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Objetivo
Uniformizar os procedimentos a serem adotados pelas unidades técnicas relativos a
comunicações processuais destinadas a representantes legais e procuradores.
Fundamentos
Regimento Interno do TCU, art. 145, § 4º, c/c o art. 179, §§ 6º e 7º; Resolução–TCU 170/2004;
Lei 10.406/2002 (Código Civil) e Lei 13.105/2015 (Código de Processo Civil).
Sumário
I. Orientações gerais de comunicação processual..................................................................................
II. Comunicação a advogado (citação e audiência).................................................................................
III. Comunicação a pessoa jurídica...........................................................................................................
IV. Comunicação a sociedade de advogados.............................................................................................
V. Comunicação no caso de uma procuração com vários procuradores...............................................
VI. Comunicação a procurador quando houver substabelecimento.......................................................
VII. Comunicação em caso de renúncia de advogado...............................................................................
VIII. Comunicação quando houver mais de uma procuração válida do mesmo mandante no
processo...........................................................................................................................................................
IX. Comunicação a procurador sem procuração nos autos.....................................................................
X. Comunicação a procurador constituído na fase interna da TCE.....................................................
XI. Comunicação a procurador em processo decorrente de conversão em TCE ou de
monitoramento.............................................................................................................................................
XII. Comunicação a defensoria pública....................................................................................................
XIII. Comunicação a município..................................................................................................................
XIV. Comunicação a procurador advogado ou a representante legal devolvida pelos Correios...........
XV. Comunicação a procurador não advogado devolvida pelos Correios.............................................
XVI. Comunicação por edital.....................................................................................................................
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
Secretaria-Geral de Controle Externo (Segecex)
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1.6. Nos casos de transformação, fusão, incorporação, extinção ou cisão de pessoa jurídica
de direito privado, a comunicação deve ser encaminhada a:
a) Pessoa jurídica resultante da transformação de outra;
b) Pessoa jurídica constituída pela fusão de outras, ou em decorrência de cisão de
sociedade;
c) Pessoa jurídica que incorporar outra, ou parcela do patrimônio de sociedade
cindida;
d) Pessoa física sócia da pessoa jurídica extinta mediante liquidação, ao seu espólio
ou a herdeiros.
1.7. Estando a pessoa jurídica dissolvida em liquidação, a comunicação deve ser
encaminhada à própria pessoa jurídica, em nome do liquidante, a quem compete a representação
e a administração até a extinção da pessoa jurídica.
2. No caso de a parte ser representada por procurador advogado, regularmente constituído
nos autos, a comunicação deve ser dirigida apenas a esse representante (art. 179, §7°, do
RI/TCU).
2.1. A Secex deve verificar se a procuração contém o nome do advogado, seu número de
inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo (art. 105, § 2º, do CPC).
2.2. Antes do cadastramento do advogado no processo, a unidade técnica deve realizar
consulta no sítio eletrônico CNA – Cadastro Nacional de Advogados (http://cna.oab.org.br) para
confirmar a situação regular e o seu endereço profissional.
2.3. Caso o advogado não esteja em situação regular, deverá ser observado o contido no art.
145, § 1º, do RI/TCU, antes de cadastrar o procurador como não advogado.
2.4. A comunicação ao advogado deve ser encaminhada apenas ao endereço profissional
constante da procuração ou a outro expressamente indicado pelo procurador.
2.5. É admissível tanto a procuração de um outorgante para vários mandatários, quanto uma
procuração com vários outorgantes a um ou mais procuradores.
2.6. A Secex deve atentar à situação em que houver alteração do nome da razão social da
pessoa jurídica, uma vez que os poderes anteriormente outorgados aos advogados da pessoa
jurídica deixam de existir, o que implica a necessidade de se juntar aos autos o novo mandato.
3. Quando o destinatário da comunicação for o representante legal ou o procurador, a parte
representada, o número e o objeto do processo a que se refere a comunicação devem ser
especificados no documento enviado.
4. Para identificação ou confirmação do endereço do destinatário, orienta-se a consulta às
seguintes fontes:
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6. Para o advogado receber citação, audiência ou oitiva, sendo esta última com base no art.
250, inc. V, do RI/TCU, a procuração juntada aos autos deve outorgar expressamente poderes
especiais para esse fim (Acórdão 1.590/2008-Plenário, rel. BENJAMIN ZYMLER; art. 18-A da
Resolução–TCU 170/2004 e art. 105, caput, do Código de Processo Civil).
6.1. Na ausência de poderes especiais para o advogado receber citação ou audiência, a
comunicação deve ser encaminhada diretamente à parte.
