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Hawane Pereira Nº 14

Letícia Pereira Nº19

Direito
Legalização de drogas leves
Relatório Final

António Moura
12°SE1
2021/2022
Argumentos contra
• A legalização das drogas leves, levaria a um aumento da disponibilidade dessas substâncias, o que poderá resultar
num aumento de consumo e diminuição da perceção dos seus riscos

• Sobretudo em jovens abaixo dos 21 anos, a cannabis é extremamente nociva. Está quando consumida com uma certa
regularidade, ao longo do tempo poderá ter efeitos aditivos.

• Os efeitos terapêuticos evocados com o uso da cannabis são muito circunscritos. Sendo necessário o auxílio de
outros fármacos e de doses controladas.

• Há diferenças na concentração de tetrahidrocanabinol (THC), esse varia consoante a sua composição, o modo de
administração, na intensidade de utilização e frequência de uso. Deste modo é difícil a desarticulação dos efeitos de
cada substância no consumidor.

• Há uma ausência de mecanismos que permitam avaliar a longo prazo as consequências socias, de saúde e
emocionais do uso das drogas leves, por parte do legislado, assim como de evidências que a legalização soluciona o
problema mundial.
Argumentos de autoridade

• A psiquiatra holandesa Jim Van, em 2011, publicou um estudo longitudinal com a duração de dez anos, tendo
comprovado que o consumo regular deste tipo de drogas aumenta o risco de desenvolvimento de sintomas
psicóticos. Além disso, o consumo de cannabis tem sido associado a um aumento do risco de:
comportamentos antissociais, ideação suicida, dificuldades no relacionamento interpessoal, consumo de
drogas injetáveis…

• Pedro Afonso, médico psiquiátrico, cita que “a droga não se vence passando o tráfico das ruas para a venda
legal nas farmácias. Esta medida seria um sinal de fraqueza e um gesto de falsa compaixão. A verdadeira
compaixão assenta em salvar pessoas, ajudando-as a recuperar o impulso natural do homem, que o leva a
agarrar-se á vida, sem drogas”
Instituições contra a legalização de drogas leves

O CDS- Partido do Centro Democrático Social- indica que não “existe nenhum benefício quer do
consumo, quer na sua regulação”. Sobre o consumo deste tipo de substância, os centristas reforçam que os
efeitos da canábis “são tendencialmente negativos”, criam dependência e podem mesmo dar origem a “episódios
psicotrópicos graves”, podendo desencadear “esquizofrenia e alucinações visuais”.
Legislação, projetos e propostas

• O partido CDS defende assim que, em vez da legalização, deve haver uma divulgação dos “riscos reais dos
efeitos da canábis para efeitos não terapêuticos e que sejam dissuasores do consumo”. “O caminho não é
legalizar, nem a liberdade de consumo: é exatamente o oposto, é apostar em campanhas preventivas”, diz
Ana Rita Bessa.

• O PCP apresentou projetos de resolução que recomendam ao Governo “uma política ativa no âmbito
da prevenção das toxicodependências” e a adoção de “medidas para prevenir o consumo e estudar a
utilização de canábis para fins terapêuticos”.
Direito Comparado

País Consumo Consumo Posse Venda Cultivo


recreacional medicinal

Portugal Descriminalizado Legal se Descriminalizado Ilegal Ilegal


cumprir até 25g de
determinados marijuana (planta),
requisitos. 5g de Haxixe e de
2,5g de óleo de
cannabis.

Reino Unido Ilegal Ilegal Ilegal Ilegal Ilegal

Japão Ilegal Ilegal Ilegal Ilegal Ilegal


Argumentos prós
• conduzirá a sociedade a aprender a conviver com as drogas, tal como tem feito com outras substâncias como o
álcool e o cigarro. O processo de aprendizagem social é extremamente valioso para poder diminuir os efeitos
negativos que derivam do consumo e abuso de certas substâncias
• a planta Cannabis sativa, através do seu princípio ativo canabidiol, tem propriedades terapêuticas.

• a possibilidade de existirem limites ao grau de substância ativa, bem como, idade mínima, limita os seus
efeitos nocivos.

• haverá um controlo regulamentado e aumento de qualidade dos produtos vendidos o que resultará numa
redução do número de internamentos hospitalares ou episódios de urgência causados pelo consumo de
cannabis tratados por químicos.

• a cannabis tem uma toxicidade muito fraca, abaixo do álcool e tabaco e uma perigosidade social fraca,
igualmente abaixo do álcool.
Argumentos de autoridade
• O Ex presidente da República Jorge Sampaio, de acordo com um debate ocorrido nas Conferências do Estoril e
que foi escrito pelo Diário de Notícias “Se não podes acabar com as drogas, legaliza-as”, diz que "avaliar o impacto
da atual estratégia de controlo de drogas e de propor medidas inovadoras e eficazes que protejam os direitos
humanos, incrementem a redução de danos e promovam o desenvolvimento", e comenta também que o objetivo
maior é promover a legalização responsável, ou seja, com limites e normas para o uso.

• Passos Coelho defende também no debate ocorrido nas Conferências do Estoril e escrito pelo Diário de
Notícias “Se não podes acabar com as drogas, legaliza-as”, que defende desde 2010 a legalização todas as
substâncias conhecidas como drogas, e diz que “a legalização das drogas é um caminho para resolução de muitos
problemas da sociedade”.

• O Juíz Carlos Alexandre mostra uma opinião favorável ao fim do proibicionismo em um debate, e diz que
"Legalizar a canábis levaria a que sua venda e dos seus derivados fosse de imediato tributada, gerando receita para o
Estado, como acontece com os impostos do tabaco e do álcool" e também explicitou que "Os próprios Tribunais e as
Polícias poderão então direcionar as atenções para outras atividades mais danosas e perigosas e ter-se-á uma
sociedade mais livre e com cidadãos mais responsáveis que respondem por si próprios."
Instituições a favor da legalização de drogas leves
• o Bloco de Esquerda argumenta que " (...) deixar o canábis na ilegalidade é deixar a política de drogas nas
mãos de quem não tem nenhuma preocupação com a saúde pública" e que "(...) legalizar a canábis é promover
a saúde pública e a segurança: o Estado passa a regular o produto, quem o compra e onde compra”.
• A Iniciativa Liberal argumenta que “(…) as pessoas têm o direito de tomar suas próprias decisões sobre a sua
vida, o que inclui o direito de decidir sobre o consumo dessas substâncias" e que " (...) não é categoricamente
a substâncias mais perigosa para a saúde, e o abuso do tabaco ou do álcool, que são substâncias legais,
também tem consequências análogas que podem ser muito graves ou mesmo mortais".
• O PAN argumenta que, " o uso recreativo de canábis é a proteção da saúde e segurança pública, que
providência um acesso seguro e informado" e diz que " é fundamental dar um passo além da mera
descriminalização da posse e regular a produção, fabrico, distribuição, comércio por grosso e retalho de
canábis; sendo assim uma legalização limitado”.
• O Volt argumenta que “(…) a comercialização legal de drogas leves irá fazer com que aumente a receita
fiscal” e que “a legalização destas drogas irá fazer com que se garanta a sua segurança e transparência e
desincentivará o consumo de substâncias de fraca qualidade e de drogas mais pesadas”.
Legislação, projetos e propostas

Bloco de Esquerda, na sua proposta o partido diz que “o aumento de segurança devido à legalização do consumo e venda da canábis é o
principal objetivo. Colocando o fim à venda ilegal da canábis e a legislação e fiscalização por parte do Estado que permitirá limitar o acesso à
substância e regulamentar a sua composição química”. Para o BE a legalização requer algumas limitações:

• A venda em estabelecimentos autorizados; Proibição de consumo em locais fechados de frequência pulica; A quantidade que cada pessoa
pode adquirir não pode exceder a dose individual calculada para 30 dias; Autoriza o cultivo para uso pessoal até ao limite máximo de 5
plantas por habitação.

A Iniciativa Liberal, tem o projeto chamado “Liberalização Responsável”, que se baseia no cultivo, transformação, distribuição,
comercialização, aquisição e posse para o consumo pessoal sem prescrição medica, da planta, substancies e preparações de canábis. Defendendo
que o maior objetivo é criar um mercado livre, aberto e concorrencial, de bens e serviços baseados na canábis não-medicinal, sendo que para
esta legalização responsável haverá limites e proibições na venda. Estes limites e proibisses são:

• Um limite de seis plantas por habitação própria e permanente em relação ao auto cultivo.Somente autorizadas e raquíticas nos
estabelecimentos licenciados. Só maiores de 18 anos poderão comprar. É obrigatório no ato da compra exibir um documento identificativo
com fotografia. A venda por cada indivíduo não pode exceder a dose média individual calculada para 30 dias, nos termos da Portaria n°
94/96, de 26 de março. Todos os estabelecimentos que tenham a intenção de venda devem avisar a Direção-geral das Atividades Económicas,
sendo que são obrigados que este local de venda seja situado a uma distância superior a 500 metros, e fora da linha de vista ao nível do solo
de estabelecimentos de ensino pré escolar, básico e secundário. Totalmente proibido a venda destes produtos em estabelecimentos de ensino,
saúde, desportivos, equipamentos lúdicos destinados a crianças ou famílias, interfaces de transportes coletivos ou estações de serviço. A
venda on-line também é permitida, mas é regulamentada.
Direito Comparado
Posições

Letícia Hawane

A favor Contra

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