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INTRODUÇÃO AO MODELO
DE EXCELÊNCIA DA GESTÃO®
L A R
E M P
EX USIVO
C L O S
EX I L I A D
R A F
PA
Publicado por: SÉRIE CADERNOS DE ATUALIZAÇÃO TÉCNICA DA
EXCELÊNCIA 4ª EDIÇÃO
Francisco Paulo Uras
4ª EDIÇÃO – REVISADA E
AMPLIADA COLABORAÇÃO
Caterine J. Berganton
DIREÇÃO EXECUTIVA FNQ Douglas H. Coppa
Av. das Nações Unidas, 11.857 Ricardo Corrêa Martins Mariana N. Assis
Carlos Eduardo Assmann Regina Ap. de M. Aguiar
6° andar – Brooklin Novo
04578-000 – São Paulo – SP – Brasil Hermann Ponte PRODUÇÃO GRÁFICA E
Tel.: 55 11 5509-7700 SUPERINTENDÊNCIA FNQ CORREÇÃO ORTOGRÁFICA
Fax: 55 11 5509-7730 Jairo Martins da Silva Inah de Paula Comunicações
Site: www.fnq.org.br
REDAÇÃO DA 1ª EDIÇÃO
COORDENAÇÃO
Paulo Sergio Duarte de Almeida
R
Valladares
L A
EQUIPE
P
Caio Márcio Becker Soares
E M
Carlos Amadeu Schauff
EX USIVO
Cesarino Carvalho Júnior
Francisco Paulo Uras
Joaquim Emanuel Santini
L S
Jorge Emanuel Reis Cajazeira
C O
Mauro Sergio Sguerra Paganotti
EX D
Odair Mesquita Quintella
I A
Ricardo Motta
I L
Rodolfo Cardoso
F
Ronaldo Darwich Camilo
R A
PA
© Direitos Reservados
Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento,
por escrito, da FNQ.
Esta publicação compõe a série Cadernos de Excelência, que tem por fina-
lidade disseminar o Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) da Fundação
Nacional da Qualidade (FNQ). Destina-se a apresentar práticas, esclarecer
as dúvidas sobre o MEG e satisfazer aqueles que desejam aprofundar seus
conhecimentos sobre seu conteúdo. É uma valiosa ferramenta para quem
pretende aprimorar a gestão de sua organização, preparar uma candidatura
ao Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) ou aperfeiçoar-se como membro da
Banca Examinadora do PNQ.
R
Conceitos Fundamentais da Excelência em Gestão.
L A
No Modelo, os Fundamentos da Excelência são expressos em características
P
tangíveis, mensuráveis quantitativa ou qualitativamente, por meio de requisitos
M
presentes em questões formuladas e em solicitações de informações específi-
E
EX USIVO
cas. Essas, por sua vez, são agrupadas em itens, em cada um dos oito Critérios.
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zada em dez volumes:
EX C O
D
Introdução ao Modelo de Excelência da Gestão® (MEG)
A
I
Liderança
I L
Estratégias e Planos
F
Clientes
A
R
Sociedade
PA
Informações e Conhecimento
Pessoas
Processos
Resultados
Guia de Autoavaliação e Implementação de Melhorias
L A R
E M P APRESENTAÇÃO 3
EX USIVO
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INTRODUÇÃO 5
EX C I A D O FUNDAMENTOS DA EXCELÊNCIA 7
F I L A CONSTRUÇÃO DO MEG 8
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PA
A ESTRUTURA DO MEG 11
DETERMINANDO O GRAU DE
MATURIDADE DA GESTÃO 12
O CAMINHO PARA A EXCELÊNCIA 16
DOCUMENTAÇÃO E INSTRUMENTOS
DE APOIO AO MEG 20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25
O atual cenário de crescimento do país aliado à estabi- Reconhecido internacionalmente, o MEG, juntamente
lidade econômica tem revelado um quadro bastante com os Critérios e Fundamentos da Excelência da Gestão,
favorável ao empreendedorismo, inovação e desenvolvi- constituem um modelo sistêmico da gestão, que incorpora
mento das empresas em busca da excelência. Para apro- as técnicas mais atualizadas e bem-sucedidas de adminis-
veitar esse momento com perspectivas positivas, gerir o tração. Mais do que apresentar conceitos de alinhamento
negócio de maneira integrada com foco no aperfeiçoa- e estruturação dos componentes gerenciais, o uso do MEG
mento constante se torna, cada vez mais, fundamental possibilita às organizações o exercício da autoavaliação e
para o sucesso das organizações. a implantação de um programa de excelência da gestão,
o que permite à organização ter foco em resultados, maior
Mas como saber se está no caminho da excelência da
cooperação interna, compartilhamento de informações e
gestão?
aprendizado, melhora do clima organizacional, elevação do
A prática periódica de avaliações se mostra como uma desempenho financeiro e aumento da competitividade.
