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Capital Intelectual e Inteligência Competitiva

Joseane Melo da Silva Araújo

Graduando Administração Geral Pela Faculdade Mauricio de Nassau

Luana Karine Araújo

Graduando Administração Geral Pela Faculdade Mauricio de Nassau

Adilgleide Gomes Vieira da Silva

Graduando Administração Geral Pela Faculdade Mauricio de Nassau

Resumo

Neste trabalho abordaremos como as empresas agiam e o que


atualmente o mercado tem solicitando quando se trata capital Intelectual,
apontaremos a importância do conhecimento e do desenvolvimento dos
recursos humanos, trataremos sobre o quem vem a ser inteligência competitiva
dentro da ótica da Administração de Recursos Humanos.

Palavras-chave: capital intelectual, conhecimento e Inteligência competitiva,


Administração e Recursos Humanos.

INTRODUÇÃO

A administração esteve sempre atuando desde o surgimento da


sociedade, sendo durante a Revolução industrial o período de maior
crescimento acompanhando o crescimento econômico. Devido ao grande
êxodo rural, os camponeses se submeteram a salários irrisórios por não terem
qualificação. Com o surgimento da administração cientifica, através Taylor,
nasce o seu principal objetivo: o aumentar da produtividade para isso
desenvolveu-se a qualificação do operário através de estudos feitos baseando-
se em tempo e movimento. Já com o surgimento da Teoria das Relações
humanas esta concepção de administração sofre alterações, agora a ênfase
esta no ser humano o que faz dele parte fundamental do processo, porem
somente com o surgimento do Desenvolvimento Organizacional (DO) e com o
avanço da globalização e da tecnologia e que as empresas começam a
perceber o grande valor do capital humano. Historicamente, as pessoas vinham
sendo tratadas pelas as organizações como insumos a serem administrados,
mas nos últimos anos pelas pressões internas e externas, as organizações
vêm passando por grandes transformações nos padrões de valorização. As
alterações tem se tornado cada vez mais necessária para que as empresas
mantenham-se competitiva, as pessoas estão cada vez mais conscientes de si
mesma e, de suas escolhas, exercem maior pressão na relação com as
empresas, elas escolhem suas oportunidades e oferecem suas competências o
que as fazem competitiva profissionalmente.
Um desafio para a nova Administração de Recursos Humanos (ARH) é
de desenvolver políticas e praticas, a fim de atender os interesses e
expectativa das empresas e das pessoas, oferecer a empresa uma visão clara
sobre a contribuição de cada pessoa e às pessoas, a visão clara do que a
empresa oferece em retribuição.
Na Era da Informação, do conhecimento, esse capital humano tem se
tornado um dos recursos mais importantes para as organizações, um desafio
não só para a gestão de recursos humanos, mas também para contabilidade
pois na era industrial o capital financeiro prevaleceu com seus bens físicos e
tangíveis por muito tempo. Os valores hoje de mercado das organizações não
dependem unicamente do seu patrimônio físico, mas de outro ativo, o seu
capital intelectual. Atualmente as empresas estão investindo no seu capital
intelectual para aumentarem a sua vantagem competitiva, levam em
consideração que todos os recursos das organizações são administrados por
recursos humanos.
“Ao colocarmos organização e pessoas lado a lado, podemos
verificar um processo contínuo de troca de competências. A
organização transfere seu patrimônio de conhecimento para as
pessoas, enriquecendo-as e preparando-as para enfrentar
novas situações profissionais e pessoais, quer na organização,
quer fora dela. As pessoas, ao desenvolvem sua capacidade
individual, transferem para a organização seu aprendizado,
capacitando a organização para enfrentar novos desafios. Esse
processo, que é natural em qualquer comunidade, pode ser
gerenciado e potencializado com efeitos benéficos para a
organização e para as pessoas.” (DUTRA, 2011)

