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2 NOÇÃO DE DISCURSOS........................................................................... 5
4 A LEITURA ................................................................................................. 9
14 A RESENHA .......................................................................................... 67
Fonte:bedjoao2.blogspot.com.br
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falado, por sua vez, emerge no próprio momento da interação” constituindo-se assim,
de características próprias tais quais: Necessita ser planejada no local em que se
realiza; replanejada a cada novo ato de fala, mas, difere da linguagem escrita, pois
são duas modalidades diferentes de uso da língua.
Em face desse posicionamento, apresenta-se o texto de Paulo Freire extraído
do livro “A importância do ato de ler”, “coleção Polêmica do nosso tempo”, editora
Cortez, juntamente com o texto desenvolvido por Hünne (1987, p.11) “O Ato de
estudar” e o” Trabalho da crítica do pensamento” de Marilena Chaui, para a efetivação
de uma leitura informativa e analítica, com vista à concepção de alguns passos a
serem seguidos no decorrer do processo de conhecer e interpretar por meio da ação
leitora e escrevente na produção de texto, no processo formativo intelectual e social.
Fonte: www.lendoeducandoaprendendo.blogspot.com.br
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2 NOÇÃO DE DISCURSOS
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A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço - o sítio das
avencas de minha mãe - o quintal amplo em que se achava, tudo isso foi meu primeiro
mundo. Nele engatinhei, balbuciei, me pus de pé, andei, falei. Na verdade, aquele
mundo especial se dava em mim como o mundo de minha atividade perceptiva, por
isso mesmo como o mundo de minhas primeiras leituras. Os “textos”, as “palavras”,
as “letras” daquele contexto - em cuja percepção me experimentava e, quanto mais o
fazia, mais aumentava a capacidade de perceber - se encarnavam numa série de
coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão eu ia aprendendo no meu trato com
eles, minhas relações com meus irmãos mais velhos e com meus pais. (...).
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 12a ed. São Paulo, Cortez, 1996.
Fonte:revistaeducacao.com.br
Fonte:pueridomusararaquara.com.br
Fonte: escolaargemiro.com
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ingênuo ao qual é submetido o educando, ao lado de outros fatores, pode explicar “as
fugas do texto que os estudantes fazem, cuja leitura se torna puramente mecânica,
enquanto, em imaginação, se voltam a outras situações. O que se lhes exige não é a
compreensão do conteúdo, mas sua memorização. Paulo Freire nos mostra que em
vez do estudante tentar compreender o texto, ele toma como único desafio a sua
memorização. No entanto, prossegue o autor, no caso de uma visão crítica, se dá
exatamente o contrário.
Fonte: revistacrescer.globo.com
COMO LER
Dizia um professor de filosofia: "a inteligência humana é lenta". Isto pode
significar que passamos por um lento processo intelectual até vencermos os
obstáculos pessoais e culturais e alcançarmos a exata compreensão de uma
mensagem. Esta nem sempre se mostra de imediato no momento da comunicação.
Fonte:noticias.universia.com.br
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É necessário da nossa parte um espaço de tempo para que possamos
decodificar e assimilar, o que foi revelado no texto. Deste modo, se quisermos
descobrir a mensagem de um texto, de modo abrangente, temos de nos submeter a
uma séria disciplina de trabalho:
1. ° — delimitar a unidade de leitura que pode ser um capítulo, uma seção ou
até mesmo um grande parágrafo. O que caracteriza a unidade de leitura é a
apresentação do sentido de modo global. Só após o entendimento dessa unidade é
possível prosseguir na investigação de novas unidades de leitura;
2. ° — ler repetidas vezes o mesmo texto para certificar-se do alcance da
compreensão verdadeira do assunto em pauta, grifando as ideias principais de cada
parágrafo; ao lado, na margem, escrevendo uma frase-resumo.
5 PASSOS À LEITURA
Fonte:www.upf.br
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Desenvolvimento e Conclusão, que expressam a estrutura lógica do pensamento do
autor. O esquema para visualizar o texto de modo global.
Poderá procurar dados sobre a vida e obra do autor, sobre o momento histórico
que ele viveu, sobre as influências que recebeu e até mesmo se elucidar sobre o
vocabulário que ele usa.
b) Leitura Analítica — é a fase do exame do texto ou, como diz Paulo Freire,
fase "da relação dialógica com o autor do texto, cujo mediador não é o texto
considerado formalmente, mas o tema, ou os temas nele tratados".
Nesta etapa é necessário deixar o autor falar para tentar perceber o que e como
ele apresenta o assunto. Quando estamos atentos ao texto, geralmente surge na
mente um conjunto de perguntas, cujas respostas revelam o sentido e o conteúdo da
mensagem.
Exemplo de perguntas:
1. De que fala o texto?
2. Como está problematizado?
3. Qual o fio condutor da explanação?
4. Que tipo de raciocínio ele segue na argumentação?
Todavia, é necessário lembrar que a ideia central defendida pelo autor só pode
tomar corpo associada a outras ideias que são chamadas de secundárias em relação
à principal.
Fonte:memorizeja.com.br
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Mas como trabalhar nesta fase da leitura?
A partir de unidades bem determinadas (parágrafos), tendo sempre à frente o
tema-problema, que é o fio condutor de todo o texto. Neste trabalho de análise o texto
é subdividido refazendo toda a linha de raciocínio do autor. Para deixar às claras a
ideia central e as ideias secundárias do texto é fundamental a técnica de sublinhar.
1 - Nunca sublinhar na primeira leitura.
2 - Só sublinhar as ideias principais e os pormenores significativos.
3 - Elaborar um código a fim de estabelecer sinais que indiquem o seu modo
pessoal de apreender a leitura. Ex.: um sinal de interrogação face aos pontos obscuros
do parágrafo; um retângulo para colocar em destaque as palavras-chave.
4 – Reconstruir o texto a partir das palavras sublinhadas em cada parágrafo.
A leitura analítica serve de base para a elaboração do resumo ou síntese do
livro. Convém lembrar que o resumo não é uma redução de ideias apreendidas nos
parágrafos, mas é fundamentalmente a síntese das ideias do pensamento do autor.
Fonte:www.salaodaleituradeniteroi.com.br
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Estamos nos posicionando face ao que ele diz. Para isso precisamos muitas
vezes de outras fontes de consulta. Elas deverão servir para ampliar a nossa visão
sobre o assunto e o autor e deste modo servir de instrumento de avaliação do texto.
Este momento de crítica, momento de muita ponderação, exige uma
consciência dos nossos pressupostos de análise diante dos pressupostos do autor.
Se não houver distinção provavelmente haverá interferência na compreensão dos
fundamentos básicos da mensagem. Também é possível se estabelecer critérios de
julgamento, como originalidade, nova contribuição à exploração do assunto, coerência
interna, etc.
