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B,
Mortalidadede Bezerros
281
Autores (8)encontraram que as perdas de be
aos 60 dias de idade, foram iguais a 17,7%, daszerros,
quais
donascim
tadas por natimortos ou animais que pereceram 6,4%represen ento
8,5%, por ocorrências entre o nascimento e os 14durante o parto•
dias
s (8), cinco de idade.
baixas acontecem antes das 2 semanas de idade; segundo de cada
seis
três de cada quatro, antes dos IO dias. Além disso, 70% outros (10)
das proprie_
dades leiteiras visitadas apontaram a diarréia dos recém-nascidos
principal causa mortts. Parece haver um consenso de que como
raça Holandesa sofrem menor incidência de diarréias do que da bezerros
raças Jersey e Ayrshire; contudo, os Ayrshiresaparentamseros das
suscetíveis às infecçõesrespiratórias do que os Holandeses(16). menos
relatados (14) maiores casos de mortalidadepara neonatosda raças
Jersey e Guernsey (17%a 18%)que para os da Holandesa(13%).
Em geral, as perdas são mais elevadasem rebanhosnumerosos.
Foram registradas mortalidades anuais de 15,8%em plantéiscom
cem vacas ou menos; 19,3%, com cem a duzentas vacas;e 27,2%,
com mais de duzentas (9). Em Illinois (14) rebanhos com menosde
sessenta vacas apresentaram 12,5%,e com mais de sessenta,15,1%.
menos de 30 48 26 12,1
30 a 49 119 39 13,7
69 13,4
50 a 69 80 15,3
70 a 99 32
13 115 18,4
100 ou mais
média geral e 50 14,2
totais 281
282
com um assalariado, 20, 1%; com a mãe ou a esposa
12,80/6; 12,3% (como taxas anuais de do
proprietário,entre dificuldade do parto e mortalidade).
Há relação mortalidade de bezerros; as
de animais nascidos de partos distócicos são quatro vezes mais
rdas dos nascidos de partos normais (13).O desenvolvimento
altasque asdesde o nascimento até a primeira cria, com alimentação
denovilhasapenas 65% das
queforneça ao parir e aumenta em energia, diminui o tama-
nhodas vacas apesar o.número de (68),
pis os bezerros, de também apresentarem menor peso, serão
proporcionalmente maiores em relação ao porte materno que seus
parceiroscujas matrizes receberam alimentação normal. Em vacas de
idadeavançada,a restrição de energia alimentar durante a gestação
podediminuiro peso do recém-nascidoa tal ponto que compromete
suaschances de sobrevivência no período pós-natal. Normalmente,
paraas novilhas de primeira cria, recomenda-se, além de uma alimen-
taçãoadequada, a escolha de touros que gerem filhos pequenos. Em
rebanhosmestiços, uma boa prática é realizar a primeira cobertura
dasnovilhascom touro da raça Jersey.
Antibióticospara Bezerros
Oempregode antibióticos para bezerros como aditivos alimentares
é feitoquer adicionado ao leite ou sucedâneo, quer às misturas
concentradas.No alimento líquido, seguindo via goteira esofagiana,
irãoter diretamente ao abomaso e aos Intestinos, onde suas principais
funções
serão as de controlar o crescimento de microorganismos
Potencialmente
patogênicos e prevenir fermentações indesejáveis. Já a
administração
na mistura concentrada coloca-osdentro do rúmen,
Ondesua ação será de alimentos.
a de aumentar o consumo
Dequalquerforma, os resultados do emprego de antibióticos depen-
demda higienedo meio ambiente: quando as condiçõessão boas, as
respostas
a seu uso são insignificantes;e, contrariarnente,quando as
Condições
são más, as respostas são excelentes.
