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“Existe um lugar onde pode viver de uma forma feliz, a sua própria casa”
(Autor desconhecido)
Deste modo, o SAD deve elaborar, em colaboração com o utente e respectiva família,
mediante as necessidades expressas por estes e a avaliação de cada situação, um plano
de cuidados individualizado, do qual constem os recursos humanos e instrumentais,
designadamente ajudas técnicas.
Objectivo:
Estabelecer as regras gerais para a gestão dos cuidados de higiene e imagem, saúde e
reabilitação dos utentes em SAD.
Campo de Aplicação:
GLOSSÁRIO:
- Cuidador: é a pessoa que ajuda alguém doente, deficiente, idoso ou com outra
característica que a faça necessitar de cuidados. Tanto pode ser uma pessoa com a qual
há laços de consanguinidade ou afinidade legal, como alguém amigo com o qual é
estabelecida uma relação de responsabilidade de ajuda e de cuidado. A ajuda tanto pode
ser a prestação de serviços, tais como o auxílio na lida ou governo da casa, suporte
financeiro, gestão de outros serviços; como pode ser a prestação de cuidados directos,
por ex. suporte emocional, apoio na toma de medicação, alimentação ou outros.
REGRAS GERAIS
- Os colaboradores quando se encontram a prestar um serviço devem dirigir-se ao utente pelo seu nome;
- Todos os cuidados de higiene e imagem são registados, datados, assinados e integrados no Processo Individual do utente;
- Em situações problemáticas (por ex. suspeita de alergias, desarranjos intestinais, etc), ou quando uma tarefa ou acção não é realizada como o
previsto, deve-se também registar o facto, descrevendo a situação, o motivo e as acções tomadas ou a tomar.
- Importante a articulação com a pessoa mais próxima do utente, nomeadamente em situações de dependência, etc.
- Os colaboradores do SAD devem, informar ou formar, sempre que necessário, a pessoa mais próxima do utente para a importância da higiene e
boa situação oral do utente, o controle de esfíncteres, a existência de ajudas técnicas, as técnicas de apoio à prestação de cuidados de higiene,
estratégias promotoras de uma maior autonomia dos utentes, entre outras.
- Os cuidados de higiene exigem uma atitude integra e globalizadora que valorize as condições físicas, psicológicas, sociais e funcionais de cada
utente.
- Quando os colaboradores apoiam os utentes nos cuidados de higiene devem proceder de forma tranquila e calma, procurando efectuá-los no
mesmo horário e seguindo os mesmos procedimentos por ordem sequencial.
- Os colaboradores devem garantir, pelo menos, os cuidados essenciais de higiene, tentando sempre que possível adequá-las aos hábitos e rotinas
dos utentes.
- Os utentes devem ser incentivados ao auto-cuidado ou sempre que necessário apoiados na sua execução, nomeadamente quanto a:
Preparar os utensílios e instrumentos de suporte à acção, como por ex., escolha da roupa a vestir, as toalhas e esponja a utilizar, entre
outras;
Lavar as mãos e os dentes (incentivar o utente a lavar diariamente a cara ao levantar e deitar e antes e após as refeições, sempre que
necessário assim como as mãos, depois de ir ao W.C.; relativamente aos cuidados orais, o utente deve ser incentivado a escovar
diariamente os dentes, pelo menos duas vezes. Em caso do uso de prótese dentária, esta deve ser devidamente cuidada);
Pentear o cabelo;
Para utentes afectados por demência ou têm graves problemas de mobilidade (dependência), é imprescindível que a instalação sanitária
esteja adaptada para a diminuição de dificuldades do utente e, para além disso, seguir as seguintes indicações:
Preparar previamente todos os equipamentos, instrumentos e utensílios necessários que suportam a tarefa do banho: tapetes
antiderrapantes, toalhas, esponjas, sabonetes, pentes, luvas descartáveis, balde de plástico e saco do lixo, etc.;
Convidar a pessoa a tomar banho ou duche conversando com ela calmamente;
Em situação de demência, escolher o momento do dia em que o utente está menos confuso, respeitando ao máximo os seus hábitos
anteriores;
Os utentes devem ser incentivados ou apoiados a lavarem as mãos várias vezes ao dia, pelo menos, depois de ir ao W.C, ao levantar, antes
e após as refeições. Para além disso, é preciso ter em conta as seguintes regras:
Em caso de pessoas totalmente dependentes, deve-se lavar as mãos, esfregando-as entre si várias vezes, bem como os antebraços e
secar os mesmos prestando especial cuidado às pregas entre os dedos;
Evitar os anéis ou pulseiras apertadas que impeçam a limpeza ou dificultem a circulação do sangue;
Se a pele das mãos está seca deve aplicar-se um creme hidratante.
