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Disciplina: Estruturas Hidráulicas

Curso: Ingeniería Hidráulica


Tema: Estruturas em obras de tomada
Contido Concepção estrutural das obras de tomada. Estrutura de entrada e/ou controle.

Objetivos: Conhecer as partes componentes das obras de tomada, assim como as funções deste
para o analise do desenho estrutural das torres de controle e/ou entrada

Desenvolvimento
Existem várias estruturas hidráulicas às que lhes denomina obras de tomada, entre as quais
podemos citar:
• A estrutura onde se instala a tira de sucção de uma estação de bombeamento.
• A obra de cabeceira de uma presa derivadora.
• A obra que se constrói através do corpo de uma presa de materiais locais.
Dentro do tema estudaremos os dois últimos tipos de obras de tomada, fazendo insistência no que
corresponde à presa de materiais locais já que por meio do comportamento estrutural delas se
podem explicar as outras.
Trataremos o cálculo e desenho estrutural das galerias e as torres, elementos que se encontram na
maioria de nossos empoce e que têm como objeto regular as águas dos rios com fins agrícolas.
Não serão objeto de estudo o relativo aos mecanismos empregados nos controles das obras de
tomada, tais como válvulas, comportas, etc.

Classificação das obras de tomada


As obras de tomada podem classificar-se atendendo a diferentes critérios (Ver epígrafe 3.1.1 em
página 227 – 228 do Texto).
Em nossa classe estudaremos aquelas que se empregam com fins de rega em presas de materiais
locais.

Componentes das obras de tomada.


Em geral os elementos que compõem as obras de tomada podem agrupar-se em:
• Canais de entrada e saída.
• Estrutura de toma ou de entrada.
• Estrutura de controle.
• Estrutura de condução.
• Estrutura terminais ou de dissipação.

Vejamos cada um deles:


Canais de entrada e saída
Represam a água para a entrada das obras de tomada e da saída para o rio

Estrutura de tomada
Constituem a entrada à obra de tomada e podem alojar os mecanismos de controle.
Servem de apóio a elementos auxiliares como:
- Os ralos para lixos, para peixes, outras.
- Estruturas de fechamento para reparações.
Estruturas de controle
É onde se alojam os mecanismos de controle (válvulas e comportas).
Para alojar as comportas geralmente se empregam torres que neste caso se denominam, torres de
controle.
Quando não existe galeria de inspeção, as válvulas se alojam em um poço de inspeção (Ver figura
3.33 e 3.34 em Texto).
Estruturas de condução (Ver epígrafe 3.1.3 páginas 236 – 253 Texto)
São as que transportam a água até o nível água abaixo da obra de tomada. De acordo a sua
distribuição física podem classificar-se em:
• Canais abertos (Figura 3.2 página 229)
• Condutos fechados
? Túneis (Figura 3.6, página 233)
? Condutos enterrados
? Condutos a pressão (Tuberías metálicas ou de concreto)
? Galerias
? De inspeção (Figura 3.12, página 256)
? De condução livre (Figura 3.17, página 276)

Estrutura terminais e de dissipação


Quando a entrega da obra de tomada se faz diretamente ao rio, é necessário dispor de um
esbanjador de energia, devido à alta velocidade com que sai a água. Desde não ser assim, a
estrutura de condução se remata com uma estrutura terminal. Os esbanjadores de energia já se
estudaram anteriormente

Estruturas de entrada e/ou controle


Como vimos anteriormente ao estudar os elementos das obras de tomada, há alguns deles que têm
vital importância e som:
? As torres.
? As galerias.

As torres.
Podem adotar diferentes forma:
- Estrutura de entrada, torre.
- Torre de controle independente.
- Torre de entrada e controle de uma vez.

