal, em
detrimento de pesquisas com fornecedores, publicadas em mídias especializadas
ou em sítios eletrônicos especializados ou de domínio amplo, cuja adoção deve ser
tida como prática subsidiária e suplementar, conforme jurisprudência desta Corte,
a exemplo dos Acórdãos TCU 3351/2015, 1445/2015, 2816/2014, 10051/2015, todos
do Plenário, e dos Acórdãos 3395/2013-TCU-2ª Câmara, 868/2013-TCU-Plenário,
853/2014-TCU-1ª Câmara, 70/2015 - TCU -Plenário, 965/2015 - TCU - Plenário e
865/2015 - TCU - Plenário; (Grifo nosso)

(Relator: Walton Alencar Rodrigues; Data do Julgamento: 04/10/2016)

TCU – Acórdão nº 2.816/2014 – Plenário


Voto

Restou comprovado dessa análise que: as pesquisas de preços não refletem a


realidade praticada no mercado, sendo, pois, inadequadas para delimitar as
licitações; as pesquisas não apresentam consistência, uma vez que a diferença
entre a menor e a maior cotação, em muitos casos, é desarrazoada, chegando a
quatro vezes; e as empresas, em resposta a pesquisas realizadas pela

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Administração Pública, tendem a apresentar propostas de preços com valores muito
acima daqueles praticados no mercado, retirando desse instrumento a
confiabilidade necessária para balizar contratações que envolvem quantias
consideráveis.

[...]

Assim, deve-se recomendar especial atenção ao disposto no art. 2º da IN 5/2014


SLTI/MP, combinada com ações efetivas de treinamento em formação e estimativa
de preços, a partir de pesquisas feitas com fornecedores, em mídia e sítios
especializados, em contratações similares de outros entes públicos e nos portais
oficiais de referenciamento de custos.

Portanto, conquanto a representação deva ser julgada improcedente, uma vez que
o indício de conluio, levantado na exordial, não foi confirmado, ficou assente que
o processo de pesquisa de preços para a orçamentação das contratações públicas
precisa ser aperfeiçoado para se que se minimize o risco de que a Administração
Pública faça contratações por valores indevidos.

Acórdão

9.1. conhecer da presente representação para, no mérito, considerá-la


improcedente;

9.2. recomendar à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério


do Planejamento Orçamento e Gestão, ao Conselho Nacional de Justiça, ao
Conselho Nacional do Ministério Público, à Câmara dos Deputados, ao Senado
Federal e ao Tribunal de Contas da União que:

9.2.1. orientem os órgãos, entidades e secretarias administrativas que lhe estão


vinculados ou subordinados sobre as cautelas a serem adotadas no planejamento
de contratações de empresas para prestação de serviços de organização de
eventos, de modo a não restringir a pesquisa de preços às cotações realizadas junto
a potenciais fornecedores, adotando também outros parâmetros, conforme
previsto no art. 2º da IN SLTI/MP 5/2014, c/c o art. 15, inciso V, da Lei 8.666/1993;

(Relator: José Múcio Monteiro; Data do Julgamento: 22/10/2014)

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TCU – Acórdão nº 3.351/2015 – Plenário
Acórdão

9.2.1.1. na elaboração de orçamento, durante a fase de planejamento da


contratação de bens e serviços, devem ser utilizadas fontes diversificadas, a fim
de dar maior segurança no que diz respeito aos valores a serem adjudicados,
priorizando-se os parâmetros previstos nos incisos I e III, do art. 2º, da IN
SLTI/MPOG 5/2014, relacionados com o Portal de Compras Governamentais e com
as contratações similares de outros entes públicos, sobre os parâmetros contidos
nos incisos II e IV do mesmo art. 2º, com relação à pesquisa junto à mídia
especializada, em sítios eletrônicos especializados ou de domínio amplo, e junto a
fornecedores, cuja adoção deve ser vista como prática subsidiária e suplementar;

(Relator: André Luís de Carvalho; Data do Julgamento: 09/12/2015)

TCU – Acórdão nº 932/2017 – Plenário


Voto

28. Outra irregularidade que segue essa sequência padrão de erros, podendo ser
associada tanto às deficiências do termo de referência como à rapidez imposta ao
certame, é a insuficiência da estimativa de preço da solução (item 8.3, acima).

