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SUMÁRIO

UNIDADE 4: GESTÃO DO CONHECIMENTO: Vantagens e Desafios..................................................1


CAPÍTULO 7: Capitais do Conhecimento........................................................................................4
CAPÍTULO 8: Vantagens e Desafios da Gestão do Conhecimento..................................................11
CAPÍTULO 3: O CONSUMIDOR

CAPÍTULO 7: CAPITAIS DO CONHECIMENTO

Com o avanço da tecnologia e o quadro de crescente globalização, a


economia desafia as empresas com inúmeros percalços. Produzir já não é a algum
tempo a única coisa a fazer, as premissas atuais assentam no acesso ao
conhecimento como condição para se atingir a produtividade e a competitividade.
O conhecimento é a informação que, ao ser usada pela mente humana,
permite a tomada de decisão em determinado contexto e, a gestão do conhecimento
organizacional, entendida como a “gestão do saber”, dentro da organização,
utilizando novas tecnologias, passa pela capacidade que a organização tem para
identificar e codificar conhecimento, estimular o seu desenvolvimento e facilitar a sua
aplicação.
As organizações sempre procuraram e valorizaram o conhecimento. Porém, o
reconhecimento de que o conhecimento é um ativo que é necessário gerir com a
mesma atenção dedicada aos demais ativos é coisa nova. É preciso cultivar um
clima de inovação e criatividade, que permita a formação de conhecimento, o qual
deve poder ser inserido na cultura organizacional, nos valores e nas crenças,
levando à disseminação do conhecimento e à inovação.
Imagem 1: Capitais do Conhecimento
Fonte:https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-Capitais-do-Conhecimento-FONTE-Centro
-de-Referencia-em-Inteligencia_fig2_263810778

Todo patrimonio intelectual pode e deve ser usado, mas torna-se propriedade
das organizações apenas quando é disponibilizado integralmente e voluntariamente
a seu favor. Nessa altura, passamos então a falar de capital intelectual. Gerir a
aplicação do conhecimento e garantir que cada indivíduo esteja fazendo isso em
benefício da organização, é papel da gestão do capital intelectual pois, se não
existirem fatores que propiciem a aplicação do conhecimento, de nada vale o saber
de cada indivíduo.
Atualmente o capital intelectual está a se tornando o fator de produção mais
importante, deixando para trás os fatores tradicionais da fórmula da produtividade: o
capital e a mão-de-obra. Em detrimento ao passado, que as fontes de vantagem
competitiva eram o trabalho e os recursos naturais, agora e no próximo século, a
chave para construir a riqueza das nações é o conhecimento. Considerando que em
setores nevrálgicos de uma economia, os fatores determinantes devem ser criados
pelas organizações, sendo esses fatores recursos humanos habilitados ou uma base
científica diferenciada. Por outro lado, estudos empíricos indiciam que a inovação
organizacional, entendida como a capacidade que as organizações têm para se
renovarem de forma equilibrada, está relacionada com a forma como é gerida a
inovação interna do seu capital intelectual, que se traduz em produtos e serviços
capazes de satisfazer o cliente. Isto significa que em todos os processos
organizacionais será necessário incorporar capital intelectual e por toda a
organização fazer de cada indivíduo um inovador. (DRUCKER, 1993), (PORTER,
1998)
Imagem 2: Capital Intelectual

Fonte: https://www.infoescola.com/administracao_/capital-intelectual/

O capital intelectual já é reconhecido como um dos principais geradores de


riqueza das empresas, e assim passa a ter uma atenção especial dada à sua
gestão, pois, uma vez formalizado, capturado e alavancado, pode produzir ativos de
ainda maior valor. Como já foi dito, gerenciar o capital intelectual é uma tarefa
complexa, até porque está incluso neste conceito a gestão do conheciment) e a
gestão da informação, exigindo, portanto, da função de administrá-lo, com um sforço
multidisciplinar, essas partes da gestão do cnhecimento. Uma das grandes
dificuldades é de que forma as empresas podem conciliar o conhecimento que se
encontra na cabeça dos seus funcionários com as informações existentes em suas
bases de dados, nos papéis, planilhas e relatórios por ela gerados,
transformando-os em ferramenta geradora de vantagem estratégica para o negócio.
Outro ponto crucial diz respeito a como reter esse conhecimento para que ele
se torne propriedade da empresa. O desafio da gestão baseada em conhecimento é
também entender como a empresa funciona enquanto inteligência coletiva, para
atingir plenamente os seus objetivos. Os ativos do conhecimento, que são
intangíveis, dificultam a escolha de soluções e torna relativos os resultados já
alcançados por algumas empresas. Porém, empresas que já investiram
consideráveis somas, identificando, reunindo, organizando, avaliando e
disseminando o seu capital intelectual com o objetivo de atribuir-lhe valor perante a
possibilidade de vendê-lo, evitaram retrabalhos, agilizaram trocas de informação e
experiências e melhoram o aproveitamento dos especialistas da empresa e suas
idéias. (STEWART, 1998)
Imagem 3: Capital Intectual, Convergência

