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INFORMAÇÕES E
CONHECIMENTO
SÉRIE CADERNOS DE EXCELÊNCIA ©
RESPONSABILIDADE COLABORAÇÃO
C. Adriano Silva
Antônio Tadeu Pagliuso - Superintendente Geral
Christiane Rodrigues Correia
Sérgio Queiroz Bezerra - Gerente Técnico
PROJETO E PRODUÇÃO GRÁFICA
Inah de Paula Comunicações
REDAÇÃO
COORDENAÇÃO GERAL AGRADECIMENTOS
Paulo Sergio Duarte de Almeida Valladares A equipe de redação agradece a Ana Maria Iten pelas
críticas e sugestões ao Caderno Informações e
EQUIPE Conhecimento.
Caio Márcio Becker Soares
Carlos Amadeu Schauff São Paulo, janeiro de 2007
Cesarino Carvalho Júnior
Francisco Paulo Uras
© DIREITOS RESERVADOS
Joaquim Emanuel Santini
Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação
Jorge Emanuel Reis Cajazeira
sem o prévio consentimento, por escrito, da FNQ.
Mauro Sergio Sguerra Paganotti
Odair Mesquita Quintella
Publicado por
Ricardo Motta
Rodolfo Cardoso
Ronaldo Darwich Camilo
REVISÃO ORTOGRÁFICA E GRAMATICAL
Fernando Pachi
Odair Mesquita Quintella
MISSÃO VISÃO
Disseminar os fundamentos da excelência em Ser um dos principais centros mundiais de
gestão para o aumento de competitividade das estudo, debate e irradiação de conhecimento
organizações e do Brasil. sobre a excelência em gestão.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-60362-33-2
1.Critérios de Excelência. 2. Fundação Nacional da Qualidade. 3. Gestão da Qualidade Total. 4. Excelência empresarial.
5. Informação. 6. Conhecimento
CDD 658.562
APRESENTAÇÃO
Este Caderno compõe a série Cadernos de Excelência, que tem por finalidade divulgar o Modelo de Excelência da
Gestão® (MEG) da FNQ - Fundação Nacional da Qualidade. Destina-se a esclarecer as dúvidas de seus usuários sobre
o Modelo e a satisfazer aqueles que desejam aprofundar seus conhecimentos sobre seu conteúdo. É uma valiosa
ferramenta para quem pretende aperfeiçoar-se como membro da Banca Examinadora, aprimorar a gestão de sua
organização ou preparar uma candidatura ao Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ).
O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) está apresentado na publicação Critérios de Excelência, editada, anualmen-
te, pela FNQ. Para uma leitura mais eficaz dos Cadernos desta série, recomenda-se que seja efetuada em conjunto
com os Critérios de Excelência.
Os Cadernos de Excelência são publicados na forma de “fascículos”, de modo a tornar a leitura mais agradável e a
facilitar seu manuseio. A série está organizada em dez volumes:
Escritos em linguagem acessível, os Cadernos de Excelência descrevem como os requisitos dos Critérios de Excelência
podem ser implementados a partir de soluções práticas, sem caráter prescritivo. Como ilustração, são apresentados
exemplos de empresas finalistas ou vencedoras do PNQ, revelando o quanto podem ser proativas, refinadas ou
inovadoras as abordagens adotadas. No caso da sua utilização por organizações públicas, alguns conceitos como
cliente, mercado e concorrência precisam ser adaptados.
Espera-se que o leitor seja estimulado a consultar os Cadernos sempre que necessário e que se beneficie com os
exemplos apresentados. A série está disponível também em meio eletrônico - www.fnq.org.br.
