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Identificação de alguns iões e compostos presentes em

produtos do quotidiano: identificação de iões de cálcio (Ca2+¿ ¿e


carbonato (CO 2−¿
3
¿
numa casca de ovo

Relatório de Métodos e Técnicas Instrumentais de Análise

Tiago Miguel Lopes da Mota n.º 25 11º TSA

Colégio de Gaia, 2022

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Índice

1- Introdução teórica

2- Objetivos

3- Materiais e Métodos

4- Discussão e conclusão dos resultados

5- Referências bibliográficas

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1. Introdução teórica
O ovo é um alimento mundialmente consumido por ser constituído por diversos
metabolitos fundamentais para o desenvolvimento humano, como vitamina A e E, e
minerais como o selênio, zinco, cálcio e fósforo. Este também é constituído por
compostos com atividade antioxidante, o que ajuda na prevenção de doenças
cardiovascular e cancro (site https://www.tuasaude.com/informacao-nutricional-do-ovo/
).

Este produto animal é divido em três partes: a casca, maioritariamente constituída por
carbonato de cálcio, a gema, que contém cerca de 49% de água, 17% de proteína e 2%
de sais minerais, e, por fim, a clara, composta por 87% de água, 12% proteína e 1% de
sais minerais (livro).

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística, em Portugal, produziu-se


1 816 069 milhares de ovos para consumo (https://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0006997&selTab=tab0&xlang=pt) ,
ou seja, toneladas de cascas de ovo são rejeitadas para lixo doméstico e/ou
compostagem, uma vez que estas poderão ser usadas na agricultura, de modo a fertilizar
e corrigir o pH de solos. O cálcio presente nesta pode ser importante para o
desenvolvimento da massa óssea ideal e diminuir o desenvolvimento de doenças
crónicas e poderá ter aplicações farmacêuticas e cosméticas ou até em termos
alimentares, como aditivo ou suplemento (artigo e tese).

Relativamente à segurança alimentar dos ovos, estes são vulgarmente associados a


quadros de salmonelose pela intoxicação alimentar através de bactérias do género
Salmonella, ou contaminação por metais pesados, nomeadamente chumbo (Pb), cádmio
(Cd) e mercúrio (Hg). Como medidas preventivas, deve-se prevalecer o consumo de
ovos pasteurizados e estes devem ser armazenados num lugar fresco, seco ou no
frigorífico (artigo e https://www.qualfood.com/seguranca-alimentar/alimentos-alguns-
riscos-associados/ovos).

2. Objetivos

Este trabalho teve como objetivo a identificação de iões cálcio e carbonato numa casca
de ovo, compostos relevantes para a saúde e para a indústria.

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3. Materiais e Métodos
3.1. Material

 Almofariz
 Bico de Bunsen
 Pipeta conta-gotas
 Papel de filtro
 Proveta de 5 mL
 Pinça para tubos de ensaio
 Suporte de tubos de ensaio
 Tubos de ensaio 10 × 100 mm

3.2. Reagentes e Aspetos de Segurança


 Fenolftaleína
 Casca de ovo
 Hidróxido de Bário (Ba(OH)2) saturado
 Ácido clorídrico (HCl) 2 mol/dm3
 Carbonato de sódio (Na2CO3) 0,1 mol/dm3

3.3. Aspetos de segurança


 Usar óculos de proteção, bata e luvas para manusear os reagentes.

3.4. Equações químicas

A deteção de Ca2+¿ ¿ e CO 2−¿


3
¿
na casca de ovo respeita as seguintes equações:

Ba ( OH )2 ( aq ) +CO2 ( g ) → BaCO3 ( s )+ H 2 O ( l )
2+ ¿ ( aq )+ H 2 O (l)¿
+¿ ( aq ) → CO2 ( g ) +Ca ¿
CaCO3 ( s ) +2 H

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3.5. Procedimento experimental

Para o CO 3
2−¿ ¿
:
1º-Num tubo de ensaio colocar alguns pedaços de casca de ovo (previamente lavada e
triturada num almofariz) e adicionar 2mL da solução de HCl.

2º-Em seguida ligar o bico de Bunsen, aquecer ligeiramente e aproximar uma vareta
com uma gota de Ba ( OH )2da boca do tubo. Visualizando o aquecimento de uma
turvação branca que indica a presença do ião carbonato.

3º-Repetimos a primeira parte. Posteriormente, tapamos a boca do tubo com um


papel de filtro embebido em Na2CO3 e no qual coloca-se 2 gotas de fenolftaleína.
Depois de adicionarmos a fenolftaleína sobre o papel embebido em Na2CO3 este fica
carmim, indicando que este sal tem carácter básico.

Para o Ca :
2+¿ ¿

1º-Colocar num tubo de ensaio alguns pedaços de casca de ovo. Adicionar HCI até
cessar a efervescência.

2º-Transferir para uma cápsula de porcelana e evaporar à secura. Deixar arrefecer a


cápsula, adicionar 2mL de água desionizada e agitar, filtrar, se necessário.

3º-Humedecer, no filtrado, um fio de platina ou cromoníquel limpo e levar várias vezes


à zona oxidante da chama do bico de Bunsen. Esta adquire uma cor vermelho-tijolo,

característica do ião de Ca .
2+¿ ¿

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4. Discussão e conclusão dos resultados

A reação do carbonato de cálcio com HCI vai formar dióxido de carbonato, o ião cálcio
e água. O dióxido de carbono libertado pode ser identificado por Hidróxido de bário,
formando uma turvação branca, indicadora da presença do ião carbonato. Quando se
juntou a fenolftaleína ao papel de filtro embebido Na2CO3 o papel mudou de cor, para
vermelho-rosa (ou seja, a cor carmim, sinal de que é uma base).

5. Referências bibliográficas

Manual de MTIA (Sebenta)

https://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0006997&selTab=tab0&xlang=pt

https://www.qualfood.com/seguranca-alimentar/alimentos-alguns-riscos-associados/
ovos

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