O cuidado dos pés é essencial, sobretudo nas pessoas diabéticas, devendo ser prestados cuidados, pelo menos semanais. Nas acções e/ ou
tarefas relativas aos cuidados com os pés, alguns procedimentos devem ser levados em consideração, a saber:
As unhas devem ser cortadas regularmente. Como endurecem, é aconselhável serem cortadas depois do banho e limadas;
Aproveitar o momento da limpeza para inspeccionar a pele, a fim de detectar pequenos cortes, equimoses ou alterações de cor;
Aplicar creme hidratante;
Aconselhar o utente a ir ao podologista regularmente.
Utentes que têm problemas de incontinência urinária e/ou fecal, devem ser incentivados a usar cuecas protectoras ou fraldas. Em caso de
resistência, o SAD deverá accionar um programa de acompanhamento psicológico. No caso dos utentes usarem fralda, deve-se
(colaboradores):
No caso de utentes estarem acamados e com elevado grau de dependência, deve-se incentivá-lo e/ou pessoa(s) próxima(s) ao uso de roupa
aberta atrás, uma vez que facilita a sua mudança e evita as rugas de roupa que podem causar úlceras de pressão (escaras).
Deve-se recomendar a adaptação da roupa do utente, como por exemplo: abrir os pijamas, camisas de noite e incluir apenas os fechos ou
laços que os permitam fechar.
Os colaboradores devem manter uma higiene pessoal e imagem cuidada, lavando as mãos como rotina (por ex. depois da muda de fralda,
antes e depois de apoiar ou prestar a higiene diária ao utente, maquiar, apoio na alimentação, entre outras).
Devem usar vestuário e calçado, adequados e confortáveis à realização das actividades com o utente.
Por razoes de higiene e segurança, os colaboradores na prestação de cuidados de higiene ao utente devem:
Ter uma apresentação sóbria, ou seja não podem estar excessivamente maquilhados;
Ter o cabelo apanhado, caso o tenham comprido;
Estar sem acessórios pessoais, tais como, colares, anéis ou pulseiras;
Usar sempre luvas descartáveis, tal como recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS), sempre que se entre em contacto com
sangue, urina, fezes, suor ou outros fluidos corporais. As luvas não devem ser reutilizáveis;
Explicar ao utente e/ou pessoa (s) próxima (s) (familiar ou outro) a razão de determinados procedimentos de higiene, como por
exemplo o uso das luvas, máscara, entre outros.
Manter os vários espaços domiciliários limpos e arrumados, após a finalização das várias tarefas dos cuidados de higiene e imagem ao
utente.
Mudar a roupa da cama do utente, conforme o planeado/contratualizado e/ou sempre que necessário.
Os utensílios e instrumentos utilizados na higiene do utente devem ser limpos diária ou semanalmente (por ex., escova de pentear, escova
dos dentes, bacio, ou outros) e arrumados no local definido após a sua utilização.
Alguns dos utensílios devem ser desinfectados depois de utilizados ou sempre que necessário, como por exemplo os instrumentos de
arranjar as unhas dos pés, entre outros.
2. ALIMENTAÇÃO
As refeições devem ser sempre entregues pessoalmente ao utente e/ou pessoa próxima que esteja a apoiar na actividade.
As refeições devem ser momentos de prazer e dadas com segurança ao utente. A sua entrega é dos momentos privilegiados para lembrar o
utente de beber líquidos com frequência ao longo do dia.
O responsável pelo processo deve definir as regras para o apoio na alimentação, segurança e promoção da autonomia dos utentes. As
regras definidas, deverão considerar as diversas necessidades e tipos de utentes.
Sempre que o utente se encontre incapacitado para tomar uma refeição, os colaboradores do SAD, devem:
Preparar cuidadosamente o espaço de refeição;
Promover a autonomia do utente e respeitar as suas preferências e necessidades individuais;
Aquecer os alimentos que não se encontrem à temperatura indicada ou que não satisfaça o utente;
Garantir, nas situações de utentes acamados, que este se encontra num posicionamento correcto (90º), isto é, sentado para tomar a
refeição, para que este não se engasgue ou sufoque;
Apoiar, se necessário, na toma dos alimentos. Nesta tarefa, o colaborador deve possuir uma atitude calma e pausada, não apressar a
refeição e colocar pouca comida no garfo ou colher para salvaguardar uma boa mastigação e deglutização dos alimentos.
