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EDUCAÇÃO MUSICAL

UMA VIAGEM DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA


AOS DIAS ATUAIS
EDUCAÇÃO MUSICAL

Processo pedagógico interdependente que decorre dos


hábitos, valores, conduta e visão de mundo de uma sociedade
a cada época.
EDUCAÇÃO MUSICAL

Processo pedagógico interdependente que decorre dos


hábitos, valores, conduta e visão de mundo de uma sociedade
a cada época.

EDU MÚ EDUC
AÇÃO
CAÇ SIC MUSI
ÃO A CAL
GRÉCIA ANTIGA
• O ensino da música provocava a devoção aos deuses e tornava
CRETA •
o povo obediente às leis.
Nenhum cidadão era excluído desta prática, pois todos tinham
(MINOS) que cumprir sua parte, pelo benefício moral, social e político do
estado.

ESPARTA •


A música fazia parte da educação desde a infância até a
juventude, sempre supervisionada pelo estado.
A responsabilidade por sua organização e a maneira como seria
(LICURGO) apresentada estava nas mãos dos legisladores.

• O valor atribuído à música era extra-musical, esperava-se

ATENAS •
promover a moral e a cidadania responsável.
As canções não podiam ofender o espírito da comunidade, mas
deviam exaltar a terra natal. Os cantos conferiam aos jovens um
(SÓLON) senso de ordem, dignidade e obediência às leis, além da
capacidade de tomar decisões.
FILÓSOFOS INFLUENTES DA GRÉCIA
• Matemático , físico e
• Filósofo a quem é creditado
fundador da escola
a fundação da filosofia
pitagórica, considerada a
ocidental.
primeira universidade do
• Criador do método
mundo.
socrático (pedagogia do
• Descobridor da série
conhecimento)
harmônica.
• Influência em todas as áreas
• Mentora -
da sociedade .
• Temistocléia.

Pitágoras Sócrates
571-497 a.c. 469-399 a.c.

Platão Aristóteles
• Filósofo, matemático e 428-348 a.c. 384-322 a.c.
• Filósofo, professor de
fundador da Academia de
Alexandre o Grande.
Atenas junto com seu
• Escritos sobre física,
mentor Sócrates e seu
metafísica, leis da poesia e
pupilo Aristóteles.
do drama, música, lógica,
• Teoria das Idéias,
retórica, governo, ética,
Epistemologia, Dialética,
biologia e zoologia.
Ética e Justiça.
“...Em Platão, como na filosofia grega de um modo geral, a música ocupa
uma posição de liderança em relação às outras artes...”
“...Em Platão, como na filosofia grega de um modo geral, a música ocupa
uma posição de liderança em relação às outras artes...”

“...a música é a mais imediata expressão de eros, uma ponte entre idéia e
fenômeno. Nessa concepção, o principal papel da música é pedagógico,
pois sendo responsável pela ética e estética, está implicada na
construção da moral e do caráter da nação, o que a transforma em um
evento público e não privado...”
“...Em Platão, como na filosofia grega de um modo geral, a música ocupa
uma posição de liderança em relação às outras artes...”

“...a música é a mais imediata expressão de eros, uma ponte entre idéia e
fenômeno. Nessa concepção, o principal papel da música é pedagógico,
pois sendo responsável pela ética e estética, está implicada na
construção da moral e do caráter da nação, o que a transforma em um
evento público e não privado...”

“...segundo a concepção helênica, a boa música promove o bem-estar e


determina as normas de conduta moral, enquanto a música de baixa
qualidade a destrói...”
“...Em Platão, como na filosofia grega de um modo geral, a música ocupa
uma posição de liderança em relação às outras artes...”

“...a música é a mais imediata expressão de eros, uma ponte entre idéia e
fenômeno. Nessa concepção, o principal papel da música é pedagógico,
pois sendo responsável pela ética e estética, está implicada na
construção da moral e do caráter da nação, o que a transforma em um
evento público e não privado...”

“...segundo a concepção helênica, a boa música promove o bem-estar e


determina as normas de conduta moral, enquanto a música de baixa
qualidade a destrói...”

