Você está na página 1de 13

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade De Gestão De Recursos Naturais E Mineralogia

Tema: Gestão de conhecimento

Nome de Estudante: Samira Ibraimo Dede

Trabalho Individual Da Cadeira de Gestão de conhecimento, 3º Ano de Gestão de Recursos


Humanos, Período Laboral

Maio/2023
ÍNDICE
1. Introdução................................................................................................................................. 1

1.1. Objectivos......................................................................................................................... 2

1.1.1. Obejctivo geral: ............................................................................................................ 2

2. A gestão do conhecimento ....................................................................................................... 3

2.1. O conhecimento nas empresas ......................................................................................... 4

2.2. A competividade e gestão do conhecimento .................................................................... 5

2.3. Dados, informação e conhecimento ................................................................................. 7

2.3.1. Os dados ....................................................................................................................... 7

2.3.2. Dos dados para a informação........................................................................................ 7

2.3.3. Da informação para o conhecimento ............................................................................ 8

3. Conclusão ............................................................................................................................... 10

4. Referências bibliográficas ...................................................................................................... 11


1. Introdução

A gestão de conhecimento é o processo de criar, compartilhar, usar e gerenciar o conhecimento


em uma organização para melhorar o desempenho e obter vantagem competitiva. É um processo
contínuo que envolve a identificação, captura, armazenamento, disseminação e aplicação do
conhecimento.

O conhecimento é um ativo fundamental para as empresas, pois permite que elas tomem decisões
mais informadas, inovem e se adaptem a um ambiente de negócios em constante mudança. No
entanto, o conhecimento pode ser um recurso intangível e difícil de gerenciar, o que pode levar a
sua subutilização ou até mesmo perda.

Uma das principais formas pela qual a gestão do conhecimento pode aumentar a competitividade
das empresas é através da inovação. Ao capturar e disseminar o conhecimento em toda a
organização, as empresas podem criar um ambiente propício à inovação e à criação de novos
produtos e serviços.

1
1.1.Objectivos
1.1.1. Obejctivo geral:
✓ Compreender o modelo do funcionamento da gestão de conhecimento no seu todo.
1.1.2. Objectivos específicos:
✓ Descrever as principais atividades envolvidas na gestão de conhecimento;
✓ Fundamentar as principais atividades envolvidas na gestão de conhecimento;

2
2. A GESTÃO DO CONHECIMENTO

A gestão de conhecimento é o processo de criar, compartilhar, usar e gerenciar o conhecimento


em uma organização para melhorar o desempenho e obter vantagem competitiva. É um processo
contínuo que envolve a identificação, captura, armazenamento, disseminação e aplicação do
conhecimento.

A gestão de conhecimento é importante porque permite que as organizações aproveitem seus ativos
de conhecimento e usem essa informação para tomar decisões melhores e mais informadas.
Também ajuda as organizações a criar um ambiente em que o aprendizado contínuo é valorizado
e incentivado.

As principais atividades envolvidas na gestão de conhecimento incluem:

• Identificação e mapeamento do conhecimento existente na organização.


• Captura e documentação do conhecimento tácito e explícito.
• Armazenamento e gerenciamento do conhecimento em sistemas e bancos de dados.
• Disseminação e compartilhamento do conhecimento através de práticas de comunicação e
colaboração.
• Aplicação do conhecimento para resolver problemas e tomar decisões.

Algumas das principais ferramentas e técnicas usadas na gestão de conhecimento incluem:

• Sistemas de gerenciamento de documentos e bancos de dados;


• Comunidades de prática e redes sociais internas;
• Programas de treinamento e desenvolvimento;
• Modelos de gestão de competências e habilidades;
• Análise de dados e mineração de dados;

A gestão de conhecimento é uma prática essencial para as organizações modernas que desejam
melhorar sua eficiência, inovação e competitividade em um ambiente de negócios cada vez mais
complexo e desafiador.

