Você está na página 1de 24

23/09/2012

Universidade Regional do Noroeste do Estado


do Rio Grande do Sul
Departamento de Ciências Exatas
e Engenharias – DCEEng
Curso de Engenharia Civil

Estruturas de Madeira

Unidade 5
PROJETO ESTRUTURAL DE MADEIRA
Parte 02
Profº MSc. Paulo Cesar Rodrigues

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

5.7. Dimensionamento de barras comprimidas – Peças solicitadas


por compressão axial
A solicitação de compressão paralela às fibras pode ocorrer em barras
de treliça, em pilares e em elementos componentes de contraventamentos
ou travamentos de conjuntos estruturais, solicitados apenas por
compressão centrada.

a.) Peças curtas: λ ≤ 40:


Uma peça é denominada curta quando o índice de esbeltez é menor ou
igual a 40, o dimensionamento será feito como compressão simples. Nesta
caso, considera-se que não ocorre perda de estabilidade, e a verificação da
segurança será feita relativamente à resistência às tensões normais de
compressão, com a condição:
2

1
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

Nd
σ co,d ≤ f co,d ⇒ σ co,d = ≤ f co,d
A

onde:

σcod : é o valor de cálculo da tensão atuante de compressão;

Nd : é o valor de cálculo do esforço de tração;

A : é a área da seção transversal da peça;

fco,d : é o valor de cálculo da resistência à compressão paralela às fibras.

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

b.) Peças com λ > 40:

Se a solicitação de cálculo seja apenas de compressão centrada, a


verificação da estabilidade deve ser feita admitindo-se uma excentricidade
acidental do esforço de compressão. Esta excentricidade é devido a
imperfeições geométricas das peças, excentricidades inevitáveis dos
carregamentos e acréscimos das excentricidades causados por efeito de
segunda ordem.

As peças medianamente esbeltas (40 < λ ≤ 80) e as peças esbeltas


(λ > 80) deverão ter estabilidade verificada, na prática, como se fossem
flexocomprimidas.

2
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

5.8. Dimensionamento de barras em flexão composta – Peças


solicitadas por flexo-compressão
A solicitação de flexo-compressão pode ocorrer devido à aplicação de
uma força de compressão axial excêntrica, ou pela atuação de uma força
de compressão, seja esta centrada ou não, simultânea a um carregamento
que provoque flexão.
Para a solicitação de flexo-compresão, com referência às tensões
normais, devem ser verificadas duas situações, sendo uma relacionada à
resistência e a outra, à estabilidade da peça.

5.8.1. Verificação das tensões normais – Condição de resistência


A verificação da resistência segundo as tensões normais deve ser feita
de acordo com a mais rigorosa das duas condições seguintes, aplicadas ao
ponto de maior solicitação da borda comprimida.
5

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça
  σ Nc ,d
2
 σ Mx ,d σ My ,d
   + + kM ⋅ ≤1
  f c 0, d  f f c 0, d
   c 0,d


 2
  σ Nc ,d  σ σ
   + k M ⋅ Mx , d + My ,d ≤ 1
 f c 0, d 
   f c 0, d f c 0, d
onde:
σNc,d : é o valor de cálculo da tensão normal atuante em virtude do esforço
normal de compressão;
σMx,d e σMy,d : são tensões máximas devidas aos componentes de flexão
atuantes segundo as direções principais da seção;
fc0,d : é o valor de cálculo da resistência à compressão paralela;
kM : é um coeficiente de correção, para seção retangular kM = 0,5 e outras
seções transversais kM = 1,0.
6

3
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

5.8.2. Verificação da instabilidade


Esta verificação se aplica tanto à situação de flexo-compressão quanto
á situação de compressão centrada. Deve ser feita referente ao dois planos
que contém os eixos principais da seção transversal da peça.

Parâmetros necessários à aplicação do critério.


 Lo = comprimento de flambagem
Lo = 2·L, no caso em que uma extremidade da peça esteja engastada e
a outra livre;
Lo = L, demais casos.

 i = raio de giração da seção transversal da peça, referente ao eixo


verificado.