7. O procurador não advogado, regularmente constituído nos autos, somente poderá
receber notificações (isto é, comunicações que não são citação, audiência ou diligência), e
desde que expressamente autorizado pela parte (art. 145, §4º, c/c o art. 179, § 6°, in fine, e § 7°,
ambos do RI/TCU).
15. Caso exista mais de um procurador formalmente constituído nos autos, as comunicações
processuais devem ser encaminhadas a apenas um deles, observando-se a seguinte ordem:
a) o procurador indicado pela parte, nos termos do art. 145, § 4º do RI/TCU;
b) o procurador que, mesmo não havendo indicação formal da parte para quem
serão feitas as notificações, já tenha atuado no processo;
c) o procurador que tenha atuado por último, caso mais de um procurador já tenha
atuado no processo.
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15.1. Nessa hipótese, orienta-se a unidade técnica a inserir comentário na aba própria do e-
TCU com a indicação do nome do procurador para quem devem ser encaminhadas as
comunicações.
16. Antes de encaminhar comunicação a procurador que substabeleceu seus poderes a outro
mandatário, a unidade técnica deve verificar se o substabelecimento se deu com ou sem reserva
de poderes.
16.1. No caso do substabelecimento com “reserva de poderes”, os poderes serão transferidos
ao substabelecido, mas o procurador não perde os poderes contemplados na “reserva de
poderes”. Nesse caso, a comunicação será encaminhada ao procurador com poderes para recebê-
la.
16.2. No caso do substabelecimento "sem reserva de poderes", os poderes que o procurador
recebeu do mandante por procuração serão total e definitivamente transferidos ao substabelecido,
de modo que essa espécie de substabelecimento tem efeito de renúncia ao mandato. Assim, a
comunicação será encaminhada ao substabelecido.
16.3. No caso de múltiplos mandatários, se o que substabelecer sem reservas tiver sido
indicado ou tomado como destinatário das comunicações, as novas correspondências serão
destinadas ao novo substabelecido.
17. A omissão na procuração quanto à possibilidade de substabelecimento não impede que
o mandatário substabeleça.
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18.2. Durante o transcurso do prazo de 10 dias a que faz jus a parte para substituir o
procurador, somente em caso de urgência inadiável a comunicação será dirigida ao procurador
que tenha formalmente noticiado sua renúncia à parte e ao Tribunal.
18.3. Findo o prazo mencionado no item anterior, inexistindo outro advogado nomeado nos
autos, a comunicação deverá ser remetida diretamente à parte.
VIII. Comunicação quando houver mais de uma procuração válida do mesmo mandante no
processo
19. No caso de haver nos autos mais de uma procuração válida do mesmo mandante, a
unidade técnica observará o seguinte procedimento:
a) caso a nova procuração tenha sido outorgada sem reserva de poderes conferidos
ao procurador nomeado em procuração anterior, considera-se a procuração
anterior revogada (revogação tácita), e a comunicação deverá ser encaminhada
ao procurador nomeado na procuração mais recente;
b) caso a nova procuração tenha sido outorgada com reserva de poderes ao
procurador nomeado em procuração anterior, a unidade técnica adotará as regras
da Seção V deste Anexo para definir para qual procurador será encaminhada a
comunicação.
20. A comunicação não deve ser encaminhada a suposto procurador que não tiver
procuração juntada aos autos, ainda que exista uma procuração genérica outorgada pelo mesmo
responsável juntada em outro processo, tendo em vista o disposto no §7º do art. 179 do RI/TCU.
20.1. Cabe ao advogado apresentar procuração para ser juntada aos autos em que atua, a fim
de que sua condição de procurador legal da parte seja reconhecida, e as comunicações
processuais sejam a ele dirigidas, não sendo cabível a alegação de existência de procuração
genérica em processo diverso. (Acórdão 3.614/2016- 2ª Câmara, rel. VITAL DO RÊGO).
21. A procuração juntada na fase interna da Tomada de Contas Especial (TCE) pode ser
reconhecida como válida e eficaz em processo autuado neste Tribunal apenas quando conferir
poderes para o advogado atuar também no TCU.
21.1. A procuração que restringir a representação ao processo em curso no órgão instaurador
não tem eficácia no âmbito do TCU.
21.2. Caso reste dúvida quanto à continuidade da representação, a unidade técnica deverá
entrar em contato com a parte ou com o(s) procurador(es) para verificar se permanece a
representação, ou adotar (com autorização do relator, ou por delegação de competência) o
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procedimento disposto no art. 145, §1º, do RI/TCU, juntando aos autos despacho com o registro
dos procedimentos adotados e das informações recebidas.
23. A comunicação à defensoria pública deverá ser feita na pessoa do defensor público que
tenha atuado nos autos, no endereço da sua unidade de lotação.