29. Constatou-se que o preço estabelecido fundou-se exclusivamente em propostas


de fornecedores, sem consultas a outras fontes para a composição de um valor mais
confiável, a exemplo de adjudicações em certames de outros órgãos ou mesmo
contratações realizadas por instituições privadas, conforme preceituado no item
32 do voto condutor do Acórdão 2.170/2007-TCU-Plenário, ou então levantamento
de preços a partir de itens da solução, de modo a que o somatório obtido com esses
valores servisse de estimativa do preço total da contratação ou de parâmetro de
ajuste das propostas recebidas pelo [...]. Com efeito, se a legislação é clara ao
exigir a correta avaliação do objeto a ser contratado, a materialidade envolvida no
caso concreto demandaria uma cautela certamente maior no cumprimento de tal
preceito.

30. Como se não bastasse isso, o termo de referência sofreu alterações em seu
conteúdo no curso da fase interna do procedimento licitatório, sem que se
efetuasse nova estimativa de preços, o que pode ter causado distorção no valor

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utilizado na licitação. Tal falha foi bem observada pela Secretaria de Controle
Interno do CNJ, que consignou que o projeto objeto da pesquisa de preços não
refletia integralmente o do certame. Não obstante, as demais instâncias decisórias
do órgão consideraram, sem qualquer fundamentação técnica, que as mudanças
ocorridas não afetaram a estimativa de preços inicialmente realizada.

31. Também aqui não há como dissociar as falhas na estimativa de preços, aí


incluída a não realização de correções após as alterações no objeto da licitação,
com o já referido contexto de celeridade da contratação.

[...]

Acórdão

VISTOS, relatados e discutidos estes autos de representação acerca de indícios de


irregularidade no procedimento de aquisição de solução para a operacionalização
da Central Nacional de Informações Processuais e Extrajudiciais (Cnipe), conduzido
pelo [...] no âmbito do Processo Administrativo 347.068.

ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão do


Plenário, e diante das razões expostas pelo Relator, com fundamento no art. 43,
inciso II, da Lei 8.443/1992 e arts. 235, 237, inciso VII e parágrafo único, e 250,
inciso IV, do Regimento Interno do Tribunal, em:

9.1. conhecer da presente representação;

9.2. em atenção aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa,


promover a audiência dos responsáveis conforme a seguir, para que, no prazo de
quinze dias, a contar da ciência, apresentem razões de justificativa pelas
ocorrências indicadas:

[...]

9.2.7 [...], pela elaboração de estimativa de preços no âmbito do Pregão Presencial


49/2011 não balizada em preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da
Administração Pública, em afronta ao art. 15, inciso V, da Lei 8.666/1993;

9.2.8 [...], pela dispensa de elaboração de pesquisa de preços que refletisse o


objeto contido no termo de referência do Pregão Presencial 49/2011, em afronta
ao arts. 6º, inciso IX, alínea “f”, e 7º, § 2º, inciso II, da Lei 8.666/1993 e ao art. 8º
do Decreto 3.555/2000;

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9.3. determinar à Sefti que apure a eventual ocorrência de dano ao erário
decorrente das contratações em comento e, se for o caso, quantifique o débito e
atribua as responsabilidades com vistas à citação dos agentes que lhe tenham dado
causa;

(Relator: José Múcio Monteiro; Data do Julgamento: 10/05/2017)

TCU – Acórdão nº 1.445/2015 – Plenário


Acórdão

9.3. dar ciência ao [...] de que:

9.3.1. no âmbito do Pregão Eletrônico 28/2014, constatou-se que o orçamento


estimado foi elaborado com base tão somente em consulta a fornecedores,
contrariando jurisprudência do TCU no sentido de que, na elaboração de
orçamento na fase de planejamento da contratação de bens e serviços, bem como
quando da demonstração da vantajosidade de eventual prorrogação de contrato de
serviço contínuo, devem ser utilizadas fontes diversificadas, a fim de dar maior
segurança no que diz respeito aos valores a serem adjudicados;

9.3.2. para fim de orçamentação nas licitações de bens e serviços, devem ser
priorizados os parâmetros previstos nos incisos I e III do art. 2º da IN SLTI/MPOG
5/2014, quais sejam, “Portal de Compras Governamentais” e “contratações
similares de outros entes públicos”, em detrimento dos parâmetros contidos nos
incisos II e IV daquele mesmo art. 2º, isto é, “pesquisa publicada em mídia
especializada, sítios eletrônicos especializados ou de domínio amplo” e “pesquisa
com os fornecedores”, cuja adoção deve ser vista como prática subsidiária,
suplementar; (Grifo nosso)

(Relator: Vital do Rêgo; Data do Julgamento: 10/06/2015)

TCU – Acórdão nº 3.395/2013 – Segunda Câmara


1.6. Determinar à [...] que:

[...]

