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1 - Solicitações normais.
1.1 Generalidades
As peças solicitadas por esforços normais apresentam tensões de naturezas
diferentes, ou seja, podem estar tracionadas ou comprimidas. A condição de
segurança é analisada pela comparação da tensão atuante com a resistência de
cálculo correspondente ao tipo de solicitação.
1.2 Peças tracionadas
Quando a verificação corresponde ao caso de peças tracionadas, a
segurança estará garantida quando a tensão atuante de tração for menor ou igual
ao valor de cálculo da resistência à tração, ou seja: σtd ≤ ftα,d.
σcd ≤ fcα,d
É importante observar que para o caso de α = 90°, a expressão anterior tem
o valor de cálculo da resistência multiplicado pelo coeficiente αn, dado pela Tabela
1. As possíveis majorações resultantes da aplicação deste coeficiente somente
serão válidas se a força estiver afastada de pelo menos 7,5 cm da extremidade da
peça em compressão normal, conforme ilustra a Figura 1.
σcd ≤ αn fcα,d
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2- Estabilidade para peças comprimidas ou flexocomprimidas.
2.1- Caracterização do problema e parâmetros.
Peças comprimidas ou flexocomprimidas podem atingir seu estado limite por
perda de estabilidade em função da sua esbeltez. Assim, além da verificação da
resistência deve-se verificar a estabilidade da peça de acordo com as indicações a
seguir.
Quando ocorrer excentricidade efetiva entre o centro geométrico da seção
transversal e o ponto de aplicação da força axial, o momento fletor resultante deste
efeito será considerado como um efeito principal, gerando uma situação de
flexocompressão. Contudo, mesmo que este caso não aconteça, além destes
efeitos deve-se considerar excentridades adicionais provenientes das imperfeições
geométricas, das possíveis e comuns variações não previstas resultantes do
deslocamento do ponto de aplicação da força axial, efeitos de segunda ordem e
fluência da madeira.
O valor de referência para a verificação da estabilidade é baseado no valor
L0 chamado de comprimento teórico de referência. O valor de L0 é considerado
igual ao comprimento efetivo da barra (L) quando as extremidades da barra são
articuladas sem deslocabilidade perpendicular à direção da aplicação da força. Se
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a barra é engastada e livre, L0 é considerado igual a 2L. Caso a barra seja
contínua e tenha mais de dois apoios, e, portanto, rigidez adicional proveniente da
continuidade sobre os apoios, a norma não permite considerar esta vantagem.
Enfim, na verificação da estabilidade somente duas situações podem ser
consideradas, conforme ilustra a Figura 2.
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Esta expressão considera o caso mais geral de flexão oblíqua, quando
existem momentos fletores atuantes nas direções x e y. O valor da tensão σMd
considera o efeito dos momentos fletores atuantes e provenientes de
excentricidades adicionais. A seguir é apresentada a formulação para cálculo de
σMd que deve ser feita para as duas direções x e y, simultaneamente, embora a
NBR 7190:1997 apresente a expressão agrupando estas tensões num mesmo
termo chamado de σMd.
A tensão de cálculo atuante pode ser determinada de acordo com a fórmula
a seguir.
Observar que o valor de ei não deverá ser inferior a h/30, onde h é a altura
da seção transversal referente ao plano de verificação.
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2.3 - Peças esbeltas (80 < λ ≤140)
A verificação de peças com esta característica solicitadas por compressão
(Nd) ou flexocompressão (Nd e M1d), as mesmas deverão ser verificadas pela
mesma expressão anterior, dada a seguir.
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Nas expressões anteriores o valor da excentricidade eig é dado por:
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O coeficiente de fluência φ é dado pela Tabela 3.
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Figura 4 – Parâmetros para seção transversal formada por dois e três elementos
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Os parâmetros relacionados com os elementos individuais são:
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Dado por:
A verificação da estabilidade local dos trechos compreendidos entre pontos
de contato pode ser dispensada desde que as seguintes condições sejam
respeitadas:
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A partir do valor da força de cálculo suportada pela peça faz-se o
dimensionamento da solidarização, ou seja, diâmetro, comprimento e
espaçamentos dos pregos. Para este dimensionamento seguem-se as
recomendações da ABNT NBR 7190:1982, que se baseia na existência de uma
força (H) atuando na região da solidarização igual a:
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Valores médios de Resistência de algumas madeiras –
NBR 7190:1997 (Anexo E)
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