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PARECER TÉCNICO
OBRA/LOCAL: EEB JÚLIO DA COSTA NEVES
Rua Caminho dos Estudantes, 100
- Costeira do Pirajubaé -
Florianópolis/SC

RESPONSÁVEL PELO LAUDO:

RONALDO COUTINHO DE AZEVEDO


Eng. Civil - Cart. 704/D - CREA/SC

JANEIRO/2022
INTRODUÇÃO

O presente LAUDO TÉCNICO PERICIAL foi contratado pela


SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO a RCA ENGENHARIA
DE PROJETOS, através da Dispensa de Licitação nr. 313/2021,
PL nr. 396/2021, SED 107571/2021, e elaborado por esta empresa,
em atendimento ao disposto:
- Na Norma de Inspeção Predial/2009 do IBAPE (Instituto Brasileiro
de Avaliações e Perícias de Engenharia – Entidade Nacional);
- Na Norma de Manutenção em Edificações NBR 5674;
- Na Norma de concreto NBR 6118/2014;
- Na Norma de fundação NBR 6120, todas fazendo parte da ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Este trabalho caracteriza-se pela inspeção predial em toda a
edificação, procurando obter um diagnóstico geral sobre a ESCOLA
DE ENSINO FUNDAMENTAL JÚLIO DA COSTA NEVES,
identificando as anomalias construtivas e falhas de manutenção –
com a análise do risco oferecido aos usuários e ao patrimônio – que
interferem e prejudicam a saúde e habitabilidade, frente ao
desempenho dos sistemas construtivos e elementos vistoriados da
edificação, especialmente a estrutura.
Neste contexto, a anomalia representa a irregularidade relativa à
construção e suas instalações, enquanto que a falha diz respeito à
manutenção, operação e uso da edificação.

OBJETO / DADOS DA OBRA

Objeto da inspeção trata-se da edificação localizada no Caminho dos


Estudantes, 100 - Costeira do Pirajubaé, Florianópolis/SC; que
abriga a ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA JÚLIO DA COSTA
NEVES onde, conforme placa instalada no local, pode ser observada
que a ordem de serviço foi emitida em 30 de novembro de 2011 e a
obra concluída e entregue em 06 de junho de 2014.
É uma edificação composta por:
- salas de aula;
- setor administrativo;
- bloco de cozinha/refeitório/banheiros;
- auditório;
- ginásio coberto;
- pátio na parte interna e externa, com pavimentação de paver.

A estrutura da edificação é formada por peças de concreto armado


assente sobre fundações em estacas pré moldadas com bloco de
coroamento de concreto armado. O fechamento foi executado em
alvenaria de tijolos rebocados, sendo que a cobertura foi executada
com telhas de fibrocimento. As esquadrias são de alumínio,
pavimentação em piso cerâmico, enquanto que as instalações hidro-
sanitárias, elétricas e preventiva contra incêncdio, todas elas
executadas conforme a sua finalidade.

O QUE SÃO AS PATOLOGIAS

Dentre os inúmeros problemas patológicos que afetam os


edifícios, sejam eles residenciais, comerciais ou institucionais,
particularmente importante é o problema das trincas e pisos sem
acabamentos e executados fora dos padrões estabelecidos
pelas Normas, devido a três aspectos fundamentais:

- O aviso de um eventual estado perigoso para a


estrutura;
- O comprometimento do desempenho da obra em
serviço (estanqueidade à água, durabilidade, isolação acústica,
locais impedidos de funcionamento, etc.);
- O constrangimento psicológico que as patologias
no edifício exercem sobre seus usuários.

Não existe nenhum material infinitamente resistente; todos


eles irão trincar-se ou romper-se sob ação de um determinado nível
de carregamento, nível este que não deverá ser atingido no caso de
não se desejar na edificação componentes trincados ou rompidos,
para tanto existe a Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) que preconiza uma série de obrigatoriedades para o projetar
e construir.
Existe, pois, todo um mecanismo para a formação das
patologias, como também, todo um mecanismo para orientar
decisões concernentes à recuperação de componentes trincados ou
à adoção de medidas preventivas, incluindo-se aí a elaboração de
projetos de recuperação e a especificação e controle de materiais e
de serviços.
Com esse enfoque, e levando-se em conta que as
patologias são provocadas por tensões oriundas de atuação de
sobrecargas ou de movimentações de materiais, dos componentes
ou da obra como um todo, são analisados os seguintes fenômenos:

- movimentações provocadas por variações térmicas e de


umidade;
- atuação de sobrecargas ou concentração de tensões;
- deformabilidade excessiva das estruturas;
- recalques diferenciados das fundações;
- retração de produtos à base de ligantes hidráulicos;
- alterações químicas de materiais de construção;
- má utilização do edifício, falhas na sua manutenção ou de
acidentes originados pelos mais diversos fatores como
incêndios, explosões ou impactos de veículos.

FISSURAS CAUSADAS POR MOVIMENTAÇÕES TÉRMICAS

Os elementos e componentes de uma construção estão


sujeitos a variações de temperatura, sazonais e diárias. Essas
variações repercutem numa variação dimensional dos materiais de
construção (dilatação ou contração); os movimentos de dilatação e
contração são restringidos pelos diversos vínculos que envolvem os
elementos e componentes, desenvolvendo-se nos materiais, por
esse motivo, tensões que poderão provocar o aparecimento de
patologias.
As movimentações térmicas de um material estão
relacionadas com as propriedades físicas do mesmo e com a
intensidade da variação da temperatura; a magnitude das tensões
desenvolvidas é função da intensidade da movimentação, do grau de
restrição imposto pelos vínculos a essa movimentação e das
propriedades elásticas do material.
As patologias de origem térmica podem também surgir por
movimentações diferenciadas entre componentes de um elemento,
entre elementos de um sistema e entre regiões distintas de um
mesmo material. As principais movimentações diferenciadas
ocorrem em função de:

- junção de materiais com diferentes coeficientes de dilatação


térmica, sujeitos às mesmas variações de temperatura (por
exemplo, movimentações diferenciadas entre argamassa de
assentamento e componentes de alvenaria e de pisos);
- exposição de elementos a diferentes solicitações térmicas
naturais (por exemplo, cobertura em relação às paredes de
uma edificação);
- gradiente de temperaturas ao longo de um mesmo componente
(por exemplo, gradiente entre a face exposta e a face protegida
de uma laje de cobertura).

No caso das movimentações térmicas diferenciadas é


importante considerar-se não só a amplitude da movimentação,
como também a rapidez com que esta ocorre. Se ela for gradual e
lenta muitas vezes um material que apresenta menor resposta ou que
é menos solicitado às variações da temperatura pode absorver
movimentações mais intensas do que um material ou componente a
ele justaposto; o mesmo pode não ocorrer se a movimentação for
brusca.
As tensões altas advindas de mudanças bruscas de
temperatura podem ser também relevantes para os materiais que se
degradam sob efeito de choques térmicos.
As amplitudes de variação das temperaturas dos
componentes das edificações podem ser bastante acentuadas,
variando em função de sua posição no edifício, de sua cor e da
natureza do material que os constitui.
Sob o efeito da radiação direta do sol a temperatura de
paredes com pouca massa entra em equilíbrio em períodos inferiores
há 1 hora, enquanto que para paredes muito pesadas este período
pode ultrapassar 24 horas, motivo pelo qual muitas vezes há o
aparecimento, sem motivo aparente, de fissuras.
Em geral, coberturas planas estão mais expostas às
mudanças térmicas naturais do que os paramentos verticais das
edificações; ocorrem, portanto, movimentos diferenciados entre os
elementos horizontais e verticais.
Além disso, podem ser mais intensificados pelas diferenças
nos coeficientes de expansão térmica dos materiais construtivos
desses componentes; o coeficiente de dilatação térmica linear do
concreto é aproximadamente duas vezes maior que o das alvenarias
de uso corrente, considerando-se, aí a influência das juntas de
argamassa.
Deve-se considerar também que ocorrem diferenças
significativas de movimentação entre as superfícies superiores e
inferiores das lajes de cobertura, sendo que normalmente as
superfícies superiores são solicitadas por movimentações mais
bruscas e de maior intensidade.
Outro aspecto importante a ser levado em conta é que
mesmo lajes sombreadas sofrem os efeitos desses fenômenos; parte
da energia calorífica absorvidas pelas telhas é irradiada para a laje,
além de ocorrer através do ático transmissão de calor por condução
e convecção. Neste caso, as movimentações térmicas a que serão
submetidas às lajes ocorrem em função de diversos outros fatores,
tais como: natureza do material que compõe as telhas, altura do
colchão de ar presente entre o telhado e a laje de cobertura,
intensidade de ventilação e rugosidade das superfícies internas do
ático etc.
Por estas razões, e devido ao fato de que as lajes de
cobertura normalmente encontram-se vinculadas às paredes de
sustentação, surgem tensões tanto no corpo das paredes quando
nas lajes; teoricamente as tensões de origem térmica são nulas nos
pontos centrais das lajes, crescendo proporcionalmente em direção
aos bordos onde atingem seu ponto máximo.
A dilatação plana das lajes e o abaulamento provocado pelo
gradiente de temperaturas ao longo de suas alturas, introduzem
tensões de tração e de cisalhamento nas paredes das edificações;
conforme se constata na prática, as trincas se desenvolvem quase
que exclusivamente nas paredes.
Deve-se salientar ainda que, em função das dimensões da
laje e da natureza dos materiais constituintes das paredes, nem
sempre poderão observar configurações tão típicas como as
apresentadas anteriormente; na maioria dos casos, contudo, as
fissuras manifestam-se exatamente de acordo com a teoria.
A presença de aberturas nas paredes, por outro lado,
propiciará o aparecimento de regiões naturalmente enfraquecidas
(ao nível do peitoril e ao nível do topo de caixilhos, por exemplo),
desenvolvendo-se as fissuras preferencialmente nessas regiões.
Assim, em função das dimensões da laje, da natureza dos
materiais que constituem as paredes, do grau de aderência entre
paredes e laje e da eventual presença de aberturas, poderá
desenvolver trincas inclinadas próximas ao topo das paredes.
O arcabouço estrutural da edificação estará sujeito a
movimentações térmicas, principalmente em estruturas de concreto
aparente. Deve-se salientar que, devido à insolação direta, as
temperaturas nas faces expostas das peças de concreto poderão
atingir valores da ordem de até 80 o C.
Estas movimentações raramente causam dano à estrutura
em si; normalmente as regiões mais solicitadas são os encontros
entre vigas, onde podem surgir fissuras internas às peças de
concreto, e por isso mesmo, não detectáveis. A movimentação
térmica das vigas pode provocar, contudo, fissuração aparente em
pilares; este fato pode ocorrer principalmente quando a estrutura não
possui juntas de dilatação ou quando elas foram mal projetadas, e/ou
executadas; dilatação térmica de vigas pode provocar nas
extremidades dos pilares fissuras ligeiramente inclinadas.
Já com maior probabilidade de ocorrência, a movimentação
térmica da estrutura pode causar destacamento entre as alvenarias
e o reticulado estrutural, e mesmo a incidência de trincas de
cisalhamento nas extremidades das alvenarias.
As movimentações térmicas em pisos externos representam
um fator preponderante no desenvolvimento de fissuras ou
destacamento do revestimento, particularmente no caso de pisos
com grandes áreas, com formas muito alongadas ou com cores muito
escuras.
Na fase de aquecimento, o revestimento do piso (lajotas,
ladrilhos etc.) dilata-se, sendo o material solicitado à compressão, por
efeito de sua vinculação com a base. Na fase de resfriamento o
material é solicitado à tração, criando-se, na medida em que é
ultrapassada a resistência à tração do revestimento ou da própria
base, fissuras regularmente espaçadas.
No caso de pisos com bordas vinculadas (presença de
paredes, muros etc.), com impossibilidade de movimentarem-se
livremente, é bastante freqüente o destacamento do revestimento,
equivalendo-se nesse caso a expansão térmica do piso ou a
contração térmica da estrutura a uma ação de compressão no plano
do revestimento. Os destacamentos poderão ainda ser causados
pela própria contração térmica das placas isoladas, sobrepujando-se
nesse caso a tensão de aderência entre a placa de revestimento, piso
cerâmico ou outro, e a argamassa de assentamento.