Limpar a boca do utente, sempre que necessário, e posicionar-se de frente para o utente, mantendo uma conversa permanente;
Socorrer-se de ajudas técnicas/instrumentos de apoio para alimentar o utente, sempre que necessário;
Aumentar a consistência dos líquidos (por ex. chá, café, sumos, sopas, etc.) sempre que o utente tenha dificuldade em engolir, através
de espessantes, ou seja de produtos de preparação fácil e instantânea, sem paladar e que mantenham a espessura dos líquidos ao longo do
tempo, não lhe retirando o seu aspecto atractivo;
Apoiar o utente após a refeição na higiene básica (por ex. limpar mãos e cara, …) e na higiene oral, assim como garantir que este
permaneça sentado pelo menos 30 minutos.
Quando a alimentação é feita por sonda naso-gástrica, normalmente indicada no caso de doentes com incapacidade de ingestão ou
assimilação de alimentos, para que a sonda não se entupa, deve-se introduzir água na mesma antes e após cada refeição. Também nesta
situação, a administração da refeição deve ser feita de forma calma e conversando-se com o utente.
O gestor do processo deve também definir a forma de actuação dos colaboradores em situações de emergência, relativas à ingestão de
alimentos, como por ex. Intoxicações alimentares, mau estar, ingestão, engasgamento, entre outros.
As actividades desenvolvidas no apoio nas refeições e promoção da autonomia dos utentes devem ser monitorizadas semanalmente, bem
como avaliadas mensalmente. O utente e/ou pessoa próxima devem ser envolvidos na avaliação.
Os resultados da avaliação devem ser do conhecimento do utente e/ou pessoa próxima sendo registados, datados e arquivados no Processo
Individual do mesmo.
3. HIGIENE HABITACIONAL
CONDIÇÕES GERAIS
A higiene e limpeza do domicílio é um serviço que visa promover o bem-estar, conforto e qualidade de vida do utente.
O SAD pode assumir a higiene e limpeza no domicílio, sempre que o utente o solicite, devendo dar especial prioridade nas situações em
que este, independentemente da causa, se veja impossibilitado de assegurar tal actividade.
O gestor do processo deve assegurar que a prestação do serviço cumpre e respeita:
O Plano acordado com o utente, assim como a sua privacidade, confidencialidade, propriedade, necessidades, hábitos, preferências e
expectativas;
As normas e regras em vigor relativas à higiene, limpeza e segurança habitacional;
Sempre que o SAD recorra a serviços externos, o gestor do processo é responsável pela supervisão da qualidade dos serviços
subcontratados.
Deverá ser elaborado um programa de higiene e limpeza do domicílio do utente, no qual devem constar, pelo menos os seguintes
elementos:
O âmbito, espaços de limpeza e arranjo da casa, e respectivas tarefas e periodicidade;
Responsáveis pela execução e supervisão;
Horários diários de prestação do serviço;
Recursos necessários, por ex. Utensílios/instrumento de apoio às acções e/ou tarefa produtos de limpeza ambiental, entre outros;
Participação e grau de implicação do utente e/ou pessoa próxima nalgumas tarefas. O Programa de higiene e limpeza no domicilio
do utente deve estar adequado às necessidades e expectativas dos utentes, respeitar os serviços contratualizados com o utente e/ou família,
assim como a privacidade, hábitos, confidencialidade e segurança do utente.
Poderão fazer parte da actividade de higiene e limpeza no domicilio, entre outras, as seguintes acções e/ou tarefas:
Limpar e higienizar: varrer, aspirar, limpar o pó, limpar bancadas, vidros, espelhos, lavar sanitários, paredes, azulejos,
electrodomésticos, janelas, polir superfícies e objectos que o exijam, instalações sanitárias e cozinha, remover manchas simples das
instalações sanitárias ou demais espaços habitacionais.
Arrumar: Arejar a casa; mudar a roupa e fazer a cama, recolher e deitar o lixo fora, mudar e repor peças de roupa, por ex. toalhas na(s)
instalação (ões) sanitária (s), roupa de cama entre outros, arrumar gavetas, armários, retirar e recolocar os pertences do utente nos
espaços definidos, entre outros.