Equipe de Redação
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................ 3
INTRODUÇÃO ................................................................................. 5
BIBLIOGRAFIA ............................................................................. 38
B) ESTRUTURAÇÃO DE
SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO
Para garantir a introdução de novas tecnologias, a Por essa razão, a organização Classe Mundial gerencia
Serasa (PNQ 2005) mantém parcerias com as os recursos necessários ao serviço de informações aos
melhores universidades do Brasil e do Exterior e seus usuários, projetando, implementando, avaliando e
permanente intercâmbio de experiências e co- assegurando o pleno funcionamento da infra-estrutura
nhecimento com os mais respeitados centros de necessária à geração e disponibilização de informações.
referência em crédito do mundo. O parque de hardware, software e de comunicação de
dados é administrado tal que os canais - redes ou dispo-
sitivos de entrada, armazenamento e saída de dados -
sejam compatíveis com as demandas e estejam disponí-
veis e acessíveis para responder, ágil e prontamente, às
necessidades dos usuários.
A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) Essa administração, quase sempre terceirizada, em ra-
(PNQ 2005) utiliza sua plataforma tecnológica para zão da especialização necessária, incorpora,
desenvolver tecnologias próprias, integradas ao freqüentemente, mecanismos proativos, como para
sistema de gerenciamento, por exemplo, o Siste- monitorar a disponibilidade dos sistemas e do tempo de
ma Supervisório do Centro de Operações do acesso e resposta ao usuário, e o estabelecimento de
Sistema (COS), que foi desenvolvido integralmen- acordos de nível de serviço entre áreas provedoras e
te na empresa, e o sistema Gerenciamento áreas usuárias, incluindo serviços regulares de suporte e
Integrado do Sistema de Distribuição (GISD), o resposta a problemas - help desk.
qual representou um grande salto tecnológico na
gestão operacional, automatizando-se processos e E) SEGURANÇA DAS INFORMAÇÕES
criando-se plataformas integradas.
A gestão da segurança das informações abrange os as-
pectos necessários para garantir a atualização e
preservação da confidencialidade, a integridade e dis-
ponibilidade das informações. A organização Classe
D) DISPONIBILIZAÇÃO DAS Mundial estabelece políticas de segurança das informa-
INFORMAÇÕES ções; avalia e trata os riscos relativos a essa segurança;
estabelece responsabilidades e estruturas para viabilizar
A disponibilização das informações aos usuários tem a a política; define níveis de classificação, acesso e propri-
característica de uma prestação de serviço, cuja comple- edade das informações; e implementa ferramentas de
xidade varia de acordo com o perfil da organização. proteção de instalações e de bancos de dados, além de
Eventuais deficiências nesse serviço podem gerar im- mecanismos que assegurem a continuidade dos servi-
pactos adversos generalizados nas operações diárias, no ços de informação em situações emergenciais.
O gerenciamento da confidencialidade das informações Na Belgo Juiz de Fora (PNQ 2004), a integrida-
da organização abrange o estabelecimento e a de lógica das informações é garantida por recursos
implementação de políticas de controle do acesso auto- tecnológicos, tais como: sistema de detecção de
rizado aos seus sistemas de informação, o que inclui intrusão, link dedicado, controle de tráfego,
também as informações impressas em documentos. firewalls, proxy e antivírus, senhas para acesso aos
bancos de dados, geração de logs, e senhas indivi-
O controle de acesso autorizado aos sistemas e bancos duais e de perfis de acesso nas aplicações que
de dados inclui regras de uso de senhas e outros disposi- garantem tráfego seguro e distinto às informações
tivos de reconhecimento do usuário autorizado, bem necessárias à realização do trabalho.
como de atualização sistemática de ferramentas de pro-
teção do acervo de informações contra apropriação
indébita de documentos ou fraude eletrônica.
• DISPONIBILIDADE DAS INFORMAÇÕES A Gerdau Aços Finos Piratini (PNQ 2002), por
O gerenciamento da disponibilidade visa garantir que meio da prática da Gestão com Foco no Operador
os usuários autorizados obtenham acesso à informação e (GFO), proporciona aos operadores das células
aos ativos correspondentes sempre que necessário. Isso operacionais um sistema de itens de controle (IC)
é promovido por meio de mecanismos que assegurem que demonstra continuamente a performance em
pronto acesso às informações desejadas, como o empre- relação às suas metas de qualidade e produtivida-
go de sistemas on-line, canais de acesso via internet, de por célula em que os próprios integrantes,
disponibilização de computadores e dispositivos de aces- gerenciando sua rotina, utilizam para monitorar seu
so remoto para os usuários, proteção física de instalações desempenho e tomar decisões sobre correção de
de hardware e utilização de sistemas redundantes, além desvios. Os supervisores das células, por sua vez,
dos mecanismos que propiciem o pronto encarregam-se da análise mais abrangente e inte-
restabelecimento do acesso e a continuidade do serviço grada do desempenho, para promover melhorias
de informações no caso de perdas de informações ou de do processo e dos produtos da célula.
