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ONHB14 / Fase 2

ONHB / IFCH - Unicamp


Conteúdo

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

12 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

13 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

14 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

15 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

16 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

17 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

18 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

19 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

20 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

21 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

22a / Tarefa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

22b / Tarefa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

1
22c / Tarefa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

Documentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

022: Pichação na Bienal de Berlim: arte ou crime? . 63

023: Anchieta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

024: Reminiscências de viagens e permanência no


Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

025: Placar 738, 1984 (página 24) . . . . . . . . . 68

026: Por que o futebol feminino deve ser um local


sem preconceitos . . . . . . . . . . . . . . . 69

027: Em que se trata de uma alimária que se chama


jaguaretê . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72

028a: Associação Brazil Livre (páginas 1 e 2) . . . . 74

028b: Associação Brazil Livre (páginas 3 e 4) . . . . 75

029: Livro Tombo da Paróquia do Rosário e São Be-


nedito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76

030: Alô, alô extremo Norte! . . . . . . . . . . . . . 77

031: Coroação de D. Pedro I . . . . . . . . . . . . . 79

032: História da Moda . . . . . . . . . . . . . . . . 80

033: Triste, louca ou má . . . . . . . . . . . . . . . 82

2
Introdução

A aventura continua...

Sejam bem-vindo(a)s à Fase 2 da décima quarta edição da


Olimpíada Nacional em História do Brasil!
A segunda fase da 14ª Olimpíada inicia dia 9 de maio
(segunda-feira) e encerra às 23:59 [horário de Brasília] do dia 14
de maio (sábado). Esta fase é composta por 10 Questões e 1
Tarefa. Cada uma das questões apresentadas possui quatro
alternativas. Há mais de uma resposta correta, mas cabe a vocês
escolher qual alternativa consideram como a mais adequada e
selecioná-la.
Atenção: A prova pode ser salva em “rascunho”, mas não se
esqueçam de confirmar as respostas até a data limite, clicando
em “entregar”.
Bom trabalho a todos!

3
Questões

12 / Questão

Documento 022 Jornal eletrônico p. 63

Pichação na Bienal de Berlim: arte ou crime?

Com base no documento e em seus


conhecimentos sobre o tema escolha a alternativa mais adequada:

A. A imagem mostra o curador da Bienal de Berlim de 2012,


Artur Zmijewski, “pixado” depois de uma discussão com
convidados brasileiros em um workshop durante o evento.

B. A pixação é uma intromissão gráfica em edificações e


monumentos (públicos ou privados) com intuito dentre
outras coisas de contestação do status quo.

C. Diferentemente do pixo o grafite é uma forma de construção


gráfica mais elaborada, com maior interesse estético e
origem distinta.

D. A pixação é considerada vandalismo e crime ambiental no


Brasil. O artigo 65 da Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes
Ambientais) estabelece pena de detenção de 3 meses a 1
ano, e multa.

4
13 / Questão

Leia o poema “Anchieta” de Olavo Bilac:

Documento 023 Literatura p. 65

Anchieta

Sobre o poema escolha a alternativa mais pertinente.

A. Descreve a América Portuguesa e seus habitantes,


replicando as descrições de muitos cronistas da
colonização, ou seja, com elementos que se dividem entre a
edenização e a demonização.

B. Traz referências gregas e cristãs para descrever a


personagem, assim como destaca seu heroísmo e lhe
confere um caráter desbravador ao lidar com indígenas em
uma terra inóspita.

C. Trata do jesuíta espanhol José de Anchieta, que veio à


América Portuguesa no século XVI com a missão de
catequizar e ensinar indígenas e participou da fundação da
cidade de São Paulo.

D. Ressalta o papel do religioso nos processos de entradas e


bandeiras, sendo fundamental na fundação de cidades,
catequização dos indígenas apresados e descoberta de
minas de metais preciosos.

5
14 / Questão

Leia o relato de Daniel Parish Kidder:

Documento 024 Relato p. 66

Reminiscências de viagens e permanência no Brasil

O documento

A. foi produzido a partir das memórias do missionário


metodista estadunidense Daniel P. Kidder, após voltar de
suas viagens de evangelização pelo Brasil; sua obra foi
posteriormente ampliada por James C. Fletcher, em “O
Brasil e os Brasileiros”.

B. demonstra o interesse em instituições de ensino na


província, o que fazia parte da proposta do autor de fundar
universidades em vários locais do Brasil em que o ensino se
apresentasse avançado.

C. aponta para interesses comerciais, culturais e políticos que


condiziam com as propostas de, por um lado, propagar o
protestantismo no Brasil e, por outro, verificar as
possibilidades de exploração econômica.

D. descreve a província de Sergipe como a menor do império


do Brasil, bem organizada, com população ordeira e
patriótica, mas que sofria com a morosidade da justiça e o
mau estado das cadeias.

6
15 / Questão

Documento 025 Revista p. 68

Placar 738, 1984 (página 24)

Documento 026 Revista p. 69

Por que o futebol feminino deve ser um local sem precon-


ceitos

Compare o conteúdo das reportagens e escolha a alternativa mais


pertinente. Os documentos

A. permitem verificar avanços das discussões sobre gênero e a


necessidade de garantir, na prática, os direitos
conquistados, a quebra dos preconceitos e a igualdade.

B. apresentam discursos sobre o futebol feminino e suas


profissionais a partir de argumentos que em alguns
momentos se aproximam e em outros se opõem.

C. produzidos por autoras mulheres, trazem perspectivas


diversas: enquanto um utiliza a sexualização das “meninas”
como chamariz, o outro discute o preconceito, dentro e fora
dos campos.

D. demonstram como o futebol, nascido sob a égide do


machismo, com o movimento feminista torna-se mais
igualitário ao permitir a existência e a profissionalização da
categoria feminina.

7
16 / Questão

Leia o excerto retirado da obra de Gabriel Soares de Souza


“Tratado descritivo do Brasil em 1587”:

Documento 027 Tratado p. 72

Em que se trata de uma alimária que se chama jaguaretê

O excerto

A. descreve um animal, sua ação e ataque a outros animais,


especialmente aqueles criados pelos colonos, e formas de
capturá-lo utilizadas pelos indígenas.

B. demonstra o desconhecimento do autor sobre os aspectos


físicos do jaguaratê, detectável na descrição do animal a
partir de analogias com outros mamíferos conhecidos na
Europa.

C. apresenta ao leitor características físicas do jaguaratê, a


onça pintada, maior felino das Américas, hoje ameaçada de
extinção.

D. insere-se numa proposta de fazer conhecer na Europa a


colônia portuguesa em seus diversos aspectos, incluindo os
seres que a habitam, tanto reais, como o jaguaritê, quanto
míticos, como o ipupiara.

8
17 / Questão

O folheto a seguir traz uma proposta veiculada, em 19 de abril de


1939, pela Associação Brazil Livre, sediada na cidade de
Marcelino Ramos (RS).