FISSURAS CAUSADAS PELA ATUAÇÃO DE SOBRECARGAS

A atuação de sobrecargas pode produzir a fissuração de


componentes estruturais, tais como pilares, vigas e paredes. Essas
sobrecargas atuantes podem ter sido consideradas no projeto
estrutural, caso em que a falha decorre da execução da peça ou do
próprio cálculo estrutural, como pode também estar ocorrendo a
solicitação da peça por uma sobrecarga superior à prevista.
Esforços adicionais também podem acontecer devido a
ação das águas do lençol freático, como também devido a
expansão do material utilizado em aterros. Vale frisar ainda que não
raras vezes pode-se presenciar a atuação de sobrecargas em
componentes sem função estrutural, geralmente pela deformação
da estrutura resistente do edifício ou pela sua má utilização.
Assim sendo, considera-se como sobrecarga uma
solicitação externa, prevista ou não em projeto, capaz de provocar a
fissuração de um componente com ou sem função estrutural; com
esse enfoque, serão consideradas apenas as sobrecargas verticais.
A atuação de sobrecargas, prevista ou não em projeto, pode
produzir o fissuramento de componentes de concreto armado sem
que isso implique, necessariamente, ruptura do componente ou
instabilidade da estrutura; a ocorrência de fissuras num determinado
componente estrutural produz uma redistribuição de tensões ao
longo do componente fissurado e mesmo nos componentes vizinhos,
de maneira que a solicitação externa geralmente acaba sendo
absorvida de forma globalizada pela estrutura ou parte dela.
Obviamente que este raciocínio não pode ser estendido de forma
indiscriminada, já que existem casos em que é limitada a
possibilidade de redistribuição das tensões, seja pelo critério de
dimensionamento do componente, seja pela magnitude das tensões
desenvolvidas ou, ainda, pelo próprio comportamento conjunto do
sistema estrutural adotado.
Para os casos comuns de estruturas de concreto armado,
os componentes fletidos são em geral dimensionados prevendo-se a
fissuração do concreto na região tradicional da peça, buscando-se
tão somente limitar esta fissuração em função de requisitos estéticos
e/ou em função da deformabilidade e da durabilidade da estrutura.
De acordo com a norma NBR 6118 considera-se que “a solicitação
resistente com a qual haverá uma grande probabilidade de iniciar-se
a formação de fissuras normais à armadura longitudinal poderá ser
calculada com as seguintes hipóteses”:

a) a deformação de ruptura à tração do concreto é igual a 2,7ftk/Ec (ftk


= resistência característica do concreto à tração; E c = módulo de
deformação longitudinal do concreto à compressão);

b) na flexão, o diagrama de tensões de compressão no concreto é


triangular (regime elástico); a tensão na zona tracionada é uniforme
e igual a ftk, multiplicando-se a deformação de ruptura especificada
na alínea anterior por 1,5;

c) as seções transversais planas permanecem planas;

d) deverá ser sempre levado em conta o efeito da retração. Como


simplificação, nas condições correntes, este efeito pode ser
considerado supondo-se a tensão de tração igual a 0,75ftk e
desprezando-se a armadura.

Tem-se observado na prática que este critério recomendado


pela NBR 6118 é a favor da segurança, isto é, as fissuras começam
a surgir com tensões superiores à tensão prevista por esse método.
Diversas entidades (LNEC, ACI, CEB, etc.) adotam para previsão do
início do fissuramento em peças fletidas um método baseado na
teoria clássica da resistência dos materiais, e que consiste no cálculo
do momento de fissuração da peça.

Através de ensaios efetuados pelo IPT, pode-se constatar


que este equacionamento produz valores bastante aproximados das
solicitações que, de forma real, provocam o aparecimento das
primeiras fissuras nas seções tracionadas das peças de concreto
armado. Na falta de dados sobre o módulo de ruptura do concreto, o
American Concrete Institute recomenda a sua previsão.
A NBR 6118, em seu item 4,2,2, considera que a fissuração
é nociva ao concreto armado (possibilidade de corrosão da
armadura) quando a abertura das fissuras na superfície do concreto
ultrapassar os seguintes valores:

a) 0,1 mm para peças não protegidas, em meio agressivo;

b) 0,2 mm para peças não protegidas, em meio não agressivo;

c) 0,3 mm para peças protegidas.

Ainda segundo a NBR 6118 existe razoável probabilidade


de que essas aberturas sejam atingidas quando se verificarem,
simultaneamente, as seguintes desigualdades.
Levando-se em conta as tensões de serviço, os módulos de
deformação longitudinal do aço e do concreto, o coeficiente de
conformação superficial das barras de aço e diversas outras
características geométricas (diâmetro das barras tracionadas,
cobrimento da armadura, taxa geométrica da amadura etc.) foram
desenvolvidas diversas teorias com a finalidade de prever-se o
espaçamento médio entre fissuras e suas aberturas mais prováveis
em componentes de concreto armado submetidos à flexão ou à
tração pura; essas formulações teóricas, associadas a coeficientes
empiricamente determinados e a fatores probabilísticos, conduzem a
estimativas bastante precisas do nível de fissuramento das peças.
Levando em conta a grande relação existente entre os
módulos de deformação longitudinal do aço e do concreto (Es/Ec) e
que, a partir da primeira fissura, as tensões de tração são
transmitidas somente às armaduras, tem-se condição de se
estabelecer, através de fórmulas próprias, a estimativa das aberturas
e distanciamento das fissuras em peças solicitadas à tração pura ou
à flexão.
O estudo presta-se tanto para vigas quanto para lajes de
concreto armado, sendo que neste último caso a altura efetiva da
área interessada na fissuração é limitada à metade da altura da zona
tracionada; podendo-se, ainda, analisar os efeitos da deformação
lenta e de carregamentos cíclicos na evolução das fissuras, além de
estabelecer diversas condições sobre máximos diâmetros e máximos
afastamentos das barras, armaduras de pele e taxas mínimas de
armadura para combater-se a fissuração excessiva das peças de
concreto armado, sob ação de esforços de diferentes naturezas
(tração, corte, torção, compressão).
As fissuras que ocorrem em peças de concreto armado

geralmente apresentam aberturas bastante reduzidas; o cálculo no

Estádio III de peças fletidas leva em conta o aparecimento dessas

fissuras, e várias são as formas dessas manifestações; a seguir

serão analisados alguns casos típicos:

FLEXÃO DE LAJES

O aspecto das fissuras varia conforme as condições de

contorno da laje (apoio livre ou engastado), a relação entre o

comprimento e a largura, o tipo de armação e a natureza e

intensidade da solicitação.

Para lajes maciças com grandes vãos, os momentos

volventes que se desenvolvem nas proximidades dos cantos da laje

podem produzir fissuras inclinadas, constituindo com esses cantos


triângulos aproximadamente isósceles.

Um outro tipo de trinca pode surgir quando não existem

ferragem negativa entre painéis de lajes construtivamente contínuas,

porém projetadas como simplesmente apoiadas; as trincas surgem

na face superior da laje, acompanhando aproximadamente o seu

contorno.

TORÇÃO DE LAJES

Por recalques diferenciados das fundações ou por

deformabilidade da estrutura as lajes podem ser submetidas a

solicitações de torção muito mais significativas do aquelas que se

desenvolvem nas lajes fletidas; as trincas nesses casos apresentam-

se inclinadas em relação aos bordos da laje.

FISSURAS CAUSADAS POR DEFORMABILIDADE EXCESSIVA

DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO:

Com a evolução da tecnologia do concreto armado,


representada pela fabricação de aços com grande limite de
elasticidade, produção de cimentos e melhor qualidade de
desenvolvimento de métodos refinados de cálculo, as estruturas
foram se tornando cada vez mais flexíveis, o que se torna imperiosa
a análise mais cuidadosa das suas deformações e de suas
respectivas consequências.
Não se tem observado, em geral, problemas graves
decorrentes de deformações causadas por solicitações de
compressão (pilares), cisalhamento ou torção; a ocorrência de
flechas em componentes fletidos tem causado, entretanto, repetidos
e graves transtornos aos edifícios, verificando-se, em função da
deformação de componentes estruturais, freqüentes problemas de
compressão de caixilhos, empoçamento de águas em vigas-calha ou
lajes de cobertura, destacamento de pisos cerâmicos e ocorrência de
trincas em parede.
Vigas e lajes deformam-se naturalmente sob ação do peso
próprio, das demais cargas permanentes e acidentais e mesmo sob
efeito da retração e da deformação lenta do concreto. Os
componentes estruturais admitem flechas que podem não
comprometer em nada sua própria estética, a estabilidade e a
resistência da construção; tais flechas, entretanto, podem ser
incompatíveis com a capacidade de deformação de paredes ou
outros componentes que integram os edifícios.
A NBR 6118 estipula que no cálculo das flechas deverão
ser levadas em conta a retração e a deformação lenta do concreto;
faz-se uma breve menção de que “no projeto, especial atenção
deverá ser dada à verificação da possibilidade de ser atingido o
estado de deformação excessiva, a fim de que as deformações não
possam ser prejudiciais à estrutura ou a outras partes da
construção”.
Ao que tudo indica, as alvenarias são os componentes da
obra mais suscetíveis à ocorrência de fissuras pela deformação do
suporte.
Não existe um consenso sobre os valores admissíveis das
flechas, quer para vigas ou lajes onde serão apoiadas alvenarias,
quer para lajes sobre as quais serão executados pisos cerâmicos (a
deflexão da laje pode provocar o destacamento dos ladrilhos).

PREVISÃO DE FLECHAS EM COMPONENTES FLETIDOS

O cálculo exato das flechas que ocorrerão nos componentes


estruturais é tarefa praticamente impossível de ser realizada devido
aos inúmeros fatores intervenientes, tal como a variação do módulo
de deformação do concreto com o passar do tempo. Na previsão da
flecha de um componente fletido é essencial, contudo, que sejam
distinguidos:

a) a parcela da flecha que se manifesta antes da fissuração do


concreto e a parcela que se manifesta após a fissuração;

b) a parcela da flecha que se manifesta imediatamente após o


carregamento (flecha instantânea) e a parcela da flecha que se
manifestará ao longo do tempo, pela deformação lenta do concreto.
Para determinação da parcela da flecha que se desenvolve
após a fissuração do concreto, uma das primeiras dificuldades que
se apresenta é a determinação da posição do eixo neutro, a qual
varia em função da extensão das fissuras.
A variação da flecha ao longo do tempo está associada à
retração e à deformação lenta do concreto. O mecanismo da
deformação lenta é bastante complexa: nele intervêm, por exemplo,
as deformações diferenciadas entre a pasta de cimento e os
agregados, a intensidade e a natureza das cargas aplicadas, a
presença ou não de armadura na zona comprimida das peças, as
condições de umidade e temperatura a que estarão sujeitas as
peças, a retração do concreto (que por sua vez é função da relação
água/cimento empregada e das condições de cura) etc.
Calcular-se a parcela da flecha provocada pela deformação
lenta do concreto é, portanto, bastante difícil. Para vigas sem
armadura de compressão pode-se admitir que a parcela da flecha
oriunda da deformação lenta do concreto seja aproximadamente
duas vezes a flecha instantânea fg calculada para as cargas
permanentes e para sobrecargas fixas, que em última instância são
as que provocam a deformação lenta do concreto.
Algumas entidades, em função da presença de armaduras
de compressão ou da qualidade do concreto, adotam fatores
multiplicativos diferenciados para o encurtamento do concreto na
deformação lenta.
A norma brasileira para cálculo e execução de estruturas de
concreto armado admite que a flecha provocada pela deformação
lenta do concreto pode ser avaliada como o produto da respectiva
flecha instantânea (fi) pela relação das curvaturas final e inicial na
seção de maior momento em valor absoluto, supondo-se que o
alongamento do aço permaneça constante e que o encurtamento do
concreto, quando da estabilização da deformação lenta, corresponda
a três vezes o seu encurtamento inicial.

CONFIGURAÇÕES TÍPICAS DE TRINCAS PROVOCADAS PELA


FLEXÃO DE VIGAS E LAJES.

Os componentes do edifício mais suscetíveis à flexão de vigas


e lajes são, como já foi dito anteriormente, as alvenarias. Para
paredes de vedação sem aberturas de portas e janelas existem três
configurações típicas de trincas, a saber:

a) O componente de apoio deforma-se mais que o componente


superior;
surgem trincas inclinadas nos cantos superiores da parede, oriundas
do carregamento não uniforme da viga superior sobre o painel, já que
existe a tendência de ocorrer maior carregamento junto aos cantos
das paredes. Na parte inferior do painel normalmente surge uma
trinca horizontal; quando o comprimento da parede é superior à sua
altura aparece o efeito de arco e a trinca horizontal desvia-se em
direção aos vértices inferiores do painel (normalmente o que se pode
observar, contudo, é somente o trecho horizontal da trinca). Para
alvenarias com boa resistência à tração e ao cisalhamento, o painel
pode permanecer apoiado nas extremidades da viga (efeito de arco),
resultando uma fresta entre a base da alvenaria e a viga suporte.

b) o componente de apoio deforma-se menos que o componente


superior;
neste caso, a parede comporta-se como viga, resultando fissuras
semelhantes àquelas apresentadas para o caso de flexão de vigas
de concreto armado.

c) o componente de apoio e o componente superior apresentam


deformações aproximadamente iguais;
Nessa circunstância a parede é submetida principalmente a
tensões de cisalhamento, comportando-se o painel de maneira
idêntica àquela comentada para vigas de concreto deficientemente
armadas contra o cisalhamento (item 4.2.1); as fissuras iniciam-se
nos vértices inferiores do painel, propagando-se aproximadamente a
45 o.
Nas alvenarias de vedação com presença de aberturas, as
fissuras poderão ganhar configurações diversas, em função da
extensão da parede, da intensidade da movimentação, do tamanho
e da posição dessas aberturas; em geral, podem ser observadas
manifestações idênticas àquelas representadas.
No caso de paredes constituídas por painéis pré-fabricados,
deflexões de vigas ou lajes sobre as quais apoiam-se as paredes
provocarão destacamentos e fissuras de cisalhamento entre os
painéis.
Um caso bastante típico de fissuração provocada pela falta
de rigidez estrutural é aquele que se observa nas regiões em balanço
de vigas, problema particularmente importante em edifícios sobre
pilotis, onde o balanço é intencionalmente utilizado para alívio dos
momentos positivos. A deflexão da viga na região em balanço
normalmente provoca o aparecimento de fissuras de cisalhamento
na alvenaria e/ou o destacamento entre a parede e a estrutura.
A ocorrência de flechas diferenciadas nos balanços das
vigas de dois pavimentos sucessivos poderá introduzir esforços de
flexão nas paredes de fachada, apoiadas em vigas perimetrais por
sua vez apoiadas nas extremidades das vigas em balanço, situação
em que normalmente aparecem fissuras horizontais na altura dos
peitoris das janelas (região da parede enfraquecida pela inserção das
aberturas). Tais flechas poderão ainda provocar a compressão de
paredes de vedação apoiadas sobre as vigas perimetrais.

