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de Pesquisa: Apresentação
Autora: Profa. Lisienne de Morais Navarro G. Silva
Colaboradores: Profa. Silmara Maria Machado
Prof. Nonato Assis de Miranda
Professora conteudista: Lisienne de Morais Navarro G. Silva
Lisienne de Morais Navarro G. Silva é graduada em Pedagogia no Centro Universitário das Faculdades
Metropolitanas Unidas e pós‑graduada em Psicopedagogia pela mesma universidade. Também possui mestrado em
Psicologia da Educação pela Universidade Cidade de São Paulo, UNICID, e é doutoranda em Psicologia da Educação
pela Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP.
Atua como professora do Curso de Pedagogia da Universidade Paulista e tem vasta experiência na área da Educação.
CDU 001.8
W504.81 – 20
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quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem
permissão escrita da Universidade Paulista.
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Comissão editorial:
Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
Apoio:
Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
Projeto gráfico:
Prof. Alexandre Ponzetto
Revisão:
Cristina Z. Fraracio
Michel Apt
Juliana Mendes
Sumário
Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................9
Unidade I
1 TIPOS DE TRABALHOS CIENTÍFICOS ACADÊMICOS............................................................................. 11
1.1 A dissertação........................................................................................................................................... 11
1.2 A tese.......................................................................................................................................................... 11
1.3 Trabalhos de conclusão de curso.................................................................................................... 11
2 MONOGRAFIA CIENTÍFICA OU TRABALHO CIENTÍFICO..................................................................... 11
2.1 O que faz um orientador de TC?..................................................................................................... 14
2.2 Como se organiza um TC?................................................................................................................. 15
3 A TEORIA DO CONHECIMENTO................................................................................................................... 15
3.1 Epistemologia: definição e produção do conhecimento...................................................... 17
3.1.1 Conhecimento popular.......................................................................................................................... 20
3.1.2 Conhecimento filosófico....................................................................................................................... 20
3.1.3 Conhecimento religioso (teológico)................................................................................................. 21
3.1.4 Conhecimento científico...................................................................................................................... 21
3.2 Definindo ciência................................................................................................................................... 22
3.2.1 Classificação das ciências e ramos de estudos............................................................................ 23
3.3 Como produzir conhecimento científico..................................................................................... 23
4 COMO PODEMOS DEFINIR MÉTODO CIENTÍFICO?............................................................................... 24
4.1 Métodos que proporcionam as bases lógicas de investigação........................................... 25
4.1.1 Método dedutivo..................................................................................................................................... 25
4.1.2 Método indutivo...................................................................................................................................... 27
4.1.3 Método hipotético‑dedutivo.............................................................................................................. 28
4.1.4 Método dialético...................................................................................................................................... 29
4.1.5 Método fenomenológico...................................................................................................................... 29
4.2 Métodos que indicam os meios técnicos da investigação................................................... 31
4.2.1 Método observacional........................................................................................................................... 31
4.2.2 Método comparativo.............................................................................................................................. 31
4.2.3 Método histórico...................................................................................................................................... 31
4.2.4 Método experimental............................................................................................................................. 32
4.2.5 Método do “estudo de caso”............................................................................................................... 32
4.2.6 Método funcionalista............................................................................................................................. 32
4.2.7 Método estatístico.................................................................................................................................. 32
Unidade II
5 METODOLOGIA DE ESTUDO: INSTRUMENTOS PARA A PRODUÇÃO DA CIÊNCIA................... 37
5.1 Leitura e processo de leitura............................................................................................................. 37
5.2 Instrumentos aplicados à leitura interpretativa....................................................................... 40
5.2.1 Apontamentos e anotações................................................................................................................. 40
5.2.2 Fichamento................................................................................................................................................. 40
5.3 Definição dos instrumentos de pesquisa..................................................................................... 46
5.4 A internet como ferramenta de pesquisa................................................................................... 46
5.5 Coleta e seleção de dados.................................................................................................................. 47
6 ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA............................................................................................. 59
6.1 Elementos que compõem o projeto de pesquisa..................................................................... 59
6.2 Elementos pré‑textuais....................................................................................................................... 62
6.3 Escolha do tema.................................................................................................................................... 67
6.4 Formulação do problema................................................................................................................... 68
6.5 Enunciado das hipóteses.................................................................................................................... 68
6.5.1 O que são hipóteses?.............................................................................................................................. 68
6.5.2 Como elaborar hipóteses?.................................................................................................................... 68
6.5.3 Classificação das hipóteses.................................................................................................................. 69
6.6 Definição do objetivo........................................................................................................................... 69
6.7 Justificativa da pesquisa..................................................................................................................... 70
6.8 Introdução................................................................................................................................................ 70
6.9 Desenvolvimento................................................................................................................................... 72
6.10 Revisão bibliográfica......................................................................................................................... 72
6.11 Metodologia.......................................................................................................................................... 73