Num meio de elevada complexidade e concorrência global, as vantagens competitivas das


empresas deixaram de estar localizadas nos produtos e serviços específicos que fornecem e
passaram a estar relacionadas com saber com que o fazem. Ou seja, a vantagem competitiva

3
sustentada de uma empresa que lhe permite uma elevada competitividade não está nas coisas que
fazem, mas sim naquilo que sabem para as fazer.

Conseguir gerir este conhecimento estimulando a sua produção e utilização e alinhando-o com os
objectivos de negócio é o grande desafio da gestão do conhecimento.

2.1.O CONHECIMENTO NAS EMPRESAS

Na década de oitenta do seculo passado, Toffler, identificou três grandes vagas: a primeira, a
sociedade agrícola, que se caracterizou pela utilização da terra como a principal base económica,
a qual possuía reduzida capacidade de gerar conhecimento;

Uma segunda vaga, caracterizada pela utilização de máquinas, que possibilitou o incremento
exponencial da capacidade de produção e consequente geração de excedente económico e riqueza;

A terceira vaga, uma sociedade do conhecimento, onde este assumiria a importância do principal
recurso económico e de que riqueza construído pela sociedade, passando ela própria a ser produto
do conhecimento. Troffler vem depois chamar a atenção para o poder do conhecimento
transformando-o no substituto de outros recursos e substituindo-o ao próprio poder monetário.

Em 1988 Drucker anuncia o “Advento da nova organização”, referindo que o centro de gravidade
do emprego se deslocava rapidamente de trabalhadores manuais e pessoal de escritório para
trabalhadores do conhecimento, transformando a empresa numa organização de especialista de
conhecimento, reforçando mais tarde a ideia de que esta sociedade do conhecimento ou sociedade
pós -capitalista, que teve inicio logo após a Segunda Guerra Mundial e se caracterizou por grandes
transformações e mudanças no espectro socioeconómico, fez com que a informação e o
conhecimento passassem a ter um fundamental importância, tornando o conhecimento em “o
recurso”, muito mais do que apenas um recurso.

Todas estas previsões efectuadas no século passado antecipavam o papel que a Gestão do
Conhecimento está hoje a assumir como Factor Critico de Sucesso das empresas e que é
corroborado por vários estudos. Destacamos o estudo da Mckinsey realizado junto de 40 Empresas,
sobretudo industriais, distribuídas mais ou menos equitativamente pela Europa, Japão e Estados
Unidos, que conclui que existe uma forte correlação entre índice de conhecimento da Empresa
detectado no estudo e rácio apresentado entre os seus activos intangíveis e o seu valor nos

4
mercados de capitais, reforçando a ideia de que uma gestão do conhecimento bem sucedida é uma
poderosa alavanca para o sucesso da empresa.

Por essa razão, muitas empresas implementam práticas de gestão de conhecimento para identificar,
capturar, armazenar, disseminar e aplicar o conhecimento em suas operações. Isso envolve a
criação de sistemas e processos que facilitem a comunicação e a colaboração entre os membros da
equipe, o compartilhamento de boas práticas e a captura do conhecimento tácito e explícito.

Alguns dos benefícios que as empresas podem obter com a gestão de conhecimento incluem:

• Melhora da qualidade e eficiência das operações;


• Redução de custos e desperdícios;
• Aumento da inovação e criatividade;
• Melhora da tomada de decisão;
• Aumento da competitividade no mercado.

No entanto, a gestão de conhecimento requer um compromisso significativo da empresa e de seus


líderes, pois envolve mudanças culturais e comportamentais, além de investimentos em tecnologia
e recursos humanos.

Por fim, é importante ressaltar que a gestão de conhecimento não deve ser vista como uma
atividade isolada ou separada das operações diárias da empresa. Pelo contrário, é uma prática que
deve ser integrada em todos os processos e atividades da organização para que possa ser eficaz e
sustentável.