FISSURAS CAUSADAS PELA RETRAÇÃO


A hidratação do cimento consiste na transformação de
compostos anidros mais solúveis em compostos hidratados menos
solúveis, ocorrendo na hidratação a formação de uma camada de gel
em torno dos grãos dos compostos anidros; para que ocorra a reação
química completa entre a água e os compostos anidros é necessário
cerca de 22 a 32% de água em relação à massa do cimento. Para a
constituição do gel é necessária uma quantidade adicional em torno
de 15 a 25%. Em média, uma relação água/cimento de
aproximadamente 0,40 é suficiente para que o cimento se hidrate
completamente.
Em função da trabalhabilidade necessária, os concretos e
argamassas normalmente são preparados com água em excesso, o
que vem acentuar a retração. Na realidade, é importante distinguir as
três formas de retração que ocorrem num produto preparado com
cimento, ou seja:

- retração química
a reação química entre o cimento e a água se dá com redução de
volume; devido às grandes forças interiores de coesão, a água
combinada quimicamente (22 a 32%) sofre uma contração de
cerca de 25% de seu volume original;

- retração de secagem
a quantidade excedente de água, empregada na preparação do
concreto ou da argamassa, permanece livre no interior da massa,
evaporando-se posteriormente; tal evaporação gera forças
capilares equivalentes a uma compressão isotrópica da massa,
produzindo a redução de volume;

- retração por carbonatação


a cal hidratada liberada nas reações de hidratação do cimento
reage com o gás carbônico presente no ar, formando carbonato
de cálcio; esta reação é acompanhada de uma redução de
volume, gerando a chamada retração por carbonatação.

Estes três tipos de retração ocorrem com o produto


endurecido, ou em processo de endurecimento, em períodos de
tempo relativamente longos.
Poder-se-ia, ainda, indicar um quarto tipo de retração, que
ocorre com a massa no estado plástico, e que provém da evaporação
da água durante a pega ou a percolação da água de regiões mais
pressionadas para regiões menos pressionadas. Essa retração
plástica explica o adensamento das juntas de argamassa de uma
alvenaria recém-construída e a exsudação de água num concreto
recém-vibrado.
As peças de uma estrutura reticulada de concreto armado
poderão ser solicitadas por elevadas tensões provenientes da
retração do concreto. Em estruturas aporticadas, a retração das vigas
superiores poderá induzir a fissuração horizontal dos pilares mais
extremos. A ocorrência de fissuras de retração numa viga de
concreto armado dependerá da dosagem do concreto
(principalmente da relação água/cimento), das condições de
adensamento (quanto mais adensado, menor a retração) e das
condições de cura (a evaporação precoce da água aumentará
substancialmente a retração).
Dependerá ainda das dimensões da peça, da rigidez dos
pórticos, da taxa de armaduras e da própria distribuição de
armaduras ao longo de sua seção transversal. Nas vigas altas, com
inexistência ou insuficiência de armadura de pele, as fissuras
ocorrerão preferencialmente no terço médio da altura da viga, sendo
retas e regularmente espaçadas.
Consumos de água excepcionalmente altos, identificados
pela coloração esbranquiçadas que assume o concreto após a
secagem, produzirão fissuras com diferentes configurações,
inclusive fissuras mapeadas similares àquelas que ocorrem com
maior freqüência nas argamassas de revestimento.
A retração de pilares de concreto armado, somada às
deformações elásticas provenientes das solicitações externas, pode
introduzir elevadas tensões de compressão nas alvenarias de
fechamento, chegando-se a produzir o arqueamento dessa
alvenaria. Assim, poderão surgir na parede fissuras típicas de sobre
carregamento e fissuras horizontais características da solicitação de
flexo-compressão. Em casos extremos o arqueamento pode
provocar a fissuração de peças intermediárias da estrutura que se
oponham a esse movimento.
Tal retração poderá provocar também a compressão de forro falsos,
casos estes encontrem-se rigidamente vinculados à paredes. A
retração do concreto poderá ainda provocar o aparecimento de
fissuras na própria laje, com configuração mapeada e distribuição
regular, de maneira semelhante àquela que se verifica em
argamassas de revestimento; o efeito mais nocivo da retração de
lajes de concreto armado será a fissuração de paredes solidárias à
laje.
A retração de paredes como um todo, e mesmo a retração
diferenciada entre componentes de alvenaria e argamassa de
assentamento podem provocar fissuras e destacamentos, ou seja, o
mecanismo de formação das fissuras é idêntico àquele verificado
para contrações provocadas por variações de temperatura e de
umidade. O problema mais significativo, contudo, decorrente da
retração de argamassa de assentamento de alvenarias, é aquele que
se verifica nas fachadas constituídas por alvenaria aparente, onde a
penetração de água através de fissuras ou destacamentos gera uma
série de patologias correlatas (manchas de umidade, bolor, lixiviação,
etc.).
Retrações consideráveis, advindas do mau
proporcionamento da argamassa e/ou da inadequada execução do
serviço (assentamento de blocos muito ressecados, por exemplo),
em geral dão origem a microfissuras e a destacamentos quase
imperceptíveis a olho nu; algumas vezes, entretanto, o problema
assume maiores proporções.
O recalque plástico do concreto poderá provocar o
aparecimento de fissuras internas ao concreto, imediatamente
abaixo de seções densamente armadas recém-construídas; caso o
encunhamento da parede com o componente estrutural superior
tenha sido executado de maneira precoce ocorrerá o destacamento
entre a alvenaria e o componente superior (viga ou laje). A retração
final de uma alvenaria depende de inúmeros fatores; a qualidade dos
blocos e da argamassa de assentamento, além do grau de restrição
imposto à parede, exercem grande influência nas acomodações
finais dos componentes de alvenaria; através de experiências (PCA
–Portland Cement Association) concluiu-se que as alvenarias
executadas com argamassa mais pobres em cimento, a despeito da
retração, apresentam melhor comportamento global, caracterizando-
se essas argamassas pelo grande poder de acomodar deformações
e redistribuir tensões.
A retração das argamassas aumenta com o consumo de
aglomerante, com a percentagem de finos existentes na mistura e
com o teor da água de amassamento. Além desses fatores
intrínsecos, diversos outros estarão influenciando na formação ou
não de fissuras de retração nas argamassas de revestimento:
aderência com a base, número de camadas aplicadas, espessura
das camadas, tempo decorrido entre a aplicação de uma e outra
camada, rápida perda de água durante o endurecimento por ação
intensiva de ventilação e/ou insolação, etc. As fissuras desenvolvidas
por retração das argamassas de revestimento apresentam
distribuição uniforme, com linhas mapeadas que se cruzam formando
ângulos bastante próximos de 90°, e a indicação de um maior
consumo de cimento na argamassa caracteriza uma grande
potencialidade de formação de fissuras de retração no revestimento.
A influência da argamassa de assentamento pode ser
notada, também, com relação a aplicação de azulejos, que possuem
espessura bastante reduzidas, e que devem ser assentados com
argamassas mistas de cimento, cal e areia; onde a quantidade de
cimento adicionada à mistura deve ser, no entanto, extremamente
reduzida.
No caso de empregar-se um teor de cimento relativamente
elevado, a argamassa de assentamento resultará acentuadamente
rígida, com pouca capacidade de deformação; sua retração
provocará nos azulejos um abaulamento, ou seja, suas faces de
assentamento serão solicitadas à compressão, e as faces
esmaltadas à tração. Em função da intensidade dessas solicitações,
as faces tracionadas poderão apresentar pequenas gretas.
Importante, também, de ser analisada é a situação onde
aparecem fissuras originadas por alterações químicas dos materiais
de construção. Estes são suscetíveis de deterioração pela ação de
substâncias químicas, principalmente as soluções ácidas e alguns
tipos de álcool.
Assim, edifícios que abrigam fábricas de laticínios, cerveja,
álcool e açúcar, celulose e produtos químicos em geral podem ter
seus materiais e componentes seriamente avariados por essas
substâncias. Pela especificidade do tema, e também porque a
patologia nesses casos manifesta-se muito mais na forma de
lixiviação e não na formação de fissuras, essas deteriorações não
serão aqui apresentadas.
Uma cal bem hidratada praticamente não apresenta óxidos
livres de cal e magnésio, em contrapartida, as cales mal hidratadas
podem apresentar teores bastante elevados desses óxidos, que
sempre estarão ávidos por água.
No caso de fabricação de componentes ou elementos com
cales mal hidratadas, se por qualquer motivo ocorrer uma
umidificação do componente ao longo de sua vida útil, haverá a
tendência de que os óxidos livres venham a hidratar-se,
apresentando, em conseqüência, um aumento do volume de
aproximadamente 100%. Em função da intensidade da expansão
poderão ocorrer fissuras e outras avarias, em tudo semelhantes
àquelas analisadas para o caso das dilatações térmicas ou
higroscópicas, como já visto anteriormente. Em argamassas de
assentamento, por exemplo, a sua expansão pode provocar fissuras
horizontais no revestimento, acompanhando as juntas de
assentamento da alvenaria. Essas fissuras ocorrerão
preferencialmente nas proximidades do topo da parede, onde são
menores os esforços de compressão oriundos do seu peso próprio.
O efeito mais nocivo da hidratação retardada de cales
manifesta-se, entretanto, nos revestimentos em argamassa, cuja
expansão decorrente tende a produzir danos generalizados no
revestimento (além de fissuras, descolamento, desagregações e
pulverulências). Em locais com a presença de grânulos isolados de
óxidos ativos, a expansão e posterior desagregação do óxido
resultará em pequenos buracos no revestimento.
Podemos também constatar fissuras advindas por ataque
de sulfatos.
O aluminato tricálcico, um constituinte normal dos cimentos,
pode reagir com sulfatos em solução formando um composto
denominado sulfoaluminato tricálcico, sendo que esta reação é
acompanhada de grande expansão. Portanto, para que a reação
ocorra, é necessária a presença de cimento, de água e de sulfatos
solúveis; por esse motivo a utilização conjunta de cimento e gesso é
potencialmente perigosa. Estes poderão provir de diversas fontes,
como o solo, águas contaminadas ou mesmo componentes
cerâmicos constituídos por argilas com altos teores de sais solúveis.
A água, por sua vez, poderá ter acesso aos componentes através de
diferentes formas: pela penetração de água de chuva em superfícies
mal impermeabilizadas ou pela própria absorção da umidade
resultante da ocupação da edificação (lavagem de pisos, asseio
corporal, etc.).
No caso da expansão de argamassas de assentamento, por
exemplo, ocorre inicialmente uma expansão geral da alvenaria,
sendo que em casos mais extremos poderá ocorrer uma progressiva
desintegração das juntas de argamassa. No caso de alvenarias
revestidas, as trincas serão semelhantes àquelas que ocorrem pela
retração da argamassa de revestimento, diferem das primeiras,
entretanto, em três aspectos fundamentais: apresentam aberturas
mais pronunciadas, acompanham aproximadamente as juntas de
assentamento horizontais e verticais e aparecem quase sempre
acompanhadas de eflorescências.
O efeito expansivo numa massa de concreto provoca
fendilhamentos generalizados e fissuras que vão aumentando tanto
na abertura quanto na profundidade, até que fragmentos de concreto
relativamente grandes sejam destacados. Onde a expansão não
encontra vínculos resistentes (muros de arrimo, parapeitos, etc.) as
trincas configuram-se ao acaso; quando a expansão encontra
resistência ao longo de um ou mais eixos (pilares, por exemplo), as
trincas ocorrem como uma série de aberturas paralelas ao eixo
vinculado, com expansão lateral do concreto.

LEVANTAMENTOS EFETUADOS

Os levantamentos consistiram em observar as patologias existentes,


fotografá-las, separando-as conforme o tipo e a solução que
apresentamos no “MANUAL TRATAMENTO DE PATOLOGIAS”;
inclusive já entregue uma cópia à Engenharia dessa Secretaria de
Estado.

̶ Fissuras térmicas e/ou de reboco

Segue link para acesso as fotos 360º


https://bit.ly/Mapa360EEB
MANUAL TRATAMENTO PATOLOGIAS
MANUAL TRATAMENTO
PATOLOGIAS

JANEIRO/2022
TRATAMENTO DAS FISSURAS

O tratamento das fissuras será realizado com a utilização da MASSA


DE REPARAÇÃO ZERO TRINCA da DRYLEVIS, que é um selante
acrílico antitrincas e fissuras; indicado pela excelente resistência à
intempéries e raios solares.
Sua principal função é corrigir as trincas que surgem nos sistemas
construtivos, ocasionadas pela movimentação natural das estruturas.
Pode ser aplicado em superfícies internas ou externas.
Aceita pinturas isentas de solvente, à base de látex ou de emulsões
acrílicas, produto pronto para uso.