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1.6.2. ao estimar o custo de contratação, adote como base, preferencialmente,
os preços praticados em contratações similares, bem como aqueles
parametrizados em indicadores setoriais, tabelas de fabricantes, valores oficiais
de referência, tarifas públicas ou outros equivalentes, se for o caso, nos termos
do art. 15, inciso XII, b, da IN SLTI 2/2008, valendo-se de consultas de preços
diretamente junto a potenciais fornecedores somente quando não for possível
utilizar-se dos citados expedientes; (Grifo nosso)

(Relator: Aroldo Cedraz; Data do Julgamento: 18/06/2013)

TCU – Acórdão nº 2.908/2013 – Segunda Câmara


1.5. Determinações:

1.5.1. determinar ao [...] que:

1.5.1.1. aprimore a metodologia de pesquisa de preços de mercado, atentando,


entre outros aspectos, para a necessidade de definir precisamente as características
e os quantitativos do objeto a ser licitado, de modo a obter preços estimados próximos
à realidade de mercado, em atenção ao art. 9º, § 2º do Decreto 5.450/2005, evitando
discrepâncias significativas entre o valor orçado e o efetivamente licitado,
observadas nos Pregões Eletrônicos 28/2012, 29/2012, 30/2012, 31/2012, 36/2012,
38/2012 e 50/2012, todos da UASG 550005; (Grifo nosso)

(Relator: Aroldo Cedraz; Data do Julgamento: 28/05/2013)

TCU – Acórdão nº 403/2013 – Primeira Câmara


Voto

A estimativa de preços que integrou o projeto básico do certame revelou-se


superestimada, porque os valores dos serviços objeto da contratação foram
calculados a partir de orçamentos com grande variação de preços.

Sobre o tema, assim se manifestou a unidade técnica, in verbis (peça 7):

“26. Essa constatação pode ser verificada pelo fato do orçamento elaborado com
base em consultas que apresentam grandes variações de preços, suficientes para
se afirmar que a média desses preços não se presta para representar os preços
praticados no mercado, e, ainda, pelo fato da proposta vencedora (R$

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3.292.668,90) ser de valor cerca de duas vezes menor do que aquele estimado pela
COGRL e que consta do edital (R$ 6.423.490,12).”(grifei)

Indispensável que a Administração avalie, de forma crítica, a pesquisa de preço


obtida junto ao mercado, em especial quando houver grande variação entre os
valores a ela apresentados.

[...]

Não cuidaram os responsáveis de pesquisar os preços praticados em contratos


congêneres, então mantidos pela [...]. A adoção dessa providência seria suficiente
para revelar o desacerto do orçamento submetido à licitação.

[...]

Houve, portanto, infração ao disposto no art. 7º, § 2º, inciso II, da Lei 8.666/1993.

A falta de diligência dos gestores, entretanto, não se revelou danosa ao Erário,


porque a disputa comercial havida no certame licitatório conduziu à
contratação do serviço por valor correspondente à metade do estimado.

A ausência de dano, contudo, não se mostra hábil a afastar a hipótese de


imposição da sanção de que trata o art. 58, inciso II, da Lei 8.443/1992. Por essa
razão, acolho a proposta de cominação de multa aos responsáveis. (Grifo nosso)

(Relator: Walton Alencar Rodrigues; Data do Julgamento: 05/02/2013)

TCU – Acórdão nº 3.408/2014 – Segunda Câmara


1.9. Dar ciência ao [...] sobre as seguintes impropriedades:

[...]

