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Metodologia Das Ciências Sociais Métodos Quantitativos - Célia Silva e Elisabete Ferreira
Metodologia Das Ciências Sociais Métodos Quantitativos - Célia Silva e Elisabete Ferreira
Métodos Quantitativos
Bibliografia: M. Magalhães Hill & A. B. Hill, Investigação por Questionário, Sílabo, Lisboa, 2008.
Bäckström, B., Caderno de apoio de Metodologia das Ciências Sociais: Métodos Quantitativos,
Universidade Aberta, Lisboa, 2008.
Nota:
Este documento é um texto de apoio gentilmente disponibilizado pelo seu autor, para que possa auxiliar ao estudo dos colegas. O
autor não pode de forma alguma ser responsabilizado por eventuais erros ou lacunas existentes. Este documento não pretende
substituir o estudo dos manuais adoptados para a disciplina em questão.
A Universidade Aberta não tem quaisquer responsabilidades no conteúdo, criação e distribuição deste documento, não sendo
possível imputar-lhe quaisquer responsabilidades.
Copyright: O conteúdo deste documento é propriedade do seu autor, não podendo ser publicado e distribuído fora do site da
Associação Académica da Universidade Aberta sem o seu consentimento prévio, expresso por escrito.
• Paradigma Quantitativo
Advoga o emprego dos métodos quantitativos
Positivismo lógico “procura as causas dos fenómenos sociais, prestando escassa atenção aos
aspectos subjectivos dos indivíduos”
Medição rigorosa e controlada
Objectivo
À margem dos dados; perspectiva “a partir de fora”
Não fundamentado na realidade, orientado para a comprovaçãom«, confirmatório,
reducionista, indeferencial e hipotético-dedutivo
Orientado para o resultado
Fiável: dados sólidos e repetíveis
Particularista
Assume uma realidade estável
Generalizável: estudos de casos múltiplos
• Características dos métodos quantitativos
Está ligado à investigação experimental ou quase-experimental
O objectivo é a generalização dos resultados a uma determinada população em estudo a partir
da amostra, o estabelecimento de relações causa-efeito e a previsão de fenómenos
• Fases da pesquisa sociológica
Definição de um problema ou questão de partida
Estudo exploratório (recolha de informações sobre o tema)
Definição da problemática, das hipóteses de trabalho e construção de um modelo de análise
Selecção e aplicação dos instrumentos de observação e recolha de informações
Análise da informação e conclusões (processo de verificação empírica, isto é, análise dos
dados e conclusões do estudo
1 Célia Silva
Elisabete Ferreira
planificação e criatividade controlada
2 Célia Silva
Elisabete Ferreira
1.5. A REVISÃO DA LITERATURA
• Tem como objectivo encontrar 1 ou mais hipóteses gerais para a investigação empírica
• Método
A revisão da literatura envolve 4 partes:
9 Descrição das teorias
9 Avaliação das teorias
9 Comparação das teorias
9 Dedução das hipóteses a partir da avaliação e da comparação
1.5.1. Descrição, avaliação e comparação das teorias (conj. de afirmações que explicam vários factos numa
área)
• Pontos preliminares
Uma teoria tem 3 objectivos
9 Organização de conhecimento numa área
9 Explicação de factos já conhecidos na área
9 Previsão de “factos” (resultados empíricos) novos na área
9 Deve ser falsificável, ou seja, ser possível de verificar se os factos previstos são
verdadeiros ou falsos
9 Como raramente se pode afirmar que uma teoria é verdadeira, é preferível pensar
nelas como provisórias e convenientes
São utilizados 2 tipos de abordagem, para que a teoria possa progredir
9 Processo indutivo
Observações específicas são utilizadas para criar uma teoria
9 Processo dedutivo
Uma teoria que já existe é utilizada para prever dados
A descrição de uma teoria
Deve incluir
9 A natureza da teoria
9 A natureza dos factos
9 A natureza das variáveis intermediárias utilizadas na teoria
A avaliação de uma teoria
Uma boa teoria deve ter 3 características:
9 Parcimónia
Faz poucas afirmações e explica muitos factos
9 Precisão
Usar conceitos precisos e fazer previsões precisas
9 Capacidade de ser testada
2 tipos de avaliação a ter em conta:
9 Avaliação da evidência que suporta a teoria
9 Avaliação da evidência que é inconsistente com a teoria
Comparação de teorias
Deve incluir comparações em todas as categorias referidas acima sobre avaliação
3 Célia Silva
Elisabete Ferreira
Entrevistas, questionários, estudo de casos, etc
9 Os métodos utilizados na análise dos dados
Métodos qualitativos e métodos quantitativos
• A avaliação dos trabalhos empíricos
A avaliação da literatura deve ser baseada na resposta às seguintes questões:
9 Será que a amostra do estudo era adequada em termos de tipo e tamanho?
9 As hipóteses eram claras e estavam justificadas pela teoria ou pela revisão da
literatura?
9 Os métodos usados no trabalho eram adequados?
9 Os métodos utilizados para analisar os dados foram os mais apropriados?
• A comparação dos trabalhos empíricos
Esta é a parte mais dificil da revisão da literatura
Podemos utilizar a seguinte estratégia:
9 Começar por agrupar os trabalhos empíricos em 2 conjuntos, denominados:
Grupo Î Hipoteses testadas são idênticas ou semelhantes entre si
Concordantes
Ô Bem
¾ Usaram métodos semelhantes
Ô Mal
¾ Usaram métodos diferentes
Discordantes
Ô Bem
¾ Usaram métodos semelhantes
Ô Mal
¾ Usaram métodos diferentes
Isolados Î Hipoteses testadas são diferentes entre si
4 Célia Silva
Elisabete Ferreira
1.7 . AS RELAÇÕES ENTRE AS HIPÓTESES, OS MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO E OS
MÉTODOS PARA ANALISAR DADOS
• A próxima fase do planeamento do trabalho empírico (após a revisão da literatura e a Hipótese Geral),
começa na tradução da Hipótese Geral em Hipótese Operacional
Hipótese Geral
9 “produtividade na empresa X em 1998 está relacionada com a idade dos trabalhadores”
Hipótese Operacional
9 Usa definições operacionais
9 Tem grande importância no processo de investigação para evitar ambiguidade e
clarificar o objectivo específico do trabalho
“ o nrº de peças concluídas por operário em 1998, na empresa X, está
significativamente correlacionado com a idade do trabalhador
9 Na fase de planeamento da investigação, é essencial pensar nos métodos de recolha e
análise dos dados e escrever uma Hipótese Operacional adequada
2.1.2. A amostra
• Constituida por apenas parte dos casos que compõe o Universo, sendo os elementos que constituem a
amostra representativos da população através da qual foram selecionados
• Ao realizar uma amostragem, devem ser tomados os passos seguintes:
Definição da população
Determinação da dimensão ou grandeza da amostra necessária
Selecção da amostra (eventual aplicação de um inquerito para que se possa extrapolar o
5 Célia Silva
Elisabete Ferreira
resultado para toda a população)
• Uma amostra ideal deve ser um microcosmo do Universo Ö daí ser importante escolher uma
amostra representativa
• A falta de confiança numa amostra não permite que as suas conclusões sejam generalizadas para o
Universo
• Se a amostra de dados for representativa do Universo, é possível aceitar que as suas conclusões
possam ser extrapoladas para o Universo. Para isso ser possível devemos optar por 1 de duas opções
básicas:
Escolher um Universo com dimensão suficientemente pequena para poder recolher dados de
cada um dos casos do Universo, mas suficientemente grande para suportar as análises de
dados planeadas
Escolher uma amostra representativa do Universo utilizando métodos formais de amostragem
9 Esta opção é especialmente útil quando o Universo de casos é demasiado grande para
recolher dados de cada um dos casos do Universo
• Temos, assim, 2 tipos de Universos
Universos Alvo
9 Formado pelo conjunto total dos casos
Universo Inquirido
9 Formado pelo conjunto total dos casos que, na prática, estão disponíveis para a
amostragem e sobre os quais o investigador
• As sondagens são mais baratas face aos recenseamentos e é mais fácil aceder a todos os elementos
de uma amostra do que aos de uma população inteira
• Fases da realização de uma sondagem
Numa sondagem o inquérito é aplicado a uma amostra retirada de uma população
O plano amostral é o momento da sondagem onde se selecionam os elementos a partir
dos quais se vão recolher os dados necessários (Vicente et al). As etapas são:
9 Definir a população alvo
Ô É uma das fases mais importantes na realização de uma sondagem
Ô Devemos, primeiro, de ter a certeza qual o objectivo do nosso inquérito,
para depois nos podermos perguntar: “sobre quem incide o inquérito”
9 Identificar a base de sondagem
Ô É uma listagem dos elementos da qual vai selecionar a amostra
Ô É necessário que se possam identificar as unidades amostrais, sendo estas
elementos ou grupos de elementos da população
9 Escolher uma técnica amostral
Ô Depois de definida a população-alvo, levanta-se o problema da selecção
dos elementos da amostra
Ô Importa distinguir os métodos probabilísticos ou aleatórios (em que aos
elementos da população está associada uma probabilidade de inclusão na
amostra Ö considerar toda a população)) dos não-probabilisticos (onde
essa probabilidade não é determinada Ö determinados elementos da
população não têm a possibilidade de serem escolhidos)
Ô Com as amostras aleatórias é possível conhecer o grau de confiança
Ô Com as amostras não-aleatórias existe uma conclusão mais rápida do
estudo, com um menor custo
9 Determinar a dimensão da amostra
Ô Se a amostra é muito pequena, os resultados do estudo podem não ser
generalizáveis à população
Ô Quanto maior for a amostra mais possibilidades tem de ser representativa
da população
Ô A dimensão aceitável da amostra varia com o tipo de investigação
Ô Para determinar a dimensão da amostra, deve-se ter em consideração, entre
outros, o problema dos custo, o erro tolerável e o plano de investigação
9 Selecionar os elementos da amostra
Ô Nas amostras aleatórias o esquema de selecção designa objectivamente
qual o elemento a ser escolhido
Ô Se a amostra não for aleatória, o entrevistador tem de selecionar os
elementos a incluir, recorrendo ao julgamento humano (devido à
6 Célia Silva
Elisabete Ferreira
inexistência de uma base de sondagem)
9 Recolher a informação necessária dos elementos da amostra
Ô Num estudo de sondagem, existem 3 métodos de recolha de informação
Entrevista pessoal
Pode ser um pouco dispendioso, visto haver uma formação
prévia do entrevistador e existirem custos de deslocação
A taxa de respostas é mais elevada, devido ao facto de haver
maior incentivo na resposta por parte do entrevistador para
com o entrevistado
Entrevista telefónica
Torna-se mais barato do que o anterior
Contudo, se o questionário for muito longo, o custo das
chamadas telefónicas fica muito dispendioso, além do
entrevistado se fatigar mais depressa
Questionário por correio
Sem entrevistador
Aconselhável no caso de populações geograficamente
dispersas
Custos reduzidos
Os questionários são pré-testados várias vezes, para ter a
certeza que as questões são bem entendidas e que todos as
entendem da mesma maneira
Deve-se ter em conta a taxa de não respostas pois podem ser
mais elevadas do que nos anteriores
7 Célia Silva
Elisabete Ferreira
embora seja importante fazê-lo
O valor de r é escolhido ao acaso, mas o resto dos casos são
escolhidos por aplicação de um intervalo fixo, não sendo, por
isso, escolhidos ao acaso
Ô Amostragem estratificada
É o processo de selecionar uma amostra de tal forma que subgrupos ou
estratos previamente identificados na população, estejam representados
na amostra na mesma proporção na qual existem na população
É especialmente útil quando o Universo é grande e o investigador
pretende obter uma amostra representativa segundo várias variáveis pré-
identificadas
Tem a vantagem de ser mais eficiente do que os métodos de
amostragem simples ou sistemática
É mais económico em termos de tempo e dinheiro e dá resultados com
menor probabilidade de erro associada
Ô Amostragem por clusters (cachos)
Cada elemento da população pertence a um grupo ou cacho
Selecionam-se aleatoriamente os cachos e a nossa amostra é constituida
por todos os elementos que fazem parte dos cachos selecionados
Consiste em aplicar amostragem aleatória a estas unidades
É muito útil quando é difícil conhecer todos os casos do Universo,
embora existam em clusters
A desvantagem é que os clusters devem ser relativamente semelhantes
de modo a que uma amostra aleatória de clusters possa ser uma amostra
representativa dos casos do Universo
Ô Amostragem Etapas Múltiplas
Resulta da extensão do conceito da amostragem por cachos
O mais simples é a amostragem em 2 etapas, mas por vezes fazem-se
várias etapas de selacção
Ô Amostragem multi-fásica
Os métodos de amostragem não casual (Métodos Não-Probabilisticos)
9 São selecionadas de acordo com 1 ou mais critérios julgados importantes pelo
investigador, tendo em conta os objectivos do trabalho de investigação que está a
realizar
9 Não são aconselháveis quando se pretende extrapolar (generalizar) para o
Universo os resultados e conclusões obtidos com a amostra, mas podem ser úteis
no início de uma investigação
9 Os mais conhecidos são:
Ô Amostragem por conveniência
Utiliza-se um grupo de indivíduos que esteja disponível ou um grupo
de voluntários
Tem a vantagem de ser rápido, barato e fácil
Tem como desvantagem, os resultados e as conclusões só se
aplicarem à amostra, não podendo ser extrapolados com confiança
para o Universo
Ô Amostragem de casos muito semelhantes/ou muito diferentes
Os elementos selecionados são, normalmente, em pequeno número e
os recursos necessários para fazer o estudo são limitados
Ô Amostragem de casos extremos
Consiste em selecionar elementos onde o fenómeno se manifesta em
grau muito elevado
Os resultados obtidos ao estudar casos extremos podem contribuir
para explicar casos mais típicos
Ô Amostragem de casos típicos
Melhor exemplo da técnica de amostragem utilizada quando existem
grandes limitações em tempo e recursos, que tornam impossível
efectuar uma amostragem probabilistica
O investigador seleciona alguns casos considerados como normais ou
8 Célia Silva
Elisabete Ferreira
usuais
Ô Amostragem em bola de neve
Implica que, a partir de elementos da população já conhecidos, se
identifiquem outros elementos da população
Os primeiros indicam os seguintes e assim sucessivamente
A amostra cresce como uma bola de neve
É utilizado quando é impossível obter uma lista dos elementos da
população
Ô Amostragem por quotas
Tem como objectivo constituir uma amostra que seja um modelo
reduzido da população
É análogo ao método de amostragem estratificada mas com uma
diferença muito importante: os sujeitos são escolhidos por
entrevista
Não é tão dispendiosa como a amostragem estratificada, mas
apresenta alguns inconveniente em relação a esta, no que diz respeito
à representatividade da amostra e consequente possibilidade de
generalização dos resultados
O entrevistador obtém sempre o nrº de sujeitos inicialmente
previstos, mas o nrº de sujeitos dificeis de contactar pode ficar mal
representado
Há 2 grandes vantagens:
A amostra de casos, dentro do estrato, por não ser escolhida
ao acaso, não é necessariamente representativa dos casos do
estrato correspondente no Universo
Não é possível extrapolar com confiança para o Universo, os