6.12 Cronograma de pesquisa................................................................................................................. 74
6.13 Recursos................................................................................................................................................. 75
6.14 Referências bibliográficas............................................................................................................... 75
7 OS MÉTODOS CIENTÍFICOS PARA APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS.......................................... 76
7.1 Etapas do levantamento amostral................................................................................................. 77
7.2 Modalidades e metodologias de pesquisas................................................................................ 78
7.2.1 Pesquisa quantitativa e pesquisa qualitativa............................................................................... 79
7.2.2 Classificação das pesquisas com base em seus objetivos....................................................... 83
7.2.3 Classificação das pesquisas com base nos procedimentos técnicos utilizados.............. 84
7.2.4 Técnicas de pesquisa.............................................................................................................................. 95
7.3 Formas de apresentação dos resultados....................................................................................100
7.3.1 Texto............................................................................................................................................................100
7.4 Tabelas.....................................................................................................................................................100
7.4.1 Elementos essenciais da tabela........................................................................................................102
7.4.2 Elementos complementares da tabela..........................................................................................103
7.4.3 Tipos de tabela........................................................................................................................................104
7.5 Argumentação e discussão dos resultados...............................................................................109
7.6 A apresentação da conclusão.........................................................................................................110
7.7 A linguagem da monografia...........................................................................................................112
7.7.1 Linguagem expositiva..........................................................................................................................112
7.7.2 Linguagem descritiva...........................................................................................................................113
7.7.3 Linguagem analítica.............................................................................................................................113
7.7.4 Linguagem crítica..................................................................................................................................113
7.8 Revisão do trabalho: entendendo seus dados e discussões...............................................114
7.9 Dicas importantes para antes de começar – passos da pesquisa....................................114
7.9.1 Especificação do corpus......................................................................................................................114
7.10 Elementos pós‑textuais..................................................................................................................115
8 A PRODUÇÃO CIENTÍFICA NAS DIVERSAS ÁREAS DO CONHECIMENTO..................................132
8.1 Divulgação científica.........................................................................................................................132
8.2 Comunicação científica....................................................................................................................132
8.2.1 Aspectos da comunicação científica............................................................................................ 132
8.3 Artigos científicos...............................................................................................................................133
8.3.1 Estrutura do artigo............................................................................................................................... 133
8.4 Tipos de artigos científicos..............................................................................................................134
8.4.1 Argumento teórico............................................................................................................................... 134
8.4.2 Artigo de análise................................................................................................................................... 134
8.4.3 Artigo classificatório............................................................................................................................ 134
8.4.4 Informe científico................................................................................................................................. 134
8.4.5 Resenha crítica...................................................................................................................................... 135
8.4.6 Estrutura da resenha........................................................................................................................... 135
8.5 Conferência............................................................................................................................................137
8.5.1 Estrutura................................................................................................................................................... 137
8.5.2 Apresentação.......................................................................................................................................... 137
8.6 Elaboração de material didático...................................................................................................137
APRESENTAÇÃO
A disciplina Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação tem como principal objetivo fornecer
pressupostos básicos de iniciação à pesquisa e do trabalho científico que permitam ao aluno melhor
convivência acadêmica e aumento do nível de aproveitamento nos estudos e no curso.
O aluno será levado a praticar o conteúdo metodológico estudado, por meio de exercícios e
práticas, com o objetivo de adquirir instrumental adequado à pesquisa e ao trabalho acadêmico. Além
disso, criará consciência, por meio da instrumentalização da pesquisa e do trabalho científico, de que
a universidade é por excelência o centro do desenvolvimento do raciocínio lógico e do espírito crítico
e observador do aluno.
A disciplina tem como objetivos específicos conceituar, diferenciar e relacionar método, técnica,
método científico, pesquisa, ciência e metodologia científica, além de conceituar pesquisa, bem como
destacar e identificar as suas modalidades e fases.
Também se pretende: definir, caracterizar e diferenciar os tipos de trabalhos acadêmicos nos cursos
de graduação; identificar e caracterizar as etapas do trabalho científico e da elaboração do projeto de
pesquisa; caracterizar e aplicar os processos da técnica de leitura analítica para análise e interpretação
de textos teóricos e/ou científicos; identificar, distinguir e aplicar as diversas técnicas e instrumentos
para elaboração do trabalho científico.
Tudo isso com base nas normas de citações e referências da ABNT para a elaboração de trabalhos
científicos e acadêmicos.
INTRODUÇÃO
Esta disciplina tem o grande objetivo de impulsionar o aluno a desenvolver o senso crítico científico,
por meio de seu envolvimento no aprendizado da elaboração de um projeto científico, com técnicas
e instrumentos para produção de ciência. O aluno receberá subsídios para seu desenvolvimento
intelectual‑científico ao longo do curso, com a elaboração da monografia.
Para evidenciar a importância da elaboração de qualquer trabalho, acadêmico ou não, vale ressaltar
o talento do pesquisador e, mais importante ainda, a constância do trabalho; também têm relevância
professores qualificados, a grande contribuição de bons livros e, além de tudo, o trabalho metódico, que
é mais importante para a aprendizagem do que todos os itens já citados.
9
Unidade I
O trabalho científico pode ser definido como uma forma organizada ou estruturada que objetiva
discutir, identificar e sugerir um novo conhecimento. A teoria do conhecimento é uma explicação e
interpretação filosófica do conhecimento humano, ou seja, antes de qualquer explicação e interpretação
do objeto, este deve ser rigorosamente observado e examinado pelo sujeito.
