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MÓDULO 01

INTRODUÇÃO AO PROJETO DE ESTRUTURAS CGH/PCH

Eng. civil Marcos Dalcin


E-mail: marcos.dalcin.jr@gmail.com
MÓDULO 01 - Ementa
INTRODUÇÃO AO PROJETO DE ESTRUTURAS CGH/PCH

1. Estruturas:
1. Estruturas Típicas:
a) Barragem
b) Muros de Abraço
c) Muros de Contenção
d) Vertedouro
e) Tomada de Água de Baixa Pressão
f) Tomada de Água de Alta Pressão
g) Adufa de Desvio
h) Conduto Forçado
i) Casa de Força
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INTRODUÇÃO AO PROJETO DE ESTRUTURAS CGH/PCH
1. Estruturas:
2. Estruturas Maciças:
1) Comportamento
2) Esforços Atuantes
3) Análise de Esforços
4) Estabilidade Global
3. Estruturas Armadas:
1. Comportamento
2. Esforços Atuantes
3. Análise de Esforços
4. Estabilidade Global
5. Dimensionamento Estrutural
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2. Exemplos de Projeto:
1. Casa de Força:
1) Forma
2) Armadura
3. Principais problemas que ocorrem nas estruturas e
soluções adotadas
4. Aplicação SAP2000
1. Modelagem
2. Análise e Interpretação de Resultados
3. Esforços Atuantes sobre Cada Estrutura
4. Quais Cargas Considerar em Cada Estrutura
5. Lançamento de Dados no Programa
6. Fatores de Segurança
7. Exercícios
MÓDULO 01 - Cronograma
INTRODUÇÃO AO PROJETO DE ESTRUTURAS CGH/PCH

DATA DIA SEMANA TEMAS

02/11/2021 QUINTA-FEIRA ESTRUTURAS TÍPICAS

03/11/2021 SEXTA-FEIRA ESTRUTURA MACIÇAS

04/11/2021 SÁBADO ESTRUTURAS ARMADAS

06/11/2021 SEGUNDA-FEIRA PP + EXEMPLOS

07/11/2021 TERÇA-FEIRA APL. SAP2000

08/11/2021 QUARTA-FEIRA APL. SAP2000

09/11/2021 QUINTA-FEIRA APL. SAP2000

10/11/2021 SEXTA-FEIRA APL. SAP2000


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ESTRUTURAS TÍPICAS
BARRAGENS
TÍPO DE BARRAGEM DE CONCRETO:
Barragem a Gravidade – Concreto Convencional (CCV)
Barragem a Gravidade – Concreto Compactado a Rola
(CCR)
Barragem de Concreto em Arco
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Barragem a Gravidade

É uma estrutura concebida de tal forma que seu peso próprio


resiste tanto às principais forças horizontais, isto é à pressão da
água que atua no sentido de fazer a barragem desliza ao longo da
fundação, quanto as forças verticais, como os esforços de
subpressão (Eletrobrás, 2003).

Seção Típica Barragem Concreto CCV Seção Típica Barragem Concreto CCR
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Barragem a Gravidade

Em todas as barragens sejam em construção ou em projeto há


utilização de linhas de drenos internos (galerias de drenagem),
afim de criar uma linha de defesa suplementar a percolação de
água pelo maciço de fundação.

Havendo também outra forma de defesa com a execução de


cortinas de injeção de material cimentício próxima a face de
montante da barragem.
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AH Laúca – Corte Transversal


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MURO DE ABRAÇO

São estruturas de concreto que servem para fazer ligação ou


transição entre as estruturas de aterro – diques e barragens de
terra e enrocamento – e estruturas de concreto – vertedouros,
tomadas de água ou barragens de concreto (Eletrobrás, 2003).

O Muro de Abraço é um estrutura com perfil gravidade, com o eixo


coincidente com eixo do barramento. O aterro abraça o muro. O
comprimento da crista da transição deverá ser tal que penetre 10m
no aterro, na cota de coroamento.
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MURO DE ABRAÇO

O muro de abraço em geral é recomendado se a altura da seção de


transição for maior ou igual a 30m. No entanto, para encontros com
tomadas de água recomenda-se o emprego de muros de abraço
independentes da altura da seção de transição (Eletrobrás, 2003).

Quando as estruturas a serem ligadas tiverem borda livre


diferentes, o muro deverá ter, na sua crista, uma rampa que
concorde esses dois valores.
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Muro de Abraço
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MUROS DE CONTENÇÃO

Muro de Contenção ou Muro de Arrimo é um estrutura transversal


ao eixo do barramento, no qual a barragem é apoiada. O muro deve
ter uma seção transversal tipo gravidade (Eletrobrás, 2003).

Usualmente utilizados no canal de aproximação do Vertedouro e


canal de fuga da Casa de Força.

Sua dimensões dependem das estruturas em suas proximidades e


os critérios de estabilidade, com as inclinações das paredes e lajes
conforme as solicitações externas.
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VERTEDOURO

O Vertedouro é a estrutura do aproveitamento hidrelétrico


dimensionada para extravasar o volume da cheias que possam
exceder a capacidade de armazenamento do reservatório, com o
objetivo de proteger a barragem contra máximo Maximorum
(período de recorrência de 10.000 anos) do reservatório seja
ultrapassado.

Os Vertedouros podem ser de superfície ou de fundo, incorporadas


no corpo do barramento, laterais ou estrutura isoladas,
apresentando seções típicas variadas
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VERTEDOURO SUPERFICIE
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VERTEDOURO DE FUNDO
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VERTEDOURO INCORPORADO NO BARRAMENTO
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VERTEDOURO

Os Vertedouros de superfícies poderão ser do tipo livre ou controlados


por comportas. Estes, por sua vez, são classificados em vertedouros de
ogiva alta, ogiva baixa ou de encosta (Eletrobrás, 2003).

Os Vertedouros livre tem aplicação típica em usina a fio d’ água, cuja


barragem pode ter uma soleira vertente. Acarretam maior sobrelevação
no reservatório (Eletrobrás, 2003).

Os Vertedouro controlados por comportas são recomendados em


aproveitamentos com reservatórios deplecionáveis (Eletrobrás, 2003).
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VERTEDOURO

O Vertedouro de Ogiva Alta é composto por uma soleira vertente, de


altura significativa, controlada ou não por comportas tipos segmento, e
um dissipador de energia. É utilizado, em geral, em aproveitamentos com
barragens de altura média e serve como estruturas de desvio – através
de adufas colocadas em seu corpo (Eletrobrás, 2003).

Vertedouro de Ogiva Alta Controlado Vertedouro de Ogiva Alta Livre


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VERTEDOURO

O Vertedouro de Ogiva Baixa é composto por uma soleira vertente


baixa, controlada ou não por comportas do tipo segmento, e um
dissipador de energia. É utilizado, em geral, em aproveitamentos
com barragens baixas e pode servir como estrutura de desvio do
rio (Eletrobrás, 2003).

Vertedouro de Ogiva Baixa Controlado Vertedouro de Ogiva Baixa Livre


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VERTEDOURO

O Vertedouro de Encosta é composto por uma pequena soleira vertente,


seguida de uma calha e um dissipador de energia. Pode ser controlado ou
não por comportas do tipo segmento. É utilizado, em geral, em
aproveitamentos com barragens altas de aterro fechando a totalidade da
seção do vale e com desvio do rio por túneis ou galerias (Eletrobrás, 2003).

Vertedouro de Encosta Controlado


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Vertedouro de Encosta
Controlado

Bacia de Dissipação
(Dissipador de energia)
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TOMADA DE ÁGUA

A Tomada de Água é uma estrutura de transição entre o


escoamento livre no reservatório e um escoamento constringido no
conduto forçado, em cuja seção a velocidade deve ser baixa para
limitar os esforços e a perda de carga.

As Tomada de Água são estruturas típicas, em torre ou em seção


gravidade. Essas estruturas já incorporam um padrão de projeto no
sentido de obter um escoamento com o mínimo de perda de carga.

As posição da estrutura em planta e profundidade, as interfaces


com as demais estruturas tornam o projeto dessas estruturas
bastante complexo.
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TOMADA DE ÁGUA

Torre: As Tomadas de Água do tipo torre são geralmente


empregadas em aproveitamentos onde se utiliza o túnel ou galeria
de desvio também para adução (Eletrobrás, 2003).
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TOMADA DE ÁGUA

Gravidade: Esse tipo de Tomada de Água são integradas ou não à barragem


e a adução é feita para condutos forçados externo. Essas tomadas são
empregadas em aproveitamentos equipados com turbina tipo Pelton,
Francis ou Kaplan com caixa espiral de aço (Eletrobrás, 2003).
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TOMADA DE ÁGUA- Tipos

