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CINEMA E DIREITOS HUMANOS NA SALA DE AULA
MAIQUEL ÂNGELO DEZORDI WERMUTH
1ª edição
2021
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MAIQUEL ÂNGELO DEZORDI WERMUTH
CONSELHO EDITORIAL
COMITÊ EDITORIAL
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CINEMA E DIREITOS HUMANOS NA SALA DE AULA
Essere nel Mondo
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Texto eletrônico.
Modo de acesso: World Wide Web.
CDD-Dóris: 341.12191
ISBN: 978-65-5790-049-9
Bibliotecária responsável: Fabiana Lorenzon Prates - CRB 10/1406
Catalogação: Fabiana Lorenzon Prates - CRB 10/1406
Bibliotecária pelosFabiana
responsável:
Correção ortográfica: autores Lorenzon Prates - CRB 10/1406
Diagramação:Fabiana
Catalogação: Daiana Lorenzon Prates
Stockey Carpes
Revisões: pelo autor
Diagramação: Daiana Stockey Carpes
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Cezar Migliorin
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Agradecimentos
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Sumário
Apresentação 8
4 Organizando a sessão 23
4.1 Escolhendo o filme 23
4.2 Organizando o material necessário (equipamentos) 24
4.3 O debate 24
Referências 61
Posfácio 63
Sobre o autor 65
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Apresentação
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PPGD da Universidade e/ou convidados externos, como diretores(as), produtores(as)
e atores/atrizes, por exemplo;
c) Breve explanação acerca dos aspectos abordados pelo filme em sua
relação com os Direitos Humanos;
d) Exibição do filme;
e) Construção da roda de conversa que permita uma relação de horizontalidade
entre todos os envolvidos na sessão para debater as temáticas suscitadas pela obra
cinematográfica.
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proposta principal do projeto: educar para a cidadania, a partir da interlocução dos
Direitos Humanos com o Cinema!
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Prefácio
Não é à toa que o cinema é considerado a sétima arte: desde a sua criação,
os seus aspectos constituintes são elaborados, ordenados e aplicados de forma a
tornar toda obra um conglomerado de elementos que, reunidos, formam uma das
unidades de sentido mais híbridas da modernidade. Sendo assim, assistir a um filme
não precisa ser contemplar de forma passiva a produção narrativa, sem perceber
nela as intenções ou proposições inseridas que contribuem de forma decisiva
para a interpretação, mas sim observar como a junção de elementos oriundos da
fotografia, do teatro, das artes plásticas, da música e da literatura formam um
produto final único e independente envolto em significações.
Por conta disso, alguns aspectos precisam ser considerados na leitura
mais pormenorizada de um filme, seja para auxiliar na compreensão da narrativa,
seja para ampliar o horizonte interpretativo do espectador. O filme é pensado e
construído com recursos sonoros, imagéticos e de montagem que fazem toda a
diferença no resultado final da obra e, por conseguinte, ao analisar cada um destes
elementos ou parte deles, se dá um passo à frente daqueles que assistem a um
filme de forma despretensiosa, ingênua ou por diversão.
A seguir, um panorama bastante resumido sobre alguns elementos relevantes
na composição fílmica a serem observados:
- Enquadramento: como o próprio nome sugere, enquadrar significa compor
um quadro, ou seja, escolher quem ou o que centraliza uma cena, justapõe ou faz
o plano de fundo, por exemplo. O olho reage a todos estes estímulos e, portanto, o
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enquadramento é o ponto inicial das observações a serem feitas.
- Planos: os planos se referem à distância entre o espectador e a personagem,
seja ela uma pessoa ou um objeto. O close-up, plano detalhe ou primeiríssimo plano
posiciona o foco da câmera muito perto a fim de mostrar somente um rosto, por
exemplo, os olhos ou a boca. Um objeto, quando mostrado no detalhe, geralmente
carrega um grande valor simbólico na narrativa. Um rosto, quando focado de
forma muito aproximada, sugere uma proximidade física com o espectador,
em especial, quando existe empatia, ou ainda, propõe uma abordagem sobre a
condição psicológica da personagem. Quando a personagem é um antagonista, o
foco sobre o rosto reforça a repulsa ou o medo. Além do primeiríssimo plano, há
também o primeiro plano, plano médio e plano aberto, que projetam a imagem
respectivamente cada vez mais distante do espectador.