Quando pensamos em conhecimento, logo nos vem à mente em produzir ciência, e então nos
perguntamos: por que aprender a fazer ciência? Pensando na possibilidade da evolução humana,
chegamos à conclusão de que, seja qual for o tipo de conhecimento que temos sobre algo, para que ele
evolua é necessário aprender mais a respeito do tema, e, para ter esse aprendizado, é necessário discutir,
estimular a criação de novas ideias ou desenvolver o raciocínio crítico científico. É nesse sentido que
se torna importante aprender a conhecer os caminhos para alcançar as múltiplas respostas para as
perguntas da vida.
Tendo o conhecimento como a apreensão do objeto pelo sujeito, é importante identificar quando
a imagem pensada, ou seja, a imagem existente na consciência, coincide com o objeto, pois o único
conhecimento é aquele baseado na verdade: daí a necessidade de discutirmos o que é verdadeiro e
o que não é. Dada a importância da busca lógica da verdade baseada no conhecimento científico, o
material proporcionará ao leitor uma compreensão mais avançada sobre o assunto.
Vamos pensar que, para fazer pesquisa, ou seja, buscar elementos para aprimorar o que já existe
de conhecido sobre algo (evolução), é necessário utilizarmos ferramentas e fontes para embasar ou
fundamentar o objeto em estudo. Do mesmo modo, devemos descobrir como realizar de forma adequada
a leitura dessas fontes de saber e de que forma usar o que realmente é relevante para orientação da
pesquisa. Dessa forma, este livro‑texto tem por finalidade ajudá‑lo a realizar uma leitura mais facilitada
e proveitosa dos materiais que embasarão a sua pesquisa, no que se refere a resgatar nas fontes os
elementos para fundamentar seu estudo, o que o tornará ainda mais interessante!
Você também terá a possibilidade de: entender melhor sobre como estruturar os itens indispensáveis
na elaboração do projeto de pesquisa; esclarecer mais sobre os tipos e delineamentos mais utilizados
em pesquisas científicas; conhecer sobre os elementos utilizados para a apresentação dos resultados de
pesquisas e as formas de facilitar a interpretação dos resultados pelo leitor; conhecer como devem ser
feitas citações; e elaborar referências bibliográficas utilizando as normas técnicas específicas.
10
RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
Unidade I
Para falar de metodologia de pesquisa, primeiramente, devemos entender as formas existentes de
trabalho científico acadêmico.
São trabalhos científicos acadêmicos: dissertação, tese e trabalhos similares (trabalho de conclusão de
curso – TCC, trabalho de conclusão de curso de especialização e/ou aperfeiçoamento e outros). Lembrando
que todos esses tipos de trabalhos de cunho acadêmico devem ser realizados sob a coordenação de um
orientador. Veremos a seguir a definição de cada tipo de trabalho científico acadêmico.
1.1 A dissertação
É um estudo científico de tema único e bem‑delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir,
analisar e interpretar informações. Deve revelar a capacidade de sistematização do aluno e o domínio
do tema escolhido. Visa à obtenção do título de mestre e é feito sob a coordenação de um orientador
(doutor).
1.2 A tese
É um estudo científico elaborado com base em investigação original, de tema único e bem‑delimitado
em sua extensão, com o objetivo de contribuir para a especialidade em questão. Visa à obtenção do título
de doutor, livre‑docente ou professor titular e é feito sob a coordenação de um orientador (doutor).
A monografia pode ser definida como uma proposta ao final de um curso de graduação; é um
trabalho de caráter científico e, como tal, deve pautar‑se por normas internacionais que caracterizam
11
Unidade I
as pesquisas em universidades, congressos etc. Assim, faz‑se necessário que escolhamos uma
referência bibliográfica sobre questões metodológicas, e, uma vez escolhida, esta deverá ser observada
rigorosamente na elaboração do trabalho. Como há divergências em relação às questões metodológicas
e necessidade de, muitas vezes, estabelecermos comparações entre os diferentes autores que tratam
dessa questão, optamos por organizar o trabalho científico (TC) com base nas orientações da ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas –, utilizada por grande parte das universidades brasileiras. Os
aspectos a serem observados serão apresentados neste material, em momento oportuno.
Em relação às orientações para o TC, são propostos, para reflexão, alguns tópicos que poderão nortear
esse trabalho acadêmico:
• o termo monografia remete a um trabalho diferenciado, que se refere a uma escrita de tema
único, e que deve obedecer a uma estrutura de texto dissertativo e convencer o leitor da sua
ideia;
• de acordo com Salomon (2001, p. 255), “Mantém‑se assim o sentido etimológico: mono (um só)
e grafhein (escrever): dissertação a respeito de um assunto único”, tendo o mesmo perfil para
dissertação ou tese;
• para o TC, o caráter que prevalece é de revisão bibliográfica e de compilação de textos diversos;
É considerado importante, em um projeto de pesquisa, que ele seja escrito em sua versão preliminar e
que os alunos autores organizem‑se para responder às perguntas que nortearão o trabalho no percurso
da pesquisa.