resultados e conclusões tirados a partir da amostra
9 Utilidade das amostragens não-probabilisticas. Útil quando:
Ô Se estudam determinadas populações cuja listagem é impossível de obter
Ô Quando o investigador está interessado em estudar apenas determinados
elementos pertencentes à população
Ô Quando, numa fase exploratória da investigação, o investigador quer
averiguar se um problema é relevante ou não
Ô O investigador deverá explicar pormenorizadamente (quando utiliza este
tipo de amostragem), como procedeu à selecção dos elementos da
população, que deverão também ser descritos com rigor
2.2.3. O problema da representatividade de uma amostra reduzida
• Este termo é utilizado quando a amostra obtida é apenas uma parte da amostra alvo, ou seja, da
amostra inicialmente planeada
• 4 soluções
Persuadir os inquiridos que não deram resposta (no caso dos questionarios) a preenchê-lo
Escolher ao acaso casos alternativos para obter a amostra alvo
Analisar as características dos não-respondentes para decidir se será provável que a falta de
informação destes caso tenha introduzido um enviesamento na amostra
Comparar a amostra reduzida com uma amostra do mesmo tamanho retirada por quotas do
Universo. Se a diferença for pequena em todos os estratos, a amostra reduzida pode ser tratada
como sendo uma amostra por quotas
9 Célia Silva
Elisabete Ferreira
estatisticamente adequada
2.3.2.A estimação por meio das “Regras do polegar” (Rules of thumb)
Uma “regra do polegar” é uma regra de aproximação baseada nas experiências
de muitos investigadores
O seu objectivo é estimar o tamanho mínimo da amostra para que seja
possível efectuar uma análise estatística adequada dos dados. Ou seja, o
tamanho mínimo da amostra depende do tipo de análise que o investigador
pretende utilizar
Para utilizar estas regras na escolha do tamanho mínimo da amostra, o
investigador tem de pensar adiante e decidir, na fase do planeamento da
investigação, que análises quer aplicar aos seus dados
Regras do polegar para análises simples
Ô Teste t para 2 amostras independentes
O tamanho mínimo deve ser de 60 casos no total
Ô Análise de variância simples
O tamanho mínimo da amostra total depende (em parte) do
número (k) de níveis da variável independente
Ô Análise da variância factorial com 2 variáveis independente
Ô O coeficiente de correlação paramétrica (do tipo Pearson)
O tamanho mínimo deve ser de 40 casos
Ô Qui-quadrado
São 2 os tipos de Qui-quadrado aplicados:
¾ O Qui-quadrado para uma amostra
É aplicável quando os dados são frequências
observadas em cada uma das k categorias
¾ O Qui-quadrado para 2 amostras independentes
Aplica-se quando é possível classificar os casos numa
tabela de 2 entradas (r e k, onde r representa o número
de categorias da variável 1 (as linhas da tabela) e k
representa o número de categorias da variável 2 (as
colunas da tabela)
Regras do polegar para análises multivariadas
Ô Análise factorial
O tamanho mínimo nunca deve ser inferior a 50
Ô Regressão múltipla
O tamanho mínimo nunca deve ser inferior a 30
Ô Análise discriminante múltipla
Nrº mínimo de casos em cada um dos grupos deve ser 20
O nrº n de casos em cada grupo deve ser aproximadamente igual
10 Célia Silva
Elisabete Ferreira
Ô Não depende apenas dos factores a e b, estando também relacionada com 3
factores:
O nr de casos utilizados na análise
O tipo de teste estatístico aplicado
O “tamanho do efeito” (effect size) utilizado na análise
Ô A potência aumenta quando o tamanho da amostra (N) aumenta
Ô Os vários tipos de testes têm potências diferentes
Ô O “effect size” representa a diferença entre os valores de uma estatística
segundo a hipótese nula e segundo a hipótese alternativa
Hipótese alternativa (Hipótese operacional da investigação)
• Como calcular o tamanho adequado da amostra
Utilização das “Sample size tables”
9 Ajudam na fase do planeamento da investigação porque permitem calcular o
tamanho adequado da amostra para várias técnicas estatísticas
Para calcular o tamanho da amostra adequado, o investigador tem de escolher:
9 O teste que pretende utilizar
9 O “effect size” que quer usar
9 O valor de a que quer usar
9 A potência que quer usar ( a potência é uma compra cara quando o “effect size” é
pequeno)
Utilização das “Power tables”
9 São úteis para calcular a potência de um teste estatístico depois deste ter sido
aplicado
O Estudo Preliminar
• Um estudo preliminar é um estudo de pequena escala feito para fornecer informação relevante
para a investigação principal.
• Existem 2 tipos de estudos preliminares:
Estudos para auxiliares a elaboração de um questionário novo
Estudos para testar um questionário que já existe
11 Célia Silva
Elisabete Ferreira
• O método do estudo preliminar
Quando o questionário a aplicar é constituído por duas partes (quando cada uma das partes
contém as mesmas perguntas, reportando-se a situações diferentes), convém dividir a
amostra de casos ao meio
9 Pretende-se com isto eliminar o possível enviesamento nas respostas
12 Célia Silva
Elisabete Ferreira
9 O investigador deve convidar os respondentes a falarem sobre qualquer problema
encontrado no preenchimento do questionário
9 O investigador deve fazer uma análise simples dos dados do questionário para a
amostra total
Quando se pretende traduzir um questionário e testar a tradução
9 O significado pessoal e o significado comum de uma palavra
Ô Em cada língua existem 2 significados para as palavras: o pessoal Ö único pois
pertence à pessoa que usa a palavra e o comum Ö significado partilhado pela
pessoa que usa a palavra e pelas outras pessoas
9 O problema da polissémia
Ô Uma palavra polissémica é uma palavra que tem vários significados comuns
9 O problema de versões diferentes de uma língua
Ô É importante que o tradutor tome em linha de conta a versão da língua em que
foi escrito o questionário original
9 O problema da linguagem idiomática e da linguagem coloquial
Ô Uma palavra idiomática é uma palavra para a qual o significado não é
logicamente explicável
Ô Um grande problema na tradução reside no facto de ser dificil encontrar uma
tradução correcta de palavras e idiomáticas ou coloquiais (mad Ö insano Ö
louco Ö imprudente Ö zangado)
• Um Método para traduzir, e verificar a tradução, de um questionário
Um método de tradução muito utilizado é o método “traduz-retraduz”. Este método é
efectuado em 3 passos:
9 Passo 1 Ö A (pessoa portuguesa que conhece inglês) e B (pessoa inglesa que
conhece português) traduzem o questionário para português. O papel de A é fazer a
tradução, e o papel de B é o de assistente e consultor para clarificar pequenas
diferenças na utilização da língua inglesa
9 Passo 2 Ö Consiste na verificação da tradução do questionário. Pede-se a uma pessoa
C para traduzir a versão portuguesa do questionário para inglês. C deve ser uma
pessoa inglesa que conheça bem o português
9 Passo 3 Ö A e B comparam a versão original do questionário (escrita em inglês),
com a versão inglesa de C. Se as versões forem iguais, ou muito semelhantes, a
versão portuguesa pode ser considerada adequada
13 Célia Silva
Elisabete Ferreira
iniciais com ela associadas. Identificar em seguida que tipo de Hipótese se tem
9 Há 2 tipos de Hipóteses
Ô Hipóteses que tratam de diferenças entre grupos de casos
Ô Hipóteses que tratam de relações entre variáveis
5 Decidir quais as técnicas estatísticas adequadas para testar a Hipótese e ter em atenção os
pressupostos destas técnicas
6 Decidir o tipo de resposta desejável para cada pergunta associada com a Hipótese Geral
9 Respostas qualitativas descritas por palavras pelo respondente
Ô “Que pensa sobre o seu chefe de secção?”
