Você está na página 1de 18

1

Fáusia Isaac Mavile


Francisco Gelito Amâncio
Imercia da Ica Neves
Nicolas Jacob Biza
Rafael Faruque Gove
Telma Ernesto

Resíduos Sólidos na Vila Municipal de Massinga

Licenciatura em Ensino de Química com Habilitações em Ensino de Biologia

MASSINGA

2022
2

UNIVERSIDADE DAS CIÊNCIAS NATURAIS E EXACTAS

Fáusia Isaac Mavile


Francisco Gelito Amâncio
Imercia da Ica Neves
Nicolas Jacob Biza
Rafael Faruque Gove
Telma Ernesto

Resíduos Sólidos na Vila Municipal de Massinga

Trabalho da cadeira de Química Ambiental


a ser apresentado ao curso de Ensino de
Química no Departamento de Ciências
Naturais e Exactas na Universidade Save –
Extensão Massinga para a efeitos de
avaliação
Docente: Prof. Dra. Teresa Cossa

MASSINGA

2022
3

Índice Pg.
Capitulo-I.....................................................................................................................................5

1.0.Introdução..............................................................................................................................5

1.1 Objectivos..............................................................................................................................5

1.1.1 Geral:...................................................................................................................................5

1.1.2 Específicos..........................................................................................................................5

1.2 Metodologia...........................................................................................................................6

Capitulo-II....................................................................................................................................7

2.0 Contextualização....................................................................................................................7

2.1 Resíduos Sólidos....................................................................................................................7

2.2 Tipos de resíduos sólidos.......................................................................................................7

2.2.1 Resíduo sólido urbano.........................................................................................................7

2.2.2 Resíduos domiciliares.........................................................................................................7

2.2.3 Resíduos orgânicos.............................................................................................................8

2.2.4 Resíduos inorgânicos..........................................................................................................8

2.2.5 Resíduos de limpeza urbana................................................................................................8

2.2.6 Resíduos especiais...............................................................................................................8

2.2.7 Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços..................................9

2.2.8 Resíduo hospitalar...............................................................................................................9

2.2.9 Resíduos de construção civil...............................................................................................9

2.3 Processamento e recuperação...............................................................................................10

2.3.1 Incineração........................................................................................................................10

2.3.2 Reciclagem........................................................................................................................10

2.3.3 Fracção orgânica por processos biológicos.......................................................................13

2.4 Classificação dos resíduos...................................................................................................14

2.4.1 Objecto e Âmbito..............................................................................................................14

2.4.2 Competências....................................................................................................................14
4

2.4.3 Plano de gestão integrada de resíduos sólidos urbanos.....................................................15

2.4.3 Licenciamento Ambiental.................................................................................................15

2.4.4 Recolha e Transporte, Tratamento e Valorização.............................................................15

2.4.5 Recolha Selectiva, Segregação e Acondicionamento.......................................................15

2.4.6 Acções que ajudam para contribuir no tratamento e conservação do meio Ambiente.....15

2.4.7 Propostas...........................................................................................................................16

3.0.Conclusão.............................................................................................................................17

3.1 Bibliografias.........................................................................................................................18
5

Capitulo-I

1.0.Introdução

O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Química Ambiental leccionada na


faculdade Save Massinga com tema, Resíduos Sólidos na Vila Municipal de Massinga. É
analisada a produção de resíduos sólidos, o seu destino final, o grau de satisfação da
população em relação à gestão de resíduos sólidos e a sua disponibilidade para futura
colaboração na melhoria desta bem como, a percepção da população relativamente à sua
gestão.
Os vários impactos ambientais decorrentes das diferentes formas de disposição de resíduos
sólidos oferecem também riscos graves à saúde humana. Sua disposição no solo, em lixeiras,
constitui uma grande fonte de exposição humana a várias substâncias tóxicas.
As principais rotas de exposição a esses contaminantes são a dispersão do solo e do ar
contaminado. Os depósitos de resíduos sólidos constituem em potenciais fontes de exposição
para população, tendo sido relatado riscos aumentados para diversos tipos de câncer,
anomalias congénitas, baixo peso ao nascer, abortos e mortes neonatais nessas e em
população vizinha a esses locais.
Há ainda os riscos à saúde para os profissionais mais directamente envolvidos no manejo dos
resíduos, como é o caso do pessoal operacional do sector, o qual, em sua maioria, não conta
com medidas mínimas de prevenção e segurança ocupacional.

