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DISSERTAÇÃO
CURITIBA
2018
DANIEL CORADINI SCHWARZ
CURITIBA
2018
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
BANCA EXAMINADORA:
Prof. Dr. Hilbeth Parente Azikri de Deus - Presidente - UTFPR
Prof. Dr. Marco Antônio Luersen - UTFPR
Prof. Dr. Juliano de Bem Francisco - UFSC
_______________________________________________
RESUMO
() Vetor
∼
() Matriz
∼
( )T Matriz Transposta
∼
∇( ) Operador gradiente
∼
() Fecho de um conjunto
∅ Conjunto vazio
x
∼ Coordenada espacial na configuração atual (euleriana)
X
∼ Coordenada espacial na configuração de referência (lagrangiana)
u
∼ Campo de deslocamentos
v
∼ Campo de velocidades
v
∼
∗
Extensão do campo de velocidades no domínio fluido
p Campo de pressões
ρ Densidade
Ω Domínio
ΓD Fronteira de Dirichlet
ΓN Fronteira de Neumann
I∼ Matriz identidade
F
∼ Tensor gradiente de deformação
B
∼ Tensor de deformação de Cauchy-Green a esquerda
T
∼ Tensor de tensão de Cauchy
( )n Iteração atual
Espaços de Funções
V0 Espaço dual de V
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.1 INTERAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.2 ESTIMATIVA DE ERRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.3 OBJETIVOS DO TRABALHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2 INTERAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.1 MODELOS E FUNDAMENTAÇÕES CORRELATAS A PROBLEMAS FSI 17
2.1.1 Métodos ALE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.1.2 Métodos Totalmente Eulerianos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.2 LEIS DE BALANÇO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.3 PROPRIEDADES CONSTITUTIVAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.4 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA FSI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.4.1 Formulação Forte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.4.2 Formulação Fraca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.4.3 Discretização Temporal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.4.4 Discretização Espacial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
2.4.5 Atualização da Malha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.5 SUMÁRIO DO CAPÍTULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3 ESTIMATIVA DE ERRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.1 CONCEITOS BÁSICOS DE ESTIMATIVA DE ERRO . . . . . . . . . . . 37
3.1.1 Estimativa de Erro a priori . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.1.2 Estimativa de Erro a posteriori . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.1.3 Normas para Estimativas de Erro . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
3.1.4 Estimadores de Erro para Formas Lineares . . . . . . . . . . . . 40
3.2 ESTIMATIVA DE ERRO EM PROBLEMAS FSI . . . . . . . . . . . . . . 41
3.2.1 Derivadas Direcionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.2.2 Estimativa de Erro DWR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.2.3 Domínio Fluido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
3.2.4 Domínio Sólido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
3.2.5 Estimativa de Erro para Problemas FSI . . . . . . . . . . . . . . . 57
3.3 ADAPTATIVIDADE DE MALHA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
3.3.1 Refinamento Vermelho-Verde-Azul . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
3.4 SUMÁRIO DO CAPÍTULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
4 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
4.1 PROBLEMA 1 - CAVIDADE COM FUNDO ELÁSTICO . . . . . . . . . . 62
4.2 PROBLEMA 2 - ESCOAMENTO EM TORNO DE CILINDRO COM PLACA 66
4.2.1 Problema 2.1 - Simulação CFD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
4.2.2 Problema 2.2 - Simulação CSM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
4.2.3 Problema 2.3 - Simulação FSI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
APÊNDICE A TEOREMAS E PROPRIEDADES . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
A.1 Espaços das Funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
A.2 Teorema da Divergência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
A.3 Desigualdade de Schwarz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
A.4 Ortogonalidade de Galerkin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
A.5 Coercividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
APÊNDICE B DETALHAMENTO DE CÁLCULOS . . . . . . . . . . . . . . . . 86
B.1 Formulação Fraca - Equação 2.45 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
APÊNDICE C ALGORITMO REFINAMENTO VVA . . . . . . . . . . . . . . . . 87
13
1 INTRODUÇÃO
O presente capítulo contém uma breve introdução aos tópicos a serem aborda-
dos neste estudo. Definem-se os objetivos, principal e secundários, e a estrutura do
trabalho.
• Desenvolvimento de modelo para análise FSI via FEM, com abordagem total-
mente euleriana.
2 INTERAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA
2001).
Pode-se dizer assim que, em geral, a abordagem particionada é vantajosa
quando não há necessidade de resultados muito precisos e quando um método simples
e computacionalmente rápido é desejado. Contudo, deve-se observar se o problema a
ser estudado não apresenta instabilidades quando formulado nesta abordagem (como
no caso de fluidos com densidades semelhantes as do sólido). A abordagem monolí-
tica, por outro lado, deve ser empregada caso sejam necessários resultados bastante
precisos ou caso o problema exija um tratamento implícito da fronteira sólido-fluido
devido à questões de estabilidade.
Também pode-se distinguir os métodos numéricos de acordo com a malha:
malha conforme, ilustrada na Figura 1a; malha não-conforme, ilustrada na Figura 1b.
Os métodos conformes tratam a interface sólido-fluido como fronteiras físicas, a malha
deve ser formada de maneira a delinear esta interface. Em problemas transientes,
constantes adaptações da malha são necessárias ao longo da simulação. Em geral os
métodos particionados se enquadram neste grupo.
Os métodos não-conformes consideram a interface sólido-fluido e as condições
a ela relacionadas como restrições impostas à formulação, assim esta interface não
precisa ser delimitada pelas faces da malha. Isto possibilita a utilização de uma malha
cartesiana, e não há a necessidade de atualizar a malha em problemas transientes. O
método IBM citado anteriormente se enquadra nesta classe.
φ
β0 βt
X x
O método ALE é uma das abordagens mais amplamente difundidas para aná-
lises FSI. Muitas das etapas empregadas no algoritmo totalmente euleriano utilizado
neste estudo são semelhantes às empregadas em métodos ALE, e o paralelo en-
tre estes dois métodos é de interesse, por isso descreve-se de maneira sucinta as
características desta abordagem e seus principais métodos e derivações. Aqui no-
vamente observa-se que diferentes fontes classificam as mesmas ideias de modos
distintos (ASKES; KUHL; STEINMANN, 2004). O método ALE apresenta uma terceira
configuração, chamada de configuração ALE. A malha, que é definida nesta nova con-
figuração, acompanha o movimento do sólido, porém não fica presa ao movimento do
fluido, pois isso geraria em pouco tempo uma distorção excessiva o que degeneraria
os elementos da malha.
A Figura 3 ilustra as três configurações envolvidas na formulação ALE, além dos
mapeamentos entre elas. Observa-se que o mapeamento ϕ ∼
, normalmente utilizado em
∼
Capítulo 2. INTERAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA 20
ϕ (X ) = Φ
∼ ∼ ∼ (Ψ
∼
−1
(X
∼ )), (2.1)
e o gradiente de deformação F
∼ por
F
∼ = F
∼ ΦF
−1
∼Ψ . (2.2)
∂f
∼ =
∂f
∼ + (v − ω )∇f ;
∼ ∼
∂t x ∂t χ ∼
(2.3)
∂x
onde ∼
ω
∼ =
∂t χ
φ
β0 βt
X x
Ψ βχ Φ
χ
Os métodos ALE podem ser divididos em duas vertentes: ALE Total (T-ALE ou
formulação divergente) e ALE atualizado (U-ALE ou formulação convectiva). No pri-
meiro a configuração inicial é tomada como a configuração de referência. No segundo
a configuração passada, configuração obtida no último passo temporal, é tomada como
configuração de referência. Neste estudo, a não ser que seja explicitado o contrário,
refere-se ao método T-ALE quando se menciona apenas ALE.
A qualidade dos mapeamentos mencionados é essencial para a eficácia e
estabilidade do algoritmo. No método T-ALE os três domínios são mutualmente inde-
pendentes, e grandes disparidades entre eles com a evolução do tempo. Isto pode
tornar difícil a definição de mapeamentos efetivos devido a grandes deformações.
Neste ponto o método U-ALE leva vantagem pois o mapeamento entre a configuração
de referência é igual a configuração do material do passo temporal anterior, restando
Capítulo 2. INTERAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA 21
trário dos métodos ALE, estes não enfrentam problemas de estabilidade numérica em
decorrência de deformações arbitrariamente grandes. Isto pois não há a preocupação
com o mapeamento para a configuração de referência ou qualquer outra configuração
(RICHTER; WICK, 2010).
Dt ρ − ρ∇ · v
∼ = 0. (2.5)
Um material incompressível pode ter seu balanço de massa (2.5) expresso de modo
simplificado:
∇·v∼ = 0. (2.6)
∼ = −p(ρ)I
T ∼ + λ(ρ)(tr(D(v
∼ )/2))I
∼ + µ(ρ)D(v
∼ ), (2.7)
∼ = −pI
T ∼ + µ(ρ)D(v
∼ ). (2.8)
∂ψ(B∼)
T
∼ (B
∼ ) = 2ρ B
∼. (2.11)
∂B∼
Um material isotrópico tem o tensor de tensões e a energia livre descritos em função
dos invariantes de B
∼ . Encontram-se então as seguintes representações:
∼ = −pI
T ∼ + s1 B
∼ + s−1 B
∼
−1
; (2.12)
∂ψ ∂ψ
s1 = 2ρ ; s−1 = −2ρ , (2.13)
∂IB ∂IIB
onde s1 e s2 são parâmetros constitutivos, IB e IIB são invariantes da matriz B
∼.
Assume-se neste modelo uma forma linear para a energia livre de Helmholtz.
