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SALVADOR
2014
A TROMPA SEM MISTÉRIOS: Guia para mestres de banda, professores
e alunos.
SALVADOR
2014
RESUMO
The present work aims at describing how the french horn works. It targets band
directors, teachers, and students. Questions emerge in relation to posture, embouchure, tuning,
transposition and maintenance, causing this instrument to become marginalized in the
ensembles. Believing that this work can add value and become a support to the work of these
professionals, we attempt to present these concepts that are related to the practice of teaching
the instrument in an objective and clear way. We believe this can help making this instrument
more popular.
Figura 30 Embocadura..............................................................................................................23
7. Transposição 14
8. Execução do Instrumento 20
8.1. Respiração 20
8.2. Embocadura 21
8.3. Mãos 24
8.4. Postura 25
8.5. Função da Língua 26
8.6. Digitação 26
9. Limpeza e Manutenção 31
10. Lubrificação 33
11. Conclusão 34
12. Referências 35
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1. INTRODUÇÃO
cada posição e de suas combinações surgem à escala cromática. Com isso demonstraremos
que a extensão do instrumento abrange mais de três oitavas e, que, dessa forma, precisamos
ter a leitura nas claves de Fá na quarta linha e Sol na segunda.
Outro aspecto determinante para um bom desempenho no instrumento é sua
manutenção, assunto também resumidamente abordado, com instruções básicas, mas
extremamente importantes para a qualidade e durabilidade do instrumento.
Sabendo da importância das bandas de música para formação de grandes músicos
esperamos que este trabalho “A TROMPA SEM MISTÉRIOS: Guia para mestres de banda,
professores e alunos” possa auxiliar estes profissionais em suas atividades.
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Consiste em trabalhar com a mão dentro da campana podendo produzir outros sons fora da
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série harmônica.
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1. Borda
2. Largura da borda
3. Diâmetro do cálice
4. Profundidade do cálice
5. Garganta
6. Furo final
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7. O CORPO DO INSTRUMENTO
1. Bocal
2. Tudel (Leadpipe)
3. Apoio para mão direita (Flipper)
4. Chave d’água
5. Chaves de alternância entre Fá e Si bemol
6. Chaves (Acionam os rotores)
7. Válvulas (Rotores)
8. Pompas amovíveis (Voltas de afinação removível)
9. Pompa amovível principal (Volta removível da afinação Geral)
10.Pompa amovível (Volta removível) para afinação em Fá
11.Pompa amovível menor (Volta removível) para afinação em Si bemol
12.Tubo da campana (ou campânula)
13.Campana (ou campânula) fixa ou destacável
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Percebemos que o rotor de numero dois tem a volta de afinação menor, ao acioná-
la abaixamos a tonalidade em meio-tom.
Quando acionada na trompa em Fá, mudamos a tonalidade para Si, sendo seu som
real Mi. Na trompa em Si bemol teremos a nota Mi soando a nota Lá.
O rotor de número um, é praticamente o dobro do tamanho comparado com o
segundo rotor, abaixando um tom inteiro.
O terceiro rotor equivale uma bomba e meia do rotor de número um, ou a soma
dos dois primeiros rotores baixando um tom e meio.
Quando acionada na trompa em Fá, mudamos a tonalidade para Lá, sendo seu som
real Ré. Na trompa em Si bemol teremos a nota Ré soando a nota Sol.
Quinta posição: Acionando os rotores dois e três que juntos abaixa dois tons.
Sexta posição: Acionando os rotores um e três que juntos abaixam dois tons e meio.
Sétima posição: Acionando os três rotores que juntos abaixam três tons.
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Podemos obter também a quarta posição, com a combinação dos rotores um e dois.
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1. Parafuso do limitador
2. Limitador
3. Ferradura
4. Parafuso da ferradura
5. Camisa do rotor
6. Rotor
7. Tampo interior
8. Capelote interior
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7. TRANSPOSIÇÃO
TROMPA EM E (MI).
Neste transporte o Músico lê a música uma segunda menor (um semitom) abaixo
em relação às notas escritas ou pensa a escrita com a clave de Dó na quarta linha. A
tonalidade passa a ser Si maior.
Neste transporte o Músico lê a música uma segunda maior (dois semitons) abaixo
em relação às notas escritas ou pensa a escrita com a clave de Dó na quarta linha. A
tonalidade passa a ser Si bemol maior.