1.1 Objectivos

1.1.1 Geral:

 Falar de resíduos sólidos na Vila Municipal de Massinga.

1.1.2 Específicos

 Indicar as formas de acondicionamento de resíduos sólidos no município da Massinga;


 Explicar as possíveis consequências do não tratamento eficaz de resíduos sólidos no
Município de Massinga;
 Propor medidas eficazes para tratamento de resíduos sólidos.
6

1.2 Metodologia

Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Também, foi usado o
método indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo
particular para uma questão mais ampla, mais geral. Para Lakatos e Marconi (2007:86),
Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares,
suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes
examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo
conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais me baseio.
7

Capitulo-II

2.0 CONTEXTUALIZAÇÃO

2.1 Resíduos Sólidos

Todo material, substancia ou bem descartado resultante de actividade humana, a partir de


actividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de varrição entre
outras e podem ser utilizados como matéria-prima″, (Alves, 2014).

Os resíduos sólidos são gerados a partir de actividades de origem industrial, doméstica,


hospitalar, comercial, agrícola, de varação entre outras e podem ser utilizados como matéria-
prima.
Segundo Alves, (2014).
O ponto crítico veio com a revolução industrial, iniciada no séc. XVIII, na Inglaterra e
espalhada para o mundo todo, deu a partida para que a curva de crescimento populacional
tomasse a forma exponencial assim como a geração de resíduos. A manufactura perdeu o
sentido de trabalho com as mãos. O que antes era feito com mãos utilizando ferramentas
passou a ser feito com máquinas, e em massa, sem se aplicar o conceito de durabilidade
máxima aos produtos.

2.2 Tipos de resíduos sólidos

2.2.1 Resíduo sólido urbano

″Constituído dos resíduos domiciliares, os resíduos de limpeza urbana, e os resíduos de


estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços″. (Amaral, 2012)
Ex.: resto de comida, plásticos, garrafas e mais.

2.2.2 Resíduos domiciliares

″São constituídos por três fracções distintas, os recicláveis, os orgânicos biodegradáveis e os


rejeitos. Na vila municipal de Massinga, em média, mais de 50% dos resíduos domiciliares
são compostos por materiais orgânicos. Nessa categoria se inclui os restos de comida e
variação, ″. (Amaral, 2012)
Ex.: jornais, revistas, papel higiénico e mais
8

2.2.3 Resíduos orgânicos

Segundo Correia, (2012).


Os resíduos orgânicos são compostos por alimentos e outros materiais que se decompõem pela
natureza, tais como cascas e bagaços de frutas, verduras, galhos e folhas de podas, entre
outros.
Todavia, é possível que o resíduo orgânico possa ser compostado para a fabricação
de adubos ou até ter seu conteúdo energético aproveitado, seja através do calor gerado na
compostagem seja através da digestão anaeróbia, que gera biogás, um combustível renovável.
Ex.: restos de alimentos, cascas de sementes, sacos papel usado e mais.

2.2.4 Resíduos inorgânicos

Os resíduos inorgânicos são compostos por produtos manufacturados, tais como cortiças,
espumas, metais e tecidos, ″ (Amaral, 2012)
Ex.: vidro, garrafas de refrigerantes, aparelhos domésticos descartados.

2.2.5 Resíduos de limpeza urbana

Oriundos da variação pública, poda e capina de espaços e vias públicas como praças,
calçadas, ruas e sarjetas.

2.2.6 Resíduos especiais

Segundo Correia, (2012).