Fonte: www.booxs.com.br
Todavia, esta postura considerada objetiva pode estar tão presa à diretriz de
uma escola que pode até mesmo impedir a autocrítica e nos induzir a uma postura
crítica inadequada em relação ao assunto e ao autor.
O esforço de autocrítica nos permite perceber os limites da certeza da nossa
interpretação como também possibilita prestar maior atenção aos argumentos
apresentados pelo autor. Deste modo, ficamos sensíveis à demonstração da verdade
e o exercício da sua busca se torna o sentido do nosso estudo e trabalho acadêmicos.
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faz rever todo o texto, dando-nos elementos para a reflexão pessoal e debate em
grupo.
A Crítica
O que você entende por crítica? Repare que o ato de criticar é um juízo. Como
criticar sem conhecer a matéria que está analisando? Criticar por criticar é um ato
psicológico, mas não estritamente lógico. É o ato de se contrapor, mas, na maior parte
das vezes, sem fundamentos por falta de exame. Como estabelecer a verdadeira
correspondência entre os conceitos de um texto, se não se estabeleceu a ligação ou
a separação entre os dados?
O ato de estudar é um ato lógico, que exige uma consciência e um domínio dos
processos intelectuais próprios à abordagem dos problemas. De imediato, as coisas
ou as ideias surgem numa unidade confusa, indiferenciada, sincrética, que exige uma
postura de análise e síntese.
Fonte: www.booxs.com.br
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entre os elementos chegando às últimas consequências. Embora a análise muitas
vezes se oponha à síntese, elas devem em geral caminhar juntas, já que uma
complementa a outra. Se só se usa a análise há o perigo de se perder a visão de
conjunto. Se só se emprega a síntese, pode-se alcançar o nível de interpretação
arbitrária.
Se o pensar não se identifica ao raciocinar porque sua extensão é mais ampla,
todavia é impossível pensar sem se usar os procedimentos da razão. E só deste modo
se pode argumentar, demonstrar e consequentemente criticar.
O TRABALHO DA CRÍTICA DO
PENSAMENTO
Marilena Chauí
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tipo de pensamento que contém um silêncio que, se for dito, destrói a coerência, a
lógica da ideologia.
Mas esse trabalho crítico pode encontrar uma outra coisa também. É
perfeitamente possível que, ao fazer falar o silêncio de um pensamento ou de um
discurso ao explicitar o seu implícito, o que se revele para nós seja um pensamento
ainda mais rico do que havíamos imaginado, ainda mais coerente do que havíamos
imaginado, ainda mais importante do que havíamos imaginado, capaz de nos dar
pistas para pensar, caminhos novos, justamente porque pudemos perceber muito
mais do que o que parecia à primeira vista estar contido nele.
Assim, a tarefa da crítica não é trazer verdades para se opor a falsidade; mas
realizar um trabalho interpretativo com relação a pensamentos e discursos dados,
para explicitar o implícito ou fazer falar seu silêncio, de tal modo que a abertura de um
novo campo de pensamento através da crítica revela a descoberta de uma obra de
pensamento, enquanto a destruição da coerência e da lógica do que foi explicitado
revela que descobrimos uma ideologia. A crítica não é, portanto, um conjunto de
conteúdos verdadeiros, mas uma forma de trabalhar. A forma de um trabalho
intelectual, que é o trabalho filosófico por excelência. Nesse sentido, excluir a Filosofia
de uma Universidade é, provavelmente, abolir o lugar privilegiado da realização da
crítica. Obviamente, tem-se medo da crítica, pois se a crítica não traz conteúdos
prévios, mas é descoberta de conteúdos escondidos, então ela é muito perigosa.
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6 ELEMENTOS DE REVISÃO GRAMATICAL
Fonte: falarlereescrever.blogspot.com.br
Se, pedirmos resposta a nós, ou, a outrem, sobre o que são as ações da
oralidade, leitora e escrevente, certamente surgirá manifestações distintas na forma
de expressão, uma vez que esses processos exigem do indivíduo ações recíprocas
tal qual o diálogo, o trabalho compartilhado, as relações entre membros de um grupo
ou de uma comunidade, isto porque, esse processo, se constitui numa atividade
interativa afetando ou influenciando a condição em que se desenvolve o processo
comunicativo.
Antunes (2005) Refere-se ao processo escrevente como uma atividade
interativa e de intercambio verbal, o qual só tem sentido se houver a procura do agir
com o outro, ou seja, quanto se tem um destinatário, alguém com que ou a quem se
possa passar uma ideia ou uma informação sobre um pretexto, alegação ou razão.
Assim, nos diz Antunes que, escrever, é uma atividade cooperativa entre dois ou mais
sujeitos que agem conjuntamente para a interpretação de um sentido. E mais, deixa-
nos claramente explicitado a dificuldade de se escrever sem saber para quem se dirige
o texto e em que contexto é explícito ou implicitamente escrito. Pois não tem sentido
uma escrita sem destinatário.
Vale ressaltar que esse processo não poderia estar isolado da oralidade. Pois,
ela é nada mais do que, a transmissão do pensamento armazenado na memória
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humana e se caracteriza como a essência da comunicação interna e eficiente
concebida pela memória auditiva e visual, em que a palavra (falada) tem uma função
complementar, a da escrita (e posteriormente a dos meios eletrônicos) sendo utilizada
basicamente na comunicação cotidiana entre as pessoas envolvendo esquemas
imaginários de determinadas épocas e lugares, nas palavras de Pierre Levy (2001).
Fonte:direcionalescolas.com.br
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Texto e textualidade
Fonte:pt.slideshare.net
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Fonte:pt.slideshare.net
Textum, vem do latim, que significa “teia”. Logo, escrever é tecer uma rede
onde fios se solidarizam, de forma que cada um deles torne-se um elo indispensável,
entrelaçando-se em sequência formando simplificadamente um conjunto de ideias
imbuídas de significado, transmitidas de alguém para alguém e que não se restringe
à linguagem escrita. É todo tipo de comunicação. É um tecido, numa teia bem
trançada, nela, o leitor fica agradavelmente preso, pois uma ideia pede outra, uma
ação leva à outra, e todos os parágrafos ou versos enroscam-se numa relação de
dependência, como fios de um pano.
Ao chegarmos a determinado lugar ou local, e avistarmos uma placa com o
desenho de um cigarro e uma tarja vermelha, entendemos, imediatamente, a
mensagem sugerida pela figura. Essa figura padrão constitui um exemplo de texto
não-verbal. Mas há outros, a vida é riquíssima deles. Estão em grandes quantidades
e, sob os olhares das pessoas. São vistos nas placas de trânsito, em gestos
convencionados que fazemos com as mãos..., assim, um texto não é necessariamente
a palavra escrita e juntada umas às outras; mais especificamente “texto não é um
aglomerado de frases”.
