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“O SERMÃO DO MONTE”
“A ENTRADA NO REINO DE DEUS”
A PORTA, O CAMINHO, O TRANSEUNTE E O DESTINO
Mateus 7.13, 14
A porta estreita.
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Ao lado do pequeno grupo de discípulos estava a
grande maioria do povo.
– O grupo de discípulos, entretanto, em breve saberá
da via caluniosa da morte de seu Mestre na cruz,
saberá da entrega de tudo o que era próprio de sua
existência e seu ser.
– Era uma questão difícil, um sacrifício radical que se
exigia do Senhor: agir e pensar totalmente diferente
do que a grande massa age e pensa.
– Lembramos todas as palavras e os exemplos dos
cap. 5–7, como o Senhor proclamou por meio delas
a inversão de todos os valores.
– As exigências de Jesus contrariavam tudo o que
havia até então.
A massa do povo israelita exigia um Messias que lhe
desse pão, um Messias externo.
– Diretamente oposto ao caminho da massa, do eu,
da autoafirmação, da estrada larga, está o caminho
divino dos poucos, a via de Jesus, da estrada
estreita.
– Mas essa via do sermão do Monte, que direciona
radicalmente nossa vida para o trilho estreito do
caminho apertado, é o único caminho que conduz à
vida.
– Por estar em jogo a vida eterna, é tolice olhar em
volta à procura da estrada larga.
– Estando em questão a vida, nenhum sacrifício é
grande demais para ser feito para a conquista do
alvo.
c. Com as parábolas das portas estreita e larga, das estradas
apertada e espaçosa, Jesus descreveu a grande separação
que sua vinda causou entre as pessoas.
O caminho estreito é ele próprio, Jesus, ele que é “o
caminho, a verdade e a vida” (Jo. 14.6).
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O caminho largo, este é Satanás!
– Este é o caminho de todos os que andam o caminho
do eu, a rota do pecado, que é o afastamento de
Deus.
d. Jesus convoca todos aqueles que peregrinam pelo
caminho estreito, seguindo a ele, a passar longe da
estrada larga.
Jesus faz uma distinção, porque mesmo no pequeno
grupo que anda pelo caminho estreito, nem todos
realmente pertencem ao pequeno grupo.
e. É este fato doloroso que Jesus explica com a ilustração de
um rebanho de ovelhas. Nem todos que se parecem
como ovelhas, são ovelhas.
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Essas coisas são “desfavoráveis” no sentido em que se
chocam com as tendências naturais dos homens.
Portanto, é evidente que nosso Senhor não usa o método
utilizado por certos pregadores avivalistas (ou evangelistas)
que falam como se a “obtenção da salvação” fosse uma das
coisas mais fáceis do mundo.
Jesus, ao contrário, descreve a entrada no reino como algo
que, por um lado, é muito desejável, mas que, por outro
lado, não é de modo algum fácil.
A porta de entrada é estreita. Ela tem de ser “encontrada”. E
o caminho ao qual ela está ligada é “apertado”.
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– Uma pessoa entra pela porta a fim de ser admitida
ao caminho, ou segue o caminho a fim de alcançar a
porta e passar por ela?
– Se é certo que Jesus, ao mencionar a porta, estava
pensando no que sucede quando uma pessoa
morre ou na segunda vinda, então é óbvio que o
caminho precede a porta.
– Com base nas Escrituras, falamos da entrada na
Jerusalém de ouro pelos seus portões de pérolas
(cf. Ap. 21.21; 22.14).
– A esse respeito pode-se também referir a Lc. 13.23
– 30, onde a entrada pela “porta” estreita conduz
ao “reino de Deus” em sua fase final ou
escatológica.
– Entretanto, por outro lado Mt. 7.13 e 14, em cada
caso, menciona primeiro a porta e em seguida o
caminho. Portanto, a seguinte pergunta procede:
“O que vem antes, o caminho ou a porta?”
Entre os comentaristas que têm se digladiado com
essa pergunta — alguns não o têm feito por
aparentemente desconsiderarem-na — as seguintes
posições têm sido tomadas:
– “Possivelmente o preceito de Cristo fosse
simplesmente: ‘Entrem pela porta estreita’, e que
todo o resto seja uma glosa.” Objeção. A evidência
dos manuscritos disponíveis não apoia uma
amputação tão radical.
– “Cada um dos dois caminhos conduz a uma porta e
a atravessa.” Segundo esse ponto de vista, o
caminho vem antes.
Caminho pode significar modo de ser, etc., ou dar a
idéia de estrada, de rota.
Prefiro "caminho'' como modo de ser com base no fato
de que faz a transição mental da esfera física para a
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moral e espiritual de forma mais natural, visto que se
fala de “modo de vida", "caminho de abnegação e
sacrifício, da obediência, da santificação”, etc.
Porta e caminho significam substancialmente a mesma
coisa, ou seja, a obediência exigida por Cristo.
– Vista como uma unidade, essa obediência pode ser
chamada de porta; e, considerada em sua
multiplicidade, um caminho.
– Essa idéia enfatiza a relação muito estreita entre
“porta” e “caminho”.
“A porta vem antes. A seguir vem o caminho...”.
– Jesus está pensando na escolha que se há de fazer
agora mesmo, e nos exorta a escolher, visto que
somente por meio de uma escolha consciente
alguém pode chegar ao caminho certo.”
– Para que possa entrar pela porta estreita, a pessoa
precisa desfazer-se de muitas coisas.
O desejo ardente de possuir bens terrenos;
O espírito que não consegue perdoar;
O egoísmo;
A justiça própria.
A porta estreita é, pois, a porta da abnegação e da
obediência.
A porta larga
CONCLUSÃO
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