Trompa em D (Ré)
Neste transporte o Músico lê a música uma terça menor (um tom e meio) abaixo
em relação às notas escritas ou pensa a escrita com a clave de Dó na primeira linha. A
tonalidade passa a ser Lá maior.
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Trompa em C (Dó)
Neste transporte o Músico lê a música uma quarta justa (dois tons e meio) abaixo
em relação às notas escritas ou pensa a escrita com a clave de Dó na quinta linha. A
tonalidade passa a ser Sol maior.
Trompa em A (Lá)
Neste transporte o Músico lê a música uma terça (dois tons) a cima em relação às
notas escritas, ou pensa a escrita com a clave de Fá na quarta linha. A tonalidade passa a ser
Mi maior.
Neste transporte o Músico lê a música uma quinta justa (três tons e meio) abaixo
em relação às notas escritas ou pensa a escrita com a clave de dó na segunda linha. A
tonalidade passa a ser Fá maior.
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Neste transporte o Músico lê a música uma quarta justa (dois tons e meio) acima
em relação às notas escritas ou pensa a escrita com a clave de Dó na segunda linha. A
tonalidade passa a ser Fá maior.
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Ele foi inventado por Adolphe Sax, o inventor do saxofone, que construiu uma família de saxhornes entre
1843-45, o saxhorn alto, o tenor e o barítono (BARBOSA, 1998, p. 3).
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8. A EXECUÇÃO DO INSTRUMENTO
Muitas dúvidas são levantadas quando se pratica o instrumento entre elas: porque
a mão direita deve ficar dentro da campana e como isso deve ser feito, qual o posicionamento
do bocal nos lábios, como é a digitação, dificuldade na emissão das notas. Outro fator que em
muitos casos dificulta a iniciação está relacionado com o peso e postura ao tocar instrumento.
Buscaremos neste trabalho apontar quais as formas tradicionais (universais) de
iniciar o aluno, levando em consideração alguns fatores como: arcada dentária, estrutura
física, tamanhos de lábios superiores e inferiores, que podem variar de individuo para
individuo.
8.1. RESPIRAÇÃO
Em todo instrumento de sopro a fonte para suas notas é o ar, assim, na trompa não
é diferente. Sendo necessária uma quantidade de ar maior do que a utilizada por um corpo
humano.
Para BOZZINI (2006, p.14) “O ato de respirar é condição primeira para que haja
vida de qualquer espécie”.
Na nossa vida agitada de hoje em dia muitas vezes nos esquecemos da importância
do ato de respirar, é muito comum até ouvirmos a frase “não tenho tempo nem de
respirar!”. Mas, quem quiser usar sua respiração para tocar um instrumento de sopro
terá de ficar atento à sua respiração, aprendendo a usá-la primeiramente para viver
de forma saudável e, então, para tocar seu instrumento (BOZZINI, 2006, p.14).
Podemos praticar este procedimento, deitado no chão coloque um livro sobre seu
abdômen e inspirando e expirando pela boca. Perceba o movimento da barriga (BENEDITO,
2009).
8.2. EMBOCADURA
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Ao executar o instrumento deve-se ficar atento para não pressionar o bocal contra
o lábio além do necessário
Muitas técnicas com o passar do tempo foram desenvolvidas em relação à
embocadura. Uma embocadura eficiente é aquela que possa proporcionar ao músico:
- Resistência para que possa executar seu instrumento por horas durante o dia;
- Domínio e controle do timbre, ataque e flexibilidade em toda extensão do
instrumento (BOZZINI, 2006, p. 24).
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Devemos projetar o queixo para baixo, cantos dos lábios firmes e o anel do lábio
circularmente para dentro. Dessa forma quando forçamos a passagem do ar, naturalmente se
construirá uma abertura produzindo a vibração.
Podemos exercitar nossa embocadura praticando alguns minutos por dia sem o
instrumento, apenas com a vibração dos lábios, produzindo um som parecido com o de uma
abelha.
Interessante praticar de frente para um espelho. Os músculos trabalharão em
sentidos opostos para criar a tensão necessária para que os lábios possam vibrar.
Figura 30 Embocadura.
Fonte: Disponível em: http://fan-ieed.blogspot.com.br/2010_07_01_archive.html. Consultado em 25/03/2014.