Ô Acho que geralmente não é mau, embora tenha favoritos na secção e por vezes
não dê suporte suficiente aos trabalhadores. Mas em geral é justo. Há alguns
chefes piores”
Ô São valores numa escala de medida nominal
9 Respostas qualitativas escolhidas pelo respondente a partir de um conjunto de
respostas alternativas fornecido pelo autor do questionário
Ô As respostas qualitativas escolhidas pelo respondente dão medidas de variável
numa escala de medida nominal
9 Respostas quantitativas apresentadas em números pelo respondente
Ô “Quanto anos tem?” ____ anos
Ô A resposta dá uma medida de variável numa escala de medida de rácio
9 Respostas quantitativas escolhidas pelo respondente a partir de um conjunto de
respostas alternativas fornecido pelo autor do questionário
Ô “Quantos anos tem?”
Menos de 21 21-40 41-60 Mais de 60
• É preferível usar uma resposta escrita em números porque este tipo de resposta tem 2 vantagens:
É medida numa escala de rácio
Este tipo de resposta é mais flexível (é possível transformar em categorias os valores
escritos, mas nunca é possível transformá-los em valores exactos)
14 Célia Silva
Elisabete Ferreira
4.3. COMO ESCREVER (E COMO NÃO ESCREVER) PERGUNTAS
Vantagens Desvantagens
Perguntas abertas - Podem dar mais informação - Interpretação das respostas
- Informação mais rica e detalhada - Mais demorado
- Informação inesperada - Mais um investigador para a
codificação
- Respostas mais difíceis de analisar
Perguntas fechadas - Possível analisar de forma - Informação pouco rica
sofisticada - Respostas conduzem a respostas
- Possível aplicar análise estatística simples demais
- Maior obejctividade
15 Célia Silva
Elisabete Ferreira
• Não existe literatura sobre o tema ou quando a mesma não dá informação sobre as variáveis
• Investigador pretende informação qualitativa
Antes de escrever perguntas abertas, o investigador deve pensar como vai analisar as respostas
Se não tiver tempo de aplicar uma “análise de conteúdo” (ou outro tipo de análise), deve evitar usar
muitas perguntas abertas
Sempre que seja possível evitar o uso de termos técnicos, devemos escrever perguntas curtas,
usando palavras e sintaxe simples
16 Célia Silva
Elisabete Ferreira
• Perguntas que solicitem concordância com um dado pressuposto Ö “Gosta do seu chefe de
secção, não gosta?”
O investigador deve verificar sempre que as perguntas do seu questionário são NEUTRAS
Deverá reler o questionário após uns dias da sua elaboração e colocar-se no lugar do respondente
17 Célia Silva
Elisabete Ferreira
Instruções claras e acessíveis
9 Quanto mais fáceis forem, mais respostas se obtém
Estratégias de reforço
9 Cartas aos não-respondentes dando uma 2ª oportunidade; cartas de anúncio do
lançamento do inquérito, etc
18 Célia Silva
Elisabete Ferreira
Se os inquiridos não considerarão o questionário demasiado longo, aborrecido ou difícil
ou violador da sua privacidade
Perguntas fechadas
• Escolher respostas alternativas
• Numerá-las
• Associar uma escala de medida.
Tipos de Escala
• Escalas nominais
Conjunto de respostas qualitativamente diferentes e mutuamente exclusivas (Ex. Sim, Não
/ Masculino, Feminino; / Gerente, Técnico, Administrativo, Operário)
Calcula-se a frequência de respostas em cada categoria.
Não se usa médias para medir uma variável, neste tipo de escala
19 Célia Silva
Elisabete Ferreira
O valor médio é uma estatística “absurda” quando se usa uma escala nominal para medir
uma variável
Técnicas estatísticas para analisar respostas dadas numa escala nominal
9 Fornecem dados na forma de frequências
9 As adequadas são principalmente as técnicas não paramétricas
9 Análises simples univariadas e bivariadas
9 Software SPSS
9 Teste consoante os tipos de medida e a natureza da investigação.
• Escalas ordinais
Admitem uma ordenação numérica das suas categorias.
Existe uma relação entre as respostas alternativas mas não é possível medir a magnitude
entre elas.
Permitem a ordenação das respostas
Existem dois tipos de perguntas para escalas ordinais e os seus métodos de análise são
diferentes:
9 Pergunta do tipo 1
Ô Só há uma variável (Importância atribuída)
Ô Um conjunto de itens e o respondente avalia uns em relação aos outros
Ô Ordena os itens
Ter trabalho interessante 2
Ter ordenado alto 3
Ter chefe simpático 1
Ô Desvantagens:
Este tipo de perguntas não nos dá informação detalhada
Não permitem que se possa medir a amplitude das diferenças entre as
categorias
Os métodos estatísticos são relativamente restritos
9 Pergunta do tipo 2
Ô Avalia um só item (emprego) em termos de uma variável (Muito satisfeito /
Insatisfeito / Nem satisfeito, nem insatisfeito / satisfeito / Muito satisfeito)
Técnicas estatísticas para analisar respostas dadas numa escala ordinal
9 Pergunta do tipo 1
Ô Análise da variância de Friedman
Testa a hipótese dos totais de cada item serem iguais para as
categorias apresentadas.
Para cada caso coloca-se os valores numéricos dos itens, num quadro
e depois aplica-se o SPSS.
O valor da variância só indica a semelhança ou não dos itens, não
indica como eles diferem entre si. Deve evitar-se perguntas deste tipo
9 Pergunta do tipo 2
Ô As Escala ordinais ligadas com este tipo de perguntas, denominam-se
Escalas de avaliação
Ô São usados Métodos paramétricos para analisar as respostas dadas (teste t,
ANOVA, correlações do tipo Pearson e análises multivariadas – análise
factorial, análise discriminante, etc.)