Indicação
Tratamento de juntas em placas cimentícias de até 5 mm, trincas de
no máximo 2,5cm e fissuras.

Benefícios
Produto pronto para o uso, de fácil aplicação, secagem rápida, ótimo
rendimento, fácil de lixar e flexível, evitando o surgimento de trincas
e microfissuras.

Preparação da Superfície
A superfície deve estar firme, coesa, limpa, seca, sem poeira,
gordura ou graxa, sabão ou mofo, deixar o substrato livre de qualquer
impregnação que possa prejudicar a aderência do produto ao
substrato. As partes soltas ou mal aderidas deverão ser raspadas
e/ou escovadas.
Se houver manchas de gordura ou graxa, lavar com uma solução de
água e detergente, enxaguar e aguardar secagem. As partes
mofadas devem ser lavadas com uma solução de água e água
sanitária (1:1), enxaguar e aguardar secagem.

Preparação do Produto
Produto pronto para uso.

Aplicação do Produto
QUANDO BISNAGA: Utilizar com pistola aplicadora. Cortar a ponta
do bico plástico na medida desejada, a 45°. Durante a aplicação,
manter o bico no fundo da trinca para evitar a oclusão de bolhas de
ar.
QUANDO BALDE: Misture o produto com uma haste ou espátula
metálica. Depois da preparação adequada do substrato, com o
auxílio de espátula ou desempenadeira, aplique o ZEROTRINCA
preenchendo firme e totalmente o substrato de modo que não fique
ar preso e garantindo contato total com as bordas, remova os
excessos antes da secagem do produto.
Finalizar o acabamento aplicando MASSA FLEX TAPA TUDO 5000,
usando desempenadeira ou espátula de aço, 24 horas após aplicar
o ZERO TRINCA. A seguir lixar e pintar.
Externamente, deve ser aplicado com tempo estável para que,
durante a secagem inicial, por cerca de 4h, a temperatura esteja em
torno de 25°C e o produto não receba chuva. Caso se observe
retração, após 24 horas reaplicar o produto com espátula.
ADVERTÊNCIA: Evite aplicar em dias com temperatura inferior a 10°
e umidade relativa do ar superior a 90%.

Do Tratamento

1-) Abri-las com ferramenta específica ou com esmerilhadeira


elétrica, resultando em uma abertura em forma de “V” com largura de
até 10 mm e profundidade de até 8 mm. A superfície deve estar
perfeitamente limpa e isenta de poeira. Para melhorar a aderência do
produto e evitar retrações excessivas, aplicar o PRIMER PR10 da
DRYLEVIS antes da aplicação do ZEROTRINCA da DRYLEVIS.
2-) Preencher as trincas com ZEROTRINCA SELANTE ACRÍLICO
repassando com espátula de aço, aguardar secagem total (mínimo
24 horas); caso necessário, aplicar uma segunda demão.

Acabamento
Não recomendamos deixar o ZEROTRINCA sem acabamento.
Utilizar preferencialmente coberturas elastoméricas. Recomendamos
a MASSA FLEX TAPA TUDO 5000, da DRYLEVIS para um perfeito
nivelamento.

Rendimento
Para abertura em “V” conforme recomendado (10x8mm), de 5 a 6
metros lineares por kg.

Tempo de secagem
Ao toque 4 horas. Cura total 24 horas (25°C e 60% URA).

Validade
12 meses a partir da data de fabricação, desde que a embalagem
esteja fechada adequadamente (25°C e 60% URA).
Descarte
O produto poderá ser descartado somente após sua inativação
conforme legislação vigente. A embalagem é adequada somente
para produtos químicos. Não reutilizar a embalagem para armazenar
qualquer tipo de alimentos ou rações animais. Descartar para
incineração ou reciclagem após sua descontaminação por empresas
especializadas, conforme legislação vigente.

TRATAMENTO DE ARMADURA.

1 - Retirar a oxidação com jateamento de ar;


2 – A armadura que apresentar uma oxidação, que tenha reduzido
até 10% da seção original do aço, poderá ser reutilizada, aplicando
“ARMATEC”, da OTTO BAUMGART, conforme recomendações do
Fabricante;
3 – A armadura com mais de 10% de oxidação, toda ela deverá ser
retirada até encontrar o início do aço sem oxidação, a partir daí retirar
40 cm do concreto e acrescentar uma nova armadura em substituição
da comprometida, soldando-a na parte intacta;
4 – Havendo necessidade de chumbar a nova armadura, a mesma
deverá ser fixada, pelo menos 6cm, no concreto através de
“COMPOUND ADESIVO TIX”, da OTTO BAUMGART, seguindo as
orientações do Fabricante;
5 – O recobrimento da armadura será executado utilizando-se
“ARGAMASSA ESTRUTURAL 240”, da OTTO BAUMGART.

TRATAMENTO DE CONCRETO ARMADO.


tecbond injeção wt quartzolit

Produto à base de resina epóxi para injeção de fissuras em


substratos secos ou úmidos.
1. Descrição: tecbond injeção wt quartzolit é um produto à base de
resina epóxi, bicomponente, de baixa viscosidade e isento de
solventes, destinado à injeção de fissuras passivas em estruturas de
concreto deterioradas. O tempo de manuseio prolongado do produto
possibilita o total preenchimento das fissuras, evitando o
endurecimento da resina antes do término do serviço de injeção.
2. Usos: Recomposição dos elementos estruturais de concreto
Substratos secos Injeção pressurizada de fissuras passivas de
elementos estruturais de concreto com aberturas entre 0,3 e 9,0 mm
3. Vantagens: Não retrátil, garantindo o perfeito contato e aderência
ao substrato Devolve o monolitismo do elemento estrutural Evita a
penetração de agentes agressivos pelas fissuras Apresenta
elevadas resistências mecânicas à compressão e à tração Confere
maior tempo para injeção, evitando desperdício de resina.
4. Instruções de uso:
4.1. Preparo da superfície: A superfície de concreto deve-se
apresentar limpa ao longo de toda a extensão da fissura. Proceda
com a limpeza superficial da fissura com uma espátula e realize uma
escovação enérgica com escova de aço. Para finalizar o preparo,
utilize jato de ar comprimido filtrado para a remoção das partículas
soltas. Fixe os bicos ou niples de injeção com adesivo epoxídico
tecbond tix quartzolit diretamente sobre o concreto. Entre os bicos,
preencha a fissura em toda a sua extensão com tecbond tix
quartzolit. Após o endurecimento do produto, limpe a fissura através
dos bicos com jato de ar comprimido, testando a comunicação entre
estes.
4.2. Mistura: Recomenda-se utilizar weber.rep aplic mist (hélice)
acoplada a uma furadeira de baixa rotação (400 a 500 rpm). Adicione
a totalidade do endurecedor (componente B) à base (componente A)
e misture até a completa homogeneização do produto. O tempo de
mistura varia de 2 a 4 minutos e as embalagens não devem ser
fracionadas.
4.3. Aplicação: Verta a resina preparada em equipamento apropriado
para injeção de fissuras. Em fissuras verticais, o processo de injeção
deve ser realizado sempre de baixo para cima. Providencie o engate
do bico de injeção no niple inferior e pressurize o equipamento,
observando a saída da resina pelo niple superior subsequente.
Imediatamente, vede o niple anterior e continue a injeção a partir
deste, observando o afloramento da resina pelo próximo niple.
Repetir o processo até a finalização da injeção conforme o Boletim
Técnico tecbond injeção wt quartzolit.
A pressão de injeção deve ser adequada à espessura da fissura a
ser injetada. Após 24 horas, retire os bicos e o adesivo de colmatação
e execute o acabamento, promovendo o lixamento mecânico da
superfície. Em temperatura ambiente acima de 30 °C, os
componentes do produto devem ser armazenados à sombra ou em
local com ar condicionado por 12 horas antes do uso.
5. Propriedades e características: Massa específica 1,060 kg/dm3
Tempo de manuseio 50 ~ 70 minutos Cura final 7 dias Viscosidade
150 a 200 cP Dureza inicial 24 horas Resistência à compressão às
24 horas 40 MPa Resistência à compressão aos 14 dias 70 MPa.
6. Consumo teórico aproximado: tecbond injeção wt quartzolit: 1.060
kg/m³.
7. Fornecimento e armazenagem: tecbond injeção wt quartzolit é
fornecido em conjuntos de 1 kg. Mantendo-se em local seco,
ventilado e na embalagem original lacrada, sua validade é de 12
meses, a partir da data de fabricação impressa na embalagem.
8. Precauções: As medidas de higiene e de segurança do trabalho,
as restrições quanto à exposição ao fogo e as indicações de limpeza
e de disposição de resíduos devem seguir as recomendações
constantes na FISPQ do produto. IMPORTANTE: O rendimento e o
desempenho do produto dependem das condições ideais de
preparação da superfície/substrato onde será aplicado e de fatores
externos alheios ao controle da Weber, como uniformidade da
superfície, umidade relativa do ar e ou de superfície, temperatura e
condições climáticas, locais, além de conhecimentos técnicos e
práticos do aplicador, do usuário e de outros. Em função destes
fatores, o rendimento e o desempenho do produto podem apresentar
variações.

UMIDADE

- Remover o reboco da parede até, pelo menos, a altura de


1,0(hum) metro, deixando os tijolos a amostra;
- Pintar com VEDATOP, da OTTO BAUMGART, em 04 (quatro)
demãos cruzadas. As demãos serão dadas em intervalos de 06 (seis)
horas;
- Chapiscar a área a ser tratada com traço:

01 lata de cimento : 03 latas de areia grossa;


na água de amassamento utilizar BIANCO, da OTTO
BAUMGART, na proporção de 1 BIANCO : 2 água;

- recompor o revestimento, reboco, com a seguinte argamassa:


01 lata de cimento
03 latas de areia média peneirada,
mais 01 kg de VEDACIT, da OTTO BAUMGART;

- a laje da cobertura deverá ser tratada na superfície superior e


inferior, conforme acima descrito.

RCA ENGENHARIA DE PROJETOS

RONALDO COUTINHO DE AZEVEDO


Engenheiro Civil Cart. 704
SONDAGEM GEOLÓGICA ANTIGA
GOVERNO DO ESTADO DE SANTA
CATARINASECRETARIA DE ESTADO DE
EDUCAÇÃO

EXECUÇÃO DE SONDAGENS

EEB JÚLIO DA COSTA NEVES

- RELATÓRIO
- PLANTA DE LOCAÇÃO
- PERFIS DE SONDAGEM
- ART

Vol. Único
Dezembro
167-11 01 2011
1 RELATÓRIO DE SONDAGEM
1 RELATÓRIO DE SONDAGEM

Sumário
1 RELATÓRIO DE SONDAGEM ........................................................................................... 4
1.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
1.2 SERVIÇOS EXECUTADOS ........................................................................................ 4
1.3 PROCEDIMENTOS ..................................................................................................... 4

SED/SC – 167_11 – Execução de Sondagens


- P:\cad\sed\167_11\sondagens\desenhos\01 Fpolis - EEB Júlio da Costa Neves\167_11_01_snd_a.odt Pág.3
Direitos Autorais – Lei 9.610/98 – art. 7º, itens X e XI (art. 1), § Único.
1 RELATÓRIO DE SONDAGEM

1 RELATÓRIO DE SONDAGEM

1.1 INTRODUÇÃO

Este memorial descritivo refere-se à investigação geotécnica do terreno da EEB Júlio


da Costa Neves, localizado na Rodovia Aderbal Ramos da Silva, s/n, à 325 metros do trevo
da seta, Bairro Costeira do Pirajubaé, Florianópolis/SC.
A inspeção geotécnica de campo propiciou a identificação das principais
condicionantes geotécnicas dos solos da área em estudo, para a determinação das condições
geotécnicas do subleito.

1.2 SERVIÇOS EXECUTADOS


Os serviços consistiram na execução de 09 (nove) furos de sondagem S.P.T
(sondagem à percussão), numerados SP-01 à SP-09 perfazendo-se um total de 193,05
metros perfurados.

1.3 PROCEDIMENTOS
As sondagens foram executadas segundo a ABNT-NBR 6484/80, sendo iniciadas
com a utilização de um trado helicoidal. Para os ensaios de penetração dinâmica foi utilizado
um amostrador-padrão do tipo Terzaghi-Peck com diâmetro interno de 34,9 mm e diâmetro
externo de 50,8 mm. Após o posicionamento do amostrador em cada uma das cotas de
amostragem, foram marcados sobre as hastes de perfuração três segmentos de 15 cm cada,
contados a partir do topo do tubo de revestimento. Para efetuar a cravação do amostrador,
um martelo de 65 Kg foi erguido à uma altura de 75 cm, contados a partir do topo da cabeça
de bater, e em seguida deixado cair livremente. Foram, então, anotados o número de golpes
necessários à cravação de cada 15 cm do amostrador.
Os resultados do ensaio SPT são expressos pela soma do número de golpes
necessários à cravação dos primeiros e dos últimos 30 cm. O índice de resistência à
penetração (N) equivale aos valores obtidos, em cada metro, nos últimos 30 cm do
amostrador. Nos casos em que não ocorreu a penetração dos 45 cm do amostrador, os
resultados são apresentados sob a forma de frações ordinárias.
A identificação e classificação das amostras foram realizadas segundo a NBR
7250/1982.