Por isso, não basta um aglomerado de letras, juntar palavras ao acaso, juntar
frases feitas para termos um texto pronto. É preciso haver uma lógica interna,
garantida por dois mecanismos que são a pedra no sapato de muita gente: coesão e
coerência, as quais serão vistas mais adiante. No sentido mais abrangente a definição
de texto ou, produção textual é mais bem compreendida como um fenômeno de
produção da linguagem sistemática de comunicar ideias ou sentimento através dos
signos convencionais, sonoros, gráficos, gestuais, etc. e, caracteriza-se por aquilo que
designa a palavra texto como um enunciado qualquer, oral ou escrito, longo ou breve,
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antigo ou moderno, que na visão de Guimarães (2000.14) concretiza-se suma cadeia
sintagmática de extensão muito variável, podendo ser um enunciado único tanto
quanto um segmento de grandes proporções.
Portanto, texto ou discurso evidencia-se como linguagem em uso através de
uma frase, um diálogo, um provérbio, um verso, uma estrofe, um poema, um romance
e outros que, quando limitados às fronteiras da linguagem verbal, escrita, imagética,
musical, teatral, coreográfica e muitas outras, o texto ou discurso, é um processo que
engloba as relações sintagmáticas de qualquer sistema de signo, produzindo a
ocorrência linguística falada ou escrita, de qualquer extensão, dotada de unidade
sociocomunicativa, semântica e formal que tem um papel determinante na produção
e recepção da linguagem.
O texto possui como papel determinante em sua produção e recepção uma
série de fatores pragmáticos que contribuem para a construção de seu sentido e
possibilita seu reconhecimento como um emprego normal do uso da língua como
atividade social. Logo, são considerados elementos fundamentais do processo
peculiar de atos comunicativos: as intenções do produtor; o jogo de imagens que cada
um dos interlocutores faz de si, do outro, e do outro com relação a si mesmo e ao
tema do discurso; o espaço da perceptibilidade visual e acústica comum, a
comunicação face a face, podendo ser pertinente numa situação e não ser em outra.
Fonte:pt.slideshare.net
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Desse modo é pertinente o contexto sociocultural em que se insere o discurso
tanto na sua produção como em sua recepção, pois à medida que este é inserido,
delimita o conhecimento partilhado pelos interlocutores, inclusive quando as regras
sócias interativas de comunicação como (variações de registro; tom de voz, postura,
etiqueta sociocomunicativa) são elementos constituinte de seu sentido.
Vale ressaltar que contexto é, a relação entre o texto e a situação em que ele
ocorre, ou seja, é o conjunto de circunstâncias em que a mensagem é produzida em
determinado tempo e lugar de forma a permitir sua compreensão, ou, pela cultura do
emissor e receptor, etc. Vê-se então, que o texto ou discurso, de um lado, é nas
palavras de Guimarães (2000.5) um sistema de linguagem hierarquizado de
configurações estruturadas internas; de outro, como um objeto aberto, plural,
dialogante, ligado ao contexto verbal e extra verbal em que se deduz seu significado
global emergente das relações fonológicas, morfológicas, sintáticas semânticas e
pragmáticas que estão na base do complexo sistema que é a linguagem em uso, na
qual texto ou discurso é tomado como sinonímia, pois, se pode empregar um termo
ou outro.
Fonte:www.contextodotexto.com
Pode-se inferir que o texto ou discurso se caracteriza por sua unidade formal,
material, numa ocorrência linguística falada, escrita ou gestual de qualquer extensão,
significado ou importância em que seus constituintes linguísticos devem se mostrar
reconhecivelmente integrados de modo a permitir que seja percebido como um todo
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coeso. Assim, um texto será bem compreendido quando percebido pelo interlocutor
sob três aspectos:
a) O pragmático, que tem a ver com seu funcionamento enquanto atuação
informacional e comunicativa em que se insere o discurso (conjunto de normas);
b) O semântico conceitual em que depende sua coerência;
c) O formal, que diz respeito a sua coesão.
Fonte:icarlydaredacao.blogspot.com.br
Fonte:virginiarocha.blogspot.com.br
Fonte: portugues8csu.blogspot.com.br
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Para que seja cumprida a função social da linguagem em uso como processo
sociocomunicativo, ou seja, para que um texto seja percebido como um todo há
necessidade que as palavras tenham significado, ou seja, que cada palavra apresente
um conceito. A essa combinação de conceito e palavra denomina-se signo. O signo
linguístico une um elemento concreto, material, perceptível (um som ou letras
impressas) chamado significante, a um elemento inteligível (o conceito) ou imagem
mental, chamado significado. Portanto, pode-se tomar como exemplificação de
significante e significado o fruto da abobreira que sozinho nada representa, é apenas
uma imagem material, o significante, mas se nela “abóbora” for colocado: olhos, nariz
e boca, passa a representar o dia das bruxas, do halloween, caracterizando assim o
uso da linguagem como funções, ou papel a desempenhar pelo indivíduo ou instituição
na transmissão ou recepção de mensagem, Logo: Signo = significante + significado.
Significado = ideia ou conceito (inteligível)
Fonte:pt.slideshare.net
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7 FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Fonte:brasilescola.uol.com.br
Fonte:webinfobrasil.blogspot.com.br
Fonte: exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br
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Função referencial (ou denotativa)
Centralizada no referente, quando o emissor procura oferecer informações da
realidade. Objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa do singular.
Linguagem usada nas notícias de jornal e livros científicos.
Fonte:andreerichcomunicao.blogspot.com.br
Fonte:portugues.uol.com.br
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Função fática
Centralizada no canal, tendo como objetivo prolongar ou não o contato com o
receptor, ou testar a eficiência do canal. Linguagem das falas telefônicas, saudações
e similares.
Fonte:cotidianisofficiis.blogspot.com.br
Função poética
Centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo
emissor. Afetiva, sugestiva, conotativa, ela é metafórica. Valorizam-se as palavras,
suas combinações. É a linguagem figurada apresentada em obras literárias, letras de
música, em algumas propagandas etc.
Fonte:slideplayer.com.br
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Função metalinguística
Centralizada no código, usando a linguagem para falar dela mesma. A poesia
que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto.
Principalmente os dicionários são repositórios de metalinguagem (linguagem que
serve para descrever ou falar sobre outra linguagem natural ou artificial.
Fonte:pt.slideshare.net
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Fonte: desconversa.com.br
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intertextualidade, que tem a ver com os fatores pragmáticos envolvidos no processo
sociocomunicativo (ver mais adiante).
Parágrafo no texto
Texto extraído de: MEDEIROS, João Bosco. Português Instrumental. São Paulo: Atlas,
2000
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Vale lembrar que o homem ao construir algo, um texto, por exemplo, procura
ou deve fazê-lo seguindo de maneira a esmerar-se pela perfeição, pois, tratando-se
de texto, deve construí-lo como um objeto aberto, plural, dialogante e ligado ao
contexto verbal, estrutural entre o este e a situação em que ele ocorre.