Com isso pode-se obter os parâmetros s1 e s−1 a partir das equações (2.13). Estas
considerações levam ao modelo de Mooney-Rivlin, com s1 = 2ρα e s−1 = −2ρβ.
Assume-se adicionalmente que β = 0, e logo s−1 = 0. Obtém-se assim a equação
constitutiva de um material neo-hookeano incompressível:
∼ = −pI
T ∼ + s1 B
∼. (2.15)
F
∼
−1
= I∼ − ∇u
∼; (2.16)
B
∼
−1
= (F
∼F
T −1
∼ ) = (F
∼
−T −1
F
∼ ), (2.17)
∼ = −pI
T ∼ ) − ∇u
∼ + s1 (D(u
T
∼ ∇u∼ ). (2.19)
Capítulo 2. INTERAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA 24
Propõe-se a seguir uma formulação forte para análise do problema FSI, sob a
abordagem euleriana.
Sejam o intervalo I = (0, T ] ⊂ R e o mapeamento φ t∈I (βt , t) → β0 , isto
S
∼
:
é, φ (x, t) = φ
∼ ∼ ∼ ∈ β0 . Designa-se que ℵ
(ϕ(X , t), t) = X
∼ ∼ ∼ ∼ = ∇φ∼
=F ∼
−1
e J = det (ℵ ∼ ).
Assume-se que o domínio Ω ⊂ βt é subdividido nos subdomínios Ωf , domínio fluido
na configuração atual βt , e Ωs , domínio sólido na configuração atual βt , tais que:
Ωf ∩ Ωs = ∅;
(2.20)
Ωf ∪ Ωs = Ω.
Na sequência os subscritos (·)s e (·)f são usados para indicar elementos definidos nos
domínios sólido e fluido, respectivamente.
As fronteiras dos domínios sólido e fluido são, respectivamente, ∂Ωs e ∂Ωf . A
interface sólido-fluido, Γi , é definida por
∼ f em ΓD,f ; (2.23)
D
v
∼f = v
∼fn
T ∼ = g
∼f
N
em ΓN,f . (2.24)
v ∼ f,0 in Ωf em t = 0.
∼f = v (2.25)
As mesmas consideração são feitas para a fronteira do sólido, ∂Ωs . Deste modo tem-se
a sua divisão em três partes,
∼ s on ΓD,s ; (2.27)
D
u
∼s = u
T
∼ sn
∼ = g
∼s
N
on ΓN,s , (2.28)
e a condição inicial,
u ∼ s,0 in Ωs em t = 0.
∼s = u (2.29)
v ∼ s em Γi ;
∼f = v (2.30)
T
∼fn
∼f + T
∼ sn ∼ em Γi .
∼s = 0 (2.31)
A fronteira Γi tem n
∼ f = −n ∼ , logo reescreve-se (2.31) como
∼s = n
T
∼fn
∼ = T ∼ on Γi .
∼ sn (2.32)
∼f − ∇ · T
ρf Dt v ∼ f = ρf f
∼f
em Ωf ;
∼ f = 0 em Ωf ;
∇·v
∼ f on ΓD,f ;
D
v
∼f = v
T
∼fn
∼ = g
∼f
N
em ΓN,f ;
∼ f,0 em Ωf ;
∼ f |t=0 = v
v
∼s − ∇ · T
Jρs,0 Dt v ∼ s = Jρs,0 f
∼s
em Ωs ;
∂t u ∼ s · ∇u
∼s + v ∼s − v ∼ em Ωs ;
∼s = 0
(2.34)
∼ s em ΓD,s ;
D
u
∼s = u
T
∼ sn
∼ = g
∼s
N
em ΓN,s ;
∼ em Ωs ;
∼ s |t=0 = 0
u
∼ s,0 em Ωs ;
∼ s |t=0 = v
v
v ∼ s em Γi ;
∼f = v
T
∼fn
∼ = T ∼ em Γi .
∼ sn
Capítulo 2. INTERAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA 26
O sistema de equações obtido deve ser unificado, para isto é necessário deter-
minar se um ponto x ∼ ∈ Ω pertence ao domínio fluido ou sólido. O método IPS (do inglês
Initial point set), introduzido em Dunne e Rannacher (2006), propõe que se encontre a
posição inicial de um ponto qualquer x ∼ na malha original Ω0 .
w ∼ s em Ωs .
∼ = v (2.35)
A mesma ideia, contudo, não pode ser aplicada ao domínio fluido. Isto levaria a um
entrelaçamento devido ao movimento do fluido, além disto algumas das partículas
fluidas poderiam não estar presentes no domínio inicial (caso o problema tenha fluxo de
massa nas fronteiras). Por isto propõe-se que w
∼ no domínio fluido seja uma extensão do
campo de velocidades encontradas no domínio sólido, adicionalmente esta velocidade
é nula em todas as fronteiras. A extensão é feita a partir do problema laplaciano,
∆w
∼ = 0 em Ωf ;
w
∼ = v
∼s em Γi ; (2.36)
w
∼ = 0
∼ em ΓD ∪ ΓN .
Pode-se com isto generalizar a equação (2.33), de modo que ela passe a atender todo
o domínio,
∂t u
∼ +w∼ · ∇u
∼ −w∼ = 0∼ em Ω, (2.37)
∼ −v
χs (w ∼ ) − χf αw ∆w ∼ em Ω,
∼ = 0 (2.39)
onde αw é uma constante de valor pequeno. Com auxílio das funções características
Capítulo 2. INTERAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA 27
v
∼ =χs v
∼ s + χf v
∼f ;
u
∼ =χs u
∼ s + χf u
∼f ;
f
∼
=χs f
∼s
+ χf f
∼f
;
N N N
g
∼
=χs g
∼s
+ χf g
∼f
;
..
.
∼−∇·T
ρDt v ∼ = ρf
∼
em Ω; (2.40a)
χf ∇ · v
∼ = 0 em Ω; (2.40b)
∂t u ∼ · ∇u
∼ +w ∼ −w ∼ em Ω;
∼ = 0 (2.40c)
∼ −v
χs (w ∼ ) − χf αw ∆w ∼ em Ω;
∼ = 0 (2.40d)
T
∼n∼ = g
∼
N
em ΓN ; (2.40e)
v D
∼ em ΓD ;
∼ = v (2.40f)
w ∼ em ΓD ∪ ΓN ;
∼ = 0 (2.40g)
∼ |t=0 = 0
u ∼ em Ω; (2.40h)
∼ |t=0 = v
v ∼ 0 em Ω; (2.40i)
v ∼ s em Γi ;
∼f = v (2.40j)
T
∼fn
∼ = T ∼ em Γi .
∼ sn (2.40k)
2 1 2 2 n
Observação 2.1 As funções {v ∼ , p, u ∼ } são definidas em {H , H , H , H }, onde H
∼, w
é o espaço de Sobolev (ver apêndice A.1).
Capítulo 2. INTERAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA 28
H =: H 1 (Ω; R2 );
H0 =: {f ∈ H| f ∼ em ΓD };
=0
∼ ∼ (2.42)
HD =: {f
∼
∈ H| f
∼
=f
∼D ∼ em ΓD };
6≡ 0
L =: L2 (Ω).
(a∼, ∼
b)X := a
∼ :∼b dx.
X
Portanto tem-se
v v
(ρDt v
∼, ψ
∼ Ω
) − (∇ · T
∼, ψ
∼ Ω
) = (ρf , ψ v ) , ∀ψ
∼ ∼ Ω ∼
v
∈ HD ;
p p
(∇ · v
∼ , ψ )Ω = 0, ∀ψ ∈ L;
u u
(2.44)
(∂t u ∼ · ∇u
∼ +w ∼ −w
∼,ψ
∼ Ω
) = 0, ∀ψ
∼
∈ H0 ;
w w w
∼ −v
(χs (w ∼) , ψ
∼
)Ω + (χf αw ∆w
∼,ψ
∼
)Ω = 0, ∀ψ
∼
∈ H0 .
∗ ∗ ∗ ∗
Problema 2.2 Forma Fraca Ia - Determine (v ∼ , p, u
∼, w∼ ) ∈ (HD × L × H0 × H0 ), com
∼ |t=0 = v
v ∼ |t=0 = 0
∼0 e u ∼ tais que:
v v v N v v
(ρDt v
∼, ψ
∼
)Ω − (T
∼ , ∇ψ
∼
) Ω = (ρf ,
∼ ∼
ψ )Ω + g
∼
, ψ
∼ Γ
, ∀ψ
∼
∈ H0 ;
N
p p
(∇ · v
∼ , ψ )Ω = 0, ∀ψ ∈ L;
(2.46)
u u
(∂t u ∼ · ∇u
∼ +w ∼ −w
∼,ψ
∼ Ω
) = 0, ∀ψ
∼
∈ H0 ;
w w w
∼ −v
(χs (w ∼) , ψ
∼
)Ω + (χf αw ∇w
∼ , ∇ψ
∼
)Ω = 0, ∀ψ
∼
∈ H0 .
W0 =: H0 × L × H0 × H0 ; (2.49)
WD =: HD × L × H0 × H0 . (2.50)
v v
AI (U
∼,ψ
∼
) := (ρDt v
∼, ψ∼ Ω
) − (T
∼ , ∇ψ
∼ Ω
) − (ρf , ψv )
∼ ∼ Ω
N v p u
(2.51)
− g∼
, ψ
∼ Γ
+ (χf ∇ · v∼ , ψ )Ω + (∂t u ∼ · ∇u
∼ +w ∼ −w
∼,ψ
∼ Ω
)
N
w w
∼ −v
+ (χs (w ∼) , ψ
∼
)Ω + (χf αw ∇w
∼ , ∇ψ
∼
)Ω .