“...não só Platão contempla a música em seus textos; Aristóteles


também se posiciona a respeito, questionando o seu poder e a
necessidade de constar dos programas educacionais...”

Marisa T. de O. Fonterrada, 2008


ROMAde 753 a.c. até 476 d.c.

Sabe-se menos da música romana do que da música grega.


Roma nunca foi muito original com relação a arte, tendo quase toda
a sua base sido copiada da Grécia, o que leva os historiadores a crerem
que com a música não foi diferente.
Mas o que se sabe de importante e que música e ética se
separaram completamente.
A educação musical perdeu o seu rumo e houve uma grande
valorização de grupos e artistas com habilidades virtuosísticas.
A educação musical passou a ser um privilégio aristocrático.
Embora houvesse um grande esforço de neoplatônicos e neopitagóricos
para que a música voltasse a ser reconhecida como um alicerce
importante na formação do indivíduo, ela(a música) nunca mais voltou
ao pedestal que ocupava na cultura Grega.
IDADE MÉDIA
Século V ao século XV
PENSADORES: Agostinho, Boécio, Abelardo, Cassiodoro e Tomás de Aquino.

Uma visão espiritual cria um novo panorama de vida e arte e por conseqüência de
música.
(...o mundo medieval era cristão...)
O pensamento filosófico que alicerçava a música baseava-se na teologia.
Forte ligação com o pensamento Grego e com a matemática simbólica de Pitágoras.
Música boa X música diabólica.
Emoção X razão.
A igreja e detentora do conhecimento e detém o controle do aprendizado musical,
não se pode afirmar que existia uma educação musical como a concebemos hoje.
A finalidade única e exclusiva era o aprendizado da música para o uso litúrgico.
A música só e ensinada para pessoas que apresentavam um grande talento musical.
IDADE MODERNA
Início em 1453 – Tomada de Constantinopla
Término em 1789 – Revolução Francesa

Neste período muda-se a visão que se tinha da criança em séculos


anteriores.
A ação de cuidar e educar (a criança) passa a ser não só função da
igreja, mas também do estado, das famílias e das autoridades.
No século XVI criam-se “conservatórios”, na verdade orfanatos que
atuavam na área de formação básica em música. (Ospedale)
A igreja reformada inseriu nas comunidades uma atividade musical
mais participativa, tornando-se um tipo de educação musical informal.
Na disputa razão X emoção a música passou a ocupar o último lugar
na classificação das artes e a poesia o primeiro.
A educação musical continua seletiva e intencional.
Descartes – filósofo, físico e matemático.
Renascimento e barroco.
Fatos importantes: A infância foi dividida em classes de 5-7 e de 10-11
anos e também foi criado a “especialização social”, um ensino para a
aristocracia burguesa e um ensino para o povo.
IDADE CONTEMPORÂNEA
Tem o seu início com a Revolução Francesa – 1789 d.c.
Iluminismo – movimento cultural da elite intelectual européia que baseava-se
no uso da razão para implantar uma reforma na vida social da população. Esta
linha de pensamento acendeu os ideais que culminaram com o início da revolução.
“Liberdade, igualdade, fraternidade”.
República e democracia liberal.
Pensadores: Baruch Spinoza, John Locke, Pierre Bayle, Isaac Newton,
Montesquieu, Voltaire e Jean-Jacques Rousseau.

Envolve o período clássico, romântico e moderno da música.


Jean-Jacques Rousseau
(1712-1778)

...Embora vários teóricos já tivessem se ocupado da questão pedagógica, foi ele quem
deu expressão viva e concreta ao “naturalismo” pedagógico e marcou o fim da
“ilustração” na França, ao perceber que a educação calcada na razão nada contribuía
para melhorar a humanidade. (De Tramas e Fios – Um ensaio sobre música e educação. Marisa T. de O.
Fonterrada)

-Grande inspirador da psicologia moderna.