desastres, como ocorre nas sistemáticas de manutenção
de cópias de segurança dos registros vitais e nos proce-
dimentos e ensaios de recuperação de desastre.
A Dana Albarus - Divisão Cardans (PNQ 2003), utili-
za o Sistema Integrador de Dados e Informações
O Centro de Documentação e Informação (CDI) (SIDI 2.0), que dispõe dos módulos “mapa das estra-
da Cetrel (PNQ 1999) abriga o acervo de informa- tégias”, “revisão de desempenho”e “sistemas de
ções que supre as demandas da empresa, composto análise crítica”, em Notes, que é utilizado para arma-
por biblioteca, arquivo técnico, mapoteca, setor zenar o planejamento estratégico, bem como para
de informática, internet, intranet e sala de leitura, gerenciar o sistema de indicadores, planos de ação e
e representa um espaço de aquisição de conheci- tarefas. Possui acesso por meio da rede ou intranet,
mentos e informações sobre as mais modernas com senha, e também é utilizado como roteiro para
tecnologias ambientais existentes no mundo. os eventos de revisão de desempenho da divisão.
INFORMAÇÕES COMPARATIVAS
Não é possível falar em excelência e em aumento de competitividade sem tratar das
informações comparativas. São essas informações que permitem à organização co-
nhecer o seu grau de competitividade e de excelência, a partir da comparação externa
de seus resultados financeiros e não-financeiros; identificar diferenciais favoráveis e
desfavoráveis a serem tratados; e possibilitar o estabelecimento de metas baseadas
em fatos. Permitem também encontrar, por meio da prática do benchmarking, novos
insights na configuração de seus produtos e processos, operacionais e gerenciais,
potencializando o aprendizado e a inovação. Isso significa que, para alcançar níveis
de excelência e aumentar a competitividade, não basta assegurar a melhoria contí-
nua dos resultados, produtos e processos, é preciso olhar com atenção para o mercado
e realizar comparações para conhecer o nível de excelência ou de competitividade
alcançado e para evidenciar oportunidades de melhoria.
A figura 1 exemplifica, didaticamente, um ciclo de busca e uso de informações
comparativas de resultados associados a um ciclo de benchmarking para melhoria de
produtos e processos. Primeiro, os resultados críticos das estratégias e dos processos
são comparados externamente; depois, para os resultados desfavoráveis, dispara-se o
ciclo de benchmarking, que também funciona independentemente.
As informações comparativas se dividem em dois gru- metas, apoiando a tomada de decisões - “onde estamos”,
pos distintos: relativas a resultados; e relativas a “qual o nosso diferencial” e “aonde queremos chegar”. As
características de produtos ou processos, inclusive qualitativas são relativas à busca de novos insights para
gerenciais. As quantitativas estão relacionadas à avalia- melhorar os produtos e processos, intensificando o apren-
ção do nível de desempenho e ao estabelecimento de dizado organizacional.
ATIVOS INTANGÍVEIS
A importância do tema para potencializar a geração de diferencial competiti-
vo nas organizações Classe Mundial tem merecido nos últimos anos um item
especial nos Critérios de Excelência.
Os ativos intangíveis que geram diferenciais competitivos, também denomi-
nados “capital intelectual”, necessitam de um foco gerencial específico para
a organização poder tratar a questão de forma objetiva e prática, com foco em
resultados, em vez de adotar uma abordagem conceitual e filosófica, que
pode levar a projetos ambiciosos demais e direcionados apenas para a gestão
do conhecimento, esquecendo-se do desenvolvimento de outros ativos, que
podem, conforme o perfil do negócio, ser até mais importantes e mais fáceis
de serem tratados.