Capítulo 2. INTERAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA 30
∗
Problema 2.3 Forma Fraca Ib - Determine U ∼ ∈ WD , com U
∼ |t=0 = U
∼ 0 {v
∼ 0 , 0, u ∼}, tal
∼ 0, 0
que:
AI (U
∼ , ψ ) = 0, ∀ψ ∈ W0 .
(2.52)
∼ ∼
[M
∼ + θδtA
∼ ]u
∼
n+1
∼ − (1 − θ)δtA
= [M n
∼ + δtb
∼ ]u ∼
n+θ
, (2.54)
du
∼ (t)
=r
∼(t, u
n n+1
∼ (t)), t ∈ (t , t ). (2.55)
dt
Os métodos citados podem ser caracterizados por:
Euler Explícito: u
∼
n+1
=u n
∼ +r
n n
∼ )δt + O(δt) ;
∼(t , u
2
1
Crank-Nicolson: u
∼
n+1 n
∼ + [r
=u (tn , u n
∼ )+r ∼(t
n+1
,u n+1
)]δt + O(δt)3 ; (2.56)
2∼ ∼
Euler Implícito: u
∼
n+1
=u n
∼ +r∼(t
n+1
,u ∼
n+1
)δt + O(δt)2 ,
O sistema obtido é contudo não-linear, nestas situações uma opção é fazer uma
discretização implícita dos termos lineares e semi-explícita dos termos não-lineares
(BRENNER; SCOTT, 2008). Neste contexto descrevem-se as modificações feitas para
que o sistema obtido seja linear, o que torna o método computacionalmente menos
custoso.
As integrais são tomadas todas no domínio Ωn , ao invés de tomá-las no domínio
Ωn+1 . Com isto resta apenas um termo não-linear, (ρDt v∼, ψ
v
∼ Ω
) n+1 . Considera-se então
que
T
∼f
n+1
= −pn+1 I∼ + µD(v
∼
n+1
). (2.60)
u
∼
n+1
≈un
∼ + δt v
∼
n+1
, (2.61)
Capítulo 2. INTERAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA 32
e assim,
∼ s = −pI
T ∼ ) − ∇u
∼ + s1 (D(u
T
∼ ∇u
∼ ). (2.62)
Considera-se também que:
n+1 n+1 Tn+1 n n+1 n n T
D(u
∼ ) − ∇u
∼ ∇u
∼ ≈ D(u
∼ ) + δt D(v
∼ ) − ∇u
∼ ∇u
∼
T T T
(2.63)
n n+1 n+1 n 2 n+1 n+1
− δt ∇u
∼ ∇v
∼ − δt ∇v
∼ ∇u
∼ − δt ∇v
∼ ∇v
∼ ,
T
∼
n+1
= χf T
∼f
n+1
+ χs T
∼s
n+1
. (2.65)
n+1 n+1
Problema 2.4 Forma Fraca IIa - Encontre (v ∼ , p ) ∈ (HD , L), para n ∈ 0..(N − 1),
0 0
com v
∼ = v∼0 e u∼ = 0 ∼, tais que:
W0 =: H0 × L; (2.67)
WD =: HD × L. (2.68)
∼ ∈ WD , tal que U
Problema 2.5 Forma Fraca IIb - Determine U ∼ |t=0 = U
∼ 0 {v
∼ 0 , 0}:
AII (U
∼,ψ ∼, ∀ψ
)=0 ∈ W0 . (2.70)
∼ ∼
• Ωh =
S
K∈Th K.
Hh = {φ
∼
∈ C(Ωh ; R2 ); φ
∼
|K ∈ P2 (K) para cada K ∈ Th };
Lh = {φ ∈ C(Ωh ); φ |K ∈ P1 (K) para cada K ∈ Th };
∼ ∼ (2.71)
H0h = {φ
∼
∈ Hh ; φ
∼ ∼ em ΓD };
=0
HDh = {φ
∼
∈ Hh ; φ
∼
=φ
∼D ∼ em ΓD };
6≡ 0
n+1 n+1
∼ h , ph ) ∈ (HDh , Lh ), para n ∈ 0..(N −1),
Problema 2.6 Forma Fraca IIIa - Encontre (v
0
com v ∼ 0 , tais que:
∼h = v
n+1 p
= 0, ∀ψ p ∈ Lh ;
∇·v
∼h , ψ Ωn
h
∗
∼ h ∈ WDh , tal que U
Problema 2.7 Forma Fraca IIIb - Determine U ∼ h |t=0 = U
∼ 0 {v
∼ 0 , 0}:
AIII
h (U∼ h, ψ ∼, ∀ψ
)=0 ∈ W0h . (2.76)
∼ ∼
logo,
u n+1 n+1
∼ h (q )≈u n+1 n+1
∼ h (q )≈u n n
∼ h (q ) + v
n+1 n
∼ h (q ) δt. (2.78)
w ∼ em Γi ,
∼ = v
(2.79)
w ∼ em ΓD ∪ ΓN .
∼ = 0
∼ ∈ H0 tal que:
Problema 2.8 Forma Fraca - Velocidade de referência - Determine w
(2.80)
n+1 n+1
w n+1 w
w
χs w
∼h −v
∼h ,ψ
∼ Ω
+ χf α w ∇w
∼ h , ∇ψ
∼ Ω
= 0, ∀ψ
∼
∈ H0 ,
Uma vez que este problema seja também resolvido podem-se determinar as
posições dos vértices em tn+1 , deslocando-se os vértices no fluido em w n+1 n+1
∼ h (q ).δt.
Com os vértices tanto no sólido quanto no fluido atualizados, fica definida a nova
Capítulo 2. INTERAÇÃO FLUIDO-ESTRUTURA 36
• Leis de balanço:
• Propriedades Constitutivas:
• Malha Conforme;
• Discretização espacial:
3 ESTIMATIVA DE ERRO
a(u
∼, ψ
∼
) = f (ψ
∼
), ∀ψ
∼
∈ V, (3.1)
ku
∼ −u
α
∼ h kX ≤ ch ku
∼ kX (3.3)
Uma função da forma ε(h, u∼ h , f ) pode ser classificada como uma estimativa de
erro a posteriori quando se consegue estabelecer uma relação da forma:
ku
∼ −u
∼ h kX ≤ ε(h, u
∼ h , f ). (3.4)
(3.6)
p
kukE = a(u, u).
|a(u
∼, ψ
∼
)| ≤ ku
∼ kE kψ k
∼ E
∀u
∼, ψ
∼
∈ W. (3.7)
Para um w
∼ ∈ Wh qualquer, tem-se:
2
ku
∼ −u
∼ h kE = a(u
∼ −u ∼ −u
∼ h, u ∼ h)
∼ −u
= a(u ∼ −w
∼ h, u ∼ −u
∼ ) + a(u ∼ −u
∼ h, w ∼ h)
(3.8)
∼ −u
= a(u ∼ −w
∼ h, u ∼ );
2
∴ ku
∼ −u
∼ h k ≤ ku
∼ −u
∼ h kE ku
∼ −w
∼ kE ,
onde utiliza-se a ortogonalidade de Galerkin, ver anexo A.4, para concluir que a(u ∼ −
u ∼ −u
∼ h, w ∼ h ) = 0. Daqui em diante adota-se a notação e ∼ −u
∼h = u ∼ h por simplicidade.
Pode-se assumir um ínfimo do lado direito da desigualdade, obtendo-se
ke
∼h k ≤ inf {ku
∼ −w
∼ kE : w
∼ ∈ Wh }. (3.9)
Já que u
∼ h ∈ W , tem-se
inf {ku
∼ −w
∼ kE : w
∼ ∈ Wh } ≤ ke
∼ h kE , (3.10)
só a igualdade atende ambas equações anteriores, logo,
ke
∼h kE = inf {ku
∼ −w
∼ kE : w
∼ ∈ Wh }. (3.11)
sabendo que existe um elemento u ∼ s para o qual o ínfimo é alcançado, assim escreve-
se:
ke∼h kE = min{ku ∼ −w ∼ kE : w
∼ ∈ Wh }. (3.12)
O erro sob esta norma apresenta um valor consideravelmente menor do que o obtido
com a norma de energia (BRENNER; SCOTT, 2008).
Os métodos discutidos até aqui tem por objetivo minimizar uma norma k·kX do
erro, ou seja, minimizar ke
∼kX = ku∼ − u ∼ h k. Contudo, é mais interessante em muitos
casos minimizar um funcional J(e ∼h ). O processo de refinamento com base em um
estimador deste tipo é conhecido na literatura como goal oriented (DUNNE, 2006).
Um problema dual é muitas vezes empregado como ferramenta para obtenção
de um estimador relacionado a um funcional. Faz-se a seguir um breve introdução ao
método, baseada nos conceitos apresentados em Bangerth e Rannacher (2003).
