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Descriminalização das drogas

André Gustavo, João Pedro, Karoline Sousa, Sofia Barcelos, Vinicius Oliveira, Walter Luiz e Weuler
O crime é uma conduta humana (podendo ser ação
Definição de propriamente dita, e em alguns casos omissão).
Crime A terminologia da palavra crime vem do latim, “crimen”.
Esta nomenclatura significa, queixa, calúnia, injúria,
erro.
Definição de É a infração que, enquanto que não é pela Lei
considerado dano social por si mesmo, constitui
Contravenção
um perigo, porque se traduz em violação daquelas
Penal
medidas, que visam mais de um perto a prevenção
do dano social.
Definição de • Descriminalizar significa retirar de algumas
Descriminalização condutas o caráter de criminosas.
Definição de • Substâncias ou produtos capazes de causar
dependência, assim especificados em Lei ou
Drogas listas do Poder Executivo.
História da proibição
das drogas
Proibição
• A Liga das Nações convocou uma reunião para a formação da Comissão de
Xangai (1909) - ópio;

• Os Estados Unidos da América, que no início do século XX despontava como


uma das principais economias capitalistas e industriais, via com bons olhos à
proibição do comércio do ópio que afetaria um de seus principais
concorrentes no continente asiático: a Inglaterra.
Proibição
• Com a intenção de frear o desenvolvimento inglês, os Estados Unidos da
América liderou, com a justificativa moralista de que lutava pelo resgate aos
bons costumes, a convocação da Convenção de Haia (1912) para ratificar a
proibição ao comércio e uso do ópio realizado na Comissão de Xangai.
Proibição
• Muito prejudicada, a Inglaterra condicionou a sua participação na
Convenção de Haia à inclusão de outras drogas na pauta do evento;

• Como a heroína e a pela primeira vez a cocaína;

• Prejudicando também a Alemanha, Holanda e França, que comercializavam


a cocaína através da emergente indústria farmacêutica
Proibição
• A Alemanha, principal país prejudicado com a inclusão da cocaína entre as
drogas proibidas, insistiu que o acordo deveria ser ratificado também por
outros países da Europa e da América;

• Sendo que graças ao conflito da Primeira Guerra Mundial a validação do


tratado foi atrasada por dez anos, sendo que somente em 1921 passa a
vigorar a Comissão Consultiva do Ópio (e demais substâncias nocivas).
Proibição
• No Brasil, mais especificamente a cannabis sativa - maconha, usar a erva era
tido como “coisa de negro”, pois era fumada nos terreiros de candomblé,
por escravos e agricultores depois do trabalho no interior do país.

• Na Europa as drogas eram associadas aos imigrantes árabes, indianos e


intelectuais boêmios, estes últimos com suas ideias, ideais e estilo de vida
desregrado e contestador incomodavam cada vez mais os governos
estabelecidos.
Proibição
• Um dos principais fatos que deixou preocupado o governo dos Estados
Unidos da América foi à entrada, através de suas fronteiras, entre 1915 e
1930, de cerca de meio milhão de mexicanos que vinham em busca de
trabalho em solo estadunidense.

• Em resumo, em boa parte do Ocidente, fumar maconha era relegado a


classes marginalizadas e visto com antipatia pela classe média branca.
Proibição
• Foi somente na década de 1960, pela primeira vez na história é estabelecido
o modelo médico-sanitário, considerando o uso das drogas psicoativas
como sinônimo de dependência, diferenciando-se bem o traficante do mero
usuário
Proibição
Na década de 90 a lei dos Crimes Hediondos assegurou que o tráfico de drogas
fosse tratado de forma mais rígida, proibindo a liberdade provisória aos
acusados e dobrou os prazos processuais;

Até que em 2006 entrou em vigor a lei 11.343 qual vigora até os presentes dias.
Definiu os crimes relacionados às drogas e eliminou o termo entorpecente que
perdurava desde 1921, tratando diretamente no artigo 33 que define o tráfico
com a expressão droga.
Proibição
Na lei 11343, a principal mudança foi a eliminação da pena de prisão para o
usuário ou aquele que detém a droga para consumo pessoal.