SED/SC – 167_11 – Execução de Sondagens


- P:\cad\sed\167_11\sondagens\desenhos\01 Fpolis - EEB Júlio da Costa Neves\167_11_01_snd_a.odt Pág.4
Direitos Autorais – Lei 9.610/98 – art. 7º, itens X e XI (art. 1), § Único.
2 PLANTA DE LOCAÇÃO
3 PERFIS DE SONDAGEM
SONDAGEM ATUAL
RELATÓRIO DE SONDAGEM (SPT)

RCA Engenharia e Projetos EIRELI

CNPJ: 09.566.918/0001-77

Florianópolis, 12 de Dezembro de 2021.


JA.BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA

RELATÓRIO DE SONDAGEM (SPT)

Empresa responsável:

JA.BAROSSI – Tecnologia de Solos Ltda.

Empresa Requerente:

RCA Engenharia e Projetos EIRELI

CNPJ: 09.566.918/0001-77

Realização: DEZEMBRO de 2021


JA.BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA

ÍNDICE

1- APRESENTAÇÃO

2 - ANEXOS

2.1- PERFIS DOS FUROS DE SONDAGEM (SPT)

2.2- CROQUI DE LOCAÇÃO DOS FUROS DE SONDAGEM (SPT)


JA.BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA

1- APRESENTAÇÃO:

Conforme previamente acordado, a Empresa JÁ Barossi Tecnologia de Solos LTDA, executou


serviço de Sondagem de Solos a Percussão, realizada na E E B JULIO DA COSTA NEVES -
Bairro: Saco dos Limões- Município deFlorianópolis- SC.

O serviço constitui em 05 (cinco) furos de Sondagem, perfazendo um totalde 164,85


metros Lineares Perfurados.

O método utilizado para execução da Sondagem a Percussão obedece as prescrições


da NBR 6484/01. Inicia a perfuração com o auxílio de Trado Concha posteriormente utilizando
a Circulação de água utilizando-se amostrador padrão diâmetro interno de 34,9mm e externo
50,8mm erevestimento linha BW. A resistência a penetração está expressa pelo número de
golpes necessários a cravação de 30(trinta) centímetros de amostrador padrão.

A leitura do nível da água é realizada após o término da Sondagem. Ocorre o máximo


rebaixamento possível da coluna da água interna do furo com auxílio da Sonda Balde. Após
12 horas, deve ser medida a posição donível da água em relação a boca do furo.

A compacidade ou a consistência dos solos em estudo é dada em função do índice de


resistência a penetração conforme tabela a seguir:
JA.BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA

TABELA DOS ESTADOS DE COMPACIDADE E DE


CONSISTÊNCIA

Índice de Resistência
SOLO a DESIGNAÇÃO
Penetração

<4 Golpes FOFA


AREIAS 5A8 Golpes POUCO COMPACTA
SILTES 9 a 18 Golpes MEDIANAMENTE COMPACTA
19 a 40 Golpes COMPACTA
> 40 Golpes MUITO COMPACTA

<2 Golpes MUITO MOLE


ARGILAS 3A5 Golpes MOLE
ARGILA
SILTOSA 6 A 10 Golpes CONSISTÊNCIA MÉDIA
11 A 19 Golpes RIJA
> 19 Golpes DURA
Tabela 01: As expressões empregadas para a classificação da compacidade das areias, referem-se
à deformabilidade e resistência destes solos, sob o ponto de vista de fundações, e não devem ser
confundidas com as mesmas denominações empregadas para a designação da compacidade relativa
das areias ou para a situação perante o índice de vazios críticos, definidos na Mecânica dos Solos.

Eng. Civil Arnildo BarossiCREA/SC:

011814-4
JA.BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA

2- ANEXOS:
2.1- PERFIS DOS FUROS DE SONDAGEM (SPT)
JA BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA

CLIENTE: RCA Engenharia e Projetos EIRELI. REF:11110/2021


LOCAL SERVIÇO: E E B JULIO DA COSTA NEVESS - SACO DOS LIMÕES - FLORIANÓPOLIS- SC. Data inicial:02/12/2021

Sondagem: SP01 Cota (m): + 0,35 Data final:02/12/2021


Resp Técnico: Arnildo Barossi/CREA-SC- 11814-4 Profun-
Prof. Nº. das Golpes / cm didade DESCRIÇÃO
(mts) Amostra ---- das DOS SOLOS
1º+2º 2º+3º 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 camadas
0

1
1,00 1 4 5
ATERRO, COM ENTULHO;
2
2,00 2 5 6

3,00 3 7 9 3 3,00

4
4,00 4 12 15 AREIA MÉDIA, MARROM, MEDIANAMENTE COMPACTA;

5,00 5 13 15 5

5,70
6
6,00 6 1 1

7,00 7 1 1 7

8,00 8 1 1 8

9,00 9 1 1 9

10,00 10 1 1 10

11,00 11 1 1 11

12,00 12 1 1 12
ARGILA, CINZA, MUITO MOLE;

13,00 13 1 1 13

14,00 14 1 1 14

15,00 15 1 1 15

16,00 16 1 1 16

17,00 17 5 7 17 17,00

18,00 18 9 10 18 AREIA MÉDIA, CINZA, POUCO COMPACTA;

19,00 19 2 2 19 19,00

20,00 20 2 2 20

ARGILA, CINZA, MUITO MOLE;


21,00 21 2 2 21

Prof. N.A (m): -1,35 Obs.:


JA BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA

CLIENTE: RCA Engenharia e Projetos EIRELI. REF:11110/2021


LOCAL SERVIÇO: E E B JULIO DA COSTA NEVESS - SACO DOS LIMÕES - FLORIANÓPOLIS- SC. Data inicial:02/12/2021

Sondagem: SP01 Cota (m): + 0,35 Data final:02/12/2021


Resp Técnico: Arnildo Barossi/CREA-SC- 11814-4 Profun-
Prof. Nº. das Golpes / cm didade DESCRIÇÃO
(mts) Amostra ---- das DOS SOLOS
1º+2º 2º+3º 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 camadas
21
21,00 21 2 2
ARGILA CINZA, MUITO MOLE;
22,00 22 16 20 22 22,00

23
23,00 23 18 24
AREIA MÉDIA, CINZA, COMPACTA;
24
24,00 24 18 24

25
25,00 25 11 6
25,50

26,00 26 4 5 26

27,00 27 4 5 27

28,00 28 5 6 28

ARGILA ARENOSA, CINZA, DE CONSISTÊNCIA MÉDIA;


29,00 29 5 6 29

30,00 30 5 6 30

30,80
31,00 31 31

IMPENETRÁVEL A PERCUSSÃO (MATACÃO OU ROCHA)


32,00 32 32
CONFORME NBR 6484

33,00 33

34,00 34

35,00 35

36,00 36

37,00 37

38,00 38

39,00 39

40,00 40

41,00 41

42,00 42

Prof. N.A (m): -1,35 Obs.:


JA BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA

CLIENTE: RCA Engenharia e Projetos EIRELI. REF:11110/2021


LOCAL SERVIÇO: E E B JULIO DA COSTA NEVESS - SACO DOS LIMÕES - FLORIANÓPOLIS- SC. Data inicial:02/12/2021

Sondagem: SP02 Cota (m): + 0,40 Data final:02/12/2021


Resp Técnico: Arnildo Barossi/CREA-SC- 11814-4 Profun-
Prof. Nº. das Golpes / cm didade DESCRIÇÃO
(mts) Amostra ---- das DOS SOLOS
1º+2º 2º+3º 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 camadas
0

ATERRO, COM PEDRA SOLTAS;


1
1,00 1
1,50
2
2,00 2 18 23

3
3,00 3 20 24

AREIA FINA, AMARELADA, COMPACTA;


4
4,00 4 20 24

5,00 5 14 18 5

5,90
6
6,00 6 1 1

7,00 7 1 1 7

8,00 8 1 1 8

9,00 9 1 1 9

10,00 10 1 1 10

11,00 11 1 1 11

ARGILA, CINZA, MUITO MOLE;


12,00 12 1 1 12

13,00 13 1 1 13

14,00 14 1 1 14

15,00 15 1 1 15

16,00 16 1 1 16

17,00 17 1 1 17

17,80
18,00 18 10 14 18

19,00 19 10 14 19

AREIA MÉDIA, CINZA, MEDIANAMENTE COMPACTA;


20,00 20 12 16 20

21,00 21 12 16 21

Prof. N.A (m): -1,45 Obs.:


JA BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA

CLIENTE: RCA Engenharia e Projetos EIRELI. REF:11110/2021


LOCAL SERVIÇO: E E B JULIO DA COSTA NEVESS - SACO DOS LIMÕES - FLORIANÓPOLIS- SC. Data inicial:02/12/2021

Sondagem: SP02 Cota (m): + 0,40 Data final:02/12/2021


Resp Técnico: Arnildo Barossi/CREA-SC- 11814-4 Profun-
Prof. Nº. das Golpes / cm didade DESCRIÇÃO
(mts) Amostra ---- das DOS SOLOS
1º+2º 2º+3º 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 camadas
21
21,00 21 12 16
AREIA MÉDIA, CINZA, MEDIANAMENTE COMPACTA;
21,60
22
22,00 22 2 2

23
23,00 23 2 2
ARGILA, CINZA, MUITO MOLE;
24
24,00 24 2 2
24,80
25
25,00 25 14 18

26,00 26 20 23 26
AREIA MÉDIA, CINZA, COMPACTA;

27,00 27 23 28 27

28,00 28 33 38 28
28,45

29,00 29 29
LIMITE DE SONDAGEM;

CONFORME NBR 6484


30
30,00

31,00 31

32,00 32

33,00 33

34,00 34

35,00 35

36,00 36

37,00 37

38,00 38

39,00 39

40,00 40

41,00 41

42,00 42

Prof. N.A (m): -1,45 Obs.:


JA BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA

CLIENTE: RCA Engenharia e Projetos EIRELI. REF:11110/2021


LOCAL SERVIÇO: E E B JULIO DA COSTA NEVESS - SACO DOS LIMÕES - FLORIANÓPOLIS- SC. Data inicial:03/12/2021

Sondagem: SP03 Cota (m): + 0,40 Data final:03/12/2021


Resp Técnico: Arnildo Barossi/CREA-SC- 11814-4 Profun-
Prof. Nº. das Golpes / cm didade DESCRIÇÃO
(mts) Amostra ---- das DOS SOLOS
1º+2º 2º+3º 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 camadas
0

1
ATERRO, COM PEDRAS SOLTAS;
1,00 1
1,50
2
2,00 2 17 23

3
3,00 3 19 25

AREIA FINA, AMARELADA, COMPACTA;


4
4,00 4 17 23

5,00 5 14 18 5

5,60
6
6,00 6 1 1

7,00 7 1 1 7

8,00 8 1 1 8

9,00 9 1 1 9

10,00 10 1 1 10

ARGILA, CINZA, MUITO MOLE;


11,00 11 1 1 11

12,00 12 1 1 12

13,00 13 1 1 13

14,00 14 1 1 14

14,80
15,00 15 12 16 15

16,00 16 12 16 16 AREIA MÉDIA, CINZA, MEDIANAMENTE COMPACTA;

17,00 17 14 18 17
17,50

18,00 18 15 19 18

19,00 19 14 18 19

AREIA MÉDIA, CINZA, MEDIANAMENTE COMPACTA;


20,00 20 16 19 20

21,00 21 17 20 21

Prof. N.A (m): - 1,40 Obs.:


JA BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA

CLIENTE: RCA Engenharia e Projetos EIRELI. REF:11110/2021


LOCAL SERVIÇO: E E B JULIO DA COSTA NEVESS - SACO DOS LIMÕES - FLORIANÓPOLIS- SC. Data inicial:03/12/2021

Sondagem: SP03 Cota (m): + 0,40 Data final:03/12/2021


Resp Técnico: Arnildo Barossi/CREA-SC- 11814-4 Profun-
Prof. Nº. das Golpes / cm didade DESCRIÇÃO
(mts) Amostra ---- das DOS SOLOS
1º+2º 2º+3º 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 camadas
21
21,00 21 17 20
AREIA MÉDIA, CINZA, MEDIANAMENTE COMPACTA;
22,00 22 20 22 22 22,00

23
23,00 23 21 23

24
24,00 24 20 26 AREIA FINA, CINZA, COMPACTA;

25
25,00 25 22 25

26,00 26 2 2 26 26,00

27,00 27 2 2 27

28,00 28 2 2 28

29,00 29 2 2 29
ARGILA, CINZA, MUITO MOLE;

30,00 30 2 2 30

31,00 31 2 2 31

31,80
32,00 32 32

IMPENETRÁVEL A PERCUSSÃO (MATACÃO OU ROCHA)


33,00 33
CONFORME NBR 6484

34,00 34

35,00 35

36,00 36

37,00 37

38,00 38

39,00 39

40,00 40

41,00 41

42,00 42

Prof. N.A (m): -1,40 Obs.:


JA BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA

CLIENTE: RCA Engenharia e Projetos EIRELI. REF:11110/2021


LOCAL SERVIÇO: E E B JULIO DA COSTA NEVESS - SACO DOS LIMÕES - FLORIANÓPOLIS- SC. Data inicial:03/12/2021

Sondagem: SP04 Cota (m): + 0,35 Data final:03/12/2021


Resp Técnico: Arnildo Barossi/CREA-SC- 11814-4 Profun-
Prof. Nº. das Golpes / cm didade DESCRIÇÃO
(mts) Amostra ---- das DOS SOLOS
1º+2º 2º+3º 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 camadas
0

1
ATERRO, COM ENTULHO;
1,00 1 5 6

2,00 2 7 9 2 2,00

3
3,00 3 9 11 AREIA MÉDIA, CINZA, POUCO COMPACTA;

4
4,00 4 9 10
4,90
5
5,00 5 1 1

6,00 6 1 1 6

7,00 7 1 1 7

8,00 8 1 1 8
ARGILA, CINZA, MUITO MOLE;

9,00 9 1 1 9

10,00 10 1 1 10

11,00 11 1 1 11
11,50

12,00 12 12 16 12

13,00 13 14 18 13
AREIA MÉDIA, CINZA, MEDIANAMENTE COMPACTA;

14,00 14 16 20 14

15,00 15 18 22 15 A COMPACTA;

16,00 16 20 23 16

17,00 17 22 28 17

17,80
18,00 18 5 7 18

AREIA ARGILOSA, CINZA, POUCO COMPACTO;


19,00 19 7 10 19
19,15

20,00 20 12 16 20

AREIA MÉDIA, CINZA, MEDIANAMENTE COMPACTA;


21,00 21 14 18 21

Prof. N.A (m): -1,35 Obs.:


JA BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA

CLIENTE: RCA Engenharia e Projetos EIRELI. REF:11110/2021


LOCAL SERVIÇO: E E B JULIO DA COSTA NEVESS - SACO DOS LIMÕES - FLORIANÓPOLIS- SC. Data inicial:03/12/2021

Sondagem: SP04 Cota (m): + 0,35 Data final:02/12/2021


Resp Técnico: Arnildo Barossi/CREA-SC- 11814-4 Profun-
Prof. Nº. das Golpes / cm didade DESCRIÇÃO
(mts) Amostra ---- das DOS SOLOS
1º+2º 2º+3º 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 camadas
21
21,00 21 14 18

22
22,00 22 16 19
AREIA MÉDIA, CINZA, MEDIANAMENTE COMPACTA;
23
23,00 23 16 19

24
24,00 24 12 11

25
25,00 25 10 12

26,00 26 11 13 26

27,00 27 2 2 27 27,00

28,00 28 2 2 28

29,00 29 2 2 29

ARGILA CINZA, MUITO MOLE;

30,00 30 2 2 30

31,00 31 2 2 31

32,00 32 2 2 32

32,90
33,00 33 26 36 33

SILTE ARENOSO, CINZA, COMPACTO;


33,80
34,00 34 34

IMPENETRÁVEL A PERCUSSÃO (MATACÃO OU ROCHA)


35,00 35 CONFORME NBR 6484

36,00 36

37,00 37

38,00 38

39,00 39

40,00 40

41,00 41

42,00 42

Prof. N.A (m): -1,35 Obs.:


JA BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA

CLIENTE: RCA Engenharia e Projetos EIRELI. REF:11110/2021


LOCAL SERVIÇO: E E B JULIO DA COSTA NEVESS - SACO DOS LIMÕES - FLORIANÓPOLIS- SC. Data inicial:06/12/2021

Sondagem: SP05 Cota (m): + 0,40 Data final:06/12/2021


Resp Técnico: Arnildo Barossi/CREA-SC- 11814-4 Profun-
Prof. Nº. das Golpes / cm didade DESCRIÇÃO
(mts) Amostra ---- das DOS SOLOS
1º+2º 2º+3º 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 camadas
0

0,10 PISO (LAJOTA)


1
1,00 1 4 4 ATERRO, COM PEDRAS SOLTAS;
1,40
2
2,00 2 10 14
AREIA MÉDIA, CINZA, COMPACTA;
3
3,00 3 15 20

4
4,00 4 14 19
4,90
5
5,00 5 2 2

6,00 6 2 2 6

7,00 7 2 2 7

8,00 8 2 2 8

ARGILA, CINZA, MUITO MOLE;


9,00 9 2 2 9

10,00 10 2 2 10

11,00 11 2 2 11

12,00 12 2 2 12
12,50

13,00 13 7 9 13

14,00 14 9 11 14

15,00 15 7 9 15

16,00 16 7 8 16

17,00 17 8 8 17 AREIA MÉDIA, CINZA, POUCO COMPACTA;

18,00 18 9 10 18

19,00 19 6 7 19

20,00 20 7 8 20

21,00 21 7 9 21

Prof. N.A (m): -1,45 Obs.:


JA BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA

CLIENTE: RCA Engenharia e Projetos EIRELI. REF:11110/2021


LOCAL SERVIÇO: E E B JULIO DA COSTA NEVESS - SACO DOS LIMÕES - FLORIANÓPOLIS- SC. Data inicial:06/12/2021

Sondagem: SP05 Cota (m): + 0,40 Data final:06/12/2021


Resp Técnico: Arnildo Barossi/CREA-SC- 11814-4 Profun-
Prof. Nº. das Golpes / cm didade DESCRIÇÃO
(mts) Amostra ---- das DOS SOLOS
1º+2º 2º+3º 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 camadas
21
21,00 21 7 9

22
AREIA MÉDIA, CINZA, POUCO COMPACTA;
22,00 22 9 11
22,80
23
23,00 23 4 4

24
24,00 24 4 5

ARGILA POUCO ARENOSA, CINZA, DE CONSISTÊNCIA MÉDIA;


25
25,00 25 5 6

26,00 26 5 6 26

26,50

27,00 27 2 2 27

28,00 28 2 2 28

29,00 29 2 2 29

30,00 30 2 2 30

31,00 31 2 2 31
ARGILA, CINZA, MUITO MOLE;

32,00 32 2 2 32

33,00 33 2 2 33

34,00 34 2 2 34

35,00
35,00 35 7 10 35

AREIA COM PEDREGULHO, CINZA, POUCO COMPACTA;


35,50
36,00 36 4 4 36
36,50 ARGILA, CINZA, MOLE;

37,00 37 11 13 37

38,00 38 14 18 38

SILTE ARENOSO, ESVERDEADO, MEDIANAMENTE COMPACTO;


39,00 39 22 28 39

40,00 40 40 40,00

IMPENETRÁVEL A PERCUSSÃO (MATACÃO OU ROCHA)


41,00 41 41

CONFORME NBR 6484


42,00 42

Prof. N.A (m): -1,45 Obs.:


2.2- CROQUI DE LOCAÇÃO DOS
FUROS DE SONDAGEM
70
71
TESTE DE CARGAS EM ESTACAS

RELATÓRIO 01
REVISÃO 00
Cliente: RCA Engenharia de Projetos Eireli
Obra: EEB Júlio da Costa Neves Caminho Dos Estudantes, 100 - Costeira do
Pirajubaé, Florianópolis - SC Itajaí, 27 de dezembro de 2021 www.solugeot.com.br I
Solugeot Soluções Geotécnicas I Página 2 de 22 . Relatório de Ensaio de Carregamento
Dinâmico Cliente RCA Engenharia de Projetos Eireli Obra EEB Júlio da Costa Neves
Endereço Caminho Dos Estudantes, 100 - Costeira do Pirajubaé, Florianópolis - SC
Datas de Realização do Ensaio 21 de dezembro de 2021 Empresa Executora Solugeot
Soluções Geotécnicas www.solugeot.com.br I Solugeot Soluções Geotécnicas I
Página 3 de 22 .
SUMÁRIO
1.
Introdução..........................................................................................................................
....................................................4
2. Fundamentação Teórica - Ensaio de Carregamento Dinâmico
(ECD).....................................................................................
4
2.1Teoria de Equação da Onda
...........................................................................................................................................
........5
2.2Método
Simplificado.......................................................................................................................
.......................................5
2.3Método
Numérico...........................................................................................................................

72
.......................................6
3. Descrição dos equipamentos
utilizados............................................................................................................................
.....8
4. Dados Técnicos recebidos do
Cliente...............................................................................................................................
......9
5. Sistema de propagação de energia
......................................................................................................................................10
6. Características das Estacas
Ensaiadas..........................................................................................................................
........11
7. Resumo dos Resultados Obtidos pelo Método Numérico utilizando o (TNO-
DLTWave).....................................................11
8.
Considerações...................................................................................................................
...................................................13
9.
Referências.......................................................................................................................
....................................................14
10.Anexos - Resultados obtidos do programa TNO-DLTWave
..................................................................................................14
10.1
E1......................................................................................................................................
..........................................15
10.2
E2......................................................................................................................................
..........................................17
10.3
E3......................................................................................................................................
..........................................19
10.4
E4......................................................................................................................................
..........................................21
www.solugeot.com.br I Solugeot Soluções Geotécnicas I Página 4 de 22 .
1. Introdução
2. O relatório sobre ensaios de carga dinâmico (ECD) a seguir apresentado, refere-
se a obra executada em Florianópolis/SC, na obra da RCA Engenharia de
Projetos Eireli, denominada EEB Júlio da Costa Neves, situado ao Caminho dos
Estudantes, 100. Foram executados ensaios ECD em estacas pré-moldadas,
quadradas. A execução das estacas foi realizada pela empresa Reforçar
Fundações. O objetivo deste relatório é apresentar os resultados dos ensaios de
carregamento dinâmico. Para isso, foi utilizado o equipamento TNO, da
Profound, empresa holandesa. O sistema de aquisição de dados,
armazenamento e modelagem são similares aos utilizados no Brasil, conforme
a ser detalhado na fundamentação teórica.
3. Fundamentação Teórica –
4. Ensaio de Carregamento Dinâmico (ECD) O ensaio de carregamento dinâmico

73
(ECD) ou prova de carga dinâmica, conhecido por PDA, é uma maneira mais
rápida e com menor custo de se avaliar o comportamento de uma estaca quando
comparado com a prova de carga estática convencional. O ensaio dinâmico
permite que várias estacas podem ser avaliadas em um único dia, uma vez que
não necessita a construção de sistemas de reação. Esse método de ensaio
avalia as resistências laterais e de ponta mobilizadas assim como permite avaliar
a integridade da estaca. O PDA tem sido usado em todo o mundo por décadas,
e correlações entre provas de carga dinâmica e estática provaram a
confiabilidade do método quando seguidos as normas e procedimentos do
ensaio. O método se baseia na medição da onda de compressão que se propaga
pela estaca devido ao golpe de um martelo. Para isso, são fixados sensores à
estaca com parafusos de ancoragem. Esses sensores medem a deformação e
a aceleração em uma seção próxima ao topo da estaca. Essa onda de
compressão se propaga até a ponta da estaca (onda descendente) e volta para
o topo de estaca (onda refletida). Esta onda refletida contém as informações
sobre o atrito lateral, resistência de ponta, características da seção da estaca e
identifica possíveis defeitos na estaca. Os sinais medidos são processados e
armazenados automaticamente pelo equipamento de PDA utilizado. Depois de
um teste de carga dinâmica, os dados são analisados utilizando um software que
tem como princípio a teoria de propagação de onda conforme proposta de Smith
(1960). Os modelos do solo descrevem o comportamento em termos de funções
de força, deslocamento, velocidade e aceleração, utilizando parâmetros
avaliados em função da investigação geotécnica realizada no local. Os valores
de deslocamento elástico (quake) e amortecimento dinâmico (Damping)
escolhidos dependem de propriedades do solo. A qualidade da análise é
verificada pelo “match” que representa a diferença entre a curva calculada e a
curva medida. Assim, se necessário, os parâmetros dinâmicos apropriados são
refinados. O processo é normatizado no Brasil pela NBR 13208:2007 (Estacas -
Ensaio de carregamento dinâmico) e NBR 6122:2019 (Projeto e execução de
fundações). Nos Estados Unidos, a norma que rege o processo é a ASTM
D4945‐12. www.solugeot.com.br I Solugeot Soluções Geotécnicas I Página 5 de
22 .
2.1 Teoria de Equação da Onda
O fenômeno da propagação de onda pode ser representado por modelos matemáticos
complexos. O modelo baseado na Teoria de Propagação da Onda (Smith, 1960) trouxe
um grande avanço na interpretação de ensaios dinâmicos sendo que antes, eram
interpretados por fórmulas dinâmicas. Segundo Alves, Lopes e Danziger, 2004, isso dá-
se ao fato de que “[...] fisicamente, a cravação de uma estaca está muito mais
relacionada ao fenômeno da transmissão de ondas de tensão através da estaca do que
ao impacto puro e simples entre dois corpos. Segundo Hachich e Falconi (1998) durante
a aplicação de energia a parte superior da estaca é comprimida e as partículas do
material da estaca são aceleradas. A onda de compressão se propaga com uma
velocidade c, que depende do meio, portanto das características da estaca. Segundo a
NBR 13208 existem dois métodos de interpretação dos dados obtidos durante o ensaio.
São eles: O método simplificado e o método numérico.
2.2 Método Simplificado
Trata-se de uma solução da Equação da Onda, com base nos resultados de força e
velocidade registrados em uma determinada seção da estaca para cada golpe do