Documento 028a Folheto p. 74

Associação Brazil Livre (páginas 1 e 2)

Documento 028b Folheto p. 75

Associação Brazil Livre (páginas 3 e 4)

Sobre o documento e o tema que ele trata, é correto afirmar que:

A. O documento determina que os judeus e outros grupos


sociais específicos vivam juntos de forma isolada e digna
numa cidade completa a ser criada ao sul do Brasil.

B. O folheto aponta a restrição de direitos da comunidade


judaica dentro do Brasil, demonstrando a propagação da
ideologia nazista no país durante a década de 1930.

C. A Associação Brazil Livre propõe ao Ministro das Relações


Exteriores uma série de restrições para a permanência de
indivíduos de origem judaica no território nacional.

D. O Decreto-Lei nº 406 de 4 de maio de 1938, mencionado


pela Associação Brazil Livre, compreende a regulamentação
a respeito da entrada de estrangeiros no Brasil.

9
18 / Questão

Leia o excerto a seguir, que foi retirado do Livro Tombo da


Paróquia do Rosário e São Benedito, localizada em Cuiabá (MT).

Documento 029 Registro paroquial p. 76

Livro Tombo da Paróquia do Rosário e São Benedito

Considerando o excerto apresentado e a históra da formação de


Irmandades no Brasil, assinale uma opção.

A. O destaque a figuras como Nossa Senhora do Rosário e São


Benedito exemplificam formas de aproximação da Igreja
Católica em relação aos fiéis afrodescendentes.

B. A requisição de 1828, submetida a Dom Pedro I, tinha como


objetivo obter uma autorização [licença] para o
funcionamento da Irmandade de São Benedito, em Cuiabá.

C. Apesar de seu caráter religioso, as Irmandades funcionavam


também como redes de sociabilidade e principalmente de
solidariedade a serviço da população negra no país.

D. A existência da Irmandade de São Benedito em Cuiabá é


uma exceção, uma vez que as Irmandades Negras são um
movimento característico de São Paulo.

10
19 / Questão

Documento 030 Texto acadêmico p. 77

Alô, alô extremo Norte!

A partir do texto e de seus conhecimentos sobre a história da


rádio no Brasil, assinale uma alternativa.

A. O programa de noticiário A Voz do Brasil, criado por Getúlio


Vargas, permanece de veiculação obrigatória às 19 horas.

B. Em 2022, comemora-se o centenário da primeira


transmissão de rádio no país, ocorrida nos festejos de 7 de
setembro de 1922.

C. Apesar da internet e das redes sociais, a rádio continua um


meio de informação e comunicação fundamental no Brasil.

D. O programa Alô Alô Amazônia é um exemplo de como a


rádio pode, ainda hoje, ter a função de utilidade pública.

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20 / Questão

Observe a pintura e, em seguida, leia o texto:

Documento 031 Óleo sobre tela p. 79

Coroação de D. Pedro I

Documento 032 Instagram p. 80

História da Moda

Escolha uma das alternativas.

A. Napoleão Bonaparte e caudilhos hispano-americanos


também foram artisticamente representados trajando botas
de montaria.

B. A fim de evidenciar o direito advindo da hereditariedade,


Debret pinta Dom João VI e Dom Pedro I de maneira
semelhante.

C. O registro artístico e histórico de Debret permite a


identificação de elementos simbólicos presentes na
indumentária do imperador.

D. Elemento fundamental à fabricação do soberano, o referido


traje de Dom Pedro I traduz seu poder e capacidade de
conciliar interesses.

12
21 / Questão

Ouça a canção assistindo ao vídeo criado para ela, e leia trechos


da letra.

Documento 033 Música p. 82

Triste, louca ou má

Sobre a canção e seus possíveis significados, escolha uma


alternativa.

A. Discursos médicos apoiados na perspectiva biológica da


diferença entre os sexos foram utilizados na construção de
uma normativa que tratava a mulher emancipada como uma
degenerada.

B. A canção pode ser interpretada como um manifesto


feminista, uma vez que exalta a coragem daquelas que, “não
sem dores”, romperam com as normativas da cultura
patriarcal.

C. No Brasil, a adoção do sobrenome do marido, pelo


casamento civil, passou a ser facultativa à mulher apenas
em 1977, substituindo a obrigatoriedade prevista no Código
Civil de 1916.

D. Os adjetivos “triste”, “louca” e “má”, utilizados no século


XIX para qualificar mulheres que desafiavam as normas
vigentes, deixaram de ser utilizados com tal conotação
apenas no século XXI.

13
22a / Tarefa

Nesta tarefa, propomos às equipes o trabalho com um


instrumento que é muito importante para os historiadores:
analisar e compreender imagens, observando seus detalhes e
tirando conclusões a partir deles. Esta tarefa é composta por
TRÊS partes, ou seja, 3 imagens:

22a = Litografia “Lagoa das Tretas, 1835” de Johann Moritz


Rugendas.
22b = Pintura a óleo “Alexandrina e sua cidade, 1944” de Carybé.
22c = Painel de madeira sobre acrílico “Mulheres de Tejucupapo,
2015” de Tereza Costa Rêgo.

Em cada uma destas imagens, as equipes encontrarão


“números”. A tarefa consiste em associar estes números às
frases que preparamos e que aparecerão ao lado de cada parte
destacada na imagem. São frases que descrevem aspectos da
imagem. Cada número deve ser associado a uma única frase
(indicada por uma letra). Entretanto, as equipes encontrarão mais
frases do que números, ou seja, há frases que não serão
associadas a nenhum número.
Para visualizar detalhes da imagem você pode utilizar o zoom (as
lupas estão ao lado esquerdo das imagens). Ao clicar o cursor
sobre o número escolhido, abrirá uma página com todas as frases.
Escolha a mais pertinente e clique sobre ela.
Deste modo, você associou o número à frase. Faça isso para
todos os números de cada imagem.
ATENÇÃO: Ao clicar sobre uma frase ela é salva
AUTOMATICAMENTE EM RASCUNHO e mesmo que você saia da
página da Olimpíada e retorne depois, o rascunho estará salvo e
disponível, podendo ser alterado. Após ter associado todos
números às frases NESTA imagem, o botão “Entregar a Questão”
ficará disponível, assim não esqueça de confirmar esta parte de
sua tarefa, clicando no botão “Entregar a Questão”.
O envio da tarefa 22 ocorre SEPARADAMENTE para cada imagem

14
[22a, 22b e 22c], assim quando a equipe clicar em “Entregar a
Questão” envia as respostas para uma imagem. Após clicar em
“Entregar a Questão” nenhuma alteração poderá ser feita. Por
isso só clique em “Entregar a Questão” após ter certeza de que
todos números às frases na imagem é o que sua equipe deseja
entregar.
Um pouquinho de calma e muita atenção são importantes para o
sucesso desta atividade.

Bom trabalho a todos.