R
das ferramentas mais eficazes para medir o grau de matu-
A
Ao absorver internamente esses princípios e valores da
L
ridade da gestão da organização, ao permitir um diagnós-
busca pela excelência, as organizações tornam-se ainda
P
tico objetivo, identificar o gerenciamento de processos
mais bem preparadas para superar desafios e adaptar-se
M
em toda a cadeia de negócios e apontar os pontos fortes
E
rapidamente a eventuais mudanças no mercado nacional
EX USIVO
e oportunidades de melhoria. Esse instrumento funciona
e internacional, como as oportunidades de crescimento
como referencial para a implantação de um programa de
do Brasil, a recente crise financeira e a intensificação das
excelência da gestão, bem como a criação de planos de
mudanças climáticas causadas por impacto ambiental da
ação e acompanhamento de seu desempenho.
L S
atividade humana.
C O
Com a realização do diagnóstico da gestão e a implan-
EX D
Investir na melhoria da gestão, internalizando conceitos
tação de práticas focadas na melhoria do negócio, a
A
de excelência em todas as áreas e níveis hierárquicos, é
I
empresa se torna mais bem preparada para alcançar suas
L
a maneira mais eficaz para as organizações estruturarem
I
metas e aumentar sua competitividade, produtividade e
F
seu negócio e se consolidarem no mercado. Assim, com
visibilidade no mercado brasileiro. O processo contínuo
seu caráter empreendedor e inovador, os empresários
A
de avaliações, enfim, direciona a organização na jornada
R
brasileiros contribuem para a manutenção do cenário
a caminho da excelência, abrindo espaço para que seja
PA
econômico positivo vivenciado pelo país, aumentando
reconhecida por adotar um sistema de gestão alinhado
ainda mais sua perspectiva de crescimento.
aos princípios do MEG.
De acordo com um estudo feito em 2010 pela consultoria
Mckinsey e replicado no Brasil pela FNQ, os negócios e
a gestão das organizações devem ser impactados, nos
próximos anos, por cinco forças globais de transformações.
Consideradas as maiores tensões e oportunidades para
inovações, tais forças contemplam: o crescimento de mer-
cados emergentes; as alterações demográficas, a sociedade
e a produtividade do trabalho; o fluxo global de produtos,
informações e capital; as mudanças climáticas e a sustenta-
bilidade; além do crescimento do papel dos governos nas
economias e na sustentabilidade ambiental e social.
R
interdependente para gerir uma organização. Conside- permite um diagnóstico objetivo e a medição do
A
ra que os vários elementos da organização e as partes
L
grau de maturidade da gestão.
P
interessadas interagem de forma harmônica e balance-
ada nas estratégias e resultados. Assim, o MEG permite
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EX USIVO
Sistema de
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Planejamento Sistema de Sistema de
C O
Porter O HSAS 180reuniões
Sistema
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Sistema de Financeiro
A
Sistema de
I
monitoramento
L
Desempenho Comunicações Sistema
I
RESULTADOS
BSC
F
Sistema
Sistema de Manutenção
A
Resp. SocialSistema TPM
R
Sa800 Ambiental Qualidade
PA
ISO 14000 ISO 9000
Estratégias RESULTADOS
rmaç
ão e conhecimento Pessoas
Info e planos
Clientes
Pessoas
Clientes Sociedade Liderança
Liderança Estratégias
e Planos
Resultados
RG
Processos
Informação e
Processos
conhecimento
Sociedade
Info
rmaçã to
o e conhecimen
R
Excelência (quadro 1) que expressam conceitos atuais que se mais facilmente às mudanças e tem mais condições
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se traduzem em práticas encontradas em organizações de atingir e manter um desempenho de Classe Mundial.
E M P FUNDAMENTOS DA EXCELÊNCIA
EX USIVO
PENSAMENTO Entendimento das relações de interdependência entre os diversos componentes de uma organi-
SISTÊMICO zação, bem como entre a organização e o ambiente externo.