Travesseiro de entrada
Constitui a entrada à obra de tomada e serve de apóio aos ralos que se colocam para evitar o passo
do lixo ao interior do conduto.
Não é mais que uma estrutura em forma de caixa.
Suas dimensões estão dadas em função do:
- Desenho dos ralos.
- Os requisitos hidráulicos.
Podem ter ralos em uma ou várias caras e pela parte superior.
Sua posição altimétrica está diretamente relacionada com o nível de volume morto do empoce.
(Figura 3.32, página 305)

Torres de controle
É um tipo de estrutura que se emprega para colocar nela as comportas de controle. Têm forma de
torre e inclui os mecanismos elevadores montados em uma plataforma de operação que descansa
na parte superior. Este tipo de obra é freqüente situá-la em um ponto intermédio da galeria se
sobressaindo por cima da coroa do aterro.
Neste caso a porção de conduto água acima estará submetido à pressão hidrostática interior, o que
contribui a um melhor trabalho estrutural do conduto ao compensar as pressões de terra externas
mas facilita as possíveis filtrações ao produzir uma rachadura do conduto.
Possuem duas comportas:
 Uma água acima que servirá de controle de emergência ou segurança e reparações futuras.
Permanece aberta.
 Uma água abaixo que se utilizará na operação normal.
Apresentam desvantagens como são:
a. As estruturas são mais robustas produto das pressões de terras laterais e por forças verticais
produto do assentamento do aterro.
b. Fica um troço de galeria que não se pode inspecionar e em caso de avaria os trabalhos de
reparação seriam complexos e custosos.
c. Sob grau de compactação em zonas em contato com a torre.

Torres de tomada e controle


Geralmente resulta mais econômico construir uma só torre que sirva de entrada e que ao mesmo
tempo contenha os controles.
Neste caso a torre deve construir-se à entrada do conduto ou galeria, ficando separada do corpo da
presa e sendo necessária a construção de uma ponte de acesso à torre.
Aqui se elimina a pressão hidrostática interna na galeria pois dentro desta iria um tubos que conduz
a água e assim a galeria se usa como obra de inspeção.
Esta solução permite a entrada de água em vários níveis, o que é conveniente do ponto de vista de
obter economia na potabilización da água para o consumo humano. Para isso se colocam comportas
a distintos níveis e em diferentes caras da torre.
Vantagens:
 Elimina ou reduz o troço de galeria que trabalha a pressão.
 Situa a torre em condições de trabalho menos rigorosas.
 Dá a possibilidade de reparação quando os níveis do empoce o permitam.
Desvantagens:
 Necessidade de construir uma ponte de acesso.
 Efeitos do fluxo e o vento.

Análise estrutural das torres.


A análise estrutural das torres compreende várias etapas que podem resumir-se da seguinte forma:
1. Concepção e dimensionamiento dos elementos que a compõem
2. Cálculo das cargas actuantes.
3. Comprovação da estabilidade da torre.
4. Análise transversal e longitudinal da torre. Dimensionamento definitivo.

Concepção e dimensionamento dos elementos que a compõem.


A forma e dimensões da torre dependem principalmente dos mecanismos por instalar nela.
Ao fazer o estudo do funcionamento hidráulico da obra de tomada, ficam definidas as dimensões
das comportas, cujas características obedecem a fatores mecânicos e projetados por
especialistas.
daqui em diante se definem as dimensões dos elementos da torre em função disso.
Para o dimensionamento das paredes da torre, divide-se sua altura em lances e se toma a franja
inferior de 1 m de cada lance, calculando para as forças devidas à água, à terra, etc.
Cada marco se analisa por flexocompressão. (Ver páginas 350 – 352 e epígrafe 3.34 a partir da
página 354 do Texto)

Carrega actuantes
Para a análise da estabilidade das torres, assim como para o dimensionamento e reforço de suas
paredes se consideram várias condições de carga, tomando em conta as forças que podem atuar
sobre ela para condições de empoce cheio e vazio.
Em um projeto de torre intervêm as seguintes carrega ou forças:
Forças verticais
1. Peso próprio
2. Subpressão
3. Reação da ponte.
4. Peso da água dentro da torre
5. Peso da água sobre a laje de cimentação ou sobre o aterro
6. Peso da terra do talud da cortina sobre a torre
7. Sobrecargas devido ao estacionamento de equipes durante a construção da cortina.