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça
Lo
 λ = índice de esbeltez, definido por: λ =
i
 ea = excentricidade acidental mínima, é devida às imperfeições
geométricas das peças. Deve ser adotado com pelo menos o valor:
Lo
ea =
300

 ei = excentricidade inicial, é decorrente dos valores de cálculo do


momento fletor (M1d) e do esforço normal de compressão (Nd), na situação
de projeto (ainda sem amplificação devido à teoria de segunda ordem). É
dada pela equação abaixo, não devendo ser tomada com um valor inferior
a h/30 (h é a altura da peça referente ao plano de verificação da
estabilidade).
M 1d
ei =
Nd
8

4
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

 e1 = excentricidade de 1ª ordem, é a soma das excentricidades inicial e


acidental:
e1 = ei + ea

 FE = carga crítica de Euler, é da pela equação abaixo, I é o momento de


inércia da seção em relação ao qual se verifica a estabilidade:

π 2 ⋅ Ec 0,ef ⋅ I
FE =
L20

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

5.8.2.1. Verificação da estabilidade de peças curtas (λ ≤ 40)


Neste caso, é dispensada a verificação da estabilidade, bastando
apenas verificar a condição de resistência, no caso de compressão
centrada, dada pela equação:
N
σ co,d ≤ f co,d ⇒ σ co,d = d ≤ f co,d
A
No caso de flexão-compressão pelas equações:
 σ 2
 σ Mx ,d σ My ,d
 Nc, d  + + kM ⋅ ≤1
 f c 0, d 
 f c 0, d f c 0, d


 2
 σ Nc, d  σ σ
 + k M ⋅ Mx , d + My ,d ≤ 1
 
 c 0, d
f  f c 0, d f c 0, d
10

5
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

5.8.2.2. Verificação da estabilidade de peças medianamente


esbeltas (40 < λ ≤ 80)
Deve ser garantida a segurança em relação ao estado limite último de
instabilidade. Esta condição é verificada se no ponto mais comprimido da
seção transversal for respeitada a equação:

π 2 ⋅ Ec 0,ef ⋅ I
FE =
L20

aplicada isoladamente para os planos de rigidez mínima e máxima da peça:

σ Nd σ Md
+ ≤1
f c 0, d f c 0, d

11

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

onde:

σNd : é o valor de cálculo da tensão de compressão devida à força normal


de compressão (Nd);

σMd : é o valor de cálculo da tensão de compressão devida ao momento


fletor de segunda ordem (Md);

O momento fletor de segunda ordem (Md) é obtido a partir da


excentricidade de primeira ordem amplificada, sendo dado por:

 FE 
M d = N d ⋅ e1 ⋅  

 FE − N d 

12

6
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

5.8.2.3. Verificação da estabilidade de peças esbeltas λ > 80


Neste caso, deve-se aumentar a excentricidade de primeira ordem (e1)
de um valor referente à excentricidade suplementar de primeira ordem
(ec), que representa a fluência da madeira.
e1,ef = e1 + ec = ei + ea + ec

Para determinação da excentricidade suplementar (ec), deve-se


determinar a excentricidade inicial devida apenas à carga permanente (eig):
M 1gd
eig =
Nd
onde M1gd é o valor de cálculo do momento fletor devido apenas à carga
permanente, na situação de projeto ( M1d = M1gd + M1qd ).

13

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

A excentricidade suplementar é obtida por meio da seguinte equação:

  Φ⋅(N gk + (ψ 1 +ψ 2 )⋅ N qk )  
  −1
 N −[N + (ψ +ψ )⋅ N ] 
ec = (eig + ea ) ⋅ exp  E gk 1 2 qk  
 
 

com (ψ1+ ψ2) ≤ 1


onde:
Φ : é o coeficiente de fluência, dado na tabela seguinte;
Ngk e Nqk : são os valores característicos da força normal devidos às cargas
permanentes e variáveis, respectivamente;
Ψ1 e ψ2 : são os fatores de utilização dados na tabela do slide 19 Unidade 2.
14

7
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

Tabela: Coeficiente de fluência Φ

15

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

O momento fletor de segunda ordem será dado por:

 FE 
M d = N d ⋅ e1 ⋅  

 FE − N d 

A verificação da estabilidade deve ser feita de maneira análoga ao caso


anterior, utilizando a equação:

σ Nd σ Md
+ ≤1
f c 0, d f c 0, d

O índice de esbeltez não deve ser superior a 140 (λ ≤ 140).