Considera-se, por simplicidade, uma matriz A
∼ ∈ R
n,n
e um vetor f
∼
∈ Rn . Os
vetores u
∼ e u
∼ h são, respectivamente, a solução exata e a solução aproximada do
problema em questão, descrito pelo sistema linear
A
∼u∼ = f
∼
, (3.14)
r
∼ = f
∼
−A
∼u∼h = A
∼u∼ −A
∼u∼h = A
∼e∼h (3.15)
∼ ) = hJ
J(x (x), xi
∼ ∼ ∼
∀x n
∼ ∈ R , (3.16)
he
∼h , J ∼h ) = hr
(e )i = J(e
∼ ∼h ∼ i = hA
∼, z ∼e ∼ i = he
∼h , z ∼h , A
T
∼ z ∼ i, (3.18)
Capítulo 3. ESTIMATIVA DE ERRO 41
J (e ) = A
∼ ∼h
T
∼ z ∼. (3.19)
∼,ψ
A(U ∼
) = 0, ∀ψ
∼
∈ W 0, (3.20)
obtida a partir de (2.52) por uma discretização por diferenças finitas da variável tem-
poral e uma discretização pelo método de Galerkin do domínio espacial. Inicialmente,
trata-se o problema de forma geral, sem as aproximações feitas anteriormente durante
a discretização temporal, assim obtém-se um sistema não-linear para cada passo
temporal. A resolução deste sistema pode se fazer através do método de Newton,
no qual sistemas lineares, obtidos pela linearização do problema original, são subse-
quentemente resolvidos até que se obtenha um resultado satisfatório para o passo
temporal. Com este objetivo podem-se estabelecer as derivadas direcionais (derivada
de Gâteaux) de A(U ∼,ψ∼
)
d
A0 (U (3.21)
, ψ
∼ ∼ ∼ ; Φ ) = A(U + Φ )(ψ )
d ∼ ∼ ∼
=0
C
∼1 = v
∼; ∼ 2 = ∇v
C ∼; C
∼3 = u
∼; ∼ 4 = ∇u
C ∼;
−1
C
∼5 = w
∼; C ∼−C
∼6 = I ∼ 4; C
∼7 = C
∼6 ; C8 = det(C
∼ 6 );
C
∼9 = C
∼ 7C
T
∼7; ∼ 10 = −pI
C ∼ + ρf µ(C
∼2 + C
T
∼2) = T
∼f C
∼ 11 = T
∼ s;
(3.22)
C12 = χf ; C13 = χs ; C
∼ 14 = C12 C
∼ 10 + C13 C
∼ 11 ;
C
∼ 15 = C
∼ 2C
∼ 1; C16 = ∇ · C
∼ 1; ∼ 17 = ∇w
C ∼;
−1
Observação 3.1 No referencial euleriano tem-se que F
∼ = I∼ − ∇u
∼.
v v
∼,ψ
A(U ∼
) = ((ρf C12 + ρs,0 C13 C8 ) ∂t C
∼ 1, ψ
∼ Ω
) − ((ρf C12 + ρs,0 C13 C8 ) C
∼ 15 , ψ
∼ Ω
)
v
− (C12 C ∼ 11 , ∇ψ
∼ 10 + C13 C ∼ Ω
) − ((ρf C12 + ρs,0 C13 C8 ) f , ψv )
∼ ∼ Ω
N v u
(3.24)
+ (C12 C16 , ψ p )Ω + (∂t C
− g∼
, ψ∼ Γ ∼3 + C
∼ 4C
∼ 5, ψ
∼ Ω
)
N
w w
∼5 − C
+ (C13 (C ∼ 1 ), ψ
∼ ∼ 14 , ∇ψ
)Ω + (C12 αw C ∼
)Ω .
u
Definição 3.1 A derivada direcional (derivada de Gâteaux) de Ci em U
∼ na direção Φ∼
é definida por
d
0
(3.25)
u
u u 0
Ci (u
∼; Φ
∼ ) = Ci (u
∼ + Φ ) ∼ ∈ H .
, Φ
d =0
u
Lema 3.1 A derivada direcional de C8 em U
∼ na direção Φ
∼ é dada por
C80 (u u u u u
∼ ) =(−∂1 Φ1 )(1 − ∂2 Φ2 ) − ∂2 Φ1 ∂1 u2
∼, Φ
(3.26)
+ (1 − ∂1 u1 )(−∂2 Φu2 ) − ∂2 u1 ∂1 Φu2 .
Prova: " #
u 1 − ∂1 (u1 + Φu1 ) ∂2 (u1 + Φu1 )
C8 (u
∼ + Φ
∼ ) = det
∂1 (u2 + Φu2 ) 1 − ∂2 (u2 + Φu2 )
=1 − ∂1 (u1 + Φu1 )(1 − ∂2 (u2 + Φu2 )
(3.27)
− ∂2 (u1 + Φu1 )∂1 (u2 + Φu2 );
∴ C80 (u u u u u
∼ ) =(−∂1 Φ1 )(1 − ∂2 Φ2 ) + (1 − ∂1 u1 )(−∂2 Φ2 )
∼ + Φ
− ∂2 u1 ∂1 Φu2 − ∂2 Φu1 ∂1 u2
Capítulo 3. ESTIMATIVA DE ERRO 43
u
Lema 3.2 A derivada direcional de C
∼ 7 em U
∼ na direção Φ
∼ é dada por
C70 (u
∼, Φ
u
∼ ) = −C
∼ 7C
0
∼ 6 (u
∼ )(Φ
u
∼ )C
∼ 7; (3.28)
0 u 0 u
C
∼ 7 (u
∼, Φ ∼ 6 = −C
∼ )C ∼ 7C
∼ 6 (u
∼, Φ
∼ );
(3.29)
0 u 0 u −1
C
∼ 7 (u ∼ ) = −C
∼, Φ ∼ 7C
∼ 6 (u
∼, Φ
∼ )C∼6
Definição 3.2 Seja n̂∼ x o vetor unitário normal à fronteira de X, apontando para fora, e
− −
sejam gf e gs , os traços de g na interface Γi , dado por
gf− = lim gf (x
∼ − n̂
∼ x );
%0
(3.30)
gf+ ∼ − n̂
= lim gf (x ∼ x ),
&0
u
Lema 3.3 A derivada direcional de C12 e C13 em U ∼ , para g ∈ L(Ω) ∩
∼ na direção Φ
H(Ωf ) ∩ H(Ωs ), são
0 u u
C12 (u
∼, Φ∼ )g = −n̂ ∼f · Φ∼ δf g;
(3.32)
0 u u
C13 (u ,
∼ ∼ Φ )g = −n̂
∼ s · Φ
∼ δs g.
a partir do qual obtém-se a equação desejada para o fluido pela definição 3.2, um
procedimento análogo para o domínio sólido completa a prova
Capítulo 3. ESTIMATIVA DE ERRO 44
u
Lema 3.4 As derivadas direcionais de Ci , para i = 1, 2, 3, ..., 17 em U
∼ na direção Φ
∼
são
0 0 0 u 0 u
C
∼1 = 0
∼; C
∼2 = 0
∼; C
∼3 = Φ
∼ ; ∼ 4 = ∇Φ
C ∼ ;
0 0 0 0 0 −1
C
∼5 = 0
∼; ∼ 6 = −C
C ∼ 4; ∼ 7 = −C
C ∼ 7C
∼ 6C∼6 ;
Prova: A derivada de C7 vem do Lema 3.2, C8 vem do Lema 3.1 e ambas C12 e C13 vêm
do Lema 3.3. As demais derivadas são obtidas diretamente pela definição de derivada
direcional
v
Lema 3.5 As derivadas direcionais de Ci , para i = 1, 2, 3, ..., 17, em U
∼ e na direção Φ
∼
são
0 v 0 v 0
∼1 = Φ
C ∼ ; ∼ 2 = ∇Φ
C ∼ ; ∼ 14 = C12 C
C ∼ 10 ;
(3.35)
0 0 0 0
C
∼ 15 = C
∼ 2C∼1 + C
∼ 2C
∼ 1; C16 = ∇ · C10 ,
p
Lema 3.6 As derivadas direcionais de Ci , para i = 1, 2, 3, ..., 17, em U
∼ e na direção Φ
são
C 0 p
∼ 10 = −Φ I∼;
0 p
∼ 11 = −Φ I
C ∼; C 0
∼ 14 = C12 C
0
∼ 10 + C12 C
0
∼ 11 , (3.36)
w
Lema 3.7 As derivadas direcionais de Ci , para i = 1, 2, 3, ..., 17, em U
∼ e na direção Φ
∼
são
C 0
∼ 5 = −Φ
w
∼ ;
0
∼ 17 = ∇Φ
C ∼ .
