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Parte 4
Motivação:
http://www.joseeduardomattos.com.br/o%20numero%20de%20microbios%20no%20planeta.html
http://www.joseeduardomattos.com.br/os%20microbios.html
Como podem ser detectados micróbios presentes no ar, no mar e associados ao nosso
corpo?
As bactérias por terem um tamanho médio de 1 µ, isoladamente, são invisíveis à nossa percepção
visual, uma vez que o olho humano só consegue formar imagens de objetos com dimensões
superiores a cerca de 0,2 mm. No nosso dia a dia, estamos em íntimo contato com os micróbios,
quer no ar circulante, que pode estar repleto deles, quer nas situações que favorecem nossa
aproximação com outros elementos do ambiente, como por exemplo, na manipulação de objetos
que fazem parte do nosso cotidiano.
Isoladamente não os vemos, mas se tiverem disponibilidade de nutrientes e estiverem um ambiente
propício, eles se duplicam e, com o passar do tempo, formam colônias visíveis, com diâmetro
compatível com o tempo de geração de cada um.
Esse fenômeno se observa quando expomos uma placa de Petri, contendo meio nutritivo, ao
contato com o ar em movimento, durante um período de três a cinco minutos. Nessa caçada às
bactérias presentes no ar, é comum se observar o aparecimento de colônias, umas após 24h,
outras mais tarde, até 72h. As colônias maiores correspondem às bactérias que têm tempo de
geração menor. Já as colônias que aparecem posteriormente, são formadas por bactérias que
demoram mais a se duplicar, ou seja, tem tempo de geração maior. Depois da incubação é possível
fazer uma análise sobre a diversidade microbiana presente no ar de um ambiente, a partir das
colônias de fungos ou bactérias que proliferaram na placa.
Dividindo uma placa contendo meio nutritivo em quatro partes, carimbe um dedo, em um dos
quadrantes (1); Lave as mãos com água e detergente, enxágue bem, sacuda a mão gentilmente
para escorrer o excesso de água e carimbe o mesmo dedo no quadrante (2); Repita esta etapa
respectivamente para os quadrantes (3) e (4). Incube a placa e a examine diariamente por 72h.
Sugestão de leitura:
Você pensou que os micróbios iriam desaparecer com as lavagens e isso não aconteceu. Porque
será? Então, não adianta lavar as mãos?
Lembre-se que a pele tem dobraduras, como o fole de um acordeon e é por isso que consegue
expandir (inchar) depois de um trauma ou na gravidez, por exemplo.
Da mesma forma que os seres humanos têm sua indelével cobertura microbiana, todos os seres
vivos têm a deles. Não existe nada sem uma finalidade. Os micróbios que colonizam o corpo
humano exercem funções muito importantes. De fato, tem sido demonstrado que eles são
fundamentais para a saúde. E assim, essa relação harmônica é essencial para a vida no planeta.
Muitos animais marinhos possuem órgãos bioluminescentes. Esses órgãos podem ter duas origens.
Em alguns animais, são formados pela diferenciação das células do próprio animal, em outros, é
uma dobra da pele, em forma de bolsa, onde estão alojadas bactérias bioluminescentes (BBL), que
foram capturadas da água do mar, logo após o nascimento.
É estimado que 90% da vida abissal produz, de algum modo, bioluminescência. A maioria da
emissão de luz proveniente desses seres aparece no espectro de luz azul ou verde, as cores que
mais facilmente são visíveis na água do mar.
O pesquisador Osama Shimomura conseguiu isolar pela primeira vez, em 1960, a partir de águas
marinhas bioluminescentes, coletadas na costa oeste dos EUA a proteína fluorescente verde GFP
(Green Fluorescent Protein), que emitia intensa fluorescência verde, ao ser irradiada por luz azul. As
áreas de medicina e biologia foram revolucionadas pela GPF, nos campos diagnóstico e terapêutico
e essa descoberta levou Shimomura à conquista do prêmio Nobel de Química, em 2008.
No ambiente marinho afótico, a Bioluminescência pode ser usada para atrair presas ou para
comunicação com parceiros da mesma espécie.
http://www.nbcnews.com/id/37093310/ns/technology_and_science-science/t/bioluminescence-lights-creatures-oceans/
Esfregando um suabe nas guelras ou na cloaca de peixes marinhos e, depois, dispensando esse
material coletado na superfície de uma placa de Petri, contendo meio de cultura com salinidade
semelhante à do mar (3,5%), você poderá detectar bactérias bioluminescentes. A placa deve ser
incubada à temperatura ambiente, e examinada por um período de seis em seis horas, até
completar 48h. Das colônias bioluminescentes recebemos como presente o espetáculo luminoso,
que tanto embeleza o mar. São as bactérias bioluminescentes que colonizam a isca do anzol. Por
isso, as pessoas que pescam nas praias preferem fazer isso à noite, pois , no escuro, a
bioluminescência aparece e mostra aos peixes onde está a iguaria que vai saciá-los e, que, ao
mesmo tempo, pode leva-los à morte, transformando-os na peça principal da deliciosa moqueca
preparada pelo pescador para confraternizar com os amigos.
Referências:
Liberto, MIM. Cabral, MC, Lins, UGC 2010. Microbiologia Vol 1, 2ª ed. Editora CECIERJ-Rio de
Janeiro.
http://www.joseeduardomattos.com.br/o%20numero%20de%20microbios%20no%20planeta.html
http://www.joseeduardomattos.com.br/os%20microbios.html
http://www.nbcnews.com/id/37093310/ns/technology_and_science-science/t/bioluminescence-lights-creatures-
oceans
http://pibidquimicaufjf.blogspot.com.br/2013/10/o-que-tem-em-comum-entre-o-vaga-lume-os.html