1.9.2. deficiência no procedimento de estabelecimento do custo estimado da


contratação, verificando-se falta de padronização dos quantitativos orçados e da
documentação comprobatória do efetivo envio de consultas de preços às
empresas selecionadas por meio de aviso ou de protocolo de recebimento,
ocorrência identificada no processo 08200.006593/2011-34, o que afronta o
princípio da razoabilidade e o disposto no Acórdão TCU 586/2009-2ª Câmara;

1.9.3. ausência, para fins de formação do custo estimado da contratação, de


pesquisa de preços em pelo menos três empresas, ocorrência identificada no

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processo 08200.006593/2011-34, o que afronta o disposto nos Acórdãos TCU
1638/2010-Plenário, 3219/2010-Plenário e 7049/2010-2ª Câmara;

1.9.4. ausência de avaliação crítica de valores obtidos em pesquisa de preço que


apresentam grande disparidade em relação aos demais, comprometendo a
estimativa do preço de referência, ocorrência identificada no processo
08200.006593/2011-34, o que afronta o princípio da eficiência e o disposto no voto
condutor do Acórdão TCU 403/2013-1ª Câmara; (Grifo nosso)

(Relator: Raimundo Carreiro; Data do Julgamento: 15/07/2014)

TCU – Acórdão nº 2.637/2015 – Plenário


Acórdão

9.3.1. realização de pesquisas de preços com utilização de orçamento


manifestamente superior à prática de mercado (cerca de 40% superior ao segundo
orçamento de maior valor), o que contraria o art. 2º, § 6º, da IN-SLTI/MPOG 5/2014
e o posicionamento do TCU representado no Acórdão 2.943/2013, do Plenário;

9.3.2. realização de pesquisa de preços com amplitude insuficiente, restrita ao


possível envio de dois e-mails a oito empresas do ramo, tendo-se obtido apenas três
orçamentos, não obstante o mercado fornecedor do serviço ser vasto; e, ainda, que
não se considerou a utilização de preços de contratações similares na Administração
Pública e a informações de outras fontes, tais como o ComprasNet e outros sites
especializados, afrontando o art. 26, parágrafo único, incisos II e III, e o art. 43,
inciso IV, da Lei 8.666/1993, conforme entendimento do TCU, a exemplo dos
Acórdãos 2.170/2007 e 819/2009, ambos do Plenário;

(Relator: Bruno Dantas; Data do Julgamento: 21/10/2015)

MELHORES PRÁTICAS RECOMENDADAS PELO TCU

TCU - Acórdão nº 9.080/2017 - Primeira Câmara


Relatório

(...)

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Das fragilidades das pesquisas de preços

75. Ademais, não foi feita a análise formal da compatibilidade dos preços
contratados com os praticados no mercado, impossibilitando a verificação de sua
regularidade pelos órgãos de controle interno e externo.

76. Tal procedimento vai de encontro ao contido no Voto do Ministro do TCU Bruno
Dantas proferido no Acórdão 2829/2015-Plenário no sentido de que a pesquisa de
preços deve obedecer à IN 5/2014-SLTI, não bastando que as propostas estejam
abaixo do preço estimado baseado apenas em informação dos fornecedores, de modo
a evitar distorções no custo médio apurado e no valor máximo a ser aceito para cada
item licitado.

77. Sem parâmetros confiáveis, não se pode afirmar que realmente houve
economicidade caso o orçamento/valor estimativo não tenham sido feitos de forma
escorreita e caso não reflitam os preços efetivamente praticados no mercado.

78. A jurisprudência orienta no sentido de que a pesquisa seja realizada com base
em padronização do processo de estimativa, de forma a conferir confiabilidade e
representatividade para aferição dos preços correntes de mercado, de modo a
permitir a formação de juízo acerca da adequação das propostas pela comissão
de licitação (Acórdão 1.878/2015-TCU-2ª Câmara) .

(...)

84. No Governo Federal, o Comprasnet é a plataforma eletrônica que centraliza em


portal único os dados de preços praticados ou registrados pela Administração Pública.

85. Além do Comprasnet do Governo Federal, existem diversos outros repositórios


de preços praticados e registrados pela Administração Pública.

86. Também pode-se encontrar atas de registro de preços usando o Google. Um


exemplo é a expressão de busca: <‘ata de registro de preços’ dipirona’ 500mg’ 2015’
Prefeitura Municipal’ >.