Provasde campo executadas no Brasil mostram um aumento médio
nastaxasde
controle ganhos de peso da ordem de 26%, em relação aos animais-l
(17) são as respostas
aoempregode(Tabela89). Ainda mais espetaculares
quadros antibióticos em animais considerados refugos, já com
de diarréias
Apesar crónicas (Tabela 90).
dos
deestado
tórios, ambientes higienicamente insatisfa-
deve-segeral e criados em antibióticos
entossólidosconsiderar que os fornecidosjunto com os
thleroorgani têm efeito sobre a microflorado rúmen, agredindo os
smos ai presentes. Contudo, aqueles de largo espectro (entre
283
Dados Controles
Tratadoo
Número de provas 23
1 056 23
Número de bezerros 3209
Idade dos bezerros (dias) 1 a 100
1 a 100
Peso médio inicial (kg) 37,3
64,5 36,8
Peso médio final (kg) 70,2
Índice de crescimento 100 126,7
Ganho médio diário (kg) 0,328 0,416
Duração média das provas (dias) 80 80
Ganho total de peso (kg) 26,3 33,3
Atividadeda terramicina
(cabeça/dia) 100 mg
284
da fermentação ruminal, por agressão às
bactérias do rúmen,
uma maior proporção de nutrientes sendo digerida
ao
com
so e dos intestinos (18). Esse fato propiciaria nivel do aboma-
melhor
dosnutrientes, maior desenvolvimentodo animal e, aproveitamento
te, maior consumo (Tabelas 91 e 92). Niveis conseqüentemen-
mais elevados de glucose
sangüínea,em bezerros tratados, parecem suportar
esta teoria (19).
Controle 1 2 3 4 7 8 15
75 mg/dia* 36,0 32,7 44,4 40,9 61,8 43,8 50,8
100mg/dia* 20,8 40,1 45,8 39,7 63,6 55,4 52,0
150mg/dia* 17,6 26,6 38,4 34,9 55,9 43,0 55,0
3,4 32,9 40,8 32,1 49,1 44,0 59,2
terramicina/dia/cabeça
Nota:O autor deste livro (20), em provas de crescimentobacteriano, não
encontrouevidências de que o número de bactérias ruminais tenha diminuído,
em terneiros que ingeriam antibióticos. As amostragens de fluido mminal,
contudo,foram feitas por sonda esofagiana, e assim outras variações podem ter
interferido
nos resultados obtidos.
Diarréiade Bezerros
Diarréiaé o sintoma clínico de hipersecreção de fluidos para o
de interior
do trato alimentar, em resposta à ação de um agente imitante
(36),que pode ser de natureza química, fisica ou infecciosa (bactérias
evírus).Fezes com menos de 120 g de matéria seca por quilo caracte-
rizamdiarréias (37), que podem ser classificadas como putrefativas,
onde predominam os microorganismos sacaroproteolíticos, ou como
são
fermentativas,
çáo, açúlcares onde predominam os microorganismosque convertem
em ácido láctico. Uma segunda classificaçãotenta defini-las
comonutricionaisou infecciosas, as primeiras geralmente relacionadas
rido às
fementativas,e as segundas, às putrefativas.Contudo, os diferen-
testipospodem desenvolver-se em outros — por exemplo, as nutricio-
naisfreqüentemente se transformam em infecciosas. Por outro lado,
as Putrefativas,devido às grandes quantidades de E. colt presentes,
Causam
Ilf Coma danos ao epitélio intestinal, reduzindo a atividade enzimática.
lactase diminuída, surgem fermentações de carboidratos no
intestinogrosso e produção de ácidos graxos, como o acético e o
láctico.Em outras palavras, uma disfunção do tipo putrefativo evolui
ouassocia-se,
dessa forrna, à do tipo fermentativo.
A diarréiados neonatos é a maior causa de perdas de bezerros
novos•Seu tratamento geralmente é dificil por ser raro diagnosticar-se
0 fatorcausal
combate com precisão e rapidez. Atualmente os métodos de
(terapiaincluema luta contra a desidrataçãoe perda de eletrolitos
de fluidos e eletrolíticas) e contra a acidose (36).
