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https://www.publico.pt/2014/12/14/culturaipsilon/noticia/duchamp-e-a-pintura-uma-
relacao-celibataria-1679391
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Uma revisão
Evidentemente, a relação inicial de Duchamp com a pintura já era bem
conhecida. Mas, que, afinal, ao contrário do que ele próprio tantas
vezes proclamou, a tenha praticado até ao fim da vida, isso
corresponde a uma revisão da sua obra. E, até, a uma revisão de um
dos mitos fundadores da arte do século XX. O primeiro episódio desse
reclamado abandono foi traumático. Em 1912, Duchamp já tinha feito
um rápido percurso, em pouco mais de meia dúzia de anos, que o fizera
passar por quase todas as tendências estilísticas e movimentos
surgidos desde 1880, até chegar ao cubismo. O quadro que quis expor,
nesse ano, no Salon des Indépendants, Nu descendant l’escalier, nº
2 (havia uma versão anterior que era a nº 1) era uma experiência
cubista cujo título – mas não só - não agradou a outros cubistas. Todos
consideravam que era um título demasiado provocador e, através dos
dois irmãos de Duchamp que também eram artistas, tentaram
convencê-lo a alterá-lo.
Ponto de chegada
Não foi afinal essa a última vez que regressou à pintura, apesar da
cruzada pública que lançou contra ela. A pintura tornou-se, aliás, um
grande motivo das suas piruetas públicas, como aquela que em 1936
fez numa declaração à revista Time: “Preferia ser fuzilado, suicidar-me
ou matar alguém do que voltar a pintura”. Um ano antes, em 1935,
tinha no entanto voltado ao medium pictural, mas de maneira
indirecta. Tinha decidido criar meticulosas réplicas e reproduções em
miniatura das suas próprias obras. Era uma espécie de “museu
portátil” duchampiano, que fazia lembrar os antigos “cabinets de
curiosités”. Chamou-lhe Boîte-en-valise. Das sessenta e nove peças que
compunham a edição original (só apresentada publicamente em 1941),
vinte e seis eram reproduções de pinturas, entre as quais o Grand
Verre.
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