8.3. MÃOS
Vecchia (2008, p.51) comenta: “Os dedos devem estar fechados e juntos sem
espaço entre eles e estendidos com os nós dos dedos quase alinhados. A mão é em forma de
concha, curvando os nós dos dedos para formar um ângulo de aproximadamente 90 graus”.
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Outra função da mão direita é a técnica de bouchê, que consiste em fechar toda a
saída da campana com a mão, assim o trompista de tocar meio tom abaixo da notação escrita
(trompa em Mi). Este efeito é representado pelo símbolo + em cima da nota que se deseja o
bouchê.
A mão esquerda serve para apoio e digitação, onde o dedo mínimo se coloca no
apoio, o polegar nas trompas duplas trabalha acionando a quarta chave, na simples fica em
repouso, os outros dedos acionam as chaves que nos proporcionam o cromatismo do
instrumento.
8.4. POSTURA
Refletir a postura, como estado físico, mental e emocional, pode auxiliá-lo a não
desenvolver dores, tensão e até uma má postura. Alguns exercícios de alongamento
colaboram para o desempenho musical não desenvolvendo dores (BENEDITO 2009).
Ao tocar em pé mantenha a mesma posição que sentado da cintura para cima, com
uma posição relaxada, natural e eficiente.
Benedito nos lembra quanto a negligencia em cuidar do corpo:
A Cultura da Dor no Aprendizado- é não considerar a qualidade de vida na relação
corpo- instrumento-músico. Cuidado! Dor é negligência. O Orgulho de sofrer pela e
para a música. Precisamos tocar relaxados, diz o professor. Mas como se relaxa?
Ausência de orientação (BENDITO, 2009, p.63).
Bozzini (2006, p. 29): “sua função é muito mais importante, pois é ela que
funciona como válvula reguladora da pressão do ar bem como da caixa de ressonância
formada pela cavidade bucal”.
Outro fator predominante é em relação ao ataque, ou a emissão das notas.
A função da língua é simplesmente a de interromper a passagem do ar para separar
cada nota. No momento em que o ar é solto ele produzirá o ataque. O movimento da
língua não deve se parecer ao de um martelo quando bate um prego, mais sim ao de
nossos dedos quando queremos ver se um ferro de passar roupa e está quente. É um
movimento que toca recuando e não empurrando.
Como quem na realidade produz o ataque é o ar, a função da língua será então a de
regular as emissões de ar (BOZZINI, 2006, p. 31).
8.6. DIGITAÇÃO
Para limpeza pode ser utilizado um detergente neutro, polidor Silvio ou Brasso,
flanela, um recipiente onde possa deixar de molho as partes do instrumento. Para facilitar
existem em lojas especializadas que vendem Kits que auxiliam melhor na higiene. Baileyet et
al (1991, p. 53) em relação a limpeza orientam “ a trompa deve ser limpa duas vezes ao
ano[...]”.
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As chaves em algumas trompas são acionadas através de cordas, então quando for
montá-las, devemos ficar atentos para que as três chaves fiquem alinhadas. As cordas devem
ser trocadas com freqüência.
Na imagem abaixo segue a seqüência para montar as cordas na chave do rotor. O
exemplo A são para as chaves que ficam a direita do limitador e o exemplo B para as que
ficam a esquerda.
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10. LUBRIFICAÇÃO
Como vimos acima, não basta apenas lavar o instrumento e achar que lhe
proporcionará bons resultados, é preciso sempre que necessário colocar óleo nas partes
indicadas.
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
AUGUSTO, José Antonio. O repertório brasileiro para trompa: elementos para uma
compreensão da expressão brasileira da trompa. Universidade Federal do Rio de Janeiro:
Escola de Música curso de mestrado em Música. Rio de Janeiro, 1999.
BAILEY, Wayne. et al. Teaching Brass: a resource manual. [New York]: McGraw-hill Inc.
1991.
BARBOSA, Joel Luís da Silva. Da Capo: Método elementar para o ensino coletivo ou
individual de instrumentos de banda. Saxhorn. Belém: Fundação Gomes, 1998.
DANTAS, Fred. Teoria e Leitura da Música para Filarmônicas. Casa das Filarmônicas –
Salvador – BA, 2003.
SILVA, Vagner Rebouças da. Trompa grave e trompa aguda: Um estudo da tessitura da
trompa com base nos principais modelos que foram referência para as composições
musicais. Universidade de São Paulo: Programa de Pós-Graduação em Música. São Paulo,
2012.