15
IMAGEM COM AS MIGALHAS

Para uma versão em alta resolução acesse o site, para cada migalha abaixo você encontra imagens com

mais detalhes abaixo.

11 2

15

3
5

9
12
1 4
10
19
8 22
18 13 6
7 17

14 16 21
20

MIGALHAS

[migalha 1 ]

16
[migalha 2 ]

[migalha 3 ]

17
[migalha 4 ]

[migalha 5 ]

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[migalha 6 ]

[migalha 7 ]

19
[migalha 8 ]

[migalha 9 ]

20
[migalha 10 ]

[migalha 11 ]

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[migalha 12 ]

[migalha 13 ]

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[migalha 14 ]

[migalha 15 ]

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[migalha 16 ]

[migalha 17 ]

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[migalha 18 ]

[migalha 19 ]

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[migalha 20 ]

[migalha 21 ]

26
[migalha 22 ]

AFIRMAÇÕES

[ A ] Um homem vestido de casaca, cartola, bota de montaria e


um chicote na mão direita está voltado para a lagoa.

[ B ] Um barco pequeno com dois homens é avistado ainda na


parte rasa da lagoa. Um homem branco acena para alguém na
praia e um negro se posiciona à sua frente.

[ C ] As vestimentas de duas mulheres negras sugerem serem aias


ou mucamas.

[ D ] Uma pessoa negra, de avental e com uma vara na mão,


conduz um animal de carga.

[ E ] A vegetação é representada de modo variado, ora mais


rarefeita, ora mais densa.

[ F ] A litografia traz uma vista da Lagoa Rodrigo de Freitas,


chamada de pelo artista de Lagoa das Tretas, na cidade do Rio de

27
Janeiro.

[ G ] Pessoas cavalgam na da paisagem retratada.

[ H ] As vestimentas das mulheres representadas permitem


identificar as diferenças sociais entre elas.

[ I ] O nome da gravura vem centralizado e em destaque na parte


inferior da obra.

[ J ] Em uma carruagem de passeio é possível identificar um


passageiro e um negro [Librê], provavelmente escravizado,
viajando em pé na traseira do veículo.

[ K ] Nos cantos da obra há a identificação da posição da litografia


na obra de Rugendas: letras e números identificam o volume e a
prancha.

[ L ] Três mulheres estão em um ponto elevado.

[ M ] Parte da paisagem é composta pela vegetação da Mata


Atlântica.

[ N ] Um mendicante de cartola conversa com um homem que


acompanha duas mulheres negras.

[ O ] Identifica-se uma pessoa negra conduzindo uma carruagem.

[ P ] A poeira levantada demonstra que animais e veículos


adentram o caminho em velocidade.

[ Q ] Trata-se de uma litografia do artista bávaro Johann Moritz


Rugendas produzida durante sua presença no Brasil e publicada
em forma de livro na França no ano de 1835 com o nome Voyage
Pittoresque dans le Brésil [Viagem Pitoresca através do Brasil]
entre 1827 e 1835. Rugendas iniciou sua viagem com a
expedição organizada pelo barão Georg Heinrich von Langsdorff,
da qual se desliga após uma discussão com o líder, passando a
viajar sozinho pelo Brasil e América.

28
[ R ] O nome do desenhista está registrado na imagem.

[ S ] Duas grandes palmeiras se destacam em primeiro plano.

[ T ] Três mulheres negras ricamente vestidas desfrutam a


paisagem sobre uma pedra.

[ U ] Uma mulher branca em trajes de montaria conversa com um


homem negro.

[ V ] Trata-se de uma litografia do artista bávaro Johann Moritz


Rugendas publicada em forma de livro na França no ano de 1835
com o nome Voyage Pittoresque dans le Brésil. Rugendas
produziu esta obra a partir dos relatos de membros da expedição
organizada pelo barão Georg Heinrich von Langsdorff.

[ W ] Vê-se uma vegetação rasteira na qual pode-se identificar


cactos.

[ X ] Dados do editor estão presentes na obra.

[ Y ] Ao fundo da imagem percebe-se o contorno de morros.

[ Z ] Lê-se na obra a inscrição em francês “Dess. d´ap. nat. par


Rugendas” que significa ”Desenhado a partir da natureza por
Rugendas”.

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22b / Tarefa

Nesta tarefa, propomos às equipes o trabalho com um


instrumento que é muito importante para os historiadores:
analisar e compreender imagens, observando seus detalhes e
tirando conclusões a partir deles. Esta tarefa é composta por
TRÊS partes, ou seja, 3 imagens:

22a = Litografia “Lagoa das Tretas, 1835” de Johann Moritz


Rugendas.
22b = Pintura a óleo “Alexandrina e sua cidade, 1944” de Carybé.
22c = Painel de madeira sobre acrílico “Mulheres de Tejucupapo,
2015” de Tereza Costa Rêgo.

Em cada uma destas imagens, as equipes encontrarão


“números”. A tarefa consiste em associar estes números às
frases que preparamos e que aparecerão ao lado de cada parte
destacada na imagem. São frases que descrevem aspectos da
imagem. Cada número deve ser associado a uma única frase
(indicada por uma letra). Entretanto, as equipes encontrarão mais
frases do que números, ou seja, há frases que não serão
associadas a nenhum número.
Para visualizar detalhes da imagem você pode utilizar o zoom (as
lupas estão ao lado esquerdo das imagens). Ao clicar o cursor
sobre o número escolhido, abrirá uma página com todas as frases.
Escolha a mais pertinente e clique sobre ela.
Deste modo, você associou o número à frase. Faça isso para
todos os números de cada imagem.
ATENÇÃO: Ao clicar sobre uma frase ela é salva
AUTOMATICAMENTE EM RASCUNHO e mesmo que você saia da
página da Olimpíada e retorne depois, o rascunho estará salvo e
disponível, podendo ser alterado. Após ter associado todos
números às frases NESTA imagem, o botão “Entregar a Questão”
ficará disponível, assim não esqueça de confirmar esta parte de
sua tarefa, clicando no botão “Entregar a Questão”.
O envio da tarefa 22 ocorre SEPARADAMENTE para cada imagem

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[22a, 22b e 22c], assim quando a equipe clicar em “Entregar a
Questão” envia as respostas para uma imagem. Após clicar em
“Entregar a Questão” nenhuma alteração poderá ser feita. Por
isso só clique em “Entregar a Questão” após ter certeza de que
todos números às frases na imagem é o que sua equipe deseja
entregar.
Um pouquinho de calma e muita atenção são importantes para o
sucesso desta atividade.

Bom trabalho a todos.

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IMAGEM COM AS MIGALHAS

Para uma versão em alta resolução acesse o site, para cada migalha abaixo você encontra imagens com

mais detalhes abaixo.