Fonte: https://www.twygoead.com/site/blog/capital-intelectual/

O fato é que capital intelectual é, antes de mais nada, capital e, como todo
capital, pode ser gerenciado em termos de estoques e fluxos que, neste caso, são
os estoques e fluxos de conhecimento existentes na empresa. Assim como os
direitos autorais, marcas e produtos, parte desse estoque de conhecimento tem
direitos legais de propriedade, como as tecnologias e produtos desenvolvidos. Outra
parte compõe-se da cultura, sistemas, rotinas, estratégias e procedimentos
organizacionais.
O Conhecimento deve fluir rápido e facilmente, através das pessoas e das
redes eletrônicas, entre as diversas funções da empresa, através de fluxos, que são
todos os caminhos por onde o conhecimento trafega, que devem estar livres de
amarras, sem gargalos. Após isso, o próximo passo é integrar os fluxos e os
estoques, organizando-os e divulgando-os, e esta tarefa pode, ela própria, tornar-se
capital intelectual, pois sistemas criados a partir do uso da tecnologia da informação
também são ativos de estrutura.
Surge assim mais um diferente segmento na administração da informação, a
gestão do conhecimento gerado dentro da empresa, que, assim como a informação
gerada fora da empresa, precisa ser identificado, compilado, organizado, avaliado e
disponibilizado, porém sob a nova perspectiva do capital intelectual. Pode-se,
portanto, dizer que a gestão do conhecimento é o processo de criar valor pelo uso
dos ativos intangíveis da empresa. É a transformação da informação em
conhecimento e do conhecimento em negócio. (STEWART, 1998)
CAPÍTULO 4: ARMAZENAMENTO DO CONHECIMENTO

CAPÍTULO 8: A GESTÃO DO CONHECIMENTO: VANTAGENS


E DESAFIOS.

A globalização das relações sociais, econômicas, geográficas, políticas e


pessoais trouxe para os nossos dias uma série de situações novas que geraram
desafios nas mais diversas esferas de relacionamento. E nem estamos falando
ainda da pandemia, mas de todo o movimento tecnológico que o mundo vem
experimentando ultimamente e que, sem dúvidas, ficou mais evidente nos últimos
meses. Estas tantas transformações vêm sendo colocadas como o cerne de muitas
análises paradigmáticas, aliadas a diversas propostas de interpretação do mundo e
dos fenômenos que nele ocorrem.
Imagem 4: Ativo Tangível
Fonte: http://automacao.cotanet.com.br/avaliacoes-de-ativos/avaliacao-de-ativo-fixo-tangivel

Investir em conhecimento é não só desejável, mas também imprescindível


para o aumento do valor no mercado em função da valorização do patrimônio
intangível e efetivação de relações sustentáveis e o ambiente das organizações e
dos negócios, começou há alguns anos, lentamente é verdade, a perceber isso.
Neste contexto, os valores intangíveis, como patentes, imagem, valor da marca,
talento dos funcoinários, capital intectual agregado, supera e muito o valor do
patrimônio financeiro e físico (patrimônio tangível) acumulados. (TERRA, 2001)
Uma empresa que investe em Gestão do Conhecimento acaba por assegurar
que canais para a inovação e comunicação estejam sendo criados no dia-a-dia, e
com isso, abrindo caminhos para que a empresa estruture seu diferencial
competitivo. A gestão do conhecimento aparece nesse cenário e sua proposta de
identificação, maximização, codificação e compartilhamento de conhecimentos
estrategicamente relevantes acaba por criar uma disposição favorável para o
aprendizado constante e a valorização do capital intelectual nas organizações.
Imagem 5: Ativo Intangível

Fonte: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/o-que-sao-ativos-intangiveis/