Victoriano e Garcia (1996, 1999) trazem uma discussão sobre algumas perguntas que, ao serem
respondidas, deixarão a proposta de trabalho clara, auxiliando o pesquisador na escolha, delimitação,
justificativa, objetivo e caminhos a serem seguidos:
1) O que fazer?
Leva o pesquisador à escolha do objeto de pesquisa. Para facilitar o entendimento, vamos trazer
um exemplo de um trabalho desenvolvido por um aluno do curso de pedagogia: trabalhar a
leitura das crianças pequenas por intermédio de histórias. Foi escolhido o que será pesquisado.
Com essa pergunta, encontra‑se a relevância da pesquisa; pode‑ se pensar no que está acontecendo
em um determinado lugar que necessite dela.
É levantada uma situação‑problema com uma possível resposta e alguns teóricos que apoiarão
a pesquisa. No caso citado, pode‑se justificar com: pensar na leitura para criança de educação
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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
infantil é pensar na faixa etária e nas características inerentes a ela. Nesse caminho, é fundamental
que entendamos que a criança, nesse período, necessita ser atraída para a leitura com textos
ilustrativos e interativos, que sejam reconhecidos como instrumento social e como porta de
entrada para o mundo leitor.
A pergunta, dentro desse tema, pode ser a seguinte: no universo infantil, como os contos de fadas
poderão ser utilizados como estratégia incentivadora do hábito da leitura?
A hipótese: acredita‑se que os contos de fadas sejam estratégias facilitadoras para colocar a
criança em contato com o medo, com a frustração e com a fantasia, contribuindo para o incentivo
e o desenvolvimento da criança quanto ao gosto pela leitura.
Vai ao encontro dos objetivos, aonde se pretende chegar com ela. Esses objetivos devem ser
claros e precisos. Para o tema escolhido temos o seguinte objetivo: foi proposta para atender aos
questionamentos suscitados, ressaltar a importância da contação de histórias e da leitura icônica,
para a inserção da criança da Educação Infantil no mundo leitor.
4) Como fazer?
Pergunta que deve ser respondida com o método, caminho a ser percorrido para chegar até a
resposta da pergunta feita. Nesse exemplo o aluno propôs: o trabalho será realizado a partir de
pesquisas bibliográficas e de campo, tendo como base a pesquisa‑ação, com crianças da faixa
etária de cinco anos, que, não tendo domínio da leitura alfabética, já fazem parte do grupo de
leitores de imagens.
5) Onde fazer?
A pergunta é respondida com o local onde se realizará a pesquisa. Nesse caso: para pesquisa‑ação
foi escolhida uma instituição educacional municipal, localizada na cidade X do estado de São
Paulo, onde o público‑alvo atende às expectativas da pesquisa. As atividades foram elaboradas
e aplicadas abordando a importância da contação de história no universo infantil, sendo
os focos a observação, a ação, a reação, a interação e a participação dos alunos no processo
ensino‑aprendizagem.
13
Unidade I
7) Quando fazer?
Esses dois últimos itens deverão ser mencionados quando houver financiamento ou quando se
necessitar de aprovação de projeto pelo comitê de ética. Representam a organização do trabalho em
tempo e espaço.
Assim, espera‑se que os alunos, ao elaborarem seu TC, primem pela qualidade acadêmico‑científica
de seus textos, sendo criteriosos o bastante para que os resultados de seus trabalhos sejam validados
pela comunidade científica. Espera‑se que produzam textos coerentes, isentos de julgamentos (isto é,
sem o uso exagerado de adjetivos), calcados em descrições que possibilitem inferências e tomadas de
posição equilibradas e fundamentadas.
• deve ser um incentivador dos alunos, estimulando‑os, para que elaborem um trabalho criativo;
• precisa ser organizado e estabelecer, ao longo do ano, tarefas claras e objetivas ao grupo de
alunos;
14
RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
• poderá indicar aos alunos as modificações a serem efetuadas no trabalho, porém nunca redigir
trechos do trabalho.
• capa;
• elementos textuais;
• elementos pós‑textuais;
3 A TEORIA DO CONHECIMENTO
A teoria do conhecimento tem seu inicio com a seguinte pergunta: podemos ter conhecimento
exato do mundo que nos cerca? Trata‑se de saber se o mundo é conhecido tal qual é, ou de forma
diferente do que aparenta ser. Do ponto de vista científico – gnosiologia –, o conhecimento é o reflexo
e a reprodução do objeto na nossa mente. Dessa forma, do processo do conhecimento participam: os
sentidos, a razão e a intuição (OLIVEIRA, 2004).
A grande dúvida é saber qual deles é a origem ou a nossa base principal de conhecimentos. Com
relação ao lugar e à importância dos sentidos, da razão e da intuição no conhecimento da verdade, há
divergências de opiniões, e na história da filosofia aparecem diferentes doutrinas a respeito disso.