Estrutura do parágrafo
O tamanho do parágrafo
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Parágrafos longos - em geral, as obras científicas e acadêmicas possuem
longos parágrafos, por três razões: os textos são grandes e consomem muitas
páginas; as explicações são complexas e exigem várias ideias e especificações,
ocupando mais espaço; os leitores possuem capacidade e fôlego para acompanhá-
los.
Se você até hoje detestou textos, talvez não tenha entendido que eles falam
uns com os outros através, não somente da moldagem dos parágrafos, mas também
de outros fatores. Bem, este é o princípio básico do sétimo fator, a intertextualidade:
o conversar entre textos distintos, ou seja, qualquer discurso tem a ver com os fatores
pragmáticos envolvidos no processo sociocomunicativo. Fica assim entendido que os
elementos que concorrem para a textualidade numa relação coerente entre as ideias,
são: Fatores semântico/formal (coesão e coerência); Fatores pragmáticos
(intencionalidade, aceitabilidade, situacionabilidade, informatividade e
intertextualidade).
8.1 Coesão
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Os Conectivos ou elementos de coesão são todas as palavras ou expressões
que servem para estabelecer elos, para criar relações entre segmentos do discurso,
tais como: então, portanto, já que, com efeito, porque, ora, mas, assim, daí, aí, dessa
forma, isto é, embora e tantas outras.
Fonte: soumaisenem.com.br
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correlacionados; regências verbais corretas, gênero gramatical corretamente
atribuído, coordenação e subordinação entre orações):
- Cheguei, vi e venci.
- Primeiro vou tomar banho, escovar os dentes, depois vou para a cama.
A coesão textual pode ser feita através de termos que retomam palavras,
expressões ou frases já ditas anteriormente ("anáfora") ou antecipam o que vai ser
dito ("catáfora").
A coesão por retomada ou antecipação pode ser feita por: pronomes, verbos,
numerais, advérbios, substantivos, adjetivos. A coesão por encadeamento pode ser
feita por conexão ou por justaposição.
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k) trazem uma confirmação ou explicitação: "assim", "dessa maneira", "desse
modo", etc.;
l) especificam ou exemplificam o que foi dito: "por exemplo", como, etc.;
TEXTO: A LEI
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8.2 Análise Textual
Fonte: alan-diariodepesquisa.
Coerência
A coerência resulta da configuração que assumem os conceitos e relações
subjacentes à superfície textual. Ela é considerada o fator fundamental da
textualidade, porque é responsável pelo sentido do texto. Envolve não só aspectos
lógicos e semânticos, mas também cognitivos, na medida em que depende do
partilhar de conhecimentos entre os interlocutores.
Antunes (2005. p.176) nos ensina que a coerência é uma propriedade ou peça
comunicativa que tem a ver com o funcionamento do texto como meio de interação
verbal e, não se pode avaliar a coerência de um texto se for levado em conta às formas
como as palavras aparecem no texto. Logo, um discurso é aceito como coerente
quando apresenta uma configuração conceitual compatível com o conhecimento de
mundo do receptor.
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Fonte: www.gestarqueimadas2009.blogspot.com.br
Vale revelar que o sentido do texto é construído não somente pelo produtor
como também pelo receptor, que precisa deter os conhecimentos necessários a sua
interpretação. O produtor do discurso não ignora a participação do interlocutor e conta
com ela. É fácil verificar que grande parte dos conhecimentos necessários à
compreensão do texto não vem explícita, mas fica dependente da capacidade de
pressuposição e inferência do receptor. Assim, a coerência do texto deriva de sua
lógica interna, resultante dos significados que sua rede de conceitos e relações põe
em jogo, mas também, da compatibilidade entre essa rede conceitual, o mundo textual
e o conhecimento de mundo daqueles que processam os discursos, daqueles que
decodificam, compreendem e interpretam os significados das palavras. Isso equivale
à compreensão de que um texto é coerente quando é possível sua interpretação.
Fonte:exercicios.brasilescola.uol.com.br
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Para que um texto seja coerente existem condições de interpretabilidade
ligadas diretamente a ele, como o conhecimento e o uso adequado dos recursos
léxicos e gramaticais da língua. Se alguém ouvisse ou lesse coisas como:
Exemplo:
a) Quem tem uma foto importada de 1000 cc, que custa US$ 20.000, não vai
expô-la ao trânsito de uma cidade como São Paulo. (Platão e Fiorin).
b) João venceu a luta, apesar de ser o mais forte dos lutadores. (Platão e
Fiorin). Um leitor experiente não hesitaria em classificá-las como incoerentes. No
primeiro caso, houve o uso inadequado de uma palavra do léxico. Basta trocar a
palavra foto pela palavra moto que o texto fica coerente. No segundo caso, houve uma
falha gramatical. A conjunção apesar de não está adequada para unir as duas ideias
expostas no texto. Se a substituirmos pela conjunção pois tudo volta a ficar bem, em
uma outra versão como: João venceu a luta, pois era o mais forte dos lutadores.
A coerência de um texto depende de fatores pragmáticos como a
intencionalidade, a aceitabilidade, a situacionalidade, a informatividade e a
intertextualidade, e outros, como os elementos contextualizadores que são data, local,
assinatura, elementos gráficos etc., envolvidos no processo sociocomunicativo. E
também do conhecimento de mundo do leitor, alguém que não possua conhecimento
sobre um tema tratado terá mais dificuldades para entender a contextualização em
que este se dá.
Fonte:exercicios.brasilescola.uol.com.br
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Os fatores pragmáticos da textualidade
a) Intencionalidade – concerne ao empenho do produtor em construir um
discurso coerente, coeso e capaz de satisfazer os objetivos que tem em mente numa
determinada situação comunicativa.
b) Aceitabilidade - refere-se à expectativa do recebedor de que o conjunto de
ocorrências com que se defronta seja um texto coerente, coeso, útil e relevante, capaz
de levá-lo a adquirir conhecimentos ou cooperar com os objetivos do produtor.
c) Situacionalidade – diz respeito aos elementos responsáveis pela
pertinência e relevância do texto quanto ao contexto em que ocorre. É a adequação
do texto à situação comunicativa.
d) Informatividade – diz respeito à medida na quais às ocorrências de um texto
são esperadas ou não, conhecidas ou não, no plano conceitual e no formal.
e) Intertextualidade - concerne aos fatores que fazem à utilização de um texto
dependente do conhecimento de outro (s) texto (s). A essa relação em que um texto
pode ser produto de outro texto, Medeiros (2009.p. 123) denomina de “retomada
constantes de textos anteriores.
Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br
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9 TIPOS DE TEXTOS
Descrição
O texto descritivo é constituído pela explicação, com palavras, daquilo que se
viu ou, observou. A descrição é estática, sem movimento, desprovida de ação. Na
descrição o ser, o objeto ou ambiente são importantes, ocupando lugar de destaque
na frase, o substantivo e o adjetivo.