16

8
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

5.9. Dimensionamento a compressão paralela às fibras -


Verificação da resistência

5.9.1. Verificação da resistência do banzo superior

5.9.2. Verificação da resistência do banzo inferior

5.9.3. Verificação da resistência das diagonais

5.9.4. Verificação da resistência dos montantes

17

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

5.9.1. Verificação da resistência do banzo superior:


Banzo Superior Banzo Superior
1ª C 2ª C 3ª C A L Imin imin
Barra λ
Nd Nd Nd (cm2) (cm) (cm4) (cm)
2 -33,60 31,96 33,65 72 104 864 3,46 30,06
23 -26,91 25,92 25,71 72 169 864 3,46 48,84
25 -21,87 21,66 19,74 72 169 864 3,46 48,84
27 -17,00 17,56 13,81 72 179 864 3,46 51,73
29 -17,00 17,56 14,23 72 179 864 3,46 51,73
28 -21,87 21,66 14,73 72 169 864 3,46 48,84
26 -26,91 25,92 15,43 72 169 864 3,46 48,84
24 -33,60 31,96 17,03 72 104 864 3,46 30,06
18

9
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

 Esforço de compressão crítico: barra 2 e 24 na 1ª combinação


Nd = 33,60 kN com λ = 30,06 peça curta: verificação da resistência
como peça curta.

 Esforço de compressão crítico: barra 23 e 16 na 1ª combinação


Nd = 26,91 kN com λ = 48,84 peça medianamente esbelta : verificação
da resistência como peça medianamente esbelta.

19

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

a.1.) Verificação da resistência do banzo superior – peça curta :


Esforço de compressão crítico: barra 2 e 24 na 1ª combinação
Nd = 33,60 kN com λ = 30,06 peça curta.

3 3

12

33,60
σ cd ≤ f co, d ⇒ σ cd = = 0,467 kN/cm 2 < f co,d = 1,60 kN/cm 2
72

20

10
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

a.2.) Verificação da resistência do banzo superior – peça


medianamente esbelta:
Esforço de compressão crítico: barra 23 e 26 na 1ª combinação
Nd = 26,91 kN com λ = 48,84 peça medianamente esbelta.

3 3

12

21

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

 Momentos fletores provenientes das excentricidades:


  M 1d , x
 eix =
M x, d = N d ⋅ e1x   Nd
  
 M 1d , y
 ⇒ e1 = ei + ea ⇒ eiy =
   Nd
M y ,d = N d ⋅ e1 y   L
  ea =
  300

 Verificação das equações:


 σ 2
 σ Mx , d σ My , d  σ Nc ,d 
2
σ σ
 Nc, d  +   + k M ⋅ Mx , d + My ,d ≤ 1
 
+ kM ⋅ ≤1 e
 f c 0, d 
 f c 0,d  f c 0, d f c 0, d   f c 0, d f c 0, d

22

11
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

Os momentos M1d,x e M1d,y são os momentos de extremidades das


barras, isto è, são iguais a zero, logo eix e eiy são zeros, eix = eiy = 0.

A excentricidade acidental ea : L 169


ea = = = 0,56 cm
300 300

A excentricidade ea é admitida para a direção do eixo de menor


inércia:

3 3   3 ⋅12 3 
 I x = 2 ⋅   = 864 cm 4
 e1x = eix + ea = 0 + 0,56 = 0,56 cm
  12  
12  ⇒ 
  12 ⋅ 3 3
2 e = e = 0 = 0
  4
 I y = 2 ⋅  12 + 3 ⋅12 ⋅ 4,5  = 1512 cm  1y ix
  
6
23

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

Cálculo dos momentos fletores provenientes das excentricidades:


M x, d = N d ⋅ e1x = 26,91 ⋅ 0,56 = 15,07 kNcm


M
 y ,d = N d ⋅ e1 y = 26,91 ⋅ 0 = 0

Cálculo das tensões normais máximas de compressão:



σ Nc ,d = Fcd = 26,91 = 0,374 kN/cm 2 3 3
 A 72

 M x ,d 15,07 12
σ Mx , d = ⋅y= ⋅ 6 = 0,105 kN/cm 2
 I x 864
 M 0
σ My , d = y , d ⋅ x = ⋅6 = 0 6
 Iy 1512
24

12
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

Verificação das equações:

 σ 2
 σ Mx , d σ My ,d  0,374  2 0,105
 Nc ,d  + + kM ⋅ ≤1   + + 0,5 ⋅
0
= 0,1203 < 1
 f c 0,d 
 f c 0, d f c 0, d  1,6  1,6 1,6
 
 ⇒
 2  2
 σ Nc ,d  σ σ
 + k M ⋅ Mx ,d + My ,d  0,374  + 0,5 ⋅ 0,105 + 0 = 0,0875 < 1
 ≤ 1  
 f c 0,d  f f c 0, d  1,6  1,6 1,6
 c 0, d