Ô Os dados devem estar de acordo com os pressupostos dos Métodos
paramétricos:
Distribuições relativamente normais
Homogeneidade de variâncias
Relações lineares entre variáveis no caso de correlações do tipo
Pearson ou regressão linear.
Ô Uma escala ordinal não tem que ser obrigatoriamente uma escala de
avaliação.
Ô Uma escala ordinal não permite determinado tratamento estatístico,
nomeadamente médias, desvio-padrão, etc..
Ô No entanto, podemos transformar em numérica uma escala ordinal que seja
de avaliação (ex: muito satisfeito, satisfeito...) dando a cada posição um
número, e a partir daí tratar essa ordinal como «de avaliação» na medida em
20 Célia Silva
Elisabete Ferreira
que pode ter um tratamento parecido à das quantitativas apesar de ser ordinal
(qualitativa).
• Escalas métricas
Escalas de intervalo
9 Pouco usadas em ciências sociais
9 Admitem uma ordenação numérica das suas categorias
9 Existem diferenças iguais entre variáveis medidas (Ex. Escalas de temperaturas a
diferença entre ºC e ºF é igual em todos os valores de ºC e ºF)
9 Problema: O valor “Zero” é arbitrário Ö não indica ausência de variável, logo não
é possível fazer inferências sobre os rácios de valores na escala.
9 Técnicas estatísticas para analisar respostas dadas numa escala de intervalo
Ô Métodos paramétricos ou não paramétricos, mas é preferível os paramétricos
Escalas de rácio
9 Admitem uma ordenação numérica das suas categorias
9 Existem diferenças iguais entre variáveis medidas
9 O valor “Zero” não é arbitrário Ö é absoluto ou real Ö é possível efectuar-se
inferências sobre um rácio entre os valores (Ex. Transformação de quilómetros em
milhas, quando as escalas são numa ou noutra. Em ciências sociais – Tempo;
distância; frequência; dinheiro; Numerosidade)
9 Técnicas estatísticas para analisar respostas dadas numa escala de rácio
Ô Métodos paramétricos Ö os dados devem estar de acordo com os
pressupostos dos Métodos paramétricos:
21 Célia Silva
Elisabete Ferreira
6.1.2. Respostas alternativas
• “Respostas de alfaiate”
Respostas alternativas especificamente para a pergunta
6.1.3. Vantagens e desvantagens das respostas alternativas gerais e das respostas alternativas “do
alfaiate”
Respostas
Vantagens Desvantagens
alternativas
• Questionário parece mais curto – aumenta a
Gerais cooperação dos inquiridos; • Respostas pouco ricas e detalhadas.
• Utilização de métodos estatísticos sofisticados
• Nem sempre podem ser tratadas como uma
variável continua por isso devem efectuar-se o
Respostas • Nem sempre é possível utilizar as respostas
tratamento como para uma escala nominal. Ou
alternativas do alternativas gerais
seja usar métodos não paramétricos.
alfaite • Respostas ricas e detalhadas
• Questionário parece mais longo – dificulta a
cooperação dos inquiridos;
6.1.4. O número de respostas alternativas (Varia entre 2 e 9)
• Depende:
Objectivo da pergunta
9 Solicita factos quantitativos Ö pergunta aberta ou pergunta fechada e aqui
pergunta-se a um grupo de respondentes qual a gama ideal de respostas.
Forma da pergunta
9 Solicita factos Ö Se permitir apenas duas respostas possíveis, o investigador deve
utilizar apenas 2 respostas alternativas (sexo do chefe de secção: masculino /
feminino)
9 Solicita uma opinião Ö Não nos devemos cingir a apenas 2 alternativas, pois os
respondentes querem mais opções (Gosta do seu chefe? Não, detesto-o / Não, não
gosto dele / Nem gosto, nem desgosto / Sim, gosto dele / Sim, gosto muito dele)
Natureza dos respondentes
9 Se tiver baixa escolaridade não deve ter muitas alternativas
9 Alta escolaridade por ter sete alternativas
22 Célia Silva
Elisabete Ferreira
6.2.3. Respostas alternativas sem descrições
• Apenas tem números, não se sabe o que quer dizer cada um, não há garantia que todos entendam
os valores da mesma maneira (Ex. “A sua formação na empresa tem sido…?” Ö 1 2 3 4 5)
23 Célia Silva
Elisabete Ferreira
9 Análise das correlações entre itens e correlações do item-total.
Ô Remove-se do questionário os que não apresentam correlações elevadas e
significativas com o VALOR TOTAL bem como os que não se
correlacionam com os restantes itens.
Ô Porque normalmente tem de ser retirados itens é preferível colocar sempre
mais dois itens para poupar tempo.
9 Análise de todos os itens e seleccionar para cada variável componente em igual
número.
9 Questionário unidimensional – mede apenas uma variável Latente
Determinação da adequabilidade do questionário
9 FIABILIDADE
Ô Uma medida latente é fiável se for consistente e pode ser definida de 3
maneiras diferentes:
Consistência em termos de estabilidade temporal das medidas da
variável latente Ö valores iguais de questionário em momentos
diferentes no tempo.
Consistência em termos de equivalência das medidas da variável
latente obtidas por versões alternativas Ö valores iguais em
questionários equivalentes mas que medem a mesma variável e o
mesmo n.º de itens, usam métodos distintos.
Consistência interna (split-half) Ö questionário dividido em duas
partes iguais, existe consistência se as duas partes apresentarem
valores iguais.
Ô Nem sempre se verifica a consistência exacta.
Ô Erro amostral no Processo de amostragem devido a variação observadas
na medição de um variável. latente. Este erro varia de acordo com 2
factores:
Características da pessoa que são estáveis e constantes Ö valor
estável e típico Ö VALOR CORRECTO
Características da pessoa que não são estáveis Ö ERRO DE
MEDIÇÃO
Ô Definição técnica de fiabilidade
Valor observado = Valor correcto – Erro de medição
Fiabilidade = Variância dos valores correctos / Variância dos
valores Observados
Fiabilidade = 1 – (Variância do Erro de medição / Variância dos
valores Observados)
Fiabilidade = O (Zero) - Fiabilidade Perfeita ou seja não existe
erro de medição.
Métodos para estimar a fiabilidade
Estimação da fiabilidade do tipo “estabilidade temporal” (Test
Retest Reability)
Aplicar 2 vezes o questionário
Aplicar 2 vezes a mesma amostra
Amostra com 100 pessoas, 200 ou mais
Intervalo de tempo não fixo Ö preferível uma semana ou um
mês
Amostra escolhida aleatoriamente do universo
Coeficiente de fiabilidade do tipo “Estabilidade temporal” é
dado pela correlação entre os valores dos dois questionários
Estimação da fiabilidade do tipo “versões equivalentes”
(Equivalent Forms Reability ou Paralell Forms Reability)
Duas versões do questionário
Mesma amostra Ö tamanho e natureza da amostra para
estimar fiabilidade do tipo “Estabilidade temporal”
A fiabilidade é estimada pelo coeficiente de correlação entre
as duas versões.
24 Célia Silva
Elisabete Ferreira
Menor valor de coeficiente em relação aos restantes, pois
existem momentos diferentes.