- Ângulo: os ângulos de filmagem também interferem diretamente na forma
como a imagem é recebida pelo espectador: de cima para baixo, de baixo para
cima, por trás e etc. Entende-se que o plongé, (foco de cima para baixo) tende a
engrandecer, tornando o objeto ou personagem observada frágil e vulnerável, já o
contraplongé (de baixo para cima) sugere a sensação de diminuição, fazendo com
que o observado pareça grande e amedrontador.
- Iluminação: assim como a sombra, a iluminação também é um dos
elementos de grande valor semântico e ambos funcionam como sinalizadores do
que deve ser observado com mais atenção pelo espectador.
- Câmera: o tipo de câmera utilizado no filme pode determinar muitos
fatores da narrativa. Na câmera objetiva, a personagem ou o objeto em questão é
registrado como um espectador externo que capta as imagens e as reproduz, assim
como o narrador de um livro conta uma história. Em um filme com uso da câmera
subjetiva, ela funciona como o olhar do espectador ou da própria personagem,
guiando as imagens obtidas como se fosse uma pessoa imersa na ação. Já a câmera
subjetiva indireta, remete à uma narrativa em terceira pessoa, porém, com uma
intervenção por parte do diretor, ou seja, é uma forma mais subjetiva de narrar
objetivamente a mesma cena, de modo a multifacetar os sentidos obtidos. O termo
subjetiva indireta livre, foi cunhado pelo cineasta italiano Pier Paolo Pasolini na
década de 1970 e pretendia explorar o cinema da forma mais realista possível. Em
suma, a câmera subjetiva indireta livre é uma filmagem feita a partir de um plano
subjetivo, o espectador tem noção da existência da câmera, mas ainda assim, a
narrativa se faz de forma indireta.
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A importância do cinema na sala de aula
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excluído, o invisível. O cinema humanista favorece o conhecimento dos diversos
povos que habitam o planeta, etnias distantes, geográfica e culturalmente. Histórias
de lutas apagadas por governos autoritários, denúncias de intolerância e racismo,
conquistas de minorias – mulheres, idosos, homossexuais, indígenas, etc. Com
efeito, “o empoderamento dos grupos sociais exige conhecimento experimentado
sobre os mecanismos e instrumentos de promoção, proteção, defesa e reparação
dos direitos humanos.” (BRASIL, 2018, p. 29).
Tudo isso pode ser difundido e fortalecido pelo cinema, por se tratar de
uma linguagem universalizante e que, por essa característica, afigura-se como
condição de possibilidade para uma discussão voltada à promoção de alternativas
para a superação da situação de violência e/ou desigualdade que ainda permeiam
a sociedade brasileira.
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Metodologia de intervenção:
as rodas de conversa como possibilidade
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possam ser construídos coletivamente.
Como salienta Freire (1983, p. 43), ser dialógico “não é dizer-se
descomprometidamente dialógico; é vivenciar o diálogo. Ser dialógico é não invadir,
é não manipular, é não organizar. Ser dialógico é empenhar-se na transformação
constante da realidade. Esta é a razão pela qual, sendo o diálogo o conteúdo da
forma de ser própria à existência humana, está excluído de toda relação na qual
alguns homens sejam transformados em ‘seres para outro’ por homens que são
falsos ‘seres para si’.”
As rodas de conversa, nomeadas por Paulo Freire como Círculos de Cultura,
viabilizam momentos de fala e de escuta, configurando-se enquanto diálogo,
enquanto pronúncia do mundo, ou seja, enquanto processo de ler o mundo,
problematizá-lo, compreendê-lo e transformá-lo. Nelas, ocorre um diálogo no qual
“o pensar do educador somente ganha autenticidade, na autenticidade do pensar
dos educandos, mediatizados ambos pela realidade, portanto na intercomunicação.”
(FREIRE, 1983, p. 64).