São aqueles resíduos classificados pelos riscos que representam para o meio ambiente e a
saúde públicas, podendo ser provenientes de actividades industriais, hospitalares, agrícolas,
etc. Exigem cuidados especiais desde o acondicionamento, transporte, tratamento até
destinação final. Podem ser classificados em:
 Classe I - perigosos:  São aqueles que, em função de suas propriedades físicas, químicas
ou infecto-contagiosas, podem apresentar riscos à saúde pública ou ao meio ambiente, ou
ainda inflamável, corrosivo, reactivamos, toxicidade ou patogénicos; Ex. pilhas,
pesticidas, resíduos de serviços de saúde infectantes, baterias, lâmpadas, óleos.
 Classe II A - não inertes: são aqueles que não se enquadram nas classificações de
resíduos classes I-perigosos ou de resíduos classe II B - inertes. Os resíduos classe II A -
não inertes podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou
solubilidade em água; Ex. Restos de alimentos, papel, resíduos de variação.
9

 Classe II B - inertes:  Quaisquer resíduos que, quando amostrados de forma


representativa e submetidos a ABNT 10007 - Amostragem de resíduos sólidos, e
submetidos a um contacto dinâmico ou estático com água destilada ou desionizada, à
temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10006 - Procedimento para obtenção de
extracto solubilizado de resíduos sólidos, não tiver em nenhum de seus constituintes
solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água,
exceptuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor (ABNT, 2004). Ex.: tijolos,
plástico, aço e vidro.
 Rejeitos:  aqueles resíduos que não podem ser reaproveitados ou reciclados, devido à falta
de tecnologia ou viabilidade económica para esse fim, entre eles estão: absorventes
femininos, fraldas descartáveis e papéis higiénicos usados.

2.2.7 Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços

Resíduos de estabelecimentos como sacolas de supermercados, embalagens de produtos,


embalagens de plástico de materiais de limpeza, resíduos de materiais inorgânicos como
metais e ferros provenientes de estabelecimentos comerciais, etc.1

2.2.8 Resíduo hospitalar

Segundo Correia, (2012).


Resíduos perigosos produzidos dentro de hospitais, como seringas usadas, jalecos etc. Por
conter agentes causadores de doenças, este tipo de lixo é separado do restante dos resíduos
produzidos dentro de um hospital (restos de comida, etc.), e é geralmente incinerado. Porém,
certos materiais hospitalares, como aventais que estiveram em contacto com raios
electromagnéticos de alta energia como raios X, são categorizados de forma diferente (o
mencionado avental, por exemplo, é considerado lixo nuclear), e recebem tratamento
diferente. Os resíduos hospitalares constituem o lixo produzido em unidades de prestação de
cuidados de saúde, incluindo as actividades médicas de diagnóstico, prevenção e tratamento
da doença em seres humanos ou em animais, e ainda em actividades de investigação
relacionadas.

2.2.9 Resíduos de construção civil

É o entulho, ou seja, resíduos provenientes de obras civis: construção, reconstrução,


ampliação, alteração, conservação e demolição ou derrocada de edificações, assim como o
solo e lama de escavações.
10

2.3 Processamento e recuperação

2.3.1 Incineração

Segundo, Alves, (2014).


Um dos métodos de processamento dos resíduos sólidos urbanos é a incineração. Alguns
olham como vantagem do método a redução significativa do volume dos dejectos municipais,
a diminuição do potencial tóxico dos dejectos e a possibilidade de utilização da energia
liberada com a queima. Destaca-se também como desvantagem que problemas derivados da
incineração são os custos de instalação e operação do sistema, a poluição atmosférica pela de
emissão de CO2 e a necessidade de mão-de-obra qualificada. As usinas de incineração ou de
reciclagem e compostagem interferem sobre a actividade biológica até que ela cesse, tornando
o resíduo inerte e não mais poluidor.

2.3.2 Reciclagem

″A finalidade da reciclagem é de trazer os materiais como o vidro, o papel o plástico e o metal


de volta à indústria para serem beneficiados e serem novamente transformados em produtos
comercializáveis no mercado de consumo″ (Amaral, 2012).
Segundo Braga, (2010).
Uma necessidade despertada nos seres humanos, a partir do momento em que se verificar em
os benefícios que este comportamento trás para o planeta Terra. O processo de reciclagem,
além de preservar o ambiente também gera riqueza. Os materiais mais reciclados são o vidro,
o alumínio, o papel e o plástico, contribuindo para a diminuição significativa da poluição do
solo, da água e do ar.
Segundo Amaral, (2016), quando falamos em reciclagem é importante deixar claro 3
conceitos:
a) Reciclar: Transformar o velho em novo, ao utilizar resíduos como matéria-prima para
produzir novos materiais.
b) Reutilizar: Reaproveitar o material em outra utilidade.
c) Reduzir: diminuir a quantidade de resíduos produzidos.

2.3.3 Geração dos resíduos

Na vila da Massinga verifica-se muita produção de resíduos sólidos, podendo-se a pontar


vários factores como a densidade populacional, e por ser Município. Pode-se verificar muita
produção de resíduos principalmente no período das aulas lectivas pois a presença da
Universidade faz com que diversas pessoas procurem adquiram sua formação académica
11

naquela instituição. Os resíduos que são observados são urbanos (como por exemplo garrafas
de vidro e plásticas; sacos plásticos, resíduos orgânicos em geral).

2.3.3.1 Acondicionamento

O município tem observado este aspecto a nível da urbe, visto que, existem vários contentores
de lixos naquela urbe principalmente em locais de muitas aglomerações como: nas escolas,
nos mercados, nos hospitais.

Fig.1:Contentor instalada na Vila de Massinga (Autores, 2022).


Apesar do município revidar algum esforço no acondicionamento de resíduos sólidos, os
munícipes daquela urbe não colabora com o bom gesto do Município e não deita os resíduos
nos contentores que lá são deixados, jogado o resíduo no chão como pode-se observar na
imagem abaixo:

Fig.2: Imagem ilustrada a não colaboração dos munícipes, colocando resíduos sólidos no chão
ao invés do ponto da estação (Autores, 2022).
Para além do município colocar contentores para a colecta de resíduos sólidos, os munícipes
tem colectado os resíduos sólidos nos sacos (fig.3) e posterior deixam os sacos nos locais
indicados pelo município ou em vias onde o município passa por lá para a recolha do mesmo.
12

Uma outra opção que verifica-se é abertura de uma cova para o depósito de resíduos isto
dependendo de cada munícipe.

Fig.3: Acondicionamento de resíduos sólidos em sacos pelos munícipes nas residências


(Autores, 2022).

Colecta e Estação de transferência ou de transporte


A colecta destes resíduos é feita diariamente pelo município no período da manhã até a
estação de transferência. Foi notado que não se usa nenhum critério (são colectados resíduos
tóxico, contaminastes de uma única vez).Como material de protecção tem colocado as luvas e
botas, alguns colocam mascara para a protecção das fossas nasais.
Um outro aspecto que chamou atenção ao grupo é o facto de os munícipes usarem os resíduos
para fechar as covas causadas pelas chuvas pluviais como forma de evitar a erosão do solo.
As estações de depósitos são diversas como podemos ver nas figuras 1 e 2, que depois de
estar cheio, estas carroceiras são levadas pelos tractores para pontos finais (valas comuns,
como mostra a figura a baixo).

Fig. 4. Ponto final dos resíduos sólidos localizado no bairro 7 de Abril (Autores, 2022).
Estas valas não são feitas com o objectivo de depositar os resíduos sólidos mas sim para usar
areia para construção de estradas e edifícios.
2.3.3.2 Processamento e recuperação.

Apesar de todas actividades de colecta serem realizadas, os resíduos são considerados lixos,
em contrapartida alguns casos verifica-se a reutilização dos mesmos, por exemplo as garrafas
13

de vidro são decoradas para servirem de vasos, os resíduos como toalhas são usadas para fazer
vasos ilustrados nas figuras abaixo:

Fig.5 Vasos feitos a tecidos e garrafas de vidro, (Autores, 2022).

Os munícipes que abrem o buraco para jogar o lixo têm incinerado quando este enche. E as
valetas onde são feitas os depósitos dos resíduos não com frequência são incinerados, para
dizer o lixo muitas das vezes degrada-se libertando-se muitos gases dentre os quais dista-se o
metano (CH4).