Estimação da fiabilidade do tipo “consistência interna” (Split
Half)
Aplicar uma vez o questionário
Divide-se o questionário em duas partes iguais
Calcula-se os valores para cada parte
A fiabilidade é estimada pelo coeficiente de correlação entre
os valores das duas partes
DOIS PROBLEMAS:
• Quanto menor o tamanho de uma amostra maior o erro
amostral. Logo é possível efectuar uma correcção ao
coeficiente de fiabilidade Ö Correcção “spearman-
brown prophecy formula”
• Existem diferentes maneiras de dividir o questionário
logo reduz a confiança no método split-half Ö
Coeficiente alfa
• Alfa é o maior valor em relação aos restantes
Comparação dos coeficientes de fiabilidade
O valor de fiabilidade é estimado e não medido pois não existem
amostras perfeitas.
Os coeficientes variam de amostra para amostra
Fiabilidade de perguntas
Fiabilidade de uma pergunta fechada
Refere-se à consistência das respostas dadas à pergunta.
Medida através:
• Coeficiente de estabilidade temporal
Aplicar a mesma pergunta a uma amostra em
períodos do tempo diferentes e calcular o
coeficiente de correlação entre as duas respostas
Desvantagem: Requer muito tempo e muito
esforço.
Vantagem: para questões importantes.
Equivalência das respostas dadas a duas versões da pergunta
Duas versões de uma pergunta no mesmo questionário e
aplicar a uma amostra de pessoas.
Perguntas com palavras diferentes e separadas no
questionário.
Calcular o coeficiente de correlação entre as duas respostas
no mesmo questionário.
Fiabilidade de uma pergunta aberta (Fiabilidade de
concordância)
Para respostas a perguntas abertas é necessário recorrer, por
vezes, a outro avaliador, e a fiabilidade é tanto maior quanto
mais concordantes forem as opiniões.
Para calcular esta fiabilidade usam-se 2 métodos:
• Usam-se correlações
• Usam-se percentagens (quando existe concordância na
opinião
• O método das percentagens não considera as
concordâncias ocorridas por acaso.
• Neste caso é possível efectuar a correcção Ö
COEFICIENTE KAPPA
No caso de perguntas de resposta aberta é aconselhável
efectuar uma grelha de respostas, ou tipo de respostas., neste
caso a concordância aumenta pois são usados os mesmos
critérios.
CONCLUSÃO SOBRE FIABILIDADE:
25 Célia Silva
Elisabete Ferreira
1. Não devem tirar-se conclusões sobre uma variável latente se não
tem fiabilidade adequada
2. Se:
Maior que 0,9 – Excelente
Entre 0,8 e 0,9 – Bom
Entre 0,7 e 0,8 – Razoável
Entre 0,6 e 0,7 – Fraco
Abaixo de 0,6 – Inaceitável
3. O valor de alfa aumenta com o n.º de itens no questionário e
correlações mais elevadas entre os itens
4. O Coeficiente de fiabilidade “Split-Half” pode ser calculado
através do SPSS
9 VALIDADE
A existência de fiabilidade adequada é necessária, mas não é suficiente
para garantir validade adequada.
A medida tem validade se for uma medida da variável que o investigador
pretende medir.
Tipos de validade
Validades de Conteúdo
Os itens formam uma amostra representativa de todos os
itens disponíveis para medir os aspectos das componentes.
1º Ö Utilizar a literatura para escrever uma lista de todas as
componentes da variável latente
2º Ö Para cada componente definir os aspectos relacionados
3º Ö Para cada aspecto escrever os itens para o medir
4º Ö Comparar os itens do questionário com a lista anterior
Validade teórica
Se o questionário for uma boa medida de variável latente que
se pretende medir.
Validade convergente
Uma medida da variável latente tem validade convergente se
a medida concordar bem com outras medidas adequadas da
variável latente
Validade discriminante
Uma medida da variável latente tem validade discriminante
se não estiver correlacionada significativamente com outras
variáveis que, teoricamente, não estão relacionadas com a
variável latente.
Validade Factorial
Através da análise factorial Ö temos várias medidas para a
variável latente, que devem medir uma coisa em comum,
logo a análise factorial resulta num só factor que representa a
natureza essencial da variável latente.
Deve existir correlação entre o factor e a variável latente.
Validade prática Ö dois métodos
Método da validade preditiva
• Validade que uma medida tem de predizer valores noutra
variável (Ex. uso de um teste sob a forma de
questionário para seleccionar pessoas)
Método da validade simultânea
26 Célia Silva
Elisabete Ferreira
8.1. A INTRODUÇÃO DO QUESTIONÁRIO
• É usual colocar-se uma pequena introdução no início da primeira página do questionário.
• Vaie a pena escrevê-la cuidadosamente porque isto vai ser a primeira coisa que um potencial
respondente vai ler.
• É útil que na introdução sejam incluídos os seguintes aspectos:
Um pedido de cooperação no preenchimento do questionário
9 Se o questionário não requerer muito tempo para ser preenchido, convém que tal
seja referido, dando uma estimativa realista do tempo
9 Se for anónimo deve-se dizer isso no pedido de cooperação para se obter mais
respostas
A razão da aplicação do questionário
9 Basta referir apenas qual o objctivo principal do questionário
Uma apresentação curta da natureza geral do questionário
9 A descrição deve ser clara e breve
9 É útil que seja referida a natureza da informação solicitada no questionário
O nome da Instituição (faculdade, centro de Investigação)
9 Não é boa ética esconder a razão do questionário.
Uma declaração formal da confidencialidade das respostas
9 Deve referir-se que os dados vão ser tratados de forma confidencial, não sendo
mencionados, nomes individuais nem de empresas aquando os resultados.
Uma declaração formal da natureza anónima do questionário
9 Frisar com palavras mais formais
8.2.3. Instruções
• É muito importante dar instruções adequadas aos respondentes, e é especialmente importante dar
Instruções novas sempre que se muda a forma das perguntas.
• Nunca se deve assumir que os respondentes saibam como responder às perguntas.
27 Célia Silva
Elisabete Ferreira
• Um relatório é uma comunicação escrita e há vários tipos de relatório, consoante o “alvo” que o
escritor pretende atingir, ou seja, consoante o contexto em que o relatório é escrito a o tipo de
leitor a quem é dirigido.
• Em termos de um relatório sobre uma investigação empírica, podemos distinguir três tipos
principais de relatório:
Um relatório académico extenso (por exemplo, uma tese de final de Licenciatura, de
Mestrado ou Doutoramento).
Um relatório académico curto (por exemplo, um artigo para publicar numa revista
académica).
Um relatório interno (i.e., um relatório escrito por um executivo de uma instituição, para o
Administrador ou outro responsável da instituição).
• Um relatório académico curto assemelha-se, na sua estrutura e estilo, a um relatório académico
extenso, embora o seu conteúdo tenha necessariamente de ser mais condensado porque,
normalmente, o editor de uma revista académica não aceita artigos com mais de 30 páginas (mas
há excepções).
28 Célia Silva
Elisabete Ferreira
Não-verbais
9 Transmitem emoções, sentimentos e atitudes
9 Servem também para acentuar comunicações verbais (gestos dos políticos na tv)
29 Célia Silva
Elisabete Ferreira
• Um relatório interno não tem comprimento fixo mas è muito importante que haja um equilíbrio
entre as diferentes componentes do relatório académico:
ÍNDICE
9 Inclui todas as partes principais (normalmente, capítulos) do relatório
9 Os capítulos devem ser enumerados, e com títulos, e a página onde cada capitulo
começa deve ser referida.