APRENDIZADO Busca e alcance de um novo patamar de conhecimento para a organização e sua força de trabalho por
L S
ORGANIZACIONAL meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de experiências.
EX C D O
CULTURA DE INOVAÇÃO Promoção de um ambiente favorável à criatividade, à experimentação e à implementação de novas
A
ideias que possam gerar um diferencial competitivo para a organização.
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LIDERANÇA E CONSTÂN- Atuação dos líderes de forma aberta, democrática, inspiradora e motivadora das pessoas, visando
I
o desenvolvimento ininterrupto da cultura da excelência, a promoção de relações de qualidade e
F
CIA DE PROPÓSITOS
a proteção dos interesses das partes envolvidas.
R A
ORIENTAÇÃO POR PRO- Compreensão e segmentação do conjunto das atividades e processos da organização que agregam
PA
CESSOS E INFORMAÇÕES valor para as partes interessadas, sendo que a tomada de decisões e a execução de ações devem ter
como base a medição e análise do desempenho, levando-se em consideração as informações disponí-
veis, além de incluírem-se os riscos identificados.
VISÃO DE FUTURO Compreensão dos fatores que afetam a organização, seu ecossistema e o ambiente externo no
curto e no longo prazo, visando a sua perenização.
GERAÇÃO DE VALOR Alcance de resultados consistentes, assegurando a perenidade da organização pelo aumento de valores
tangíveis e intangíveis de forma sustentada para todas as partes interessadas.
VALORIZAÇÃO DAS Estabelecimento de relações com as pessoas, criando condições para que elas se realizem
PESSOAS profissional e humanamente, maximizando seu desempenho por meio de comprometimento,
desenvolvimento de competências e espaço para empreender.
CONHECIMENTO SOBRE Conhecimento e entendimento do cliente e do mercado, visando a criação de valor de forma sustentada
O CLIENTE E O MERCADO para o cliente e, consequentemente, gerando maior competitividade nos mercados.
DESENVOLVIMENTO DE Desenvolvimento de atividades em conjunto com outras organizações, potencializando competências
PARCERIAS complementares de cada uma e a atuação conjunta, buscando benefícios para as partes envolvidas.
RESPONSABILIDADE Atuação que se define pela relação ética e transparente da organização com todos os públicos com
SOCIAL os quais ela se relaciona, estando voltada para o desenvolvimento sustentável da sociedade, preser-
vando recursos ambientais e culturais para gerações futuras, respeitando a diversidade e promo-
vendo a redução das desigualdades sociais como parte integrante da estratégia da organização.
Quadro 1: Fundamentos da Excelência.
Fonte: Fundação Nacional da Qualidade (FNQ): Conceitos Fundamentais da Excelência em Gestão. 2. ed., 2011.
R
tangível dentro das organizações?
P L A REQUISITOS
São as características tangíveis (mensuráveis
quantitativa ou qualitativamente) que demonstram
E M
os fundamentos.
EX USIVO
Mas como inserir esses requisitos numa estrutura capaz de
reproduzir de forma lógica a condução de um negócio?
C L O S
ITENS/ São requisitos afins agrupados por meio
EX D
CRITÉRIOS de uma lógica pré-definida.
L I A
Figura 2: Lógica de construção do MEG.
A F I
PA R
Um Fundamento da Excelência é um conceito que pode ser traduzido em fatores de
avaliação, processos ou mesmo em estratégias organizacionais. A figura 3 mostra como
isso é feito no MEG. Os Fundamentos Pensamento Sistêmico, Aprendizado Organizacio-
nal, Cultura de Inovação e Desenvolvimento de Parcerias são transversais e se desdo-
bram em requisitos constantes nos diversos Critérios e, principalmente, em fatores de
avaliação. Já os demais Fundamentos se desdobram em requisitos mais diretamente
ligados aos Critérios, ou seja, Liderança e Constância de Propósitos, com o Critério 1
Liderança, Visão de Futuro, com o Critério 2 Estratégia e Planos, e assim sucessivamente.
As figuras 3 e 4 ilustram a relação Fundamentos e Critérios.
EX USIVO
C L O S
EX I L I A D
R A F
PA
Essa lógica de construção acima descrita é utilizada para a atualização do MEG, cuja
metodologia está apresentada na figura 5.