Inspeccionar o domicílio: Verificar a aparência e a qualidade do espaço, após a finalização do serviço de arrumação e limpeza,
conferir o consumo da água ou outros bens alimentícios, conferir a integridade das instalações, o escoamento de água e a ausência de
algum item, verificar o funcionamento dos interruptores de luz, televisor, rádio, telefone, ar condicionado, janelas, portas, gavetas,
chuveiros, entre outros, detectar a presença de odores, insectos e outros animais (por ex. roedores, baratas, …), propor e/ou assegurar
um plano de desinfestação.
Efectuar a articulação com outras áreas do SAD: receber e transmitir pedidos do utente, relativos a outras áreas sectoriais; contar e
acondicionar a roupa para envio à lavandaria, incluindo a trocada; ouvir e comunicar, ao gestor do processo, as necessidades,
impressões e opiniões do utente.
4. TRATAMENTO DE ROUPA
O tratamento de roupa é um serviço que visa promover a satisfação de necessidades do utente e promover a sua qualidade de vida.
Deve ser elaborado um programa para o tratamento de roupa onde conste, pelo menos, os seguintes elementos:
O âmbito de actuação (lavagem, secagem, engomagem, reparação) e respectivas tarefas;
Espaços de realização da actividade, por ex. Domicílio do utente, lavandaria da Misericórdia, lavandaria de uma entidade externa;
identificação do tipo de roupa, quantidade e periodicidade (semanal, quinzenal ou outra);
Responsáveis pela execução e supervisão;
Participação e grau de implicação do utente e/ou pessoa próxima nalgumas tarefas.
No caso desta actividade ser realizada no domicilio do utente ou na lavandaria do SAD, os colaboradores devem, sempre que possível,
respeitar os hábitos e preferências do utente e o gestor do processo deve definir com o utente os métodos e regras relativas aos seguintes
itens:
Recolha – por ex. método de recolha e identificação da roupa;
Verificação e selecção – por ex. verificação do tipo de nódoas, material e selecção de lavagem aconselhado;
Lavagem – por ex. programa, temperatura e detergente;
Secagem – por ex. métodos de secagem possíveis ou aconselhados;
Armazenamento – por ex. local;
Quando o tratamento é realizado por uma entidade externa, o gestor do processo deve estabelecer as regras para:
A roupa deve estar devidamente identificada, de forma discreta, de preferência utilizando as etiquetas próprias para o efeito. É
aconselhável que não se marque a roupa por fora e de forma visível.
Devem estar estabelecidas e serem do conhecimento do utente e/ou pessoa próxima as regras, procedimentos e medidas que permitam: a)
evitar a troca, danificação ou manchas de peças de vestuário; b) a correcção de situações anómalas.
A adaptação do espaço domiciliário é um serviço que visa promover a satisfação de necessidades do utente e promover a melhoria das
acessibilidades, bem-estar e qualidade de vida do utente.
Os colaboradores do SAD devem, sempre que necessário, orientar e apoiar o utente e/ou pessoa próxima para algumas modificações no
espaço habitacional, mobiliário, ajudas técnicas, entre outras, com vista a permitir maior segurança, conforto ao utente e funcionalidade
das acções e tarefas a desempenhar.
A título exemplificativo, enunciam-se alguns tipos de orientações e informações passíveis de serem prestadas:
Ajudas Técnicas – compra/aluguer de cama articulada e/ou cadeira de rodas; andarilho; cadeira de banho giratória; caixa de
comprimidos partidor; caixa de comprimidos semanal; alterador de sanita com braços; bengala extensível; spray anti-derrapante
para banheira e duche; camisa de dormir aberta nas costas; detector de fumos fotoeléctrico; talheres com cabo ergonómico e
flexível; entre outras; resguardos descartáveis;
Afastar obstáculos, por ex. mobiliário, ou outros que dificulte ou coloque em perigo a mobilidade e integridade física. Por
exemplo, retirar tapetes por serem uma das maiores causas de queda; não deixar fios de telefone, electricidade e outros no
caminho;
Ter espaços bem iluminados;
REPARAÇÕES NO DOMICÍLIO
Os colaboradores do SAD devem, sempre que necessário, orientar e apoiar o utente e/ou pessoa próxima para algumas
reparações/modificações no espaço habitacional, com vista a permitir maior segurança, conforto ao utente e funcionalidade das acções e
tarefas a desempenhar.