O empirismo “deriva diretamente do ‘empírico’ – palavra que vem do prefixo grego en mais peiran,
isto é, tentar, que, por sua vez, originou a palavra empeiria, ou experiência, que significa ‘aquilo que
se experimenta com os sentidos’ atribuindo à mente somente um mero papel de assessor, pois, nessa
teoria, acredita‑se que tudo passa antes pelo sentido” (MAGALHÃES, 2005, p. 28).
Nossas concepções surgem dos sentidos. Ex: gosto de pera, chocolate... O trovão, o cheiro de uma
flor... Ao lembrarmos‑nos de um gato, traçaremos a imagem dele pelas experiências que tivemos com ele.
Gostaremos se tivemos uma boa experiência, ou não, caso a experiência não tenha sido tão agradável.
Traçaremos esses conceitos pelo que sentimos e vemos, tendo a razão o papel de organizar, ordenar
adequadamente.
15
Unidade I
O racionalismo é a doutrina que afirma que a razão humana, o pensamento abstrato, é a única fonte
do conhecimento. O termo vem do latim ratio = razão. Ao contrário dos empiristas, os racionalistas
afirmam que os nossos sentidos nos enganam e nunca podem conduzir a um conhecimento verdadeiro,
uma vez que o mundo da experiência encontra‑se em contínua mudança e transformação. É como o
universo, em constante mutação. Para os racionalistas, um conhecimento é verdadeiro somente quando
é logicamente necessário e universalmente válido. Esse conhecimento só pode ser alcançado pela razão
(OLIVEIRA, 2004).
Conhecimento
Racional Empírico
Experiências
Lógicas dedutivas e
indutivas, procedimentos
racionais.
Conhecimento limitado
Mente
Um copo vazio,
Possui ideias inatas tábua rasa
Figura 1
16
RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
Na história da filosofia a intuição tem sido estudada há longo tempo, desde Platão até os nossos
dias, e a maioria das correntes do nosso século é intuicionista e considera a intuição como órgão ou
faculdade superior de conhecimento, que nos fornece direta e imediatamente a verdade absoluta. Assim,
a intuição é um modo de conhecimento que completa as demais espécies e modos de conhecimento
– sensível e racional. A intuição é uma função especial da mente humana que age pelo pensamento,
independentemente de a pessoa ser letrada ou não. É um fenômeno psíquico natural que todos os seres
humanos possuem em maior ou menor grau e outros em menos grau, conforme certas condições de
religiões ou crenças (OLIVEIRA, 2004).
Essa área preocupa‑se em estudar a essência do conhecimento, uma forma de conhecer a realidade,
as origens ou fontes do conhecimento, as formas ou espécies da qual se reveste, a validade do
conhecimento em geral, ou seja, a verdade, e qual o seu critério.
3) Metodologia – do grego método, meta = ao longe de: hodós: via, caminho, organização do
pensamento.
Outro problema que a epistemologia estuda é o dos limites do conhecimento. Dito de outra maneira,
investiga se existe, realmente, a distinção entre um mundo cognoscível e outro incognoscível. Examina
ainda a tradicional questão da origem do conhecimento, assim como por meio de quais faculdades
alcançamos esse conhecimento e se existe, de fato, a priori, o conhecimento humano.
O conhecimento é tido como o conjunto de informações existentes sobre a natureza das coisas e seus
fins, e essas informações poderiam ser adquiridas por meio de observação, imaginação, interpretação e
experimentação. É uma adequação do sujeito ao objeto: o que conhecemos das coisas ou dos objetos
17
Unidade I
depende dos nossos sentidos, pois são eles os instrumentos que nos fazem apreender a maneira de
ser das coisas ou dos objetos. Dependerá das relações estabelecidas entre o sujeito e o objeto, qual
significado este tem para a vida dele e a importância de ser notado pelo indivíduo. Conhecer o mundo
é dar significado e sentido a ele.
Figura 2
A autora enfatiza que o conhecimento é o resultado da relação entre os dois objetos a serem
conhecidos, podendo fazer parte de uma determinada cultura e ser transmitido pelas gerações posteriores.
18
RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
Parra Filho e Santos (1998) trazem dois exemplos de conhecimento: o do camponês que, livre de
conhecimentos mais profundos sobre a agricultura, sabe o momento correto de semear, colher seu
plantio e cuidar da sua terra, e aquele que conhece e busca entender sobre o processo, fazendo uso
adequado da tecnologia, utilizando‑se de maquinário e seleção de sementes.
Mesclam‑se nesse exemplo, dois tipos de conhecimento: o primeiro, vulgar ou popular, geralmente típico
do camponês, transmitido de geração para geração por meio da educação informal e baseado em imitação e
experiência pessoal, portanto empírico e desprovido de conhecimento sobre a composição do solo, das causas
do desenvolvimento das plantas, da natureza das pragas, do ciclo reprodutivo dos insetos etc.; o segundo,
científico, é transmitido por intermédio de treinamento apropriado, sendo um conhecimento obtido de modo
racional, conduzido por meio de procedimentos científicos. Visa explicar os motivos e como os fenômenos
ocorrem, na tentativa de evidenciar os fatos que estão correlacionados, numa visão mais globalizante do que
a relacionada com um simples fato – uma cultura específica, de trigo, por exemplo.