74
martelo. Os registros de força e velocidade obtidos durante o ensaio determinam a
resistência dinâmica mobilizada através da Equação 01. Rd = (Ft1 +Z⋅vt1)/2 + (Ft2
−Z⋅vt2 )/2................
[01] Onde: t1 = instante da passagem da força máxima Ft1 e velocidade v1 da onda
incidente pela seção instrumentada; t2 = 2L/c é o instante da chegada da onda refletida
na ponta; Z = impedância da estaca; De acordo com Gonçalves, Bernardes e Neves
(2007) a impedância pode ser obtida através da seguinte expressão: Z= (E .A)/c
.................................................
[02] Onde E = módulo de elasticidade da estaca; A = seção transversal da estaca; c =
velocidade de propagação da onda E a velocidade de propagação da onda é obtida
através da seguinte expressão: c= √(E/ρ) .................................................
[03] www.solugeot.com.br I Solugeot Soluções Geotécnicas I Página 6 de 22 .
A resistência estática mobilizada pode ser estimada através da Equação 04 a qual
subtrai o efeito de viscosidade (Damping). RE = Rd− Jc (2⋅Ft1−RT) ...........................
[04] O quadro abaixo apresenta um comparativo dos parâmetros de Damping (Jc), entre
os métodos. TNO PDI* Impedance Lateral Ponta Lateral Ponta (MNs/m3) (MNs/m3)
(s/m) (s/m) Areia 0,02- 0,10 0,4- 2,0 0,00- 0,15 0,0- 0,1 0,0- 0,5 Areia Siltosa 0,05- 0,15
1,0- 3,0 0,15- 0,25 0,0- 0,1 0,0- 0,5 Silte 0,10- 0,25 2,0- 5,0 0,25- 0,45 0,1- 0,2 0,1- 0,5
Argila Siltosa 0,20- 0,40 4,0- 8,0 0,45- 0,70 0,1- 0,3 0,2- 0,6 Argila 0,25- 0,50 5,0- 10,0
0,90- 1,20 0,1- 0,3 0,2- 0,6 * Para valores máximos de Case, adicionar 0,2 2.3 Método
Numérico O método TNOWAVE de análise ECD não é muito difundido no Brasil.
O método mais conhecido no Brasil é o CAPWAP que significa Case Pile Wave Analysis
Program. É um programa desenvolvido paralelamente ao Método Case que também
utiliza os dados de velocidade e força obtidos pelos sensores no topo da estaca. De
certa forma, o método CAPWAP é similar ao TNOWAVE, onde os deslocamentos são
medidos em cada massa que a estaca foi dividida, além da resistência do solo. As forças
obtidas no programa, no topo da estaca são comparadas com a reação do solo, e
reprocessadas até a convergência de resultados, obtendo-se a previsão da carga
mobilizada durante um golpe escolhido. Segundo Middendorp (2004) o método
TNOWAVE foi desenvolvido pelas empresas HBG (Hollandsche Beton Group) e TNO
num martelo especial de impacto Hydroblok que utilizava nitrogênio e pelos seus
pesquisadores, dentre eles Heerema, Voitus Van Hammer et al, Van Weele, Meunier,
entre outros, e anteriormente utilizado no campo de aplicações de onda de tensões, na
Holanda em 1950 por De Josselin e De Jong e Verduin. O método TNOWAVE é baseado
na solução teórica da equação da onda através de Saint Venant (1867) e já havia sido
utilizado na Holanda, na predição da propagação de ondas. Seguem modelos baseados
na equação da onda conforme Middendorp (2004): www.solugeot.com.br I Solugeot
Soluções Geotécnicas I Página 7 de 22 .
Comparação Entre Modelos Tnowave e Lumped (Aglomerado) - Modelo De Smith
Fonte: MIDDENDORP (2004) Existem diferenças nos métodos de análise,
principalmente em relação ao método adotado para resolução da equação da onda,
demonstrado na figura anterior. No modelo de Smith, a estaca é constituída por uma
série de pontos de massa aglomeradas. O atrito do fuste e a resistência de ponta são
contados por uma série de molas ligadas aos pontos de massa e calculadas por
integração. Já o grupo HBG escolheu uma abordagem utilizando primeiramente uma
solução analítica para o caso sem atrito, e depois aplicado continuamente no fuste
através de forças de atrito concentradas nas partes divididas, sendo a teoria de ondas
de tensão válida para elas e as descontinuidades nesses pontos de ação tratados de

75
maneira simples (MIDDENDORP, 2004).
As críticas ao método aglomerado (Modelo de Smith) segundo os defensores do modelo
TNOWAVE, em geral se devem à limitação na representação de frequências mais
elevadas, gerando maiores imprecisões, como se a estaca estivesse com um pouco de
vibração, após a passagem da “frente de onda”, e também devido à diminuição da
amplitude da onda em casos demonstrados de estacas sem atrito, por conta dos
amortecimentos numéricos gerados pelos blocos aglomerados (MIDDENDORP, 2004).
De um modo geral, com o advento de recursos eletrônicos mais sofisticados, as
pesquisas neste campo evoluíram bastante, pois ferramentas matemáticas como a
solução por elementos finitos puderam ser utilizadas amplamente. Os programas podem
fazer inúmeras interações entre estaca e solo até que a forma da equação da onda
teórica tender a coincidir com a forma da onda medida experimentalmente.
A solução aproximada proposta por Smith (1960), permite modelar por completo o
sistema martelo, estaca e solo. O sistema é dividido em uma série de massas e molas
concentradas e o modelo admite, também, para o solo três incógnitas para cada ponto:
A resistência estática limite, deformação elástica máxima (Quake) e as constantes de
amortecimento (Damping). No início da análise todos os parâmetros são estimados de
acordo com a estaca e solo. Na análise numérica a estaca é subdividida de em seções
que são analisadas individualmente e correlacionadas com o perfil geotécnico do solo.
É feita então uma comparação dos resultados medidos na instrução com os sinais de
força calculados no topo da estaca por meio de uma análise visual das duas curvas.
Novos www.solugeot.com.br I Solugeot Soluções Geotécnicas I Página 8 de 22 .
parâmetros do solo são adotados e todo o processo é repetido de forma iterativa até
que se obtenha uma convergência entre os sinais medidos e calculados. A análise
numérica consiste basicamente em modelar matematicamente, com base em uma série
de incógnitas envolvidas no processo, uma curva teórica, que pode ser a de Força,
Velocidade x Impedância ou Wave Up, que se ajuste com a maior precisão possível à
correspondente curva medida em campo quando da execução do ensaio. O grau de
precisão desse ajuste denomina-se match, sendo avaliado pela soma das diferenças
relativas e absolutas entre as variáveis calculadas e medidas. Em outras palavras, o
“match” correspondente à diferença percentual entre a curva (em análise) medida e a
correspondente curva calculada, ou seja, quanto menor o “match” melhor a precisão da
análise realizada. (GONÇALVES; BERNARDES; NEVES, 2007).
Após os ajustes da curva (“match”) é possível obter:
• Capacidade de carga estática;
• Resistencia lateral e de ponta. • Perfil de tensões, força e velocidade nos segmentos
da estaca.
• Deslocamentos ocorridos ao longo da profundidade • Parâmetros adotados na análise
(por exemplo, Quake e Damping).
• Simulação de um ensaio estático (curva carga x deformação)
3. Descrição dos equipamentos utilizados
Foram utilizados 4 transdutores, 2 acelerômetros e 2 transdutores de deformação. Os
transdutores de aceleração são da marca Profound com seguintes características:
Piezoresistive accelerometer DC to 8000Hz Zero [typ.]: +-5 mV Excitation:10 V Input
impedance: 1707 Ω Output impedance: 924 Ω Operating range: -40 to 120oC
Os transdutores de deformação são da marca Profound com seguintes características:
Strain range: 0...1500 μm/m Bridge resistance: 350 Ohm Strain gauges: 4 foil gages
TML FLA-2.350-11 Insulation resistance: >10 GOhm Cable: UNITRONIC FD P plus

76
4x0.14 Sensitivity (S): 1,89 μV/V.μStrain Zero load output: 250,00 μV/Volt
www.solugeot.com.br I Solugeot Soluções Geotécnicas I Página 9 de 22 .
O sistema de aquisição, registro e processamento de dados utilizado é o Profound
PDA/DLT conditioner, com análise dos sinais no Software DLTWAVE. Foto
Equipamento Utilizado.
4. Dados Técnicos recebidos do Cliente Para a elaboração deste relatório foram
analisados os seguintes documentos:
• Sondagem SPT (ref. 11110/21) da empresa JA Barossi Tecnologia de Solos,
executada em 12/2021;
PLANTA DE LOCALIZAÇÃO DAS SONDAGENS E ESTACAS ENSAIADAS
www.solugeot.com.br I Solugeot Soluções Geotécnicas I Página 10 de 22 .
5. Sistema de propagação de energia
6. Para a execução dos ensaios, foram fornecidos ao cliente os procedimentos e
informações padrões os quais são necessários para a coleta de dados com
eficiência e qualidade. Essa qualidade é necessária para posterior análise das
informações de campo pelo TNO-DLTWave.
O martelo utilizado nos ensaios foi do tipo queda livre com 20kN de peso. Ocorreu o
nivelamento do topo da estaca, além de colocado um coxim de madeira mole para
amortecer a força de impacto.
Para a instalação dos sensores, a superfície das estacas foi lixada e executado os furos
de fixação, em dois trechos diametralmente opostos. A seguir, são apresentados dados
fotográficos dos ensaios realizados no local da obra.
Estaca E1
– Dano na cabeça da estaca Estaca E2
– Realização do ensaio Estaca E3
– Instalação dos sensores Estaca E4
– Realização do ensaio Registro fotográfico dos ensaios realizados.
www.solugeot.com.br I Solugeot Soluções Geotécnicas I Página 11 de 22 . Conforme
relatório fotográfico apresentado acima, foi utilizado um coxim de madeirite posicionado
no topo da estaca para proteção do impacto do martelo. Com isso foi necessário o
controle da altura de queda visando evitar danos. A Tabela 01 apresentada a seguir
fornece o resumo de dados referentes aos golpes analisados:
Tabela 01
Estaca Seção (mm)
Peso (martelo) (kN)
Distância do Sensor ao Topo (m)
Altura de Queda (m)
Energia Potencial Aplicada (kN.m)
Energia transferida (kN.m)
Eficiência do Martelo (%) DMX (mm)
Desloc. perm. (mm)
E1 180 20 0,6 1,25 25,0 3,1 12% 10,2 2,1 E2 180 20 0,6 1,25 25,0 7,1 28% 14,5 1,8 E3
180 20 0,6 1,25 25,0 4,7 19% 8,9 3,0 E4 160 20 0,6 1,25 25,0 10,0 40% 10,1 5,2 6.
Características das Estacas Ensaiadas As estacas executadas são do tipo pré-moldada,
quadrada, com seções de 18x18 cm, com exceção da estaca E4, que possui seção
16x16 cm, executadas pela empresa Reforçar Fundações.
A Tabela 02 apresenta as características das estacas.
Tabela 02 Estaca Seção (mm)

77
Comprimento Total (m)
Comprimento em Solo (m) Tipo estaca Modulo de elasticidade (E) (MPa)
Veloc. onda (c) (m/s)
E1 180 22,0 21,7 Pré Moldada 39.598 4.062 E2 180 22,0 21,0 Pré Moldada 39.598
4.062 E3 180 22,0 21,8 Pré Moldada 39.598 4.062 E4 160 9,5 8,4 Pré Moldada 39.598
4.062 7.
Resumo dos Resultados Obtidos pelo Método Numérico utilizando o (TNO-DLTWave)
Os valores de resistência mobilizadas nos Ensaios de Carregamento Dinâmico (ECD),
resultado das análises com os melhores “signal match”, são apresentados na Tabela 03
a seguir. www.solugeot.com.br I Solugeot Soluções Geotécnicas I Página 12 de 22 .
Tabela 03
Estaca Seção (mm)
Comprimento em Solo (m)
Signal Match Quality (%)
Resistencia lateral mobilizada (KN)
Resistencia de ponta mobilizada (KN)
Percentual de Ponta (%)
Resistencia total estática mobilizada (kN)
E1 180 21,7 3,4% 264 278 51% 542 E2 180 21,0 1,7% 236 703 75% 939 E3 180 21,8
4,5% 545 162 23% 707 E4 160 8,4 0,8% 861 31 3% 892
Em todas as estacas ensaiadas ocorreram registros dos sinais de força e aceleração
para altura de quedas crescentes. Nesse relatório são apresentados os resultados
referentes a última altura de queda.
No Item 10 - Anexos, são apresentados todos os gráficos resultados das análises
TNODLTWave, a saber: - Força (F) medida e sinal de ZV obtido pela primeira integração
do sinal da aceleração multiplicada pela impedância (EA/c). - Onda descendente
(downward) e onda ascendente (upward); - Comparação da força medida e força
calculada (downward); - Simulação da curva Força versus deslocamento.
www.solugeot.com.br I Solugeot Soluções Geotécnicas I Página 13 de 22 .
8. Considerações Os registros da Força (F) e impedância vezes velocidade (ZV)
apresentados em anexo, não indicaram qualquer anomalia na onda refletida ao longo
do fuste até a chegada da onda vinda da ponta. Nessas estacas não foram identificados
danos estruturais. Os matchs referentes as comparações entre resultados das análises
e valores medidos foram um pouco elevados nas estacas E1 e E3. Isso ocorreu devido
aos efeitos das emendas nas estacas, demonstradas pelos picos nos gráficos das ondas
up e down. As cargas de projeto bem como os coeficientes de segurança, quando
comparados com os resultados dos ensaios dinâmicos desse relatório (Tabela do Item
7), devem ser verificadas pelo profissional responsável.
O ensaio de carregamento dinâmico fornece as cargas mobilizadas no sistema
estacasolo, para carregamentos verticais, axiais, e no momento da execução do ensaio.
Refere-se à estaca isolada, sem considerar efeitos de grupo na capacidade de carga,
nos recalques de longo prazo por possíveis cargas de atrito negativo.