A título exemplificativo, enunciam-se alguns tipos de orientações e/ou apoios passíveis de serem prestados:
Pequenas reparações: mudança de uma lâmpada; concerto de uma torneira; reparação de um electrodoméstico, entre outros;
Grandes reparações: mudança de soalho; arranjo e/ou pintura de uma divisão da casa; alargamento de portas; adaptar o pavimento
a rampas; entre outras:
Deve ser elaborado um plano de modificações/reparações no domicílio do utente, no qual devem constar, pelo menos, os seguintes
elementos:
O âmbito e espaços de modificação/reparação;
O plano é previamente acordado entre todas as partes interessadas, tais como o utente, SAD, família, empresa de serviços.
O gestor do processo deve assegurar que a prestação do serviço cumpre e respeita o plano acordado com o utente, assim como a sua
privacidade, confidencialidade, propriedade, necessidades, hábitos, preferências e expectativas do utente.
ACOMPANHAMENTO AO EXTERIOR
O acompanhamento ao exterior visa promover a qualidade de vida do utente, bem como apoia-lo nas suas necessidades.
O gestor do processo deve elaborar um programa de acompanhamento ao exterior, no qual deve constar, pelo menos, os seguintes
elementos:
Âmbito do acompanhamento – apoio na deslocação do utente a: serviços de saúde; compras; passeios; visitas a amigos ou
familiares; actividades socioculturais; desportivas ou outras;
Acções/tarefas a desenvolver;
Periodicidade;
Frequência;
Recursos;
Responsáveis pela execução e supervisão;
Previsão de riscos associados e acções preventivas;
Participação de pessoa próxima ao utente, voluntários, entre outras.
O acompanhamento ao exterior pode ser assegurado por um elemento sa equipa do SAD ou outro colaborador, nomeadamente voluntário.
As regras e condições de acompanhamento ao exterior devem ser avaliadas junto do utente e/ou pessoa próxima, bem como dos
colaboradores.
Nesta actividade, o gestor do processo deve ter em atenção o perfil do colaborador para executar o serviço, na medida que deve ser
adequado às necessidades e expectativas do utente. É aconselhável que o colaborador possua, entre outras, as seguintes atitudes e atributos:
Conhecimento em primeiros socorros;
Com vista a aferir o impacto que a actividade teve no utente, no fim da mesma, o colaborador deve avaliar o seu resultado e registá-lo em
impresso próprio.
Sempre que as saídas ao exterior envolvam o transporte de pessoas, o SAD deverá definir as regras de utilização, condições de higiene,
segurança e bem-estar. Estas regras devem estar de acordo com a legislação em vigor relativa à segurança e transporte de passageiros, em
especial de pessoas com mobilidade reduzida.
A aquisição de bens e serviços tem como finalidade apoiar as necessidades do utente e promover a sua qualidade de vida.
Sempre que possível, o gestor do processo, deve elaborar um programa para o efeito, no qual deve constar, pelo menos, os seguintes
elementos:
Com vista a salvaguardar e garantir a relação de confiança entre o utente e o SAD, o gestor do processo deve definir as regras e as
condições gerais de segurança que os seus colaboradores devem seguir na aquisição de bens e serviços para o utente, põe ex.:
Sempre que possível, o utente e/ou pessoa próxima escolhem o responsável pela execução desta actividade;
Todas as acções, envolvendo transacções financeiras realizadas pelos colaboradores em nome do utente têm de ser registadas por
comprovativo e entregues ao utente e/ou pessoa legalmente responsável;
Sempre que necessário, o estabelecimento adianta a verba financeira para a aquisição de bens, previamente autorizados e no fi nal
do mês, juntamente com o valor da mensalidade, o utente regulariza a situação;
Sempre que o utente entregue dinheiro em mãos ao colaborador, este verifica-o contando à sua frente;
Sempre que o colaborador faz compra em dinheiro, deve entregar ao utente o talão de compra e troco, quando existe, contando-o à
sua frente e, se necessário, referenciar a quantia que o utente lhe havia entregue;
As regras e condições de aquisição de bens e serviços devem ser validadas junto do utente e ou pessoa próxima, bem como os
colaboradores.