A gestão do Conhecimento aqui abordada pode ser definida como um


processo amplo e criterioso de identificação, maximização, codificação e
compartilhamento do conhecimento estrategicamente relevante para as
organizações (TERRA, 2001). Diversos autores afirmam que não é adequado
pensar a Gestão do Conhecimento como algo essencialmente novo na
administração de empresas, muito menos que se trata de mais um “modismo”
organizacional efêmero e sem importância. Ao contrário, a Gestão do Conhecimento
deve ser entendida como desdobramento de preocupações, estudos e práticas
advindas dos campos da aprendizagem organizacional e influenciada pela Gestão
Tecnológica e Cognição empresarial (FLEURY; OLIVEIRA JÚNIOR, 2001; TERRA,
2001; ZABOT; SILVA, 2002).
Um desafio na Gestão do Conhecimento organizacional está no processo de
avaliação de seus resultados, isto porque, lidar com tantos fatores intangíveis não
significa lidar com fatores imensuráveis, muito pelo contrário. O valor de uma marca,
de uma patente, é facilmente mensurada através do sucesso, e da validação do seu
público. Para tanto, a Gestão do Conhecimento precisa ser avaliada naquilo que
gere, ou seja, no intangível para que metas sejam redirecionadas e ganhos
maximizados.
O capital humano está vinculado ao conhecimento das pessoas e aos
resultados advindos desse conhecimento, enquanto que o capital estrutural é
composto pelo capital de clientes e organizacional assim, o capital intelectual de
uma empresa resulta da soma do capital humano com o capital estrutural. O capital
organizacional é soma do capital de inovação e de processos e, desse modo, a
mensuração de resultados no ambiente organizacional.
Para simplificar o processo de mensuração e não deixar que esse desafio se
torne um obstáculo, organizamos os ativos intangíveis em três grupos de
indicadores: Os indicadores de estrutura interna (o investimento em pesquisa e
desenvolvimento de produtos, plano de carreiras e sistemas de remuneração),
indicadores de estrutura externa (a relação com clientes e fornecedores) e os
indicadores de competências (a qualificação dos funcionários, comprometimento e
criatividade).
As pessoas são os únicos verdadeiros agentes na empresa e, assim sendo,
todos os ativos e estruturas – quer tangíveis ou intangíveis – são resultados das
ações humanas. Os ativos tangíveis ou intangíveis dependem das pessoas para
continuarem a existir e por isso a melhor mensuração é aquela que considera tal
fato. Não podemos nos esquecer, no entanto, de que, a adoção de novas
perspectivas para mensuração de resultados na Gestão do Conhecimento, tem sido
articulada com o BSC (Balanced Scorecard) que, além da perpspectiva financeira,
adota a de clientes, de prodessos internos, aprendizado e conhecimento. (KAPLAN
e NORTON, 1997).
Imagem 5: Desafios da Gestão do Conhecimento

Fonte: https://fia.com.br/blog/gestao-do-conhecimento/

Outro grande desafio percebido está no processo de compartilhamento de


conhecimento no trabalho. Saber gerir conhecimento significa investir de maneira
equilibrada em processos de criação e armazenamento de conhecimento assim
como na sua partilha e distribuição. É necessário então que as organizações criem
condições que permitam desenvolver o potencial humano de uma empresa de forma
dinâmica, desenvolvendo o capital intelectual, as competências individuais,
estimulando o desenvolvimento das competências humanas internas, a criação de
ambientes que também estimulem a aprendizagem, a gestão adequada de pessoas
e o estímulo ao desenvolvimento de comunidades virtuais, e assim proporcionar a
configuração de valores coletivistas que incentivem mudanças de atitudes no sentido
do desenvolvimento de recursos humanos com maior grau de responsabilização,
orientados para o conhecimento (TERRA, 2001).
Os desafios que a Gestão do Conhecimento tem apresentado se devem
principalmente às oportunidades que esse processo oferece às organizações. Eles
são muitos e mexem com questões estruturais das organizações como liderança,
cultura, relações com o ambiente, compartilhamento de conhecimento e mensuração
de resultados baseadas em conhecimentos. No entanto, a superação dos desafios
deixa bem claro que investir em conhecimentos é construir de forma estruturada,
caminhos lapidados de aprendizado, crescimento com mais oportunidades e solidez.

INDICAÇÕES
Ebooks:

Vídeos:

Podcast:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DRUCKER, Peter F. The coming of the new organization. Harvard Business


Review, Boston, v. 66, n. 1, p. 45-53, Jan./Feb. 1993. EDVINSSON, Leif ; MALONE,
Michael S. Capital intelectual

FLEURY, M. T. L.; OLIVEIRA JUNIOR, M. M. Gestão estratégica do


Conhecimento: integrando aprendizagem, conhecimento e competências. São
Paulo: Atlas, 2001.

KAPLAN, Robert S., NORTON, David P. A estratégia em ação: balanced


scorecard. 20. reimpressão. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997.

PORTER, Michael E.; MILLAR, Victor E. How information gives you competitive
advantage. Harvard Business Review, Boston, v. 63, n. 4, p. 149-160, Jul./Aug.
1998.

STEWART, Thomas A. Capital intelectual: a nova vantagem competitiva das


empresas. Rio de Janeiro : Campus, 1998.

TERRA, J. C. C. Gestão do conhecimento: o grande desafio empresarial. 3. ed.


São Paulo: Negócio Editora, 2001.

ZABOT, J. M., SILVA, L. C. M. Gestão do Conhecimento: aprendizagem e


tecnologia: construindo a inteligência coletiva. São Paulo: Editora Atlas, 2002.

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