L A R
E M P
EX USIVO
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EX I L I A D
R A F
PA
Figura 5: Método de construção do MEG.
De acordo com o MEG, a organização pode ser considerada como um sistema or-
gânico, adaptável ao ambiente externo. Os vários elementos do Modelo encon-
tram-se imersos em um ambiente de informação e conhecimento, e relacionam-
se de forma harmônica e integrada, voltados para a geração de resultados.
L A R
E M P
EX USIVO
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EX I L I A D
R A F
PA Figura 6: Representação do MEG.
A R
são implementados de forma periódica, se são baseados em lições aprendidas, se estão
L
inter-relacionados com outros processos deste ou de outros itens do Critério e se há
P
coordenação e colaboração entre as diversas áreas e partes interessadas para alcançar os
M
objetivos pretendidos do processo.
E
EX USIVO
ENFOQUE
Na avaliação dos processos gerenciais, são observadas a lógica e a coerência do que a
L S
organização faz, de certo modo. Se o Enfoque é inerentemente lógico, isso não precisa
C O
ser explicado, mas muitos enfoques que parecem ser claros e lógicos para uma pes-
EX D
soa da organização podem não ser para um observador externo. Um importante fator
I A
na avaliação do Enfoque é se ele é apropriado ao tipo e tamanho da organização. Por
I L
exemplo, para uma organização de 50 pessoas pode ser apropriado ter um número de
F
sistemas e processos informais para fazer o que precisa ser feito. Isso não seria o caso de
A
uma organização de 10 mil empregados, na qual se espera que as abordagens sejam
R
mais estruturadas, documentadas e formais. Outro aspecto relevante na avaliação de sua
PA
abordagem é que ela pode não ser muito formal. Existem muitos processos de trabalhos
criativos em que uma abordagem do tipo “lista de verificação” seria contraproducente e
destruiria qualquer produtividade que poderia ser importante para o bom desempenho.
Uma das características dos Critérios de Excelência é que não existem respostas certas para
cada abordagem. Existe um número infinito de abordagens que uma organização poderia
usar para desempenhar a sua missão. Não existe somente uma abordagem correta. Tudo
é avaliado num contexto, conforme seja apropriado para cada organização na situação
em que ela se defronta. Na publicação Critérios de Excelência, estão indicados os requisitos
que devem ser levantados para compor o Perfil da Organização. Esse documento define as
condições de contorno e o contexto da organização, e se constitui o balizador da avaliação
da adequação das abordagens para atendimento aos requisitos do MEG.
A Aplicação não significa que cada parte da organização deva fazer as coisas do mes-
mo modo. Entretanto, se existem diferenças, devem existir razões lógicas para aquelas
diferenças, como a legislação, por exemplo. Por isso, é bastante lógico aceitar que uni-
dades organizacionais de grandes corporações localizadas em diferentes estados ou
R
países tenham práticas diferenciadas em gestão ambiental ou em recursos humanos.
L A
O outro aspecto importante na avaliação do fator Aplicação é a Continuidade. É requeri-
P
do que a organização evidencie que as suas práticas de gestão são implementadas regu-
M
larmente ao longo dos anos, demonstrando assim constância de propósitos e consciência
E
EX USIVO
de que os resultados esperados podem demorar a serem alcançados.
APRENDIZADO
L S
Não importa o quão a abordagem seja lógica e bem planejada, os Critérios de Excelên-
C O
cia solicitam a apresentação de evidências de que ela seja periodicamente avaliada e
EX D
melhorada, para que, dessa maneira, torne-se refinada. Outro aspecto relevante é que
I A
a implementação de inovações e a manutenção de práticas no estado da arte, de
I L
forma sustentável, requeiram um sistema gerencial mais amadurecido. Muitas organi-
F
zações falham em explicar como as suas práticas de gestão são melhoradas ao longo
A
do tempo ou como as inovações resultaram em melhorias dramáticas nos resultados.
R
Se a organização está implementando uma abordagem diferente da anteriormente
PA
utilizada, obviamente, deve demonstrar que isso significa um novo patamar de Apren-
dizado e que o enfoque não deve ser considerado como em início de uso. A avaliação
nos níveis mais elevados de Aprendizado requer evidências de que a abordagem tem
sido melhorada diversas vezes em um período de vários anos.