25

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

5.9.2. Verificação da resistência do banzo inferior:


Banzo Inferior Banzo Inferior
1ª C 2ª C 3ª C A L Imin imin
Barra Barra λ
Nd Nd Nd (cm2) (cm) (cm4) (cm)
1 32,62 -30,70 -32,27 1 72 101 864 3,46 29,19
3 32,62 -30,70 -32,27 3 72 163 864 3,46 47,11
5 25,93 -23,84 -23,35 5 72 163 864 3,46 47,11
8 21,08 -18,71 -16,30 8 72 173 864 3,46 50,00
11 21,08 -18,71 -10,27 11 72 173 864 3,46 51,73
15 25,93 -23,84 -11,46 15 72 163 864 3,46 47,11
18 32,62 -30,70 -13,53 18 72 163 864 3,46 47,11
21 32,62 -30,70 -13,53 21 72 101 864 3,46 29,19
26

13
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

 Esforço de compressão crítico: barra 1 e barra 3 (3ª combinação) com


Nd = 32,27 kN; respectivamente, com λ = 29,19 (peça curta) e λ =
47,11 (peça medianamente esbelta);

 Esforço de compressão crítico: barra 18 e barra 21 (2ª combinação) com


Nd = 26,91 kN; respectivamente, com λ = 47,1 (peça medianamente
esbelta) e λ = 29,19 (peça curta);

 Portanto, o dimensionamento será com o esforço crítico da barra 3 com


Nd = 32,27 kN e λ = 47,1 (peça medianamente esbelta).

27

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

Verificação da resistência do banzo inferior – peça


medianamente esbelta:
Esforço de compressão crítico: barra 3 com Nd = 32,27 kN e λ = 47,1
(peça medianamente esbelta). Comprimento L = 163 cm.

3 3

12

28

14
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

 Momentos fletores provenientes das excentricidades:


  M 1d , x
 eix =
M x, d = N d ⋅ e1x   Nd
  
 M 1d , y
 ⇒ e1 = ei + ea ⇒ eiy =
   Nd
M y ,d = N d ⋅ e1 y   L
  ea =
  300

 Verificação das equações:


 σ 2
 σ Mx , d σ My , d  σ Nc ,d 
2
σ σ
 Nc, d  +   + k M ⋅ Mx , d + My ,d ≤ 1
 
+ kM ⋅ ≤1 e
 f c 0, d 
 f c 0,d  f c 0, d f c 0, d   f c 0, d f c 0, d

29

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

Os momentos M1d,x e M1d,y são os momentos de extremidades das


barras, isto è, são iguais a zero, logo eix e eiy são zeros, eix = eiy = 0.

A excentricidade acidental ea : L 163


ea = = = 0,54 cm
300 300

A excentricidade ea é admitida para a direção do eixo de menor


inércia:

3 3   3 ⋅12 3 
 I x = 2 ⋅   = 864 cm 4
 e1x = eix + ea = 0 + 0,54 = 0,54 cm
  12  
12  ⇒ 
  12 ⋅ 3 3  e = e = 0 = 0
I = 2 ⋅  + 3 ⋅ 12 ⋅ 4,5 2
= 1512 cm 4
 1y
 y  12  ix
  
6
30

15
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

Cálculo dos momentos fletores provenientes das excentricidades:


M x, d = N d ⋅ e1x = 32,27 ⋅ 0,54 = 17,43 kNcm


M
 y ,d = N d ⋅ e1 y = 32,27 ⋅ 0 = 0

Cálculo das tensões normais máximas de compressão:



σ Nc ,d = Fcd = 32,27 = 0,448 kN/cm 2 3 3
 A 72

 M x ,d 17,43 12
σ Mx , d = ⋅y= ⋅ 6 = 0,121 kN/cm 2
 I x 864
 M 0
σ My , d = y , d ⋅ x = ⋅6 = 0 6
 Iy 1512
31

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

Verificação das equações:

 σ 2
 σ Mx , d σ My , d  0,448  2 0,121
 Nc, d  + + kM ⋅ ≤1   + + 0,5 ⋅
0
= 0,1540 < 1
 f c 0,d 
 f c 0, d f c 0, d  1,6  1,6 1,6
 