O emissor capta e transmite a realidade através de seus sentidos, fazendo uso
de recursos linguísticos, tal que o receptor os identifique. A caracterização é
indispensável, por isso existe uma grande quantidade de adjetivos no texto. O texto
descritivo se apresenta de duas formas: denotativo e conotativo.
Descrição denotativa
Quando a linguagem representativa do objeto é objetiva, direta sem metáforas
ou outras figuras literárias, chamamos de descrição denotativa. Na descrição
denotativa as palavras são utilizadas no seu sentido real, único de acordo com a
definição do dicionário.
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Descrição conotativa
Em tal descrição as palavras são tomadas em sentido figurado, ricas em
polivalência.
Exemplo: João estava tão gordo que as pernas da cadeira estavam bambas do
peso que carregava. Era notório o sofrimento daquele pobre objeto. Hoje o sol
amanheceu sorridente; brilhava incansável, no céu alegre, leve e repleto de nuvens
brancas. Os pássaros felizes cantarolavam pelo ar.
Era uma casa comum, como tantas milhares que existem na cidade. Nada ali
indicava com firmeza que vivia uma jogadora e leitora de cartas. Nada parecido com
uma tenda de ciganos nem com um cômodo esotérico de adivinhadores do futuro
presente e passado. A não ser um pano preso na parede maior da sala, estampada
com cartas de um baralho desconhecido. O pano estava tão novo que até permitia
aos narizes comuns sentirem o cheiro característicos sem uso. No canto esquerdo da
sala, uma pequena mesa quadrada coberta com uma toalha branca e um jogo de
cartas.
Narração
Narrar é falar sobre os fatos. É contar. Consiste na elaboração de um texto
inserindo episódios, acontecimentos. A narração difere da descrição. A primeira é
totalmente dinâmica, enquanto a segunda é estática e sem movimento. Os verbos são
predominantes num texto narrativo.
O indispensável da ficção é a narrativa, respondendo os seus elementos a uma
série de perguntas: Quem participa nos acontecimentos? (Personagens); O que
acontece? (Enredo); onde e como acontece? (Ambiente e situação dos fatos).
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O texto narrativo é feito com base em alguns elementos:
Vamos falar, agora, dos pronomes. Mais simples do que entender a definição
é entender quem eles são. Portanto, vamos logo para a classificação.
Quem são?
Resposta: meu, meus, minha, minhas, teu, teus, tua, tuas, seu, seus, sua, suas,
nosso, nossos, nossa, nossas, vosso, vossos, vossa, vossas, dele, deles, dela, delas.
A Kombi é minha! Não é tua, nem dele, nem dela, nem do Geraldo!
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Se liga na Tabela:
Quem são?
Resposta: este, estes, esse, esses, esta, estas, essa, essas, isto, isso, aquele,
aqueles, aquela, aquelas, aquilo.
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10.3 Pronomes Relativos
Quem são?
Resposta: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta,
quantos, quantas, que, quem.
Esses pronomes servem para substituir algo que foi dito antes na oração,
retomando-os.
Observe o exemplo:
Eu conheço o cachorro.
O cachorro foi engolido pelo banco do carro.
Veja que eu repito "cachorro" sem necessidade e isso é chato. Graças aos
pronomes, nós podemos evitar a repetição desnecessária de palavras. Veja:
Fonte: www.blogdogramaticando.com
47
11 PRONOMES PESSOAIS
São aqueles que fazem referência às pessoas do discurso (eu, tu, ele ou ela,
nós (plural do "eu"), vós (plural do "tu"), eles ou elas). Podem ser de dois tipos: caso
reto e caso oblíquo.
Fonte: www.maisum.altervista.org
48
11.1 Pronomes de Tratamento
Vossa X Sua
Se usa "vossa" para se falar diretamente com a autoridade e "sua" quando se
fala sobre a autoridade para outra pessoa. Vossa Majestade: vais te catar! Estou de
saco cheio! (Estou falando diretamente com imperador). Eu disse a Sua Majestade
para que se catasse (estou falando com outra pessoa sobre o imperador)
Você
O termo "você" também é pronome de tratamento, enquanto o "tu" é pronome
pessoal (do caso reto).
Quem são?
49
Resposta: que, quem, qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
São usados para formular perguntas. Lembre-se que nem toda pergunta
precisa de ponto de interrogação: as perguntas indiretas não usam ponto de
interrogação.
50
11.4 Colocação Pronominal
Você já viu aqui quem são os pronomes. Agora, vamos estudar a Colocação
Pronominal.
51
Depois de advérbio (ou locução adverbial)
Ontem me forneceram muitos materiais de auxílio ao professor
(Seria errado escrever "ontem forneceram-me")
Comprar-te-ei um chapéu!
Fonte: geradormemes.com
Observações:
a) Havendo um dos casos que justifique a próclise, desfaz-se a mesóclise.
Por Exemplo:
Tudo lhe emprestarei, pois confio em seus cuidados.
(O pronome "tudo" exige o uso de próclise.)
52
b) Com esses tempos verbais (futuro do presente e futuro do pretérito) jamais
ocorre a ênclise.
Disseram-lhe que estava um pouquinho acima do peso para usar a roupa do Spider
Man.
53
Ênclise - pronome depois Se nenhuma dessas regras se
do verbo enquadrarem no uso do pronome, Diga-me apenas a verdade.
então você pode usar a ênclise
(pronome depois do verbo). Importava-se com o
sucesso do projeto.
12.1 A Introdução
ATENÇÃO!
Muitas vezes pode parecer tentador descrever tudo, até a marca da roupa que você
utilizou durante o experimento. Atente apenas às informações realmente necessárias
para se obter novamente os seus resultados.
Dica: NUNCA inclua uma lista dos materiais utilizados.
55
Muitas vezes uma seção é confundida com outra ou os seus elementos acabam
aparecendo intercalados no texto.
Na maioria dos textos científicos, as Conclusões do trabalho encontram-se
dentro da seção Discussão, tanto ao final desta ou mescladas com as discussões. Em
alguns casos, a seção Discussão pode aparecer juntamente com os Resultados em
uma seção chamada "Resultados e Discussão". Entretanto, esse procedimento não
deve ser utilizado nos relatórios de FFA. A separação dos Resultados da Discussão
nos relatórios, tem o objetivo de exercitar a separação do texto em partes bem
definidas.
A seção de Resultados é uma das mais importantes do seu texto científico. É
nela, afinal, que você irá mostrar as informações novas obtidas em seu trabalho e que
permitiram que você chegasse às suas conclusões. Apesar da vontade de começar a
interpretar os dados apresentados nesta etapa do texto científico você deve
apresentar apenas os seus resultados nesta seção. Os Resultados são apresentados
em forma de texto e também por meio de tabelas, gráficos, fotografias, esquemas e
outros tipos de figuras. Todas as figuras e tabelas incluídas nos Resultados devem
ser mencionadas no texto (veja mais detalhes em Figuras e Tabelas). Procure
destacar no texto os resultados importantes perante os objetivos e conclusões de seu
texto.