12
20
21 17

11
6

13
9
15
14 8
1 10
18 2

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MIGALHAS

[migalha 1 ]

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[migalha 2 ]

[migalha 3 ]

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[migalha 4 ]

[migalha 5 ]

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[migalha 6 ]

[migalha 7 ]

36
[migalha 8 ]

[migalha 9 ]

37
[migalha 10 ]

[migalha 11 ]

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[migalha 12 ]

[migalha 13 ]

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[migalha 14 ]

[migalha 15 ]

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[migalha 16 ]

[migalha 17 ]

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[migalha 18 ]

[migalha 19 ]

42
[migalha 20 ]

[migalha 21 ]

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AFIRMAÇÕES

[ A ] Uma igreja católica destaca-se entre os casarões de Salvador,


possivelmente a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.

[ B ] Entre os orixás retratados encontramos a figura de Omulu.

[ C ] Um cortejo fúnebre atravessa em meio às atividades da


cidade.

[ D ] Com os pés descalços e trajando apenas calças, uma dupla


de homens joga capoeira ao centro do quadro.

[ E ] No céu podemos identificar referências religiosas tanto do


cristianismo quanto de religiões de matrizes africanas.

[ F ] A figura sobre um telhado é provavelmente um cachorro.

[ G ] Barcos retratados ao fundo do quadro remetem à profissão


de pescador.

[ H ] Figuras demoníacas animalescas parecem afugentadas pela


presença das divindades.

[ I ] Uma figura masculina, de camisa amarela, segura uma


corneta dupla.

[ J ] A divindade Yemanjá, sob as águas do mar, segura algo que


aparenta ser um instrumento musical.

[ K ] Uma procissão religiosa em homenagem à Nossa Senhora


dos Navegantes atravessa em meio às atividades da cidade.

[ L ] Num plano intermediário, mulheres sobem uma ladeira


carregando latas em suas cabeças. Era comum que se
transportasse água para o alto dos morros dessa forma.

[ M ] De braços abertos, pairando sobre os céus da cidade, vemos


Jesus Cristo.

44
[ N ] O chão ladrilhado remete à arquitetura portuguesa e
contrasta com o chão de terra batida no qual a maior parte das
cenas se desenrola.

[ O ] Vemos pessoas que se reclinam sob um telhado de palha,


próximas aos ossos da cabeça de um animal.

[ P ] Em primeiro plano, um homem descalço, trajando chapéu,


toca um berimbau.

[ Q ] Uma figura masculina, de camisa amarela, segura um agogô.

[ R ] Alexandrina, a personagem que dá nome ao quadro, aparece


em pé e em primeiro plano, com um leque nas mãos e um pano
amarelo a seus pés. Essa foi a única obra em que Carybé a
retratou.

[ S ] Vê-se um bonde e seus passageiros.

[ T ] Uma mulher de vestes em que se destacam as cores azul,


laranja e verde, está sentada de olhos fechados com um gato
preto em seu colo.

[ U ] Em posição central no céu vemos uma figura com


características que o artista Carybé utiliza para retratar o orixá
Xangô.

[ V ] Vemos uma sereia no fundo do mar, revelando a presença


constante de influências da Antiguidade Clássica nas obras do
artista.

[ W ] “Alexandrina e sua cidade” (1944) é uma obra do artista


argentino naturalizado brasileiro Hector Julio Páride Bernabó,
conhecido como Carybé. A obra apresenta uma paisagem urbana
litorânea com uma profusão de detalhes e personagens e retrata
diferentes eventos que acontecem na terra, no céu e no mar.

[ X ] Anjos e arcanjos pairam sobre a cidade.

45
[ Y ] Alexandrina, a personagem que dá nome ao quadro, aparece
em pé e em primeiro plano, com um leque nas mãos. A mesma
mulher já havia sido retratada por Carybé no ano de 1939, na obra
”A morte de Alexandrina”.

[ Z ] Uma igreja católica destaca-se entre os casarões da cidade


de Ilhéus, possivelmente a Igreja de Nossa Senhora do Rosário
dos Pretos.

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22c / Tarefa

Nesta tarefa, propomos às equipes o trabalho com um


instrumento que é muito importante para os historiadores:
analisar e compreender imagens, observando seus detalhes e
tirando conclusões a partir deles. Esta tarefa é composta por
TRÊS partes, ou seja, 3 imagens:

22a = Litografia “Lagoa das Tretas, 1835” de Johann Moritz


Rugendas.
22b = Pintura a óleo “Alexandrina e sua cidade, 1944” de Carybé.
22c = Painel de madeira sobre acrílico “Mulheres de Tejucupapo,
2015” de Tereza Costa Rêgo.

Em cada uma destas imagens, as equipes encontrarão


“números”. A tarefa consiste em associar estes números às
frases que preparamos e que aparecerão ao lado de cada parte
destacada na imagem. São frases que descrevem aspectos da
imagem. Cada número deve ser associado a uma única frase
(indicada por uma letra). Entretanto, as equipes encontrarão mais
frases do que números, ou seja, há frases que não serão
associadas a nenhum número.
Para visualizar detalhes da imagem você pode utilizar o zoom (as
lupas estão ao lado esquerdo das imagens). Ao clicar o cursor
sobre o número escolhido, abrirá uma página com todas as frases.
Escolha a mais pertinente e clique sobre ela.
Deste modo, você associou o número à frase. Faça isso para
todos os números de cada imagem.
ATENÇÃO: Ao clicar sobre uma frase ela é salva
AUTOMATICAMENTE EM RASCUNHO e mesmo que você saia da
página da Olimpíada e retorne depois, o rascunho estará salvo e
disponível, podendo ser alterado. Após ter associado todos
números às frases NESTA imagem, o botão “Entregar a Questão”
ficará disponível, assim não esqueça de confirmar esta parte de
sua tarefa, clicando no botão “Entregar a Questão”.
O envio da tarefa 22 ocorre SEPARADAMENTE para cada imagem

47
[22a, 22b e 22c], assim quando a equipe clicar em “Entregar a
Questão” envia as respostas para uma imagem. Após clicar em
“Entregar a Questão” nenhuma alteração poderá ser feita. Por
isso só clique em “Entregar a Questão” após ter certeza de que
todos números às frases na imagem é o que sua equipe deseja
entregar.
Um pouquinho de calma e muita atenção são importantes para o
sucesso desta atividade.

Bom trabalho a todos.

48
IMAGEM COM AS MIGALHAS

Para uma versão em alta resolução acesse o site, para cada migalha abaixo você encontra imagens com

mais detalhes abaixo.

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1 11
18 12 19 17
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MIGALHAS

[migalha 1 ]

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AFIRMAÇÕES

[ A ] Uma mulher luta deixando de lado suas obrigações de mãe; a


serpente enrolada em sua arma remete ao pecado original.

[ B ] Para realçar a violência do conflito, a artista retrata a cena


ocorrendo por sobre os corpos de muitos mortos, em primeiro
plano.

[ C ] Uma mulher de vestes escuras carrega uma criança em seus


ombros.

[ D ] Um braço, que parece isolado, empunha uma lança de


madeira.