CAPITAL INTELECTUAL

Segundo Chiavenato (2004), o capital intelectual é algo invisível e


composto de ativos intangíveis. A criatividade e a inovação vêm através de
ideias e estas estão na cabeça das pessoas, empresas com visão bem-
sucedidas transforma-se em organizações educadoras apostam em gestão do
conhecimento, da aprendizagem e do desenvolvimento. A administração de
Recursos humanos tem que estar totalmente envolvida e comprometida em
incrementar o capital intelectual e aplicá-lo cada vez mais. A competititvidade
do mundo dos negócios traz o foco das empresas para as pessoas, o único
diferencial competitivo que não pode ser copiado ou substituído.
Organizações não se desenvolvem somente do conhecimento do
presidente, diretor ou do quadro gerencial, mas do somatório do conhecimento
adicionado por cada funcionário, desde o chão de fabrica até a presidência,
conhecimento este contraído de experiências vivenciadas. A importância da
empresa realizar a gestão do conhecimento é ter como objetivo principal o
desenvolvimento do seu quadro funcional e também de transformar o
conhecimento Tácito (expresso informalmente) para o conhecimento Explicito
(Enunciado formalmente), desta forma a empresa estará absorvendo o
conhecimento gerado e transformando-o em um patrimônio da organização
tornado possível a sua disseminação para os demais membros da organização.
Essa nova perspectiva mostra que a administração de recursos
humanos precisa desenvolver indicadores adequados que possam mensurar
seus ativos intangíveis, como talentos e habilidades de seu capital humano,
fazendo deste capital humano, a prioridade fundamental pela busca do sucesso
na tentativa de reter e desenvolver o conhecimento. As organizações precisam
oferecer um trabalho desafiante e estimulante, que agregue novas experiências
e conhecimento as pessoas, continuamente, e que este conhecimento
proporcionado pelos funcionários e incrementado pelas empresas possa
constituir o bem mais valioso para as organizações e que estas por sua vez
precisa desenvolver estratégias claras de RH para poder atrair, conquistar,
reter e monitorar seus talentos desenvolvendo e aplicando-os corretamente. As
organizações que favorece este ambiente de aprendizagem e os aplica
adequadamente, rentabilizando, a consequência e a obtenção de retorno
satisfatório.

INTELIGENCIA COMPETITIVA (IC)

Componente fundamental que surge com a economia do conhecimento,


se trata de uma metodologia que permite as empresas antecipem futuras
direções e tendências ao invés de apenas reagir a elas. É um programa
sistemático e ético para coleta, analise e gerenciamento de informações
externas que podem afetar os planos, decisões e operações de uma empresa,
em outras palavras e um processo que serve para aprimorar a organização de
forma competitiva para o mercado através de um entendimento mais amplo.
Caracteriza-se pela coleta e analise legais de informações sobre as
capacidades, vulnerabilidades e intenções de adversários. Tanto a coleta
quanto as analise são usados banco de dados e fontes abertas através de
investigações éticas.
A inteligência competitiva é um formato proativo de captar, deter e
organizar as informações relevantes sobre o comportamento da concorrência,
avaliando as tendências e cenários permitindo um melhor processo para a
tomada de decisão a curto e longo prazo, ela tem como objetivo ampliar as
condições de competitividade de uma organização, reorientado seu modelo de
negócio, suas metas, planejamentos entre outras coisas. Por meio dela os
fragmentos de informações vindo de diferentes fontes são trabalhados de
maneira estratégica permitindo antecipação as tendências de mercado,
aumentando a chance de crescimento dos negócios. Através da IC as
empresas adquirem reais condições de detectar e avaliar as ameaças e
oportunidades (SWOT) de definir qual a estratégia competitiva.
Dentro de uma era de competitividade a qual tem como base o
conhecimento e a inovação a IC possibilitam as empresas a exercerem a pro
atividade, ao invés de esperar os fatos para reagir, o que ainda hoje é
frequente em algumas organizações, e a consequências destas é não serem
bem sucedidas, a IC é destinada a um modelo preditivo de administração, ou
seja, procura prever e antecipar-se às agitações e oscilações do mercado e
tendência de cenários.
As vantagens das organizações dedicarem a Inteligência Competitiva
independe do tamanho da empresa, o importante é o método, ter no mínimo
um profissional que entenda o negócio da empresa e monitora a concorrência
constantemente, é um investimento pequeno diante das oportunidades e do
ganho financeiro que a empresa pode obter. Um analista de mercado e um
computador é a base para um programa bem realizado. Porem se faz
necessário educar todos os colaboradores o valor das informações.
“Se concordamos que o fator humano é o diferencial
competitivo, o que separa um dirigente atuante de uma
empresa versus outro acomodado, pode ser o fato de um ter
boas idéias e saber trabalhá-las da maneira certa, na ocasião
apropriada. A IC pode não dar "boas idéias", mas terá,
certamente, as condições de ajudá-lo nas últimas etapas do
processo, ou seja, informações analisadas para uma tomada
de decisão”. (PASSOS, 2004)

CONCLUSÃO

Podemos concluir que as pessoas oferecem o que as organizações


esperam de diferentes formas, pois são diferentes na forma de articularem
seus conhecimentos e isso faz com que cada vez mais os valores de mercado
das empresas se distanciem do seu valor patrimonial concreto, as
organizações que utilizam com maestria seu capital intelectual (CI) bem como a
inteligência competitiva (IC) aprendem mais rápido e ampliam sua
competitividade.
BIBLIOGRAFIA:

BORGES, Marcos Silvestre da Silva. A Importância do Capital Humano


para as Organizações. 2011.
SILVA, Fernando Lomasini da. Gestão do conhecimento: O
conhecimento como um patrimônio da empresa. 2012.
GIL, Antonio Carlos. Gestão de Pessoas: Enfoque nos papeis
profissionais. São Paulo 2010.
DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas: Modelos, processos,
tendências e perspectivas. São Paulo 2011.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro 2004

PASSOS, Alfredo. Inteligência competitiva: atento à concorrência! .2004

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