Tome cuidado para não colocar resultados redundantes ou desnecessários!
Explore os diversos tipos de gráficos e tabelas existentes para descobrir qual é a
maneira mais didática e clara de expô-los. O importante é que você obtenha uma
sequência de dados que permitam o leitor chegar às mesmas conclusões que você
chegou. A Discussão é a seção do seu texto científico no qual os resultados são: I)
interpretados, II) interligados entre si, III) encadeados de forma a chegar às suas
conclusões, IV) comparados coma literatura e V) criticados.
Durante a discussão você deve se preocupar em expor as interpretações de
seus resultados da forma mais direta possível. A comparação de seus dados com
outros trabalhos na literatura também é recomendada. Você deve inserir as novas
informações obtidas na rede de conhecimentos pré-existentes, contextualizando-os.
Discuta os possíveis erros metodológicos de seus experimentos, seja bastante crítico
e cético. Se você não o for pode ter certeza que o serão por você.
56
Nas Conclusões (que no relatório devem aparecer ao final do item Discussão)
todo o encadeamento lógico, iniciado desde a introdução, chega ao fim. Nessa parte
você deve resumir os principais avanços que o seu trabalho científico trouxe à Ciência.
Você pode discutir as implicações teóricas ou práticas de seus resultados e analisar
o significado da pesquisa realizada. Sugestões de novos trabalhos e novas hipóteses
são bem-vindas. Tenha o cuidado para que o leitor chegue às mesmas conclusões
que você chegou sem que, para isso, você tenha que distorcer, aumentar, diminuir ou
omitir fatos.
Muitas vezes somente o texto científico não é suficiente para que o leitor possa
entender seus resultados. Para uma melhor compreensão das ideias e resultados,
podemos utilizar recursos visuais, como Figuras e Tabelas. Ilustrações, fotos,
esquemas, desenhos, mapas e todos os tipos de gráficos são considerados como
Figuras. As Figuras e as Tabelas devem receber uma numeração pela qual serão
referidas no texto. Ambas devem aparecer na mesma ordem que são citadas no texto.
Todos os recursos visuais utilizados em seu texto devem estar acompanhados
de títulos.
Os títulos de tabelas e figuras devem ser os mais claros e informativos
possíveis, de modo que o leitor entenda os resultados sem a necessidade de consultar
o texto. Veja os exemplos de títulos abaixo.
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apresentados. Ao citar figuras no texto, evite citá-las no início da frase, descrevendo
o que ela contém. É mais razoável fornecer uma conclusão sobre os resultados que
são mostrados na figura e citá-la ao final da frase. Por exemplo, é melhor usar a forma
"Encontramos um número maior de árvores no segundo transecto (Fig. 12)." Do que
"A figura 12 mostra o número de árvores encontradas em cada transecto." O mesmo
se aplica às tabelas.
Note também nos exemplos acima que, quando citada dentro da frase, usa-se
a palavra "figura" por extenso (com a inicial minúscula) e, quando citada entre
parênteses, usa-se a abreviação "Fig." (com a inicial maiúscula). Já para tabelas, a
citação dentro da frase é semelhante ao caso da figura, mas, quando entre
parênteses, usa-se "Tabela" (por extenso e com a inicial maiúscula). Exemplo: "A
altura das árvores diminuía com a altitude (Tabela 3), de forma semelhante ao
diâmetro dos troncos, como mostrado na tabela 2."
Pode-se colocar figuras e tabelas tanto dentro do texto como ao final do
relatório. Quando colocadas dentro do texto, as figuras e tabelas devem aparecer logo
depois que as mesmas são referidas no texto (na mesma página ou na página
seguinte, sempre que possível). Quando agrupadas ao final do relatório, as figuras e
tabelas devem ser apresentadas na ordem em que foram citadas no texto. Quando
você incluir fotos, procure colocar escalas ou outras referências de tamanho. Nos
mapas, além da escala, não se esqueça de colocar referências de latitude e longitude,
legendas e uma indicação do Norte.
Tome cuidado para não colocar resultados redundantes ou desnecessários!
Explore os diversos tipos de gráficos e tabelas existentes para descobrir qual é a
maneira mais didática e clara de expô-los. O importante é que você forneça uma
sequência de resultados que permita o leitor chegar às mesmas conclusões que você
chegou. Coloque apenas Figuras e Tabelas realmente necessárias para o
entendimento de seu texto. Não coloque uma foto no seu trabalho somente porque
ela está bonita.
58
12.5 As Referências Bibliográficas
Segundo Martins & Gordo (1993), a jararaca da Amazônia, Bothrops atrox ...
Note que apenas o último sobrenome é citado e o ano não possui o ponto para
indicar o milhar. Se o nome do autor terminar em "Filho", "Junior", "Neto", etc., cite das
seguintes formas: "Silveira-Neto (1996)" ou "Silveira Neto (1996)". No caso de
informações não publicadas fornecidas por outro pesquisador, pode-se citar dessa
forma:
59
muito difícil de ser obtido, pode-se citá-lo através de uma fonte secundária,
utilizando-se "apud", como no seguinte exemplo: "Meira (1832, apud Morellato,
1992)".
ATENÇÃO!!!!!
A lista de referências ao final do relatório é apresentada em ordem alfabética pelo
sobrenome dos autores. Ela deve conter todas e apenas as citações referidas no texto.
Ou seja, todos os trabalhos referidos no texto devem fazer parte da lista e, por outro
lado, trabalhos que não são referidos no texto não devem estar na lista.
12.6 O Título
12.7 Os Autores
60
12.8 O Resumo
61
12.9 Os Agradecimentos
Nesta seção, que aparece logo após a Discussão e antes das Referências
Bibliográficas, são agradecidas as pessoas e instituições que permitiram ou facilitaram
o desenvolvimento do trabalho (p. ex., ajudaram na coleta dos dados, permitiram o
acesso à área de estudos, permitiram o exame de material depositado em coleções,
discutiram as ideias contidas no estudo, leram o texto e deram sugestões etc.).
13 RESUMO E FICHAMENTO
62
Fonte: www.stoodi.com.br
13.1 O resumo
63
Ser compreensível em si mesmo, de modo que apenas com a leitura do resumo
o (a) leitor (a) possa entender sobre o que trata o estudo feito.
64
13.2 O fichamento
Tipos de fichamento:
65
pluralidade do saber docente, a segunda sobre a importância do saber experiencial
na visão dos próprios educadores, e a terceira trazendo conclusões preliminares.
Tardif argumenta que o saber docente é composto pelos seguintes aspectos: os
saberes de formação profissional, os saberes da disciplina em si, os saberes
experienciais e os saberes curriculares da instituição escolar.(etc.)