87. Diversos outros portais de compras governamentais disponibilizam pesquisas


textuais em registros de preços. No endereço
https://www.registrodeprecos.mg.gov.br/aasi/do/filtrarRPs por exemplo, estão os
registros do Estado de Goiás.

88.Na página
http://assessoriaemlicitacoes.com/plus/modulos/conteúdo/?tac=portais-de-
ompras> pode-se consultar uma lista de portais de compras governamentais de todo
o país.

89. Além dessas fontes abertas, existem sistemas privados que permitem buscas em
preços registrados do setor público. Os sites www.bancodeprecos.com.br e
https://www.cotacaozenite.com.br são os exemplos mais conhecidos. Esses
sistemas permitem cadastro gratuito para teste e uso efetivo por meio de assinatura.

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90. Qualquer que seja o meio de pesquisa adotado, o uso de preços registrados ou
praticados no setor público deve ser formalizado por meio de descrição dos
documentos de referência utilizados, a fim de que seja possível recuperar a mesma
informação para conferência, caso seja necessário.

Acórdão
9.2. recomendar ao Hospital Geral de Fortaleza do Ministério da Defesa (HGeF) , com
fulcro no art. 43, inciso I, da Lei 8.443/1992 c/c o artigo 250, inciso III, do Regimento
Interno/TCU, que adote os seguintes procedimentos, com vistas à melhoria da
sistemática de contratação dos serviços de limpeza e conservação das áreas médico-
hospitalares e administrativas da organização:

[...]

9.2.3. realize pesquisas de preços mediante a utilização dos parâmetros abaixo


elencados, com base no artigo 2º da IN 5, de 27/6/2014, apresentando as devidas
justificativas para a impossibilidade de utilização da melhor técnica possível,
fazendo constar no processo administrativo para a aquisição de bens e contratação
de serviços os devidos critérios que fundamentem os preços excessivos ou a
inexequibilidade dos preços, dando sustentabilidade à média dos preços adotada
como resultado final para fins de estimativa, conforme bem delineado no § 6º do
artigo 2º da IN 5/2015 - SLTI e no Acórdão 2829/2015-TCU-Plenário:

9.2.3.1. Portal de Compras Governamentais;

9.2.3.2. pesquisa em mídia especializada com a data e hora de acesso e a


contratações similares de outros entes públicos, em execução ou concluídos nos 180
dias anteriores à data de pesquisa de preços;

9.2.3.3. pesquisa com fornecedores distintos após solicitação formal, excluindo o


próprio contratado;

9.2.4. realize pesquisa de preços com base em padronização do processo de


estimativa, de forma a conferir confiabilidade e representatividade para aferição
dos preços correntes de mercado, de modo a permitir a formação de juízo acerca da
adequação das propostas pela comissão de licitação, de acordo com o Acórdão
1.878/2015-TCU-2ª Câmara, atentando para os seguintes aspectos calcados na
jurisprudência do TCU:

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9.2.4.1. identificação da fonte de informação e do agente responsável pela
elaboração da pesquisa (Acórdão 2.451/2013-TCU-Plenário) ;

9.2.4.2. identificação do servidor responsável pela cotação (Acórdão 909/2007-TCU-


1ª Câmara) ;

9.2.4.3. empresas pesquisadas devem ser do ramo pertinente (Acórdão 1.782/2010-


TCU-Plenário) ;

9.2.4.4. empresas pesquisadas não podem ser vinculadas entre si (Acórdão


4.561/2010-TCU-1ª Câmara) ;

9.2.4.5. caracterização completa das fontes consultadas (Acórdão 3.889/2009-TCU-


1ª Câmara) ;

9.2.4.6. indicação fundamentada e detalhada das referências utilizadas (Acórdão


1.330/2008-TCU-Plenário) ;

9.2.4.7. metodologia utilizada e conclusões obtidas (Nota Técnica AGU/PGF/UFSC


376/2013) ;

9.2.4.8. data e local de expedição (Acórdão 3.889/2009-TCU-1ª Câmara) ;

9.2.4.9. as informações devem constar do processo da pesquisa, em especial, as


memórias de cálculo e fontes de consulta pesquisadas (Acórdão 1.091/2007-TCU-
Plenário) ;

(Relator: Augusto Sherman Cavalcanti; Data do Julgamento: 26/09/2017)

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