9 No caso de um Relatório extenso e complexo, é normal listar, e paginar, os
conteúdos principais (secções) de cada capítulo.
RESUMO .................................. 5%
9 Deve ser escrito no final
9 Informa sobre:
Ô A razão da investigação
Relatório académico extenso (tese)
Deve incluir uma breve descrição do tema a investigar
Deve incluir as hipóteses principais
Deve referir que as hipóteses foram deduzidas a partir de uma
revisão da literatura
Relatório académico curto (artigo)
Deve ter um limite de cerca de 100 a 350 palavras para o
Resumo
Não é possivel justificar as hipóteses (excepto por meio de 1
ou 2 referências)
Relatório Interno
Tem como objectivo da investigação, a obtenção de
informação útil para resolver problemas práticos
Importante indicar a natureza desses problemas no Resumo
antes de apresentar as hipóteses e suas justificações
Ô Como foi feita a investigação
O autor deve indicar:
A natureza e a dimensão da amostra utilizada
As variáveis principais
O(s) método(s) utilizados) para medir as variáveis
Os tipos de análises aplicadas aos dados
Ô Os principais resultados
Para cada uma das hipóteses principais, esta parte do Resumo deve
apresentar os resultados mais importantes.
No caso de um relatório extenso, é útil incluir algumas estatísticas
descritivas.
Ô As conclusões
Na parte final do Resumo de um relatório académico o autor deve
apresentar as conclusões principais e fazer um comentário sobre a
sua contribuição para a literatura relevante sobre o tema da
investigação.
Se o relatório for do tipo interno, como é que as conclusões
podem ajudar a resolver o problema
INTRODUÇÃO .............................. 5%
9 A Introdução de um relatório académico (uma tese) deve preparar e orientar o leitor
para a investigação desenvolvida, indicando as principais razões que a justificaram
9 O autor deve apresentar uma panorâmica breve sobre os restantes capítulos do
relatório.
9 A Introdução de um relatório interno deve explicar a natureza deste problema
30 Célia Silva
Elisabete Ferreira
Entender o contexto da investigação
Avaliar as hipóteses gerais da investigação
9 A revisão da literatura consiste na descrição da revisão da literatura efectuada no
início da investigação, embora a vergão escrita seja uma versão mais «arrumada».
9 São cinco as palavras-chave para indicar a natureza dos passos de uma boa revisão
de literatura:
Ô Descrição
Descrever as teorias e as investigações empíricas rigorosamente
relevantes para o tema da investigação empírica que o autor mais
tarde apresenta no relatório.
Um relatório interno precisa de mais detalhe e uma tese de maior
detalhe ainda
Ô Avaliação
Avaliação das teorias e das investigações empíricas descritas.
O autor tem de condensar, e «arrumar», as avaliações de modo a
conduzirem facilmente e naturalmente às comparações do próximo
passo.
Ô Comparação
Comparar as teorias e as investigações empíricas entrando em
consideração com as avaliações feitas.
O objectivo destas comparações é salientar os aspectos Importantes
da literatura que, em conjunto, vão formar a matéria-prima para
deduzir as hipóteses da investigação.
Deve justificar perante o leitor as hipóteses gerais da sua
investigação empírica
Deve ser apresentado um resumo dos aspectos importantes que
foram evidenciados e que sejam mais relevantes para as hipóteses
que o autor vai deduzir no passo seguinte
Ô Dedução
A dedução das hipóteses deve parecer um processo fácil e natural e,
apôs a dedução, elas devem parecer "óbvias».
Se as comparações forem claramente escritas, o autor não deve ter
grande dificuldade em deduzir as hipóteses de um modo
compreensível para o leitor.
O autor tem de deduzir as hipóteses gerais e não listá-las
meramente Ù deve justificá-las
Ô Apresentação
Este passo final da revisão da literatura, vale a pena apresentar
essas hipóteses gerais, de uma maneira breve e formal, no final do
capítulo da revisão da literatura.
Mais tarde esta apresentação vai ajudar também o autor — quando
precisar de transformar as hipóteses gerais em hipóteses
operacionais.
MÉTODOS ................................ 20%
9 Relatório académico curto ou extenso
Ô O autor deve descrever os métodos usados com detalhe suficiente para
permitir que o leitor possa replicar a investigação.
9 Relatório interno extenso
Ô Autor deve descrever os métodos com detalhe suficiente para permitir que o
leitor possa avaliar se foram adequados para suportar as conclusões do
relatório
9 A estrutura do capítulo “Métodos”
Ô A estrutura do capítulo depende da natureza exacta da investigação empírica
do autor. Possui as seguintes secções:
Uma panorâmica os métodos a amostra
Tem como objectivo fornecer um guião sobre os conteúdos
do capítulo pois isso simplifica o esforço do leitor, mas deve
ser um guião breve (1 página).
31 Célia Silva
Elisabete Ferreira
A amostra deve incluir
a. A natureza do Universo utilizado no processo de
amostragem.
b. A Intenção do processo de amostragem utilizado.
c. A natureza da amostra retirada do Universo.
d. Razão par que se usaram esses estratos.
e. O tamanho «alvo» da amostra
f. Como é que o autor escolheu este tamanho «alvo».
g. Como é que foram seleccionados os casos.
h. Como é que o autor tratou as situações de «não resposta».
i. O tamanho final da amostra.
j. A representatividade da amostra final.
As variáveis da investigação
Nesta secção listam-se todas as variáveis incluídas na
Investigação empírica e indica-se brevemente como é que
cada uma delas foi medida.
Se o autor usou variáveis não medidas por Questionário, tem
de explicar como é que foram medidas.
Se aplicou um teste ou um questionário já publicado para
medir uma variável é, normalmente, suficiente referir o
teste/questionário, o autor e a data de publicação.
O questionário
O autor deve explicar como desenvolveu o questionário
incluindo os pontos seguintes:
a. a natureza de quaisquer entrevistas ou discussões em
grupo.
b. Se o questionário contém perguntas sobre as
características da respondente.
c. Se pediu conselho antes de incluir perguntas -
sensíveis».
d. Porque é que decidiu utilizar um número impar (ou
par) de categorias de resposta.
e. Se fez algum estudo preliminar para verificar a
adequação das perguntas e das respostas alternativas.
f. A natureza de quaisquer alterações que fez com base
no estudo preliminar.
g. A estrutura do questionário,
h. Que foi leito para minimizar a falta de respostas.
i. Como é que foi verificada a clareza e a
compreensibilidade da versão final do questionário.
j. Se o questionário foi escrito para medir uma variável
latente.
Uma cópia do questionário deve ser incluído no relatório e,
geralmente, é preferível colocá-la num Anexo (enumerado)
mas, se o questionário for muito curto, ó aceitável introduzi-
lo no texto.
A recolha de dados
Nesta secção, o autor deve descrever como aplicou o
questionário ou quaisquer outros «instrumentos»
{testes/questionários publicados
a) Como é que os respondentes receberam o
questionário.
b) Quem estava presente quando o questionário foi
preenchido.
c) Como é que o questionário foi preenchido.
d) Se o questionário foi preenchido na presença de um
intermediário.