Nesta actividade, o gestor do processo deve ter em atenção o perfil do colaborador para executar o serviço, na medida em que deve ser
adequado às necessidades e expectativas do utente. É aconselhável que o colaborador possua, entre outras, as seguintes atitudes e atributos:
Conhecimentos para assegurar a autonomia;
Privacidade e segurança do utente;
Honestidade em relação aos pertences do utente;
Segurança no relacionamento interpessoal.
O SAD deverá definir um responsável pela supervisão dos cuidados de saúde (médico e técnico de reabilitação) de cada utente.
Para cada utente, o SAD tem definido e identificado os serviços médicos e de reabilitação a prestar, assim como o gestor do processo, os
colaboradores internos e externos na prestação dos serviços, em ambas as áreas de saúde.
Em função dos resultados da avaliação geriátrica de cada utente, o gestor do processo define as regras para a coordenação dos cuidados
médicos e de reabilitação a prestar pelo SAD e pelos serviços externos em ambas as áreas.
Os intervenientes na prestação dos cuidados médicos e de reabilitação têm de ter formação específica para o desempenho das suas
funções.
Os colaboradores têm de possuir os conhecimentos necessários específicos nas situações de incontinência fecal e urinária, síndroma
confusional, imobilidade, diabetes, estado terminal, entre outras.
No caso de impossibilidade (económica ou outra) do utente e/ou pessoa próxima acederem a cuidados médicos, de reabilitação ou ajudas
técnicas, o gestor do processo, conjuntamente com outros colaboradores e/ou parceiros, deve aferir mecanismos que permitam alterar a
situação e o acesso do utente a estes serviços.
No âmbito da reabilitação, o SAD poderá ter de definir para o utente, em função da avaliação geriátrica, um plano de intervenção de
terapias (p.e. ocupacional, fisioterapia), o qual:
Deve ser elaborado por uma equipa interdisciplinar;
Deve constituir-se após a fase de avaliação diagnóstica (nos domínios clínico; funcional; cognitivo; social), avaliação de resultados e
revisão da intervenção do utente;
Todos os intervenientes deverão ter conhecimento dos procedimentos a efectuar em caso de emergência.
Os contactos para a resolução das situações de emergência (familiar, médicos, seguros de saúde, bombeiros, hospital, entre outros),
deverão estar em local acessível aos colaboradores e restantes intervenientes.
O utente e a pessoa próxima têm conhecimento das regras de actuação do SAD em situações de doença, emergência médica (SOS) e
morte súbita. Deste modo, o SAD deverá ter definidas as regras e as condições gerais de actuação dos colaboradores nestas situações.
Os colaboradores do SAD devem possuir formação em primeiros socorros. Em caso de acidente, os colaboradores respeitam as normas
estabelecidas no âmbito dos cuidados dos primeiros socorros.
No domicílio do utente deve existir uma caixa de primeiros socorros, sendo a sua localização acessível e conhecida por todos os
intervenientes. O seu conteúdo é verificado regularmente por um responsável previamente designado.
3. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Em função dos resultados da avaliação geriátrica de cada utente e das normas específicas relativas ao tipo de cuidados a prestar, visando a
promoção de autonomia e a prevenção da dependência, o enfermeiro responsável por este processo define as regras para a prestação dos
cuidados que são da sua exclusiva responsabilidade e aquelas que são delegadas aos colaboradores do SAD, tais como:
Controlo da diabetes;
Controlo da tensão arterial;
Prevenção e controlo da incontinência;
Posicionamento e mobilização;
Prevenção e tratamento de úlceras de pressão.
As actividades de enfermagem no domicílio, podem ser delegadas/ executadas por um colaborador interno ou externo (contratualização
de serviço, rede parceira) do SAD, desde que este possua formação especifica para o efeito.
Sempre que necessário, o enfermeiro deverá ainda organizar, colaborar na execução e avaliar programas ou acções de formação
destinadas aos colaboradores da Instituição, bem como às pessoas próximas do utente (família, amigos, vizinhos, voluntários ou outros).
4. ASSISTÊNCIA MEDICAMENTOSA
Os colaboradores do SAD só poderão administrar medicamentos mediante a apresentação de prescrição médica ou declaração de
responsabilidade do utente/pessoa próxima e de acordo com a sua competência profissional.
A indicação terapêutica deve estar definida de forma clara, assim como a sua forma de administração.
OS colaboradores do SAD devem planificar o apoio na administração medicamentosa em função da maior ou menor autonomia do utente.