NaVerdade, a diarréia é apenas um sintoma clinico de uma disfun-
do aparelho
digestivo. Bactérias, vírus ou nutrientes ingeridos e
digeridoscausam hipersecreção das células intestinais e falha
287
o processo ocorrem perdas de
de fluidos.Durante
que 'leva acidose e
absorção
na bicarbonatoe água, o vezes os bezerros
muitas
dioe dessesprob\emas,
normaisde e ainda a
quantidades
consomem na ingestão. aproveitamento dos
o assim. queda têm um espaço da
reduzida.Há, peso. Os animais saudáveis
e perdade corporal ocupado pe\a água•, os com diarreia.
de 87%do pesodurante os processos, parece ser igua\mente
A desidratação, compartimentos orgânicos. O turn-ouer, ou
os
buída por todoságua medida
orgânica, aumenta drasticamente
Nuçaodo total da mais severo (38).
o quadro se torna enumeradaspara o aparecimento de diarré\a.
causas são
artificia\, a má higiene dos baldes
das infecciosas.no aleitamento
fornecimento de \eite•,o emprego de misturas concentradas
àrcia\mentefermentadas comum deixar o animal apanhar sobras
midas do concentradoque permaneceu nos cochos desde o dia
a qualidadedo leite ou sucedâneo fornecido e falhas em sua
mterior)•,
coagu\açáo ao alcançaro abomaso, extravasamento de \eite para o
rúmenpor defeitona formaçáoda goteira ou outros motivos, a supe-
tanto no aleitamentoartificial quanto no natural. Uma
diarréiaque de inicio r•ño represente um risco acentuado, não rece-
bendo a devida atenção por parte do tratador. facilmente
transformar-seem um quadro grave, com das bactérias
na luz intestinal.
Colibacilose
A "diarréiabranca" ou "curso branco" ocorre semana
de vida. Trata-se de uma durante a
coli-A moléstiaé uma enterite intestinal causada Eschertchta
grave.acompanhadade diarréia. dos tecidos intestinais)
uma forma mais agressiva, uma ou ainda ser representada pr
rente circulatóriados bezerros toxemia-septicemia (invasáo da cor-
a taxa de mortalidade por e bactérias), quando entã
Nas diarréias toma-se extremamente e\evada.
a E. colt,o cheiro das fezes é muito pronunciado,
de "curso branco" é devida
apresentaremaquosas e ao fato de e\as
outros,aquosas acinzentadas, em muitos dos casos. e,
e amareladas•,
de ar e manchas é comum também a presença de
neonatospodem de sangue. Nos casos de
sintoma morrer no ou dia de vida sem mostrar qua)
ser
interna normal pulso fraco e frieza dos membros•.a temper
O processoou subnorma\ e pode rño ocorrer evidênciade
agudo que há tempo sequer para
288
das fezes. No entanto, os casos típicos se
desenvolvem durante as
primeiras3 semanas de idade, mais freqüentemente
apresenta-seentorpecido, fraco e recusa o leite na 14.O bezerro
Coma diarréia tornando-se mais intensa, o raboque lhe é ofertado.
fezes,muito líquidas, saem em Jatos. Há sintomas fica sujo, pois as
de dor abdominal e
desidratação(é tipico os olhos se apresentarem
aprofundadosdevidoà
perda de adiposidade da cavidade orbitária). Na
eventualidade de
mortes,os exames necroscópicos mostram uma concentração
elevada
deE. colino intestino delgado, quando normalmente seu
número deve
serreduzido neste local. Contudo, é interessante frisar que uma pro-
liferaçãobacteriana rápida e extensiva ocorre no aparelho digestivode
bezerrosapós a morte. Aliás, em animais examinadosimediatamente
apóssacrificados, observou-se no trato alimentar que as membranas e
osvasos sangüineos pareciam perfeitamente normais; seis horas mais
tarde,no entanto, apresentavam aparência macroscópicade um pro-
cessode enterite (87). Em exames de aparelho digestivo feitos por
laparotomia,imediatamente antes do sacrificio,não foram constata-
das diferenças entre terneiros com diarréia e terneiros saudáveis,
emborao conteúdo do intestino grosso geralmente fosse em média
quatrovezes maior nos doentes (57 ml contra 14 ml). A grande dife-
rençaesteve na característica do conteúdo intestinal, aparente mesmo
Ite na primeira porção do intestino delgado. O indivíduosaudável apre-
sentouconteúdo viscoso, opaco, homogêneo e de cor amarelo-clara, o
qual,deixado em descanso, em um recipiente, mostrou-se razoavel-
menteestabilizado, com partículas pequenas em suspensão, sendo
que as partes maiores sedimentaram lentamente. À medida que o
exameatingiu porções mais distais do intestino, o aspecto dos conteú-
dosfoimenos opaco, mais espesso, a coloração indo para o alaranjado
e' em seguida, para o castanho; nas porções finais foi homogêneo,
Semi-sólido e no intestino grosso semelhante às fezes, embora estas No se
aPresentassemmais concentradas e com coloraçãomais escura.