Forças horizontais
1. Força hidrosísmicas.
2. Força sísmica de inércia sobre a torre.
3. Força símica de inércia sobre a massa de água dentro da torre.
4. Impulso hidrostático.
5. Impulso de terras
6. Impulso do vento.
7. Empurre devido à ação do fluxo
8. Força lhe friccionem na ponte.
A maioria destas forças é conhecida a forma de sua determinação e só comentaremos as
seguintes:
Reação da ponte
produz-se pelo peso próprio da ponte, a carga viva correspondente a um caminhão e a pedestres
e uma certa força de impacto
Força lhe friccionem na ponte
É originada pela dilatação e contração da ponte, produzida no apoio. calcula-se em função da
reação no apoio produzida pela carga permanente.A ação de cada uma destas forças dependerá
de:
O estado de carga que se está analisando e a possível combinação de cargas
A posição da torre com respeito ao aterro

Estabilidade das torres.


Uma vez calculadas as forças correspondentes a cada estado de carga se procederá a checar a
estabilidade.

Estabilidade ao tombo. Pag. 318, Tomo I.


Teoricamente se expõe que a resultante de todas as forças deve estar dentro da base, embora se
aconselha que esteja situada dentro do terço meio desta.

Estabilidade ao deslizamento. Pag 319, Tomo I.

Ao igual ao estudado em aula anteriores, deve cumprir-se que:

Análise por flutuação.


Esta falha se evita, se as forças verticais que atuarem para baixo são maiores que as que atuam
para cima.

Estabilidade do chão de cimentação. Pag. 332, Tomo I.


Calculará-se segundo os métodos conhecidos. A área conforme o estudado na Geotecnia,
garantindo um determinado Fator de segurança maior que 2.
O fator de segurança que adota-se nos cálculos esta entre 2 e 3.
Pvu - Componente vertical da última carga. (Dimensões de forças)
Vn - Componentes vertical das forças atuantes netas (Dimensões de forças).

Análise e dimensionamento definitivo da laje de fundação (Página 344, Tomo I)

A direção de análise que geralmente se elige,


è a normal ao eixe longitudinal da obra de
tomada por ter menos rigideze.
Se obtém os gráficos de momento e cortante e calcula se o aço a colocar.

Análise transversal e longitudinal da torre. Dimensionamento definitivo (Págs 346 – 354)


A.- Para a análise da seção transversal, Pag. 346, Tomo I, se predimensiona como se explicou
anteriormente, analisando tantos troços em altura como se cria conveniente. determinam-se as
cargas segundo as combinações escolhidas.

obtêm-se os gráficos de momento, Cortante e Normal para a seção e se calcula o aço a colocar em
cada lado.
B.- Na seção longitudinal, Pag. 354, Tomo I, geralmente se coloca o aço por especificações, mas
pode considerá-la variante do efeito do vento e trabalharia a flexo- compressão simplificando a seção
da caixa a I.
Conclusões
Nesta aula começamos o estudo das obras de tomada, onde temos feita insistência naquelas que se
constróem nas presas de materiais locais. Deve destacá-la determinação das combinações de carga
a ter em conta em diferentes variantes e a posição da torre em cada caso, pois disso depende em
grande medida o desenho. Observe-se que as verificações de estabilidade não diferem grandemente
do já estudado, assim como o desenho estrutural e cálculo do aço.

Perguntas de controle.
1.- Mencione as partes de uma obra de tomada. Argumente sua resposta.
2.- Quais os as forças que atuam sobre uma torre?
3.- Que estabilidade é necessário comprovar nas torres?
Bibliografía.

Dilla, F. Estructuras Hidráulicas, Pag. 223 - 236 y 302 – 367, Tomo I.


USBR Páginas 375 - 392

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