66
Assunto: Os professores diante do saber: esboço de uma problemática do saber
docente (p. 31-55). Capítulo 1.
14 A RESENHA
A resenha é um tipo de texto que serve para divulgar obras novas e apresentar
uma obra que o (a) leitor (a) geralmente não leu ou não conhece. Ela pode, assim,
atualizar o público leitor de modo breve sobre outras produções científicas,
especialmente recentes. É comum periódicos científicos dedicarem uma seção inteira
de sua publicação apenas para resenhas, já que elas representam uma atualização
sobre quais publicações estão surgindo na área de interesse da revista. Por isso,
normalmente, as resenhas costumam ser de obras recentes.
As revistas normalmente especificam um período limite diferente para obras
nacionais (por exemplo, aceitando apenas resenhas de obras publicadas no último
ano, ou nos últimos dois anos, etc.), e para obras lançadas no exterior (geralmente,
obras publicadas nos últimos cinco anos). É preciso atentar para a especificação feita
pelo periódico em questão. A resenha, nesse papel de divulgar e apresentar uma dada
obra, geralmente cumpre três passos essenciais: 1) identifica a obra a ser resenhada;
2) apresenta/descreve resumidamente o conteúdo desta obra; e 3) aprecia/avalia
criticamente esse conteúdo (mas, como veremos mais adiante, há um tipo de resenha
que não realiza essa apreciação).
67
A identificação detalha o nome do (a) autor (a) e inclui breves informações
sobre sua carreira (outras obras dele ou dela). A identificação também informa o
trabalho resenhado, seu local e editora de publicação, a data, e apresenta demais
informações que se apliquem, como por exemplo o nome da coleção ou série a que a
obra pertence, o número de volumes, o nome do tradutor, se for o caso, e assim por
diante. A apresentação do conteúdo da obra consiste no resumo dos principais
argumentos feitos, um levantamento das ideias apresentadas e defendidas pelo autor.
Pode ser organizada conforme os fatos ou dados aparecem na obra (resumindo os
capítulos ou as partes em sua ordem sequencial na obra) ou então em agrupamento
de conjuntos de ideias.
Já a apreciação do conteúdo pode ser tanto positiva quanto negativa, desde
que seja fundamentada. De qualquer modo, é importante que a apreciação seja feita
com respeito e zelo. Recomenda-se que já na apresentação do resumo da obra se
insiram pequenas sinalizações sobre o tom da apreciação crítica (se houver). Isso
pode ser feito, por exemplo, com expressões do tipo: “o autor sabiamente desenvolve
o argumento . . .”, ou “o autor discute o ponto X de modo relativamente apressado...”
Tipos de resenha:
A resenha pode ser do tipo descritiva (também chamada de resenha técnica ou
resenha científica), ou então do tipo crítica (também conhecida como resenha
opinativa). A resenha descritiva se concentra na avaliação do conteúdo enquanto
conhecimento, ciência ou verdade, ou seja, ela faz um julgamento de verdades. Já a
resenha crítica avalia a obra considerando valor, estilo, estética, beleza, etc.
(julgamento de valores). Assim, a resenha crítica exige maior grau de detalhes para a
fundamentação da crítica (seja ela positiva ou negativa), já que trata de questões
menos palpáveis e mais subjetivas. Existem ainda as chamadas resenhas temáticas.
Nesse tipo de resenha, há a apresentação de vários textos de diferentes autores que
tratam de um mesmo tema principal. Na resenha temática, cada um desses textos é
identificado e apreciado em termos de sua real contribuição (e o grau de qualidade
dessa contribuição) para o tema em questão.
Se uma resenha não emitir qualquer avaliação sobre o conteúdo, temos o caso
da resenha-resumo. Esse tipo de resenha se limita aos dois primeiros passos
descritos anteriormente, isto é, apenas identificar a obra e resumir seu conteúdo.
68
Então, essa modalidade cumpre uma função meramente informativa, e não busca
convencer o leitor sobre a importância ou valor de ler dada obra ou não.
15 O ARTIGO CIENTÍFICO
Segundo a ABNT (NBR 6022, 2003), o artigo científico pode ser definido como
a “publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos,
técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento”. Mediante tal
definição, um questionamento que se mostra relevante faz referência à diferença
demarcada entre um artigo e uma monografia. Em consonância a esta pergunta,
respostas poderão surgir, tais como a de que o artigo possui uma forma mais
simplificada que a monografia. Sendo assim, veremos algumas elucidações, a fim de
que possíveis dúvidas possam ser esclarecidas acerca do tema em questão.
O artigo científico, como o próprio nome já nos revela, caracteriza-se por um
texto científico cuja função é relatar os resultados, sendo esses calcados de
originalidade, provenientes de uma dada pesquisa. Dessa maneira, ele, materializado
sob a forma de um relato acerca dos resultados originais de um estudo realizado,
torna-se publicamente conhecido por meio de revistas científicas, as quais possuem
uma seção destinada a esse fim. Assim assevera Santos (2007, p. 43), “são
geralmente utilizados como publicações em revistas especializadas, a fim de divulgar
conhecimentos, de comunicar resultados ou novidades a respeito de um assunto, ou
ainda de contestar, refutar ou apresentar outras soluções de uma situação convertida”.
Como antes citado, há a hipótese de que a concisão seja a característica que
demarca a diferença entre a monografia e o artigo. Assim, precisamos compreender
acerca de alguns pressupostos, a fim de que possamos confirmar ou não se tal
hipótese é verdadeira. O primeiro passo é compreendermos que enquanto na
monografia existe a possibilidade de se esmiuçar um determinado assunto,
estendendo-o em vários capítulos, no artigo científico tal aspecto não prevalece.
Como se trata de um texto que prima pela concisão dos dados apresentados, ele
precisa passar por um critério rigoroso de correção, no sentido de verificar a
estruturação dos parágrafos e frases, garantir a clareza e objetividade retratadas pela
linguagem, entre outros. Não deixando de mencionar que num artigo, o revisor precisa
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estar livre para se posicionar frente ao objeto de análise, levando em consideração
alguns aspectos voltados para a análise dos argumentos apresentados, checagem do
valor científico atribuído ao texto em questão, verificação da possibilidade de se tornar
público (estar disponível a outras pessoas), confirmação da possibilidade de abertura
a possíveis reavaliações em função de novas descobertas e, consequentemente,
apresentação de melhores resultados, etc.
Quanto ao conteúdo abordado no artigo, ele pode apresentar distintos
aspectos, como também pode cumprir outras tarefas, conforme nos revelavam
Marconi e Lakatos (2005, p. 262):
Introdução
70
A introdução, como o próprio nome sugere, serve para introduzir o leitor ao
tema da pesquisa, ao problema estudado, aos principais conceitos envolvidos e aos
trabalhos já realizados até o momento. É aquela seção em você “vende o seu peixe“,
esclarece a importância da pesquisa e a relevância para a área. Faça uma descrição
sucinta de pesquisas anteriores. No último parágrafo, comece por ressaltar o
ineditismo da pesquisa e descreva claramente o objetivo proposto para a pesquisa
(Santos, 2015).