 ⇒
 2  2
 σ Nc, d  σ σ
 + k M ⋅ Mx ,d + My , d  0,448  + 0,5 ⋅ 0,121 + 0 = 0,1162 < 1
 ≤ 1  
  1,6  1,6 1,6
 c 0,d
f  f c 0,d f c 0, d

32

16
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

5.9.3. Verificação da resistência das diagonais:

Diagonais Diagonais
1ª C 2ª C 3ª C A L Imin imin
Barra Barra λ
Nd Nd Nd (cm2) (cm) (cm4) (cm)
6 -6,76 6,94 9,02 6 72 165 864 3,46 47,69
9 -5,28 5,58 7,66 9 72 177 864 3,46 51,16
12 -5,59 5,96 8,41 12 72 208 864 3,46 60,12
13 -5,59 5,96 1,17 13 72 208 864 3,46 60,12
16 -5,28 5,58 1,30 16 72 177 864 3,46 51,16
19 -6,76 6,94 2,10 19 72 165 864 3,46 47,69

33

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

 Esforço de compressão crítico: barra 6 e barra 19 (1ª combinação) com


Nd = 6,76 kN e λ = 47,69 (peça medianamente esbelta);

 Esforço de compressão crítico: barra 12 e barra 13 (1ª combinação) com


Nd = 5,59 kN e λ = 60,12 (peça medianamente esbelta);

 Portanto, o dimensionamento será com o esforço crítico da barra 12 e


barra 13 com Nd = 5,59 kN e λ = 60,12 (peça medianamente esbelta).

34

17
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

Verificação da resistência das diagonais – peça medianamente


esbelta:
Esforço de compressão crítico: barra 12 e barra 13 com Nd = 5,59 kN e
λ = 60,12 (peça medianamente esbelta). Comprimento L = 208 cm.

3 3

12

12

35

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

 Momentos fletores provenientes das excentricidades:


  M 1d , x
 eix =
M x, d = N d ⋅ e1x   Nd
  
 M 1d , y
 ⇒ e1 = ei + ea ⇒ eiy =
   Nd
M y ,d = N d ⋅ e1 y   L
  ea =
  300

 Verificação das equações:


 σ 2
 σ Mx , d σ My , d  σ Nc ,d 
2
σ σ
 Nc, d  +   + k M ⋅ Mx , d + My ,d ≤ 1
 
+ kM ⋅ ≤1 e
 f c 0, d 
 f c 0,d  f c 0, d f c 0, d   f c 0, d f c 0, d

36

18
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

Os momentos M1d,x e M1d,y são os momentos de extremidades das


barras, isto è, são iguais a zero, logo eix e eiy são zeros, eix = eiy = 0.

A excentricidade acidental ea : L 208


ea = = = 0,69 cm
300 300

A excentricidade ea é admitida para a direção do eixo de menor


inércia:
3 3

12
  3 ⋅123 
 I x = 2 ⋅   = 864 cm 4
 e1x = eix + ea = 0 + 0,69 = 0,69 cm
12   12  
 ⇒ 
  3  e = e = 0 = 0
 12 ⋅ 3 2 4
 I y = 2 ⋅  12 + 3 ⋅12 ⋅ 7,5  = 4104 cm  1y ix
   37

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

Cálculo dos momentos fletores provenientes das excentricidades:


M x, d = N d ⋅ e1x = 5,59 ⋅ 0,69 = 3,86 kNcm


M
 y ,d = N d ⋅ e1 y = 5,59 ⋅ 0 = 0

Cálculo das tensões normais máximas de compressão:



σ Nc ,d = Fcd = 5,59 = 0,0776 kN/cm 2 3 3
 A 72

 M x ,d 3,86 12
σ Mx , d = ⋅y= ⋅ 6 = 0,0268 kN/cm 2
 I x 864
 M 0
σ My , d = y ,d ⋅ x = 12
⋅9 = 0
 Iy 4104
38

19
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

Verificação das equações:

 σ 2
 σ Mx , d σ My ,d  0,0776  2 0,0268
 Nc, d  + + kM ⋅ ≤1   + + 0,5 ⋅
0
= 0,0191 < 1
 f c 0,d 
 f c 0, d f c 0, d  1,6  1,6 1,6
 
 ⇒
 2  2
 σ Nc, d  σ σ
 + k M ⋅ Mx ,d + My ,d  0,0776  + 0,5 ⋅ 0,0268 + 0 = 0,0107 < 1
 ≤ 1  
 f c 0,d  f f c 0, d  1,6  1,6 1,6
 c 0,d