INTEGRAÇÃO
Este fator requer que os Processos Gerenciais sejam coerentes com os objetivos e estraté-
gias da organização e estejam inter-relacionados com outros processos e enfoques afins.
Organizações que são avaliadas nas faixas superiores de pontuação tendem a apresen-
tar inter-relacionamentos excelentes entre muitos sistemas organizacionais diferentes.
Por exemplo, pode-se esperar que o sistema de medição de desempenho monitorado
em uma base mensal é também a base do plano estratégico, dos sistemas de avalia-
ção de desempenho e do sistema de reconhecimento e recompensa. Essencialmente,
o que se procura na avaliação do fator Integração é a existência de conexões nos
sistemas organizacionais. Existem muitas interações e dependências entre os vários
itens dos Critérios de Excelência. As interações mais importantes estão apresentadas no
início de cada item de cada Caderno de Excelência.
Organizações que atingem pontuações elevadas o suficiente para receber o PNQ apre-
sentam uma coletânea de processos refinados e inter-relacionados. Mais do que isso,
elas parecem ter uma arquitetura global, ou modelo de sistema, em que foi considera-
R
da quando concebeu cada subsistema e Enfoque na organização de modo que cada
A
peça trabalhe bem com as outras para se obter desempenho e resultados superiores.
L
Nessas organizações, as pessoas das diferentes áreas colaboram entre si e buscam o
P
desenvolvimento de parcerias com todas as partes interessadas. Entretanto, esse tipo de
E M
Integração é raramente visto em organizações que estão em estágios intermediários de
EX USIVO
maturidade, as quais apresentam muitos sistemas organizacionais que cumprem apenas
a sua função isoladamente, sem estar efetivamente ligado ao negócio da organização.
A Integração é difícil de avaliar em um item individual, porque o que é considerado é a
L S
Integração dos processos em um item e também com os processos de outros itens.
I L
ganizacionais ocorre por meio de 3 fatores: a Relevância do resultado para o sucesso
F
do negócio, a Tendência ao longo do tempo, e o Nível Atual de desempenho, consi-
A
derando o atendimento aos principais requisitos das partes interessadas e comparações
PA R
competitivas e/ou setoriais dos resultados alcançados com referenciais de excelência.
RELEVÂNCIA
Na avaliação dos seis itens do Critério 8, os examinadores inicialmente verificam se os
resultados apresentados são relevantes, ou seja, se os mesmos são importantes para
a determinação do alcance dos objetivos estratégicos e operacionais da organização.
Para apoiar sua verificação, os examinadores consideram:
Caso, com base nessas verificações, o examinador concluir pela falta de Relevância,
o resultado não será considerado para a continuidade da avaliação (verificação da
Tendência e do Nível Atual).
TENDÊNCIA
Os itens de resultados solicitam a apresentação de dados que permitam avaliar o com-
portamento do resultado ao logo do tempo. Isto é o que se entende como Tendência.
A apresentação de resultados deve abranger uma série histórica de dados que permita
analisar a sua Tendência. Para tanto, é requerida a apresentação de um conjunto de valo-
res de pelo menos três períodos consecutivos de aplicação das práticas, coerentes com
o ciclo de planejamento e análise do desempenho da organização.
A R
Organizações em estágio inicial de implementação do MEG não conseguem apresen-
L
tar dados suficientes para a avaliação da Tendência, pois, obviamente, é necessário
P
tempo para que sejam realizados os ciclos de execução e medição. À medida que a or-
E M
ganização persiste e vai resolvendo os problemas que ficam explícitos quando resulta-
EX USIVO
dos adversos são obtidos, a Tendência vai se configurando. A constância de propósitos
é necessária para se obter uma Tendência de melhoria que leva a organização a atingir
os níveis de desempenho esperados e alcançar a satisfação das partes interessadas.
L S
Em estágios mais elevados, vai alcançar o nível de desempenho dos concorrentes e se
C O
tornar um referencial de excelência.
EX I A D
NÍVEL ATUAL
I L
O Nível Atual compreende a avaliação do desempenho da organização conside-
F
rando o atendimento aos principais requisitos das partes interessadas, que
A
exprimem as suas necessidades e expectativas, e a análise dos resultados obtidos em
PA R
relação a referenciais comparativos pertinentes.
L A R
NÍVEL DE MATURIDADE
EX USIVO
1 Excelência Classe organizações que já têm um modelo
Mundial de gestão bem estruturado e que
estão mais próximas do estado da
arte da sua gestão.