Tal prática está em consonância com o Programa Nacional de Fortalecimento
dos Conselhos Escolares, que em seu texto ressalta que “no Círculo de Cultura
trabalha-se com relações entre pares, em círculo, olho no olho, partilhando e
contrapondo entendimentos, compreensões diferentes numa construção coletiva
de soluções”. Neste espaço, “superam-se e evitam-se as relações de ‘ensinação’,
que fazem com que no grupo um fale e os outros ouçam submissamente. No
Círculo de Cultura todos aprendem e ensinam. Esta metodologia exige respeito e
reconhecimento da contribuição do outro e dialogicidade.” (BRASIL, 2006, p. 39).
Assim, constata-se que a roda de conversa é um elemento imprescindível,
que deve ser explorado pelos professores e demais mediadores das sessões de
cinema, pela sua relevância e contribuições ao público destinatário da sessão e ao
fazer docente.
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Outras possibilidades metodológicas
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e) Posicionamento: trabalha-se com a síntese pessoal e coletiva da
temática abordada;
f) Compromisso: faz-se o encerramento da oficina estabelecendo-
se uma base de responsabilidades práticas com tudo o que foi produzido
durante as atividades.
Os filmes são importantes aliados, principalmente nas etapas de motivação
e sensibilização das oficinas.
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Organizando a sessão
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Quando a sessão objetiva mobilizar o público a respeito de um tema específico,
a busca pode começar por este argumento de busca (tema a ser debatido) em um
site de buscas. Atenção, também, para a faixa etária indicada para cada obra e o
seu tempo de duração. Recomenda-se que sejam utilizadas obras mais “curtas” sob
o ponto de vista temporal, de modo a manter o nível de atenção dos espectadores.
Depois de decidir o local onde será exibido o filme, vale a pena pensar na
reunião dos materiais (equipamentos) que serão necessários para a sessão. Vale a
pena enumerar em uma planilha tudo que será necessário para a atividade, para
evitar problemas no momento da exibição do filme. Lembre-se desde o projetor,
passando pelo pen-drive, até mesmo do “T” de tomada que será necessário para
conectar todos os equipamentos.
Basicamente, uma sessão de cinema necessita de um projetor, de uma caixa
de som e de uma tela ou televisão. A tela pode ser facilmente improvisada em uma
parede branca ou um lençol.
4.3 O debate
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Vamos trabalhar?
30 filmes para utilizar em sala de aula
com seus alunos
Agora que você já sabe como montar a sua sessão e organizar o debate a
partir do filme apresentado, é hora de escolher o filme a ser exibido.
A seguir serão apresentadas sugestões de filmes que podem ser importantes
instrumentos pedagógicos para realização de atividades em sala de aula sobre os
mais variados temas. Optou-se, na seleção, por filmes de duração mais curta e com
fácil acesso on-line, indicando-se os links respectivos para o acesso a cada película.
As temáticas foram divididas em cinco eixos transversais:
- Direitos Humanos e suas concepções;
- Racismo;
- Corpo, gênero, identidades e sexualidades;
- Pobreza, desigualdade social e violência estrutural;
- Meio-ambiente.
Após cada filme, foram sugeridas atividades que podem ser realizadas em
sala de aula tendo por temática o assunto abordado.
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5.1 Temática: Direitos Humanos e suas concepções
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Direção: Mehdi Charef, Emir Kusturica, Spike Lee, Kátia Lund, Ridley e
Jordon Scott, Stefano Veneruso, John Woo.
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5.2 Temática: Racismo
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Título: “Ana”
(Curta-metragem de ficção, Brasil, 2019, 16 minutos)
Sinopse: O filme narra a história de Ana, uma menina negra que não
se reconhece como negra, e Jeannette, uma professora refugiada que encontra
dificuldades de adaptação no Brasil. Unidas por serem ambas vítimas de atitudes
racistas e preconceituosas, Ana e Jeannette descobrem, juntas, um modo de
transformar a si mesmas e enfrentar as situações adversas pelas quais passam.
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5.3 Temática: Corpo, gênero, identidade e sexualidades
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Título: “(Sobre)Vivências”
(Documentário, Brasil, 2018, 53 minutos)
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Título: “Léo”
(Curta-metragem de ficção, Brasil, 2016, 15 minutos)
Sinopse: O filme relata a história de Rodrigo, irmão mais velho que não
aceita a homossexualidade do caçula Léo. O seu ódio desencadeia uma situação de
extrema violência contra o irmão mais novo, tragédia na qual também ele, Rodrigo,
acaba se transformando em vítima.
