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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL

CAMPUS DO SERTÃO
DISCIPLINA: DIREITO
PROF. JONATHAN MAGNO

LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS

Equipe:
Audrey Barros; João Victor; Juan Canon; Karolline Tranzillo;
Lucas Guimarães; Luis Adriano; Tainara Guimarães; Thalles
André; Thomás Duarte; Izorlayne Felix.
Histórico de leis sobre drogas no Brasil:
■ Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ter uma política nacional escrita e
específica sobre álcool é o primeiro sinal de comprometimento de um país com relação
ao combate ao uso nocivo dessa substância. Apesar da política nacional específica sobre
álcool ter surgido apenas em 2007 (decreto nº 6.117), políticas e leis sobre drogas em
geral já existiam no Brasil há muito tempo.
■ As primeiras menções da regulamentação de substâncias já constavam no Código Penal
do Império do ano de 1851, ainda somente sobre uso e venda de medicamentos. A
primeira proibição surgiu no Código Republicano de 1890, determinando multa a quem
vendesse ou ministrasse substância venenosa sem prescrição, mas sem especificar as
substâncias.
■ O Brasil passou a criar leis mais específicas sobre drogas em 1924 (decreto nº 4.294),
em resposta à forte influência internacional de controle de consumo de substâncias,
como a inclusão no Código Penal da pena de prisão para quem vendesse ópio ou
derivados de cocaína.
■ Em 2003 foi criado um grupo técnico interministerial do Ministério da Saúde que, em
2005, embasou a criação de uma Câmara Especial de Políticas Públicas sobre o Álcool
para ampliar o espaço de participação social na discussão do tema.
■ Em 2005, quando o Brasil sediou a 1ª Conferência Pan-Americana de Políticas Públicas
sobre o Álcool, com o apoio da Organização Pan-Americana de Saúde, foram
desenvolvidas políticas intercontinentais sobre o tema e recomendou-se que os países
das Américas elaborassem estratégias e programas capazes de prevenir e reduzir danos
relacionados ao consumo nocivo de álcool. Mudanças importantes ocorreram e
culminaram em 2006, com a aprovação da Lei nº 11.343, que “institui o Sistema
Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de
drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito
de drogas; define crimes e dá outras providências”.
■ Em maio de 2007 o Brasil passou a ter sua Política Nacional sobre o Álcool, que
contemplou a intersetorialidade e a integralidade de ações para a redução dos danos
sociais, à saúde e à vida, causados pelo consumo de álcool, bem como das situações de
violência e criminalidade associadas ao uso prejudicial de bebidas alcoólicas. Até esse
momento, o álcool estava incluído nas políticas sobre drogas, mas por ser uma
substância lícita e com regulamentação de comércio, fazia-se necessário uma política
específica desvinculada das demais substâncias ilícitas.
No Brasil:
■ O imposto gerado por o consumo de bebidas alcoólicas chega a cerca de R$ 15 bilhões por
ano.
■ O tabaco gera para os cofres públicos cerca de R$ 10 bilhões em imposto por ano.
■ No Brasil legalizar a maconha poderia render entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões, segundo um
estudo divulgado pela Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados.
■ Em 2015, quando a ação —que é de 2011— começou a ser julgada, votaram os
ministros Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin votaram pela
descriminalização. Gilmar Mendes defendeu que o uso de todas as drogas, não somente
a maconha, alvo da ação, deveria ser descriminalizado. Ressaltou, porém, que não se
trata de legalizar as substâncias, mas sim regulamentar o porte e uso pessoal. Barroso,
por sua vez, propôs inclusive a quantidade que o usuário de maconha pode portar e até
plantar, sem que seja enquadrado como traficante.
■ Após os três votos, Teori Zavascki pediu vista do processo. No início de 2017, o
ministro morreu em um acidente aéreo, e Alexandre de Moraes assumiu seu posto e,
portanto, os processos aos quais Zavascki pediu vistas e/ou era relator. 
Legalização da maconha:
■ A maconha é a droga ilícita mais consumida no mundo. Nos últimos anos, experiências
de legalização tem sido feitas com resultados promissores em lugares como Uruguai e
os estados americanos do Colorado e Washington.
■ Portugal que descriminalizou todas as drogas há mais de 15 anos, é hoje o país com
menores taxas de consumo entre jovens da Europa.
■ A indústria da cannabis medicinal floresce na Colômbia, em Sogamoso (morada do sol)
existe uma plantação da empresa Clever Leaves, que pretende participar do negócio
mundial da cannabis medicinal, que junto com o uso recreativo pode chegar a 50
bilhões de euros até 2025 (cerca de 220 bilhões de reais). A colômbia pode legalmente
plantar mais de 40 toneladas, de acordo com as cotas concedidas pela Junta
Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE).
■ Na Holanda a legislação de drogas vigente é de 1976, e tem base na diferenciação entre
drogas de alto risco e inaceitável a saúde (cocaína, heroína, anfetaminas e LSD) e as de
menor risco, como maconha e haxixe. Já o álcool, um fato curioso, é considerado de
alto risco, é liberado, mas controlado pelo governo.

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