Em conversa anónima com agente do hospital de Massinga, deixou a entender que o lixo
hospitalar é colocado em um conector durante o dia posteriormente é recolhido pelos agentes
de limpeza do hospital para o seu posterior tratamento. Para dizer que muitas das vezes é
incinerado, numa incineradora que existe no próprio hospital.

2.3.3 Fracção orgânica por processos biológicos

Segundo Amaral (2012), fracção orgânica por processos biológicos pode ser:
a) Compostagem: é um método de decomposição do material orgânico putrescível (restos
de alimentos, aparas e podas de jardins, folhas etc.) existente no lixo, sob condições
adequadas, de forma a obter um composto orgânico (húmus) para uso na agricultura.
b) Digestão anaeróbia: estabilização da matéria orgânica e produção de biogás constituído,
principalmente, por gás metano e dióxido de carbono.
c) Tratamento por incineração: O processo de incineração utiliza a combustão controlada
para degradar termicamente materiais residuais. As cinzas devem ter sua composição
analisada para que seja determinado o melhor método de disposição
14

2.4 Classificação dos resíduos

Segundo Amaral (2012):


A classificação geral dos resíduos sólidos. Há dois tipos de classificação, pela origem e pela
periculosidade.
Os resíduos sólidos urbanos reúnem os resíduos domiciliares e os resíduos de limpeza urbana.
Por sua vez, na classificação quanto à periculosidade, tem se:
a) Resíduos perigosos
Assim considerados em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade,
reactividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade ou
mutagenicidade.
b) Resíduos não perigosos.
Seja na tipologia consoante à origem, seja na ponderação da periculosidade, as classes de
resíduos estabelecidas pelo regulamento reflectem o entendimento de que cada uma delas
demanda procedimentos particulares em seu agenciamento.

2.4.1 Objecto e Âmbito

O Regulamento estabelece as regras de gestão dos resíduos sólidos urbanos no território de


vila de Massinga sendo o regulamento aplicado em Moçambique e é aplicável a todas as
pessoas singulares e colectivas, públicas e privadas que estejam envolvidas na produção e
gestão de resíduos sólidos urbanos ou de resíduos industriais e hospitalares equiparados aos
urbanos.
Ficam excluídos do âmbito de aplicação do Regulamento:
a) Os resíduos industriais perigosos;
b) Os resíduos biomédicos;
c) Os resíduos radioactivos;
d) As emissões e descargas de efluentes;
e) As águas residuais e
f) Outros resíduos sujeitos à regulamentação específica.

2.4.2 Competências

As competências em matéria de gestão de resíduos sólidos urbanos dividem-se entre o


Ministério que superintende o Sector do Ambiente e os Conselhos Municipais e Governos
Distritais, nas respectivas áreas de jurisdição.
15

2.4.3 Plano de gestão integrada de resíduos sólidos urbanos

Todas as entidades públicas e/ou privadas que desenvolvem actividades relacionadas com a
gestão de resíduos sólidos urbanos, estão obrigadas a elaborar e implementar um plano de
gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos por elas geridos, contendo, no mínimo, a
informação do Anexo I do Regulamento.

2.4.3 Licenciamento Ambiental

Todas as instalações destinadas a tratamento e deposição final de resíduos sólidos urbanos


estão sujeitas a prévio licenciamento ambiental nos termos do Regulamento sobre o Processo
de Avaliação do Impacto Ambiental.

2.4.4 Recolha e Transporte, Tratamento e Valorização

Os métodos ou processos de recolha e transporte de resíduos sólidos urbanos e os sistemas de


tratamento e valorização destes resíduos serão estabelecidos e aprovados pelos Conselhos
Municipais ou Governos Distritais.

2.4.5 Recolha Selectiva, Segregação e Acondicionamento

O sistema de recolha selectiva deve ser aprovado pelos Conselhos Municipais ou Governos
Distritais, devendo os resíduos ser separados de acordo com as categorias previstas no artigo
14.º.