w
(3.37)
N
Lema 3.8 Supondo, por simplicidade, que g
∼ ∼, as derivadas direcionais de A em
=0
u v w p
∼ nas direções Φ
U ∼ ,Φ ∼ e Φ são:
∼ ,Φ
0 0
A0 (U
∼,ψ ; Φv ) = (ρf C12 ∂t C
∼ ∼ ∼ 1 (U
∼;Φ
v
∼ ), ψ
v
∼ Ω
) + (ρf C12 C
∼ 15 (U
∼;Φ
v
∼ ), ψ
v
∼ Ω
)
0 v v 0 v p
+ (C12 C10 (U ∼ ), ∇ψ
∼;Φ ∼ Ω
) + (C12 C16 (U
∼;Φ
∼ ), ψ )Ω
0 v u 0 v p w
+ (C13 C
∼ 1 (U
∼;Φ
∼ ), ψ
∼ Ω
) + (C12 C16 (U ∼ ), ψ )Ω − (C13 C
∼;Φ ∼ 1, ψ
∼
)Ω ;
−
A0 (U ; Φu ) = − ρf n̂ u v u − v
∼,ψ
∼ ∼ ∼f · Φ
∼ (∂t C
∼ 1 )f , ψ
∼ Ω
− ρ s,0 n̂
∼ s · Φ∼ (C 8 )s ∂t C
∼ 1 , ψ
∼ Ω
0 u v u − v
+ (ρs,0 C13 C8 (U∼;Φ
∼ )∂t C ∼ 1, ψ
∼
)Ω − ρ f n̂
∼ f ·Φ ∼ (C∼ 15 )f , ψ Ω
∼
u v u − v
− (ρs,0 n̂
∼s · Φ
∼ C8 C∼ 15 , ψ
∼ Ω
) + ρf n̂ ∼f · Φ ∼ (f ) ,ψ
∼ f ∼ Ω
∼s · Φ
+ (ρs,0 n̂ u
∼ C8 f , ψ v ) − (ρs,0 C13 C80 (U
∼ ∼ Ω ∼;Φ
u
∼ )f , ψv )
∼ ∼ Ω
u − p 0 u u
− n̂
∼f · Φ ∼ (C16 )f , ψ Ω + (C ∼ 4 (U∼;Φ
∼ )C ∼5 − C ∼ 5, ψ
∼ Ω
)
u − w u − u
− n̂
∼s · Φ ∼ (C∼5 − C ∼ 1 )s , ψ
∼ Ω
− α w n̂
∼ fΦ
∼ (C
∼ 4 )f , ∇ψ Ω
∼
0 u w u v
+ (αw C12 C
∼ 4 (U ∼ ), ∇ψ
∼;Φ ∼
)Ω − (n̂
∼f Φ
∼ C ∼ 10 , ∇ψ
∼ Ω
)
u v 0 u v
− (n̂
∼s · Φ
∼ C ∼ 11 , ∇ψ
∼ Ω
) + (C13 C
∼ 11 (U ∼ ), ∇ψ
∼;Φ ∼ Ω
) ;
0 0
A0 (U
∼,ψ
∼
; Φp ) = (C12 C
∼ 10 (U
p
∼ ; Φ ), ∇ψ
v
∼ Ω
) + (C13 C
∼ 11 (U
p
∼ ; Φ ), ∇ψ
v
∼ Ω
) ;
0 0 0
A0 (U
∼,ψ ; Φw ) = (C
∼ ∼ ∼ 4C
∼ 1 (U
∼;Φ
w
∼ )−C
∼ 5 (U
∼;Φ
w
∼ ), ψ
u
∼ Ω
) + (C13 C
∼ 1 (U
∼;Φ
w
∼ ), ψ
u
∼ Ω
) .
(3.38)
D
∼ ∈ {X + U
Problema 3.1 - Encontre U ∼ } tal que
∼,ψ
A(U ∼ ∼, ∀ψ
)=0 ∼
∈ X, (3.39)
D
∼ h ∈ {Xh + U
Problema 3.2 - Encontre U ∼ h } tal que
∼ h, ψ
A(U ∼ ∼, ∀ψ
)=0 ∼
∈ Xh , (3.40)
L (U
∼,Z ∼ ) − A(U
∼ ) = J(U ∼,Z
∼ ). (3.41)
A derivada de (3.41) em Z
∼ na direção ψ
∼
resulta no problema primal:
L 0 (U
∼,Z
∼;ψ
∼
) = −A(U
∼,ψ
∼
) = 0, ∀ψ
∼
∈ X. (3.42)
A derivada de (3.41) em U
∼ na direção Φ
∼ , que resulta no problema dual:
L 0 (U
∼,Z
∼;Φ
0
∼ ) = J (U
∼;Φ
0
∼ ) − A (U
∼,Z ∼ ) = 0, ∀Φ
∼;Φ ∼ ∈ X. (3.43)
J(U ∼ h ) = L (U
∼ ) − J(U ∼ ) − L (U
∼,Z ∼ h, Z
∼ h ). (3.44)
Proposição 3.1 Seja um funcional L(·), definido em X , três vezes Gâteaux diferenciá-
vel e com ponto estacionário x ∈ X , então
L0 (x, ψ) = 0, ∀ψ ∈ X . (3.45)
1 1 000
Z
Rh = L (xh − se; e, e, e)s(s − 1) ds. (3.48)
2 0
Capítulo 3. ESTIMATIVA DE ERRO 47
assim obtém-se
1 1
L(x) − L(xh ) = L0 (xh ; e ± ψh ) + L0 (xh + e; e) + Rh , (3.51)
2 2
nota-se que L0 (x, e) = 0 e L0 (xh ; ψh ) = 0, logo
1
L(x) − L(xh ) = L0 (xh ; e − ψh ) + Rh , ∀ψh ∈ Xh (3.52)
2
∼ h , ·) = − A(U
%(U ∼ h , ·);
(3.54)
%∗ (U
∼ h, Z
0
∼ h , ·) =J (U
0
∼ h ; ·) − A (U ∼ h ; ·).
∼ h, Z
1 1 000
Z
000
Rh = R̃h s(s − 1) ds, (3.55)
2 0
onde
∗
R̃000 000
h =J (U ∼ h + sE
∼;E
∼,E
∼,E
000
∼ ) − A (U ∼ h + sE
∼,Z
∼ h + sE
∼ ;E∼,E
∼,E
∼)
(3.56)
∗
− 3A00 (U
∼ h + sE
∼,E
∼ ;E∼,E
∼ ).
Y = X × X ; Yh = Xh × Xh ⊂ Y, (3.57)
L0 (xh ; x − yh ) =L 0 (U
∼ h, Z ∼ −ψ
∼ h; Z ∼
) + L 0 (U
∼ h, Z ∼ −Φ
∼ h; U ∼ h)
= − A(U ∼ −ψ
∼ h, Z ) + J 0 (U ∼ −Φ
∼ h; U
0
∼ ) − A (U
∼ h, Z ∼h −Φ
∼ h; U ∼ h)
(3.59)
∼h
=%(U ∼ −ψ
∼ h, Z ∼h
) + %∗ (U
∼ h, Z ∼ −Φ
∼ h, U ∼ h ).
∗
L000 (xh + se; e, e, e) =J 000 (U
∼ h + sE
∼;E
∼,E
∼,E
000
∼ ) − A (U ∼ h + sE
∼,Z
∼ h + sE
∼ ;E∼,E
∼,E
∼ )−
∗
− 3A00 (U
∼ h + sE
∼,E
∼ ;E∼,E
000
∼ ) = Rh
(3.60)
Algumas aproximações são necessárias para a obtenção de uma forma aplicá-
vel do erro proposto neste lema:
• R000
h é desprezado;
• Os termos U∼ −Φ ∼h e Z
∼ −ψ
∼h
são aproximados, respectivamente, por IZh
00
∼h−U
U ∼h
e IZh Z
00
∼ h , de modo que
∼h − Z
∼ ) − J(U
J(U ∼ h ) ≈ Ĕ(U
∼ h, Z
∼ h ), (3.61)
onde
1 1 ∗
Ĕ(U
∼ h, Z
∼ h ) := %(U
00
∼h − Z
∼ h , IZh Z ∼ h ) + % (U
∼ h, Z
00
∼h −U
∼ h , IZh U ∼ h ), (3.62)
2 2
e IZh
00
é um interpolante de ordem 2.
Não há, contudo, um meio semelhante pelo qual se possa avaliar a solução
discreta para o problema dual. Isto se deve ao comportamento do deslocamento u ∼
na derivada de Gâteaux. No formalismo euleriano isto se manifesta pela presença de
integrais de Dirac nas fronteiras, que surgem das derivadas de forma, sendo particu-
larmente notáveis nesta descrição devido à dependência das variáveis em relação às
fronteiras. Observa-se que, de modo geral, este problema está presente na aborda-
gem de qualquer problema não-linear, já que as derivadas de Gâteaux dependem da
solução primal e são usualmente aproximadas pela solução primal discreta.
Considera-se que a interface discretizada é semelhante à interface atual, ou
seja, Γih ≈ Γi . Formula-se então o problema dual com Γih como uma interface fixa.
Considerações deste tipo foram feitas com êxito em problemas semelhantes, como
problemas de elastoplasticidade.
min %∗ (U
∼ h, Z ∼ − ϕh ) = ϕ
∼ h, U min %(U ∼ −ϕ
∼ h, Z ∼h
) + ∆%;
ϕ ∈Xh ∈Xh
∼ Z 1 ∼
(3.64)
∗
∆% = [A00 (U
∼ h + sE
∼,Z∼ h + sE∼ ;E∼,E
00
∼ ) − J (U∼ h + sE
∼;E
∼,E
∼ )] ds.
0
∼ ) − J(U
J(U ∼ h) = ϕ
min %(U ∼ −ϕ
∼ h, Z ∼
) + R00h , (3.65)
∈Xh
∼
R00 = [A00 (U
∼ h + sE
∼,Z
∼ h + sE
∗
∼ ;E∼,E
00
∼ ) − J (U∼ h + sE
∼;E
∼,E
∼ )] ds. (3.66)
Capítulo 3. ESTIMATIVA DE ERRO 50
Prova: Seja
g(s) = J 0 (u
∼ + sE ∼ −ϕ
∼ )(U ∼h
) − A0 (U
∼ h + sE
∗
∼ ,U∼ −ϕ ; Z h − sE
∼h ∼
∗
∼ ), (3.67)
assim tem-se
g(1) = J 0 (U ∼ −ϕ
∼;U ∼h
) − A0 (U ∼ −ϕ
∼,U ; Z ),
∼h ∼
(3.68)
obtida pela definição de Z
∼ . Logo
∗
g 0 (s) =J 00 (U
∼ h + sE
∼;E ∼ −ϕ
∼,u ∼h
) − A00 (U
∼ h + sE ∼ −ϕ
∼,U ; E , Z h + sE
∼h ∼ ∼ ∼ )
(3.69)
− A0 (U
∼ h + sE ∼ −ϕ
∼,U ; E ∗ ).