C L O S
2 Rumo à
2 Critérios Rumo à Excelência: aplicado
EX D
Excelência
às organizações que já implantaram
A
um programa de melhoria da gestão
L I
em busca do estado da arte.
R
3 Compromisso Excelência: aplicado às organiza-
PA
com a Excelência ções que estão em estágio inicial
da implantação de um programa
de melhoria da gestão.
TEMPO E ESFORÇO
Figura 7: Evolução e estágios de maturidade da gestão.
Fonte: Fundação Nacional da Qualidade (FNQ): Critérios de Excelência, 19. ed., 2011.
R
sustentáveis. Essa é uma fase de muita atividade, mas também de grandes
A
conquistas. Assim, é fácil para a liderança mobilizar as pessoas na busca da
L
sua visão. Aquelas organizações que conseguem estabelecer uma estrutura
P
interfuncional e aprendem a acompanhar os projetos de melhoria rodando
E M
o PDCL conseguem subir de patamar de maturidade. Tendo conseguido
EX USIVO
superar este primeiro grande desafio organizacional, começam a atender de
forma consistente os requisitos das partes interessadas e, assim, melhoram
a satisfação dos clientes e da força de trabalho. Persistindo na aplicação do
L S
Modelo, as organizações atingem níveis de desempenho em algumas áreas
C O
superiores aos seus concorrentes.
EX A D
A publicação do MEG que a organização utiliza nesse estágio e que expressa
L I
uma orientação à gestão nesse nível, é o Rumo à Excelência.
F I
Organizações em estágios avançados no caminho da excelência têm
A
um sistema de gestão delineado e implementado. Avaliam e melhoram de
R
forma rotineira os seus resultados e as suas práticas de gestão. Claramente,
PA
apresentam resultados acima dos concorrentes em várias áreas, mas têm
dificuldade em alcançar os referenciais de excelência. O fundamento cuja
aplicação é crítica e coloca em prova essas organizações é Liderança e
Constância de Propósitos. Elas se veem de frente aos problemas crônicos
e culturais não resolvidos. Quando percebem que para resolver esses pro-
blemas precisam promover maior integração interna e desenvolver parce-
rias, percebem que encontraram a solução e, então, voltam a melhorar seus
resultados e se tornam um referencial de excelência.
PLANEJAMENTO
EXECUÇÃO
DA EXECUÇÃO
DEFINIÇÃO DAS
PRÁTICAS E PADRÕES
AÇÃO VERIFICAÇÃO
R
MELHORIA AVALIAÇÃO
P L A
Figura 8: Diagrama da Gestão do MEG para itens de processos gerenciais.
E M
EX USIVO
O Diagrama da Gestão é, portanto, a forma sugerida pelo MEG para conce-
ber, executar e aprimorar as práticas de gestão. O primeiro passo para a ade-
L S
rência da organização ao MEG dá-se por meio do enfoque adotado, repre-
C O
sentado pelas práticas de gestão e seus respectivos padrões de trabalho. Os
EX A D
padrões de trabalho representam as regras de funcionamento das práticas
L I
de gestão e, portanto, ajudam a estruturá-las e sistematizá-las.
F I
As práticas e padrões de trabalho concebidos devem ser aplicados. A aplicação
A
consiste na execução das práticas segundo os padrões estabelecidos, abrangen-
R
do os processos, produtos, áreas e partes interessadas, conforme a natureza de
PA
cada prática analisada. Essa aplicação compreende ainda o uso continuado das
práticas gerenciais, ou seja, de maneira periódica e ininterrupta.
Por fim, é importante ressaltar que esse diagrama representa uma sugestão
lógica de execução, e não temporal. Ou seja, o aprendizado pressupõe a
execução completa dos dois ciclos de forma integrada e colaborativa, e não
a existência da obrigatoriedade de prazos distintos de tempo para suas exe-
cuções. Essa é uma condição lógica que reproduz a realidade das empresas,
R
(1) Abordagem
(2) Abordagem em início de integração
A
não integrada
L
Estratégias
P
e objetivos Estratégias
M
e objetivos
E
EX USIVO
As práticas de gestão são coerentes com as estratégias e objetivos da
organização, mas não há Inter-relacionamento entre as mesmas e
S
não há cooperação entre as áreas e com as partes interessadas.