Deve ser do conhecimento do utente, pessoa próxima (familiar ou outro), dos colaboradores ou outros intervenientes directos nesta
função, a indicação terapêutica, bem como o modo de actuação em situações de emergência relativas aos efeitos secundários da
administração dos medicamentos em causa.
O SAD deve definir o responsável pela gestão, controlo, assistência e administração medicamentosa. Sempre que necessário, este
responsável deve informar, sensibilizar e/ou formar o utente e/ou pessoa próxima para as várias questões no domínio da administração
medicamentosa.
Todas as acções e tarefas executadas no âmbito desta actividade ou decorrentes de situações anómalas, são registadas, datadas, assinadas
e integradas no processo individual do utente. No caso do utente ser diabético, os registos de controlo da glicémia são datados e assinados no
livro do diabético.
Em situações problemáticas, ou quando uma tarefa ou acção não é realizada como o previsto, deve também registar-se no livro de
ocorrências, descrevendo a situação, o motivo e as acções tomadas ou a tomar.
Todos os intervenientes (colaboradores, utente e/ou pessoa próxima) na administração medicamentosa devem possuir um conjunto de
informações base sobre a indicação terapêutica dos utentes:
O nome dos medicamentos para toma e sua função principal;
A via de administração de cada medicamento (oral, aplicação de cremes, supositórios, etc.), bem como a respectiva dose e número de
vezes de toma ao dia;
O tempo para a administração de cada medicamento;
Os efeitos secundários dos medicamentos (náuseas, vómitos, alteração da cor das fezes e urinas, alergias, cefaleias, etc.) e formas de
actuação em situação de emergência;
As precauções a adoptar na administração dos medicamentos, por exemplo, não ingerir álcool, expor-se ao sol, entre outras.
Quando a administração medicamentosa envolve conhecimentos técnicos específicos ou a execução de determinados procedimentos,
os colaboradores directamente envolvidos devem ter formação adequada.
PRECAUÇÕES SOBRE O USO DOS MEDICAMENTOS QUE O UTENTE, PESSOA (S) PRÓXIMA (S) E/OU
COLABORADORES DEVEM TER
No domicílio, os medicamentos devem ser guardados em local que seja adequado à sua conservação, acessível ao uso e fora do
alcance de crianças ou pessoas que sofram de perturbações mentais;
Todos os medicamentos devem ter informação do prazo de validade e serem alvo de controlo;
No caso de doentes crónicos, os medicamento não devem ser armazenados, sendo o mais indicado ter no domicílio apenas os
medicamentos de uso diário;
Sempre que os utentes necessitem de levar medicamentos para fora do domicílio, como por exemplo consultas, viagens, entre outras,
devem transportá-los na respectiva caixa;
Os medicamentos são guardados na embalagem, devendo a mesma ter a respectiva informação terapêutica;
Alguns medicamentos necessitam de conservar-se no frigorifico, devendo esta informação ser assinalada na caixa;
Sempre que exista o risco de duplicação da toma medicamentosa, afigura-se útil que a mesma seja preparada previamente de acordo
com a indicação terapêutica. Para o efeito, deve utilizar-se as caixas doseadoras (diárias, semanais, …). Sempre que o utente e/ou
pessoa próxima desconheçam este instrumento de apoio, os colaboradores do SAD devem informar da sua existência, local de compra
ou inclusivamente fornecê-lo ao utente. O colaborador do SAD responsável pelo processo deve supervisionar ou delegar em outro
interveniente o planeamento desta caixa doseadora.
Cuidados de Imagem
2. Alimentação
Arrumação
Inspecção
Outros
Actividades de Reabilitação
Cuidados de Enfermagem
8. Cuidados de Enfermagem
9. Assistência Medicamentosa
Nota: Para maior funcionalidade do registo das actividades, pode ser criada uma folha de registo por cada serviço contratualizado
* Registar situações anómalas
SITUAÇÕES DE SOS
Intervenientes Possíveis Situações SOS Nome Local Horários Telefone Fixo Telemóvel Fax Observações
Familiar 1
Familiar 2
Amigo
Vizinho
Médico Família
Médico Especialidade -------
--
Fisioterapeuta
Hospital --------------------
Bombeiros
Pessoa
Pelo Estabelecimento: Utente: Próxima:
Hospitais: Bombeiros
Linha de Emergência:
Nome: Data:
Horário/Dose
Nome dos Medicamentos Observações
Jejum Peq. Almoço Almoço Lanche Jantar Deitar