2.2.A COMPETIVIDADE E GESTÃO DO CONHECIMENTO


As constantes mudanças, resultantes da evolução tecnológica e da velocidade com que circula
a informação na economia global, reforçam a globalização da concorrência e vieram introduzir
uma nova perspectiva na forma de alcançar vantagens competitivas de uma empresa. Se no
passado a diferenciação competitiva das empresas era possível através do desenvolvimento de
competências distintivas nos produtos ou serviços e respectivas acção num mercado regional,
a feroz competitividade internacional, o elevado nível tecnológico, mobilidade e comunicação
vieram dar a essa distintividade uma abrangência global.

5
Hoje é fácil copiar um produto ou compreender a estrutura da prestação de um serviço, mesmo
que os mesmos estejam a ser lançados no outro lado do Globo. Em algumas semanas, ou
poucos meses, o referido produto poderá estar a ser lançado pela concorrência que ainda lhe
introduz um ou outro atributo distintivo. Como resposta a primeira empresa terá que actua
sobre o produto que lançou inicialmente, melhorando-o.
Assim, os ciclos de desenvolvimento dos produtos e a sua introdução no mercado são cada vez
mais curtos e a velocidade e inovação exigidas à empresas no mercado global são cada vez
maiores. A diferenciação das empresas está, cada vez mais naquilo que sabem.
Desde modo, a competitividade passou a estar focalizada em recursos intangíveis dificilmente
imitáveis, tornando-se estes as variáveis que caracterizam as competências distintivas das
empresas. Assim garante-se a sustentabilidade de vantagem competitiva durante um período
mais logo, dando espaço para aparecimento de projectos inovados, mais rentáveis por serem
mais dificilmente reproduzíveis por outros.
Referimo-nos a recursos que são se resumem aos activos físicos e financeiros, mas antes a
capacidade interna da empresa que se transforma em activos intangíveis de onde se destacam
a marca, a imagem da empresa e sua reputação, a sua cultura, e seu conhecimento. Com estes
recursos a empresa possui competências-chaves perfeitamente distintivas e dificilmente
imitáveis e reprodutíveis por outra organização, criando assim o diferencial sustentado que lhe
permite melhorar a sua competitividade.
É neste contexto que a Gestão do Conhecimento ganhou uma atenção crescente no mundo da
Gestão Empresaria, já que este pretende produzir, recolher, armazenar e distribuir o modus
faciendis específicos de uma organização, transformando-se um recurso indispensáveis à
inovação e, consequentemente, num activo intangível estratégico para a sobrevivência das
Empresas.

6
Criação do conhecimento

Inovação Continua

Vantagem competitivia

F IGURA 1:ACTIVO INTANGÍVEL ESTRATÉGICO

2.3.DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO


Na procura de uma vantagem competitiva sustentada, constata-se que as tecnologias da
informação, só por si, não são suficientes para garantir o diferencial competitivo pretendido.
A sustentação da vantagem competitiva está no conhecimento das pessoas que utilizando, ou
não, as tecnologias utilizam os dados, as informações e os transformam em conhecimento.
Existe alguma tendência para se confundir dados com informação e estes com conhecimento.
As diferencas entre estes três conceitos, e nomeadamente o que eles significam, levam muitas
Empresas a investir em soluções tecnológicas que nem sempre trazem, na prespectiva da
Gestão do conhecimento, resultados desejados.

2.3.1. OS DADOS
Os dados não passam de um conjunto simples e objectivos de registos de factos ou registos
estruturados de transações que podem ser resultantes de uma observação ou de uma
medição e, por si ´só, não são dotados de propósitos e relevância, descrevendo parcialmente
um acontecimento sem uma interpretação ou julgamento. São como uma palavrada solta
desprovida do seu contexto.

2.3.2. DOS DADOS PARA A INFORMAÇÃO


Quando os dados são ordenados e contextualizados atribuindo-lhes um sentido temos a
informação. Os dados tornam-se informação quando estes lhes é acrescentado significado.

7
A informação é organizada e tem uma finalidade. Este processo criar valor aos dados,
dotando-os de significado e transformando-os em informação, pode ser efectuado segundo
Devenport e Prusak pelos 5 Cs:
• Contextualização: sabendo qual a finalidade dos dados recolhidos;
• Categorização: conhecendo as unidades de analise dos componentes essenciais
dos dados;
• Cálculo: quando os dados tem um tratamento matemático ou estatístico;
• Correção: quando eliminamos os erros;
• Condensação: quando os dados são agregados para uma forma mais concisa.