∼h ∼
Portanto obtém-se
Z 1 Z 1
0 ∗ ∗
A00 (U
g (s) ds = % (U
∼ h, Z ∼ −ϕ
∼ h, U ∼h
)= ∼ h + sE∼,U∼ −ϕ ; E , Z h + sE
∼h ∼ ∼ ∼ )
0 0
Z 1 (3.70)
−J 00 (U A0 (U ; E ∗ ) ds,
∼ h + sE
∼;E ∼ −ϕ
∼,U ∼h
) ds + ∼ h + sE
∼,U ∼ −ϕ ∼h ∼
0
então,
Z 1 Z 1
0 ∗ ∗
A00 (U
A (U∼ h + sE ∼ −ϕ
∼,U ; E ) ds =
∼h ∼ ∼ h + sE
∼,U∼ −ϕ ; E , Z h + sE
∼h ∼ ∼ ∼ )
0 0 (3.71)
00 ∗
− J (U∼ h + sE ∼;E∼,U∼ −ϕ
∼h
) ds + %(U ∼,E∼ ).
∼ −ϕ
Z ∼h
com um valor qualquer U ∼ h ∈ Xh . Integrando-se por partes
Z 1
00
R =− [A0 (U
∼ h + sE∼,Z ∼;E
0
∼ ) − J (U
∼ h + sE
∼;E
∼ )] ds
0 (3.72)
0 0
+ A (U∼,Z ∼;E∼ ) − J (U∼;E∼ ).
Pela definição de Z
∼ tem-se que A (U
0
∼,Z
∼;E
0
∼ ) − J (U ∼ ) = 0. Então
∼;E
1 1
∼ ) − J(U
J(U ∼ h) = min %(U ∼ −ϕ
∼ h, Z h) + min %∗ (U
∼ h, Z ∼ −ϕ
∼ h, U h) + R
00
ϕ
2 ∼h h
∈X ∼ ϕ
2 ∼h h
∈X ∼
(3.73)
00
= min %(U
ϕ ∈Xh ∼ −ϕ
∼ h, Z ∼h
)+R
∼h
∼ ) − J(U
J(U ∼ h ) = ϕmin %(U ∼ −ϕ
∼ h, Z ∼h
), (3.74)
∈Xh
∼h
onde Z
∼ é definido pelo problema adjunto
Z 1 Z 1
0
A (U
∼ h + sE
∼,Z
∼;ϕ
∼
) ds = J 0 (U
∼ h + sE
∼;ϕ
∼
) ds, ∀ϕ
∼
∈ X. (3.75)
0 0
∼,ϕ
A(U ∼
) − A(U
∼ h, ϕ
∼
)= A0 (U
∼ h + sE
∼,ϕ ; E ) ds = A0 (U
∼ ∼ ∼U∼ h )(E
∼ ), (3.77)
0
Z 1 Z 1
0
∼ h − sE
A (U ∼,Z
∼;ϕ ) ds = J 0 (U
∼ h + sE
∼;ϕ ) ds;
0
∼
0
∼
(3.78)
0 0
∴ A (U
∼U∼ h, Z
∼;E
∼ ) = J (U
∼U∼ h; E
∼ ),
∼ ) − J(U
J(U 0
∼ h ) = A (U
∼U∼ h, Z
∼;E
∼ ) = A(U ∼ ) − A(U
∼,Z ∼ h, Z
∼ ). (3.79)
∼ ) − J(U
J(U ∼ h ) =A(U ∼ −ϕ
∼,Z ∼h
) − A(U ∼ −ϕ
∼ h, Z ∼h
)=
(3.80)
∼ −ϕ
=F (Z ∼h
) − A(U ∼ −ϕ
∼ h, Z ∼h
), ϕ
∼
∈ Xh
A(U ∗
∼ ,ϕ∼
) = A(Ŭ
∼,ϕ∼
) ∀ϕ
∼
∈ X, (3.82)
Capítulo 3. ESTIMATIVA DE ERRO 52
e tem-se
A0 (Ŭ
∼ Ŭ
∼ h, Z
∗
∼ ;ϕ∼
) = J 0 (Ŭ
∼ Ŭ
∼ h, ϕ
∼
) ∀ϕ
∼
∈ X. (3.83)
A0 (U
∼U∼ h, Z
∼ h; ϕ
∼h
) = J 0 (U
∼U∼ h, ϕ
∼
), ∀ϕ
∼h
∈ Xh , (3.84)
com Z
∼ h ∈ Xh . A seguir emprega-se o lema 3.9 e obtém-se
1 1 ∗
∼ ) − J(U
J(U ∼ h ) = %̃(U ∼ −ϕ
∼ h, Z ) + %̃ (U ∼ −ϕ
∼ h, U , Z h ),
∼ ∼
(3.85)
2 ∼ 2
já que não há termos residuais devido à linearidade de L˜. Devido às considerações
acima tem-se ρ̃(U
∼ h, ϕ
∼
) = ρ(U
∼ h, ϕ
∼
) e ρ̃∗ (U
∼ h, U
∼ h; Z
∼ h ) = J(U ∼ h ), e assim obtém-se
∼ )−J(U
o resultado desejado.
Esta última proposição não pode ser diretamente aplicada, isto pois é formu-
lada com o problema adjunto que por sua vez depende da solução desconhecida u ∼.
Contudo, com o objetivo de mensurar o efeito da não-linearidade pode-se resolver o
problema adjunto (3.78) através de uma variável Ŭ
∼ h , obtida através de X̆h ⊂ X , que é
um espaço enriquecido em relação a Xh , ou seja
A0 (Ŭ
∼U ∼ h, Z
∼;ϕ
∼
) = J 0 (Ŭ
∼U ∼ h; ϕ
∼
), ∀ϕ
∼
∈ X. (3.86)
A0 (U
∼ h, Z
∼;ϕ
∼
) = J(U
∼ h, ϕ
∼
), ∀ϕ
∼
∈ X, (3.87)
A0 (Ŭ
∼U ∼ h, Z
∼;ϕ
∼
) = J 0 (Ŭ
∼U ∼ h, ϕ
∼
), ∀ϕ
∼
∈ X. (3.88)
∼ h, ϕ
A(U ∼h
) = F (ϕ
∼h
), ∀ϕ
∼h
∈ Xh , (3.89)
∼ ) − J(U
J(U ∼ h ) = ϕmin %(U ∼ −ϕ
∼ h, Z ∼h
) + R, (3.90)
∈Xh
∼h
Capítulo 3. ESTIMATIVA DE ERRO 53
onde a notação U
∼ Ŭ
∼ hU∼ h faz referência a um "triângulo" no espaço X determinado
pelas combinações lineares de {U∼ , Ŭ ∼ h }.
∼ h, U
Observação 3.4 O termo residual R é nulo já que A(·, ·) e J(·) são lineares.
Prova: Seja Ĕ
∼ h = Ŭ∼h −U ∼ h . Então tem-se
Z 1h i
∼ ) − J(U
J(U 0
∼ h ) = J (Ŭ
∼U ∼ h; E∼) +
0
J (U
∼ h + sE
∼;E
0
∼ ) − J (U
∼ h + sĔ
∼ h; E
∼ ) ds, (3.92)
0
e
0
A(U ∼ ) − A(U
∼,Z ∼ h, Z
∼ ) =A (Ŭ
∼ hU
∼ h, Z
∼;E ∼)
Z 1h i (3.93)
+ A0 (U
∼ h + sE , Z
∼ ∼ ∼ ; E ) − A0
(U
∼ h − s Ĕ
∼ h , Z ;
∼ ∼ E ) ds.
0
Toma-se ϕ
∼
=E∼ no problema adjunto e juntamente com as equações anteriores obtém-
se
∼ ) − J(U
J(U ∼ h ) = A(U ∼ ) − A(U
∼,Z ∼ ) + R(U
∼ h, Z ∼ Ŭ
∼ hU
∼ h ; Ĕ
∼,E∼,Z
∼ ), (3.94)
com R dado por
Z 1
h i
R := J 0 (U
∼ h + sE , Z
∼ ∼ ∼ ; E ) − J 0
(U
∼ h + s Ĕ
∼ h ; E
∼ ) ds
0
Z 1h i (3.95)
− A0 (U
∼h + sE , Z
∼ ∼ ∼ ; E ) − A 0
(U∼h + s Ĕ ,
∼h ∼ ∼Z ; E ) ds.
0
U
∼ h + sĔ ∼ = (1 − s)U
∼ h + stĔ ∼ + s(1 − t)Ŭ
∼ h + tsU ∼h (3.97)
1
(3.98)
00 00
|R| ≤ max J (ξ; Ĕ , E ) − A (ξ , Z
∼ ∼ ∼ .