32 Célia Silva
Elisabete Ferreira
e) Se o questionário foi preenchido na presença de um
assistente/intermediário.
f) Se o questionário é anónimo.
A análise dos dados
É preciso descrever as técnicas de análise de dados que foram
aplicadas para testar cada uma das hipóteses da investigação
Para isso há 2 abordagens alternativas:
1. No caso de uma ou duas hipóteses Ö descrever,
separadamente para cada uma das hipóteses gerais,
todas as análises estatísticas aplicadas para testar a
hipótese e deve incluir:
Quaisquer testes aplicados para avaliar as
características dos dados
Quaisquer manipulações dos dados feitas
O(s) tipo(s) de estatísticas descritivas que foram
calculadas
As técnicas estatísticas indutivas aplicadas
Depois de descrever as técnicas estatísticas aplicadas para
testar uma hipótese geral, o autor deve apresentar a Hipótese
operacional.
Para compreender bem o significado dos resultados, e para
avaliá-los, o leitor precisa de conhecer as naturezas das
Hipóteses Operacionais
2. No caso de muitas hipóteses Ö Para ajudar o leitor, e
para melhorar a eficácia de comunicação, pode ser útil
que na secção «análise dos dados» seja só dada uma
panorâmica curta, ou um resumo, dos tipos de análises
aplicadas para testar as hipóteses, e deixar as descrições
detalhadas para o capítulo do relatório que traia dos
resultados da investigação empírica. Existe, também:
A necessidade de convencer o leitor
A antecipação de dúvidas – ajuda – pedir a um
colega que veja o trabalho, pois a comunicação é
num só sentido.
RESULTADOS ............................. 20%
9 No caso de um relatório extenso, os resultados formam um capítulo
9 No caso de uma investigação grande, talvez vários capítulos.
9 O capítulo dos resultados tem de ler duas características:
Ô Tem de continuar a história que o autor estava a contar ao leitor sobre a
investigação
Ô Os resultados numéricos têm de ser explicados em palavras
Ô Os resultados são apresentados hipótese por hipótese
9 A apresentação de estatísticas descritivas e estatísticas indutivas
Ô É essencial apresentar:
Estatísticas descritivas Ö Possuem informação detalhada mas não
permitem tirar conclusões sobre a aceitabilidade da Hipótese
Operacional (apresentadas em 1.º lugar – apresentação dos resultados
da nossa recolha)
Estatísticas indutivas Ö Fornecem informação sobre a
aceitabilidade da Hipótese Operacional mas, muitas vezes, não
apresentam informação detalhada (quadros, gráficos, gráficos de
barras)
9 As vantagens e desvantagens dos quadros, gráficos e gráficos de barras
Ô Vantagens e desvantagens dos QUADROS
Toda a informação relevante está concentrada num pequeno espaço,
apresentando informação detalhada
O leitor pode ter dificuldade em processar e interpretar a informação
apresentada
33 Célia Silva
Elisabete Ferreira
Muitos leitores não gostam de quadros cheios de números
Ô Vantagens e desvantagens dos GRÁFICOS
O leitor adquire facil e rapidamente uma impressão geral dos
resultados mais importantes
É fácil e rápido entender a natureza de diferenças importantes entre
grupos de casos
É esteticamente mais atraente do que um quadro (cores, linhas, etc)
Os leitores gostam de gráficos
O leitor pode ter dificuldade em obter informação detalhada sobre os
resultados
O leitor pode ter dificuldade em processar e interpretar a informação
apresentada
Ô Vantagens e desvantagens dos GRÁFICOS DE BARRAS
Todas as vantagens dos gráficos
É possível apresentar alguma informação ligeiramente mais detalhada
usando etiquetas
Dá informação menos detalhada do que um quadro
DISCUSSÃO............................... 20%
9 Se o relatório for extenso, a discussão constitui, normalmente, um capítulo separado
do relatório e tem quatro objectivos principais:
Ô Apresentar um resumo das conclusões tiradas sobre as Hipóteses
Ô Avaliar a investigação empírica e perante esta avaliação, avaliar as
conclusões tiradas sobre as hipóteses
Ô Comentar as conclusões
Ô Descrever quaisquer implicações da investigação empírica para
investigações tutoras.
9 O resumo das conclusões sobre as hipóteses
Ô Quando a investigação contém várias Hipóteses Operacionais, as
conclusões podem estar muito dispersas pelo capítulo e o leitor precisa de
as recordar.
9 A avaliação da investigação empírica
Ô O objectivo é a obtenção de evidência para responder à pergunta seguinte:
«Será que podemos ter confiança razoável nas conclusões tiradas sobre as
Hipóteses Operacionais?».
9 O comentário sobre as conclusões
Ô Varia consoante a natureza do relatório
Ô Num relatório académico (uma tese ou um artigo), o objectivo do
comentário é indicar como é que as conclusões em que o autor tem
confiança dão um contributo para a literatura sobre o tema
A natureza do comentário para indicar como é que as conclusões
contribuem para a literatura depende, em parte, do tipo de
investigação feita (réplica, confirmação, melhoria ou extensão)
Mas será que pode explicar a ausência de resultados significativos
porque usou uma amostra demasiado pequena? Por duas razões a
resposta a esta pergunta deve ser NÃO!
O Investigador escolheu o tamanho da amostra antes de
efectuar a investigação.
Se os resultados obtidos a partir da amostra (que insiste, é
demasiado pequena) fossem significativos, será que o
investigador recusaria aceitá-los porque usou uma amostra
demasiado pequena? Pensamos que não.
Ô Num relatório interno, que apresenta uma investigação aplicável, o
objectivo do comentário é indicar a relevância das conclusões para a
resolução de um problema prático.
O comentário deve abordar a relevância dos resultados para resolver o
problema prático.
34 Célia Silva
Elisabete Ferreira
9 CONSELHO PRATICO
Ô Quando os resultados de uma investigação empírica não são significativos,
o autor do relatório deve considerar os três pontos seguintes:
1. A ausência de resultados significativos pode ser um fenómeno
genuíno.
2. A ausência de resultados significativos pode dever-se a hipóteses
fracas.
3. A ausência de resultados significativos pode dever-se a fraquezas
nos métodos de investigação (mas não ao tamanho da amostra).
REFERÊNCIAS .............................. 5%
9 É muito importante que todas as referências apresentadas ao longo do relatório
sejam listadas de modo detalhado na secção das Referências (que deve ser a parte
do relatório imediatamente a seguir à Discussão).
9 Quando não há formato fixo o autor pode escolher o formato que preterir, e são dois
os formatos vulgarmente utilizados:
Ô Formato 1
As referências no texto têm o(s) nome(s) do(s) autor(es) e a data da
publicação, e na secção das Referências, a ordem das referências é a
ordem alfabética dos nomes dos autores.
Ô Formato 2
As referências no texto são numeradas por meio de «indicas» e na
secção das Referências, apresentada no fim do relatório, a ordem das
referências é a ordem numérica.
ANEXOS
9 Os Anexos do relatório contêm todas as informações da investigação que o leitor
precisa de ter disponíveis para entender e avaliar o relatório mas que o autor não
quer, ou não pode, incluir no texto (exemplo: o questionário (quando é extenso).
9 Os Anexos têm de ser numerados, paginados, e cada um deles deve ter um título.
35 Célia Silva
Elisabete Ferreira