2.3.3. Da informação para o conhecimento


Segundo Nonaka E Takeuchi, a informação é o meio material necessário para extrair e
consumir o conhecimento.
Tal como a informação deriva dos dados, o conhecimento deriva da informação.
Para transformar dados em informação, podemos socorrer-nos de meios e ferramentas
externas: sistemas de informação, folhas de cálculos. Programas de analise estatística.
Todavia para que a informação se transforme em conhecimento cabe as pessoas efectuar
todo o trabalho. Essa transformação passa novamente pelos 4Cs na resposta às seguintes
perguntas:
• Comparação: de que forma as informações desta situação se comparam a outras
situações conhecidas?
• Consequência: que implicações têm estas informações para a tomada de decisão?
• Conexões: quais são as relações entre este novo conhecimento com o conhecimento
já acumulado?
• Conversação: o que outras pessoas pensam desta informação?

Nonaka e Takeuch apresentam três observações para clarificar os conceitos informação e


conhecimento:

• O conhecimento, contrariamente à informação. Refere-se a crenças e


compromissos. Conhecimento é uma atitude, prespectiva ou intenção.

8
• O conhecimento, contrariamente à informação, esta relacionado com a acção. É
sempre o conhecimento com um fim.
• O conhecimento, como a informação, refere-se ao significado. É específico ao
contexto e relacional.

Nonaka e Takeuch define o conhecimento como crença verdadeira justificada um processo


humano e dinâmico de justificar a crença pessoal com a relação à verdade.

Todavia, a Gestão do conhecimento (GC) nas organizações não se resume à súmula da gestão de
conhecimento individuais. Vejamos alguns dos modelos que parecem recolher mais recepecivdade
junto dos praticantes da Gestão do Conhecimento. Os dois primeiros são os mais conhecidos e os
referenciados e o terceiro apresenta uma prespectiva diferente, e talvez mais impactante, da Gestão
do Conhecimento numa empresa:

• Modelo de Criação do Conhecimento Organizacional de Nonaka e Takeuch;


• Modelo de Conhecimento Empresarial de Davenport e Prusak;
• A segunda Geração da Gestão do Conhecimento de McElroy e Firestone.

Em resumo, dados são fatos brutos, informação é um conjunto de dados organizados e estruturados
para transmitir um significado específico e conhecimento é a compreensão e aplicação da
informação para resolver problemas e tomar decisões.

9
3. Conclusão
Pode-se concluir que a gestão do conhecimento é uma ferramenta essencial para as
empresas que desejam aumentar sua competitividade no mercado. Ela permite que as
empresas sejam mais inovadoras, eficientes e capazes de se adaptar a um ambiente de
negócios em constante mudança, o que pode levar a um aumento da produtividade,
qualidade dos produtos e serviços, redução de custos e vantagem competitiva.

gestão do conhecimento deve esta garantir que a empresa seja capaz de aproveitar ao
máximo o conhecimento disponível para gerar valor e se destacar no mercado.

10
4. Referências Bibliográficas

Nonaka, I., & Takeuchi, H. (1995). The knowledge-creating company: How Japanese
companies create the dynamics of innovation. Oxford University Press.

Davenport, T. H., & Prusak, L. (2000). Working knowledge: How organizations manage
what they know. Harvard Business Press.

Alavi, M., & Leidner, D. E. (2001). Review: Knowledge management and knowledge
management systems: Conceptual foundations and research issues. MIS quarterly, 107-
136.
Davenport, T. H., & Prusak, L. (1998). Working with information: Information
management and knowledge management. IBM systems journal, 37(3.4), 431-439.

Nonaka, I. (1994). A dynamic theory of organizational knowledge creation. Organization


science, 5(1), 14-37.

11

Você também pode gostar