; Ĕ , E )
∼ ∼
2 ξ ∈U U
˘ ∼
hU h
∼ ∼ ∼ ∼
Capítulo 3. ESTIMATIVA DE ERRO 54
∼ ) − J(U
J(U ∼ h ) = %(U ∼ −ϕ
∼ h, Z ∼h
) + R, (3.99)
para um ϕ ∼h
∈ Xh qualquer. Conclui-se então que o termo do resto R é nulo quando
A(·, ·) e J(·) são lineares
Obtém-se, das proposições (3.2) e (3.4),
∼ ) − J(U
J(U ∼ h ) ≈ %(U ∼ −ϕ
∼ h, Z ∼h
) = A(U ∼ −ϕ
∼ h, Z ∼h
). (3.100)
∼,ϕ
A(U ∼h
) − A(U
∼ h, ϕ
∼h
) = 0, ∀ϕ
∼h
∈ Xh , (3.101)
e, com a condição que o operador A(·, ·) seja linear, a sua coercividade (ver definição
no Apêndice A.5) garante que
ka
∼−∼
bkE ≤ cm sup |A(a ∼ ) − A(b
∼, Z ∼ )|, ∀a
∼, Z b ∈ X,
∼, ∼ (3.102)
Z∈X ,kZk=1
˜ ˜
ke
∼h kE ≤ cm sup |A(U ∼ ) − A(U
∼,Z ∼ h, Z
∼ )| = cm sup |J(U
∼ ) − J(U
∼ h )|. (3.103)
Z∈X ,kZk=1 Z∈X ,kZk=1
˜ ˜ ˜ ˜
ke
∼ h k E ≤ cm sup | min %(U ∼ −ϕ
∼ h, Z ∼h
)| ≤ cm sup |%(U ∼ −ϕ
∼ h, Z ∼h
)|. (3.104)
Z∈X ,kZk=1 ϕ
∼h
∈Xh Z∈X ,kZk=1
˜ ˜ ˜ ˜
∇·()
(H 1 (K))2 L2 (K)
Πx Px
∇·()
RT x (K) Px (K) 0
(∇p, ψ v
∼ Ωf
) + ρf (∂v
∼ /∂t, ψ
v
∼ Ωf
) + µ (∆v
∼, ψ
v
∼ Ωf
) + ρf ((∇v
∼ )v
∼, ψ
v
∼ Ωf
) = 0, (3.107)
assim,
v v v
(pψ ∼ )∂Ωf − (p, ∇ · ψ
, n̂ ∼ Ωf
) + ρf (∂v
∼ /∂t, ψ
∼ Ωf
)
∼
(3.108)
v v v
+µ ((∇v
∼ )ψ
∼
, n̂ ∼ , ∇ψ
∼ )∂Ωf + µ (∇v ∼ Ωf
) + ρf ((∇v
∼ )v
∼, ψ
∼ Ωf
) =0,
logo,
v v v v
ρf (∂v
∼ /∂t, ψ
∼ Ωf
) + ρf ((∇v
∼ )v
∼, ψ
∼ Ωf ∼ , ∇ψ
) + µ (∇v ∼ Ωf
) = 0, ∀ψ ∈ V;
∼
(3.109)
v v v
∴ ρf (Dt v
∼ /∂t, ψ
∼ Ωf ∼ , ∇ψ
) + µ (∇v ∼ Ωf
) = 0, ∀ψ
∼
∈ V,
onde v
∼ ∈ V e p ∈ H.
Logo,
v v v
ρf (∂v
∼ h /∂t, ψ
∼ K
) ≤ − µ (∇v
∼ , ∇ψ
∼ K
) + |µ (∇v
∼ , ∇ψ
∼ K
) |;
v v
(3.112)
∴ ρf (∂v
∼ h /∂t, ψ
∼ K
) ≤ 2|µ (∇v
∼ , ∇ψ
∼ K
) |.
Capítulo 3. ESTIMATIVA DE ERRO 56
|%K 0
1 | ≤ 3µC k∇v
0
∼ h kL2 (K) ≤ 3µC kv
∼ h kH 2 (K) . (3.114)
então,
0 00
|%K
1 | ≤2µC C k(∇vh )n̂
∼ kH 1/2 (ΓK ;
f )
X X
0 00
|%K
1 | ≤2µC C k(∇vh )n̂
∼ kH 1/2 (ΓK ) ;
K K
f (3.116)
X
∴ k%1 k ≤C1 k(∇vh )n̂
∼ kH 1/2 (ΓK ) , f
K
onde k%1 k = K
P
K |%1 |.
Retorna-se ao problema primal, para o qual pode-se mostrar que ∃ C̃1 , C̃2 > 0
tal que
w w
|%K
3 | =| (∂u
∼ h /∂t + (∇u ∼h − w
∼ h )w ∼,ψ
∼ ∼h − v
)K + (χs (w ∼ h ), ψ
∼
)K
w
+ (χf αw ∇w
∼ h, ψ )K | ≤ C̃1 |%K K
1 | + C̃2 |%2 |;
∼
(3.119)
∴ |%K
3 | ≤C̃1 C1 k(∇v ∼ kH 1/2 (ΓK ) + C̃2 C2 kT
∼ h )n̂ ∼ kH 1/2 (ΓK
∼ n̂ s )
;
f
∴ |%K
3 | ≤C3 k(∇v ∼ kH 1/2 (ΓK ) + C4 kT
∼ h )n̂ ∼ kH 1/2 (ΓK
∼ n̂ s )
,
f
ke
∼h kE ≤Cd sup |J(U
∼ ) − J(U
∼ h )|
Z∈X ,kZk=1
˜ ˜ (3.120)
≤Cd sup |%(U ∼ −ϕ
∼ h )(Z ∼h
)|.
Z∈X ,kZk=1
˜ ˜
A geração de uma malha adaptativa pode ser descrita pelo algoritmo (GUER-
MOND; ERN, 2004).
5. Caso contrário, gera-se uma nova malha. Atribui-se i=i+1 e volta-se ao passo 2.
A etapa 1, a geração de uma malha inicial, pode ser feita por diversos métodos,
sendo que os mais utilizados seguem o critério de Delaunay. Este critério estabelece
uma lógica para a interligação de uma série de pontos no domínio de modo a se formar
uma malha triangular. Para isso deve-se primeiramente gerar uma nuvem de pontos.
Os pontos nas fronteiras são normalmente determinados primeiro, em seguida um
método, como o de Voronoi, é empregado para a determinação da posição dos pontos
interiores (OWEN, 2000).
A etapa 5, a geração de uma nova malha, pode ser executada por diversos
métodos. Estes podem ser divididos primariamente em três grupos: h-adaptativo, p-
adaptativo, hp-adaptativo. O refino h-adaptativo ajusta o tamanho dos elementos da ma-
lha; o refino p-adaptativo ajusta o grau dos polinômios de interpolação; o hp-adaptativo
usa as duas estratégias no mesmo algoritmo (BABUŠKA; GUO, 1992).
No refinamento h-adaptativo, executam-se dois passo: o primeiro é a seleção
dos elementos a serem alterados, o segundo compreende a alteração da malha com
base nos elementos selecionados. Pode-se destacar três estratégias para o ajuste da
malha: o refino propriamente dito ou divisão de elementos da malha (mesh-refinement),
a mesclagem de dois ou mais elementos (mesh coarsening), e a suavização da malha
(smoothing) (VERFÜRTH, 2013). A divisão dos elementos pode ser executada por
algoritmos como refinamento Vermelho-Verde-Azul, ou VVA, (do inglês Red-Green-
Blue refinement) e bisecção de arestas (edge bisection) (BARTELS, 2016).
Neste estudo, a malha inicial ou é cartesiana (e a geração da malha é elemen-
tar), como no Problema 1 apresentado no capítulo 4, ou então a malha é gerada por
um algoritmo de Delaunay-Voronoi, disponível diretamente no software FreeFem++. A
etapa número 2, a simulação, é realizada pelo método FSI proposto no capítulo 2. A
etapa 3 e 4 são melhor detalhadas no capítulo 3, apresenta-se a seguir os estimadores
empregados na implementação computacional.
O estimador de erro local, para um triângulo K, é dado por
triângulo será selecionado para ser refinado. O mesmo se aplica ao parâmetro Lsolido ,
que estabelece um limite análogo para o domínio sólido.
A estimativa de erro global é dada por:
sP
2
K∈Th (εlocal )
εglobal = , (3.124)
NT
C ) Divide-se cada elemento T ∈ Thi com arestas marcadas pelo refinamento ver-
melho, azul ou verde se ele tiver, respectivamente, três, duas ou uma arestas
marcadas. As divisões possíveis são ilustrados na Figura 5.
4 RESULTADOS
" #
4x(1 − x)
v
∼ s (x) = . (4.1)
0
2.9
2.325
1.75
1.175
0.6
0.75
0.5
0.25
Refinamento Adaptativo
Refinamento Uniforme
100
εglobal
10
Refinamento Adaptativo
Refinamento Uniforme
0.1
Resíduo
0.01
100 1000 10000
NT
Figura 16 – Problema 2.1 - Resíduo
40000
Refinamento Adaptativo
35000 Refinamento Uniforme
30000
25000
Tempo (s)
20000
15000
10000
5000
0
0 1 2 3 4 5 6
Iteração
Adaptativo Uniforme
NT Ux Uy NT Ux Uy
128 -2.8598 1.6628 128 -2.8598 1.6628
512 -2.8236 1.817 512 -2.8236 1.817
1826 -2.8261 1.9258 2048 -2.8263 1.9255
3255 -2.8221 1.9846 8192 -2.8265 1.9802
3977 -2.8185 2.0085 32768 -2.8262 2.0073
4639 -2.8371 2.0101
Resultado literatura, (RICHTER, 2013)
≈ 1e6 -2.8244 2.0510
y Cx
x
Ωf H
Cy
L
1).
Refinamento Adaptativo
1000 Refinamento Uniforme
100
εglobal
10
Refinamento Adaptativo
Refinamento Uniforme
10
Resíduo
1
1000 10000 100000
NT
Figura 25 – Problema 2.1 - Resíduo
Capítulo 4. RESULTADOS 70
5000
Refinamento Adaptativo
Refinamento Uniforme
4000
Tempo (s)
3000
2000
1000
0
0 1 2 3 4 5 6
Iteração
Salienta-se que nesta simulação a placa está engastada pela lateral esquerda,
pois está presa ao cilindro que é um fronteira fixa. Não há fluido na cavidade, simula-se
somente o sólido.
A Figura 27 mostra a primeira malha utilizada, e a Figura 28 mostra os indica-
dores de erro locais.
Capítulo 4. RESULTADOS 71
Refinamento Adaptativo
Refinamento Uniforme
100
εglobal
10
1000
Refinamento Adaptativo
Refinamento Uniforme
Resíduo
100
10 100 1000 10000
NT
Figura 32 – Problema 2.1 - Resíduo
16000
Refinamento Adaptativo
14000 Refinamento Uniforme
12000
10000
Tempo (s)
8000
6000
4000
2000
0
0 1 2 3 4 5 6
Iteração
refinamento uniforme.