-Primeiro pensador da educação a apresentar uma proposta para a
educação musical.
- outros pensadores que se seguiram a Rousseau:

-Johann Heinrich PESTALOZZI (1746-1827)


-Friedrich HERBART (1776-1841)
-Friedrich FROEBEL (1782-1852)

Todos estes pensadores foram os precursores dos


MÉTODOS ATIVOS DE EDUCAÇÃ MUSICAL
Séculos xix e xx

Três grandes pensadores que influenciaram a


educação tradicional e a educação musical nos
séculos xix e xx.

- Henri Paul Hyacinthe Wallon (1879-1934)


- Jean Piaget (1896- 1980)
- Lev Vygotsky (1896-1934)
Henri Paul Hyacinthe Wallon (1879-1934)

 Filósofo, médico, psicólogo e político.


 Trabalho científico “Psicologia do desenvolvimento” voltado para a infância.
 Trabalhou de 1908 -1931 com crianças portadoras de deficiência mental.
 Lecionou na universidade de Sorbonne (Paris) sobre a psicologia da criança.
 Wallon propõe o estudo da pessoa completa – evita reducionismos, trabalha
igualmente o caráter cognitivo, o afetivo e o motor.
  O processo de aprendizagem é dialético: não é adequado postular verdades
absolutas.
 Estágios de desenvolvimento da criança:
-Impulsivo-emocional – 1º ano de vida
-Sensório-motor e projetivo – até o 3º ano de vida
-Estágio do personalismo – até o 6º ano de vida
-Estágio categorial – até o 12º ano de vida
-Estágio da adolescência – a partir do 12º ano e jamais para de se desenvolver.
Jean Piaget (1896- 1980)

 Psicólogo, epistemólogo, pedagogo , filósofo e pensador.


  Convicto de que o desenvolvimento intelectual dá-se em estágios
determinados, Piaget desenvolve a:

 Teoria dos estágios (teoria cognitiva)


 Estágio sensório-motor – 0 a 2 anos;
 Pré-operatório – de 2 a 7 anos;
 Operatório concreto - de 7 a 12 anos;
 Operatório formal – de 12 a 16 anos.

 O conhecimento no indivíduo não nasce pronto, não esta no indivíduo e nem no


objeto, mas nasce dessa relação e desse estudo.
Lev Vygotsky (1896-1934)

 Pensador, filósofo e pedagogo.


  Foi pioneiro no conceito de que o desenvolvimento intelectual das crianças
ocorre em função das interações sociais e condições de vida.
 Instrumentos Simbólicos - a linguagem simbólica desenvolvida pela
espécie humana, têm um papel similar ao dos instrumentos: tanto os
instrumentos de trabalho quanto os signos são construções da mente humana,
que estabelecem uma relação de mediação entre o homem e a realidade.
 A Linguagem -  Quando aprendemos a linguagem específica do nosso meio
sociocultural, transformamos radicalmente os rumos de nosso próprio
desenvolvimento.
 Aprendizagem -  Um dos conceitos mais importantes é o de Zona de
desenvolvimento proximal, que se relaciona com a diferença entre o que a
criança consegue realizar sozinha e aquilo que, embora não consiga realizar
sozinha, é capaz de aprender e fazer com a ajuda de uma pessoa mais
experiente (adulto, criança mais velha ou com maior facilidade de aprendizado,
etc.).
MÉTODOS ATIVOS
de
EDUCAÇÃO MUSICAL
PRIMEIRA GERAÇÃO DE EDUCADORES

- EMYLE-JAQUES DALCROZE (1865-1950)

-EDGAR WILLEMS (1890-1978)

ZOLTÁN KODÁLY (1882-1967)

CARL ORFF (1895-1982)

SHINICHI SUZUKI (1898-1998)


