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Centro de Ensino Educacional 08 do Gama

Rebeca Epaminondas
Maria Eduarda Nunes
Guilherme Francisco
Gabriel da Silva Lima
Levi Cardoso
Deyvisson dos Santos
Pedro Henrique

Fundamentação e pesquisa sobre a legalização da Cannabis

Gama – DF
2022
Rebeca Epaminondas; Maria Eduarda Nunes; Guilherme Francisco;
Gabriel da Silva Lima; Levi Cardoso; Deyvisson dos Santos;
Pedro Henrique

Fundamentação e pesquisa sobre a legalização da Cannabis

Trabalho realizado com intuito de fundamentar


os argumentos que serão usados no debate
dia 24 de agosto de 2022.
Todas a informações deste documento
Foram retiradas de fontes de pesquisa e
Não tem ligamento com a opinião pessoal
de nenhum dos integrantes do grupo.
Referencial bibliográfico:
 https://youtu.be/IaQWmNkqkSg

 https://glamour.globo.com/lifestyle/politica-direitos/noticia/2022/01/
entenda-em-5-pontos-a-discussao-sobre-a-legalizacao-da-maconha-no-
brasil.ghtml

 https://www.ufmg.br/ciencianoar/wp-content/uploads/2018/11/e5_05-
maconhariscosxbeneficios.pdf

 https://www.tuasaude.com/maconha-medicinal/

 https://spdm.org.br/blogs/alcool-e-drogas-blogs/efeitos-negativos-da-
maconha/

 https://revistas.brazcubas.br/index.php/revdubc/article/view/247
Uso medicinal

Um dos maiores debates ao falarmos sobre a legalização da maconha é o seu uso


medicinal. Estudo comprovam que a Canabis tem propriedades que auxiliam no
tratamento de doenças consideradas irreversíveis, como câncer e doenças
neurológicas. Além disso ela possui propriedades calmantes e também pode ajudar
em casos de doenças psíquicas.

O plantio de cannabis para uso medicinal e científico já é previsto desde 2006, mas
tivemos poucos avanços em termos de regulamentação. A solução, então, acaba
sendo judicia lizar a questão. Muitos pacientes só cultivam a cannabis sativa dentro
de casa após terem autorização da justiça. Estudos comprovam que ela é eficaz no
tratamento de epilepsia, autismo, Alzheimer, Parkinson e dores crônicas.

Há decisões recentes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que


favorecem o cenário. Em 2014, a Agência passou a autorizar a importação de
remédios à base de canabidiol. Já em dezembro de 2019, a entidade regulamentou
a pesquisa, produção e venda de remédios no país por parte da indústria
farmacêutica, embora as plantas ainda precisem ser importadas, o que torna os
remédios praticamente inacessíveis.

Por outro lado, a decisão mais recente do órgão facilitou a importação, processo
que demorava até 90 dias para ser autorizado. Devido à pandemia, foi flexibilizada a
importação de "dispositivos médicos novos e medicamentos identificados como
prioritários para uso em serviços de saúde, em virtude da emergência de saúde
pública internacional relacionada ao SARS-CoV-2". Segundo a Agência, em 2020,
foram importados cerca de 45 mil produtos à base de cannabis.

Em 2019, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a venda de


produtos à base de cannabis. Com a decisão, empresas farmacêuticas iniciaram a
venda desses produtos no Brasil. O Mevatyl, primeiro remédio à base de maconha
no Brasil, por exemplo, custa cerca de R$ 2.700 por uma embalagem com três
ampolas de 10 mL.
Efeitos que o uso da cannabis provoca no corpo

Efeitos Positivos
A maconha tem sido utilizada para tratar problemas de saúde e para aliviar dores e
sintomas relacionados a esses, como:
- Alívio de dores crônicas, principalmente as causadas pela artrite, fibromialgia e
enxaqueca, e de pacientes terminais com câncer;
- Diminuir inflamações, como na síndrome do intestino irritável, psoríase, doença de
Cronh e artrite reumatoide:
- Alívio de náuseas e vômitos causados por quimioterapia;
- Estimular o apetite de pacientes com AIDS ou câncer;
- Auxilio no tratamento de epilepsia;
- Diminuir rigidez muscular e dor neuropática em pessoas com esclerose múltipla;
- Melhorar a qualidade do sono em casos de insônia;
- Diminuir a pressão intraocular, nos casos de glaucoma.

Efeitos Colaterais/Negativos
 Uso agudo
- Gerais: relaxamento, euforia, pupilas dilatadas, conjuntivas avermelhadas, boca
seca, aumento do apetite, rinite, faringite.
- Neurológicos: comprometimento da capacidade mental, alteração da percepção,
alteração da coordenação motora, maior risco de acidentes, voz pastosa (mole).
- Cardiovasculares: aumento dos batimentos cardíacos, aumento da pressão
arterial.
- Psíquicos: despersonalização, ansiedade/confusão, alucinações, perda da
capacidade de insights, aumento do risco de sintomas psicóticos entre aqueles com
história pessoal ou familiar anterior.