Gravidade Aliviada: Esse tipo de Tomada de Água é normalmente


apoiada em maciço rochoso. A adução é feita por túneis, sejam eles
forçados ou não. O espaçamento entre as unidades é aumentado
para garantir a estabilidade da escavação subterrânea. Essas
tomadas são empregadas em aproveitamento equipados com
turbinas tipo Pelton, Francis ou, mais raramente, Kaplan com caixa
espiral de aço (Eletrobrás, 2003).
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TOMADA DE ÁGUA

Integrada à Casa de Força: Esse tipo de Tomada de Água é recomendado


para aproveitamentos equipados com turbinas tipo Bulbo ou Kaplan com
caixa semi-espiral de concreto. Devem ser consideradas, nesse tipo de
estruturas, comportas tipo vagão com rodas a montante das turbinas
(Kaplan) ou jusante (Bulbo) (Eletrobrás, 2003).
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TOMADA DE ÁGUA– Concepção e Recomendações

A Tomada de Água do tipo gravidade em aproveitamento com casa


de força situado ao pé da barragem tem sua localização definida
em função da posição da casa de força. Em aproveitamentos com
canal de adução longo, a tomada de água é deslocada o mais a
jusante possível sobre o traçado da adução, alongando o canal e
encurtando o conduto.

A Tomada de Água deve ser equipada com uma única comporta por
unidade do tipo vagão com rodas, situada próximo à face de
montante da estrutura, imediatamente a jusante da transição de
entrada.
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TOMADA DE ÁGUA– Concepção e Recomendações

A tomada de água do tipo gravidade aliviada, é posicionada sobre o


traçado da adução no ponto em que se pode escavar o túnel
(recobrimento de rocha de pelo menos três diâmetros).

Para os tipos gravidade e gravidade aliviada busca otimização do


projeto, com:

• Estreitamento na área da comporta com o aumento simultâneo


aumento da estrutura para diminuir o volume de concreto e
custo das comportas.
• Colocação de pilares intermediários na entrada para diminuir o
custa das grades e/ou comportas.
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TOMADA DE ÁGUA– Concepção e Recomendações

A posição da tomada d’água do tipo integrada à casa de força é,


naturalmente, definida pela colocação desta. Esse tipo de tomada,
para casa de força equipada com turbinas Bulbo, poderá ser
concebida sem pilar intermediário ou com um pilar para diminuir o
vão das comportas ensecadeiras no caso de vazões turbinadas
altas. As comportas de emergência são colocadas no tubo de
sucção. Para turbinas Kaplan poderão ser colocados um ou dois
pilares.

A altura da estrutura deverá ser a menor possível, atendendo ao


critério de submergência e respeitando a elevação da fundação. A
submergência mínima é determinada conforme Gordon (1970), que
recomenda uma expressão em função da velocidade da água na
comporta, da altura da comporta e da forma do canal de adução
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TOMADA DE ÁGUA– Concepção e Recomendações

A posição da comporta, qualquer que seja o tipo da tomada d’água,


deverá ser prevista com uma submergência mínima, entendida
como sendo a distância vertical mínima entre a aresta horizontal
superior da seção da comporta e o nível d’ água mínimo normal do
reservatório. A altura de submergência objetiva eliminar ou
minimizar a formação de vórtices.

Logo a montante do plano das comportas deverá ser prevista a


colocação de comportas ensecadeiras com as mesmas dimensões.
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Pórtico Rolante

Comportas

Comportas
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TOMADA DE ÁGUA

CASA DE FORÇA
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TOMADA DE ÁGUA Ponte Rolante


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Pilar Central
Entrada da TOMADA DE ÁGUA
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Entrada da TOMADA DE ÁGUA


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ADUFA DE DESVIO

As Adufas de Desvio são aberturas na forma de condutos


retangulares deixados em algumas estruturas de concreto para
permitir o escoamento do rio durante a fase de seu desvio
(Eletrobrás, 2003).

ADUFA DE DESVIO – Concepção e recomendações

Adufas são geralmente colocadas no corpo do Vertedouro do tipo


de ogiva alta ou da Barragem de concreto gravidade. O Desvio
através de adufas no corpo do vertedouro é recomendado para
barragens baixas ou de médias altura (Eletrobrás, 2003).
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ADUFA DE DESVIO – Concepção e recomendações

As Adufas também podem ser locadas em estruturas situadas no leito do


rio ou em ombreiras. Situadas no leito do rio, pode-se aumentar a
quantidade de aberturas para se obter ensecadeiras mais baixas.
Situadas em ombreiras acarreta aumento do volume de concreto e de
escavação, assim, é aceitável a instalação de menor número de adufas
com maiores dimensões (Eletrobrás, 2003).