2.4.6 Acções que ajudam para contribuir no tratamento e conservação do meio


Ambiente

Para a conservação do meio ambiente é preciso chamar dois factores importantes que são: não
considerar os resíduos como lixo e a criatividade (Alves, 2014).
 A reutilização de materiais para novos fins e a redução do lixo seco é fundamental para
evitar a sobrecarga de resíduos sólidos jogados no planeta.
 Evitar comprar mercadorias com muitas embalagens
 Separar sempre lixo húmido do seco
 Reciclar: reutilizar embalagens e outros matérias recicláveis, oferecendo-os novas funções
 Optar por sacolas reutilizáveis para fazer compras
 Os medicamentos também precisam de um descarte certo, evitando problemas de
contaminação
 Não lançar pilhas no lixo comum sobre o risco de contaminarem o solo
16

 Não deitar o lixo no chão

2.4.7 Propostas

Segundo Amaral (2012):


O grupo propõe a comunidade a olhar aos resíduos sólidos como algo útil, isto é não
considerar resíduo como algo inútil, isto é, se um individuo compra saco plástico hoje para
colocar pão, poderia usar o mesmo durante muito tempo, havendo assim a necessidades de
conservação.
Como de emite-se o gás metano para atmosfera pela putrefacção dos resíduos sólidos
orgânicos poder-se-ia fazer uma usina de biogás para o aproveitamento do metano como fonte
de energia e produção do biofertilizantes (como forma de melhorar o solo e para melhor
produção agrícola).
Há que citar também a sensibilização dos munícipes a depositar os resíduos de forma correcta
nos contentores. Os municípios deveriam recolher os diferentes tipos de resíduos de forma a
olhar a sua perigosidade, não só mais também separar os resíduos orgânicos dos inorgânicos,
dos plásticos PVC´s. Como forma de criar a possibilidade do reaproveitamento do mesmo.
17

3.0.Conclusão

Findo o trabalho, conclui-se que, os resíduos sólidos no município da Massinga têm-se


colocado contentores nos locais de aglomeração, têm-se armazenado o lixo em sacos em cada
residência, verifica-se aberturas de covas para o efeito.
O não tratamento de resíduos sólidos neste município pode ocasionar a erosão, aumento do
aquecimento global, poluição ambiental visto que quando os resíduos degradam-se como por
exemplo orgânicos estes liberam um odor desagradável, atracão de baterias para as casas
próximas a vala onde despeja-se o resíduo, ocasionadas doenças.
Como propostas para evitar os impactos negativos do não tratamento adequado dos resíduos
sólidos cita-se primeiro a reciclagem, uso de usinas de bio digestão para produção do gás
metano, consciencialização a comunidade sobres os riscos e bons hábitos a ter para com os
resíduos gerados por eles.
18

3.1 Bibliografias

1. Alves, Pedro. (2014). Elaboração de um Plano de Gestão de Resíduos. Dissertação para


Obtenção do grau de Mestre em Ciências e Tecnologia do Ambiente. Universidade do
Porto. Faculdade de Ciências.
2. Amaral, I. (2012). Contribuição para o Conhecimento do Fenómeno de Urbanização em
Angola. Finisterra, Revista do Centro de Estudo Geográfico da Universidade de Lisboa,
Lisboa.
3. Amaral, I. (2016). Ensaio de um Estudo Geográfico da Rede Urbana de Angola. Junta de
Investigação do Ultramar, Lisboa.
4. Braga e M. (2010) Guia do Ambiente. Desenvolvimento Sustentável: Oportunidade
Inadiável. Edic.Monitor;
5. Correia, Romina P. (2012). Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos e Perspetiva de
Melhoria. Caso de Estudo Assomada. Cabo Verde. Dissertação para obtenção do grau de
Mestre em Engenharia do Ambiente. Instituto Superior de Agronomia. Universidade
Técnica de Lisboa.
6. Moçambique. (2014). Conselho de Ministros. Decreto n.º 94/2014, 31 de dezembro.
Aprova o Regulamento sobre Gestão de Resíduos Sólidos. Boletim da República n.º 24,
Maputo.

Você também pode gostar