Pensamento
Figura 3
Dessa forma, de acordo com Lakatos e Marconi (2006), pode‑se verificar que o conhecimento
científico diferencia‑se do popular ou senso comum muito mais no que se refere a seu contexto
metodológico do que propriamente a seu conteúdo, ou seja, o modo ou o método e os instrumentos
utilizados para conhecê‑lo. Essa diferença também ocorre em relação aos conhecimentos filosóficos e
religiosos (teológicos) (MARCONI; LAKATOS, 2006).
Lembrete
Quadro 1
Exemplo: a chave está emperrando na fechadura e, de tanto experimentarmos abrir a porta, acabamos
por descobrir (conhecer) um jeito de girar a chave sem emperrar.
O conhecimento filosófico não está isolado dos demais tipos de conhecimento, ao contrário, existe
uma profunda interdependência entre aquele e os demais, como o teológico, o empírico e o científico.
Para Gonçalves (2005), o conhecimento filosófico possui as seguintes características: valorativo (suas
hipóteses não são submetidas à observação); não verificável (suas hipóteses não podem ser confirmadas
nem rejeitadas); sistemático (suas hipóteses e enunciados visam uma representação coerente da
realidade estudada); reflexivo (busca a reflexão sobre a origem, o presente e o futuro da humanidade).
Tentando responder a essa indagação, diríamos que filosofar é ter um pensamento mais crítico, é ter
uma postura diferente no mundo, vendo as coisas que nos rodeiam além da sua aparência.
20
RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
O conhecimento religioso é baseado na fé, na crença em algo superior, divino. Provém das revelações
dos mistérios ocultos ou do sobrenatural, interpretados como mensagens ou manifestações divinas. Ele
apresenta respostas para questões que o ser humano não consegue responder com os demais tipos de
conhecimento.
Exemplo: acreditar que alguém foi curado por um milagre; acreditar em duendes; acreditar em
reencarnação; acreditar em espíritos etc.
O conhecimento científico prende‑se aos fatos, ou seja, tem uma referência empírica. Procura
alcançar a verdade dos fatos e/ou objetos, utilizando‑se de pesquisas metódicas e sistemáticas da
realidade. O pesquisador classifica, compara, aplica métodos, analisa, sintetiza, extrai informações do
contexto social ou do universo e formula princípios e leis que estruturam o conhecimento universal.
Os três campos de conhecimento científico definidos teoricamente, segundo Jean Piaget, são:
O conhecimento científico tem como principal objetivo esclarecer os elementos que compõem a
realidade. Seu papel central é descrever os fatos e criar uma conexão lógica e compreensível entre seus
componentes, oferecendo inteligibilidade aos elementos constitutivos da realidade analisada.
Conhecimento científico produtivo
Figura 4
Exemplo: descobrir uma vacina que evite uma doença; descobrir como se dá a respiração dos
batráquios.
21
Unidade I
Saiba mais
Etimologicamente o termo ciência vem do latim scientia que, por sua vez, provém de scire, que
significa “aprender” ou “conhecer”. Porém, essa definição etimológica não é substancial e diferencial
para distinguir o conhecimento científico de outros tipos de conhecimento (religioso, filosófico,
popular etc.).
A ciência é popularmente definida, como indicam Goode e Hatt (apud TRUJILLO, 1974), como um
acúmulo de conhecimentos sistemáticos.
Enquadramento na ciência
Figura 5
Os objetivos da ciência podem ser apresentados como a melhoria da qualidade de vida intelectual e
material. Para o alcance dos objetivos, são necessárias novas descobertas e novos produtos.
Os princípios da ciência podem ser classificados como: nunca absolutos ou finais, podem ser sempre
modificados ou substituídos; a exatidão nunca é obtida integralmente, mas sim por meio de modelos
22
RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
sucessivamente mais próximos; são conhecimentos válidos, até que novas observações e experimentações
os substituam (FERREIRA, 2008).
Não existe uma linguagem única para a classificação das ciências. Sua classificação foi feita por
diferentes pensadores e estudiosos do assunto. As propostas vêm dos gregos, passando por Comte, com
o positivismo, Carnap, Wundt, Bunge e outros. Baseada em Bunge, apresenta‑se a seguinte classificação
das ciências e ramos de estudo (BUNGE, 1974 apud OLIVEIRA, 2004):
Filosofia (lógica)
Formais
(puras)
Figura 6
Como vimos no título anterior, a ciência é constituída pela observação sistemática dos fatos
por meio da análise e da experimentação, as quais produzem resultados que são validados
universalmente. Em virtude da constante busca da verdade científica efetuada pelo homem, a
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Unidade I
Assim, para que se possa produzir conhecimento científico, é necessário que se delimite, por meio de
uma ação descritiva, o objeto do conhecimento. Ou seja, antes de tudo, ele deve ser definido para depois
poder ser abordado e conhecido cientificamente. Algumas perguntas são essenciais para a delimitação
do objeto do conhecimento a ser estudado, por exemplo, como esse objeto de estudo foi constituído
historicamente.