bezerrodoente, a situação foi bastante diversa:o conteúdoda primei-
ra POrçãointestinal foi heterogêneo e, imediatamenteapós a coleta,
Separou-se e uma sedimentada, com
em uma parte fluida verde-claracompreenderam
aspectode flocos esbranquiçados, os quais de 30% a
500/0do volume total. Nas porções finais do intestino o aspecto é pouco
alterado,a não ser por um aumento da porção sólida: os conteúdos do
intestinogrosso e das fezes são parecidos com os do intestino delgado.
NOtocante ao pH do trato digestivo, as maiores diferenças ocorreram
no intestino resultados obtidos de treze
delgado, quando comparadosdiarréicos e nove severamen-
animais
te dia saudáveis, onze moderadamente
be rréicos. A Tabela 93 mostra dados do conteúdo intestinal de
zerrosSacrificadosduas horas após terem recebido I litro de leite.
destes, os autores (87) sacrificaram mais dezesseis, em horários
289
diferentesdepois da refeição, e não encontraram resultados diversos.
O pH do rúmen nos animais saudáveis apresentou média de 5,5 va_
riando de 5,0 a 6,9 (87).
Tabela 93 — pH dos conteúdos de diferentes partes do intestino;o
intestino delgado foidividido em sete porções, a de número
I próxima ao abomaso e a de número 7 anexa ao intestino
grosso (87).
pH dos conteúdos intestinais de bezerros
órgão Saudáveis Com diarréia Com diarréia
moderada severa
Média Variação Média Variação Média Variação
Abomaso
I. delgado 4,9 3,5-5,4 3,7-5,7 4,5 3,7-5,4
parte 1 5,9 5,7-6,4 5,8 4,8-6,3 5,3 4,9-5,7
parte 2 6,1 5,8-6,4 6,0 5,3-6,4 5,6 5,3-6,2
parte 3 6,3 6,0-6,9 6,2 5,4-6,7 5,8
parte 4 6,5 6,1-7,0 6,6 5,7-6,5
parte 5 6,8 6,5-7,5 6,8 6,3-7,2 6,2 5,9-7,1
parte 6 7,2 6,8-7,9 6,5-7,4 6,3 6,0-7,2
parte 7 7,1-8,3 6,3-7,6 6,4 6,2-7,2
I. grosso 6,6 5,4-7,2 6,0-6,7 6,6
Reto 6,0 5,3-7,2 5,8-7,8 6,4 5,7-7,2
298
enterotoxlnogênicos, mas a inibição aumentou acentuadamente
quando anticorpos e complementos também estiveram presentes (49).
sugere-se que anticorpos pdem prevenir a produção de enterobactina
pelasbactérias, o que resultaria na possibilidadede ação da lactofer-
rina.
Outro sistema antibacteriano, alheio à presença de anticorpos, é o
da lactoperoxidase (LP),Para funcionar, este mecanismo necessita de
três componentes: lactoperoxidase, enzima presente no colostro e no
leite; tiocianato, produzido pelas células abomasais; e de
hidrogénio,cedido pelos LactobactllusSP, que só estarão presentes no
abomasodecorridas 24 horas após o parto. O sistema, portanto, não
será ativo no I Qdia de vida dos bezerros.
Uma possibilidade de combater a colibaciloseseria por meio de
efeitosbactericidas e bacteriostáticos dos anticorpos, via fagocitose.
Nas infecções, várias células fagocitárias, principalmente neutrófilos,
migram para a luz do intestino delgado, onde parecem fagocitar
colibacilos enterotoxinogênicos. Normalmente, para ocorrer fagocitose,
devehaver a fixação de um complementoàs células bacterianas, mas
as cápsulas das bactérias podem impedira fixaçãodesse complemen-
to. Essa capacidade da cápsula é destruída por anticorpos capsulares
(K)ou por anticorpos somáticos (O),e assim o complemento consegue
fixar-seà bactéria e provocar a fagocitose.