C L O
(3) Abordagem quase integrada (4) Abordagem integrada
EX I A D Estratégias
L
Estratégias
I
e objetivos e objetivos
R A F
As práticas de gestão são coerentes com as estratégias e ob- As práticas de gestão são coerentes com as estratégias e
PA
jetivos da organização e estão inter-relacionadas, mas não objetivos da organização e estão inter-relacionadas, há
há cooperação entre as áreas e com as partes interessadas. cooperação entre as áreas e com as partes interessadas,
produzindo elevada sinergia.
Uma organização que está em busca da excelência em Técnicos da FNQ, incorporando os conceitos e práticas
gestão, por meio de um programa de melhoria da sua determinantes da excelência em gestão, reconhecidos
gestão, passa por etapas e diferentes níveis de maturida- em mais de 100 países por organizações que dissemi-
de das suas práticas. O caminho em busca da excelência nam Modelos de Excelência da Gestão similares.
apresenta marcos relevantes que definem os estágios
Destaca-se também, no Portal da FNQ (www.fnq.org.br),
para o sistema de gestão da organização.
o Banco de Boas Práticas, que é um ambiente intera-
Utilizando os Critérios de Excelência como referência, uma tivo que reúne as melhores práticas de empresas, que
organização pode implantar um programa de melhoria trilham o caminho da excelência em gestão. São mais
da gestão por meio de autoavaliações, obtendo um de 500 práticas de gestão sobre Liderança, Estratégias
profundo diagnóstico do sistema de gestão, seguida e Planos, Clientes, Sociedade (responsabilidade socio-
de planos de melhoria, além de poder se candidatar ao ambiental), Informações e Conhecimento, Pessoas,
R
Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ). Processos e Resultados. O acesso às práticas na íntegra é
A
restrito aos membros e organizações não-membros que
L
Os Critérios de Excelência são apresentados de acordo
compartilham suas práticas no Banco de Boas Práticas.
P
com o nível de maturidade da gestão da organização
As organizações que não possuem práticas inseridas
M
nas publicações – Critérios de Excelência, Critérios Com-
E
podem acessar os resumos.
EX USIVO
promisso com a Excelência e Critério Rumo à Excelência, e a
série de Cadernos de Implementação composta por três Com o objetivo de auxiliar as empresas em sua busca
conjuntos, em correspondência direta com os três níveis pela excelência, a FNQ disponibiliza mais uma ferra-
dos Critérios, ou seja, os Cadernos de Excelência, Cadernos menta gratuita e de simples manuseio. O software
L S
Rumo à Excelência e os Cadernos Compromisso com a e-MEG Diagnóstico, disponível para download no site
EX C D O
Excelência. da instituição, fornece em um curto espaço de tempo
A
- de 30 a 60 minutos - um diagnóstico sobre o estágio
I
Todas as publicações acima estão em constante evo-
L
de gestão em que se encontra a organização, inde-
I
lução, sendo revistas periodicamente pelos Comitês
R A F
PA
CONJUNTO DE PUBLICAÇÕES QUE TEM POR FINALIDADE FACILITAR A
IMPLEMENTAÇÃO DO MEG E DAS AÇÕES DECORRENTES:
R
los examinadores e gestores de prêmios para avaliar a gestão de candidatas
L A
às premiações, com base no MEG, conforme pode ser observado na figura
P
abaixo.
E M
EX USIVO
Software e-MEG
Organizações
C L O S
Autoavaliação
EX D
Iniciante
A
Compromisso com a Excelência (250)
I
Diagnóstico
I L
Intermediário Rumo para a Excelência (500)
A F
Avançado Critérios de Excelência (1000)
PA R
30 Minutos 20 horas
Figura 10: Representação e-MEG, 2011.
Cada organização deve encontrar a maneira mais apropriada (mais eficaz) para imple-
mentar as melhorias, pois não haverá progresso na gestão da organização sem o estabe-
lecimento de ações estruturadas. Pessoas capacitadas e relatórios de avaliação não são
suficientes. São necessárias estruturas operacionais e de gestão, a fim de que as propostas
de melhoria decorrentes da avaliação sejam eficazmente implantadas.
R
Assim, planos de ação devem ser implementados por grupos multifuncionais, e nunca por uma
A
única pessoa. Os temas, sempre que possível, também devem ser multifuncionais, e não dirigidos
P L
a uma única área da organização. Essas recomendações colaboram para a prática do trabalho em
equipe, para a visão sistêmica da organização e para a obtenção de resultados superiores.
E M
EX USIVO
Quanto à estruturação do plano de ação, clareza, objetividade, definição de responsáveis,
especificação de prazos, alocação de recursos e algum tipo de acompanhamento e avaliação
da implementação são condições mandatórias da sua estrutura. Uma maneira de verificar se
o plano de ação atende a esses atributos consiste em utilizar as seguintes perguntas-chave:
C L O S
EX
O QUE SERÁ FEITO?
I L I A D
F
Título: não mais de seis palavras-chave. Não é o lugar para descrever o projeto.
R A
Objetivo: no que consistirá o projeto; o que será produzido. Não confundir com
PA
os efeitos resultantes (resultados) dele.
QUANTO CUSTARÁ?
Orçamento: dispêndios necessários ao desenvolvimento do projeto
(equipamentos, serviço, homens-hora etc.) e receitas previstas.
QUEM FARÁ?
Responsáveis: coordenador do grupo de projeto.
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promover o trabalho em equipe e a cooperação;
L A
compartilhar informações sobre as melhores práticas.
M P
O MEG ajuda a conduzir as organizações usuárias a patamares cada vez
E
mais elevados de competitividade e a níveis de qualidade, tanto nas suas
EX USIVO
práticas de gestão como nos seus resultados. Pesquisas realizadas no Brasil
e nos EUA demonstram que as empresas usuárias do MEG ou de modelos
sistêmicos da gestão apresentam melhorias expressivas dos seus resul-
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tados, conforme pode ser observado pelo estudo realizado pela Serasa
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Experian, a partir de uma amostra de 202 empresas usuárias do MEG.
EX I A D
Os índices econômicos e financeiros dessas organizações foram compa-
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rados ao desempenho das grandes empresas do setor em que atuam,
F I
durante um período de dez anos. A figura 11 apresenta a comparação da
A
evolução do faturamento, em que as usuárias do MEG superam as demais
R
organizações do setor.
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Conforme pode ser observado na figura 11, quando se analisa a evolução
do faturamento dos setores Serviço e Comércio, percebe-se que as organi-
zações usuárias do MEG foram as que mais cresceram em 2010. No setor de
Serviços, elas cresceram 35,2%, o que representa 1,8 p.p. acima da amostra
de empresas do setor de Serviços. O setor de Comércio foi o que teve a
maior alta: 102,6% para as usuárias do MEG, contra a média de 74,9%.
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35,2%
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33,4%
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EX USIVO
Usuárias do ME G
Setor
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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
EX C I A D O
F I L
Evolução do Faturamento - COMÉRCIO Evolução do Faturamento - INDÚSTRIA
R A
PA
102,6%
70,3%
74,9%
51,4%
Usuárias do MEG
Usuárias do MEG
Setor
Setor
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
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EUROPEAN FOUNDATION FOR QUALITY MANAGEMENT. Avaliar a excelên-
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M
e revisão de uma estratégia de autoavaliação nas organizações. Brussels:
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EX USIVO
European Foundation for Quality Management, 2003.
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negócio. Brussels: European Foundation for Quality Management, 2003.
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excelência da EFQM: versão pequenas e médias empresas. Brussels: European
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HUTTON, David W. From baldrige to the bottom line: a road map for
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organizational change and improvement. Milwaukee, WI: American Society
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IBAÑES, Hugo Álvaro Murillo; FERREIRA, José Joaquim do Amaral. Metages-
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tão organizacional: gestão para o aprimoramento da inteligência de ges-
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tão organizacional futura, utilizando softwares flexíveis. São Paulo: Editora
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JURAN, J. M. A qualidade desde o projeto: novos passos para o planeja-
mento da qualidade em produtos e serviços. São Paulo: Pioneira, 1992.
A R
ção de Melhorias. PDCA de gestão de melhorias, uma gestão de melhorias a partir
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enfatizando a autoavaliação, as suas de uma autoavaliação tendo como
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diferentes metodologias e práticas referência o Modelo de Excelência
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de planejamento e controle. de Gestão® (MEG).
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EX I L I A D
R A F
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REALIZAÇÃO
Av. das Nações Unidas, 11.857, 6° andar, conj. 62
Brooklin Novo 04578-000 São Paulo SP Brasil
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