[ E ] Uma mulher branca, aparentemente grávida, vestindo uma


roupa de gola redonda, move-se em direção ao inimigo.

[ F ] Uma das armas utilizadas pelas mulheres na batalha de


Tejucupapo foi a água fervente.

60
[ G ] O painel da artista recifense Tereza Costa Rêgo (1929-2020)
constrói, em sete grandes pranchas de madeira, a representação
de um episódio da história pernambucana e brasileira que diz
respeito à presença e à expulsão dos holandeses no Brasil, a
Batalha de Tejucupapo. Com uma paleta de cores
predominantemente ocre e vermelho, a artista constrói uma
paisagem humana e sangrenta e dá ênfase ao protagonismo das
heroínas de Tejucupapo.

[ H ] Crianças participam do conflito, buscando proteger-se


próximas das mulheres.

[ I ] Uma mulher luta ao mesmo tempo em que segura uma


criança; enrolada em sua arma, vê-se uma serpente.

[ J ] Animais feridos são retratados como outras vítimas do


conflito; alguns choram lágrimas de sangue.

[ K ] No quadro, os corpos retratados com maior tamanho são os


das mulheres, pois a artista lhes atribui a culpa pela violência do
conflito.

[ L ] Uma pessoa cobre seu rosto com a mão como se não


suportasse ver os horrores da batalha.

[ M ] Um soldado holandês sangra, atingido pela lança


empunhada por uma mulher.

[ N ] Sentada no chão, uma mulher com uma faca suja de sangue


olha para cima.

[ O ] A artista realça o protagonismo feminino ao reservar um


tamanho maior apenas aos corpos das mulheres.

[ P ] Uma mulher com os cabelos presos e uma roupa de cor


vibrante segura uma arma ensanguentada.

[ Q ] A artista salienta, com as figuras ao fundo do quadro, a


grande quantidade de envolvidos na batalha.
61
[ R ] Uma mulher branca de cabelos ruivos, aparentemente
grávida, está caída no chão e ergue seu braço em busca de
amparo.

[ S ] A artista dá protagonismo e superioridade à mulher de


vestido, ao representá-la de pé e subjugando o soldado holandês.

[ T ] Uma mulher de vestes claras segura um punhal sujo de


sangue.

[ U ] Um chapéu lançado ao chão pode ser interpretado como


símbolo da derrota dos holandeses.

[ V ] Uma mulher aparentemente ferida ergue os dois braços e


tem no rosto uma expressão de horror.

[ W ] Um homem de uniforme holandês, com os braços


estendidos ao longo do corpo, sangra após ter sido atingido pelo
punhal de uma guerreira.

[ X ] Uma das armas utilizadas pelas mulheres na batalha de


Tejucupapo foi o coquetel molotov.

[ Y ] Uma mulher voltada para trás, com uma arma suja de sangue,
protege as costas de suas companheiras.

62
Documentos

Documento 022

Pichação na Bienal de Berlim: arte ou crime?

Foto: (Miguel Ferraz)

Paulista ’picha’ curador da Bienal de Berlim  

Convidados da Bienal de Berlim, aberta no fim de abril,


pichadores brasileiros se envolveram numa confusão com os
organizadores que teve como saldo a ”pichação” do curador da
mostra, o artista polonês Artur Zmijewski. Em meio a uma
discussão depois que os brasileiros picharam uma igreja na
qual dariam um workshop, Djan Ivson, ou Cripta Djan, 26, o
mesmo que pichou o espaço vazio da Bienal de 2010 em São
Paulo, esguichou tinta amarela em Zmijewski (...)
Caracterizada pela ousadia curatorial, a bienal berlinense tem
63
como título de sua sétima edição ”Forget Fear” (esqueça o
medo). Parte da programação da bienal, o workshop dos
pichadores brasileiros ocorreria no último sábado na igreja de
Santa Elizabeth. De acordo com o relato de Cripta, que estava
acompanhado de outros três colegas do movimento ”Pixação”
(Biscoito, William e R.C.), o grupo chegou disposto a
demonstrar seu trabalho, mas não no formato didático
tradicional de um workshop. ”Não tem como dar workshop de
pichação, porque pichação só acontece pela transgressão e no
contexto da rua”, disse Cripta à Folha, por telefone. Os
convidados passaram a escalar o prédio da igreja e a pichar.
Segundo Cripta, os organizadores se desesperaram com a
atitude e disseram que eles não estavam autorizados a mexer
naqueles lugares. ”Assim que é bom. Se não é pra pichar, nós
vamos pichar. Não adianta querer controlar o incontrolável”
(…) O curador chamou a polícia. De acordo com o brasileiro, os
policiais quiseram prender o grupo, mas, ainda segundo
Cripta, recuou após intervenções do público e de explicações
de que eram convidados da Bienal (…) A bienal, que vai até o
dia 1º/7, busca escancarar os conflitos da sociedade de hoje (…)
”Eles nos convidaram porque queriam conhecer nossa
’pixação’. Pronto, conheceram”, disse Cripta.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal eletrônico ORIGEM: Pichação na Bienal de Berlim: arte ou crime?. In.
Folha de São Paulo. 16/06/2012. Disponível em:
http://direito.folha.uol.com.br/blog/pichao-na-bienal-de-berlim-arte-ou-crime CRÉDITOS: Folha de
São Paulo; Foto: Miguel Ferraz. PALAVRAS-CHAVE: bienal de berlim, arte urbana, história da arte

64
Documento 023

Anchieta

Cavaleiro da mística aventura,


Herói cristão! nas provações atrozes
Sonhas, casando a tua voz às vozes
Dos ventos e dos rios na espessura:

Entrando as brenhas, teu amor procura


Os índios, ora filhos, ora algozes,
Aves pela inocência, e onças ferozes
Pela bruteza, na floresta escura.

Semeador de esperanças e quimeras,


Bandeirante de “entradas” mais suaves,
Nos espinhos a carne dilaceras:

E, porque as almas e os sertões desbraves,


Cantas: Orfeu humanizando as feras,
São Francisco de Assis pregando às aves

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Literatura ORIGEM: Olavo Bilac. Tarde. In: Antologia: Poesias. São Paulo:
Martin Claret, 2002. p. 3. (Coleção a obra-prima de cada autor). Disponível em :
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000288.pdf  CRÉDITOS: Olavo Bilac
PALAVRAS-CHAVE: jesuítas, literatura, indígenas

65
Documento 024

Reminiscências de viagens e permanência no


Brasil

Esta é uma das menores províncias do Brasil. Está situada


entre 11º41’ e 10º28’ de latitude. O litoral é, no geral, baixo e
irregular. Passando-se rente à costa, pode-se ver que a fímbria
do continente termina em uma escarpa rochosa, de coloração
avermelhada. Densa floresta recobre o solo, no qual só muito
raramente se percebem indícios de cultura. A cerca de trinta
quilômetros para o interior eleva-se a Serra de Itabaia,
modesta cadeia de pequenos morros onde florescem o pau
brasil e outras madeiras de lei. De vez em quando
percebem-se aberturas na encosta das montanhas, por onde,
ao que dizem, desliza a madeira destinada à exportação. Essa
cadeia separa as florestas marítimas das planícies interiores.
A província é parcamente habitada e não possui cidade alguma
de vulto. A capital denomina-se S. Cristóvão, - de Cristóvão
Barros sob cujo comando a região foi conquistada em 1590,
por ordem do rei Filipe II. O nome de Sergipe provém da
denominação aborígene dada a um riacho que vem do interior.
A parte oriental da província presta-se para o cultivo da
cana-de-açúcar, do tabaco e de outros produtos agrícolas,
enquanto que a parte ocidental é consagrada principalmente à
criação de gado.