78
PROJETO DAS CALÇADAS
VER ANEXO 1

79
COMPARAÇÃO ENTRE AS RESISTÊNCIAS
DAS ESTACAS
VER ANEXO 2

80
REFORÇO FUNDAÇÃO BLOCO
SALA DE AULAS
VER ANEXO 3

81
REFORÇO DE VIGA DO PAVIMENTO
SUPERIOR DO BLOCO SALA DE AULAS
VER ANEXO 4

82
OUTRAS FOTOS
VER ANEXO 5

83
ART – RCA ENGENHARIA
VER ANEXO 6

84
CONCLUSÃO

BLOCO SALAS DE AULA

Diante:
- dos levantamentos efetuado;
- da sondagem atualizada do local;
- da cravação de estacas pré-moldadas;
- dos estudos do teste de carga em estacas;
- da determinação do carregamento a que estas estacas
absorvem, utilizando o Modelo de Cálculo de
DECORT/QUARESMA e verificação com a Nega;
Somos de PARECER que o reforço da fundação do conjunto de
SALAS DE AULA deva ser refeito conforme consta neste
LAUDO.
O reforço ocorrido há anos, foi executado com tubos de aço de
espessura muito fina, encontrando-se em adiantado processo
de oxidação.
Portanto, nesse grupo o primeiro procedimento a ser adotado
será o reforço das fundações, e a execução das calçadas
laterais, conforme projeto em anexo.
Executada essa etapa, a seguir deverá ocorrer o tratamento das
fissuras, conforme recomendado no MANUAL DE
TRATAMENTOS DE PATOLOGIAS; bem como pontos de
umidade em paredes.
Após a conclusão dessas duas etapas a SECRETARIA poderá
verificar os sistemas hidrossanitário, elétrico e preventivo
contra incêndio.

85
Dependendo do planejamento da SECRETARIA, a pavimentação
existente deverá ser retirada, nivelar a área envolvida aterrando-
a com material de boa qualidade e pavimentar.
A seguir recomendamos a pintura de toda a edificação.
Esse bloco só poderá ser utilizado pelos alunos após a
conclusão dessas etapas.

BLOCOS REFEITÓRIO E AUDITÓRIO

A recuperação desses blocos consistirá no tratamento das


fissuras constantes nas fotos anexadas a esse laudo, utilizando
o MANUAL DE TRATAMENTOS DE PATOLOGIAS; bem como
pontos de umidade em paredes.
Após os tratamentos e pinturas desses blocos, o uso dos locais
estará liberado.

GINÁSIO DE ESPORTES

O GINÁSIO deverá sofrer inicialmente uma intervenção na


estrutura metálica da cobertura, que consistirá na retirada da
oxidação das peças metálicas e o conseguente tratamento
dessas oxidações, conforme consta no MANUAL DE
TRATAMENTOS DE PATOLOGIAS.
Em paralelo poderá ocorrer o tratamento das fissuras e umidade
nas paredes, conforme consta no MANUAL DE TRATAMENTOS
DE PATOLOGIAS; bem como tratamento dos pontos de umidade
nas paredes.
Após essas etapas cumpridas o GINASIO poderá ser pintado e
liberado o seu uso.
O cedimento existente no piso do GINASIO poderá ser motivo,
no futuro, de um projeto específico de piso estaqueado.

Outrossim, vigas foram reforçadas devido ao grande vão

86
existente e altura não compatível para ele.
O reforço constou da criação de um apoio no meio do vão com
a utilização de um perfil metálico, concretado até dois terços da
sua altura; sem apresentar sinais de patologias.
Essas foram analisadas e, por não apresentarem indícios que
indique a existência de problemas estruturais, somos de parecer
que não há necessidade de qualquer tipo de reforço.

Em anexo apresentamos reforço em uma viga que apresenta


uma flecha da ordem de 7 (sete) cm, no piso do pavimento
superior do BLOCO SALA DE AULAS; que deverá ser
providenciado. (Vide ANEXO 4).

É O PARECER

São José, 17 de janeiro de 2022.

RONALDO COUTINHO DE AZEVEDO


Engenheiro Civil - Cart.704/D - CREA/SC

87
ANEXO - 1
NOTAS IMPORTANTES

1 2 3 4 5 6 7 8 10 10 11

CONVENÇÃO

REVISÕES:

F RCA EEB JÚLIO DA COSTA


NEVES 01
ESTRUTURAL 08
LOCAÇÃO DAS ESTACAS

de
SED FLORIANÓPOLIS / SC
PLANTA DE LOCAÇÃO DE ESTACAS DA MARQUISE Projetos
18/01/2022

R0
RONALDO COUTINHO DE AZEVEDO

INDICADA
REVISÕES:

RCA EEB JÚLIO DA COSTA


NEVES 02
ESTRUTURAL 08
DETALHAMENTO DAS ESTACAS

de
SED FLORIANÓPOLIS / SC
Projetos
18/01/2022

R0
RONALDO COUTINHO DE AZEVEDO

INDICADA
PILAR QUE NASCE
PILAR QUE SEGUE
PILAR QUE MORRE

NOTAS:
- O escoramento de toda estrutura deverá ser projetado de modo
a não sofrer deformações prejudiciais à fôrma.
- Antes do lançamento do concreto, deverão ser feitas as
vedações das juntas e conferidas as medidas, posicionamento e
2 3 4 5 6 7 8 10 10 11 limpeza das fôrmas.
- Não esquecer ainda de fazer o confronto das dimensões dos
pilares e vigas detalhadas com a planta de fôrma.
- O concreto deverá ser transportado, de modo a permitir o
lançamento direto nas fôrmas.
- O lançamento do concreto deverá ter um intervalo de tempo

A
máximo de uma hora após o amassamento.
- O concreto não deverá ser lançado de uma altura superior a 2
metros.
V 1 a: 20/60 b: 20/60 c: 20/60 d: 20/60 e: 20/60 f: 20/60 g: 20/60 h: 20/60 i: 20/60
- Não deverá ser feita concretagem com temperaturas
inferiores a 10 °C nem superiores a 40 °C.
0
- A cura deverá ser feita, pelo menos durante os 7 primeiros
L1
dias após o lançamento do concreto.
h=15 - A retirada das fôrmas e escoramentos deverá ter prazo
mínimo de 3 dias para faces laterais e 14 dias para faces
inferiores.
- Qualquer alteração que for necessária neste projeto, deverá ser
comunicada aos projetistas.
- A execução da estrutura deverá obedecer as prescrições da
NBR-6118.
- A resistência característica deste projeto será de:
fck = 30 MPa
- Módulo de elasticidade transversal do concreto:
E=30670MPa
- Classe de agressividade ambiental II
- Relação água / cimento em massa < 0,60
- Slump: 12 ± 3cm

OBSERVAÇÃO:

L2
h=15

V 2 a: 20/60 b: 20/60 c: 20/60 d: 20/60 e: 20/60 f: 20/60

DETALHE DA JUNTA DE DILATAÇÃO

V 3 a: 20/60 b: 20/60 c: 20/60 d: 20/60 e: 20/60 f: 20/60

h=15
L2

REVISÕES:

CORTE AA
RCA
h=15
L1
EEB JÚLIO DA COSTA
a: 20/60 b: 20/60 c: 20/60 d: 20/60
0

e: 20/60 f: 20/60 g: 20/60 h: 20/60 i: 20/60


NEVES 03
V 4

ESTRUTURAL 08
PLANTA DE FORMA DA MARQUISE

A
de
SED FLORIANÓPOLIS / SC
Projetos
PLANTA DE FORMA DA MARQUISE
18/01/2022

R0
RONALDO COUTINHO DE AZEVEDO

INDICADA
REVISÕES:

RCA EEB JÚLIO DA COSTA


NEVES 04
ESTRUTURAL 08
DETALHAMENTO DAS VIGAS DO TÉRREO

de
SED FLORIANÓPOLIS / SC
Projetos
18/01/2022

R0
RONALDO COUTINHO DE AZEVEDO

INDICADA
72 65 83
70 98 53 59

84 57 93

93
84 57

70 98 53 59
72 65 83

REVISÕES:

RCA EEB JÚLIO DA COSTA


NEVES 05
DETALHAMENTO DA LAJE - ARMADURA LONGITUDINAL INFERIOR 08
ESTRUTURAL

LAJE - ARMADURA INFERIOR LONGITUDINAL

de
SED FLORIANÓPOLIS / SC
Projetos
18/01/2022

R0
RONALDO COUTINHO DE AZEVEDO

INDICADA
REVISÕES:

RCA EEB JÚLIO DA COSTA


NEVES 06
DETALHAMENTO DA LAJE - ARMADURA TRANSVERSAL INFERIOR
ESTRUTURAL 08
LAJE - ARMADURA INFERIOR TRANSVERSAL

de
SED FLORIANÓPOLIS / SC
Projetos
18/01/2022

R0
RONALDO COUTINHO DE AZEVEDO

INDICADA
306 142 186 178 214

116 195 113

116 195 113

REVISÕES:

306 142 186 178 214

RCA EEB JÚLIO DA COSTA


NEVES 07
ESTRUTURAL 08
DETALHAMENTO DA LAJE - ARMADURA LONGITUDINAL SUPERIOR
LAJE - ARMADURA SUPERIOR LONGITUDINAL

de
SED FLORIANÓPOLIS / SC
Projetos
18/01/2022

R0
RONALDO COUTINHO DE AZEVEDO

INDICADA
REVISÕES:

RCA EEB JÚLIO DA COSTA


NEVES 08
DETALHAMENTO DA LAJE - ARMADURA TRANSVERSAL SUPERIOR 08
ESTRUTURAL

LAJE - ARMADURA SUPERIOR TRANSVERSAL

de
SED FLORIANÓPOLIS / SC
Projetos
18/01/2022

R0
RONALDO COUTINHO DE AZEVEDO

INDICADA
ANEXO - 2
COMPARAÇÃO ENTRE OS ESTUDOS DAS ESTACAS

ESTACA Comprimento Nega Carga, max Teste de Carga Decourt


nr. (m) (cm) (tf) (tf) Quaresm
1 24,00 0,50 120,0 54,2 49,4
2 24,00 0,80 95,0 93,9 49,4
*3 24,00 0,50 120,0 --- ---
4 8,00 0,50 88,0 70,7 14,7
5 8,00 0,60 58,0 89,2 19,7

em função da Nega
* - estaca quebrada
Peso do pilão : 2,0 t
h, queda : 60 cm

Pelo exposto e não tendo em mãos o projeto estrutural e de fundações, os estudos


desenvolvidos demonstram a provável causa dos cedimentos ocorridos na obra, a
ponto de necessitar de reforços na fundação.

São José, 17 de janeiro de 2022

Eng. Civl Ronaldo Coutinho de Azevedo


CART. 704 D - CREA/SC

RCA
ANEXO - 3
Lista de Material - Projeto reforço

Cálculo da Nega

Detalhe da Solda

CORTE AA Observações
PLANTA BAIXA

Solda

RCA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA


JÚLIO DA COSTA NEVES 01
ESTRUTURAL 02

DETALHAMENTO REFORÇO DOS PILARES

de
EEB JÚLIO DA COSTA NEVES COSTEIRA FLORIANÓPOLIS
Projetos
18/01/2022
RONALDO COUTINHO DE AZEVEDO

THAÍS ZARPELON
DETALHE 1 INDICADA
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

RF.02 RF.03 RF.04 RF.05 RF.06 RF.07 RF.08


A RF.01

RF.10 RF.11 RF.12 RF.13 RF.14 RF.15 RF.16


C
D
RF.09

RF.17
RF.18
E

RF.19
RF.20
F

RF.21 RF.22 RF.23 RF.24 RF.25 RF.26 RF.27 RF.28 RF.29


G
H

I
J
RF.30 RF.31 RF.32 RF.33 RF.34 RF.35 RF.36 RF.37 RF.38

PLANTA DE LOCAÇÃO DO REFORÇO DOS PILARES

REVISÕES:

RCA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA


JÚLIO DA COSTA NEVES 02
ESTRUTURAL 02

PLANTA DE LOCAÇÃO DO REFORÇO DOS PILARES

de
EEB JÚLIO DA COSTA NEVES COSTEIRA FLORIANÓPOLIS
Projetos
18/01/2022
RONALDO COUTINHO DE AZEVEDO

THAÍS ZARPELON
INDICADA
ANEXO - 4
EEB JULIO DA COSTA NEVES

RCA

de
Detalhe do reforço - Corte AA
Projetos
EEB JULIO DA COSTA NEVES

A A

RCA

de
Planta Baixa - Locação do Reforço
Projetos
ANEXO - 5
ANEXO - 6

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