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produtividade de uma
equipe já estruturada
Ron Ashkenas
AGOSTO 2017
Conversei recentemente com uma gestora que acabara de assumir uma equipe
já integrada. A seu ver, a maioria da equipe fazia um ótimo trabalho, mas lhe
preocupava que um ou dois funcionários não estivessem fazendo sua parte. Sem
saber ao certo o que fazer a respeito, ela receava que, ao demiti-los ou colocá-los
de sobreaviso, os outros se sentiriam desmotivados e preocupados em perder o
emprego. Ela também não queria que sua equipe tivesse uma impressão
precipitada de que ela fosse má e insensível, mas sabia que, se não tomasse uma
providência, a equipe talvez não atingisse suas metas.
Colocar esses princípios em prática significa ser, segundo Jack Welch, cabeça-
dura e coração mole. Deve-se priorizar as metas coletivas e assegurar o nível de
desempenho individual. Para tanto, prepare sua equipe para ser bem-sucedida.
Isso significa compreender o estilo individual, a personalidade, as habilidades
de cada um e o que eles necessitam para obter sucesso.
Agora, voltemos ao dilema da gestora e sua nova equipe. Ela não poderia deixar
os funcionários menos produtivos à vontade com a situação. Isso não apenas
colocaria as metas em risco, mas também mandaria a mensagem de que ela não
leva os objetivos da empresa tão a sério. Alguns funcionários podem se ressentir
ao ter que trabalhar duro, enquanto outros fazem corpo mole e podem até sentir
que não é preciso se empenhar. Portanto, é melhor confrontar o problema
diretamente do que não o encarar e comprometer a motivação e o desempenho
da equipe como um todo.
Com base nessas exigências, ela deveria, então, conversar com cada um dos
funcionários que apresentam problemas para descobrir o que realmente
acontece. O que eles precisam para subir o nível? Como ela poderia ajudar? Eles
estão dispostos a mudar para melhorar? Por exemplo, algumas pessoas quando
confrontadas de forma construtiva e franca, podem acabar se abrindo e revelar
que há outros cargos que lhes interessam mais. Outras podem se perguntar se
são capazes ou não de aumentar seu rendimento e outras, ainda, na melhor das
hipóteses, se sentirão motivadas com o desafio e irão questionar o que é
necessário para melhorar.
Para os membros da equipe que estão prontos para seguir em frente, o gestor
tem que estabelecer um plano de ação e um cronograma para que eles alcancem
o nível de produtividade desejado. Isso pode incluir um treinamento formal,
coaching de algum colega, monitoramento e sessões de feedback ou qualquer
outra medida complementar. Já aqueles que não se dispuserem a colaborar,
devem ser substituídos ou ter suas tarefas redistribuídas.