Ademais aumentou a pena mínima de 03 para 05 anos e manteve a máxima em


15 anos.
Proibição
A superlotação das casas prisionais somada ao aumento da violência gerada
pelo tráfico de drogas, o aumento do número de usuários e os protestos
populares pela liberação de drogas como a maconha e pelo fim da guerra
gerada entre policiais e traficantes começaram a gerar dúvidas sobre a
aplicação e a efetividade da norma antidrogas.
Análise do cenário atual e a descriminalização

• Atualmente, apesar de que seja claro e de alcance de


todos que as drogas causam efeitos negativos para os
usuários e a sociedade, é notório a expansão cada vez
mais exagerada do tráfico.
Análise do cenário atual e a descriminalização

• A proibição das drogas ilícitas tem mais a ver com


interesses morais, políticos e econômicos do que com
argumentos científicos ou relacionados à saúde
pública.
Legal, essencialmente legal

Legal, mas descriminalizado


Legal, mas frequentemente
não aplicado
Ilegal

Sem informação
O combate às drogas no Brasil

• A punição pelo tráfico e uso de drogas foi previsto no


Código Penal de 1940 pelo seu artigo 281.

• Porém, o combata-te as drogas mais efetivo e


eficiente teve inicio no ano de 1976, quando entrou
em vigor a Lei nº 6368, onde restaram demonstrados
o dependente químico e o criminoso.
O combate às drogas no Brasil
Segundo a UNDCP, o órgão da ONU dedicado ao controle
de drogas psicoativas:

“os direitos individuais devem ser compatíveis com a segurança e o


bem-estar de toda a comunidade. Nenhum indivíduo tem o direito
de se comportar de uma forma que venha a se revelar destrutiva
para os demais e para si mesmo”.
O combate às drogas no Brasil

• Dizem os juristas que cabe ao Estado defender o


cidadão deste mal, que a sociedade pode correr
perigo se determinado sujeito estiver com a
percepção e capacidade de julgamento alterada

• Além do que um cidadão usuário de drogas ilícitas é


potencialmente danoso para a saúde pública e os
cofres públicos.
O combate às drogas no Brasil

• Então como justificar o consumo de álcool, cigarro e


comidas com alto teor de gordura, que devido aos
efeitos colaterais de seu consumo sobrecarregam os
hospitais brasileiros com enfartos, cânceres,
problemas hepáticos, pulmonares e etc.
O combate às drogas no Brasil

• A atuação do poder punitivo nas questões das drogas


revela historicamente o controle social através da
associação entre determinadas drogas e grupos sociais.

Chineses e ópio; irlandeses e álcool; mexicanos e maconha;


colombianos e cocaína, associação das drogas aos miseráveis.

Falar em drogas ilícitas é associá-las às favelas.


Dados 2017
• A estimativa da OMS é de que haja 181,8 milhões de usuários de cannabis — com
idade entre 15 e 64 anos no mundo.
• Do total de usuários globais, estima-se que 13,1 milhões sejam dependentes.
• No Brasil, a estimativa da agência é que 2,5% na população adulta usou cannabis nos
últimos 12 meses, percentual que sobe para 3,5% entre os adolescentes.