Dentre as informações que alimentam o processo de plane- Uma vez identificados esses ativos, é preciso avaliar, com
jamento estratégico, estão as avaliações dos ativos base em fatos, a sua expansão, já que a sua tradução em ativos
intangíveis, que incluem a análise das áreas do conheci- financeiramente contabilizáveis não é possível (são intangí-
mento e do conhecimento crítico que sustentam e sustentarão veis). É necessário existir mecanismos que permitam avaliar,
a organização e que orientam o seu desenvolvimento. direta ou indiretamente, se esses ativos estão sendo desen-
volvidos de acordo com a natureza dos mesmos.
Como o diferencial competitivo é, na prática, percebido
e avaliado pelo mercado e pelos clientes, gerando-se a Por exemplo, o ativo identificado como gerador de di-
preferência pelos produtos da organização, a identifica- ferencial reputação da marca pode ser medido por meio
ção de parte importante dos ativos intangíveis pode ser das pesquisas de recall no mercado-alvo; o ativo modelo
realizada ouvindo-se a voz dos clientes. Os mecanismos de atendimento, pelo nível de investimento em treina-
de avaliação da satisfação, fidelidade e insatisfação em mento de atendimento; o ativo flexibilidade comercial,
relação aos clientes dos concorrentes (item 3.2) podem pela taxa de fechamento de contratos de determinado
proporcionar elementos para essa identificação. Pesqui- porte; e o ativo produtos inovadores, por meio da taxa de
sas de valor percebido pelos clientes-alvo também inovações incorporadas.
podem auxiliar na identificação desses ativos. Pode-se
ficar sabendo, por exemplo, se os clientes valorizam a A avaliação, de forma integrada, dos ativos intangíveis pode
marca, o sistema de atendimento, determinada caracte- ser realizada pela análise dos diferenciais, em relação à con-
rística dos produtos, a flexibilidade comercial ou corrência, nos resultados financeiros, de clientes e mercado e
qualquer outro diferencial. de produtos. A existência de diferenciais favoráveis crescen-
tes na lucratividade, market-share, valor percebido, satisfação
É importante ressaltar que os ativos intangíveis percebi- de clientes, vendas no segmento e outros evidenciam a ex-
dos pelo mercado na concorrência também podem ser pansão dos ativos em relação à concorrência. Diferenciais
levados em consideração para serem desenvolvidos pela desfavoráveis ou decrescentes demonstram o contrário.
D) DESENVOLVIMENTO E PRESERVAÇÃO DO
CONHECIMENTO
2. CAMP, Robert C. Benchmarking: o caminho da qua- 10. STEWART, Thomas A. Capital intelectual: a nova
lidade total. 2.ed. São Paulo: Pioneira, 2002. vantagem competitiva das empresas. Rio de Janeiro:
Campus, 1997.
3. COLLINS, James C.; PORRAS, Jerry I. Feitas para
durar: práticas bem sucedidas de empresas visionárias.
Rio de Janeiro: Rocco, 1995.
OBJETIVO OBJETIVO
Promover uma visão Estabelecer um processo
global do Modelo, de auto-avaliação da
seus fundamentos e gestão, contemplando as
sua aplicação diferentes metodologias e
práticas de planejamento,
PÚBLICO-ALVO controle e gerenciamento
Todos que tenham das melhorias
interesse em utilizar
o Modelo, tanto para PÚBLICO-ALVO
implementação na Todas as organizações
sua organização que pretendam realizar
quanto para uma uma auto-avaliação
avaliação visando melhorar a
sua gestão
OBJETIVO
Explicar detalhadamente o Modelo, seus
requisitos e suas inter-relações
PÚBLICO-ALVO
Todos que estão implementando o Modelo,
utilizando-o para avaliação de uma organização
Realização
Patrocínio