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Título: “Marias”
(Documentário, Brasil, 2014, 40 minutos)
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Direção: Maíra Menequini, Mayara Reinaldo, Ana Izabel Lima, Caio Miller, Jade Ado-
maitis, Mariana De Salvo, Michele Menuncio, sob orientação da professora Eliane Basso.
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5.4 Temática: Pobreza, desigualdade social e violência estrutural
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Sinopse: O filme promove uma reflexão sobre como uma única bala de
arma de fogo pode fazer, simultaneamente, muitas vítimas. Para além daquela vida
que é diretamente interrompida, existem outras histórias que deixam de acontecer
e, com isso, muitas pessoas têm suas trajetórias alteradas. O filme aborda temáticas
como o caos urbano e a violência nos grandes centros do país.
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Atividade sugerida: Propor aos alunos uma busca na internet por vídeos
de pessoas jovens envolvidas com tráfico de drogas no Brasil, buscando identificar,
nos vídeos localizados, quais os fatores que levaram aqueles indivíduos a se
envolverem com traficantes.
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relatorio.pdf
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Título: “A ilha”
(Curta-metragem de animação, Brasil, 2008, 9 minutos)
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Atividade sugerida: propor aos alunos uma pesquisa sobre políticas que
vem sendo adotadas por empresas e pessoas individuais com vistas a conter os
processos de aquecimento global, apresentando-as em um mural que poderá ser
exposto na escola.
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Atividade sugerida: propor aos alunos uma busca ativa por imagens que
evidenciam o impacto das mudanças climáticas nas paisagens do país, comparando
imagens de um mesmo local em dois períodos de tempo diferentes.
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Onde buscar material?
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REFERÊNCIAS
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FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
MORIN, Edgar. Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil; 1998.
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Posfácio
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comunicación de Goebbels cambió la funcionalidad y la lectura del cine para siempre.
Después de más de 120 años de su creación, el cine, como todas las
manifestaciones artísticas, responden a reflejos de las realidades de los pueblos, de las
personas y de los momentos actuales que después se convierten en históricos. Tanto la
ficción, el documental, la animación y los infinitos matices y formas que puede presentar
el arte cinematográfico, suelen cargar con contenidos políticos, con o sin intención
consciente de quienes lo realizamos. Todas las películas tienen una carga política,
cultural y humana que merece ser analizada para entender por qué hay discursos y
patrones estéticos y de comportamiento se reproducen y se sostienen y las posturas que
presentan cuestionamientos al status quo social y político del mundo que habitamos.
Las nuevas plataformas de difusión de los contenidos cinematográficos, sobre
todo las virtuales, han permitido que el acceso a filmes sea mucho más democratizado
y accesible. Sin embargo, desarrollar una mirada crítica frente a estos contenidos es un
arduo trabajo en un mar infinito de posibilidades. En esa medida, el proyecto de Cine
y Derechos Humanos de Unijuí presenta una propuesta fresca, actual y profundamente
indispensable que incorpora una visión humana en el proceso de formación de
espectadores/consumidores de productos cinematográficos y audiovisuales.
Involucrar a las personas con el uso del lenguaje cinematográfico y darles
la posibilidad de entablar diálogos e intercambios con quienes hacemos buscamos
transmitir emociones y contar historias a través del cine (directores, guionistas,
productores, actores, etc.) permite generar un diálogo que no es habitual cuando las
obras llegan a las y los espectadores. Profundizar en los contenidos y las decisiones
tomadas por quienes hacemos cine amplia también la mirada y la reflexión de las
personas en cuanto a las temáticas presentadas.
La educación es la posibilidad real de transformación social y, el cine, como
medio de comunicación masivo y artístico, puede aportar en los procesos educativos
de niñas, niños, adolescentes y también personas adultas, con el fin de construir
miradas críticas y humanas desde una de las trincheras más importantes en la lucha
constante de convertir el mundo en lugar más equitativo y justo para todas y todos.
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Sobre o autor
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