A cota da soleira de Adufa situadas no leito do rio é definida pela cota do


fundo do rio. Em ombreiras, a cota da soleira deve ser definida levando-
se em consideração, dentre outros aspectos, os problemas hidráulicos do
fechamento do rio e o custo (Eletrobrás, 2003).

A colocação da Adufa em uma posição mais alta que o nível d’ água


resulta na maioria das vezes, em funcionamento como orifício de parede
espessa com descarga em jato livre (Eletrobrás, 2003).
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CONDUTO FORÇADO

Os condutos forçados conduzem o escoamento da Tomada de Água


às turbinas localizada na Casa de Força.

O comprimento do conduto forçado é variável em cada projeto.


Como orientação geral, procura-se reduzir seu comprimento,
levando em consideração que seu custo é relativamente elevado
em razão das grandes pressões que o conduto está sujeito.

Os condutos forçados podem ser externos ou em túneis. Sua


seleção dependerá da topografia local, das condições geológicas e
os custos da solução sugerida.
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Conduto Forçado
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CONDUTO FORÇADO – Concepção e Recomendações

Recomenda-se evitar ou minimizar os pontos de mudança de


direção do fluxo, em razão de aumentarem as perdas de cargas e
por exigirem blocos de ancoragem, estruturas de concreto
fortemente armadas e chumbadas na rocha, com o objetivo de
tornar o conduto estável (Eletrobrás, 2003).

Trechos finais dos Condutos Forçados usualmente ficam sobre


berços de concreto.

Com os condutos possuindo diâmetro superiores a 2,00m, afim de


permitir inspeções e manutenções preventivas.
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Berços de Concreto

Pontos de mudança
de direção de fluxo
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CASA DE FORÇA

Dois tipos de Casa de Força são usados basicamente:

• Casa de Força Exterior: Abrigada, Semiabrigada e Desabrigada

• Casa de Subterrânea;

Do ponto de vista do Barramento a estrutura da Casa de Força pode:

• Fazer parte da Barragem;

• Estar no Pé da Barragem;

• Ser Isolada da Barragem;

No interior da Casa de Força estão localizados os equipamentos


eletromecânicos principais (turbina, caixa espiral, gerador e tubo de
sucção) além de demais equipamentos de controle e auxiliares.
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CASA DE FORÇA – Concepção e Recomendações

As principais elevações da Casa de Força são definidas considerando-se


os níveis de água notáveis de jusante e de submergência da turbina e,
consequentemente, do tubo de sucção, que condiciona a definição da cota
da fundação e das galerias de drenagem (Eletrobrás, 2003)..

A posição das galerias de serviços depende do tipo da Casa de Força e do


seu arranjo geral. O posicionamento das galerias a montante da Casa de
Força, sobre os condutos forçados, é uma solução convencional
(Eletrobrás, 2003).

Deve ser previsto um sistema de movimentação de cargas através de


pórtico e/ou pontes rolantes, destinado a montagem e manutenção dos
equipamentos de geração, possuindo capacidade suficiente para a
movimentação da peça mais pesada (Eletrobrás, 2003).
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Níveis de Jusante

Níveis de Montante

Ponte Rolante
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CASA DE FORÇA – Concepção e Recomendações

A área de montagem deverá estar situada preferencialmente em uma


extremidade da Casa de Força, por onde é feito o acesso dos
equipamentos. Deve-se prever uma área coberta, dentro do raio de ação
da ponte ou pórtico rolante, destinado a montagem dos equipamentos,
principalmente geradores (Eletrobrás, 2003).

Para Casas de Força com até três unidades, deve-se prever uma área
equivalente a um bloco e meio de uma unidade mais a largura necessária
para descarga dos equipamentos de maior porte. Para Casas de Força com
quatro ou mais unidades, deve-se prever uma largura equivalente a 2,25
blocos de uma unidade (Eletrobrás, 2003)..
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Blocos da Área de Montagem

Ponte Rolante
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Casa de Força

Monovia

Tubo de Sucção
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Casa de Força

Área de Montagem

Monovia

Tubo de Sucção
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Referência Bibliográfica:

• Critério de Projeto Civil de Usinas Hidroelétricas – Centrais Elétricas Brasileiras


S.A. -Eletrobrás. Outubro/2003

• Pereira, Geraldo Magela. Projeto de usinas hidrelétricas passo a passo. São Paulo:
Oficina de Textos, 2015.

• DA CRUZ, Paulo Teixeira. 100 barragens brasileiras: casos históricos, materiais de


construção, projeto. Oficina de Textos, 1996.

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