A palavra metodologia vem do grego meta, que significa ao largo ou caminho, e logos – discurso,
estudo. A metodologia consiste em estudar e avaliar os vários métodos disponíveis, identificando suas
limitações ou não, em relação às implicações de suas atualizações.
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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
Saiba mais
O método dedutivo, de base racionalista (Descartes, Spinoza, Leibniz), pressupõe que apenas a razão
pode conduzir ao conhecimento verdadeiro.
Segundo Torres (2008), embora encontre larga aplicação em ciências como a física e a matemática,
algumas objeções ao método dedutivo já foram apresentadas. Uma delas é a de que o raciocínio
dedutivo permite concluir de maneiras diferentes a mesma afirmação, sem acrescentar informação
ao que já se sabia.
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Unidade I
Ora, no momento em que se aceita a verdade da proposição de que todo homem seja mortal (premissa
maior), a afirmação de que Sócrates é mortal (premissa menor) nada acrescenta ao raciocínio, uma vez
que a verdade da conclusão já se encontrava implícita no princípio geral a partir do qual se elabora o
raciocínio (SANTOS FILHO, 2011).
Além disso, com a verdade dependendo das premissas definidas, o raciocínio pode induzir a erro,
como no caso a seguir:
Portanto, é método que parte do geral para o particular e encontra larga aplicação em ciências como
física e matemática. Já nas ciências sociais, seu uso é mais restrito, em virtude da dificuldade para se
obter argumentos gerais, cuja veracidade não possa ser colocada em dúvida.
Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão deve ser verdadeira, ou seja, toda a informação
ou o conteúdo fatual da conclusão já estava, pelo menos implicitamente, nas premissas (SANTOS, 2011).
Exemplos:
• Se uma criança for frustrada em seus esforços para conseguir algo, então reagirá por
meio da agressão.
• Se José se sair bem nos exames, então é porque possui conhecimento das matérias.
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Unidade I
Se todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão provavelmente será verdadeira, mas não
necessariamente verdadeira. A conclusão contém informação que não estava, nem implicitamente, nas
premissas (SANTOS FILHO, 2001).
• Exemplo 1:
– O corvo 1 é negro.
– O corvo 2 é negro.
– O corvo 3 é negro.
– O corvo n é negro.
_____________
• Exemplo 2:
____________________
O método dialético possui várias definições, tais como a hegeliana, a marxista, entre outras. Para
alguns, consiste em um modo esquemático de explicação da realidade que se baseia em oposições e em
choques entre situações diversas ou opostas. Diferentemente do método causal, no qual se estabelecem
relações de causa e efeito entre os fatos (exemplo: a evaporação da água causa a formação de nuvens,
que, por sua vez, causa as chuvas), o modo dialético busca elementos conflitantes entre dois ou mais
fatos para explicar uma nova situação decorrente desse conflito.
Esse método consiste em desvendar, em todos os sentidos, o fenômeno que se apresenta e responder
a questões como: que fenômeno é esse? Por que acontece? Ele se incumbe de entender o que é sabido,
o que está aqui e agora. Não no passado ou no futuro, mas no presente. Portanto, podemos afirmar que
não é dedutivo nem indutivo, pois desvela o que está para ser desvelado.
Fenomenologia, do grego phainesthai, significa aquilo que se apresenta ou que se mostra, e logos
significa explicação, estudo. Tal método afirma a importância dos fenômenos da consciência, os quais
devem ser estudados em si mesmos – tudo o que podemos saber do mundo resume‑se nesses fenômenos,
nesses objetos ideais que existem na mente, cada um designado por uma palavra que representa a sua
essência, sua “significação”.
Isso significa dizer que a fenomenologia é o estudo da consciência e dos objetos da consciência,
também chamados de experiências de consciência ou, ainda, vivências. Esses objetos, experiências ou
vivências podem ser assim caracterizados:
• coisas;
• imagens;
• fantasias;
• atos;
• relações;
• pensamentos;
• eventos;
• memórias;
• sentimentos.
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Unidade I
Partindo desse princípio, pode‑se dizer que tudo o que envolve a fenomenologia está relacionado
ao chamado processo de intencionalidade, isto é, tudo parte de uma intenção, de uma vontade, de um
desejo, representado por um objeto real, ou seja, é uma investigação que busca a essência inerente à
aparência.
2º) Manifestação ou revelação da mesma realidade, isto é, o que manifesta ou revela a própria
realidade, de modo que encontre nesta a sua verdade, a sua revelação.
Sendo assim, aparência é qualquer coisa de que se tenha consciência. Qualquer coisa que apareça à
consciência é uma área legítima da investigação filosófica. Além do mais, aparência é uma manifestação
da essência daquilo de que é a aparência. Logo, a fenomenologia nasceu, grosso modo, como um
questionamento no modo científico de pensar: uma crítica à metafísica (postura epistemológica que
fundamenta a técnica moderna de conhecimento), em que, ao fazer esse questionamento, ela nos leva a
reformular o entendimento a respeito das coisas mais básicas, tais como nossa compreensão de homem
e de mundo.