Sergipe mantém escassas relações comerciais - ou talvez


nenhuma - com o estrangeiro. A Assembléia provincial
reúne-se na capital, em determinada época do ano. Pelos
relatórios de seus presidentes, vê-se que o povo é
essencialmente ordeiro e patriota. De vez em quando, um ou
outro delinquente perturba o sossego geral, com relativa
impunidade, devido à lentidão com que funciona o
aparelhamento judiciário e ao péssimo estado das prisões. Em

66
1838, a província adquiriu um prelo para imprimir
documentos oficiais. Existem também diversas escolas, mas
não achamos quem nos fornecesse dados precisos sobre o
ensino.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Relato ORIGEM: Daniel Parish Kidder. Reminiscências de viagens e
permanência no Brasil: Compreendendo notícias históricas e geográficas do império e das diversas
províncias - Províncias do Norte, vol. XII. Tradução de Moacir N. Vasconcelos. São Paulo: Livraria Martins
Editora, 1940-1943 [1845], pp. 55. Disponível em:
https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/7932#:~:text=Biblioteca%20Brasiliana%20Guita%20e%20Jos%C3%A9,im
CRÉDITOS: Daniel Parish Kidder GLOSSÁRIO: Fímbria : Traçado que representa o comprimento de
uma extensão; parte que delimita um espaço.
Serra de Itabaia : Serra de Itabaiana. PALAVRAS-CHAVE: território, relato de viagem

67
Documento 025

Placar 738, 1984 (página 24)

Ficha técnica
TIPO DE DOCU-
MENTO: Revista ORIGEM: Regina Echeverria. Placar, n.738, 13 de julho de 1984, pp. 24. Disponível em:
https://books.google.com.br/books?id=3VxTL4P3bV4C&printsec=frontcover&dq=Placar+Magazine+1984&hl=pt-
BR&sa=X&ved=2ahUKEwjE04bmk-L1AhVdErkGHblgD9E4ChDrAXoECAQQAQ#v=onepage&q&f=false
CRÉDITOS: Regina Echeverria; Placar. PALAVRAS-CHAVE: imprensa, história do esporte, história das
mulheres

68
Documento 026

Por que o futebol feminino deve ser um local


sem preconceitos

A modalidade já enfrenta obstáculos que vêm de décadas – e


sempre dificultaram o acesso de diversas mulheres à prática
do esporte

Seleção brasileira de futebol feminino – Sam Robles

O crescimento do futebol feminino no Brasil nos últimos anos


– ajudado pela entrada de clubes de tradição no masculino –
trouxe novos torcedores, seja pelo fato de poder também ver o
seu time sendo representado na modalidade ou simplesmente
para conhecer mais sobre o esporte.
Contudo, diversos ataques de ódio, propagados por torcedores
e até por comentaristas, narradores e jornalistas que
começaram a acompanhar mais de perto a modalidade
acabam agredindo as protagonistas do espetáculo – às vezes
69
isso vem de algumas jogadoras, que acabam cometendo um
deslize e expressando intolerância religiosa e homofobia.
Os comportamentos inadequados podem aparecer até de
forma inesperada. Em fevereiro deste ano, o narrador de uma
partida do Brasileirão feminino sub-18 elogiou uma jogadora
de 16 anos pela sua beleza, e não seu futebol. Além da questão
da sexualização de uma menor de idade, quem acompanha o
futebol feminino sabe que não é a beleza da atleta que importa,
e sim para o futebol que ela apresenta nos gramados.
O futebol é um reflexo da nossa sociedade. E o esporte evolui
de acordo com esta sociedade. Sobretudo quando conta com a
presença de torcedores mais conscientes e jogadoras que não
têm medo de se posicionar em temas considerados ainda hoje
como tabus – pela própria imprensa inclusive –, como pautas
da comunidade LGBTQI+.
Se você começou a acompanhar o futebol há pouco tempo e
acredita que protestos nas redes sociais são “mimimi”, tenho
um conselho: apenas pare com esse seu preconceito que nada
acrescenta na modalidade. O que você considera “mimimi” é
algo que o João da última edição do Big Brother Brasil explicou
bem. É a dor do outro. Antes de falar algo, simplesmente
pense: isso pode ser ruim para mim? Isso pode me ofender ou
ofender alguém que eu amo?
Evite comparações desnecessárias entre jogadores e
jogadoras, isso não agrega em nada para o desempenho dentro
de campo. Apesar de ser o mesmo esporte, o futebol feminino
enfrentou 40 anos de proibição e, ainda em 2021, têm
mulheres, garotas e jogadoras que encontram dificuldades de
jogar ou não encontram o espaço adequado para a prática do
esporte. Muitas profissionais ainda não têm a estrutura
mínima para atuar.
Além dessa luta de espaços que ainda temos de ter até hoje, em
um mundo que se considera evoluído, encontramos problemas
inclusive dentro do esporte, com algumas jogadoras que com o
seu modo de pensar acabam ferindo o próximo em sua
essência. No dia 9 de maio, a atacante Chú Santos comentou

70
em suas redes sociais palavras de cunho homofóbico e de
intolerância religiosa contra o recém-falecido ator Paulo
Gustavo, mais uma das quase 500 mil vítimas de Covid-19 no
Brasil.
Já não basta os comentários e os desafios que somos obrigadas
a ouvir todos os dias pelo simples fato de ser mulher,
enfrentamos dificuldades, preconceitos e a falta de
representatividade em alguns espaços que lutamos para
ocupar. Vemos cartolas que não dizem que não se deve
investir no futebol feminino e que o dinheiro deve ser utilizado
com os homens, outros que usam a pandemia como muleta
para não realizar competições estaduais, que na maioria das
vezes é o único torneio de uma equipe no ano e não dura mais
do que um mês.
Sabemos que a paixão pelo futebol move a todos que
acompanham o esporte, mas a sua paixão não pode machucar
a essência de alguém. Esperamos que o futebol feminino se
torne algo plural e democrático, algo que agregue a todos que
acompanham a modalidade para que se sintam representados.
Afinal, o futebol foi feito pelo povo. E é para o povo.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Revista ORIGEM: Raffaela Carolina. “Por que o futebol feminino deve ser um
local sem preconceitos”. Planeta futebol feminino na Placar. Placar, 10 jun 2021.  CRÉDITOS: Raffaela
Carolina; Placar.  PALAVRAS-CHAVE: história das mulheres, história do esporte, imprensa

71
Documento 027

Em que se trata de uma alimária que se chama


jaguaretê

Grafia atualizada

Capítulo XCV
Em que se trata de uma alimária que se chama jaguaretê.