 Uso crônico
- Gerais: fadiga crônica e letargia, náusea crônica, dor de cabeça, irritabilidade.
- Neurológicos: diminuição da coordenação motora, alterações de memória e da
concentração, alteração da capacidade visual, alteração do pensamento abstrato,
esquizofrenia,
- Psíquicos: depressão e ansiedade ou agravamento das mesmas, mudanças
rápidas de humor, irritabilidade, ataques de pânico, mudanças de personalidade.
- Respiratórios: tosse seca, dor de garganta crônica, congestão nasal, piora da
asma. Infecções frequentes dos pulmões, bronquite crônica. Risco de câncer de
pulmão.
- Reprodutivos: infertilidade, problemas menstruais, impotência, diminuição da libido
e da satisfação sexual.
- Sociais: isolamento social, afastamento do lazer e de outras atividades sociais.

Curiosidades: das substâncias presentes na maconha, temos CBD, que,


apesar de ter a estrutura semelhante ao THC e não provoca efeitos
psicoativos não possui efeitos colaterais; o uso de maconha e do CBD é
contraindicado para crianças e adolescentes pois pode afetar o
desenvolvimento neural e psicológico, gestantes, para mulheres que estejam
amamentando e para pessoas com psicose e outras condições psiquiátricas
não controladas.

Efeitos na economia

Atualmente o tráfico de drogas no Brasil movimenta uma grande quantidade de


dinheiro, porém este dinheiro não acaba afetando diretamente a economia do país.
Com a legalização dessa atividade poderia acontecer uma arrecadação de impostos
sobre o produto, o que acabaria trazendo benefícios financeiros para o Brasil.

Contudo a permissão do uso deste narcótico não necessariamente acaba com o


contrabando, já que diversas outras continuariam proibidas. Isso também poderia
aumentar o número de dependentes químicos, que talvez não conseguissem um
tratamento adequado devido à falta de estrutura do no nosso território.

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O Senado e a Câmara do estado de Nova York (EUA) aprovaram, no fim de março,


a legalização da posse de até 85 gramas de maconha e o cultivo e a venda da
droga para maiores de 21 anos.

A legalização pode render ao estado cerca de US$ 350 milhões (R$ 2 bilhões) por
ano em renda tributária. Já no Brasil, economistas apontam que o país poderia
faturar entre R$ 10,73 bilhões a R$ 12,9 bilhões em tributos caso o uso fosse
legalizado.

Um estudo datado de 2016 do governo federal calculou que 2.744.712 de pessoas


usam maconha mensalmente no Brasil. Supondo ainda um consumo per capita
igual ao que foi regulamentado no Uruguai (40 gramas por mês), e tomando a
expectativa de U$ 1,20 para a venda de um grama da substância em farmácias
credenciadas no país, cada usuário no Brasil poderia adquirir cerca de US$ 48 de
maconha por mês. Desta forma, o gasto anual com maconha no Brasil seria de R$
2.073,60 por usuário. Assim, multiplicando o número de usuários pelo gasto per
capita, obteve-se um valor anual com maconha no Brasil de R$ 5,69 bilhões.

Violência

Ricardo Fraiman, assessor de segurança do Ministério do Interior do Uruguai,


confirmou no fim de julho as investigações que apontam um estrangulamento do
mercado ilegal, durante um evento organizado pelo Observatório Latino-Americano
de Pesquisas em Política Criminal. Ele observou que o aumento da violência e dos
homicídios era uma consequência “esperável” do processo de legalização, segundo
relatou o semanário Búsqueda. Mas o Governo também associa o ajuste de contas
às operações policiais de desativação dos pontos de venda de drogas, ou a
mudanças internas nesse mercado, no qual atualmente são vendidas menos
substâncias baratas, como a pasta-base (um refugo da cocaína), e há mais
consumo de drogas sintéticas.

Dados extraoficiais do primeiro semestre de 2018 já apontam um claro aumento dos


homicídios, com 215 casos no país, contra 131 no mesmo período do ano anterior.
Se essa tendência for confirmada, será um aumento histórico, segundo a
organização privada Fundapro. O Ministério do Interior não divulgou suas cifras,
mas reconhece que a violência aumentou neste ano.

Os Estados Unidos já começam a notar os resultados de suas novas políticas em


relação à maconha. Um novo estudo mostra que a legalização da erva para fins
médicos levou a uma redução de crimes violentos em estados que fazem fronteira
com o México.

Publicado no periódico The Economic Journal, a pesquisa descobriu que o número


de crimes, como roubos e assassinatos, caiu 12,5% em condados próximos à divisa
após a introdução das novas regras em relação à maconha.

As organizações do tráfico têm um papel fundamental em crimes violentos nos


estados fronteiriços. "O tráfico de drogas ilícitas é conhecido por ser associado a
níveis extremos de violência", diz o estudo.

Com essas organizações agora menos ativas devido à queda da demanda, os


casos de violência também caíram. "À medida que as receitas diminuem, o incentivo
para investir em atividades violentas também", continua a pesquisa.

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