Vacinas
Antígenos de fimbrias (K-99) têm se mostrado eficientes para
vacinação,conferindo boa imunidade. Menos de 3% a 4% das vacas
leiteirastêm anticorpos naturais contra o antígeno K-99 (46). Já o
antígenoSta não tem obtido sucesso na prática como agente imuni-
a diar-
zante. Os anticorpos contra as fimbrias (anti-K-99)previnemExistem
réia por impedir a ligação dos cílios à mucosa intestinal. podem
anticorpos
alguns resultados in vitro demonstrando que esses só
atacar uma adesão Já formada, sugerindoque não previnem como
tambémpodem tratar a moléstia (47).
Atualmente, muitas vacinas disponíveis no comércio de
Váriospaíses contra a colibaciloseenterotoxinogênica.A maior parte é
aplicadapor via intramuscular ou subcutânea em vacas prenhes e
estimula a formação de anticorpos séricos, transferíveis para o colostro.
Presume-seque esses anticorpos estariam colocadosou na IgGou na
IgM.Como a E. colt nem sempre é responsável pelos problemas de
diarréias,a generalizaçãodo empregodas vacinas não é economica-
menteinteressante, a menos que, em criações-problemas, o agente, no
casoa E. colt,Já tenha sido isolado e identificado.
299
Em alguns rebanhos onde a incidência de colibaciloseé esporádica,
e um programa de vacinação completa seria oneroso, é possívelainda
vacinar algumas das vacas de alta produção e estocar, no congelador,
o excesso de colostrodesses animais. O deproduto congelado(em por-
proteção pelo mínimo de
çóes de I litro) manterá sua capacidade descongelado
dois anos. No momentodo uso deverá ser em banho-
maria a temperaturas inferiores a 560C, No futuro, é possível que
outros anticorpos tenham de ser fabricados, pois espera-se que o
ataque ao antígeno K-99 provoque, pelas bactérias, a produção de
tipos de fimbrias diferentes.
Uma vacina contra a E. coli (K-99)foi aplicada em vacas, às seis e
três semanas antes dos partos. Os títulos de anticorpos contra K-99,
nos bezerros,às 24 horas de vida, foram: 34 para animais de vacas
não vacinadas e de 711 a 1 114 para os de vacinadas; não ocorreram
diferençasnas incidênciasde diarréias ou de outras doenças, entre
terneiros de mães tratadas e testemunhas (50).
A vacinação de vacas contra a estirpe B-44 de E. colt resultou em
proteçáo dos recém-nascidos quando, após o fornecimento do colostro,
inoculou-se o bacilo (51)— a no colostro dessas vacas, de
uma antienterotoxina impediu o desequilíbriohídrico e a diarréia, sem
contudo eliminar os colipatogênicosdos tratos intestinais dos bezer-
ros.
Cento e quarenta terneiros receberam nenhuma quantidade ou
apenas 0,4 litro de colostro(52);cerca de 1/3 morreram, alguns por
septicemia com E. coli e outros por infecções intestinais, também por
E. colt. Os valores séricos de sódio foram semelhantes nos que perece-
rarn de septicemiaou de infecçãointestinal, mas neste últimocasoos
valores séricos de potássio aumentaram e foram relacionados às ocor-
rências de parada cardíaca. As quantidades pequenas de colostro(0,4
litro) forneceram proteçáo contra a septicemia, mas não contra a in-
fecção entérica.
Logo após o nascimento, a microflora intestinal é muito variávele
somente por volta da 2 2 semana é que vai acontecer sua estabilização,
quando a resistência dos bezerros à colibacilose será maior (53).Como
o Lactobactllus actdophtllusparece controlar o crescimento da E, coli
no intestino, a colonização do aparelho digestivo do neonato por uma
flora mista típica talvez seja uma medida para a prevençãoda
colibacilose. Explorando essa idéia, 200 ml de fluido duodenalde
bezerros preparados foram acrescidos à primeira porção de colostro,
servindo como inóculo para neonatos (53). Os animais foram contami-
nados por E. collàs 12 ou 24 horas após o nascimento: os inoculados
apresentaram melhores ganhos de peso e menor incidênciade diar-
réias em relação aos controles. Os resultados desse trabalho necessi-
tam, contudo, ser conflrmados.
300