Tem para si os Portugueses que, jaguaretê é onça, outros


dizem que é tigre; cujo tamanho é como um bezerro de seis
meses; falo dos machos, porque as fêmeas são maiores. A
maior parte destas alimárias são ruivas, cheias do pintas
pretas; e algumas fêmeas são todas pretas; o todos têm o pelo
nedio , e o rosto a modo de cão, e as mãos e unhas muito
grandes, o rabo comprido; e o pelo nele como nas ancas . Tem
presas nos dentes como libréo , os olhos como gato, que lhe
luzem de noite tanto que se conhecem por isso a meia légua;
tem os braços e pernas muito grossos; parem as fêmeas uma e
duas crianças; se lhes matam algum filho andam tão bravas
que dão nas roças dos índios, onde matam todos quantos
podem alcançar; comem a caça que matam, para o que são
muito ligeiras, e tanto que lhes não escapa nenhuma alimária
grande por pés; e saltam por cima a-pique altura de dez, doze
palmos; o trepam pelas árvores após os índios, quando o
tronco é grosso; salteiam o gentio de noite pelos caminhos,
onde os matam e comem; e quando andam esfaimadas
entram-lhe nas casas das roças, se lhes não sentem fogo, ao
que têm grande medo. E na vizinhança das povoações dos
Portugueses fazem muito dano nas vacas, e como se começam
a encarniçar nelas destroem um curral: e têm tanta força que
com uma unhada que dão em uma vaca lhe derrubaram a anca
no chão.
Armam os índios a estas alimárias com mondéos, que é uma

72
tapagem do pau à pique, muito alta e forte, com uma só porta;
onde lhe armam com uma árvore alta e grande levantada do
chão, onde lhe põem um cachorro ou outra alimária presa; e
indo para a tomar cai esta árvore que está deitada sobre esta
alimária, onde dá grandes bramidos; ao que os índios acodem
e a matam à flechadas; e comem-lhe a carne, que é muito dura,
e não tem nenhum sebo.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Tratado ORIGEM: Gabriel Soares de Souza. Tratado descriptivo do Brasil em
1587. Rio de Janeiro: Typographia Universal de Laemmert, 1851, pp. 244-245. Disponível em:
https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/4795 CRÉDITOS: Gabriel Soares de Souza
GLOSSÁRIO: Alimária : animal irracional, mesmo que animália.
Nedio : que reluz.
Ancas : quadril, parte traseira dos quadrúpedes.
A-pique : a prumo.
Libréo [Lebréu] : cão amestrado na caça das lebres; galgo.
Esfaimadas : esfomeadas.
Encarniçar : Instigar, incitar a agressividade. PALAVRAS-CHAVE: união ibérica, fauna, brasil colônia

73
Documento 028a

Associação Brazil Livre (páginas 1 e 2)

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Folheto ORIGEM: Folheto Associação Brazil Livre, 19 de abril de 1939. Museu
Judaico de São Paulo. CRÉDITOS: Museu Judaico de São Paulo GLOSSÁRIO: Casas de pasto:
referente a estabelecimentos que serviam almoços e jantares. PALAVRAS-CHAVE: estado novo,
imigração, estrangeiros no brasil

74
Documento 028b

Associação Brazil Livre (páginas 3 e 4)

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Folheto ORIGEM: Folheto Associação Brasil Livre, 19 de abril de 1939. Museu
Judaico de São Paulo. CRÉDITOS: Museu Judaico de São Paulo PALAVRAS-CHAVE: imigração,
estrangeiros no brasil, estado novo

75
Documento 029

Livro Tombo da Paróquia do Rosário e São


Benedito

Pedido de Licença

Dizem os Devotos, Rey, Juiz, Officiaes e Irmãos de Meza da


Confraria do Glorioso S. Benedito, cuja Veneravel Imagem se
acha collocada em hum dos altares Collateraes da Capella de
Nossa Senhora do Rozario da cidade do Cuiabá que há 60
annos se congregarão os Devotos da mesma venerável
imagem, construirão huma Confraria sem alcançar a Imperial
Permissão necessaria para isso, porem reconhecendo sempre
ser a dita Confraria da Jurisdicção Imperial, por ser pleno jure
pertencente ao Grão Mestrado, Cavallaria e Ordens de Nosso
Senhor Jesus Christo, humildes, e submissos prostão-se os
Supplicantes ante o Throno de Vossa Magestade Imperial,
rogando que por bem o Serviço de Deos, Vossa Magestade
Imperial se digne Approvar a instituição da dita Irmandade,
revalidando-a com a Imperial Sancção, sem embargo da
nullidade com que foi instituída, e confirmando os vinte e seis
Capítulos de Compromisso, que com esta apresentão para
servir de regra à mesma Confraria.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Registro paroquial ORIGEM: Livro Tombo 1828 da Paróquia do Rosário e São
Benedito. “Práticas Culturais Afro-brasileiras na Festa de São Benedito de Cuiabá e de Nossa Senhora do
Livramento” (p. 79) In: Manifestações Culturais e Arte-Educação na América Latina. Disponível
em: https://publicar.claec.org/index.php/editora/catalog/view/48/48/442-1 CRÉDITOS: Irmandade de
São Benedito PALAVRAS-CHAVE: patrimônio cultural, história das religiões, brasil império

76
Documento 030

Alô, alô extremo Norte!

O programa de maior audiência da pioneira Rádio Difusora de


Macapá, que sobreviveu às diferentes nomenclaturas e
administrações, continua no ar até hoje: “Alô alô Amazônia”. O
programa liga as comunidades isoladas do Pará e Amapá à
capital do estado, Macapá. É transmitido de segunda a sexta,
entre 13h e 15h, e sábados pela manhã (...). Com suas leituras
de mensagens do interior para a capital e vice-versa, o
programa é a ponte mais rápida para aproximar muitas
comunidades ribeirinhas. São recados que tratam de amor e
saudade, avisos de cobrança, felicitações de aniversário e
casamentos, notas de falecimento, além de outras demandas
do dia a dia. São registros pessoais que só se tornam públicos
pela necessidade de comunicação. (...) Os moradores do
interior do Amapá e dos municípios paraenses de Gurupá,
Breves e Chaves utilizam o programa como uma espécie de
“pombo-correio eletrônico”. A importância do “Alô alô
Amazônia” pode ser mensurada pelo fato do governador
Walter Góes, em 2015, ter sofrido duras críticas por ter
permitido o aumento do valor das mensagens divulgadas na
rádio. Os ribeirinhos se revoltaram contra a emissora por ter
aumentado de R$2,00 para R$5,00 o preço das mensagens do
programa.
“Isso é um absurdo. A Rádio Difusora é do povo e não há
nenhuma justificativa para um aumento desses. O povo
ribeirinho quando vem vender seus produtos em Macapá já
vem com sacrifício e ganhando pouco. Duas mensagens são o
equivalente a um prato de comida”, argumenta o ribeirinho
Raimundo Vilhena (Redação MZ. Portal Marco Zero. 07 de fev.
2015)”

Ficha técnica

77
TIPO DE DOCUMENTO: Texto acadêmico ORIGEM: Adaptado de Patricia Teixeira Azevedo
Wanderley. Alô, alô extremo Norte! A história do rádio nos estados do Pará e Amapá. Bezerra, Anathália
Maia da Silva et alli. 5º Encontro Nordeste de História da Mídia, 2018. Disponível
em: http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/encontros-regionais/nordeste/2018-5o-
encontro/gt-5-2013-historia-da-midia-sonora/alo-alo-extremo-norte-a-historia-do-radio-nos-estados-
do-para-e-amapa/view CRÉDITOS: Patricia Teixeira Azevedo Wanderley PALAVRAS-CHAVE: história
do rádio, meios de comunicação de massa, cultura popular

78
Documento 031

Coroação de D. Pedro I

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Óleo sobre tela ORIGEM: Jean-Baptiste Debret. Coroação de D. Pedro I. 1828,
Palácio do Itamaraty. Ministério das Relações Exteriores. Brasília. Disponível
em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Jean-Baptiste_Debret_-
_Coroa%C3%A7%C3%A3o_de_D._Pedro_I_(detalhe).jpg#/media/Ficheiro:Jean-Baptiste_Debret_-
_Coroa%C3%A7%C3%A3o_de_D._Pedro_I,_1828.jpg CRÉDITOS: Jean-Baptiste Debret
TÉCNICA: Óleo sobre tela DIMENSÕES: 380 x 636 cm. PALAVRAS-CHAVE: brasil império,
monarquia, história da moda

79
Documento 032

História da Moda

O traje áulico usado por Pedro I nas cerimônias de aclamação,


sagração e coroação, em 1822, chegaram até nós pela
iconografia criada por Debret. O imperador do Brasil escolheu
as cores verde e amarelo, encomendando ao pintor novos
símbolos que figurassem a nação brasileira durante um
decisivo período de transição política.
Na farda azul-escuro alterou-se o risco do bordado com
ramagens de carvalho, signo da sabedoria e da força. Culote
branco, espada e botas altas de montaria inteiravam o
conjunto.
O uso das botas e manto real por D. Pedro de início causou
estranheza depois se tornou uma tradição dos reis de Portugal.
A escolha mostrava muito da personalidade do jovem
imperador, seu caráter original e ativo, pouco afeito a
formalidades. Nesse aspecto do militarismo manifesto no
traje, vemos o caráter vigoroso e dinâmico das lideranças
latino americanas da época.
 O manto de veludo na forma do poncho sul americano era
verde forrado de seda amarela, diferente do manto português,
semicircular. O bordado dourado na borda tinha folhas e frutos
da palmeira, símbolo da vitória e da imortalidade, e no meio,
estrelas douradas, representando as províncias do império. A
gola de rufos com três voltas à espanhola - usada durante o
século XVI, item arcaizante de matiz romântico - e a pelerine
feita de papos de tucano, tal as capas indígenas que
fascinaram as elites europeias desde o descobrimento.
A coroa elíptica, diferente da portuguesa, era ornamentada por
folha de palmeira, na junção dos ramos uma esfera armilar
em ajour e sobre ela, uma cruz da Ordem de Cristo incrustada
de diamantes. Na base, as armas do Brasil, ramos de café e
tabaco floridos, alternadas com florões. O cetro diferente do

80
português, era longo e trazia no topo um dragão.
A escolha do traje de D. Pedro I tinha um propósito bem
definido. Além do nexo entre os usos no Brasil e em Portugal,
articulou cores, materiais e ornamentos com signos
reconhecíveis, aspectos da moda europeia do início do séc. XIX
e detalhes arcaicos ou exóticos escolhidos com o fito político de
distinção. Resultou de embates político-ideológicos,
envolvendo conservadores e outros mais liberais que criam na
modernidade.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Instagram ORIGEM: Maria Cristina Volpi. Texto publicado na conta do
Instagram @historiadamoda.ufjf, organizada pela Profa. Dra. Maria Claudia Bonadio (UFJF). Disponível
em: //www.instagram.com/p/CFLMLwWn3jO/ CRÉDITOS: Maria Cristina Volpi; @historiadamoda.ufjf
GLOSSÁRIO: Áulico : cortês; próprio da corte ou de seus cortesãos.
Pelerine : espécie de capa comprida com abertura para os braços.
Armilar : que tem círculos.
Ajour : orifício; fresta. PALAVRAS-CHAVE: história da moda, monarquia, brasil império

81
Documento 033

Triste, louca ou má

Triste, louca ou má
Será qualificada
Ela quem recusar
Seguir receita tal

A receita cultural
Do marido, da família
Cuida, cuida da rotina

Só mesmo, rejeita
Bem conhecida receita
Quem não sem dores
Aceita que tudo deve mudar

Que um homem não te define


Sua casa não te define
Sua carne não te define
Você é seu próprio lar

Um homem não te define


Sua casa não te define
Sua carne não te define (você é seu próprio lar)

Ela desatinou, desatou nós


Vai viver só
Ela desatinou, desatou nós
Vai viver só

Eu não me vejo na palavra


Fêmea, alvo de caça
Conformada vítima

82
Prefiro queimar o mapa
Traçar de novo a estrada
Ver cores nas cinzas
E a vida reinventar

E um homem não me define


Minha casa não me define
Minha carne não me define
Eu sou meu próprio lar

E o homem não me define


Minha casa não me define
Minha carne não me define
Eu sou meu próprio lar

Ela desatinou, desatou nós


Vai viver só
Ela desatinou, desatou nós
Vai viver só

Ela desatinou, desatou nós (e um homem não me define,


minha casa não me define)

Vai viver só (minha carne não me define)

(Eu sou meu próprio lar)

Ela desatinou, desatou nós (e um homem não me define)

Vai viver só (minha carne não me define)

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Música ORIGEM: Dirigido e Produzido por: Rafael Câmara
Compositor: Ju Strassacapa
Intérprete: Francisco, el Hombre
Albúm: soltaabruxa
Ano: 2016
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lKmYTHgBNoE CRÉDITOS: Compositor: Ju
Strassacapa
Intérprete: Francisco, el Hombre PALAVRAS-CHAVE: brasil contemporâneo, história das mulheres,
história da música

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