Caso para estudo - Empresa “Sucesso é aqui”

A Empresa “Sucesso é aqui”, foi um sonho idealizado por Marcos, residente

em outro pais, com a pretensão voltar ao Brasil e administrar seu próprio
negócio.

Marcos no auge de seus 34 anos, decidiu seu retorno no final de 2005, com
a abertura do empreendimento no ano seguinte. O ramo de atividade
escolhido foi o comércio de móveis.

Por ser de família tradicional e focada no trabalho, o baixo nível de

escolaridade dificultou o processo de gestão desta nova empresa. Essa
dificuldade ficou evidente ao lidar com a parte burocrática do
empreendimento, como, por exemplo, no preenchimento das notas fiscais ou
no conhecimento com tecnologia para automatização desse processo.

Apesar de seu baixo nível de escolaridade, Marcos acreditava que sua

intuição e a dedicação integral eram o caminho para obtenção do sucesso.
Ele trabalhava mais horas na sua empresa em comparação às atividades
realizadas nos trabalhos fora do Brasil. Com isso, não se preocupou em
avaliar os riscos do ramo escolhido como um todo.

Sem a avaliação dos riscos, Marcos optou por deixar o valor de venda dos
seus produtos muito próximo ao de outros concorrentes disponíveis na
região, não verificou o custo que tinha para manter a empresa e que o local
escolhido estava fora do grande centro.

Além dos riscos anteriores, ele optou por uma política de crédito aos clientes
como um diferencial para o sucesso. Infelizmente, a empresa de Marcos
chegou a um alto índice de inadimplência com seus fornecedores, o que
resultou em dificuldades de caixa e, consequentemente, em descapitalização
da empresa para compra de novas mercadorias.

Como consequência dos riscos, veio o aumento das despesas. Sem ter
conhecimento adequado sobre projeção de vendas e análise financeira,
Marcos utilizou sua reserva ao longo dos meses e não obteve retorno
satisfatório.

Mesmo com todas as dificuldades apresentadas, em mais uma tentativa de

prosperar o negócio para atingir o sucesso, ele ainda realizou um
investimento em produtos com perspectiva de venda imediata com um alto
valor, o que não aconteceu, deixando assim a empresa em uma situação
difícil.

Para não ficar com dívidas, Marcos optou por fechar o negócio depois de
onze meses de atividade, renegociou as dívidas com os seus fornecedores e
optou por comunicar todos os clientes dessa decisão.