" #
Ux (t)
ũ((0.6; 0.2), t) = (4.4)
Uy (t)
-0.01
Deslocamento Uy(t)
-0.02
-0.03
-0.04
-0.05
-0.06
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo
Refinamento Adaptativo
Refinamento Uniforme
10
εglobal
1000 10000
NT
Figura 39 – Problema 2.3 - Erro global
10000
Refinamento Adaptativo
Refinamento Uniforme
Resíduo
1000
1000 10000
NT
Figura 40 – Problema 2.1 - Resíduo
Capítulo 4. RESULTADOS 76
60000
Refinamento Adaptativo
Refinamento Uniforme
50000
40000
Tempo (s)
30000
20000
10000
0
0 1 2 3
Iteração
0.02
0.015
0.01
Deslocamento Uy(t)
0.005
-0.005
-0.01
-0.015
-0.02
42 42.5 43 43.5 44
tempo
5 CONCLUSÃO
Um modelo para análise de problemas FSI via FEM, com formulação totalmente
euleriana e malha conforme, foi proposto. As etapas para elaboração deste modelo
foram apresentadas e discutidas. O modelo foi implementado no programa computa-
cional FreeFem++.
Quatro problemas foram propostos e resolvidos com o código FSI elaborado.
Dois destes (problemas 1 e 2.1) tiveram seus resultados comparados com os disponí-
veis na literatura. Observou-se apenas pequenas diferenças, mostrando a eficácia do
código proposto.
Os dois problemas restantes (problemas 2.2 e 2.3) também mostram resulta-
dos coerentes. Contudo, não foram encontrados resultados semelhantes disponíveis
na literatura para comparação dos resultados. Pôde-se estudar o comportamento do
código em regimes transientes nestes dois problemas.
Uma análise de erro de problemas FSI foi realizada. Iniciou-se por definir as
derivadas direcionais do operador que caracteriza o problema FSI. Foi proposta uma
análise via DWR, definiu-se uma função Lagrangiana da qual são derivados os proble-
mas primal e dual, característicos do método. A metodologia e considerações neces-
sárias são apresentadas e, por fim, obtêm-se os estimadores de erro finais, que foram
então aplicados no processo de adaptatividade de malha.
Implementou-se um algoritmo de adaptatividade de malha. Empregou-se um
refinamento do tipo h-adaptativo e os elementos a serem refinados foram selecionados
pelos estimadores de erro a posteriori propostos. A geração na nova malha foi feita pelo
método VVA. O algoritmo para execução deste método foi desenvolvido e apresentado
no capítulo 3.
Os problemas utilizados para verificar a eficácia do código FSI foram resolvidos
com refinamentos adaptativo e uniforme de malha, este último usado como referência.
Em todos os exemplos foi verificado que, para um mesmo número de elementos, o
refinamento adaptativo resulta em um erro menor que o uniforme.
Este estudo abordou vários assuntos bastante complexos, como consequência
alguns deles podem ser analisados com maior profundidade. Neste sentido são desta-
cados a seguir alguns tópicos que poderiam ser estudados mais detalhadamente em
trabalhos posteriores:
gado.
REFERÊNCIAS
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material settings of continuum mechanics. part 2: Classification and applications.
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n. 39-41, p. 4223–4245, 2004.
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BECKER, R.; BRAACK, M. A finite element pressure gradient stabilization for the
stokes equations based on local projections. Calcolo, Springer-Verlag, Pisa, v. 38, n. 4,
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DAUTRAY, R.; LIONS, J.-L. Mathematical analysis and numerical methods for science
and technology: volume 1 physical origins and classical methods. Berlin Heidelberg:
Springer-Verlag, 2012.
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GUERMOND, J.; ERN, A. Theory and practice of finite elements. New York:
Springer-Verlag, 2004.
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Element Methods. Berlin Heidelberg: Springer, 1977. p. 292–315.
RICHTER, T.; WICK, T. Finite elements for fluid–structure interaction in ALE and fully
eulerian coordinates. Computer Methods in Applied Mechanics and Engineering,
Elsevier, Heidelberg, v. 199, p. 2633–2642, 2010.
RICHTER, T.; WICK, T. Variational localizations of the dual weighted residual estimator.
Journal of Computational and Applied Mathematics, Elsevier, New York, v. 279, p.
192–208, 2015.
[REFERÊNCIAS]
82
Definição A.1 Espaços de funções contínuas - Seja N o conjunto dos números inteiros
n
positivos. Uma n-úpla α ∼ = (α1 , α2 , . . . , αn ) em N é chamado um multi-índice, e |α ∼| =
α α1 α2
α1 + α2 + . . . + αn é o comprimento de α ∼ . Assim define-se ∂ = ∂ ∂ . . . ∂ αn em que
∂j = ∂/∂xj para j = 1, . . . , n.
Seja Ω um conjunto aberto em Rn e k ∈ N então denota-se:
1. C k (Ω) o conjunto de todas as funções u definidas em Ω com valores reais, tal que
∂ α u é contínua para todo α com |α∼ | ≤ k;
2. C ∞ (Ω) = C k (Ω);
T
k≥0
3. C k (Ω) o conjunto de todas as funções u ∈ C k (Ω), tal que ∂ α u pode ser extendida
continuamente de Ω para Ω;
4. C ∞ (Ω) = C k (Ω).
T
k≥0
é um espaço de Banach.
α
k (Ω) = max k∂ ukL (Ω) ,
kukW∞ ∞
(A.1.5)
|α|≤k
Definição A.5 Espaço de Raviart-Thomas - Seja os campo vetorial u ∼ ∈ H(∇·, Ω), para
o qual
2
(A.1.7)
H(∇·, Ω) = u ∼ ∈ (L2 (Ω)) |∇ · u
∼ ∈ L 2 Ω .
2
RT M (K) = PM (K) ⊕ (x, y)PM (K). (A.1.8)
a(u
∼, p
∼
) + b(v
∼, p
∼
) = l1 (v
∼ ),
b(u
∼, q
∼
) = l2 (q
∼
),
onde (v∼, q
∼
) ∈ V × Q, e l1 ∈ V 0 e l1 ∈ Q0 são funcionais conhecidos. a e b são,
respectivamente, uma forma bilinear e uma forma linear. Os espaços V e Q são espaços
de Hilbert.
Assume-se que as consições do teorema de partição de Brezzi são atendidas.
(Vh )h>0 e (Qh )h>0 são, respectivamente, famílias de subespaços de V e Q tais que
∀h > 0:
APÊNDICE A. TEOREMAS E PROPRIEDADES 84
b(u
∼ h, q
∼h
) = l2 (q
∼h
),
∀ (v
∼h , q
∼h
) ∈ Vh × Qh .
Z Z
φn
∼ da = ∇φ dv (A.2.1)
∂R R
Z Z
∼·n
v ∼ da = ∇·v
∼ dv (A.2.2)
∂R R
Z Z
S
∼n∼ da = ∇·S
∼ dv (A.2.3)
∂R R
|hx
∼, y
∼
i| ≤ hx ∼i
∼, x
1/2
hy , y i1/2
∼ ∼
(A.3.1)
u u u
a(u
∼, ψ
∼
) = b(ψ
∼
) ∀ψ
∼
∈ V,
u u
∼ −u
a(u ∼ h, ψ
∼h
)=0 ∀ψ
∼h
∈ Vh ,
A.5 COERCIVIDADE
(∂t u ∼ · ∇u
∼ +w ∼ −w
∼,ψ
u
∼ Ω
) = 0, ∀ψ
∼
u
∈ H0∗ ;
∼ −v
(χs (w ∼) , ψ
∼
w
)Ω + (χf ∆w
∼,ψ
∼
w
)Ω = 0, ∀ψ
∼
w
∈ H0∗ .
Inicia-se pela primeira equação. O segundo termo é o único que não fica na sua forma
original, faz-se uso da equação de Gauss, ver apêndice A.2, e obtém-se
Z Z Z Z Z
v v v v v
(∇ · T
∼ )ψ
∼
dx = ∇ · (T
∼ψ∼
) dx − T∼ : ∇ψ
∼
dx = T
∼ψ∼
·n
∼ ds − ∼ : ∇ψ
T ∼
dx.
Ω Ω Ω ΓΩ Ω
Z Z Z
v v v
T
∼ψ∼
·n
∼ ds = T
∼ψ∼
·n
∼ ds + T
∼ψ∼
·n
∼ ds
ΓΩ ΓD ΓN
Resta o segunda termo da quarta equação, os demais termos seguem sem alterações,
Z Z Z
w w w
χf ∼ ·ψ
∆w ∼
dx = χf ∇ · [(∇w∼ )ψ∼
] dx − χf ∇w ∼ : ∇ψ∼
dx =
Ω Z Ω Z Ω
w w
= ∇[(∇w ∼ )ψ
∼
]·n∼ ds − ∇w∼ : ∇ψ∼
dx,
ΓΩ Ω
2. As próximas linhas são referentes aos vértices da malha. Cada linha contém:
coordenada horizontal do vértice, coordenada vertical e um número de identifi-
cação.
INÍCIO
i=0
NÃO
i < dim(ref)?
SIM
SIM
j=0
NÃO
j < 3?
SIM
NÃO NÃO
SIM
i=i+1
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APÊNDICE C. ALGORITMO REFINAMENTO VVA 89
i=0
NÃO
i < dim (M)?
SIM
SIM SIM
existe vizinho de vizinho
ref(i) por aresta j? pertence a M?
NÃO
NÃO
SIM
i=0
NÃO
FIM
NÃO
i=i+1