181,0 milhões 13,1 milhões


Usuários de Cannabis Dependentes
Principais drogas ilícitas mais
consumidas pela população mundial
ONU - organização das nações unidas
Maconha África e China - 1564;
Delta-9-THC;
Tratamentos.
Cocaína Viciante;
Coca;
1200 anos;
Freud.
Papoula do Oriente;
Ópio Depressores;
Fugir de sensações;
Pupila;
Aids;
Oms.
Designer drugs;
Ecstasy 1912 - True drug;
Dallas 1984;
Pasta + NaHCO3 + NaOH + H2O;
Crack Pulmões;
Barulho.
Solvente;
Lança- Adrenalina;
Uma das que mais matam;
Perfume
Países que aprovaram a Legalização
✓Uruguai
✓Holanda
✓Irlanda
✓Portugal
✓Espanha
- Alguns estados dos EUA – Califórnia, Colorado.
Brasil
• No Brasil, é ilegal a venda, produção, cultivar, comprar, e o porte de
pequena quantidade já não é considerado mais crime, segunda nova lei
(vigente desde 2006).
• Apesar da lei não considerar traficante quem divide uma pequena
quantidade de droga com o amigo, quem for pego fazendo isso pode
ser preso de seis meses a um ano.
China
• A China, todos os tipos são proibidos, tanto a posse, o consumo e a
produção para venda, o comum é o consumidor ser detido por 15 dias
de prisão e os dependentes são obrigados a fazer desintoxicação e os
traficantes são punidos com anos de prisão e até pena de morte.
Bolívia e Venezuela
• O porte para uso pessoal não é crime, mas o consumidor está sujeito a
ser encaminhado para internação e tratamento.
Holanda
• Pioneiros na tolerância ao uso pessoal de drogas, é famosa pelos
"coffee shops", onde a venda de maconha é permitida (+18).
• O porte de até 5 gramas e o cultivo de até 5 pés também é aceito, assim
como o consumo em público.
• Fornece de agulhas e seringas descartáveis a viciados, em determinados
pontos.
México
• O porte de até 5 gramas de maconha, 0,5 grama de cocaína, 50
miligramas de heroína ou 1 pílula de ecstasy é considerado uso pessoal
e não causa prisão.

• Após três apreensões, no entanto, o usuário tem que se submeter a


tratamento. Caso contrário, é processado
Portugal
O país descriminalizou todas as drogas em 2001. Ao contrário do previsto, a quantidade
de usuários
O país tevetodas
descriminalizou queda nosemúltimos
as drogas 14 anos.
2001. Ao contrário Em 2011,
do previsto, por de
a quantidade exemplo, o queda
usuários teve consumo havia
nos últimos 14
anos. Em 2011, por exemplo, o consumo havia caído pela metade.
caído pela metade.
Atualmente, o país tem cerca de 15 mil pessoas em tratamento para deixar de consumir drogas. Já teve, antes da
descriminalização, mais de 100 mil usuários. Como era uma atividade ilegal, estas pessoas eram contabilizadas como criminosas.
Atualmente, o país tem cerca de 15 mil pessoas em tratamento para deixar de consumir
drogas. Já teve, antes da descriminalização, mais de 100 mil usuários. Como era uma
atividade ilegal, estas pessoas eram contabilizadas como criminosas.
Os números relacionados às
drogas no Brasil
ONU
Organização das Nações Unidas
De 2010 a 2013
100% DAS MORTES

58% CAUSADAS 17% CAUSADAS


POR UTILIZAÇÃO DE POR ACIDENTES DE
DROGAS TRÂNSITO
Tráfico
• O tráfico de substancias ilícitas move cerca
de 500 bilhões de dólares anuais.

• 8% das exportações mundiais;

• Só é superado pelas industrias de petróleo,


militar e do “mundo do futebol”.
De 2005 a 2015
604.965
• internações;
604.965 internações;
950,9 milhões gastos por ano com tratamento para usuários;
• 950,9 milhões gastos por ano com
36.993 pessoas internadas em MG em 2014
tratamento para usuários;

• 36.993 pessoas internadas em MG


em 2014.
De 2005 a 2015
Em 2014,
604.965 foram
internações; atendidos 62.229 mil usuários e
gastos R$gastos
950,9 milhões 950,9 milhões
por ano comparaousuários;
com tratamento tratamento e a
manutenção de programas de prevenção do uso
36.993 pessoas internadas em MG em 2014
de drogas no país.

R$152,58 milhões destinados a programas de


prevenção e tratamento de doenças que podem
ser contraídas pelo uso de substâncias ilícitas.
Usos para benefício - Maconha
• Inibir vômito na quimioterapia;
• Reduz a pressão intraocular;
• Melhora o apetite de doentes com AIDS;
• Alivio de dores;
• Insônia.
Usos para benefício – Maconha, ecstasy e LSD
• Tratamento de anorexia nervosa;
• Dor de cabeça;
• Enxaqueca;
• Ataques de pânico.
Contextualização

Descriminalização das drogas


e a Filosofia
v

OBRIGADO

André Gustavo, João Pedro, Karoline, Sofia, Vinicius, Walter e Weuler

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