39

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

5.9.4. Verificação da resistência dos montantes:

Montantes Montantes
1ª C 2ª C 3ª C A L Imin imin
Barra Barra λ
Nd Nd Nd (cm2) (cm) (cm4) (cm)
4 0 0 0 4 72 25 216 1,73 14,45
7 1,02 -1,05 -1,37 7 72 70 216 1,73 40,46
10 2,09 -2,20 -3,03 10 72 115 216 1,73 66,47
14 6,19 -6,61 -5,29 14 72 161 216 1,73 93,06
17 2,09 -2,20 -0,51 17 72 115 216 1,73 66,47
20 1,02 -1,05 -0,32 20 72 70 216 1,73 40,46
22 0 0 0 22 72 25 216 1,73 14,45

40

20
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

 Esforço de compressão crítico: barra 14 (2ª combinação) com


Nd = 6,61 kN e λ = 93,06 (peça esbelta);

 Esforço de compressão crítico: barra 10 (3ª combinação) com


Nd = 3,03 kN e λ = 66,47 (peça medianamente esbelta);

 Portanto, o dimensionamento será com o esforço crítico da barra 14 com


Nd = 6,61 kN e λ = 93,06 (peça esbelta).

41

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

Verificação da resistência das diagonais – peça medianamente


esbelta:
Esforço de compressão crítico: barra 14 com Nd = 6,61 kN e λ = 93,06
(peça esbelta). Comprimento L = 161 cm.

12

42

21
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

 Momentos fletores provenientes das excentricidades:


  M 1d , x
 eix =
M x, d = N d ⋅ e1x   Nd
  
 M 1d , y
 ⇒ e1 = ei + ea ⇒ eiy =
   Nd
M y ,d = N d ⋅ e1 y   L
  ea =
  300

 Verificação das equações:


 σ 2
 σ Mx , d σ My , d  σ Nc ,d 
2
σ σ
 Nc, d  +   + k M ⋅ Mx , d + My ,d ≤ 1
 
+ kM ⋅ ≤1 e
 f c 0, d 
 f c 0,d  f c 0, d f c 0, d   f c 0, d f c 0, d

43

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

Os momentos M1d,x e M1d,y são os momentos de extremidades das


barras, isto è, são iguais a zero, logo eix e eiy são zeros, eix = eiy = 0.

A excentricidade acidental ea : L 161


ea = = = 0,54 cm
300 300

A excentricidade ea é adotada para a direção perpendicular ao eixo de


menor inércia (eixo y):

 6 ⋅ 123
I x = = 864 cm 4 e1x = eix + ea = 0 + 0,54 = 0,54 cm
12  12 
 ⇒ 
3
 12 ⋅ 6 4 e = e = 0 = 0
 I y = 12 = 216 cm  1y ix

44

22
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

Cálculo dos momentos fletores provenientes das excentricidades:


M x, d = N d ⋅ e1x = 6,61 ⋅ 0,54 = 3,57 kNcm


M
 y ,d = N d ⋅ e1 y = 6,61 ⋅ 0 = 0

Cálculo das tensões normais máximas de compressão:



σ Nc ,d = Fcd = 6,61 = 0,0918 kN/cm 2
 A 72

 M x ,d 3,57 12
σ Mx , d = ⋅y= ⋅ 6 = 0,0248 kN/cm 2
 I x 864
 M 0
σ My , d = y , d ⋅ x = ⋅3 = 0 6
 Iy 216
45

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

Verificação das equações:

 σ 2
 σ Mx , d σ My ,d  0,0918  2 0,0248
 Nc, d  + + kM ⋅ ≤1   + + 0,5 ⋅
0
= 0,0188 < 1
 f c 0,d 
 f c 0, d f c 0, d  1,6  1,6 1,6
 
 ⇒
 2  2
 σ Nc, d  σ σ
 + k M ⋅ Mx ,d + My ,d  0,0918  + 0,5 ⋅ 0,0248 + 0 = 0,0110 < 1
 ≤ 1  
  1,6  1,6 1,6
 c 0,d
f  f c 0,d f c 0, d

46

23
23/09/2012

Estruturas de Madeira Profº Paulo Cesar Rodrigues

5. Dimensionamento da Treliça

5.10. Compressão paralela às fibras - Verificação da estabilidade

5.10.1. Verificação do banzo superior

5.10.2. Verificação do banzo inferior

5.10.3. Verificação das diagonais

5.10.4. Verificação dos montantes

47

24

Você também pode gostar