23.1. Caso a entrega reste frustrada, a comunicação deverá ser reencaminhada ao defensor
público geral, não se aplicando a hipótese de edital.
23.2. A comunicação encaminhada ao defensor público deve estar acompanhada de cópia em
mídia dos autos ou informar o link para acesso eletrônico remoto, exceto no caso em que o
defensor público já estiver habilitado para uso da Vista Eletrônica do processo.
23.3. A requerimento da defensoria pública, a unidade técnica fará a notificação pessoal da
parte quando o ato processual depender de providência ou informação que somente por ela possa
ser realizada ou prestada.
23.4. Para a contagem de prazo, a unidade técnica deve observar que a Defensoria Pública
tem prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, nos termos do art.186 do
Código de Processo Civil, art. 5º, §5º, da Lei nº 1.060/1950 e art. 44, inc. I, da Lei
Complementar nº 80/1994.
24. A comunicação a ser enviada ao município será feita na pessoa do prefeito ou, caso
exista registro no Tribunal, ao procurador-geral do município.
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26. Caso a tentativa de comunicação de procurador não advogado reste frustrada, deve ser
feita tentativa de comunicação diretamente à parte, antes de ser adotada a via do edital.
26.1. Previamente à tentativa de comunicação à parte, a unidade técnica deverá adotar os
mesmos procedimentos previstos na seção anterior para confirmar se o procurador não advogado
ainda representa a parte.
27. O meio de comunicação por edital deve ser utilizado quando o seu destinatário não for
localizado, nas hipóteses em que seja necessário o exercício de defesa (art. 179, inc. III, do
RI/TCU; art. 3º, inc. IV, da Resolução–TCU 170/2004).
28. As hipóteses de exercício do direito de defesa incluem a citação, a audiência, a oitiva, e
os demais atos processuais que resultem em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao
exercício de direitos e atividades, exceto nas hipóteses de determinação a órgãos e entidades
públicas.
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28.1. Persistindo a dúvida quanto à hipótese de exercício do direito de defesa, para fins de
publicação do edital, a questão deve ser submetida à apreciação do relator.
29. Considera-se não localizado o destinatário que estiver em lugar ignorado, incerto ou
inacessível, ou quando os Correios devolverem a correspondência com a informação de
“recusado”, “não procurado” ou “ausente”.
29.1. Esclarece-se que, segundo informações prestadas pelos Correios (Acórdão 2436/2013-
Plenário, rel. AROLDO CEDRAZ), a situação “não procurado” ocorre após esgotado o prazo
determinado pelos Correios para que o remetente retire a comunicação na agência dos Correios
mais próxima do endereço do destino, tendo havido antes três tentativas frustradas de entrega,
pela ausência do destinatário, e aviso emitido pela agência ao destinatário, solicitando seu
comparecimento para retirada da comunicação.
29.2. Na hipótese de o AR retornar dos Correios com a observação “não procurado” ou
“ausente” (verificando-se três tentativas de entrega pelos Correios em horários diversos), a
unidade remetente deve avaliar a conveniência de encaminhá-la por servidor designado, antes de
optar pela publicação de edital.
29.3. Na hipótese de o AR retornar dos Correios com a observação “mudou-se”,
“desconhecido”, "endereço inexistente ou insuficiente" e “outras”, a unidade remetente deve
renovar a consulta prevista no §1º do art. 4º da Resolução–TCU 170/2004, observando o
disposto no item 4 e subitens deste Anexo, e, conforme o caso, enviar a comunicação para o
novo endereço identificado ou adotar as providências para a publicação de edital.
29.4. Na hipótese de os Correios informarem que o responsável destinatário é falecido, a
unidade remetente deve confirmar essa informação, se necessário junto ao juízo competente da
comarca do último domicílio do gestor falecido, e encaminhar a comunicação para o
administrador provisório do espólio, o inventariante ou os sucessores, conforme o caso, nos
termos do parágrafo único do art. 18-A da Resolução–TCU 170/2004.
30. Para a publicação do edital devem ser observadas as seguintes orientações:
a) O edital deve ser publicado sempre em nome da parte, ainda que esta seja
representada por representante legal e/ou por procurador (advogado ou não);
b) Caso a parte tenha procurador, o edital deve declarar essa condição, após a
qualificação da parte e do representante legal, se houver, mediante o acréscimo
de expressão similar a “representado por fulano de tal (advogado, OAB xxx-UF,
ou CPF número);
c) Caso a parte tenha representante legal (diferente de procurador), o edital deve
declarar essa condição, após a qualificação da parte, mediante o acréscimo de
expressão similar a “representado legalmente por fulano de tal (CPF número) ”;
d) O edital será específico por processo, abrangendo todas as partes que devam ser
comunicadas por esse meio;
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