Pode‑se dizer então que a fenomenologia orienta o seu olhar para o fenômeno, ou seja, à relação
sujeito‑objeto (ser no mundo). Isso, em última análise, representa o rompimento do clássico conceito
sujeito/objeto.
Isso significa que a fenomenologia aborda questões que envolvem, além da intencionalidade para a
qual foi feita e realizada alguma coisa ou “experiência”, a sua utilidade, praticidade e especificidade, de
acordo com a utilização de tal “coisa”, mediante várias possibilidades de interpretações e percepções.
Pode‑se dizer então que a fenomenologia nada mais é do que o fato de usar o conhecimento objetivo,
o mundo real, materializado para tentar explicar e resultar numa compreensão mais clara, objetiva e
real daquilo que a priori faz parte da nossa mente. De acordo com o grau de acuidade, percepção e
contexto histórico de cada indivíduo, aliado à sua total individualidade, tem‑se como resultado várias
possibilidades de interpretações, intuições, significações e percepções, que culminarão em apenas um
foco, isto é, no objeto em questão, que pode ser “qualquer coisa” (HAAR, 2000).
Resumo das correntes filosóficas que se propõem a explicar como se processa o conhecimento da
realidade.
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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
→ → Lógica + experimentação =
Hipotético-dedutivo Neopositivismo conhecimento
Figura 9
Para a utilização do método observacional é necessário reunir certas condições, como dispor de
órgãos sensoriais, preparo intelectual, curiosidade, persistência e paciência. A observação torna‑se uma
técnica científica quando atende a um objetivo de pesquisa sistematicamente planejado, registrado e
ligado a proposições mais gerais, além de ser submetido a verificações e controles de validade e precisão.
O método observacional abrange desde as primeiras etapas do estudo até os estágios mais avançados
e permite aprimorar outros tipos de pesquisa.
Quando utilizado para explicar fenômenos, fatos ou objetos, o método comparativo permite a análise
de dados concretos e a dedução dos elementos constantes, abstratos e gerais. Esse método consiste na
verificação das semelhanças e diferenças de dois ou mais grupos com a finalidade de se detectar o que
é comum entre eles.
Em quaisquer dos casos, o método histórico examina as coisas ou os eventos desde que tenham
duração, ou seja, temporalidade.
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Unidade I
Como diz o nome, esse método envolve o experimento, ou seja, a coleta de dados. Para esse tipo de estudo, é
necessário fazer o pré‑teste ou o estudo‑piloto. A partir dos dados obtidos, podem ser feitas as correções necessárias.
Lembrete
O método envolve o estudo analítico intensivo de uma situação particular. Nas ciências sociais, é
empregado como uma metodologia de estudo que se dedica à coleta de informações sobre um ou vários
casos específicos. É também considerada uma metodologia qualitativa de estudo porque não se destina
a obter generalizações do assunto abordado.
Observação
Esse método baseia‑se mais em uma interpretação dos objetos ou fatos do que propriamente na
coleta de dados para a investigação. Estuda a sociedade a partir da função que as pessoas têm dentro
dela, ou seja, é um sistema organizado por atividades.
É importante ressaltar que todo o trabalho de pesquisa deve ser estruturado num planejamento
adequado ao tema e ao assunto da pesquisa.
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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
Observação
Resumo
1. popular;
2. filosófica;
3. religiosa;
4. científica.
• Levantar questionamentos.
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Unidade I
Exercícios
B) Os racionalistas afirmam que os nossos sentidos nos enganam e nunca podem conduzir a um
conhecimento verdadeiro, uma vez que o mundo da experiência encontra‑se em contínua
mudança e transformação.
C) A doutrina da razão tem por princípio que a existência de um conhecimento é verdadeira quando
é logicamente provada a sua existência universal.
D) Os intuicionistas afirmam que é possível conhecer diretamente a verdade, o absoluto, sem auxílio
dos sentidos e da razão.
E) A intuição é como órgão ou faculdade superior de conhecimento, que nos fornece direta e
imediatamente a verdade absoluta.
A) Alternativa incorreta.
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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
Justificativa: quando pensamos em conhecimento, devemos levar em conta que ele está em todo
lugar e em toda parte, necessitando ser captado pelos sentidos do sujeito. É a relação entre o sujeito
cognoscente e um objeto que propicia o conhecer.
B) Alternativa correta.
C) Alternativa correta.
D) Alternativa correta.
E) Alternativa correta.
Justificativa: a intuição não é temporária, e sim permanente; está presente em toda parte do saber.
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Unidade I
A) Alternativa incorreta.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: não corresponde ao conhecimento empírico, haja vista que este é o extraído das
experiências dos sujeitos.
C) Alternativa incorreta.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: epistemologia não é a ciência da intuição, mas a utiliza para obter a origem do
conhecimento.
E) Alternativa correta.
Justificativa: a epistemologia é uma das áreas distintas da Teoria do Conhecimento a qual leva
o pesquisador a validar as verdades, o seja, ela examina ainda a tradicional questão da origem do
conhecimento, assim como por meio de que faculdades alcançamos esse conhecimento, seja mediante
o empirismo, a intuição ou a razão.
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