Embora esteja disposta nas páginas iniciais de um artigo científico, a introdução
é mais facilmente elaborada quando a discussão e as conclusões já tiverem sido
redigidas, ou seja, quando já se tem uma visão do conjunto do trabalho. O texto de
introdução, além de bem escrito, deverá se constituir em um convite atrativo para a
continuidade da leitura do artigo. Alguns poucos parágrafos serão suficientes (Matias,
2012). Uma maneira prática de saber se a introdução de um artigo científico ficou bem
redigida é apagar a parte dos objetivos da pesquisa e entregar o texto de introdução
para outra pessoa que também seja da área ler. Se ao ler apenas a introdução, a
pessoa conseguir acertar qual problema de pesquisa foi estudado, parabéns! Você
fez um excelente trabalho!
Estrutura básica:
– Antecedentes do problema.
– Descrição do problema.
– Trabalhos já realizados.
– Aplicabilidade e originalidade da pesquisa.
– Objetivo (problema de pesquisa).
Erros comuns:
– Orientação mais empírica que teórica.
– Introdução muito longa, incluindo trechos que poderiam ser melhor utilizados
na discussão.
– Detalhes excessivos na descrição de estudos prévios.
– “Reinvenção da roda”, especialmente na primeira sentença ou parágrafo.
– Omissão de estudos diretamente relevantes.
– Terminologia confusa.
71
– Citações incorretas.
Material e métodos
Se você preparou um projeto de pesquisa detalhado, agora será
recompensado! Pegue o projeto e comece a conferir a seção “material e métodos”.
Troque o tempo do verbo, do futuro para o passado, e então faça as inclusões ou
mudanças de maneira que essa seção reflita verdadeiramente aquilo que você
realizou em sua pesquisa. A seção “material e métodos” deve possibilitar ao leitor
avaliar o delineamento da pesquisa, o tamanho da amostra e como ela foi
determinada, os materiais e procedimentos utilizados, as variáveis analisadas e as
análises estatísticas realizadas. Questões éticas ou de consentimento, quando
necessárias, também devem ser informadas. As informações dessa seção são
fundamentais para compreender os resultados encontrados, pois revelam a forma
como eles foram obtidos, e possibilitam a replicabilidade da pesquisa (Lakatos e
Marconi, 2010).
Estrutura básica:
– Local e condições experimentais.
– Delineamento e tratamentos.
– Controle das condições experimentais.
– Variáveis (avaliações).
– Análise estatística.
Erros comuns:
– Informação inadequada para avaliação ou replicação.
– Descrições detalhadas de métodos padronizados e publicados.
– Deixar de explicar análises estatísticas não usuais.
– Participantes muito heterogêneos.
– Medidas não validadas; de confiabilidade fraca ou desconhecida.
Resultados
Na apresentação dos resultados, gráficos e figuras geralmente facilitam a
observação dos efeitos, se comparados com as tabelas. Entretanto, as tabelas levam
72
vantagem quando valores numéricos específicos são importantes. Nestes casos,
artigos com tabelas irão obter um maior número de citações, porque outros
pesquisadores podem usar seus dados como base de comparação (Vianna, 2001).
Procure promover descrições claras e organizadas dos resultados, sem repetir no
texto os dados já expostos em gráficos e tabelas. Ao escrever um artigo científico,
inclua na redação final apenas os resultados que são necessários para a corroboração
de suas conclusões (Andrade, 2014).
Estrutura básica:
– Resultados da análise estatística.
– Estatísticas descritivas (médias, desvio padrão e correlações)
– Estatísticas inferenciais
– Relatar a significância e a amplitude dos dados.
– Análises adicionais (usualmente post hoc).
Erros comuns:
– Tabelas e figuras complexas, incompreensíveis.
– Repetição dos dados no texto, nas tabelas e nas figuras.
– Não utilizar o mesmo estilo de redação da introdução e do material e métodos.
– Não apresentar os dados prometidos na seção material e métodos.
– Análise estatística inadequada ou inapropriada.
Discussão
A discussão é a parte mais complexa e mais difícil de escrever em um artigo
científico. Deve ser redigida com a finalidade de apresentar e interpretar conclusões,
enfatizar os resultados mais importantes e comparar os resultados obtidos na sua
pesquisa com os resultados obtidos por outros pesquisadores (Medeiros e Tomasi,
2008).
Estrutura básica:
– Relacionar os resultados com as hipóteses.
– Interpretações: esperadas versus alternativas.
– Implicações teóricas, para a pesquisa e para a prática.
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– Limitações do estudo: aproximação com o estudo ideal.
– Confiança estimada das conclusões.
– Explicitação de possíveis restrições para as conclusões.
– Identificação de procedimentos metodológicos pertinentes aos resultados.
– Recomendações para pesquisas futuras.
Erros comuns:
– Repetição da introdução.
– Repetição dos resultados.
– Discussão não baseada nos propósitos do estudo.
– Não esclarecer as implicações teóricas e práticas dos resultados.
– Discussão não baseada nos resultados.
– Hipóteses não discutidas explicitamente.
– Apresentação de novos dados.
– Repetição da revisão da literatura.
– Especulações não fundamentadas.
– Recomendações não baseadas nos resultados.
Conclusões
Ao escrever as conclusões da sua pesquisa, certifique-se de apresentar
realmente apenas conclusões. Pode parecer um pouco óbvio, mas essa seção muitas
vezes é utilizada, de maneira equivocada, para meramente reafirmar os resultados da
pesquisa. Não faça o leitor perder tempo: ele já leu os resultados e a discussão. Agora,
nas conclusões, quer entender de forma clara a solução do seu problema de pesquisa.
Após elaborar as conclusões, critique-as e procure derrubá-las. As conclusões que
você não conseguir derrubar serão a base de seu artigo. Limite-se às conclusões que
têm embasamento nos resultados que você obteve e que respondem às questões da
pesquisa, ou seja, que estão de acordo com os objetivos (Vianna, 2001).
Não se pode esquecer que as conclusões, como produto final de uma pesquisa,
devem ser consideradas provisórias e aproximativas. Por mais brilhantes que sejam,
em se tratando de Ciência, as conclusões podem superar o conhecimento prévio e,
por sua vez, também podem ser superadas com o avanço do conhecimento (Aquino,
2012).
74
16 BIBLIOGRAFIA BÁSICA
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 19. ed. Rio de Janeiro: Ed. da
FGV, 2000.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ANDRADE, Maria Margarida. Guia prático de redação. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2011.
GERALDI, João Wanderlei (Org.). O texto na sala de aula 4ª Ed. São Paulo: Ática,
2006.
KOCH, Ingedore TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A coerência textual. São Paulo: Contexto,
2001.
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