EDUCAÇÃO
Educação envolve, na realidade, dois agentes, um exercendo a
ação de ensinar e o outro de aprender. É um processo a ser observado
em qualquer parte do planeta e mais especificamente em grupos
constitutivos da sociedade, este processo é responsável pela sua
manutenção e perpetuação a partir da transmissão, às gerações que
se seguem, dos modos da cultura de ser, estar e agir necessários à
manutenção e ao assentamento de um membro no seu grupo ou
sociedade.
Este processo é conhecido como endoculturação ou socialização,
sendo uma visão cultural da educação.
Existem três formas de educação que se entende importante
apresentar para o desenvolvimento deste trabalho. São elas:
Educação Formal - que acontece nos espaços próprios e reservados apenas a esta
ação, que sejam da Educação Infantil ao ensino superior — acontece de forma
intencional e com objetivos pré-determinados, como no caso das escolas mantidas por
instituições governamentais. No caso específico deste tipo de educação exercida na
escola, pode ser definida como Educação Escolar.

Educação Informal – ocorre em casa com família, nas igrejas, com amigos, nos
bairros, etc. Acontece através da convivência entre grupos sociais, os quais são
entranhados de valores e culturas adquiridas historicamente e que através dessas
relações são transmitidos de um para outro. Tem o objetivo de socialização,
desenvolvendo nestes grupos, hábitos, modos de pensar e agir frente aos processos
enfrentados na vida.

Educação Não Formal – Essa forma educação é aquela que acontece fora do sistema
de ensino formal, sendo um complemento deste.
É um processo organizado, mas os resultados de aprendizagem podem ou não ser
avaliados formalmente.  Aquele que aprende é voluntário, não há hierarquia e baseia-
se na motivação intrínseca dos que procuram por si mesmos a aprendizagem. Leva
em consideração as necessidades pessoais do estudante e atende a essas
necessidades para responder às suas aspirações na medida do possível.
A FORMAÇÃO DO DOCENTE EM
MÚSICA

Quando analisamos a formação do docente em música


em uma determinada sociedade, é interessante
observarmos qual o lugar que a música ocupa nessa
mesma sociedade. Essa visão mais abrangente fornecerá,
em muitos casos, a chave para a compreensão de alguns
problemas aparentemente insolúveis. Além disso, será
difícil uma atuação significativa, no que diz respeito à
formação de professores, se não tivermos uma
consciência clara do que a sociedade espera de nós.

Celso Mojola
História da educação
História social História da música musical
História da educação
História social História da música musical

Metodologias de Tipos de educação a ser


Filósofos e autores educação musical trabalhada
História da educação
História social História da música musical

Metodologias de Tipos de educação a ser


Filósofos e autores educação musical trabalhada

Sociedade
Cultura
Projeto
Pressupostos
pedagógicos

Avaliação do
trabalho
Bibliografia Consultada
Fonterrada, Marisa Trench de Oliveira, 1939-
De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação/Marisa Trench de
Oliveira Fonterrada. – São Paulo: editora UNESP; Rio de Janeiro: Funarte, 2008

La Taille, Yves de, 1951-.


Piaget, Vygotsky, Wallon: Teorias psicogenéticas em discussão/ Yves de La Taille,
Marta Kohl de Oliveira, Heloysa Dantas. – São Paulo: Summus, 1992.

EDUCADORES musicais de São Paulo: encontro e reflexões / Violeta H. Gainza


(apres.) ; Sonia Albano de Lima (org.); Marisa Fonterrada (colab.). –São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 1998.

VILLA-LOBOS, Heitor. Canto orfeônico. São Paulo: Irmãos Vitale, 1940. V. 1.


----Guia prático: estudo folclórico musical. São Paulo: Irmãos Vitale, 1941, v. 1.
Bibliografia Consultada
STRALIOTTO, Dr. João – Interpretação cerebral do som e da música / Dr João
Straliotto – Blumenau – Santa Catarina: Produções Heck, 2000.

VISCONTI, Márcia / ZEI BIAGIONI, Maria – Guia para a educação e prática musical
nas escolas/ Marcia Visconti e Maria Zei BIagioni / Colaboradora Neide Rodrigues
Gomes - São Paulo: Impressão CLY, 2002.

CLARO, Walkyria Passos, 1923 –


Música: a alegria de ensinar e de aprender / Walkyria Passos Claro. – São Paulo:
Irmãos Vitale, 2010.
84p. : música

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