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fria no limiar da década de 90, o petróleo efetivou-se como uma engrenagem fundamental na
produção de energia mundial o que viera a torná-lo centro de discussões políticas e recurso
financeiro de excepcional significância para o fortalecimento da economia capitalista. O
petróleo vem se tornando fonte de análises geoeconômicas, tendo ampla destaque no
contexto atual, um exemplo de consolidação de tal recurso com a vinculação entre energia e
economia fora a Guerra do Golfo no início da década de 90. Também em acontecimentos
significativos no início dos anos 2000, como a ocupação do Iraque por tropas estadunidenses,
fez-se fortalecer a idéia de que as conexões entre a energia, geopolítica, geoeconomia e guerra
ganharam em intensidade, potencializando o aspecto central do petróleo no capitalismo
contemporâneo.
Pode-se então a percepção de que a Eurásia – e, nesta, o Cáucaso e a Ásia Central – é um tema
de extrema importância nos embates sobre recursos energéticos dentre os países. A
proeminência do Oriente Médio explica a abordagem dessa área em seção própria, focalizando
o assunto em conexão com o empenho dos Estados Unidos na defesa dos próprios interesses
econômicos e políticos e poderio mundial.
O oriente médio se apresenta como o centro dos principais conflitos referentes ao cenário
petrolífero devido seu dominante papel na concentração de reservas energéticas, além de
manter-se com tal dominância ainda nas previsões futuras, possibilidade de descoberta de
novas fontes de exploração e ao fato de produtores locais poderem influenciar fortemente o
mercado mundial de energia, esse conjunto de fatores acaba por fortalecer ainda mais essa
“pulsação”, geopolítica e geoeconômica determinada no âmbito do golfo pérsico.
O Oriente Médio representa tanta significância para a política energética estadunidense que,
mesmo com o fim da União Soviética e a vitória ocidental na Guerra do Golfo representassem
menores ameaças à oferta regional de petróleo, tal área seguiu focando as ações de política
externa dos Estados Unidos mais importante. Ressaltando que, tais medidas ostentam
objetivos amplos: “tendo em vista as necessidades energéticas dos países europeus e do
Japão, a predominância americana no Golfo oferece à Casa Branca um meio de pressão que ela
pretende bem conservar frente a seus aliados e, todavia, concorrentes econômicos” segundo o
autor Klare (1995), destacado no artigo referente.
Além disso, vale lembrar também que, o Irã ocupa uma posição estratégica no Golfo Pérsico.
Suas jazidas de petróleo representam uma ameaça para os países que compõem mais da
metade das reservas conhecidas, além de também dominar o Estreito de Ormuz, rota de
trânsito diário para exportações de volume para todo o mundo. Portanto, se a dimensão
nuclear está no centro do ressurgimento das tensões entre o Irã e o Ocidente, ela está de fato
ligada ao papel daquele país na geoeconomia e, portanto, na geopolítica energética. Talvez,
em primeiro lugar, esse fato esteja relacionado principalmente com o que os Estados Unidos
podem representar para seus interesses
Por fim, pode-se concluir a análise observando que, o sistema global capitalista é fortemente
influenciado e alterado pelo poder geopolítico e geoeconômico resultantes de fontes
energéticas que possuem fundamental significância para os países contemporâneos, dentre
essas reservas energéticas pode-se destacar de forma mais significante o petróleo. Logo,
países ou regiões que possuem maior predomínio sob tal recurso acabam por serem centros
de conflitos políticos e econômicos, como o Oriente Médio, visto que, podem influenciar de
forma significativa a economia de países com forte soberania mundial, como os Estados
Unidos, criando então, uma forte atração desses países aos recursos energéticos conforme
seus próprios interesses para assegurar as lideranças internacionais da sociedade moderna
moldada pelos recursos energéticos, sob tudo ao petróleo.
Referências Bibliográficas:
REVISTA SOCIEDADE MILITAR. Ásia Central: A nova arena energética. Disponível em:
<https://www.sociedademilitar.com.br/2014/06/asia-central-a-nova-arena-energetica.html>
Acesso em 12/02/2022.
QUESTÕES: