Você está na página 1de 465

Departamento de Trânsito do Estado do Ceará

DETRAN-CE Nível Médio:


• Agente de Trânsito e Transporte
• Vistoriador
Edital Nº 01/2017 – Detran/Seplag, de 13 de Setembro de 2017
ST043-2017
DADOS DA OBRA

Título da obra: Departamento de Trânsito do Estado do Ceará - DETRAN-CE

Cargo: Nível Médio: Agente de Trânsito e Transporte E Vistoriador

(Baseado no Edital Nº 01/2017 – Detran/Seplag, de 13 de Setembro de 2017)

• Português
• Informática
• Ética
• Legislação do Servidor Público Estadual
• Legislação de Trânsito e Transportes

Autoras
Bruna Pinotti
Greice Sarquis

Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza

Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Camila Lopes
Suelen Domenica Pereira

Capa
Bruno Fernandes

Editoração Eletrônica
Marlene Moreno

Gerente de Projetos
Bruno Fernandes
APRESENTAÇÃO

PARABÉNS! ESTE É O PASSAPORTE PARA SUA APROVAÇÃO.

A Nova Concursos tem um único propósito: mudar a vida das pessoas.


Vamos ajudar você a alcançar o tão desejado cargo público.
Nossos livros são elaborados por professores que atuam na área de Concursos Públicos. Assim a
matéria é organizada de forma que otimize o tempo do candidato. Afinal corremos contra o tempo,
por isso a preparação é muito importante.
Aproveitando, convidamos você para conhecer nossa linha de produtos “Cursos online”, conteúdos
preparatórios e por edital, ministrados pelos melhores professores do mercado.
Estar à frente é nosso objetivo, sempre.
Contamos com índice de aprovação de 87%*.
O que nos motiva é a busca da excelência. Aumentar este índice é nossa meta.
Acesse www.novaconcursos.com.br e conheça todos os nossos produtos.
Oferecemos uma solução completa com foco na sua aprovação, como: apostilas, livros, cursos on-
line, questões comentadas e treinamentos com simulados online.
Desejamos-lhe muito sucesso nesta nova etapa da sua vida!
Obrigado e bons estudos!

*Índice de aprovação baseado em ferramentas internas de medição.

CURSO ONLINE

PASSO 1
Acesse:
www.novaconcursos.com.br/passaporte

PASSO 2
Digite o código do produto no campo indicado no
site.
O código encontra-se no verso da capa da apostila.
*Utilize sempre os 8 primeiros dígitos.
Ex: FV054-17

PASSO 3
Pronto!
Você já pode acessar os conteúdos online.
SUMÁRIO

Português

Compreensão e interpretação de texto; ......................................................................................................................................................... 01


Vocabulário; ............................................................................................................................................................................................................... 04
Gramática: Ortoepia e prosódia; ....................................................................................................................................................................... 04
Acentuação gráfica; ................................................................................................................................................................................................ 06
Ortografia; .................................................................................................................................................................................................................. 09
Homófonos e parônimos; .................................................................................................................................................................................... 12
Hífen; ............................................................................................................................................................................................................................ 17
Crase; ............................................................................................................................................................................................................................ 19
Regência; ..................................................................................................................................................................................................................... 23
Concordância; ........................................................................................................................................................................................................... 30
Colocação; .................................................................................................................................................................................................................. 30
Pontuação; .................................................................................................................................................................................................................. 35
Estrutura das palavras; ........................................................................................................................................................................................... 39
Formação das palavras; ......................................................................................................................................................................................... 39
Classes de palavras; ................................................................................................................................................................................................ 44
Flexões das palavras................................................................................................................................................................................................ 44

Informática
Instalação; utilização e manutenção de hardwares e softwares; conhecimentos e domínio do uso de ferramentas de
softwares para microcomputadores;................................................................................................................................................................. 01
Aplicativos para elaboração de textos, ........................................................................................................................................................... 23
Planilhas eletrônicas................................................................................................................................................................................................ 49
Banco de dados; ....................................................................................................................................................................................................119
Conhecimentos de instalação e manutenção de redes de computadores;.....................................................................................132
Conhecimentos de proteção e segurança de sistemas; sistemas operacionais e Internet e Intranet..................................... 75

Ética
1. Conceitos: ética, moral, valores, virtudes e liberdades......................................................................................................................... 01
2. Código de Ética e Conduta da Administração Pública do Estado do Ceará, instituído pelo Decreto Nº 31.198, de
30/04/2013, publicado no DOE de 02/05/2013........................................................................................................................................... 02

Legislação do Servidor Público Estadual


1. Lei Estadual Nº 9.826 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará), de 14 de maio de 1974: Título
II: Capítulos II, III, IV, VI e VII; Título III: Capítulos I e II; Título IV: Capítulos IV, V (seções I a VI), VI (seções I a III); Título VI:
Capítulos I a VII. ....................................................................................................................................................................................................... 01
2. Alterações da Lei. Nº 9.826/1974. ................................................................................................................................................................ 01

Legislação de Trânsito e Transportes


1. Lei Federal Nº 9.503/97, de 23/09/1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e suas alterações........................ 01
2. Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) e suas alterações: 4/98; 14/98; 16/98; 18/98; 22/98; 24/98;
26/98; 32/98; 61/98; 110/00; 128/01; 168/04; 182/05; 187/06; 205/06; 210/06; 216/06; 224/06; 227/07; 231/07; 241/07;
242/07; 254/07; 258/07; 273/08; 277/08; 286/08; 292/08; 300/08; 302/08; 303/08; 304/08; 309/09; 310/09; 349/10;
356/10; 358/10; 360/10; 371/10; 372/11; 432/13; 453/13; 466/13; 471/13; 508/14; 541/15; 561/15; 573/15; 581/16;
622/16; 623/16; 624/16; 670/17.......................................................................................................................................................................... 48
3. Legislação de Transportes: ............................................................................................................................................................................137
3.1. Lei Estadual Nº 13.094/2001 (DOE de 12/01/2001), alterada pelas Leis Estaduais Nº 14.288/2009 (DOE 26/01/2009),
Nº 14.719 /2010 (DOE de 31/05/2010) e Nº 15.491/2013 (DOE de 30/12/2013). .......................................................................137
3.2. Decreto Estadual Nº 29.687/2009 (DOE de 24/03/2009, alterado pelo Decreto Estadual Nº 31.658/2014 (DOE de
31/12/2014)..............................................................................................................................................................................................................151
PORTUGUÊS

Compreensão e interpretação de texto; ......................................................................................................................................................... 01


Vocabulário; ............................................................................................................................................................................................................... 04
Gramática: Ortoepia e prosódia; ....................................................................................................................................................................... 04
Acentuação gráfica; ................................................................................................................................................................................................ 06
Ortografia; .................................................................................................................................................................................................................. 09
Homófonos e parônimos; .................................................................................................................................................................................... 12
Hífen; ............................................................................................................................................................................................................................ 17
Crase; ............................................................................................................................................................................................................................ 19
Regência; ..................................................................................................................................................................................................................... 23
Concordância; ........................................................................................................................................................................................................... 30
Colocação; .................................................................................................................................................................................................................. 30
Pontuação; .................................................................................................................................................................................................................. 35
Estrutura das palavras; ........................................................................................................................................................................................... 39
Formação das palavras; ......................................................................................................................................................................................... 39
Classes de palavras; ................................................................................................................................................................................................ 44
Flexões das palavras................................................................................................................................................................................................ 44
PORTUGUÊS

Observação – na semântica (significado das palavras)


COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE incluem--se: homônimos e parônimos, denotação e cono-
TEXTO; tação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
gem, entre outros.
- Capacidade de observação e de síntese e
- Capacidade de raciocínio.
É muito comum, entre os candidatos a um cargo públi-
co, a preocupação com a interpretação de textos. Por isso, Interpretar X compreender
vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento
de responder às questões relacionadas a textos. Interpretar significa
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- - Através do texto, infere-se que...
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de - É possível deduzir que...
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar - O autor permite concluir que...
e decodificar ). - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...

Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Compreender significa


Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz - intelecção, entendimento, atenção ao que realmente
ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando con- está escrito.
dições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. - o texto diz que...
A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que - é sugerido pelo autor que...
o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
frase for retirada de seu contexto original e analisada se- ção...
paradamente, poderá ter um significado diferente daquele - o narrador afirma...
inicial.
Erros de interpretação
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe-
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência
rências diretas ou indiretas a outros autores através de ci-
de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
tações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto.
- Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do con-
texto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma
conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, - Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção
ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um con-
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas junto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do
na prova. entendimento do tema desenvolvido.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: - Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias con-
trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
- Identificar – é reconhecer os elementos fundamen- cadas e, consequentemente, errando a questão.
tais de uma argumentação, de um processo, de uma época Observação - Muitos pensam que há a ótica do es-
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais critor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa
definem o tempo). prova de concurso, o que deve ser levado em consideração
- Comparar – é descobrir as relações de semelhança é o que o autor diz e nada mais.
ou de diferenças entre as situações do texto.
- Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
com uma realidade, opinando a respeito. relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si.
- Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secun- Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um
dárias em um só parágrafo. pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono-
- Parafrasear – é reescrever o texto com outras pala- me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se
vras. vai dizer e o que já foi dito.

Condições básicas para interpretar OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia
-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e
Fazem-se necessários: do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do
- Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer
literários, estrutura do texto), leitura e prática; também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante-
texto) e semântico; cedente.

1
PORTUGUÊS

Os pronomes relativos são muito importantes na in- No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de reduzido no qual o menino detém sua atenção é
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que (A) fresta.
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, (B) marca.
a saber: (C) alma.
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden- (D) solidão.
te, mas depende das condições da frase. (E) penumbra.
- qual (neutro) idem ao anterior.
- quem (pessoa) 2-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois PE/2012)
o objeto possuído. O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a
- como (modo) totalidade do universo, toda a sociedade, a história, a con-
- onde (lugar) cepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo,
quando (tempo) que se estende a todas as coisas e à qual nada escapa. É,
quanto (montante) de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro, em
Exemplo: todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do
Falou tudo QUANTO queria (correto) mundo.
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o
aparecer o demonstrativo O ). Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo:
Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações).
Dicas para melhorar a interpretação de textos
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente tex-
assunto; tual “O riso”.
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa ( ) CERTO ( ) ERRADO
a leitura;
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto 3-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2010)
pelo menos duas vezes; Só agora, quase cinco meses depois do apagão que atin-
- Inferir; giu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país, surge
- Voltar ao texto quantas vezes precisar; uma explicação oficial satisfatória para o corte abrupto e
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do generalizado de energia no final de 2009.
autor; Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elé-
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor trica (ANEEL), a responsabilidade recai sobre a empresa es-
compreensão; tatal Furnas, cujas linhas de transmissão cruzam os mais de
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de 900 km que separam Itaipu de São Paulo.
cada questão; Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de in-
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. vestimentos e também erros operacionais conspiraram para
produzir a mais séria falha do sistema de geração e distri-
Fonte: buição de energia do país desde o traumático racionamento
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu- de 2001.
gues/como-interpretar-textos Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adapta-
ções).
QUESTÕES Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas
do texto acima apresentado, julgue os próximos itens.
1-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – A oração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18
FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder à ques- estados do país” tem, nesse contexto, valor restritivo.
tão, considere o texto abaixo. ( ) CERTO ( ) ERRADO
A marca da solidão
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de 4-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011)
paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a Um carteiro chega ao portão do hospício e grita:
testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de — Carta para o 9.326!!!
penumbra na tarde quente. Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den- em
tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com branco, e um outro pergunta:
pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando peque- — Quem te mandou essa carta?
nas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é — Minha irmã.
capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a — Mas por que não está escrito nada?
marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. — Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando!
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Ja- Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com
neiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) adaptações).

2
PORTUGUÊS

O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto E eu vou para a Ilha do Nanja.
acima decorre Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as
A) da identificação numérica atribuída ao louco. férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio
B) da expressão utilizada pelo carteiro ao entregar a cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já es-
carta no hospício. tou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha, e a
C) do fato de outro louco querer saber quem enviou moça à janela a namorar um moço na outra janela de outra
a carta. ilha.
D) da explicação dada pelo louco para a carta em bran- (Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende.
co. Adaptado)
E) do fato de a irmã do louco ter brigado com ele.
*fissuras: fendas, rachaduras
5-) (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR – FGV
PROJETOS/2010) 6-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO
– VUNESP/2013) No primeiro parágrafo, ao descrever a
Painel do leitor (Carta do leitor) maneira como se preparam para suas férias, a autora mos-
tra que seus amigos estão
Resgate no Chile (A) serenos.
(B) descuidados.
Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de (C) apreensivos.
salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo (D) indiferentes.
de uma mina de cobre e ouro no Chile. (E) relaxados.
Um a um os mineiros soterrados foram içados com
sucesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cum- 7-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO
primentando seus companheiros de trabalho. Não se pode – VUNESP/2013) De acordo com o texto, pode-se afirmar
esquecer a ajuda técnica e material que os Estados Unidos, que, assim como seus amigos, a autora viaja para
Canadá e China ofereceram à equipe chilena de salvamen-
(A) visitar um lugar totalmente desconhecido.
to, num gesto humanitário que só enobrece esses países. E,
(B) escapar do lugar em que está.
também, dos dois médicos e dois “socorristas” que, demons-
(C) reencontrar familiares queridos.
trando coragem e desprendimento, desceram na mina para
(D) praticar esportes radicais.
ajudar no salvamento.
(E) dedicar-se ao trabalho.
(Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – pai-
nel do leitor – 17/10/2010)
8-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO
Considerando o tipo textual apresentado, algumas ex- – VUNESP/2013) Ao descrever a Ilha do Nanja como um
pressões demonstram o posicionamento pessoal do leitor lugar onde, “à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio
diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem cresce como um bosque” (último parágrafo), a autora su-
ser encontradas nos trechos a seguir, EXCETO: gere que viajará para um lugar
A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...” (A) repulsivo e populoso.
B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma (B) sombrio e desabitado.
mina de cobre e ouro no Chile.” (C) comercial e movimentado.
C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...” (D) bucólico e sossegado.
D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.” (E) opressivo e agitado.
E) “... demonstrando coragem e desprendimento, des-
ceram na mina...” 9-) (DNIT – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF/2013)
(DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO – Grandes metrópoles em diversos países já aderiram. E
VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder às o Brasil já está falando sobre isso. O pedágio urbano divide
questões de números 6 a 8. opiniões e gera debates acalorados. Mas, afinal, o que é mais
justo? O que fazer para desafogar a cidade de tantos carros?
Férias na Ilha do Nanja Prepare-se para o debate que está apenas começando.
(Adaptado de Superinteressante, dezembro2012, p.34)
Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as
malas nos seus carros, olhando o céu para verem que tempo Marque N(não) para os argumentos contra o pedágio
faz, pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, urbano; marque S(sim) para os argumentos a favor do pe-
fissuras* – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre dágio urbano.
as fissuras, as pedras soltas e as barreiras... ( ) A receita gerada pelo pedágio vai melhorar o trans-
Meus amigos partem para as suas férias, cansados de porte público e estender as ciclovias.
tanto trabalho; de tanta luta com os motoristas da contra- ( ) Vai ser igual ao rodízio de veículos em algumas ci-
mão; enfim, cansados, cansados de serem obrigados a viver dades, que não resolveu os problemas do trânsito.
numa grande cidade, isto que já está sendo a negação da ( ) Se pegar no bolso do consumidor, então todo mun-
própria vida. do vai ter que pensar bem antes de comprar um carro.

3
PORTUGUÊS

( ) A gente já paga garagem, gasolina, seguro, estacio- 5-)


namento, revisão....e agora mais o pedágio? Em todas as alternativas há expressões que represen-
( ) Nós já pagamos impostos altos e o dinheiro não é tam a opinião do autor: Assisti ao maior espetáculo da Ter-
investido no transporte público. ra / ão se pode esquecer / gesto humanitário que só eno-
( ) Quer andar sozinho dentro do seu carro? Então pa- brece / demonstrando coragem e desprendimento.
gue pelo privilégio! RESPOSTA: “B”.
( ) O trânsito nas cidades que instituíram o pedágio
6-)
urbano melhorou.
“pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas,
fissuras – sem falar em bandidos, milhões de bandidos en-
A ordem obtida é: tre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...” = pensar
a) (S) (N) (N) (S) (S) (S) (N) nessas coisas, certamente, deixa-os apreensivos.
b) (S) (N) (S) (N) (N) (S) (S) RESPOSTA: “C”.
c) (N) (S) (S) (N) (S) (N) (S)
d) (S) (S) (N) (S) (N) (S) (N) 7-)
e) (N) (N) (S) (S) (N) (S) (N) Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta
da própria autora!
10-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ – RESPOSTA: “B”.
ADMINISTRADOR - UFPR/2013) Assinale a alternativa que
apresenta um dito popular que parafraseia o conteúdo ex- 8-)
presso no excerto: “Se você está em casa, não pode sair. Se Pela descrição realizada, o lugar não tem nada de ruim.
você está na rua, não pode entrar”. RESPOSTA: “D”.
a) “Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come”.
9-)
b) “Quando o gato sai, os ratos fazem a festa”. (S) A receita gerada pelo pedágio vai melhorar o trans-
c) “Um dia da caça, o outro do caçador”. porte público e estender as ciclovias.
d) “Manda quem pode, obedece quem precisa”. (N) Vai ser igual ao rodízio de veículos em algumas ci-
dades, que não resolveu os problemas do trânsito.
(S) Se pegar no bolso do consumidor, então todo mun-
Resolução do vai ter que pensar bem antes de comprar um carro.
(N) A gente já paga garagem, gasolina, seguro, estacio-
1-) namento, revisão....e agora mais o pedágio?
Com palavras do próprio texto responderemos: o mun- (N) Nós já pagamos impostos altos e o dinheiro não é
do cabe numa fresta. investido no transporte público.
RESPOSTA: “A”. (S) Quer andar sozinho dentro do seu carro? Então pa-
gue pelo privilégio!
(S) O trânsito nas cidades que instituíram o pedágio
2-)
urbano melhorou.
Vamos ao texto: O riso é tão universal como a serie- S - N - S - N - N - S - S
dade; ele abarca a totalidade do universo (...). Os termos RESPOSTA: “B”.
relacionam-se. O pronome “ele” retoma o sujeito “riso”.
RESPOSTA: “CERTO”. 10-)
Dentre as alternativas apresentadas, a que reafirma a
3-) ideia do excerto (não há muita saída, não há escolhas) é:
Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo “Se você está em casa, não pode sair. Se você está na rua,
menos 1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por não pode entrar”.
“o qual”, portanto, trata-se de um pronome relativo (ora- RESPOSTA: “A”.
ção subordinada adjetiva). Quando há presença de vírgula,
temos uma adjetiva explicativa (generaliza a informação
da oração principal. A construção seria: “do apagão, que VOCABULÁRIO;
atingiu pelo menos 1800 cidades em 18 estados do país”); GRAMÁTICA: ORTOEPIA E PROSÓDIA;
quando não há, temos uma adjetiva restritiva (restringe,
delimita a informação – como no caso do exercício).
RESPOSTA: “CERTO’. Ortoépia
Ortoépia é a correta pronúncia dos grupos fônicos.
4-) A ortoépia está relacionada com: a perfeita emissão
Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais das vogais, a correta articulação das consoantes e a ligação
aparece no desfecho da história, ao final, como nesse: “Ah, de vocábulos dentro de contextos. 
porque nós brigamos e não estamos nos falando”. Erros cometidos contra a ortoépia são chamados de
RESPOSTA: “D”. cacoepia. Alguns exemplos: 

4
PORTUGUÊS

a- pronunciar erradamente as vogais quanto ao timbre: 


- pronúncia correta, timbre fechado (ê, ô): omelete, alcova, crosta...
- pronúncia errada, timbre aberto (é, ó): omelete, alcova, crosta... 

b- omitir fonemas: cantar/ canta, trabalhar/trabalha, amor/amo, abóbora/abóbra, prostrar/ prostar, reivindi-
car/revindicar...

c- acréscimo de fonemas: pneu/peneu, freada/ freiada,bandeja/ bandeija...

d- substituição de fonemas: cutia/cotia, cabeçalho/ cabeçário, bueiro/ boeiro.

e- troca de posição de um ou mais fonemas: caderneta/ cardeneta, bicarbonato/ bicabornato, muçulmano/


mulçumano.

f- nasalização de vogais: sobrancelha/ sombrancelha, mendigo/ mendingo, bugiganga/ bungiganga ou bugin-


ganga

g- pronunciar a crase: A aula iria acabar às cinco horas./ A aula iria acabar “àas” cinco horas.

h- ligar as palavras na frase de forma incorreta:


correta: A aula/ iria acabar/ às cinco horas.
Exemplo de ligação incorreta: A/ aula iria/ acabar/ às/ cinco horas. 

Prosódia
A prosódia está relacionada com a correta acentuação das palavras, tomando como padrão a língua considerada culta.
Abaixo estão relacionados alguns exemplos de vocábulos que frequentemente geram dúvidas quanto à prosódia:

1) oxítonas:
cateter, Cister, condor, hangar, mister, negus, Nobel, novel, recém, refém, ruim, sutil, ureter.

2) paroxítonas:
avaro, avito, barbárie, caracteres, cartomancia, ciclope, erudito, ibero, gratuito, ônix, poliglota, pudico, rubrica, tulipa.

3) proparoxítonas:
aeródromo, alcoólatra, álibi, âmago,antídoto, elétrodo, lêvedo, protótipo, quadrúmano, vermífugo, zéfiro.

Há algumas palavras cujo acento prosódico é incerto, oscilante, mesmo na língua culta. 

Exemplos:
acrobata e acróbata / crisântemo e crisantemo/ Oceânia e Oceania/ réptil e reptil/ xerox e xérox e outras.

Outras assumem significados diferentes, de acordo a acentuação:


Exemplos:
valido/ válido
Vivido /Vívido

5
PORTUGUÊS

Curiosidades 

Casos mais frequentes de pronúncias diferentes da língua padrão:

 
Fonte: http://portugues.uol.com.br/gramatica/ortoepia-prosodia.html

ACENTUAÇÃO GRÁFICA;

A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de
algumas particularidades, às quais devemos estar atentos, procurando estabelecer uma relação de familiaridade e, conse-
quentemente, colocando-as em prática na linguagem escrita.
À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a prática de redigir, automaticamente aprimoramos essas compe-
tências, e logo nos adequamos à forma padrão.

6
PORTUGUÊS

Regras básicas – Acentuação tônica Regras fundamentais:

A acentuação tônica implica na intensidade com que Palavras oxítonas:


são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”,
de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. “o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – ci-
As demais, como são pronunciadas com menos intensida- pó(s) – armazém(s)
de, são denominadas de átonas. Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
De acordo com a tonicidade, as palavras são classifi- Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, se-
cadas como: guidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, se-
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a guidas de lo, la, los, las. Ex. respeitá-lo – percebê-lo – com-
última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel pô-lo

Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai Paroxítonas:


na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
– passível - i, is : táxi – lápis – júri
- us, um, uns : vírus – álbuns – fórum
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica - l, n, r, x, ps : automóvel – elétron - cadáver – tórax –
está na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tím- fórceps
pano – médico – ônibus - ã, ãs, ão, ãos : ímã – ímãs – órfão – órgãos

Como podemos observar, os vocábulos possuem mais -- Dica da Zê!: Memorize a palavra LINURXÃO. Para
de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com quê? Repare que essa palavra apresenta as terminações
uma sílaba somente: são os chamados monossílabos que, das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua
UM = fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memo-
quando pronunciados, apresentam certa diferenciação
rização!
quanto à intensidade.
-ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou
Tal diferenciação só é percebida quando os pronun-
não de “s”: água – pônei – mágoa – jóquei
ciamos em uma dada sequência de palavras. Assim como
podemos observar no exemplo a seguir:
Regras especiais:
“Sei que não vai dar em nada,
Seus segredos sei de cor”.
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento
Os monossílabos classificam-se como tônicos; os de- de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em
mais, como átonos (que, em, de). palavras paroxítonas.
Os acentos * Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras «a», «i», acentuados. Ex.: herói, céu, dói, escarcéu.
«u» e sobre o «e» do grupo “em” - indica que estas letras
representam as vogais tônicas de palavras como Amapá, Antes Agora
caí, público, parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além assembléia assembleia
da tonicidade, timbre aberto.Ex.: herói – médico – céu (di- idéia ideia
tongos abertos) geléia geleia
jibóia jiboia
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, apóia (verbo apoiar) apoia
“e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: Ex.: paranóico paranoico
tâmara – Atlântico – pêssego – supôs
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acom-
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com panhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca
artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles – baú – país – Luís

trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi total- Observação importante:


mente abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando
em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: hiato quando vierem depois de ditongo: Ex.:
mülleriano (de Müller) Antes Agora
bocaiúva bocaiuva
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vo- feiúra feiura
gais nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã Sauípe Sauipe

7
PORTUGUÊS

O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do
abolido. Ex.: pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sen-
Antes Agora do acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa
crêem creem do singular do presente do indicativo). Ex:
lêem leem Ela pode fazer isso agora.
vôo voo Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
enjôo enjoo
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos preposição por.
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais - Quando, na frase, der para substituir o “por” por “co-
acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. locar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto:
“pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex:
Repare: Faço isso por você.
1-) O menino crê em você Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
Os meninos creem em você.
2-) Elza lê bem! Questões sobre Acentuação Gráfica
Todas leem bem!
3-) Espero que ele dê o recado à sala. 01. “Cadáver” é paroxítona, pois:
Esperamos que os garotos deem o recado! A) Tem a última sílaba como tônica.
4-) Rubens vê tudo! B) Tem a penúltima sílaba como tônica.
Eles veem tudo! C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica.
D) Não tem sílaba tônica.
* Cuidado! Há o verbo vir:
Ele vem à tarde! 02. Assinale a alternativa correta.
Eles vêm à tarde!
A palavra faliu contém um:
A) hiato
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quan-
B) dígrafo
do seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, ru
C) ditongo decrescente
-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz
D) ditongo crescente
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti-
03. Em “O resultado da experiência foi, literalmen-
verem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
te, aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada
pelo mesmo motivo que:
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba A) túnel
As formas verbais que possuíam o acento tônico na B) voluntário
raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de C) até
“e” ou “i” não serão mais acentuadas. Ex.: D) insólito
Antes Depois E) rótulos
apazigúe (apaziguar) apazigue
averigúe (averiguar) averigue 04. Assinale a alternativa correta.
argúi (arguir) argui A) “Contrário” e “prévias” são acentuadas por serem
paroxítonas terminadas em ditongo.
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa B) Em “interruptor” e “testaria” temos, respectivamen-
do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo te, encontro consonantal e hiato.
vir) C) Em “erros derivam do mesmo recurso mental” as
palavras grifadas são paroxítonas.
A regra prevalece também para os verbos conter, ob- D) Nas palavras “seguida”, “aquele” e “quando” as par-
ter, reter, deter, abster. tes destacadas são dígrafos.
ele contém – eles contêm E) A divisão silábica está correta em “co-gni-ti-va”, “p-
ele obtém – eles obtêm si-có-lo-ga” e “a-ci-o-na”.
ele retém – eles retêm
ele convém – eles convêm 05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO:
A) saúde
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que B) cooperar
antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras seme- C) ruim
lhantes (regra do acento diferencial). Apenas em algumas D) creem
exceções, como: E) pouco

8
PORTUGUÊS

06. “O episódio aconteceu em plena via pública de c-) A - té – oxítona


Assis. Dez mulheres começaram a cantar músicas pela paz d-) in – só – li – to : proparoxítona
mundial. A partir daquele momento outras pessoas que e-) ró – tu los – proparoxítona
passavam por ali decidiram integrar ao grupo. Rapidamen-
te, uma multidão aderiu à ideia. Assim começou a forma- 4-)
ção do maior coral popular de Assis”. O vocábulo subli- a-) correta
nhado tem sua acentuação gráfica justificada pelo mesmo b-) inteRRuptor: não é encontro consonantal, mas sim
motivo das palavras: DÍGRAFO
A) eminência, ímpio, vácuo, espécie, sério c-) todas são, exceto MENTAL, que é oxítona
B) aluá, cárie, pátio, aéreo, ínvio d-) são dígrafos, exceto QUANDO, que “ouço” o som
C) chinês, varíola, rubéola, período, prêmio do U, portanto não é caso de dígrafo
D) sábio, sábia, sabiá, curió, sério e-) cog – ni - ti – va / psi – có- lo- ga
07. Assinale a opção CORRETA em que todas as pala-
5-) sa - ú - de / co - o - pe – rar / ru – im /
vras estão acentuadas na mesma posição silábica.
cre - em / pou - co (ditongo)
A) Nazaré - além - até - está - também.
B) Água - início - além - oásis - religião.
C) Município - início - água - século - oásis 6-) e - pi - só - dio - paroxítona terminada em di-
D) Século - símbolo - água - histórias - missionário tongo
E) Missionário - símbolo - histórias - século – município a-) ok
b-) a – lu –á :oxítona, então descarte esse item
08. Considerando as palavras: também / revólver / lâm- c-) chi – nês : oxítona, idem
pada / lápis. Assinale a única alternativa cuja justificativa de d-) sa – bi – á : idem
acentuação gráfica não se refere a uma delas:
A) palavra paroxítona terminada em - is 7-)
B) palavra proparoxítona terminada em - em a-) oxítona – TODAS
C) palavra paroxítona terminada em - r b-) paroxítona – paroxítona – oxítona – paroxítona –
D) palavra proparoxítona - todas devem ser acentua- não acentuada
das c-) paroxítona – idem – idem – proparoxítona – paro-
xítona
09. Assinale a alternativa incorreta: d-) proparoxítona – idem – paroxítona – idem – idem
A) Os vocábulos sábio, régua e decência são paroxíto- e-) paroxítona – proparoxítona – paroxítona – proparo-
nos terminadas em ditongos crescentes. xítona – paroxítona
B) O vocábulo armazém é acentuado por ser um oxíto-
no terminado em em. 8-) tam – bém: oxítona / re – vól – ver: paroxítona / lâm
C) Os vocábulos baú e cafeína são hiatos. – pa – da: proparoxítona / lá – pis :paroxítona
D) O vocábulo véu é acentuado por ser um oxítono a-) é a regra do LÁPIS
terminado em u. b-) todas as proparoxítonas são acentuadas, indepen-
dente de sua terminação
GABARITO c-) regra para REVÓLVER
d-) relativa à palavra lâmpada
01. B 02. C 03. B 04. A 05. E
06. A 07. A 08. B 09. D
9-) As alternativas A, B e C contêm afirmativas corretas.
Na D, há erro, pois véu é monossílabo acentuado por ter-
RESOLUÇÃO
minar em ditongo aberto.
1-) Separando as sílabas: Ca – dá – ver: a penúltima
sílaba é a tônica (mais forte; nesse caso, acentuada). Penúl-
tima sílaba tônica = paroxítona
ORTOGRAFIA;
2-) fa - liu - temos aqui duas vogais na mesma sí-
laba, portanto: ditongo. É decrescente porque apresenta
uma vogal e uma semivogal. Na classificação, ambas são
semivogais, mas quando juntas, a que “aparecer” mais na A ortografia é a parte da língua responsável pela gra-
pronúncia será considerada “vogal”. fia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão
culto da língua.
3-) ex – pe - ri – ên - cia : paroxítona terminada em As palavras podem apresentar igualdade total ou par-
ditongo crescente (semivogal + vogal) cial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo ten-
a-) Tú –nel: paroxítona terminada em L do significados diferentes. Essas palavras são chamadas
b-) vo – lun - tá – rio : paroxítona terminada em diton- de homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto,
go do latim, significa música vocal). As palavras homônimas

9
PORTUGUÊS

dividem-se em homógrafas, quando têm a mesma grafia *após ditongos: coisa, pausa, pouso
(gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo *em verbos derivados de nomes cujo radical termina
gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som (paço, pa- com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
lácio ou passo, movimento durante o andar).
Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem- Escreve-se com Z e não com S:
se observar as seguintes regras: *os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adje-
tivo: macio - maciez / rico - riqueza
O fonema s: *os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de
origem não termine com s): final - finalizar / concreto - con-
Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substan- cretizar
tivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, *como consoante de ligação se o radical não terminar
corr e sent: pretender - pretensão / expandir - expansão / com s: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis +
ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão inho - lapisinho
/ submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - im-
pulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer O fonema j:
- recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir
- consensual Escreve-se com G e não com J:
*as palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa,
Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes deri- gesso.
vados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, *estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim.
prim ou com verbos terminados por tir ou meter: agredir *as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com
- agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / poucas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão /
regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - Observação: Exceção: pajem
compromisso / submeter - submissão *as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio,
*quando o prefixo termina com vogal que se junta com litígio, relógio, refúgio.
a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé- *os verbos terminados em ger e gir: eleger, mugir.
trico / re + surgir - ressurgir *depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur-
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem- gir.
plos: ficasse, falasse *depois da letra “a”, desde que não seja radical termi-
nado com j: ágil, agente.
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos
de origem árabe: cetim, açucena, açúcar Escreve-se com J e não com G:
*os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, *as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.
Juçara, caçula, cachaça, cacique *as palavras de origem árabe, africana ou exótica: ji-
*os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu, boia, manjerona.
uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, *as palavras terminada com aje: aje, ultraje.
esperança, carapuça, dentuço
*nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / O fonema ch:
deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção
*após ditongos: foice, coice, traição Escreve-se com X e não com CH:
*palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r): *as palavras de origem tupi, africana ou exótica: aba-
marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção caxi, muxoxo, xucro.
*as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J):
O fonema z: xampu, lagartixa.
*depois de ditongo: frouxo, feixe.
Escreve-se com S e não com Z: *depois de “en”: enxurrada, enxoval.
*os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês, Observação: Exceção: quando a palavra de origem
freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc. não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
*os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me-
tamorfose. Escreve-se com CH e não com X:
*as formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, *as palavras de origem estrangeira: chave, chumbo,
quiseste. chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
*nomes derivados de verbos com radicais terminados
em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - As letras e e i:
empresa / difundir - difusão
*os diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - *os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem.
Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho Com “i”, só o ditongo interno cãibra.

10
PORTUGUÊS

*os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são 05.Em qual das alternativas a frase está corretamente
escritos com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os escrita?
verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui. A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou-
- atenção para as palavras que mudam de sentido pansa.
quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (su- B) O mendigo não depositou na caderneta de poupan-
perfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expan- ça.
dir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans-
estância, que anda a pé), pião (brinquedo). sa.
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou-
Fonte: pansa.
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
tografia 06. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
LO – ADVOGADO - VUNESP/2013) Analise a propaganda
Questões sobre Ortografia
do programa 5inco Minutos.
01. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013) Assinale a alter-
nativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas
do trecho a seguir, de acordo com a norma-padrão.
Além disso, ___certamente ____entre nós ____do fenôme-
no da corrupção e das fraudes.
(A) a … concenso … acerca
(B) há … consenso … acerca
(C) a … concenso … a cerca
(D) a … consenso … há cerca
(E) há … consenço … a cerca

02. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013). Assinale a alter-


nativa cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo
com a norma- -padrão.
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. Em norma-padrão da língua portuguesa, a frase da
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo- propaganda, adaptada, assume a seguinte redação:
cal. (A) 5INCO MINUTOS: às vezes, dura mais, mas não ma-
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. tem-na porisso.
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! (B) 5INCO MINUTOS: as vezes, dura mais, mas não ma-
tem-na por isso.
03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – (C) 5INCO MINUTOS: às vezes, dura mais, mas não a
2013). Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para matem por isso.
informar os usuários sobre o festival Sounderground. (D) 5INCO MINUTOS: as vezes, dura mais, mas não lhe
Prezado Usuário matem por isso.
________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do (E) 5INCO MINUTOS: às vezes, dura mais, mas não a
metrô, ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30,
matem porisso.
começa o Sounderground, festival internacional que presti-
gia os músicos que tocam em estações do metrô.
GABARITO
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen-
tarão e divirta-se!
Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se 01. B 02. D 03. C 04. C 05. B 06. C
preencher as lacunas, correta e respectivamente, com as
expressões RESOLUÇÃO
A) A fim ...a partir ... as
B) A fim ...à partir ... às 1-) O exercício quer a alternativa que apresenta cor-
C) A fim ...a partir ... às reção ortográfica. Na primeira lacuna utilizaremos “há”, já
D) Afim ...a partir ... às que está empregado no sentido de “existir”; na segunda,
E) Afim ...à partir ... as “consenso” com “s”; na terceira, “acerca” significa “a res-
peito de”, o que se encaixa perfeitamente no contexto. “Há
04. Assinale a alternativa que não apresenta erro de cerca” = tem cerca (de arame, cerca viva, enfim...); “a cerca”
ortografia: = a cerca está destruída (arame, madeira...)
A) Ela interrompeu a reunião derrepente.
B) O governador poderá ter seu mandato caçado. 2-)
C) Os espectadores aplaudiram o ministro. (A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = ta-
D) Saiu com descrição da sala. beliães

11
PORTUGUÊS

(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. Chegamos à conclusão de que se trata de palavras
= cidadãos idênticas no que se refere à grafia, mas será que possuem
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo- o mesmo significado?
cal. = certidões Existe uma parte da gramática normativa denominada
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = de- Semântica. Ela trabalha a questão dos diferentes significa-
graus dos que uma mesma palavra apresenta de acordo com o
contexto em que se insere.
3-) Prezado Usuário Tomando como exemplo as frases já mencionadas,
A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do analisaremos os vocábulos de mesma grafia, de acordo
metrô, a partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, co- com seu sentido denotativo, isto é, aquele retratado pelo
meça o Sounderground, festival internacional que prestigia dicionário.
os músicos que tocam em estações do metrô. Na primeira, a palavra “mão” significa habilidade, efi-
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen- ciência diante do ato praticado. Nas outras que seguem o
tarão e divirta-se! significado é de: participação, interação mediante a uma
A fim = indica finalidade; a partir: sempre separado; tarefa realizada; mão como parte do corpo humano e por
antes de horas: há crase último simboliza o roubo, visto de maneira pejorativa.
Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per-
4-) cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de
A) Ela interrompeu a reunião derrepente. =de repente algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em
B) O governador poderá ter seu mandato caçado. = consideração as situações de aplicabilidade.
cassado Há uma infinidade de outros exemplos em que pode-
D) Saiu com descrição da sala. = discrição mos verificar a ocorrência da polissemia, como por exem-
plo:
5-) O rapaz é um tremendo gato.
O gato do vizinho é peralta.
A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou-
Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
pansa. = mendigo/caderneta/poupança
Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans-
sobrevivência
sa. = mendigo/caderneta/poupança
O passarinho foi atingido no bico.
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou-
pansa. =mendigo/depositou/caderneta/poupança
Polissemia e homonímia
6-) A questão envolve colocação pronominal e orto-
A confusão entre polissemia e homonímia é bastante
grafia. Comecemos pela mais fácil: ortografia! A palavra comum. Quando a mesma palavra apresenta vários signifi-
“por isso” é escrita separadamente. Assim, já descartamos cados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado,
duas alternativas (“A” e “E”). Quanto à colocação pronomi- quando duas ou mais palavras com origens e significados
nal, temos a presença do advérbio “não”, que sabemos ser distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos uma ho-
um “ímã” para o pronome oblíquo, fazendo-nos aplicar a monímia.
regra da próclise (pronome antes do verbo). Então, a for- A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode
ma correta é “mas não A matem” (por que A e não LHE? significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é
Porque quem mata, mata algo ou alguém, objeto direto. polissemia porque os diferentes significados para a palavra
O “lhe” é usado para objeto indireto. Se não tivéssemos a manga têm origens diferentes, e por isso alguns estudiosos
conjunção “mas” nem o advérbio “não”, a forma “matem- mencionam que a palavra manga deveria ter mais do que
na” estaria correta, já que, após vírgula, o ideal é que utili- uma entrada no dicionário.
zemos ênclise – pronome oblíquo após o verbo). “Letra” é uma palavra polissêmica. Letra pode significar
o elemento básico do alfabeto, o texto de uma canção ou
a caligrafia de um determinado indivíduo. Neste caso, os
diferentes significados estão interligados porque remetem
HOMÓFONOS E PARÔNIMOS; para o mesmo conceito, o da escrita.

Polissemia e ambiguidade

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na


interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode
Consideremos as seguintes frases: ser ambíguo, ou seja, apresenta mais de uma interpreta-
Paula tem uma mão para cozinhar que dá inveja! ção. Essa ambiguidade pode ocorrer devido à colocação
Vamos! Coloque logo a mão na massa! específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em
As crianças estão com as mãos sujas. uma frase. Vejamos a seguinte frase: Pessoas que têm uma
Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi. alimentação equilibrada frequentemente são felizes. Neste

12
PORTUGUÊS

caso podem existir duas interpretações diferentes. As pes- Já neste caso o termo (asas) é empregado de forma fi-
soas têm alimentação equilibrada porque são felizes ou são gurada, fazendo alusão à ideia de restrição e/ou controle de
felizes porque têm uma alimentação equilibrada. ações; disciplina, limitação de conduta e comportamento.
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela
pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma inter- Fonte:
pretação. Para fazer a interpretação correta é muito impor- http://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/oficial-de-
tante saber qual o contexto em que a frase é proferida. justica-tjm-sp/lingua-portuguesa-sentido-proprio-e-figu-
Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim parabo- rado-das-palavras.html
la, que por sua vez deriva do grego parabolé) pode ser de-
finida como sendo um conjunto de letras ou sons de uma Questões sobre Denotação e Conotação
língua, juntamente com a ideia associada a este conjunto.
Sentido Próprio e Figurado das Palavras 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) O
Pela própria definição acima destacada podemos per- sentido de marmóreo (adjetivo) equivale ao da expressão
ceber que a palavra é composta por duas partes, uma delas de mármore. Assinale a alternativa contendo as expressões
relacionada a sua forma escrita e os seus sons (denominada com sentidos equivalentes, respectivamente, aos das pala-
significante) e a outra relacionada ao que ela (palavra) ex- vras ígneo e pétreo.
pressa, ao conceito que ela traz (denominada significado). (A) De corda; de plástico.
Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras subdivi- (B) De fogo; de madeira.
dem-se assim: (C) De madeira; de pedra.
(D) De fogo; de pedra.
- Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o senti- (E) De plástico; de cinza.
do comum que costumamos dar a uma palavra.
2-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
- Sentido Figurado - é o sentido “simbólico”, “figura- LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013
do”, que podemos dar a uma palavra. - ADAPTADO) Para responder à questão, considere a se-
guinte passagem: Sem querer estereotipar, mas já estereoti-
Vamos analisar a palavra cobra utilizada em diferentes pando: trata-se de um ser cujas interações sociais terminam,
contextos: 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.
1. A cobra picou o menino. (cobra = réptil peçonhento)
2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa desagra- Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de
dável, que adota condutas pouco apreciáveis) (A) considerar ao acaso, sem premeditação.
3. O cara é cobra em Física! (cobra = pessoa que co- (B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido
nhece muito sobre alguma coisa, “expert”) dela.
No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido co- (C) adotar como referência de qualidade.
mum (ou literal); nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado (D) julgar de acordo com normas legais.
em sentido figurado. (E) classificar segundo ideias preconcebidas.
Podemos então concluir que um mesmo significante
(parte concreta) pode ter vários significados (conceitos). 3-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 -
Denotação e Conotação ADAPTADA) Para responder a esta questão, considere as
palavras destacadas nas seguintes passagens do texto:
- Denotação: verifica-se quando utilizamos a palavra
com o seu significado primitivo e original, com o sentido Desde o surgimento da ideia de hipertexto...
do dicionário; usada de modo automatizado; linguagem ... informações ligadas especialmente à pesquisa aca-
comum. Veja este exemplo: Cortaram as asas da ave para dêmica,
que não voasse mais. ... uma “máquina poética”, algo que funcionasse por
Aqui a palavra em destaque é utilizada em seu sentido analogia e associação...
próprio, comum, usual, literal.
Quando o cientista Vannevar Bush [...] concebeu a
MINHA DICA - Procure associar Denotação com Di- ideia de hipertexto...
cionário: trata-se de definição literal, quando o termo é uti- ... 20 anos depois de seu artigo fundador...
lizado em seu sentido dicionarístico.
As palavras destacadas que expressam ideia de tempo
- Conotação: verifica-se quando utilizamos a palavra são:
com o seu significado secundário, com o sentido amplo (ou (A) algo, especialmente e Quando.
simbólico); usada de modo criativo, figurado, numa lingua- (B) Desde, especialmente e algo.
gem rica e expressiva. Veja este exemplo: (C) especialmente, Quando e depois.
Seria aconselhável cortar as asas deste menino, antes (D) Desde, Quando e depois.
que seja tarde demais. (E) Desde, algo e depois.

13
PORTUGUÊS

4-) (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) pes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana estão per-
A importância de Rodolfo Coelho Cavalcante para o mo- correndo as ruas para flagrar maus cidadãos jogando coisas
vimento cordelista pode ser comparada à de outros dois onde não devem e alertá-los para o que os espera. Em breve,
grandes nomes... com guardas municipais, policiais militares e 600 fiscais em
Sem qualquer outra alteração da frase acima e sem ação, as multas começarão a chegar para quem tratar a via
prejuízo da correção, o elemento grifado pode ser subs- pública como a casa da sogra.
tituído por: Imagina-se que, quando essa lei começar para valer, os
(A) contrastada. recordistas de multas serão os cerca de 300 jovens golpistas
(B) confrontada. que, nas últimas semanas, se habituaram a tomar as ruas,
(C) ombreada. pichar monumentos, vandalizar prédios públicos, quebrar
(D) rivalizada. orelhões, arrancar postes, apedrejar vitrines, depredar ban-
(E) equiparada. cos, saquear lojas e, por uma estranha compulsão, destruir
lixeiras, jogar o lixo no asfalto e armar barricadas de fogo
5-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMU- com ele.
NITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) No verso – Não te É verdade que, no seu “bullying” político, eles não estão
abras com teu amigo – o verbo em destaque foi emprega- nem aí para a cidade, que é de todos – e que, por algum
do em sentido figurado. motivo, parecem querer levar ao colapso.
Assinale a alternativa em que esse mesmo verbo “abrir” Pois, já que a lei não permite prendê-los por vandalis-
continua sendo empregado em sentido figurado. mo, saque, formação de quadrilha, desacato à autoridade,
(A) Ao abrir a porta, não havia ninguém. resistência à prisão e nem mesmo por ataque aos órgãos
(B) Ele não pôde abrir a lata porque não tinha um abri- públicos, talvez seja possível enquadrá-los por sujar a rua.
dor. (Ruy Castro, Por sujar a rua. Folha de S.Paulo, 21.08.2013.
(C) Para aprender, é preciso abrir a mente. Adaptado)
(D) Pela manhã, quando abri os olhos, já estava em
casa. Na oração – ... parecem querer levar ao colapso. – (3.º
(E) Os ladrões abriram o cofre com um maçarico.
parágrafo), o termo em destaque é sinônimo de
(A) progresso.
6-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 –
(B) descaso.
FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder à ques-
(C) vitória.
tão, considere o texto abaixo.
(D) tédio.
(E) ruína.
A marca da solidão

Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de 8-) (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BN-
paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a DES/2012) Considere o emprego do verbo levar no trecho:
testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de “Uma competição não dura apenas alguns minutos. Leva
penumbra na tarde quente. anos”. A frase em que esse verbo está usado com o mesmo
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den- sentido é:
tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com (A) O menino leva o material adequado para a escola.
pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando peque- (B) João levou uma surra da mãe.
nas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é (C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo.
capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a (D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso.
marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. (E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Ja- a prova.
neiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)
No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido RESOLUÇÃO
figurado é
(A) menino. 1-)
(B) chão. Questão que pode ser resolvida usando a lógica ou as-
(C) testa. sociação de palavras! Veja: a ignição do carro lembra-nos
(D) penumbra. fogo, combustão... Pedra, petrificado. Encontrou a respos-
(E) tenda. ta?

7-) (UFTM/MG – AUXILIAR DE BIBLIOTECA – VU- RESPOSTA: “D”.


NESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder à
questão. 2-)
Classificar conforme regras conhecidas, mas não con-
RIO DE JANEIRO – A Prefeitura do Rio está lançando a firmadas se verdadeiras.
Operação Lixo Zero, que vai multar quem emporcalhar a ci-
dade. Em primeira instância, a campanha é educativa. Equi- RESPOSTA: “E”.

14
PORTUGUÊS

3-) Observação: A antonímia pode originar-se de um pre-


As palavras que nos dão a noção, ideia de tempo são: fixo de sentido oposto ou negativo: bendizer e maldizer;
desde, quando e depois. simpático e antipático; progredir e regredir; concórdia e dis-
córdia; ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista e an-
RESPOSTA: “D”. ticomunista; simétrico e assimétrico.
4-)
Ao participar de um concurso, não temos acesso a di- O que são Homônimos e Parônimos:
cionários para que verifiquemos o significado das palavras, - Homônimos
por isso, caso não saibamos o que significam, devemos a) Homógrafos: são palavras iguais na escrita e diferen-
analisá-las dentro do contexto em que se encontram. No tes na pronúncia:
exercício acima, a que se “encaixa” é “equiparada”. rego (subst.) e rego (verbo);
colher (verbo) e colher (subst.);
RESPOSTA: “E”. jogo (subst.) e jogo (verbo);
denúncia (subst.) e denuncia (verbo);
5-) providência (subst.) e providencia (verbo).
Em todas as alternativas o verbo “abrir” está empre-
gado em seu sentido denotativo. No item C, conotativo b) Homófonos: são palavras iguais na pronúncia e di-
(“abrir a mente” = aberto a mudanças, novas ideias). ferentes na escrita:
acender (atear) e ascender (subir);
RESPOSTA: “C”. concertar (harmonizar) e consertar (reparar);
cela (compartimento) e sela (arreio);
6-) censo (recenseamento) e senso ( juízo);
Novamente, responderemos com frase do texto: seu paço (palácio) e passo (andar).
rosto formando uma tenda.
c) Homógrafos e homófonos simultaneamente: São
RESPOSTA: “E”.
palavras iguais na escrita e na pronúncia:
caminho (subst.) e caminho (verbo);
7-)
cedo (verbo) e cedo (adv.);
Pela leitura do texto, compreende-se que a intenção
livre (adj.) e livre (verbo).
do autor ao utilizar a expressão” levar ao colapso” refere-se
à queda, ao fim, à ruína da cidade.
- Parônimos
São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: coro
RESPOSTA: “E”.
e couro; cesta e sesta; eminente e iminente; osso e ouço; sede
8-) e cede; comprimento e cumprimento; tetânico e titânico; au-
No enunciado, o verbo “levar” está empregado com o tuar e atuar; degradar e degredar; infligir e infringir; deferir
sentido de “duração/tempo” e diferir; suar e soar.
(A) O menino leva o material adequado para a escola.
= carrega http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,-an-
(B) João levou uma surra da mãe. = apanhou tonimos,-homonimos-e-paronimos
(C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo. = arrasta
(D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso. = Questões sobre Significação das Palavras
direciona
(E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar a 01. Assinale a alternativa que preenche corretamente
prova = duração/tempo as lacunas da frase abaixo:
Da mesma forma que os italianos e japoneses _________
RESPOSTA: “E”. para o Brasil no século passado, hoje os brasileiros ________
para a Europa e para o Japão, à busca de uma vida melhor;
- Sinônimos internamente, __________ para o Sul, pelo mesmo motivo.
São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto a) imigraram - emigram - migram
- abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir. b) migraram - imigram - emigram
Observação: A contribuição greco-latina é responsável c) emigraram - migram - imigram.
pela existência de numerosos pares de sinônimos: adver- d) emigraram - imigram - migram.
sário e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e he- e) imigraram - migram – emigram
miciclo; contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e
diálogo; transformação e metamorfose; oposição e antítese. Agente de Apoio – Microinformática – VUNESP – 2013
- Leia o texto para responder às questões de números 02
- Antônimos e 03.
São palavras de significação oposta: ordem - anarquia;
soberba - humildade; louvar - censurar; mal - bem. Alunos de colégio fazem robôs com sucata eletrônica

15
PORTUGUÊS

Você comprou um smartphone e acha que aquele seu A) I, II e III.


celular antigo é imprestável? Não se engane: o que é lixo B) III, apenas.
para alguns pode ser matéria-prima para outros. O CMID C) I e III, apenas.
– Centro Marista de Inclusão Digital –, que funciona junto D) I, apenas.
ao Colégio Marista de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, E) I e II, apenas.
ensina os alunos do colégio a fazer robôs a partir de lixo 05. Leia as frases abaixo:
eletrônico. 1 - Assisti ao ________ do balé Bolshoi;
Os alunos da turma avançada de robótica, por exemplo, 2 - Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em
constroem carros com sensores de movimento que respon- Marte.
dem à aproximação das pessoas. A fonte de energia vem de 3 - As _________ da câmara são verdadeiros programas
baterias de celular. “Tirando alguns sensores, que precisa- de humor.
mos comprar, é tudo reciclagem”, comentou o instrutor de 4 - ___________ dias que não falo com Alfredo.
robótica do CMID, Leandro Schneider. Esses alunos também
aprendem a consertar computadores antigos. “O nosso pro-
Escolha a alternativa que oferece a sequência correta
jeto só funciona por causa do lixo eletrônico. Se tivéssemos
de vocábulos para as lacunas existentes:
que comprar tudo, não seria viável”, completou.
a) concerto – há – a – cessões – há;
Em uma época em que celebridades do mundo digital
fazem campanha a favor do ensino de programação nas es- b) conserto – a – há – sessões – há;
colas, é inspirador o relato de Dionatan Gabriel, aluno da c) concerto – a – há – seções – a;
turma avançada de robótica do CMID que, aos 16 anos, já d) concerto – a – há – sessões – há;
sabe qual será sua profissão. “Quero ser programador. No e) conserto – há – a – sessões – a .
início das aulas, eu achava meio chato, mas depois fui me
interessando”, disse. 06. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
(Giordano Tronco, www.techtudo.com.br, 07.07.2013. NESP – 2013-adap.). Considere o seguinte trecho para res-
Adaptado) ponder à questão.

02. A palavra em destaque no trecho –“Tirando alguns Adolescentes vivendo em famílias que não lhes trans-
sensores, que precisamos comprar, é tudo reciclagem”... – mitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não
pode ser substituída, sem alteração do sentido da mensa- lhes impuseram limites de disciplina.
gem, pela seguinte expressão:
A) Pelo menos O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse
B) A contar de trecho, é:
C) Em substituição a A) de desprendimento.
D) Com exceção de B) de responsabilidade.
E) No que se refere a C) de abnegação.
D) de amor.
03. Assinale a alternativa que apresenta um antônimo E) de egoísmo.
para o termo destacado em – …“No início das aulas, eu
achava meio chato, mas depois fui me interessando”, disse. 07. Assinale o único exemplo cuja lacuna deve ser
A) Estimulante. preenchida com a primeira alternativa da série dada nos
B) Cansativo. parênteses:
C) Irritante.
A) Estou aqui _______ de ajudar os flagelados das en-
D) Confuso.
chentes. (afim- a fim).
E) Improdutivo.
B) A bandeira está ________. (arreada - arriada).
C) Serão punidos os que ________ o regulamento. (in-
04. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
NESP – 2013). Analise as afirmações a seguir. flingirem - infringirem).
I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso D) São sempre valiosos os ________ dos mais velhos.
por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituí- (concelhos - conselhos).
do, sem alteração do sentido do texto, por “faz”. E) Moro ________ cem metros da praça principal. (a cer-
II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser ca de - acerca de).
reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à liberta-
ção. 08. Assinale a alternativa correta, considerando que à
III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma dife- direita de cada palavra há um sinônimo.
rente aqui no presídio devido ao bom comportamento. – a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar
pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país)
do”, sem alterar o sentido do texto. c) delatar = expandir; dilatar = denunciar
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, d) deferir = diferenciar; diferir = conceder
está correto o que se afirma em e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação

16
PORTUGUÊS

GABARITO 7-)
A) Estou aqui a fim de de ajudar os flagelados das
01. A 02. D 03. A 04. A enchentes. (afim = O adjetivo “afim” é empregado para in-
05. D 06. E 07. E 08. A dicar que uma coisa tem afinidade com a outra. Há pessoas
que têm temperamentos afins, ou seja, parecidos)
RESOLUÇÃO B) A bandeira está arriada . (arrear = colocar
arreio no cavalo)
1-) Da mesma forma que os italianos e japoneses C) Serão punidos os que infringirem o regulamen-
to. (inflingirem = aplicarem a pena)
imigraram para o Brasil no século passado, hoje os bra-
D) São sempre valiosos os conselhos dos mais ve-
sileiros emigram para a Europa e para o Japão, à busca
lhos; (concelhos= Porção territorial ou parte administrativa
de uma vida melhor; internamente, migram para o
de um distrito).
Sul, pelo mesmo motivo. E) Moro a cerca de cem metros da praça principal.
(acerca de = Acerca de é sinônimo de “a respeito de”.).
2-) “Com exceção de alguns sensores, que precisamos
comprar, é tudo reciclagem”... 8-)
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) =
3-) antônimo para o termo destacado : “No início das significados invertidos
aulas, eu achava meio chato, mas depois fui me interes- c) delatar = expandir; dilatar = denunciar = signifi-
sando” cados invertidos
“No início das aulas, eu achava meio estimulante, mas d) deferir = diferenciar; diferir = conceder = signifi-
depois fui me interessando” cados invertidos
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação =
4-) significados invertidos
I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso
por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituí-
do, sem alteração do sentido do texto, por “faz”. = correta HÍFEN;
II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser
reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à liberta-
ção. = correta
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado
III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma dife- para ligar os elementos de palavras compostas (couve-flor,
rente aqui no presídio devido ao bom comportamento. – ex-presidente) e para unir pronomes átonos a verbos (ofe-
pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão receram-me; vê-lo-ei).
do”, sem alterar o sentido do texto. = correta Serve igualmente para fazer a translineação de pala-
vras, isto é, no fim de uma linha, separar uma palavra em
5-) duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).
1 - Assisti ao concerto do balé Bolshoi;
2 - Daqui a pouco vão dizer que há (= existe) Uso do hífen que continua depois da Reforma Or-
vida em Marte. tográfica:
3 – As sessões da câmara são verdadeiros pro-
gramas de humor. 1. Em palavras compostas por justaposição que formam
4- Há dias que não falo com Alfredo. (= uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem
tempo passado) para formam um novo significado: tio-avô, porto-alegrense,
luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira, conta-gotas,
6-) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes guarda-chuva, arco- -íris, primeiro-ministro, azul-escuro.
transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e
não lhes impuseram limites de disciplina.
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora-
O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse
menina, erva-doce, feijão-verde.
trecho, é de egoísmo
Altruísmo é um tipo de comportamento encontrado 3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém
nos seres humanos e outros seres vivos, em que as ações e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém-casa-
de um indivíduo beneficiam outros. É sinônimo de filan- do, aquém- -fiar, etc.
tropia. No sentido comum do termo, é muitas vezes per-
cebida, também, como sinônimo de solidariedade. Esse 4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
conceito opõe-se, portanto, ao egoísmo, que são as incli- mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo
nações específica e exclusivamente individuais (pessoais ou uso: cor- -de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-
coletivas). de-meia, água-de- -colônia, queima-roupa, deus-dará.

17
PORTUGUÊS

5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio- 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção
Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis-
históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, Al- ta, etc.
sácia-Lorena, etc. 6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei-
to, benquerer, benquerido, etc.
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su-
per- quando associados com outro termo que é iniciado
Questões sobre Hífen
por r: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc.

7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, 01.Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o
ex- -presidente, vice-governador, vice-prefeito. novo Acordo, está sendo usado corretamente:
A) Ele fez sua auto-crítica ontem.
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: B) Ela é muito mal-educada.
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc. C) Ele tomou um belo ponta-pé.
D) Fui ao super-mercado, mas não entrei.
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- E) Os raios infra-vermelhos ajudam em lesões.
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.
02.Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do
10. Nas formações em que o prefixo tem como segun- hífen:
do termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, ele-
A) Pelo interfone ele comunicou bem-humorado que
tro-higrómetro, geo-história, neo-helênico, extra-humano,
faria uma superalimentação.
semi-hospitalar, super- -homem.
B) Nas circunvizinhanças há uma casa malassombrada.
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudo prefixo C) Depois de comer a sobrecoxa, tomou um antiácido.
termina na mesma vogal do segundo elemento: micro-on- D) Nossos antepassados realizaram vários anteproje-
das, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc. tos.
E) O autodidata fez uma autoanálise.
Obs: O hífen é suprimido quando para formar outros
termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar. 03.Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego
do hífen, respeitando-se o novo Acordo.
- Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mu- A) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo.
dança de linha), caso a última palavra a ser escrita seja for- B) O meia-direita fez um gol de sem-pulo na semifinal
mada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escre- do campeonato.
verei anti-inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na C) Era um sem-vergonha, pois andava seminu.
linha debaixo escreverei: “-inflamatório” (hífen em ambas
D) O recém-chegado veio de além-mar.
as linhas).
E) O vice-reitor está em estado pós-operatório.
Não se emprega o hífen:
04.Segundo o novo Acordo, entre as palavras pão duro
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo (avarento), copo de leite (planta) e pé de moleque (doce) o
termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou hífen é obrigatório:
“s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir- A) em nenhuma delas.
religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, B) na segunda palavra.
microrradiografia, etc. C) na terceira palavra.
D) em todas as palavras.
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre- E) na primeira e na segunda palavra.
fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com
vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes- 05.Fez um esforço __ para vencer o campeonato __.
trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes- Qual alternativa completa corretamente as lacunas?
cola, infraestrutura, etc.
A) sobreumano/interregional
B) sobrehumano-interregional
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
“dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o h inicial: desu- C) sobre-humano / inter-regional
mano, inábil, desabilitar, etc. D) sobrehumano/ inter-regional
E) sobre-humano /interegional
4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando
o segundo elemento começar com “o”: cooperação, coo- GABARITO
brigação, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir,
etc. 01. B 02. B 03. A 04. E 05. C

18
PORTUGUÊS

RESOLUÇÃO No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (co-


1-) nhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a
A) autocrítica crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é
C) pontapé transitivo indireto (referir--se a algo ou a alguém) e exige
D) supermercado a preposição “a”. Portanto, a crase é possível, desde que o
E) infravermelhos termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino
“a” ou um dos pronomes já especificados.
2-)B) Nas circunvizinhanças há uma casa mal-assom-
brada. Casos em que a crase NÃO ocorre:
3-) A) O semianalfabeto desenhou um semicírculo.
- diante de substantivos masculinos:
4-) Andamos a cavalo.
a) pão-duro / b) copo-de-leite (planta) / c) pé de mo-
Fomos a pé.
leque (doce)
Passou a camisa a ferro.
a) Usa-se o hífen nas palavras compostas que não
Fazer o exercício a lápis.
apresentam elementos de ligação.
Compramos os móveis a prazo.
b) Usa-se o hífen nos compostos que designam espé-
cies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos,
raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. - diante de verbos no infinitivo:
c) Não se usa o hífen em compostos que apresentam A criança começou a falar.
elementos de ligação. Ela não tem nada a dizer.
Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos
5-) Fez um esforço sobre-humano para vencer o cam- exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá
peonato inter-regional. crase.
- Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
- Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma - diante da maioria dos pronomes e das expressões
letra com que se inicia a outra palavra de tratamento, com exceção das formas senhora, se-
nhorita e dona:
Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
Entreguei a todos os documentos necessários.
CRASE; Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de on-
tem.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.

A palavra crase é de origem grega e significa “fusão”, Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pro-
“mistura”. Na língua portuguesa, é o nome que se dá à nomes podem ser identificados pelo método: troque a pa-
“junção” de duas vogais idênticas. É de grande importân- lavra feminina por uma masculina, caso na nova construção
cia a crase da preposição “a” com o artigo feminino “a” surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
(s), com o “a” inicial dos pronomes aquele(s), aquela (s), Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo in-
aquilo e com o “a” do relativo a qual (as quais). Na escri- divíduo.)
ta, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao
uso apropriado do acento grave depende da compreensão
senhor.)
da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao
entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e
próprio Cláudio para sair mais cedo.)
nomes que exigem a preposição “a”. Aprender a usar a cra-
se, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência
simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. - diante de numerais cardinais:
Observe: Chegou a duzentos o número de feridos.
Vou a + a igreja. Daqui a uma semana começa o campeonato.
Vou à igreja.
Casos em que a crase SEMPRE ocorre:
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição
“a”, exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência - diante de palavras femininas:
do artigo “a” que está determinando o substantivo femini- Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
no igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e Sempre vamos à praia no verão.
elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Observe os outros exemplos: Sou grata à população.
Conheço a aluna. Fumar é prejudicial à saúde.
Refiro-me à aluna. Este aparelho é posterior à invenção do telefone.

19
PORTUGUÊS

- diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” (mesmo que a expressão moda de fique subentendida):
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.

- na indicação de horas:
Acordei às sete horas da manhã.
Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.

- em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por exemplo:
à tarde às ocultas às pressas à medida que
à noite às claras às escondidas à força
à vontade à beça à larga à escuta
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
à esquerda às turras às vezes à chave
à direita à procura à deriva à toa
à luz à sombra de à frente de à proporção que
à semelhança de às ordens à beira de

Crase diante de Nomes de Lugar

Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo regente por um verbo que peça a preposição “de” ou “em”.
A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por exemplo:
Vou à França. (Vim da [de+a] França. Estou na [em+a] França.)
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.)

*- Dica da Zê!: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A volto DE, crase PRA QUÊ?”
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
Vou à praia. = Volto da praia.

- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase. Veja:


Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
Irei à Salvador de Jorge Amado.

Crase diante dos Pronomes Demonstrativos

Aquele (s), Aquela (s), Aquilo

Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição “a”. Por exemplo:
Refiro-me a + aquele atentado.
Preposição Pronome
Refiro-me àquele atentado.

O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição,
portanto, ocorre a crase. Observe este outro exemplo:
Aluguei aquela casa.

O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. Veja
outros exemplos:
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.
Quero agradecer àqueles que me socorreram.
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
Não obedecerei àquele sujeito.

20
PORTUGUÊS

Assisti àquele filme três vezes. Dizem que aquele médico cura à distância.
Espero aquele rapaz.
Fiz aquilo que você disse. Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA
Comprei aquela caneta.
- diante de nomes próprios femininos:
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais Observação: é facultativo o uso da crase diante de no-
mes próprios femininos porque é facultativo o uso do ar-
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a tigo. Observe:
qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege es- Paula é muito bonita. Laura é minha amiga.
ses pronomes exigir a preposição “a”, haverá crase. É pos- A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga.
sível detectar a ocorrência da crase nesses casos utilizando Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo
a substituição do termo regido feminino por um termo re- feminino diante de nomes próprios femininos, então pode-
gido masculino. Por exemplo: mos escrever as frases abaixo das seguintes formas:
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a Ro-
O monumento ao qual me refiro fica no centro da ci- berto.
dade. Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Ro-
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a berto.
crase. Veja outros exemplos: - diante de pronome possessivo feminino:
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. Observação: é facultativo o uso da crase diante de pro-
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. nomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do
Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam artigo. Observe:
responder nenhuma das questões. Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está esperan-
A sessão à qual assisti estava vazia. do por você.
A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está es-
Crase com o Pronome Demonstrativo “a” perando por você.
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo pronomes possessivos femininos, então podemos escrever
“a” também pode ser detectada através da substituição do as frases abaixo das seguintes formas:
termo regente feminino por um termo regido masculino. Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô.
Veja: Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô.
Minha revolta é ligada à do meu país.
Meu luto é ligado ao do meu país. - depois da preposição até:
As orações são semelhantes às de antes. Fui até a praia. ou Fui até à praia.
Os exemplos são semelhantes aos de antes. Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o
Suas perguntas são superiores às dele. até à porta.
Seus argumentos são superiores aos dele. A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A
Sua blusa é idêntica à de minha colega. palestra vai até às cinco horas da tarde.
Seu casaco é idêntico ao de minha colega.
Questões sobre Crase
A Palavra Distância
01.( Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) No Brasil, as dis-
Se a palavra distância estiver especificada, determina- cussões sobre drogas parecem limitar-se ______aspectos ju-
da, a crase deve ocorrer. Por exemplo: Sua casa fica à dis- rídicos ou policiais. É como se suas únicas consequências
tância de 100km daqui. (A palavra está determinada) estivessem em legalismos, tecnicalidades e estatísticas cri-
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A minais. Raro ler ____respeito envolvendo questões de saúde
palavra está especificada.) pública como programas de esclarecimento e prevenção, de
tratamento para dependentes e de reintegração desses____
Se a palavra distância não estiver especificada, a crase vida. Quantos de nós sabemos o nome de um médico ou
não pode ocorrer. Por exemplo: clínica ____quem tentar encaminhar um drogado da nossa
Os militares ficaram a distância. própria família?
Gostava de fotografar a distância. (Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Pau-
Ensinou a distância. lo, 17.09.2012. Adaptado)
Dizem que aquele médico cura a distância. As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
Reconheci o menino a distância. respectivamente, com:
(A) aos … à … a … a
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambi- (B) aos … a … à … a
guidade, pode-se usar a crase. Veja: (C) a … a … à … à
Gostava de fotografar à distância. (D) à … à … à … à
Ensinou à distância. (E) a … a … a … a

21
PORTUGUÊS

02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013).Leia 06. O Ministro informou que iria resistir _____ pressões
o texto a seguir. contrárias _____ modificações relativas _____ aquisição da
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, cor- casa própria.
reu ______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira a) às - àquelas _ à
causa do procedimento de Camilo. Vimos que ______ carto- b) as - aquelas - a
mante restituiu--lhe ______ confiança, e que o rapaz repreen- c) às àquelas - a
deu-a por ter feito o que fez. d) às - aquelas - à
e) as - àquelas - à
(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias.
07. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
Rio de Janeiro: Globo, 1997, p. 6)
NESP – 2013-adap) O acento indicativo de crase está cor-
retamente empregado em:
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas
ordem dada: com as dificuldades para lidar com as frustrações de seus
A) à – a – a desejos.
B) a – a – à B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações
C) à – a – à nos mecanismos biológicos de controle emocional.
D) à – à – a C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
E) a – à – à D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunida-
03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ proble- de alimentam a violência crescente nas cidades.
mas já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”. E) Um ambiente desfavorável à formação da personali-
a) à - àqueles - a - há dade atinge os mais vulneráveis.
b) a - àqueles - a - há
c) a - aqueles - à - a 08. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013).
d) à - àqueles - a - a O sinal indicativo de crase está correto em:
e) a - aqueles - à - há A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na
área de biotecnologia.
04.(Agente Técnico – FCC – 2013-adap.) Claro que não B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar
à educação dos filhos.
me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva e
C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar
efervescente.
as instalações do prédio.
O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer
se o segmento grifado for substituído por: detalhe que envolva a segurança das pessoas.
A) leitura apressada e sem profundidade. E) É função da política é dedicar-se à todo problema
B) cada um de nós neste formigueiro. que comprometa o bem-estar do cidadão.
C) exemplo de obras publicadas recentemente.
D) uma comunicação festiva e virtual. 09. (Agente Educacional – VUNESP – 2013). Assinale
E) respeito de autores reconhecidos pelo público. a alternativa em que a sequência da frase a seguir traz o
uso correto do acento indicativo de crase, de acordo com a
05. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU- norma-padrão da língua portuguesa.
NESP – 2013). Um bom conhecimento de matemática é indispensável
O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP) A) à todo e qualquer estudante.
também desenvolve atividades lúdicas de apoio______ res- B) à estudantes de nível superior.
socialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará- C) à quem pretende carreiras no campo de exatas.
-lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando em D) à construção do saber nas mais diversas áreas.
liberdade, ele estará capacitado______ ter uma profissão e E) à uma boa formação profissional.
uma vida digna.
GABARITO
(Disponível em: www.metropolitana.com.br/blog/
qual_e_a_importancia_da_ressocializacao_de_presos. Aces-
01. B 02. A 03. B 04. A 05. D
so em: 18.08.2012. Adaptado) 06. A 07. E 08. B 09. D
Assinale a alternativa que preenche, correta e respecti- RESOLUÇÃO
vamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-pa-
drão da língua portuguesa. 1-) limitar-se _aos _aspectos jurídicos ou policiais.
A) à … à … à Raro ler __a__respeito (antes de palavra masculina
B) a … a … à não há crase) de reintegração desses_à_ vida. (reintegrar
C) a … à … à a + a vida = à) o nome de um médico ou clínica __a_quem
D) à … à ... a tentar encaminhar um drogado da nossa própria família?
E) a … à … a (antes de pronome indefinido/relativo)

22
PORTUGUÊS

2-) correu _à (= para a ) cartomante para consultá-la 8-)


sobre a verdadeira causa do procedimento de Camilo. Vi- A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na
mos que _a__cartomante (objeto direto)restituiu-lhe ___a___ área de biotecnologia. (artigo indefinido)
confiança (objeto direto), e que o rapaz repreendeu-a por B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar
ter feito o que fez. à educação dos filhos. = correta (regência verbal: dedicar
a)
3-) “Nesta oportunidade, volto _a_ referir-me àqueles__ C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar
problemas já expostos a _ V. Sª _há_ alguns dias”. as instalações do prédio. (verbo no infinitivo)
- a referir = antes de verbo no infinito não há crase; D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer
- quem faz referência, faz referência A algo ou A al- detalhe que envolva a segurança das pessoas. (pronome
guém ( a regência do verbo pede preposição) indefinido)
- antes de pronome de tratamento não há crase (exce- E) É função da política é dedicar-se à todo problema
ção à senhora, que admite artigo); que comprometa o bem-estar do cidadão. (pronome in-
- há no sentido de tempo passado. definido)
9-) Um bom conhecimento de matemática é indispen-
4-) Claro que não me estou referindo à leitura apressa- sável à construção do saber nas mais diversas áreas.
da e sem profundidade. A) à todo e qualquer estudante. (pronome indefinido)
a cada um de nós neste formigueiro. (antes de prono- B) à estudantes de nível superior. (“a” no singular antes
me indefinido) de palavra no plural)
a exemplo de obras publicadas recentemente. (palavra C) à quem pretende carreiras no campo de exatas.
masculina) (pronome indefinido/relativo)
a uma comunicação festiva e virtual. (artigo indefini- E) à uma boa formação profissional. (artigo indefinido)
do)a respeito de autores reconhecidos pelo público. (pa-
lavra masculina)
REGÊNCIA;
5-) O Instituto Nacional de Administração Prisio-
nal (INAP) também desenvolve atividades lúdicas de
apoio___à__ ressocialização do indivíduo preso, com o ob-
jetivo de prepará--lo para o retorno___à__ sociedade. Dessa Dá-se o nome de regência à relação de subordinação
forma, quando em liberdade, ele estará capacitado__a___ que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus comple-
ter uma profissão e uma vida digna. mentos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as pala-
- Apoio a ? Regência nominal pede preposição; vras, criando frases não ambíguas, que expressem efetiva-
- retorno a? regência nominal pede preposição; mente o sentido desejado, que sejam corretas e claras.
- antes de verbo no infinitivo não há crase.
Regência Verbal
6-) O Ministro informou que iria resistir _às__ pressões
contrárias àquelas_ modificações relativas __à_ aquisição Termo Regente: VERBO
da casa própria.
- resistir a? regência verbal pede preposição; A regência verbal estuda a relação que se estabelece
- contrária a? regência nominal pede preposição; entre os verbos e os termos que os complementam (obje-
- relativas a? regência nominal pede preposição. tos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos
adverbiais).
7-) O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nos-
A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas sa capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de
com as dificuldades para lidar com as frustrações de seus conhecermos as diversas significações que um verbo pode
desejos. (antes de verbo no infinitivo não há crase) assumir com a simples mudança ou retirada de uma pre-
B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações posição. Observe:
nos mecanismos biológicos de controle emocional. (se A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar,
o “a” está no singular e antecede palavra no plural, não há contentar.
crase) A mãe agrada ao filho. -> agradar significa “causar
C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade. agrado ou prazer”, satisfazer.
(artigo indefinido) Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de
D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunida- “agradar a alguém”.
de alimentam a violência crescente nas cidades. (palavra
masculina) Saiba que:
E) Um ambiente desfavorável à formação da personali- O conhecimento do uso adequado das preposições é
dade atinge os mais vulneráveis. = correta (regência nomi- um dos aspectos fundamentais do estudo da regência ver-
nal: desfavorável a?) bal (e também nominal). As preposições são capazes de

23
PORTUGUÊS

modificar completamente o sentido do que se está sendo Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente
dito. Veja os exemplos: como o verbo amar:
Cheguei ao metrô. Amo aquele rapaz. / Amo-o.
Cheguei no metrô. Amo aquela moça. / Amo-a.
Amam aquele rapaz. / Amam-no.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no se- Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
gundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A
oração “Cheguei no metrô”, popularmente usada a fim de Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses ver-
indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da lín- bos para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos
gua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem di- adnominais).
vergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
verbos, e a regência culta. Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua car-
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos reira)
de acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau hu-
mor)
não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de
diferentes formas em frases distintas.
Verbos Transitivos Indiretos
Verbos Intransitivos
Os verbos transitivos indiretos são complementados
por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi-
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É gem uma preposição para o estabelecimento da relação de
importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter-
aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são
o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam
- Chegar, Ir os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adver- transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re-
biais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos
indicar destino ou direção são: a, para. de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos
Fui ao teatro. lhe, lhes.
Adjunto Adverbial de Lugar Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:
- Consistir - Tem complemento introduzido pela pre-
Ricardo foi para a Espanha. posição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direi-
Adjunto Adverbial de Lugar tos iguais para todos.

- Comparecer - Obedecer e Desobedecer - Possuem seus comple-


O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por mentos introduzidos pela preposição “a”:
em ou a. Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o Eles desobedeceram às leis do trânsito.
último jogo.
- Responder - Tem complemento introduzido pela pre-
Verbos Transitivos Diretos posição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a
quem” ou “ao que” se responde.
Os verbos transitivos diretos são complementados por Respondi ao meu patrão.
Respondemos às perguntas.
objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição
Respondeu-lhe à altura.
para o estabelecimento da relação de regência. Ao em-
pregar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto
oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pro-
quando exprime aquilo a que se responde, admite voz pas-
nomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas siva analítica. Veja:
verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após O questionário foi respondido corretamente.
formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamen-
lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos. te.
São verbos transitivos diretos, dentre outros: abando-
nar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, ad- - Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complemen-
mirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, tos introduzidos pela preposição “com”.
castigar, condenar, conhecer, conservar,convidar, defender, Antipatizo com aquela apresentadora.
eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, Simpatizo com os que condenam os políticos que gover-
proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar. nam para uma minoria privilegiada.

24
PORTUGUÊS

Verbos Transitivos Diretos e Indiretos Saiba que:


- A construção “pedir para”, muito comum na lingua-
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompa- gem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua
nhados de um objeto direto e um indireto. Merecem desta- culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra
que, nesse grupo: Agradecer, Perdoar e Pagar. São verbos licença estiver subentendida.
que apresentam objeto direto relacionado a coisas e obje- Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz
to indireto relacionado a pessoas. Veja os exemplos:
uma oração subordinada adverbial final reduzida de infini-
Agradeço aos ouvintes a audiência.
tivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
Objeto Indireto Objeto Direto
- A construção “dizer para”, também muito usada po-
Paguei o débito ao cobrador. pularmente, é igualmente considerada incorreta.
Objeto Direto Objeto Indireto
Preferir
- O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto in-
com particular cuidado. Observe: direto introduzido pela preposição “a”. Por Exemplo:
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
Agradeci o presente. / Agradeci-o. Prefiro trem a ônibus.
Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. Obs.: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil
vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo
Paguei minhas contas. / Paguei-as.
prefixo existente no próprio verbo (pre).
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
Mudança de Transitividade X Mudança de Signifi-
Informar cado
- Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto Há verbos que, de acordo com a mudança de transitivi-
indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa. dade, apresentam mudança de significado. O conhecimen-
Informe os novos preços aos clientes. to das diferentes regências desses verbos é um recurso lin-
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos guístico muito importante, pois além de permitir a correta
preços) interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades
- Na utilização de pronomes como complementos, veja expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais,
as construções: estão:
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou so- AGRADAR
- Agradar é transitivo direto no sentido de fazer cari-
bre eles)
nhos, acariciar.
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada
Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada quando o revê.
para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, pre- Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. /
venir. Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo.

Comparar - Agradar é transitivo indireto no sentido de causar


Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento
preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento introduzido pela preposição “a”.
indireto. O cantor não agradou aos presentes.
Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma O cantor não lhes agradou.
criança.
ASPIRAR
- Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspi-
Pedir
rar (o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na
forma de oração subordinada substantiva) e indireto de - Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter
pessoa. como ambição: Aspirávamos a melhores condições de vida.
(Aspirávamos a elas)
Pedi-lhe favores.
Objeto Indireto Objeto Direto Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é
pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais áto-
Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio. nas “lhe” e “lhes” e sim as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela
Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva (s)”. Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (=
Objetiva Direta Aspiravam a ela)

25
PORTUGUÊS

ASSISTIR b) Ter como consequência, trazer como consequência,


- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres- acarretar, provocar: Liberdade de escolha implica amadure-
tar assistência a, auxiliar. Por exemplo: cimento político de um povo.
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los. - Como transitivo direto e indireto, significa compro-
meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen- econômicas.
ciar, estar presente, caber, pertencer. Exemplos:
Assistimos ao documentário. Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é tran-
Não assisti às últimas sessões. sitivo indireto e rege com preposição “com”: Implicava com
Essa lei assiste ao inquilino. quem não trabalhasse arduamente.

Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é PROCEDER


intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de - Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter
lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se,
conturbada cidade. agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado
de adjunto adverbial de modo.
CHAMAR As afirmações da testemunha procediam, não havia
- Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, como refutá-las.
solicitar a atenção ou a presença de. Você procede muito mal.
Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá cha-
má-la. - Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a prepo-
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes. sição” de”) e fazer, executar (rege complemento introduzi-
do pela preposição “a”) é transitivo indireto.
- Chamar no sentido de denominar, apelidar pode
O avião procede de Maceió.
apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predi-
Procedeu-se aos exames.
cativo preposicionado ou não.
O delegado procederá ao inquérito.
A torcida chamou o jogador mercenário.
A torcida chamou ao jogador mercenário.
QUERER
A torcida chamou o jogador de mercenário.
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter
A torcida chamou ao jogador de mercenário.
vontade de, cobiçar.
CUSTAR
Querem melhor atendimento.
- Custar é intransitivo no sentido de ter determinado
valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial: Queremos um país melhor.
Frutas e verduras não deveriam custar muito.
- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição,
- No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo estimar, amar.
ou transitivo indireto. Quero muito aos meus amigos.
Muito custa viver tão longe da família. Ele quer bem à linda menina.
Verbo Oração Subordinada Substantiva Despede-se o filho que muito lhe quer.
Subjetiva
Intransitivo Reduzida de Infinitivo VISAR
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mi-
Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela rar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
atitude. O homem visou o alvo.
Objeto Oração Subordinada Substantiva O gerente não quis visar o cheque.
Subjetiva
Indireto Reduzida de Infinitivo - No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como
objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
Obs.: a Gramática Normativa condena as construções O ensino deve sempre visar ao progresso social.
que atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar
por pessoa. Observe: público.
Custei para entender o problema.
Forma correta: Custou-me entender o problema. ESQUECER – LEMBRAR
- Lembrar algo – esquecer algo
IMPLICAR - Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (prono-
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos: minal)
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja,
implicavam um firme propósito. exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.

26
PORTUGUÊS

No 2º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a preposição “de”. São, portanto,
transitivos indiretos:
- Ele se esqueceu do caderno.
- Eu me esqueci da chave.
- Eles se esqueceram da prova.
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.
Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve alteração
de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos tanto
brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
- Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
- Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e indireto (lembrar alguma coisa a alguém ou alguém de alguma
coisa).

SIMPATIZAR
Transitivo indireto e exige a preposição “com”: Não simpatizei com os jurados.

NAMORAR
É transitivo direto, ou seja, não admite preposição: Maria namora João.

Obs: Não é correto dizer: “Maria namora com João”.

OBEDECER
É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com a preposição “a” (obedecer a): Devemos obedecer aos pais.

Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode ser usado na voz passiva: A fila não foi obedecida.

VER
É transitivo direto, ou seja, não exige preposição: Ele viu o filme.

Regência Nominal

É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome.
Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vá-
rios nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa,
nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes correspondentes:
todos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.

Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atenta-
mente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.

Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por

Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a

27
PORTUGUÊS

Apto a, para Favorável a Prestes a


Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de

Advérbios
Longe de Perto de

Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a;
paralelamente a; relativa a; relativamente a.

Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php

Questões sobre Regência Nominal e Verbal

01. (Administrador – FCC – 2013-adap.).


... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras ciências ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:
A) ...astros que ficam tão distantes ...
B) ...que a astronomia é uma das ciências ...
C) ...que nos proporcionou um espírito ...
D) ...cuja importância ninguém ignora ...
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro ...

02.(Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013-adap.).


... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos filhos do sueco.
O verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de complementos que o grifado acima está empregado em:
A) ...que existe uma coisa chamada exército...
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra?
C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia...
D) Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro...
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.

03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.).


... constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes desiguais...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:
A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a extremos de sutileza.
B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado nos troncos mais robustos.
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, não raro, quem...
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na serra de Tunuí...
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o gentio, mestre e colaborador...

04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.).


... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o da frase acima se encontra em:
A) A palavra direito, em português, vem de directum, do verbo latino dirigere...
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das sociedades...
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado pela justiça.
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspirações da justiça...
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o sentimento de justiça.

28
PORTUGUÊS

05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2012) Assinale a alter- A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais
nativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa de dez mil tomadas.
Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver
nominal e à pontuação. um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapida- C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de
mente, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço criar logotipos e negociar.
seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, D) O taxista levou o autor a indagar no número de
do que em outros. tomadas do edifício.
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam ra- E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor re-
pidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o parasse a um prédio na marginal.
avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um
exemplo!, do que em outros. 09. (Assistente de Informática II – VUNESP – 2013). As-
sinale a alternativa que substitui a expressão destacada na
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam ra-
frase, conforme as regras de regência da norma-padrão da
pidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o
língua e sem alteração de sentido.
avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um
Muitas organizações lutaram a favor da igualdade de
exemplo, do que em outros.
direitos dos trabalhadores domésticos.
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida- A) da
mente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço B) na
seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo C) pela
– do que em outros. D) sob a
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapida- E) sobre a
mente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avan-
ço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exem- GABARITO
plo) do que em outros.
01. D 02. D 03. A 04. A 05. D
06. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assina- 06. A 07. C 08. A 09. C
le a alternativa correta quanto à regência dos termos em
destaque. RESOLUÇÃO
(A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a
responsabilidade pelo problema. 1-) ... a que ponto a astronomia facilitou a obra das
(B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter outras ciências ...
se perdido. Facilitar – verbo transitivo direto
(C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho A) ...astros que ficam tão distantes ... = verbo de li-
de um índio na porta do prédio. gação
(D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se B) ...que a astronomia é uma das ciências ... = verbo
perdido de sua família. de ligação
(E) A família toda se organizou para realizar a procura C) ...que nos proporcionou um espírito ... = verbo tran-
à garotinha. sitivo direto e indireto
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro =
07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013). Assinale verbo transitivo indireto
a alternativa que completa, correta e respectivamente, as
2-) ... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito
lacunas do texto, de acordo com as regras de regência.
nos filhos do sueco.
Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou já
Pedir = verbo transitivo direto e indireto
assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem
A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO... = tran-
corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia. sitivo direto
A pesquisa faz um alerta ______ influência negativa que B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? =verbo de
a mídia pode exercer sobre os jovens. ligação
A) dos … na C) ...compareceu em companhia da mulher à delega-
B) nos … entre a cia... =verbo intransitivo
C) aos … para a E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevi-
D) sobre os … pela mento. =transitivo direto
E) pelos … sob a
3-) ... constava simplesmente de uma vareta quebrada
08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças em partes desiguais...
Públicas – VUNESP – 2013). Considerando a norma-padrão Constar = verbo intransitivo
da língua, assinale a alternativa em que os trechos desta- B) ...eram comumente assinalados a golpes de macha-
cados estão corretos quanto à regência, verbal ou nominal. do nos troncos mais robustos. =ligação

29
PORTUGUÊS

C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso-


rientam, não raro, quem... =transitivo direto CONCORDÂNCIA;
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho COLOCAÇÃO;
na serra de Tunuí... = transitivo direto
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o
gentio, mestre e colaborador...=transitivo direto
Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos
4-) ... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... nos referindo à relação de dependência estabelecida entre
Lidar = transitivo indireto um termo e outro mediante um contexto oracional. Desta
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das feita, os agentes principais desse processo são representa-
sociedades... =transitivo direto dos pelo sujeito, que no caso funciona como subordinante;
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado e o verbo, o qual desempenha a função de subordinado.
pela justiça. =ligação Dessa forma, temos que a concordância verbal carac-
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspira- teriza-se pela adaptação do verbo, tendo em vista os que-
ções da justiça... =transitivo direto e indireto sitos “número e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplifi-
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o cando, temos: O aluno chegou atrasado. Temos que o verbo
sentimento de justiça. =transitivo direto apresenta-se na terceira pessoa do singular, pois faz refe-
rência a um sujeito, assim também expresso (ele). Como
5-) A correção do item deve respeitar as regras de pon- poderíamos também dizer: os alunos chegaram atrasados.
tuação também. Assinalei apenas os desvios quanto à re-
gência (pontuação encontra-se em tópico específico) Casos referentes a sujeito simples
(A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam,
(B) Não há dúvida de que (erros quanto à pon- 1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com
tuação) o núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado.
(C) Não há dúvida de que as mulheres, (erros quanto
à pontuação) 2) Nos casos referentes a sujeito representado por
(E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapi- substantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pes-
damente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o soa do singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos.
avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um Observação:
exemplo) do que em outros. - No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto
6-) adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular ou
(B) A menina tinha o receio de levar uma bronca por poderá ir para o plural:
ter se perdido. Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.
(C) A garota tinha apenas a lembrança do desenho de
Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
um índio na porta do prédio.
(D) A menina não tinha orgulho do fato de ter se per-
3) Quando o sujeito é representado por expressões
dido de sua família.
partitivas, representadas por “a maioria de, a maior parte
(E) A família toda se organizou para realizar a procura
de, a metade de, uma porção de” entre outras, o verbo tanto
pela garotinha.
pode concordar com o núcleo dessas expressões quanto
com o substantivo que a segue: A maioria dos alunos resol-
7-) Os estudos aos quais a pesquisadora se re-
veu ficar. A maioria dos alunos resolveram ficar.
portou já assinalavam uma relação entre os distúrbios da
imagem corporal e a exposição a imagens idealizadas pela
mídia. 4) No caso de o sujeito ser representado por expres-
A pesquisa faz um alerta para a influência negativa sões aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”,
que a mídia pode exercer sobre os jovens. o verbo concorda com o substantivo determinado por elas:
Cerca de mil candidatos se inscreveram no concurso.
8-)
B) O autor fez conjecturas sobre a possibilidade de ha- 5) Em casos em que o sujeito é representado pela ex-
ver um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé. pressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais
C) Centenas de trabalhadores estão empenhados em de um candidato se inscreveu no concurso de piadas.
criar logotipos e negociar. Observação:
D) O taxista levou o autor a indagar sobre o número de - No caso da referida expressão aparecer repetida ou
tomadas do edifício. associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo,
E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor re- necessariamente, deverá permanecer no plural:
parasse em um prédio na marginal. Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram
na campanha de doação de alimentos.
9-) Muitas organizações lutaram pela igualdade de Mais de um formando se abraçaram durante as soleni-
direitos dos trabalhadores domésticos. dades de formatura.

30
PORTUGUÊS

6) Quando o sujeito for composto da expressão “um - Casos em que o artigo figura no singular ou em que
dos que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi ele nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados
um dos que atuaram na Copa América. Unidos é uma potência mundial.

7) Em casos relativos à concordância com locuções Casos referentes a sujeito composto


pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós,
quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário 1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas
nos atermos a duas questões básicas: gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, es-
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no tando relacionado a dois pressupostos básicos:
plural, o verbo poderá com ele concordar, como poderá - Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as
também concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.
o receberemos. / Alguns de nós o receberão. - Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexio-
- Quando o primeiro pronome da locução estiver ex- nar na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. Tu e ele são
presso no singular, o verbo permanecerá, também, no sin-
primos.
gular: Algum de nós o receberá.
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer an-
8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo
teposto ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus
pronome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa
do singular ou poderá concordar com o antecedente desse dois filhos compareceram ao evento.
pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para
ela. / Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela. 3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao ver-
bo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e seus
palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que dois filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.
antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós que toma-
mos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo. 4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém
com mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no
10) No caso de o sujeito aparecer representado por ex- singular: Meu esposo e grande companheiro merece toda a
pressões que indicam porcentagens, o verbo concordará felicidade do mundo.
com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa
porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão 5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinô-
da diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão. nimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo
poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha
Observações: vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de
- Caso o verbo apareça anteposto à expressão de por- meu esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha pre-
centagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprova- miação é fruto de meu esforço.
ram a decisão da diretoria 50% dos funcionários.
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no sin- Concordância nominal é o ajuste que fazemos aos
gular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da dire- demais termos da oração para que concordem em gênero
toria. e número com o substantivo. Teremos que alterar, portan-
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de to, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso,
determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural:
temos também o verbo, que se flexionará à sua maneira.
Os 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.
Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o prono-
me concordam em gênero e número com o substantivo.
11) Nos casos em que o sujeito estiver representado
- A pequena criança é uma gracinha.
por pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empre-
gado na terceira pessoa do singular ou do plural: Vossas - O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.
Majestades gostaram das homenagens. Vossa Majestade
agradeceu o convite. Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à
regra geral mostrada acima.
12) Casos relativos a sujeito representado por substan- a) Um adjetivo após vários substantivos
tivo próprio no plural se encontram relacionados a alguns - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o
aspectos que os determinam: plural ou concorda com o substantivo mais próximo.
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do ver- - Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
bo ser, este permanece no singular, contanto que o predi- - Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.
cativo também esteja no singular: Memórias póstumas de
Brás Cubas é uma criação de Machado de Assis. - Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo tam- masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.
bém permanece no plural: Os Estados Unidos são uma po- - Ela tem pai e mãe louros.
tência mundial. - Ela tem pai e mãe loura.

31
PORTUGUÊS

- Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoria- i) Mesmo, bastante


mente para o plural. - Como advérbios: invariáveis
- O homem e o menino estavam perdidos. Preciso mesmo da sua ajuda.
- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui. Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.

b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos - Como pronomes: seguem a regra geral.


- Adjetivo anteposto normalmente concorda com o Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
mais próximo. Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.
Comi delicioso almoço e sobremesa. j) Menos, alerta
Provei deliciosa fruta e suco. - Em todas as ocasiões são invariáveis.
Preciso de menos comida para perder peso.
- Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: Estamos alerta para com suas chamadas.
concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
Estavam feridos o pai e os filhos. k) Tal Qual
Estava ferido o pai e os filhos. - “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda
com o consequente.
c) Um substantivo e mais de um adjetivo As garotas são vaidosas tais qual a tia.
- antecede todos os adjetivos com um artigo. Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.
Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
l) Possível
- coloca o substantivo no plural. - Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “me-
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola. lhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as ex-
pressões.
d) Pronomes de tratamento A mais possível das alternativas é a que você expôs.
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da em-
- sempre concordam com a 3ª pessoa.
presa.
Vossa Santidade esteve no Brasil.
As piores situações possíveis são encontradas nas fave-
las da cidade.
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
- Concordam com o substantivo a que se referem.
m) Meio
As cartas estão anexas.
- Como advérbio: invariável.
A bebida está inclusa.
Estou meio (um pouco) insegura.
Precisamos de nomes próprios.
Obrigado, disse o rapaz.
- Como numeral: segue a regra geral.
Comi meia (metade) laranja pela manhã.
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
- Após essas expressões o substantivo fica sempre no n) Só
singular e o adjetivo no plural. - apenas, somente (advérbio): invariável.
Renato advogou um e outro caso fáceis. Só consegui comprar uma passagem.
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
- sozinho (adjetivo): variável.
g) É bom, é necessário, é proibido Estiveram sós durante horas.
- Essas expressões não variam se o sujeito não vier pre-
cedido de artigo ou outro determinante. Fonte:
Canja é bom. / A canja é boa. http://www.brasilescola.com/gramatica/concordancia-
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença. verbal.htm
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A en-
trada é proibida. Questões sobre Concordância Nominal e Verbal
h) Muito, pouco, caro
- Como adjetivos: seguem a regra geral. 01.(TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A con-
Comi muitas frutas durante a viagem. cordância verbal e nominal está inteiramente correta na
Pouco arroz é suficiente para mim. frase:
Os sapatos estavam caros. (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e va-
lores que determinam as escolhas dos governantes, para
- Como advérbios: são invariáveis. conferir legitimidade a suas decisões.
Comi muito durante a viagem. (B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de-
Pouco lutei, por isso perdi a batalha. vem ser embasados na percepção dos valores e princípios
Comprei caro os sapatos. que regem a prática política.

32
PORTUGUÊS

(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadei- 04 (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) Assinale a alterna-
ro regime democrático, em que se respeita tanto as liber- tiva em que o trecho
dades individuais quanto as coletivas. – Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma ma-
(D) As instituições fundamentais de um regime demo- neira de quantificar adequadamente os insumos básicos.–
crático não pode estar subordinado às ordens indiscrimi- está corretamente reescrito, de acordo com a norma-pa-
nadas de um único poder central. drão da língua portuguesa.
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados (A) Ainda assim, temos certeza que ninguém encon-
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes opi- trou até agora uma maneira adequada de se quantificar os
niões existentes na sociedade. insumos básicos.
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
02. (Agente Técnico – FCC – 2013). As normas de con- trou até agora uma maneira adequada de os insumos bási-
cordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas cos ser quantificados.
em: (C) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou
A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa até agora uma maneira adequada para que os insumos bá-
leitura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimo- sicos sejam quantificado.
ramento intelectual, estão na capacidade de criação do au- (D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
tor, mediante palavras, sua matéria-prima. trou até agora uma maneira adequada para que os insu-
B) Obras que se considera clássicas na literatura sem- mos básicos seja quantificado.
pre delineia novos caminhos, pois é capaz de encantar o (E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
leitor ao ultrapassar os limites da época em que vivem seus trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem
autores, gênios no domínio das palavras, sua matéria-pri- os insumos básicos.
ma.
C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, 05. (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINISTRATIVO
lhe permitem criar todo um mundo de ficção, em que per- - VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as frases do texto:
sonagens se transformam em seres vivos a acompanhar os
I. Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota nega-
leitores, numa verdadeira interação com a realidade.
tiva...
D) As possibilidades de comunicação entre autor e lei-
II. ... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior classi-
tor somente se realiza plenamente caso haja afinidade de
ficação do continente americano (2,0)...
ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o
Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases I e
crescimento intelectual deste último e o prazer da leitura.
II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem dos
E) Consta, na literatura mundial, obras-primas que
exemplos, em:
constitui leitura obrigatória e se tornam referências por seu
(A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o
conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de época.
próximo ano. Será que alguém tem opinião diferente da
03. (Escrevente TJ-SP – Vunesp/2012) Leia o texto para maioria?
responder à questão. (B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas juninas.
_________dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, Vêm pessoas de muito longe para brincar de quadrilha.
não está claro até onde pode realmente chegar uma políti- (C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. Quase
ca baseada em melhorar a eficiência sem preços adequados todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia.
para o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a (D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, mas
terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do também existem umas que não merecem nossa atenção.
carbono e da água em si ___________diferença, as compa- (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam.
nhias não podem suportar ter de pagar, de repente, digamos,
40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer prepara- 06. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
ção. Portanto, elas começam a usar preços- -sombra. Os folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de
Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira peregrinação.
de quantificar adequadamente os insumos básicos. E sem O verbo da frase acima NÃO pode ser mantido no plu-
eles a maioria das políticas de crescimento verde sempre ral caso o segmento grifado seja substituído por:
___________ a segunda opção. (A) Há folheteiros que
(Carta Capital, (B) A maior parte dos folheteiros
27.06.2012. Adaptado) (C) O folheteiro e sua família
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, (D) O grosso dos folheteiros
as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e res- (E) Cada um dos folheteiros
pectivamente, com: 07. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
(A) Restam… faça… será Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas
(B) Resta… faz… será em:
(C) Restam… faz... serão (A) Enquanto não se disporem a considerar o cordel
(D) Restam… façam… serão sem preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir
(E) Resta… fazem… será dessas criações poéticas tão originais.

33
PORTUGUÊS

(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status (B) Ainda existe muitas pessoas que discriminam os
atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje trabalhadores da área de limpeza.
nas melhores universidades do país. (C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos
(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que riscos de se contrair alguma doença.
a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles (D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era
mesmos requizessem o respeito que faziam por merecer. sete da manhã, eu já estava fazendo meu serviço.
(D) Se não proveem do preconceito, a desvalorização e (E) As companhias de limpeza, apenas recentemente,
a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só pode ser começou a adotar medidas mais rigorosas para a proteção
resultado do puro e simples desconhecimento. de seus funcionários.
(E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu que os proble-
mas dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta de GABARITO
representatividade.
01. A 02. A 03. A 04. E 05. A
08. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 06. E 07. |B 08. D 09. D 10. C
FCC/2010) Observam-se corretamente as regras de con-
cordância verbal e nominal em: RESOLUÇÃO
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como
entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofistica- 1-) Fiz os acertos entre parênteses:
das às mais humildes, são cada vez mais comuns nos dias (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e va-
de hoje. lores que determinam as escolhas dos governantes, para
b) A importância de intelectuais como Edward Said e conferir legitimidade a suas decisões.
Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões (B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de-
polêmicas de seu tempo, não estão apenas nos livros que vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos
escreveram. valores e princípios que regem a prática política.
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei-
árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto so-
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.
frimento, estejam próximos de serem resolvidos ou pelo
(D) As instituições fundamentais de um regime demo-
menos de terem alguma trégua.
crático não pode (podem) estar subordinado (subordina-
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a
das) às ordens indiscriminadas de um único poder central.
verdade, ainda que conscientes de que esta é até certo
(E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol-
ponto relativa, costumam encontrar muito mais detratores
tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex-
que admiradores.
põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade.
e) No final do século XX já não se via muitos intelec-
tuais e escritores como Edward Said, que não apenas era 2-)
notícia pelos livros que publicavam como pelas posições A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa
que corajosamente assumiam. leitura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimo-
ramento intelectual, estão na capacidade de criação do au-
09. (TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) tor, mediante palavras, sua matéria-prima. = correta
O verbo que, dadas as alterações entre parênteses propos- B) Obras que se consideram clássicas na literatura sem-
tas para o segmento grifado, deverá ser colocado no plural, pre delineiam novos caminhos, pois são capazes de encan-
está em: tar o leitor ao ultrapassarem os limites da época em que
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) vivem seus autores, gênios no domínio das palavras, sua
(B) O que não se sabe... (ninguém nas regiões do pla- matéria-prima.
neta) C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas,
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua... (O lhes permite criar todo um mundo de ficção, em que per-
consumo mundial de barris de petróleo) sonagens se transformam em seres vivos a acompanhar os
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se leitores, numa verdadeira interação com a realidade.
no custo da matéria-prima... (Constantes aumentos) D) As possibilidades de comunicação entre autor e lei-
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os es- tor somente se realizam plenamente caso haja afinidade
forços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças de ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o
climáticas) crescimento intelectual deste último e o prazer da leitura.
E) Constam, na literatura mundial, obras-primas que
10. (CETESB/SP – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2013) Assi- constituem leitura obrigatória e se tornam referências por
nale a alternativa em que a concordância das formas ver- seu conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de época.
bais destacadas está de acordo com a norma-padrão da 3-) _Restam___dúvidas
língua. mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da
(A) Fazem dez anos que deixei de trabalhar em higie- água em si __faça __diferença a maioria das políticas de
nização subterrânea. crescimento verde sempre ____será_____ a segunda opção.

34
PORTUGUÊS

Em “a maioria de”, a concordância pode ser dupla: tan- 8-) Fiz as correções entre parênteses:
to no plural quanto no singular. Nas alternativas não há a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como
“restam/faça/serão”, portanto a A é que apresenta as op- entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofis-
ções adequadas. ticadas às mais humildes, são (é) cada vez mais comuns
(comum) nos dias de hoje.
4-) b) A importância de intelectuais como Edward Said e
(A) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões
trou até agora uma maneira adequada de se quantificar os polêmicas de seu tempo, não estão (está) apenas nos livros
insumos básicos. que escreveram.
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio en-
trou até agora uma maneira adequada de os insumos bási- tre árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto
cos serem quantificados. sofrimento, estejam (esteja) próximos (próximo) de serem
(C) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- (ser) resolvidos (resolvido) ou pelo menos de terem (ter)
trou até agora uma maneira adequada para que os insu- alguma trégua.
mos básicos sejam quantificados. d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- verdade, ainda que conscientes de que esta é até certo
trou até agora uma maneira adequada para que os insu- ponto relativa, costumam encontrar muito mais detratores
mos básicos sejam quantificados.
que admiradores.
(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
e) No final do século XX já não se via (viam) muitos
trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem
intelectuais e escritores como Edward Said, que não apenas
os insumos básicos. = correta
era (eram) notícia pelos livros que publicavam como pelas
posições que corajosamente assumiam.
5-) Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos
aos itens:
9-)
(A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém
tem (singular) (A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) =
(B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural) “há” permaneceria no singular
(C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quise- (B) O que não se sabe ... (ninguém nas regiões do pla-
ram (plural) neta) = “sabe” permaneceria no singular
(D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem (C) O consumo mundial não dá sinal de trégua ... (O
umas (plural) consumo mundial de barris de petróleo) = “dá” permane-
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas ceria no singular
as formas estão no plural) (D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se
no custo da matéria-prima... Constantes aumentos) = “re-
6-) flete” passaria para “refletem-se”
A - Há folheteiros que vivem (concorda com o objeto (E) o tema das mudanças climáticas pressiona os es-
“folheterios”) forços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças
B – A maior parte dos folheteiros vivem/vive (opcional) climáticas) = “pressiona” permaneceria no singular
C – O folheteiro e sua família vivem (sujeito composto)
D – O grosso dos folheteiros vive/vivem (opcional) 10-) Fiz as correções:
E – Cada um dos folheteiros vive = somente no singular (A) Fazem dez anos = faz (sentido de tempo = singular)
(B) Ainda existe muitas pessoas = existem
7-) Coloquei entre parênteses a forma verbal correta: (C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos
(A) Enquanto não se disporem (dispuserem) a conside- riscos
rar o cordel sem preconceitos, as pessoas não serão capa- (D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era
zes de fruir dessas criações poéticas tão originais. sete da manhã = eram
(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status (E) As companhias de limpeza, apenas recentemente,
atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje começou = começaram
nas melhores universidades do país.
(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que
a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles
mesmos requizessem (requeressem) o respeito que faziam PONTUAÇÃO;
por merecer.
(D) Se não proveem (provêm) do preconceito, a desva-
lorização e a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica
só pode (podem) ser resultado do puro e simples desco- Os sinais de pontuação são marcações gráficas que
nhecimento. servem para compor a coesão e a coerência textual, além
(E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu (entreviu) que de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Ve-
os problemas dos cordelistas estavam diretamente ligados jamos as principais funções dos sinais de pontuação co-
à falta de representatividade. nhecidos pelo uso da língua portuguesa.

35
PORTUGUÊS

Ponto 2- Indica interrupção violenta da frase.


1- Indica o término do discurso ou de parte dele. “- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em
que se encontra. 3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida
- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite. - Este mal... pega doutor?
- Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito
2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr. - Deixa, depois, o coração falar...

Ponto e Vírgula ( ; ) Vírgula


1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
importância. Não se usa vírgula
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo *separando termos que, do ponto de vista sintático, li-
pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; gam-se diretamente entre si:
os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA) - entre sujeito e predicado.
Todos os alunos da sala foram advertidos.
2- Separa partes de frases que já estão separadas por Sujeito predicado
vírgulas.
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, monta- - entre o verbo e seus objetos.
nhas, frio e cobertor. O trabalho custou sacrifício aos realiza-
dores.
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo- V.T.D.I. O.D. O.I.
tivos, decreto de lei, etc.
- Ir ao supermercado; Usa-se a vírgula:
- Pegar as crianças na escola;
- Caminhada na praia;
- Para marcar intercalação:
- Reunião com amigos.
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abun-
dância, vem caindo de preço.
Dois pontos
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
1- Antes de uma citação
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indús-
trias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não
2- Antes de um aposto
- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à querem abrir mão dos lucros altos.
tarde e calor à noite.
- Para marcar inversão:
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, viven- Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fe-
do a rotina de sempre. chadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
4- Em frases de estilo direto pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
Maria perguntou: c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de
- Por que você não toma uma decisão? maio de 1982.

Ponto de Exclamação - Para separar entre si elementos coordenados (dispos-


1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, tos em enumeração):
susto, súplica, etc. Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
- Sim! Claro que eu quero me casar com você! A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
2- Depois de interjeições ou vocativos
- Ai! Que susto! - Para marcar elipse (omissão) do verbo:
- João! Há quanto tempo! Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.
- Para isolar:
Ponto de Interrogação - o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasilei-
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres. ra, possui um trânsito caótico.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze- - o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.
vedo)
Fontes:
Reticências http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/
1- Indica que palavras foram suprimidas. http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgu-
- Comprei lápis, canetas, cadernos... la.htm

36
PORTUGUÊS

Questões sobre Pontuação E) Duas explicações, do treinamento para consulto-


res iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a
01. (Agente Policial – Vunesp – 2013). Assinale a alter- construção de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar
nativa em que a pontuação está corretamente empregada, das metas, de vendas associadas aos dois temas.
de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, 04.(Escrevente TJ SP – Vunesp 2012). Assinale a alter-
embora, experimentasse, a sensação de violar uma intimi- nativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando en- Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência
contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua nominal e à pontuação.
dona. (A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapida-
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, mente, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço
embora experimentasse a sensação, de violar uma intimi- seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo,
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando en- do que em outros.
contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua (B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam ra-
dona. pidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um
embora experimentasse a sensação de violar uma intimida- exemplo!, do que em outros.
de, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar (C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam ra-
algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. pidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um
embora experimentasse a sensação de violar uma intimida- exemplo, do que em outros.
de, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encon- (D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida-
trar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. mente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo
embora, experimentasse a sensação de violar uma intimi- – do que em outros.
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, en- (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapida-
contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua mente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avan-
dona. ço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exem-
02. Assinale a opção em que está corretamente indica- plo) do que em outros.
da a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher 05. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013 – adap.).
as lacunas da frase abaixo: Assinale a alternativa em que a frase mantém-se correta
“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas após o acréscimo das vírgulas.
devem ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na
que o trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que possa pulseira instruções para que envie, uma mensagem eletrô-
ter. nica ao grupo ou acione o código na internet.
A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula (B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de
B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula; onde o código foi acionado.
C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra-
D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; dos, recebem automaticamente, uma mensagem dizendo
E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula. que a criança foi encontrada.
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega
03. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013). Os primeiro às, areias do Guarujá.
sinais de pontuação estão empregados corretamente em: (E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o te-
A) Duas explicações, do treinamento para consultores lefone de quem a encontrou e informar um ponto de re-
iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a cons- ferência
trução de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar das
metas de vendas associadas aos dois temas. 06. Assinale a série de sinais cujo emprego correspon-
B) Duas explicações do treinamento para consultores de, na mesma ordem, aos parênteses indicados no texto:
iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a cons- “Pergunta-se ( ) qual é a ideia principal desse pará-
trução de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar das grafo ( ) A chegada de reforços ( ) a condecoração ( ) o
metas de vendas associadas aos dois temas. escândalo da opinião pública ou a renúncia do presidente (
C) Duas explicações do treinamento para consultores ) Se é a chegada de reforços ( ) que relação há ( ) ou mos-
iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a cons- trou seu autor haver ( ) entre esse fato e os restantes ( )”.
trução de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das A) vírgula, vírgula, interrogação, interrogação, interro-
metas de vendas associadas aos dois temas. gação, vírgula, vírgula, vírgula, ponto final
D) Duas explicações do treinamento para consulto- B) dois pontos, interrogação, vírgula, vírgula, interroga-
res iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e ção, vírgula, travessão, travessão, interrogação
a construção de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou C) travessão, interrogação, vírgula, vírgula, ponto final,
falar das metas de vendas associadas aos dois temas. travessão, travessão, ponto final, ponto final

37
PORTUGUÊS

D) dois pontos, interrogação, vírgula, ponto final, tra- 3-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inade-
vessão, vírgula, vírgula, vírgula, interrogação quadas
E) dois pontos, ponto final, vírgula, vírgula, interroga- A) Duas explicações , (X) do treinamento para consul-
ção, vírgula, vírgula, travessão, interrogação tores iniciantes receberam destaque , (X) o conceito de
PPD e a construção de tabelas Price; mas por outro lado,
07. (SRF) Das redações abaixo, assinale a que não está faltou falar das metas de vendas associadas aos dois temas.
pontuada corretamente: C) Duas explicações do treinamento para consultores
A) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o re- iniciantes receberam destaque ; (X) o conceito de PPD e a
sultado do concurso. construção de tabelas Price , (X) mas por outro lado, faltou
B) Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o re- falar das metas de vendas associadas aos dois temas.
sultado do concurso. D) Duas explicações do treinamento para consultores
C) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o re- iniciantes , (X) receberam destaque: o conceito de PPD e a
sultado do concurso. construção de tabelas Price , (X) mas, por outro lado, faltou
D) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do falar das metas de vendas associadas aos dois temas.
concurso, em fila. E) Duas explicações , (X) do treinamento para consul-
E) Os candidatos aguardavam ansiosos, em fila, o resul- tores iniciantes , (X) receberam destaque ; (X) o conceito
tado do concurso. de PPD e a construção de tabelas Price , (X) mas por outro
lado, faltou falar das metas , (X) de vendas associadas aos
08. A frase em que deveria haver uma vírgula é: dois temas.
A) Comi uma fruta pela manhã e outra à tarde.
B) Eu usei um vestido vermelho na festa e minha irmã 4-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inade-
usou um vestido azul. quadas
C) Ela tem lábios e nariz vermelhos. (A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam , (X)
D) Não limparam a sala nem a cozinha. rapidamente , (X) seu espaço na carreira científica (, ) ainda
que o avanço seja mais notável em alguns países, o Brasil é
um exemplo, do que em outros.
GABARITO
(B) Não há dúvida de que , (X) as mulheres , (X) am-
pliam rapidamente seu espaço na carreira científica ; (X)
01. C 02. C 03. B 04. D 05. E
ainda que o avanço seja mais notável , (X) em alguns paí-
06. B 07. B 08. B
ses, o Brasil é um exemplo ! (X) , do que em outros.
(C) Não há dúvida de que as mulheres , (X) ampliam
RESOLUÇÃO
rapidamente seu espaço , (X) na carreira científica , (X) ain-
da que o avanço seja mais notável, em alguns países : (X) o
1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas Brasil é um exemplo, do que em outros.
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, (E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida-
embora, (X) experimentasse , (X) a sensação de violar uma mente , (X) seu espaço na carreira científica, ainda que , (X)
intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando o avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a exemplo) do que em outros.
sua dona.
(B) Diante , (X) da testemunha o homem abriu a bolsa 5-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inade-
e, embora experimentasse a sensação , (X) de violar uma quadas
intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la , (X) verá
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a na pulseira instruções para que envie , (X) uma mensagem
sua dona. eletrônica ao grupo ou acione o código na internet.
(D) Diante da testemunha, o homem , (X) abriu a bolsa (B) Um geolocalizador também , (X) avisará , (X) os
e, embora experimentasse a sensação de violar uma inti- pais de onde o código foi acionado.
midade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando , (X) (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra-
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a dos , (X) recebem ( , ) automaticamente, uma mensagem
sua dona. dizendo que a criança foi encontrada.
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, (D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha , (X) che-
embora , (X) experimentasse a sensação de violar uma in- ga primeiro às , (X) areias do Guarujá.
timidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando ,
(X) encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era 6-) Pergunta-se ( : ) qual é a ideia principal desse pa-
a sua dona. rágrafo
( ? ) A chegada de reforços ( , ) a condecoração ( , ) o
2-) Quando se trata de trabalho científico , duas coisas escândalo da opinião pública ou a renúncia do presidente
devem ser consideradas : uma é a contribuição teórica (? ) Se é a chegada de reforços ( , ) que relação há ( - )
que o trabalho oferece ; a outra é o valor prático que pos- ou mostrou seu autor haver ( - ) entre esse fato e os res-
sa ter vírgula, dois pontos, ponto e vírgula tantes ( ? )

38
PORTUGUÊS

7-) Em fila, os candidatos , (X) aguardavam, ansiosos, o de base para o significado? Esse elemento é chamado de
resultado do concurso. radical (ou semantema). Elemento básico e significativo das
palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático.
8-) Eu usei um vestido vermelho na festa , e minha É encontrado através do despojo dos elementos secundá-
irmã usou um vestido azul. rios (quando houver) da palavra. Exemplo: cert-o; cert-eza;
Há situações em que é possível usar a vírgula antes do in-cert-eza.
“e”. Isso ocorre quando a conjunção aditiva coordena ora-
ções de sujeitos diferentes nas quais a leitura fluente pode Afixos: são elementos secundários (geralmente sem
ser prejudicada pela ausência da pontuação. vida autônoma) que se agregam a um radical ou tema para
formar palavras derivadas. Sabemos que o acréscimo do
morfema “-mente”, por exemplo, cria uma nova palavra a
partir de “certo”: certamente, advérbio de modo. De ma-
ESTRUTURA DAS PALAVRAS; neira semelhante, o acréscimo dos morfemas “a-” e “-ar”
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS; à forma “cert-” cria o verbo acertar. Observe que a- e -ar
são morfemas capazes de operar mudança de classe gra-
matical na palavra a que são anexados.
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS Quando são colocados antes do radical, como aconte-
ce com “a-”, os afixos recebem o nome de prefixos. Quan-
Estudar a estrutura é conhecer os elementos formado- do, como “-ar”, surgem depois do radical, os afixos são
res das palavras. Assim, compreendemos melhor o signifi- chamados de sufixos. Exemplo: in-at-ivo; em-pobr-ecer;
cado de cada uma delas. As palavras podem ser divididas inter-nacion-al.
em unidades menores, a que damos o nome de elementos
mórficos ou morfemas. Desinências: são os elementos terminais indicativos
Vamos analisar a palavra “cachorrinhas”. Nessa pala- das flexões das palavras. Existem dois tipos:
vra observamos facilmente a existência de quatro elemen- - Desinências Nominais: indicam as flexões de gêne-
tos. São eles: ro (masculino e feminino) e de número (singular e plural)
cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, dos nomes. Exemplos: aluno-o / aluno-s; alun-a / aluna-s.
aquele que contém o significado.
Só podemos falar em desinências nominais de gêne-
inh - indica que a palavra é um diminutivo
a - indica que a palavra é feminina ros e de números em palavras que admitem tais flexões,
s - indica que a palavra se encontra no plural como nos exemplos acima. Em palavras como mesa, tribo,
telefonema, por exemplo, não temos desinência nominal
Morfemas: unidades mínimas de caráter significativo. de gênero. Já em pires, lápis, ônibus não temos desinência
Existem palavras que não comportam divisão em unida- nominal de número.
des menores, tais como: mar, sol, lua, etc. São elementos
mórficos: - Desinências Verbais: indicam as flexões de número
- Raiz, Radical, Tema: elementos básicos e significa- e pessoa e de modo e tempo dos verbos. A desinência
tivos “-o”, presente em “am-o”, é uma desinência número pes-
- Afixos (Prefixos, Sufixos), Desinência, Vogal Te- soal, pois indica que o verbo está na primeira pessoa do
mática: elementos modificadores da significação dos pri- singular; “-va”, de “ama-va”, é desinência modo-temporal:
meiros caracteriza uma forma verbal do pretérito imperfeito do in-
- Vogal de Ligação, Consoante de Ligação: elemen- dicativo, na 1ª conjugação.
tos de ligação ou eufônicos.
Vogal Temática: é a vogal que se junta ao radical, pre-
Raiz: É o elemento originário e irredutível em que se parando-o para receber as desinências. Nos verbos, distin-
concentra a significação das palavras, consideradas do ân-
guem-se três vogais temáticas:
gulo histórico. É a raiz que encerra o sentido geral, comum
- Caracteriza os verbos da 1ª conjugação: buscar, bus-
às palavras da mesma família etimológica. Exemplo: Raiz
noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significação geral cavas, etc.
de causar dano, e a ela se prendem, pela origem comum, - Caracteriza os verbos da 2ª conjugação: romper,
as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo, rompemos, etc.
etc. - Caracteriza os verbos da 3ª conjugação: proibir, proi-
birá, etc.
Uma raiz pode sofrer alterações: at-o; at-or; at-ivo; aç
-ão; ac-ionar; Tema: é o grupo formado pelo radical mais vogal te-
mática. Nos verbos citados acima, os temas são: busca-,
Radical: rompe-, proibi-

Observe o seguinte grupo de palavras: livr-o; livr-inho; Vogais e Consoantes de Ligação: As vogais e con-
livr-eiro; livr-eco. Você reparou que há um elemento co- soantes de ligação são morfemas que surgem por motivos
mum nesse grupo? Você reparou que o elemento livr serve eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a

39
PORTUGUÊS

pronúncia de uma determinada palavra. Exemplos: pari- Não devemos confundir derivação parassintética, em
siense (paris= radical, ense=sufixo, vogal de ligação=i); gas que o acréscimo de sufixo e de prefixo é obrigatoriamente
-ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cracia, pau-l-ada, cafe-t-eira, simultâneo, com casos como os das palavras desvaloriza-
cha-l-eira, inset-i-cida, pe-z-inho, pobr-e-tão, etc. ção e desigualdade. Nessas palavras, os afixos são acopla-
dos em sequência: desvalorização provém de desvalorizar,
Formação das Palavras: existem dois processos bá- que provém de valorizar, que por sua vez provém de valor.
sicos pelos quais se formam as palavras: a Derivação e a É impossível fazer o mesmo com palavras formadas
Composição. A diferença entre ambos consiste basica- por parassíntese: não se pode dizer que expropriar provém
mente em que, no processo de derivação, partimos sempre de “propriar” ou de “expróprio”, pois tais palavras não exis-
de um único radical, enquanto no processo de composição tem. Logo, expropriar provém diretamente de próprio, pelo
sempre haverá mais de um radical.
acréscimo concomitante de prefixo e sufixo.
Derivação: é o processo pelo qual se obtém uma pa-
lavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente, - Derivação Regressiva: ocorre derivação regressiva
chamada primitiva. Exemplo: Mar (marítimo, marinheiro, quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas
marujo); terra (enterrar, terreiro, aterrar). Observamos que por redução: comprar (verbo), compra (substantivo); beijar
«mar» e «terra» não se formam de nenhuma outra palavra, (verbo), beijo (substantivo).
mas, ao contrário, possibilitam a formação de outras, por
meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e Para descobrirmos se um substantivo deriva de um
terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas.  verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte
orientação:
Tipos de Derivação - Se o substantivo denota ação, será palavra derivada,
e o verbo palavra primitiva.
- Derivação Prefixal ou Prefixação: resulta do acrés- - Se o nome denota algum objeto ou substância, veri-
cimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significa- fica-se o contrário.
do alterado: crer- descrer; ler- reler; capaz- incapaz. Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo in-
- Derivação Sufixal ou Sufixação: resulta de acrésci- dicam ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo não
mo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um objeto.
de significado ou mudança de classe gramatical: alfabetiza-
Neste caso, um substantivo primitivo que dá origem ao
ção. No exemplo, o sufixo -ção transforma em substantivo
verbo ancorar.
o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do subs-
tantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar.
Por derivação regressiva, formam-se basicamente
A derivação sufixal pode ser: substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome
Nominal, formando substantivos e adjetivos: papel – de substantivos deverbais. Note que na linguagem popu-
papelaria; riso – risonho. lar, são frequentes os exemplos de palavras formadas por
Verbal, formando verbos: atual - atualizar. derivação regressiva. o portuga (de português); o boteco
Adverbial, formando advérbios de modo: feliz – feliz- (de botequim); o comuna (de comunista); agito (de agitar);
mente. amasso (de amassar); chego (de chegar)

- Derivação Parassintética ou Parassíntese: Ocorre O processo normal é criar um verbo a partir de um


quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâ- substantivo. Na derivação regressiva, a língua procede em
neo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo.
parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos)
e verbos. Considere o adjetivo “triste”. Do radical “trist-” - Derivação Imprópria: A derivação imprópria ocorre
formamos o verbo entristecer através da junção simultâ- quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acrésci-
nea do prefixo  “en-” e do sufixo “-ecer”. A presença de mo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical.
apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma
Neste processo:
nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras
Os adjetivos passam a substantivos: Os bons serão
“entriste”, nem “tristecer”. Exemplos:
emudecer contemplados.
mudo – palavra inicial Os particípios passam a substantivos ou adjetivos:
e – prefixo Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.
mud – radical Os infinitivos passam a substantivos: O andar de Ro-
ecer – sufixo berta era fascinante; O badalar dos sinos soou na cidade-
zinha.
desalmado Os substantivos passam a adjetivos: O funcionário fan-
alma – palavra inicial tasma foi despedido; O menino prodígio resolveu o pro-
des – prefixo blema.
alm – radical Os adjetivos passam a advérbios: Falei baixo para que
ado – sufixo ninguém escutasse.

40
PORTUGUÊS

Palavras invariáveis passam a substantivos: Não enten- Prefixos de Origem Grega


do o porquê disso tudo.
Substantivos próprios tornam-se comuns: Aquele a-, an-: afastamento, privação, negação, insuficiência,
coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente) carência: anônimo, amoral, ateu, afônico.
ana-: inversão, mudança, repetição: analogia, análise,
Os processos de derivação vistos anteriormente fazem anagrama, anacrônico.
parte da Morfologia porque implicam alterações na forma anfi-: em redor, em torno, de um e outro lado, duplici-
das palavras. No entanto, a derivação imprópria lida basi- dade: anfiteatro, anfíbio, anfibologia.
camente com seu significado, o que acaba caracterizando anti-: oposição, ação contrária: antídoto, antipatia, an-
um processo semântico. Por essa razão, entendemos o mo- tagonista, antítese.
tivo pelo qual é denominada “imprópria”. apo-: afastamento, separação: apoteose, apóstolo,
apocalipse, apologia.
Composição: é o processo que forma palavras com- arqui-, arce-: superioridade hierárquica, primazia, ex-
postas, a partir da junção de dois ou mais radicais. Existem cesso: arquiduque, arquétipo, arcebispo, arquimilionário.
dois tipos: cata-: movimento de cima para baixo: cataplasma, ca-
tálogo, catarata.
- Composição por Justaposição: ao juntarmos duas di-:  duplicidade: dissílabo, ditongo, dilema.
ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética: dia-: movimento através de, afastamento: diálogo, dia-
passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor. Em «giras- gonal, diafragma, diagrama.
sol» houve uma alteração na grafia (acréscimo de um «s») dis-: dificuldade, privação: dispneia, disenteria, dispep-
justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra. sia, disfasia.
ec-, ex-, exo-, ecto-: movimento para fora: eclipse,
- Composição por Aglutinação: ao unirmos dois ou êxodo, ectoderma, exorcismo.
mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou en-, em-, e-:  posição interior, movimento para dentro:
mais de seus elementos fonéticos: embora (em boa hora); encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo.
fidalgo (filho de algo - referindo-se a família nobre); hi- endo-: movimento para dentro: endovenoso, endocar-
drelétrico (hidro + elétrico); planalto (plano alto). Ao agluti- po, endosmose.
narem-se, os componentes subordinam-se a um só acento epi-: posição superior, movimento para: epiderme, epí-
tônico, o do último componente. logo, epidemia, epitáfio.
eu-: excelência, perfeição, bondade: eufemismo, eufo-
- Redução: algumas palavras apresentam, ao lado de ria, eucaristia, eufonia.
sua forma plena, uma forma reduzida. Observe: auto - por hemi-: metade, meio: hemisfério, hemistíquio, hemi-
automóvel; cine - por cinema; micro - por microcomputa- plégico.
dor; Zé - por José. Como exemplo de redução ou simpli- hiper-: posição superior, excesso: hipertensão, hipér-
ficação de palavras, podem ser citadas também as siglas, bole, hipertrofia.
muito frequentes na comunicação atual. hipo-: posição inferior, escassez: hipocrisia, hipótese,
hipodérmico.
- Hibridismo: ocorre hibridismo na palavra em cuja meta-: mudança, sucessão: metamorfose, metáfora,
formação entram elementos de línguas diferentes: auto metacarpo.
(grego) + móvel (latim). para-: proximidade, semelhança, intensidade: paralelo,
parasita, paradoxo, paradigma.
- Onomatopeia: numerosas palavras devem sua ori- peri-: movimento ou posição em torno de: periferia,
gem a uma tendência constante da fala humana para imi- peripécia, período, periscópio.
tar as vozes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são pro-: posição em frente, anterioridade: prólogo, prog-
vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons e as nóstico, profeta, programa.
vozes dos seres: miau, zumzum, piar, tinir, urrar, chocalhar, pros-: adjunção, em adição a: prosélito, prosódia.
cocoricar, etc. proto-: início, começo, anterioridade: proto-história,
protótipo, protomártir.
Prefixos: os prefixos são morfemas que se colocam poli-: multiplicidade: polissílabo, polissíndeto, politeís-
antes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes o mo.
sentido; raramente esses morfemas produzem mudança de sin-, sim-: simultaneidade, companhia: síntese, sinfo-
classe gramatical. Os prefixos ocorrentes em palavras por- nia, simpatia, sinopse.
tuguesas se originam do latim e do grego, línguas em que tele-: distância, afastamento: televisão, telepatia, telé-
funcionavam como preposições ou advérbios, logo, como grafo.
vocábulos autônomos.  Alguns prefixos foram pouco ou
nada produtivos em português. Outros, por sua vez, tive- Prefixos de Origem Latina
ram grande vitalidade na formação de novas palavras: a- ,
contra- , des- , em-  (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , a-, ab-, abs-: afastamento, separação: aversão, abuso,
anti-. abstinência, abstração.

41
PORTUGUÊS

a-, ad-: aproximação, movimento para junto: adjun- Sufixos: são elementos (isoladamente insignificativos)
to,advogado, advir, aposto. que, acrescentados a um radical, formam nova palavra. Sua
ante-: anterioridade, procedência: antebraço, antessa- principal característica é a mudança de classe gramatical
la, anteontem, antever. que geralmente opera. Dessa forma, podemos utilizar o
ambi-: duplicidade: ambidestro, ambiente, ambiguida- significado de um verbo num contexto em que se deve
de, ambivalente. usar um substantivo, por exemplo. Como o sufixo é coloca-
ben(e)-, bem-: bem, excelência de fato ou ação: bene- do depois do radical, a ele são incorporadas as desinências
fício, bendito. que indicam as flexões das palavras variáveis. Existem dois
bis-, bi-:  repetição, duas vezes: bisneto, bimestral, bi- grupos de sufixos formadores de substantivos extrema-
savô, biscoito. mente importantes para o funcionamento da língua. São
circu(m)-: movimento em torno: circunferência, cir- os que formam nomes de ação e os que formam nomes
cunscrito, circulação. de agente.
cis-: posição aquém: cisalpino, cisplatino, cisandino.
co-, con-, com-: companhia, concomitância: colégio, Sufixos que formam nomes de ação: -ada – caminha-
cooperativa, condutor. da; -ança – mudança; -ância – abundância; -ção – emoção;
contra-: oposição: contrapeso, contrapor, contradizer. -dão – solidão; -ença – presença; -ez(a) – sensatez, beleza;
de-: movimento de cima para baixo, separação, nega- -ismo – civismo; -mento – casamento; -são – compreen-
ção: decapitar, decair, depor. são; -tude – amplitude; -ura – formatura.
de(s)-, di(s)-: negação, ação contrária, separação: des-
ventura, discórdia, discussão. Sufixos que formam nomes de agente: -ário(a) – se-
e-, es-, ex-: movimento para fora: excêntrico, evasão, cretário; -eiro(a) – ferreiro; -ista – manobrista; -or – luta-
exportação, expelir. dor; -nte – feirante.
en-, em-, in-: movimento para dentro, passagem para
um estado ou forma, revestimento: imergir, enterrar, em- Sufixos que formam nomes de lugar, depositório:
beber, injetar, importar. -aria – churrascaria; -ário – herbanário; -eiro – açucareiro;
extra-: posição exterior, excesso: extradição, extraordi- -or – corredor; -tério – cemitério; -tório – dormitório.
nário, extraviar.
i-, in-, im-: sentido contrário, privação, negação: ilegal, Sufixos que formam nomes indicadores de abun-
impossível, improdutivo. dância, aglomeração, coleção: -aço – ricaço; -ada – pa-
inter-, entre-: posição intermediária: internacional, in- pelada; -agem – folhagem; -al – capinzal; -ame – gentame;
terplanetário. -ario(a) - casario, infantaria; -edo – arvoredo; -eria – cor-
intra-: posição interior: intramuscular, intravenoso, in- reria; -io – mulherio; -ume – negrume.
traverbal.
intro-: movimento para dentro: introduzir, introverti- Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciên-
do, introspectivo. cia:
justa-: posição ao lado: justapor, justalinear. -ite - bronquite, hepatite (inflamação), amotite (fós-
ob-, o-: posição em frente, oposição: obstruir, ofuscar, seis).
ocupar, obstáculo. -oma - mioma, epitelioma, carcinoma (tumores).
per-: movimento através: percorrer, perplexo, perfurar, -ato, eto, Ito - sulfato, cloreto, sulfito (sais), granito
perverter. (pedra).
pos-: posterioridade: pospor, posterior, pós-graduado. -ina - cafeína, codeína (alcaloides, álcalis artificiais).
pre-: anterioridade: prefácio, prever, prefixo, prelimi- -ol - fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto).
nar. -ema - morfema, fonema, semema, semantema (ciên-
pro-: movimento para frente: progresso, promover, cia linguística).
prosseguir, projeção. -io - sódio, potássio, selênio (corpos simples)
re-: repetição, reciprocidade: rever, reduzir, rebater,
reatar. Sufixo que forma nomes de religião, doutrinas fi-
retro-: movimento para trás: retrospectiva, retrocesso, losóficas, sistemas políticos: - ismo: budismo, kantismo,
retroagir, retrógrado. comunismo.
so-, sob-, sub-, su-: movimento de baixo para cima,
inferioridade: soterrar, sobpor, subestimar. Sufixos Formadores de Adjetivos
super-, supra-, sobre-: posição superior, excesso: su-
percílio, supérfluo. - de substantivos: -aco – maníaco; -ado – barbado;
soto-, sota-: posição inferior: soto-mestre, sota-voga, -áceo(a) - herbáceo, liláceas; -aico – prosaico; -al – anual;
soto-pôr. -ar – escolar; -ário - diário, ordinário; -ático – problemá-
trans-, tras-, tres-, tra-: movimento para além, movi- tico; -az – mordaz; -engo – mulherengo; -ento – cruento;
mento através: transatlântico, tresnoitar, tradição. -eo – róseo; -esco – pitoresco; -este – agreste; -estre –
ultra-: posição além do limite, excesso: ultrapassar, ul- terrestre; -enho – ferrenho; -eno – terreno; -ício – ali-
trarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta. mentício; -ico – geométrico; -il – febril; -ino – cristalino;
vice-, vis-: em lugar de: vice-presidente, visconde, vi- -ivo – lucrativo; -onho – tristonho; -oso – bondoso; -udo
ce-almirante. – barrigudo.

42
PORTUGUÊS

- de verbos: 03. Que item contém somente palavras formadas por


-(a)(e)(i)nte: ação, qualidade, estado – semelhante, justaposição?
doente, seguinte. a) desagradável – complemente
-(á)(í)vel: possibilidade de praticar ou sofrer uma ação b) vaga-lume - pé-de-cabra
– louvável, perecível, punível. c) encruzilhada – estremeceu
-io, -(t)ivo: ação referência, modo de ser – tardio, afir- d) supersticiosa – valiosas
mativo, pensativo. e) desatarraxou – estremeceu
-(d)iço, -(t)ício: possibilidade de praticar ou sofrer uma
ação, referência – movediço, quebradiço, factício. 04. “Sarampo” é:
-(d)ouro,-(t)ório: ação, pertinência – casadouro, prepa- a) forma primitiva
ratório. b) formado por derivação parassintética
Sufixos Adverbiais: Na Língua Portuguesa, existe ape- c) formado por derivação regressiva
nas um único sufixo adverbial: É o sufixo “-mente”, derivado d) formado por derivação imprópria
e) formado por onomatopéia
do substantivo feminino latino mens, mentis que pode sig-
nificar “a mente, o espírito, o intento”.Este sufixo juntou-se
05. Numere as palavras da primeira coluna conforme
a adjetivos, na forma feminina, para indicar circunstâncias,
os processos de formação numerados à direita. Em segui-
especialmente a de modo. Exemplos: altiva-mente, bra- da, marque a alternativa que corresponde à sequência nu-
va-mente, bondosa-mente, nervosa-mente, fraca-mente, mérica encontrada:
pia-mente. Já os advérbios que se derivam de adjetivos ter- ( ) aguardente     1) justaposição
minados em –ês (burgues-mente, portugues-mente, etc.) ( ) casamento     2) aglutinação
não seguem esta regra, pois esses adjetivos eram outrora ( ) portuário         3) parassíntese
uniformes. Exemplos: cabrito montês / cabrita montês. ( ) pontapé         4) derivação sufixal
Sufixos Verbais: Os sufixos verbais agregam-se, via ( ) os contras     5) derivação imprópria
de regra, ao radical de substantivos e adjetivos para for- ( ) submarino     6) derivação prefixal
mar novos verbos. Em geral, os verbos novos da língua ( ) hipótese
formam-se pelo acréscimo da terminação-ar. Exemplos:
esqui-ar; radiograf-ar; (a)doç-ar; nivel-ar; (a)fin-ar; tele- a) 1, 4, 3, 2, 5, 6, 1
fon-ar; (a)portugues-ar. b) 4, 1, 4, 1, 5, 3, 6
Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prática de c) 1, 4, 4, 1, 5, 6, 6
ação. d) 2, 3, 4, 1, 5, 3, 6
-ar: cruzar, analisar, limpar e) 2, 4, 4, 1, 5, 3, 6
-ear: guerrear, golear
-entar: afugentar, amamentar 06. Indique a palavra que foge ao processo de forma-
-ficar: dignificar, liquidificar ção de chapechape:
-izar: finalizar, organizar a) zunzum
b) reco-reco
Verbo Frequentativo: é aquele que traduz ação re- c) toque-toque
petida. d) tlim-tlim
Verbo Factitivo: é aquele que envolve ideia de fazer e) vivido
ou causar.
07. Em que alternativa a palavra sublinhada resulta de
Verbo Diminutivo: é aquele que exprime ação pou-
derivação imprópria?
co intensa.
a) Às sete horas da manhã começou o trabalho princi-
pal: a votação.
Exercícios b) Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo... Voto
secreto... Bobagens, bobagens!
01. Assinale a opção em que todas as palavras se for- c) Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições con-
mam pelo mesmo processo: tinuariam sendo uma farsa!
a) ajoelhar / antebraço / assinatura d) Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se en-
b) atraso / embarque / pesca tenderam.
c) o jota / o sim / o tropeço e) Dr. Osmírio andaria desorientado, senão bufando
d) entrega / estupidez / sobreviver de raiva.
e) antepor / exportação / sanguessuga
08. Assinale a série de palavras em que todas são for-
02. A palavra “aguardente” formou-se por: madas por parassíntese:
a) hibridismo a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer
b) aglutinação b) solução, passional, corrupção, visionário
c) justaposição c) enrijecer, deslealdade, tortura, vidente
d) parassíntese d) biografia, macróbio, bibliografia, asteróide
e) derivação regressiva e) acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo

43
PORTUGUÊS

09. As palavras couve-flor, planalto e aguardente são Adjetivo Pátrio Composto


formadas por:
a) derivação Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro
b) onomatopeia elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, eru-
c) hibridismo dita. Observe alguns exemplos:
d) composição África afro- / Cultura afro-americana
e) prefixação Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto
-inglesas
10. Assinale a alternativa em que uma das palavras não América américo- / Companhia américo-africana
é formada por prefixação: Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses
a) readquirir, predestinado, propor China sino- / Acordos sino-japoneses
b) irregular, amoral, demover Espanha hispano- / Mercado hispano-português
c) remeter, conter, antegozar Europa euro- / Negociações euro-americanas
d) irrestrito, antípoda, prever França franco- ou galo- / Reuniões franco-italia-
e) dever, deter, antever nas
Grécia greco- / Filmes greco-romanos
Respostas: 1-B / 2-B / 3-B / 4-C / 5-E / 6-E / 7-D / 8-A Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas
/ 9-D / 10-E / Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros
CLASSES DE PALAVRAS; Flexão dos adjetivos
FLEXÕES DAS PALAVRAS.
O adjetivo varia em gênero, número e grau.

Gênero dos Adjetivos


Adjetivo
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos
característica do ser e se relaciona com o substantivo.
substantivos, classificam-se em:
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, per-
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o mas-
cebemos que, além de expressar uma qualidade, ela pode
culino e outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa,
ser colocada ao lado de um substantivo: homem bondoso,
mau e má, judeu e judia.
moça bondosa, pessoa bondosa. Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qua- feminino somente o último elemento. Por exemplo: o moço
lidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: ho- norte-americano, a moça norte-americana.
mem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino
Morfossintaxe do Adjetivo como para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher
feliz.
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no
dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença
como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito político-social.
ou do objeto).
Número dos Adjetivos
Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
Plural dos adjetivos simples
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
Observe alguns deles: Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acor-
Estados e cidades brasileiros: do com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos
Alagoas alagoano substantivos simples. Por exemplo: mau e maus, feliz e feli-
Amapá amapaense zes, ruim e ruins boa e boas
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou baré Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça
Belo Horizonte belo-horizontino função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra
Brasília brasiliense que estiver qualificando um elemento for, originalmente,
Cabo Frio cabo-friense um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo:
Campinas campineiro ou campinense a palavra cinza é originalmente um substantivo; porém, se

44
PORTUGUÊS

estiver qualificando um elemento, funcionará como adje- O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Supe-
tivo. Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos rioridade Sintético
cinza.
Veja outros exemplos: Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de su-
Motos vinho (mas: motos verdes) perioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles:
Paredes musgo (mas: paredes brancas). bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior,
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). grande/maior, baixo/inferior.
Observe que:
Adjetivo Composto a) As formas menor e pior são comparativos de supe-
rioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, res-
É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor- pectivamente.
malmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
o último elemento concorda com o substantivo a que se (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações fei-
refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso tas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-
se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais gran-
um dos elementos que formam o adjetivo composto seja
de e mais pequeno. Por exemplo:
um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto fica-
rá invariável. Por exemplo: a palavra rosa é originalmente
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele-
um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemen- mentos.
to, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra pala- Pedro é mais grande que pequeno - comparação de
vra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um duas qualidades de um mesmo elemento.
substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará
invariável. Por exemplo: Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In-
Camisas rosa-claro. ferioridade
Ternos rosa-claro. Sou menos passivo (do) que tolerante.
Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. Superlativo
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
O superlativo expressa qualidades num grau muito
Obs.: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qual- elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser
quer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
invariáveis. Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apre-
têm os dois elementos flexionados. senta-se nas formas:
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de pala-
Grau do Adjetivo vras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo:
O secretário é muito inteligente.
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a inten- Sintética: a intensificação se faz por meio do acrésci-
sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: mo de sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo.
o comparativo e o superlativo.
Observe alguns superlativos sintéticos:
Comparativo benéfico beneficentíssimo
bom boníssimo ou ótimo
comum comuníssimo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri-
cruel crudelíssimo
buída a dois ou mais seres ou duas ou mais característi-
difícil dificílimo
cas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de doce dulcíssimo
igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe fácil facílimo
os exemplos abaixo: fiel fidelíssimo
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade
No comparativo de igualdade, o segundo termo da Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres.
quão. Essa relação pode ser:
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe- De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
rioridade Analítico
No comparativo de superioridade analítico, entre os Note bem:
dois substantivos comparados, um tem qualidade supe- 1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...do dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente,
que” ou “mais...que”. etc., antepostos ao adjetivo.

45
PORTUGUÊS

2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob fim, afinal, breve, constantemente, entrementes, imediata-
duas formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, mente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às
de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em
radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo quando, de quando em quando, a qualquer momento, de
ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A tempos em tempos, em breve, hoje em dia
forma popular é constituída do radical do adjetivo portu- de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá,
guês + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí,
3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, preca- abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures,
riíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, exter-
as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o de- namente, a distância, à distancia de, de longe, de perto, em
sagradável hiato i-í. cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta
de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum,
Advérbio de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum
de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, provavel-
O advérbio, assim como muitas outras palavras exis- mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe
tentes na Língua Portuguesa, advém de outras línguas. de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, efe-
Assim sendo, tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a tivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubi-
ideia de proximidade, contiguidade. Essa proximidade faz tavelmente (=sem dúvida).
referência ao processo verbal, no sentido de caracterizá-lo, de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, so-
ou seja, indicando as circunstâncias em que esse processo mente, simplesmente, só, unicamente
se desenvolve. de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, tam-
O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sen- bém
tido de caracterizar os processos expressos por ele. Contu- de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente
do, ele não é modificador exclusivo desta classe (verbos), de designação: Eis
pois também modifica o adjetivo e até outro advérbio. Se- de interrogação: onde? (lugar), como? (modo), quan-
guem alguns exemplos: do? (tempo), por quê? (causa), quanto? (preço e intensidade),
Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto, para quê? (finalidade)
você está até bem informado.
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o ad- Locução adverbial
jetivo alheio, representando uma qualidade, característica.
É reunião de duas ou mais palavras com valor de ad-
O artista canta muito mal. vérbio. Exemplo:
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifi- Carlos saiu às pressas. (indicando modo)
ca outro advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos Maria saiu à tarde. (indicando tempo)
pudemos verificar que se tratava de somente uma palavra
funcionando como advérbio. No entanto, ele pode estar Há locuções adverbiais que possuem advérbios corres-
demarcado por mais de uma palavra, que mesmo assim pondentes. Exemplo: Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu
não deixará de ocupar tal função. Temos aí o que chama- apressadamente.
mos de locução adverbial, representada por algumas ex- Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de
pressões, tais como: às vezes, sem dúvida, frente a frente, de modo são flexionados, sendo que os demais são todos in-
modo algum, entre outras. variáveis. A única flexão propriamente dita que existe na
Dependendo das circunstâncias expressas pelos advér- categoria dos advérbios é a de grau:
bios, eles se classificam em distintas categorias, uma vez Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe
expressas por: - longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente -
de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pres- inconstitucionalissimamente, etc.;
sas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos Diminutivo: diminui a intensidade. Exemplos: perto -
poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, pertinho, pouco - pouquinho, devagar - devagarinho.
frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior
parte dos que terminam em -”mente”: calmamente, triste- Artigo
mente, propositadamente, pacientemente, amorosamente,
docemente, escandalosamente, bondosamente, generosa- Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo,
mente indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou
de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o
excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, gênero e o número dos substantivos.
quão, tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase,
de todo, de muito, por completo. Classificação dos Artigos
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora,
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, Artigos Definidos: determinam os substantivos de
doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, en- maneira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.

46
PORTUGUÊS

Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de - A utilização do artigo indefinido pode indicar uma
maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve ter
um animal. é uns vinte anos.

Combinação dos Artigos - O artigo também é usado para substantivar palavras


oriundas de outras classes gramaticais: Não sei o porquê de
É muito presente a combinação dos artigos definidos tudo isso.
e indefinidos com preposições. Veja a forma assumida por
essas combinações: - Nunca deve ser usado artigo depois do pronome re-
lativo cujo (e flexões).
Preposições Artigos Este é o homem cujo amigo desapareceu.
o, os Este é o autor cuja obra conheço.
a ao, aos
de do, dos - Não se deve usar artigo antes das palavras casa ( no
em no, nos sentido de lar, moradia) e terra ( no sentido de chão firme),
por (per) pelo, pelos a menos que venham especificadas.
a, as um, uns uma, umas Eles estavam em casa.
à, às - - Eles estavam na casa dos amigos.
da, das dum, duns duma, dumas Os marinheiros permaneceram em terra.
na, nas num, nuns numa, numas Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
pela, pelas - -
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de trata-
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a mento, com exceção de senhor(a), senhorita e dona: Vossa
com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.
conhecida por crase.
- Não se une com preposição o artigo que faz parte do
nome de revistas, jornais, obras literárias: Li a notícia em O
Constatemos as circunstâncias
Estado de S. Paulo.
em que os artigos se manifestam
Morfossintaxe
- Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do
numeral “ambos”: Ambos os garotos decidiram participar
Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas
das olimpíadas.
relações com o substantivo. Assim, nas orações da língua
portuguesa, o artigo exerce a função de adjunto adnominal
- Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do substantivo a que se refere. Tal função independe da
do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, função exercida pelo substantivo:
A Bahia... A existência é uma poesia.
Uma existência é a poesia.
- Quando indicado no singular, o artigo definido pode
indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem. Conjunção

- No caso de nomes próprios personativos, denotando Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações
a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por
do artigo: O Pedro é o xodó da família. exemplo:
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as
- No caso de os nomes próprios personativos estarem amiguinhas.
no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias,
os Incas, Os Astecas... Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu
- Usa-se o artigo depois do pronome indefinido to- as amiguinhas
do(a) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele
(o artigo), o pronome assume a noção de qualquer. Cada informação está estruturada em torno de um ver-
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) bo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três ora-
Toda classe possui alunos interessados e desinteressa- ções:
dos. (qualquer classe) 1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e
mostrou 3ª oração: quando viu as amiguinhas.
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e
facultativo: a terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”.
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo. As palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações.

47
PORTUGUÊS

Observe: Gosto de natação e de futebol. - CONFORMATIVAS


Nessa frase as expressões de natação, de futebol são Principais conjunções conformativas: como, segundo,
partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra conforme, consoante
“e” está ligando termos de uma mesma oração. Cada um colhe conforme semeia.
Expressam uma ideia de acordo, concordância, confor-
Morfossintaxe da Conjunção midade.

As conjunções, a exemplo das preposições, não exer- - CONSECUTIVAS


cem propriamente uma função sintática: são conectivos. Expressam uma ideia de consequência.
Classificação Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”,
- Conjunções Coordenativas “tanto”, “tão”, “tamanho”).
- Conjunções Subordinativas Falou tanto que ficou rouco.

Conjunções coordenativas - FINAIS


Expressam ideia de finalidade, objetivo.
Dividem-se em: Todos trabalham para que possam sobreviver.
- ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Ex. Principais conjunções finais: para que, a fim de que,
Gosto de cantar e de dançar. porque (=para que),
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas
também, não só...como também. - PROPORCIONAIS
Principais conjunções proporcionais: à medida que,
- ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de opo- quanto mais, ao passo que, à proporção que.
sição, de compensação. Ex. Estudei, mas não entendi nada. À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contu-
do, todavia, no entanto, entretanto. - TEMPORAIS
Principais conjunções temporais: quando, enquanto,
- ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância. logo que.
Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho. Quando eu sair, vou passar na locadora.
Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora,
quer...quer, já...já. Diferença entre orações causais e explicativas
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às ora-
ções. Ex. Estudei muito, por isso mereço passar. Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (OSA) e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos de-
(depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim. paramos com a dúvida de como distinguir uma oração
causal de uma explicativa. Veja os exemplos:
- EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. 1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser
É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá atropelado”:
fora. a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificati-
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois va ou uma explicação do fato expresso na oração anterior.
(antes do verbo), porquanto. b) As orações são coordenadas e, por isso, indepen-
dentes uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as
Conjunções subordinativas orações que vêm marcadas por vírgula.
Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado.
- CAUSAIS Outra dica é, quando a oração que antecede a OC
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, (Oração Coordenada) vier com verbo no modo imperativo,
uma vez que, como (= porque). ela será explicativa.
Ele não fez o trabalho porque não tem livro. Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo im-
perativo)
- COMPARATIVAS
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão... 2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra
como, mais...do que, menos...do que. cidade porque não havia cemitério no local.”
Ela fala mais que um papagaio. a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada
(parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo
- CONCESSIVAS verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-la é
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, colocá-la no início do período, introduzida pela conjunção
mesmo que, apesar de, se bem que. como - o que não ocorre com a CS Explicativa.
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar
um fato inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”. os mortos em outra cidade.
Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente
estar cansada) Apesar de ter chovido fui ao cinema. dependentes uma da outra.

48
PORTUGUÊS

Interjeição As interjeições podem ser formadas por:


- simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô.
Interjeição é a palavra invariável que exprime emo- - palavras: Oba!, Olá!, Claro!
ções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir - grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!,
sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comporta- Ora bolas!
mento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de es-
truturas linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo:
Droga! Preste atenção quando eu estou falando! A ideia expressa pela interjeição depende muitas ve-
zes da entonação com que é pronunciada; por isso, pode
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido. Por
Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga! Ele poderia exemplo:
ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou sim- Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contra-
plesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga! riedade)
As sentenças da língua costumam se organizar de for- Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)
ma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e
os distribui em posições adequadas a cada um deles. As in- Classificação das Interjeições
terjeições, por outro lado, são uma espécie de “palavra-fra-
se”, ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um
Comumente, as interjeições expressam sentido de:
conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser
colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos: - Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!,
Bravo! Bis! Atenção!, Olha!, Alerta!
bravo e bis: interjeição = sentença (sugestão): “Foi - Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô!
muito bom! Repitam!” - Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva!
Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... ai: interjeição = senten- - Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah!
ça (sugestão): “Isso está doendo!” ou “Estou com dor!” - Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!,
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em Eia!, Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como - Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!,
são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um Boa!
suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação
- Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!
particular, um momento ou um contexto específico. Exem-
- Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!,
plos:
Ah, como eu queria voltar a ser criança! Safa!, Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição - Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá!
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! - Desculpa: Perdão!
hum: expressão de um pensamento súbito = interjei- - Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!,
ção Oh!, Eh!
- Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!,
O significado das interjeições está vinculado à maneira Epa!, Ora!
como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que - Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!,
dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contex- Quê!, Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?,
to de enunciação. Exemplos:
Cruz!, Putz!
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expres-
são na rua; significado da interjeição (sugestão): “Estou te - Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!,
chamando! Ei, espere!” Raios!, Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expres- - Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade!
são em um hospital; significado da interjeição (sugestão): - Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!,
“Por favor, faça silêncio!” Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! me, Deus!
puxa: interjeição; tom da fala: euforia - Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio!
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! - Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh!
puxa: interjeição; tom da fala: decepção
Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
é, não sofrem variação em gênero, número e grau como
1) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria,
tristeza, dor, etc. os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto
Você faz o que no Brasil? e voz como os verbos. No entanto, em uso específico, al-
Eu? Eu negocio com madeiras. gumas interjeições sofrem variação em grau. Deve-se ter
Ah, deve ser muito interessante. claro, neste caso, que não se trata de um processo natural
dessa classe de palavra, mas tão só uma variação que a
2) Sintetizar uma frase apelativa linguagem afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo,
Cuidado! Saia da minha frente. até loguinho.

49
PORTUGUÊS

Locução Interjetiva Numeral

Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma Numeral é a palavra que indica os seres em termos
expressão com sentido de interjeição. Por exemplo : Ora numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os
bolas! Quem me dera! Virgem Maria! Meu Deus! situa em determinada sequência.
Ó de casa! Ai de mim! Valha-me Deus! Graças a Deus! Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
Alto lá! Muito bem! [quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”]

Eu quero café duplo, e você?


Observações: ...[duplo: numeral = atributo numérico de “café”]
- As interjeições são como frases resumidas, sintéticas.
Por exemplo: Ué! = Eu não esperava por essa!, Perdão! = A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
Peço-lhe que me desculpe. ...[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequên-
cia de “fila”]
- Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o
seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que
gramaticais podem aparecer como interjeições. os números indicam em relação aos seres. Assim, quando
Viva! Basta! (Verbos) a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se
Fora! Francamente! (Advérbios) trata de numerais, mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a
- A interjeição pode ser considerada uma “palavra-fra- ideia expressa pelos números, existem mais algumas pala-
vras consideradas numerais porque denotam quantidade,
se” porque sozinha pode constituir uma mensagem. Ex.:
proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década,
Socorro!, Ajudem-me!, Silêncio!, Fique quieto!
dúzia, par, ambos(as), novena.
- Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imita- Classificação dos Numerais
tivas, que exprimem ruídos e vozes. Ex.: Pum! Miau! Bum-
ba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, Cardinais: indicam contagem, medida. É o número bá-
etc. sico: um, dois, cem mil, etc.
- Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série
a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria, dada: primeiro, segundo, centésimo, etc.
tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a
e não a fazemos depois do “ó” vocativo. divisão dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.
“Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac) Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos
Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac) seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumenta-
da: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
- Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas
Leitura dos Numerais
de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas
no diminutivo ou no superlativo: Calminha! Adeusinho! Separando os números em centenas, de trás para fren-
Obrigadinho! te, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas
e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses
Interjeições, leitura e produção de textos conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela con-
junção “e”.
Usadas com muita frequência na língua falada informal, 1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos
quando empregadas na língua escrita, as interjeições cos- e vinte e seis.
tumam conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquiali- 45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.
dade. Além disso, elas podem muitas vezes indicar traços
pessoais do falante - como a escassez de vocabulário, o Flexão dos numerais
temperamento agressivo ou dócil, até mesmo a origem
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/
geográfica. É nos textos narrativos - particularmente nos
uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/du-
diálogos - que comumente se faz uso das interjeições com zentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatro-
o objetivo de caracterizar personagens e, também, graças à centas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam
sua natureza sintética, agilizar as falas. Natureza sintética e em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais
conteúdo mais emocional do que racional fazem das inter- são invariáveis.
jeições presença constante nos textos publicitários. Os numerais ordinais variam em gênero e número:
primeiro segundo milésimo
Fonte: primeira segunda milésima
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89. primeiros segundos milésimos
php primeiras segundas milésimas

50
PORTUGUÊS

Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço e con-
seguiram o triplo de produção.
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses triplas do
medicamento.
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas terças
partes
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sen-
tido. É o que ocorre em frases como:
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol)

Emprego dos Numerais

*Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo
e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo:

Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)

*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)

*Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são lar-
gamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades
comunitárias de seu bairro.
Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos

51
PORTUGUÊS

sessenta sexagésimo - sessenta avos


setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo ou noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

Preposição

Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normal-
mente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura
da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.

Tipos de Preposição

1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, con-
tra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições: como, durante,
exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma
delas: abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor
de, graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de.
A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância
em gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela.
Vale ressaltar que essa concordância não é característica da preposição, mas das palavras às quais ela se une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir de dois processos:
1. Combinação: A preposição não sofre alteração.
preposição a + artigos definidos o, os
a + o = ao
preposição a + advérbio onde
a + onde = aonde
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração.

Preposição + Artigos
De + o(s) = do(s)
De + a(s) = da(s)
De + um = dum
De + uns = duns
De + uma = duma
De + umas = dumas
Em + o(s) = no(s)
Em + a(s) = na(s)
Em + um = num
Em + uma = numa
Em + uns = nuns
Em + umas = numas
A + à(s) = à(s)
Por + o = pelo(s)
Por + a = pela(s)

52
PORTUGUÊS

Preposição + Pronomes Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o tra-


De + ele(s) = dele(s) tamento.
De + ela(s) = dela(s) Instrumento = Escreveu a lápis.
De + este(s) = deste(s) Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.
De + esta(s) = desta(s) Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
De + esse(s) = desse(s) Companhia = Estarei com ele amanhã.
De + essa(s) = dessa(s) Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
De + aquele(s) = daquele(s) Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco.
De + aquela(s) = daquela(s) Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
De + isto = disto Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
De + isso = disso Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
De + aquilo = daquilo Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
De + aqui = daqui
De + aí = daí Fonte:
De + ali = dali http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
De + outro = doutro(s)
De + outra = doutra(s) Pronome
Em + este(s) = neste(s)
Em + esta(s) = nesta(s) Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou
Em + esse(s) = nesse(s) a ele se refere, ou que acompanha o nome, qualificando-o
Em + aquele(s) = naquele(s) de alguma forma.
Em + aquela(s) = naquela(s)
Em + isto = nisto A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus so-
Em + isso = nisso nhos!
Em + aquilo = naquilo [substituição do nome]
A + aquele(s) = àquele(s)
A + aquela(s) = àquela(s) A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bo-
A + aquilo = àquilo nita!
Dicas sobre preposição [referência ao nome]

1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome Essa moça morava nos meus sonhos!
pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a” [qualificação do nome]
seja um artigo, virá precedendo um substantivo. Ele servirá
para determiná-lo como um substantivo singular e femi- Grande parte dos pronomes não possuem significados
nino. fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro
A dona da casa não quis nos atender. de um contexto, o qual nos permite recuperar a referên-
Como posso fazer a Joana concordar comigo? cia exata daquilo que está sendo colocado por meio dos
pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pro-
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois nomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes
termos e estabelece relação de subordinação entre eles. têm por função principal apontar para as pessoas do dis-
Cheguei a sua casa ontem pela manhã. curso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação
Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para pro- no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica,
curar um tratamento adequado. os pronomes apresentam uma forma específica para cada
pessoa do discurso.
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o
lugar e/ou a função de um substantivo. Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
Temos Maria como parte da família. / Nós a temos como [minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
parte da família
Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
/ Creio que a conhecemos melhor que ninguém. [tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se
fala]
2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio
das preposições: A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
Destino = Irei para casa. [dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem
Modo = Chegou em casa aos gritos. se fala]
Lugar = Vou ficar em casa;
Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência. Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
Tempo = A prova vai começar em dois minutos. variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme-
Causa = Ela faleceu de derrame cerebral. ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência

53
PORTUGUÊS

através do pronome seja coerente em termos de gênero Pronome Oblíquo


e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado. Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na
sentença, exerce a função de complemento verbal (objeto
Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos- direto ou indireto) ou complemento nominal.
sa escola neste ano. Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
adequada] Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma
[neste: pronome que determina “ano” = concordância
variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação
adequada]
indica a função diversa que eles desempenham na oração:
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor-
pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo
dância inadequada]
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, marca o complemento da oração.
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou
Pronomes Pessoais tônicos.

São aqueles que substituem os substantivos, indicando Pronome Oblíquo Átono


diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve
assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
“vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica
“ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa fraca: Ele me deu um presente.
ou às pessoas de quem fala. O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim con-
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun- figurado:
ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto - 1ª pessoa do singular (eu): me
ou do caso oblíquo. - 2ª pessoa do singular (tu): te
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
Pronome Reto - 1ª pessoa do plural (nós): nos
- 2ª pessoa do plural (vós): vos
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sen-
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
tença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
Nós lhe ofertamos flores.
Observações:
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê- O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se
nero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união en-
principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. tre o pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por
Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim confi- acompanhar diretamente uma preposição, o pronome
gurado: “lhe” exerce sempre a função de objeto indireto na oração.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos
- 1ª pessoa do singular: eu diretos como objetos indiretos.
- 2ª pessoa do singular: tu Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como
- 3ª pessoa do singular: ele, ela objetos diretos.
- 1ª pessoa do plural: nós Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combi-
- 2ª pessoa do plural: vós nar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a for-
- 3ª pessoa do plural: eles, elas mas como mo, mos , ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha,
lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las.
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem:
como complementos verbais na língua-padrão. Frases
- Trouxeste o pacote?
como “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram
- Sim, entreguei-to ainda há pouco.
eu até aqui”, comuns na língua oral cotidiana, devem ser
- Não contaram a novidade a vocês?
evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for-
mal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspon- - Não, no-la contaram.
dentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram- No português do Brasil, essas combinações não são
me até aqui”. usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pro- é muito raro.
nome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as pró-
prias formas verbais marcam, através de suas desinências, Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas
as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto: Fizemos especiais depois de certas terminações verbais. Quando o
boa viagem. (Nós) verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma

54
PORTUGUÊS

lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal - As formas “conosco” e “convosco” são substituídas
é suprimida. Por exemplo: por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais
fiz + o = fi-lo são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios,
fazeis + o = fazei-lo todos, ambos ou algum numeral.
dizer + a = dizê-la
Você terá de viajar com nós todos.
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome as- Estávamos com vós outros quando chegaram as más
sume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo: notícias.
viram + o: viram-no Ele disse que iria com nós três.
repõe + os = repõe-nos
retém + a: retém-na Pronome Reflexivo
tem + as = tem-nas
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcio-
Pronome Oblíquo Tônico nem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito
da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos expressa pelo verbo.
por preposições, em geral as preposições a, para, de e com.
Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configura-
de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica
do:
forte.
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim con-
Eu não me vanglorio disso.
figurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela - 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco Assim tu te prejudicas.
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco Conhece a ti mesmo.
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.
Observe que as únicas formas próprias do pronome tô- Guilherme já se preparou.
nico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As Ela deu a si um presente.
demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto. Antônio conversou consigo mesmo.

- As preposições essenciais introduzem sempre prono- - 1ª pessoa do plural (nós): nos.


mes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso Lavamo-nos no rio.
reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da
língua formal, os pronomes costumam ser usados desta - 2ª pessoa do plural (vós): vos.
forma: Vós vos beneficiastes com a esta conquista.

Não há mais nada entre mim e ti. - 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela. Eles se conheceram.
Não há nenhuma acusação contra mim. Elas deram a si um dia de folga.
Não vá sem mim.
A Segunda Pessoa Indireta
Atenção: Há construções em que a preposição, apesar
de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se
uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o
quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem
verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pro-
nosso interlocutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam
nome, deverá ser do caso reto.
o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados prono-
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
mes de tratamento, que podem ser observados no quadro
Não vá sem eu mandar.
seguinte:
- A combinação da preposição “com” e alguns prono-
mes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo,
conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos fre-
quentemente exercem a função de adjunto adverbial de
companhia.
Ele carregava o documento consigo.

55
PORTUGUÊS

Pronomes de Tratamento

Vossa Alteza V. A. príncipes, duques


Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e oficiais-generais
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de universidades
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento cerimonioso
Vossa Onipotência V. O. Deus

Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados no
tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português
do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito
à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.

Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em rela-
ção à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.

*Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.

- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratar-
mos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado suposta-
mente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.

- 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijam-se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a
3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar
na 3ª pessoa.
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.

- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do
texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não
poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto)
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto)

Pronomes Possessivos

São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa
possuída).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)

NÚMERO PESSOA PRONOME


singular primeira meu(s), minha(s)
singular segunda teu(s), tua(s)
singular terceira seu(s), sua(s)
plural primeira nosso(s), nossa(s)
plural segunda vosso(s), vossa(s)
plural terceira seu(s), sua(s)

Note que: A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com
o objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.

56
PORTUGUÊS

Observações: Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se


1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resul- refere a um passado próximo.
tar da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado, Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele
seu José. está se referindo a um passado distante.

2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
posse. Podem ter outros empregos, como: invariáveis, observe:
a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha. Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
la(s).
b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 Invariáveis: isto, isso, aquilo.
anos.
- Também aparecem como pronomes demonstrativos:
c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem - o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento,
que te indiquei.)
o pronome possessivo fica na 3ª pessoa: Vossa Excelência
trouxe sua mensagem? - mesmo(s), mesma(s): Estas são as mesmas pessoas
que o procuraram ontem.
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi-
vo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e - próprio(s), própria(s): Os próprios alunos resolveram
anotações. o problema.

5- Em algumas construções, os pronomes pessoais - semelhante(s): Não compre semelhante livro.


oblíquos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-
lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.) - tal, tais: Tal era a solução para o problema.

Pronomes Demonstrativos Note que:


- Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em
Os pronomes demonstrativos são utilizados para ex- construções redundantes, com finalidade expressiva, para
plicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras salientar algum termo anterior. Por exemplo: Manuela, essa
ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de é que dera em cheio casando com o José Afonso. Desfrutar
espaço, no tempo ou discurso. das belezas brasileiras, isso é que é sorte!
No espaço:
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o - O pronome demonstrativo neutro ou pode represen-
carro está perto da pessoa que fala. tar um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o em que aparece, geralmente, como objeto direto, predi-
carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da cativo ou aposto: O casamento seria um desastre. Todos o
pessoa que fala. pressentiam.
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que
- Para evitar a repetição de um verbo anteriormente
o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo
quem falo.
fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que
faz as vezes de): Ninguém teve coragem de falar antes que
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo
ela o fizesse.
quanto por meio de correspondência, que é uma moda-
lidade escrita de fala), são particularmente importantes o - Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa
este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em
emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los primeiro lugar: O referido deputado e o Dr. Alcides eram
pode causar ambiguidade. amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. [ou então: este
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar solteiro, aquele casado]
informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da univer-
sidade destinatária). - O pronome demonstrativo tal pode ter conotação
Reafirmamos a disposição desta universidade em parti- irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
cipar no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universi-
dade que envia a mensagem). - Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em
No tempo: com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta,
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no
refere ao ano presente. = naquilo)

57
PORTUGUÊS

Pronomes Indefinidos sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade


afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade
São palavras que se referem à terceira pessoa do dis- negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e
curso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza,
quantidade indeterminada. e qualquer, que generaliza.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém Essas oposições de sentido são muito importantes na
-plantadas. construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu- de que fazem parte:
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des- Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em: prático.
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu- Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. pessoas quaisquer.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin-
guém, outrem, quem, tudo. Pronomes Relativos
Algo o incomoda?
Quem avisa amigo é. São aqueles que representam nomes já mencionados
anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser as orações subordinadas adjetivas.
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade O racismo é um sistema que afirma a superioridade de
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). um grupo racial sobre outros.
Cada povo tem seus costumes. (afirma a superioridade de um grupo racial sobre ou-
Certas pessoas exercem várias profissões. tros = oração subordinada adjetiva).
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema”
e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos,
“sistema” é antecedente do pronome relativo que.
ora pronomes indefinidos adjetivos:
O antecedente do pronome relativo pode ser o prono-
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos),
me demonstrativo o, a, os, as.
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
Não sei o que você está querendo dizer.
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
expresso.
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. Quem casa, quer casa.
Menos palavras e mais ações.
Alguns se contentam pouco. Observe:
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os
Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va- quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas,
riáveis e invariáveis. Observe: quantas.
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca,
vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, ne- Note que:
nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos, - O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego,
algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser subs-
outras, quantas. tituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, antecedente for um substantivo.
algo, cada. O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a
São locuções pronominais indefinidas: cada qual, qual)
cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os
seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= quais)
certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc. As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as
Cada um escolheu o vinho desejado. quais)

Indefinidos Sistemáticos - O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente


pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, para verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que
percebemos que existem alguns grupos que criam oposi- podem ter várias classificações) são pronomes relativos.
ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm Todos eles são usados com referência à pessoa ou coisa
sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm por motivo de clareza ou depois de determinadas preposi-

58
PORTUGUÊS

ções: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.
o qual me deixou encantado. (O uso de “que”, neste caso, Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas
geraria ambiguidade.) preferes.
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quan-
dúvidas? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.) tos passageiros desembarcaram.
- O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e
se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou Sobre os pronomes
de ser poeta, que era a sua vocação natural.
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função
- O pronome “cujo” não concorda com o seu antece-
de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo
dente, mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual,
quando desempenha função de complemento. Vamos en-
dos quais, das quais.
Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas. tender, primeiramente, como o pronome pessoal surge na
(antecedente) (consequente) frase e que função exerce. Observe as orações:

- “Quanto” é pronome relativo quando tem por antece- 1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
dente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo: 2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia
Emprestei tantos quantos foram necessários. lhe ajudar.
(antecedente)
Ele fez tudo quanto havia falado. Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele”
(antecedente) exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso
reto. Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe”
- O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre exercendo função de complemento, e, consequentemente,
precedido de preposição. é do caso oblíquo.
É um professor a quem muito devemos. Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso,
(preposição) o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para
a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se
- “Onde”, como pronome relativo, sempre possui an- devia ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe).
tecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A
casa onde morava foi assaltada.
Importante: Em observação à segunda oração, o em-
- Na indicação de tempo, deve-se empregar quando prego do pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do ver-
ou em que. bo intransitivo “ajudar” porque o pronome oblíquo pode
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos estar antes, depois ou entre locução verbal, caso o verbo
no exterior. principal (no caso “ajudar”) esteja no infinitivo ou gerúndio.
Eu desejo lhe perguntar algo.
- Podem ser utilizadas como pronomes relativos as pa- Eu estou perguntando-lhe algo.
lavras:
- como (= pelo qual): Não me parece correto o modo Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou
como você agiu semana passada. tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição,
- quando (= em que): Bons eram os tempos quando po- diferentemente dos segundos que são sempre precedidos
díamos jogar videogame. de preposição.
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que
- Os pronomes relativos permitem reunir duas orações eu estava fazendo.
numa só frase. - Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim
O futebol é um esporte. o que eu estava fazendo.
O povo gosta muito deste esporte.
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
Colocação Pronominal
- Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode
ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de A colocação pronominal é a posição que os prono-
gente que conversava, (que) ria, (que) fumava. mes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação
ao verbo a que se referem. São pronomes oblíquos átonos:
Pronomes Interrogativos me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos.
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições
São usados na formulação de perguntas, sejam elas di- na oração em relação ao verbo:
retas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos,
referem- -se à 3ª pessoa do discurso de modo 1. próclise: pronome antes do verbo
impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual 2. ênclise: pronome depois do verbo
(e variações), quanto (e variações). 3. mesóclise: pronome no meio do verbo

59
PORTUGUÊS

Próclise Mesóclise

A próclise é aplicada antes do verbo quando temos: A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado
- Palavras com sentido negativo: no futuro do presente ou no futuro do pretérito:
Nada me faz querer sair dessa cama. A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela
Não se trata de nenhuma novidade. se realizará)
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma
- Advérbios: proposta a você)
Nesta casa se fala alemão.
Naquele dia me falaram que a professora não veio. Questões sobre Pronome

- Pronomes relativos: 01. (ESCREVENTE TJ SP – VUNESP/2012).


A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje. Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram. está claro até onde pode realmente chegar uma política ba-
- Pronomes indefinidos: seada em melhorar a eficiência sem preços adequados para
Quem me disse isso? o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a terra.
Todos se comoveram durante o discurso de despedida. É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono
e da água faça em si diferença, as companhias não podem
- Pronomes demonstrativos: suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares por
Isso me deixa muito feliz! tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto,
Aquilo me incentivou a mudar de atitude! elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém
encontrou até agora uma maneira de quantificar adequada-
- Preposição seguida de gerúndio: mente os insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas
Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais de crescimento verde sempre será a segunda opção.
(Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado)
indicado à pesquisa escolar.
Os pronomes “elas” e “eles”, em destaque no texto, re-
- Conjunção subordinativa:
ferem- -se, respectivamente, a
Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.
(A) dúvidas e preços.
(B) dúvidas e insumos básicos.
Ênclise
(C) companhias e insumos básicos.
(D) companhias e preços do carbono e da água.
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta
(E) políticas de crescimento e preços adequados.
não aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos áto-
nos. A ênclise vai acontecer quando:
02. (AGENTE DE APOIO ADMINISTRATIVO – FCC –
- O verbo estiver no imperativo afirmativo: 2013- adap.). Fazendo-se as alterações necessárias, o tre-
Amem-se uns aos outros. cho grifado está corretamente substituído por um prono-
Sigam-me e não terão derrotas. me em:
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-lo
- O verbo iniciar a oração: B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-
Diga-lhe que está tudo bem. lhes desalentado
Chamaram-me para ser sócio. C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem
de conhecê-lo?
- O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da pre- D) ...não parecia ser um importante industrial... − não
posição “a”: parecia ser-lhe
Naquele instante os dois passaram a odiar-se. E) incomodaram o general... − incomodaram-no
Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
03.(AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA – FCC – 2013-
- O verbo estiver no gerúndio: adap.). A substituição do elemento grifado pelo pronome
Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreo- correspondente, com os necessários ajustes, foi realizada
cupada. de modo INCORRETO em:
Despediu-se, beijando-me a face. A) mostrando o rio= mostrando-o.
B) como escolher sítio= como escolhê-lo.
- Houver vírgula ou pausa antes do verbo: C) transpor [...] as matas espessas= transpor-lhes.
Se passar no concurso em outra cidade, mudo-me no D) Às estreitas veredas[...] nada acrescentariam =
mesmo instante. nada lhes acrescentariam.
Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas. E) viu uma dessas marcas= viu uma delas.

60
PORTUGUÊS

04. (PAPILOSCOPISTA POLICIAL – VUNESP – 2013). 09. (TRF 3ª REGIÃO- TÉCNICO JUDICIÁRIO - /2014)
Assinale a alternativa em que o pronome destacado está As sereias então devoravam impiedosamente os tripu-
posicionado de acordo com a norma-padrão da língua. lantes.
(A) Ela não lembrava-se do caminho de volta. ... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a ca-
(B) A menina tinha distanciado-se muito da família. beça...
(C) A garota disse que perdeu-se dos pais. ... e fez de tudo para convencer os tripulantes...
(D) O pai alegrou-se ao encontrar a filha.
(E) Ninguém comprometeu-se a ajudar a criança. Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos
grifados acima foram corretamente substituídos por um
05. (ESCREVENTE TJ SP – VUNESP 2011). Assinale a pronome, na ordem dada, em:
alternativa cujo emprego do pronome está em conformi- (A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
dade com a norma padrão da língua. (B) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes
(A) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos. (C) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes
(B) Nos falaram que a diplomacia americana está aba- (D) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los
lada. (E) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los
(C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks.
(D) Conformado, se rendeu às punições. 10. (AGENTE DE VIGILÂNCIA E RECEPÇÃo – VUNESP
(E) Todos querem que combata-se a corrupção. – 2013- adap.). No trecho, – Em ambos os casos, as câmeras
dos estabelecimentos felizmente comprovam os aconteci-
06. (PAPILOSCOPISTA POLICIAL - VUNESP - 2013). mentos, e testemunhas vão ajudar a polícia na investiga-
Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronomi- ção. – de acordo com a norma-padrão, os pronomes que
nal, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. substituem, corretamente, os termos em destaque são:
(A) Para que se evite perder objetos, recomenda-se A) os comprovam … ajudá-la.
que eles sejam sempre trazidos junto ao corpo. B) os comprovam …ajudar-la.
(B) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situa- C) os comprovam … ajudar-lhe.
ção de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida. D) lhes comprovam … ajudar-lhe.
(C) Nos sentimos impotentes quando não consegui- E) lhes comprovam … ajudá-la.
mos restituir um objeto à pessoa que o perdeu.
(D) O homem se indignou quando propuseram-lhe GABARITO
que abrisse a bolsa que encontrara.
(E) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma 01. C 02. E 03. C 04. D 05. C
tendência natural das pessoas em devolvê-los a seus do- 06. A 07. C 08. E 09. A 10. A
nos.
RESOLUÇÃO
07. (AGENTE DE APOIO OPERACIONAL – VUNESP –
2013). 1-)
Há pessoas que, mesmo sem condições, compram produ- Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro,
tos______ não necessitam e______ tendo de pagar tudo______ não está claro até onde pode realmente chegar uma po-
prazo. lítica baseada em melhorar a eficiência sem preços ade-
Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta quados para o carbono, a água e (na maioria dos países
e respectivamente, considerando a norma culta da língua. pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos
A) a que … acaba … à preços do carbono e da água faça em si diferença, as com-
B) com que … acabam … à panhias não podem suportar ter de pagar, de repente, di-
C) de que … acabam … a gamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer
D) em que … acaba … a preparação. Portanto, elas começam a usar preços-som-
E) dos quais … acaba … à bra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma ma-
neira de quantificar adequadamente os insumos básicos.
08. (AGENTE DE APOIO SOCIOEDUCATIVO – VUNESP E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde
– 2013-adap.). Assinale a alternativa que substitui, correta e sempre será a segunda opção.
respectivamente, as lacunas do trecho.
______alguns anos, num programa de televisão, uma jo- 2-)
vem fazia referência______ violência______ o brasileiro estava A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-los
sujeito de forma cômica. B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-os
A) Fazem... a ... de que desalentado
B) Faz ...a ... que C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de
C) Fazem ...à ... com que conhecê-las ?
D) Faz ...à ... que D) ...não parecia ser um importante industrial... − não
E) Faz ...à ... a que parecia sê-lo

61
PORTUGUÊS

3-) -lugares: Alemanha, Porto Alegre...


transpor [...] as matas espessas= transpô-las -sentimentos: raiva, amor...
-estados: alegria, tristeza...
4-) -qualidades: honestidade, sinceridade...
(A) Ela não se lembrava do caminho de volta. -ações: corrida, pescaria...
(B) A menina tinha se distanciado muito da família.
(C) A garota disse que se perdeu dos pais. Morfossintaxe do substantivo
(E) Ninguém se comprometeu a ajudar a criança
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em
5-) geral exerce funções diretamente relacionadas com o ver-
(A) Não nos autorizam a ler os comentários sigilosos. bo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos ver-
(B) Falaram-nos que a diplomacia americana está aba- bais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva.
lada. Pode ainda funcionar como núcleo do complemento no-
(D) Conformado, rendeu-se às punições. minal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito,
(E) Todos querem que se combata a corrupção. do objeto ou como núcleo do vocativo. Também encontra-
mos substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e
6-) de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desem-
(B) O passageiro ao lado jamais se imaginou na situa- penhadas por grupos de palavras.
ção de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida.
(C) Sentimo-nos impotentes quando não conseguimos Classificação dos Substantivos
restituir um objeto à pessoa que o perdeu.
(D) O homem indignou-se quando lhe propuseram 1- Substantivos Comuns e Próprios
que abrisse a bolsa que encontrara.
(E) Em se tratando de objetos encontrados, há uma ten- Observe a definição: s.f. 1: Povoação maior que vila,
dência natural das pessoas em devolvê-los a seus donos. com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas
(no Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de
7-)
uma cidade (em oposição aos bairros).
Há pessoas que, mesmo sem condições, compram pro-
dutos de que não necessitam e acabam tendo de
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas
pagar tudo a prazo.
e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada
cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo
8-)
comum.
Faz alguns anos, num programa de televisão, uma
jovem fazia referência à violência a que o brasileiro Substantivo Comum é aquele que designa os seres de
estava sujeito de forma cômica. uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino,
Faz, no sentido de tempo passado = sempre no sin- homem, mulher, país, cachorro.
gular Estamos voando para Barcelona.

9-) O substantivo Barcelona designa apenas um ser da es-


devoravam - verbo terminado em “m” = pronome pécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Pró-
oblíquo no/na (fizeram-na, colocaram-no) prio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie
impedir - verbo transitivo direto = pede objeto direto; de forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
“lhe” é para objeto indireto
convencer - verbo transitivo direto = pede objeto dire- 2 - Substantivos Concretos e Abstratos
to; “lhe” é para objeto indireto
(A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los LÂMPADA MALA

10-) Os substantivos lâmpada e mala designam seres com


– Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimen- existência própria, que são independentes de outros seres.
tos felizmente comprovam os acontecimentos, e testemu- São substantivos concretos.
nhas vão ajudar a polícia na investigação.
felizmente os comprovam ... ajudá-la Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que
(advérbio) existe, independentemente de outros seres.

Substantivo Obs.: os substantivos concretos designam seres do


mundo real e do mundo imaginário.
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Subs- Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra,
tantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais Brasília, etc.
denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenôme- Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantas-
nos, os substantivos também nomeiam: ma, etc.

62
PORTUGUÊS

Observe agora:
Beleza exposta
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.

O substantivo beleza designa uma qualidade.

Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar ou existir.
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou
coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato.
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraí-
dos, e sem os quais não podem existir: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento).

3 - Substantivos Coletivos

Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, mais outra abelha.
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.

Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais
outra abelha...
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma
espécie (abelhas).
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres da mes-
ma espécie.

Substantivo coletivo Conjunto de:


assembleia pessoas reunidas
alcateia lobos
acervo livros
antologia trechos literários selecionados
arquipélago ilhas
banda músicos
bando desordeiros ou malfeitores
banca examinadores
batalhão soldados
cardume peixes
caravana viajantes peregrinos
cacho frutas
cáfila camelos
cancioneiro canções, poesias líricas
colmeia abelhas
chusma gente, pessoas
concílio bispos
congresso parlamentares, cientistas.
elenco atores de uma peça ou filme
esquadra navios de guerra
enxoval roupas
falange soldados, anjos
fauna animais de uma região
feixe lenha, capim
flora vegetais de uma região
frota navios mercantes, ônibus
girândola fogos de artifício
horda bandidos, invasores
junta médicos, bois, credores, examinadores
júri jurados
legião soldados, anjos, demônios

63
PORTUGUÊS

leva presos, recrutas


malta malfeitores ou desordeiros
manada búfalos, bois, elefantes,
matilha cães de raça
molho chaves, verduras
multidão pessoas em geral
ninhada pintos
nuvem insetos (gafanhotos, mosquitos, etc.)
penca bananas, chaves
pinacoteca pinturas, quadros
quadrilha ladrões, bandidos
ramalhete flores
rebanho ovelhas
récua bestas de carga, cavalgadura
repertório peças teatrais, obras musicais
réstia alhos ou cebolas
romanceiro poesias narrativas
revoada pássaros
sínodo párocos
talha lenha
tropa muares, soldados
turma estudantes, trabalhadores
vara porcos

Formação dos Substantivos

Substantivos Simples e Compostos

Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.


O substantivo chuva é formado por um único elemento ou radical. É um substantivo simples.

Substantivo Simples: é aquele formado por um único elemento.


Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois elemen-
tos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo.

Substantivos Primitivos e Derivados

Meu limão meu limoeiro,


meu pé de jacarandá...

O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de nenhum outro dentro de língua portuguesa.
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O substan-
tivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da palavra limão.
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra palavra.

Flexão dos substantivos

O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo,
pode sofrer variações para indicar:
Plural: meninos Feminino: menina
Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho
Flexão de Gênero

Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há dois
gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos o,
os, um, uns. Veja estes títulos de filmes:
O velho e o mar
Um Natal inesquecível
Os reis da praia

64
PORTUGUÊS

Pertencem ao gênero feminino os substantivos que - Substantivos que têm radicais diferentes no masculi-
podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas: no e no feminino: bode – cabra / boi - vaca
A história sem fim
Uma cidade sem passado - Substantivos que formam o feminino de maneira es-
As tartarugas ninjas pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
czar – czarina réu - ré
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes
Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar no-
mes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está
Epicenos:
relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas for-
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
mas, uma para o masculino e outra para o feminino. Obser-
ve: gato – gata, homem – mulher, poeta – poetisa, prefeito
- prefeita Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma
Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam para indicar o masculino e o feminino.
uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
para o feminino. Classificam-se em: para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
- Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos: a a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré macho e fêmea.
fêmea. A cobra macho picou o marinheiro.
- Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pes- A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
soas: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio,
o ídolo, o indivíduo. Sobrecomuns:
- Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pes- Entregue as crianças à natureza.
soas por meio do artigo: o colega e a colega, o doente e a
doente, o artista e a artista. A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo mas-
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem
Saiba que: Substantivos de origem grega terminados
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
em ema ou oma, são masculinos: o fonema, o poema, o
sistema, o sintoma, o teorema. sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:
- Existem certos substantivos que, variando de gêne- A criança chorona chamava-se João.
ro, variam em seu significado: o rádio (aparelho receptor) A criança chorona chamava-se Maria.
e a rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital
(cidade) Outros substantivos sobrecomuns:
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes criatura.
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
- Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno Marcela faleceu
- aluna.
- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao Comuns de Dois Gêneros:
masculino: freguês - freguesa Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
- Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino
de três formas: Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma
- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme.
-troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
A distinção de gênero pode ser feita através da análise
Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão
- sultana do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti-
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem
- Substantivos terminados em -or: - uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran-
- acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora cês - repórter francesa
- troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz - A palavra personagem é usada indistintamente nos
dois gêneros.
- Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: côn- a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
sul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens
- duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa os personagens dos contos de carochinha.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini-
- Substantivos que formam o feminino trocando o -e no: O problema está nas mulheres de mais idade, que não
final por -a: elefante - elefanta aceitam a personagem.

65
PORTUGUÊS

- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo Flexão de Número do Substantivo


fotográfico Ana Belmonte.
Observe o gênero dos substantivos seguintes: Em português, há dois números gramaticais: o singular,
que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica
(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o do plural é o “s” final.
maracajá, o clã, o hosana, o herpes, o pijama, o suéter, o
soprano, o proclama, o pernoite, o púbis. Plural dos Substantivos Simples

Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a - Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e
cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido, “n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã –
a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa). ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon
- cânones.
- São geralmente masculinos os substantivos de ori- - Os substantivos terminados em “m” fazem o plural
gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo- em “ns”: homem - homens.
grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o - Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plu-
eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco- ral pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes.
ma, o hematoma.
Atenção: O plural de caráter é caracteres.
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
- Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-
Gênero dos Nomes de Cidades se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; cara-
col – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul
Com raras exceções, nomes de cidades são femininos. e cônsules.
A histórica Ouro Preto.
A dinâmica São Paulo. - Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de
A acolhedora Porto Alegre. duas maneiras:
Uma Londres imensa e triste. - Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre. - Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.

Gênero e Significação Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).
Muitos substantivos têm uma significação no masculi-
no e outra no feminino. Observe: o baliza (soldado que, que - Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de
à frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar duas maneiras:
em conjunto; o que vai à frente de um bloco carnavalesco, - Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o
manejando um bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses
marca um limite ou proibição de trânsito), o cabeça (chefe), - Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva-
a cabeça (parte do corpo), o cisma (separação religiosa, dissi- riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
dência), a cisma (ato de cismar, desconfiança), o cinza (a cor
cinzenta), a cinza (resíduos de combustão), o capital (dinhei- - Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural
ro), a capital (cidade), o coma (perda dos sentidos), a coma de três maneiras.
(cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), - substituindo o -ão por -ões: ação - ações
a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na - substituindo o -ão por -ães: cão - cães
administração da crisma e de outros sacramentos), a crisma - substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
(sacramento da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de
curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície - Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis:
de vegetação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (docu- o látex - os látex.
mento, pena grande das asas das aves), o grama (unidade de
peso), a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa Plural dos Substantivos Compostos
(recipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
(vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade, -A formação do plural dos substantivos compostos de-
bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a pende da forma como são grafados, do tipo de palavras
nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva que formam o composto e da relação que estabelecem en-
a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala tre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se
(poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa- como os substantivos simples: aguardente/aguardentes,
ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (estação emissora), o girassol/girassóis, pontapé/pontapés, malmequer/malme-
voga (remador), a voga (moda, popularidade). queres.

66
PORTUGUÊS

O plural dos substantivos compostos cujos elementos botõe(s) + zinhos = botõezinhos


são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
discussões. Algumas orientações são dadas a seguir: farói(s) + zinhos = faroizinhos
tren(s) + zinhos = trenzinhos
- Flexionam-se os dois elementos, quando formados
colhere(s) + zinhas = colherezinhas
de:
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores flore(s) + zinhas = florezinhas
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per- mão(s) + zinhas = mãozinhas
feitos papéi(s) + zinhos = papeizinhos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-ho- nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
mens funi(s) + zinhos = funizinhos
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
pai(s) + zinhos = paizinhos
- Flexiona-se somente o segundo elemento, quando pé(s) + zinhos = pezinhos
formados de:
pé(s) + zitos = pezitos
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e
alto- -falantes Plural dos Nomes Próprios Personativos
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-re-
cos Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas
sempre que a terminação preste-se à flexão.
- Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando Os Napoleões também são derrotados.
formados de: As Raquéis e Esteres.
substantivo + preposição clara + substantivo = água-
de-colônia e águas-de-colônia
Plural dos Substantivos Estrangeiros
substantivo + preposição oculta + substantivo = cava-
lo-vapor e cavalos-vapor
substantivo + substantivo que funciona como deter- Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es-
minante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo critos como na língua original, acrescentando-se “s” (exce-
do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, bomba to quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os
-relógio - bombas-relógio, notícia-bomba - notícias-bomba, jazz.
homem-rã - homens-rã, peixe-espada - peixes-espada.
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acor-
- Permanecem invariáveis, quando formados de: do com as regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons,
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa-
ca-rolhas os réquiens.
Observe o exemplo:
- Casos Especiais Este jogador faz gols toda vez que joga.
o louva-a-deus e os louva-a-deus O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
o bem-te-vi e os bem-te-vis
o bem-me-quer e os bem-me-queres Plural com Mudança de Timbre
o joão-ninguém e os joões-ninguém.
Certos substantivos formam o plural com mudança de
Plural das Palavras Substantivadas
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras fonético chamado metafonia (plural metafônico).
classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam, Singular Plural
no plural, as flexões próprias dos substantivos. corpo (ô) corpos (ó)
Pese bem os prós e os contras. esforço esforços
O aluno errou na prova dos noves. fogo fogos
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos. forno fornos
Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou fosso fossos
“z” não variam no plural: Nas provas mensais consegui mui-
imposto impostos
tos seis e alguns dez.
olho olhos
Plural dos Diminutivos osso (ô) ossos (ó)
ovo ovos
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final poço poços
e acrescenta-se o sufixo diminutivo. porto portos
pãe(s) + zinhos = pãezinhos posto postos
animai(s) + zinhos = animaizinhos tijolo tijolos

67
PORTUGUÊS

Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bol- - Radical: é a parte invariável, que expressa o significa-
sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc. do essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am.
(radical fal-)
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), - Tema: é o radical seguido da vogal temática que in-
de molho (ó) = feixe (molho de lenha). dica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo:
fala-r
Particularidades sobre o Número dos Substantivos São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (fa-
lar), 2ª - Vogal Temática - E - (vender), 3ª - Vogal Temática
- Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o - I - (partir).
norte, o leste, o oeste, a fé, etc. - Desinência modo-temporal: é o elemento que de-
- Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames, signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes. falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
- Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade, - Desinência número-pessoal: é o elemento que de-
bom nome) e honras (homenagem, títulos). signa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (sin-
- Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas gular ou plural):
com sentido de plural: falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
Aqui morreu muito negro. falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
improvisadas. Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação,
Flexão de Grau do Substantivo pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”,
apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.
as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
- Grau Normal - Indica um ser de tamanho considera- Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
do normal. Por exemplo: casa
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura
do ser. Classifica-se em: dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce-
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adje- bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento
tivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande. tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi- exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai
cador de aumento. Por exemplo: casarão. no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprende-
- Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho rão, nutriríamos.
do ser. Pode ser:
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo Classificação dos Verbos
que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi- Classificam-se em:
cador de diminuição. Por exemplo: casinha. - Regulares: são aqueles que possuem as desinências
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alte-
Verbo rações no radical: canto cantei cantarei cantava
cantasse.
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, - Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca altera-
número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros ções no radical ou nas desinências: faço fiz farei fi-
processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover); zesse.
ocorrência (nascer); desejo (querer). - Defectivos: são aqueles que não apresentam conju-
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não gação completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais
os seus possíveis significados. Observe que palavras como e pessoais:
corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo * Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Nor-
ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam, malmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos principais verbos impessoais são:
possuem. ** haver, quando sinônimo de existir, acontecer, reali-
zar-se ou fazer (em orações temporais).
Estrutura das Formas Verbais Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
apresentar os seguintes elementos: Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)

68
PORTUGUÊS

** fazer, ser e estar (quando indicam tempo)


Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
Era primavera quando a conheci.
Estava frio naquele dia.
** Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci mal- -humorado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figu-
rado. Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal.
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)

** São impessoais, ainda:


1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo: Já passa das seis.
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indicando suficiência: Basta de tolices. Chega de blasfêmias.
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem referência a
sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos,
então, pessoais.
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?

* Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
A fruta amadureceu.
As frutas amadureceram.

Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadureceu
bastante.

Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de animais; eis alguns: bramar: tigre, bramir: crocodilo, caca-
rejar: galinha, coaxar: sapo, cricrilar: grilo

Os principais verbos unipessoais são:


1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário, etc.):
Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos bastante.)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)

2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fumar.)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
* Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
- verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que
provavelmente causaria problemas de interpretação em certos contextos.
- verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa - formas de
sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de
formas verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento
e a popularização da informática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.

- Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas
(particípio irregular). Observe:

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR


Anexar Anexado Anexo
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso

69
PORTUGUÊS

Matar Matado Morto


Morrer Morrido Morto
Pegar Pegado Pego
Soltar Soltado Solto

- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir, Pôr, Ser, Saber (vou, vais,
ides, fui, foste, pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja).

- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal,
quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Vou espantar as moscas.
(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora do debate.


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Os noivos foram cumprimentados por todos os presentes.


(verbo auxiliar) (verbo principal no particípio)

Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo

Presente Pret.Perfeito Pretérito Imp. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito


sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

SER - Modo Imperativo

Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

70
PORTUGUÊS

ESTAR - Modo Indicativo



Presente Pret. perf. Pret. Imperf. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.doPres. Fut.do Preté.
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Pret.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


haja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

HAVER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


haver haver havendo havido
haveres
haver
havermos
haverdes
haverem

71
PORTUGUÊS

TER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Preté.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
Tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


Tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já
está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela
mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula inte-
grante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia
reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem

- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo:
Maria penteou-me.

Observações:
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente prono-
minais, são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do
sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo:
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto direto) - 1ª pessoa do singular

Modos Verbais

Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três
modos:

72
PORTUGUÊS

Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu Quando o particípio exprime somente estado, sem
sempre estudo. nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a
função de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: aluna escolhida para representar a escola.
Talvez eu estude amanhã.
Tempos Verbais
Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estuda
agora, menino. Tomando-se como referência o momento em que se
fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos
Formas Nominais tempos. Veja:

Além desses três modos, o verbo apresenta ainda for- 1. Tempos do Indicativo
mas que podem exercer funções de nomes (substantivo,
adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas - Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste
nominais. Observe: colégio.

- Infinitivo Impessoal: exprime a significação do ver- - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido
bo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função
num momento anterior ao atual, mas que não foi comple-
de substantivo. Por exemplo:
tamente terminado: Ele estudava as lições quando foi inter-
Viver é lutar. (= vida é luta)
rompido.
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
- Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presen-
te (forma simples) ou no passado (forma composta). Por momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado:
exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite.
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro. - Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato
ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já tinha es-
- Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três tudado as lições quando os amigos chegaram. (forma com-
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não posta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do im- (forma simples).
pessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu) - Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós) ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós) atual: Ele estudará as lições amanhã.
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles)
Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma - Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode
boa colocação. ocorrer posteriormente a um determinado fato passado:
Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
- Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo
ou advérbio. Por exemplo: 2. Tempos do Subjuntivo
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de ad-
vérbio)
- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no mo-
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função de
adjetivo) mento atual: É conveniente que estudes para o exame.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado,
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele ven-
curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exem- cesse o jogo.
plo:
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas cons-
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. truções em que se expressa a ideia de condição ou desejo.
Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do cam-
- Particípio: quando não é empregado na formação peonato.
dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o
resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gê- - Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode
nero, número e grau. Por exemplo: ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando
Terminados os exames, os candidatos saíram. ele vier à loja, levará as encomendas.

73
PORTUGUÊS

Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à
loja, levará as encomendas.

Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

Pretérito mais-que-perfeito

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª/2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

Pretérito Imperfeito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

Futuro do Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

74
PORTUGUÊS

Futuro do Pretérito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).

1ª conjug. 2ª conjug. 3ª conju. Des. temporal Des.temporal Desinên. pessoal


1ª conj. 2ª/3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
e pessoa correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM PartiREM R EM

75
PORTUGUÊS

Modo Imperativo

Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo


Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo


Que eu cante ---
Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles

Observações:

- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

Infinitivo Pessoal

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM
Questões sobre Verbo

01. (AGENTE POLÍCIA - VUNESP 2013) Considere o trecho a seguir.


É comum que objetos ___________ esquecidos em locais públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se as pes-
soas _____________ a atenção voltada para seus pertences, conservando-os junto ao corpo.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto.
(A) sejam … mantesse
(B) sejam … mantivessem
(C) sejam … mantém
(D) seja … mantivessem
(E) seja … mantêm

02. (MGS - TÉCNICO CONTÁBIL – IBFC/2017-adaptada)


Em “Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos”, nota--se que o acento do verbo em destaque deve-se a uma
exigência de concordância. Assinale a alternativa correta em relação ao emprego desse mesmo verbo.

76
PORTUGUÊS

a) No Brasil, a sociedade têm várias questões. 07. (PAPILOSCOPISTA POLICIAL VUNESP 2013-adap.)
b) O jovem têm um grande desafio pela frente. Assinale a alternativa que substitui, corretamente e sem al-
c) As pessoas tem muitos planos. terar o sentido da frase, a expressão destacada em – Se a
d) A mentira tem perna curta. criança se perder, quem encontrá-la verá na pulseira ins-
truções para que envie uma mensagem eletrônica ao gru-
03. (ESCREVENTE TJ SP VUNESP 2013-adap.) Sem po ou acione o código na internet.
querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um (A) Caso a criança se havia perdido…
ser cujas interações sociais terminam, 99% das vezes, diante (B) Caso a criança perdeu…
da pergunta “débito ou crédito?”. (C) Caso a criança se perca…
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de (D) Caso a criança estivera perdida…
(A) considerar ao acaso, sem premeditação. (E) Caso a criança se perda…
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido
dela.
08. (AGENTE DE APOIO OPERACIONAL – VUNESP –
(C) adotar como referência de qualidade.
2013-adap.). Assinale a alternativa em que o verbo desta-
(D) julgar de acordo com normas legais.
cado está no tempo futuro.
(E) classificar segundo ideias preconcebidas.
A) Os consumidores são assediados pelo marketing …
04. (ESCREVENTE TJ SP VUNESP 2013) Assinale a al- B) … somente eles podem decidir se irão ou não com-
ternativa contendo a frase do texto na qual a expressão prar.
verbal destacada exprime possibilidade. C) É como se abrissem em nós uma “caixa de neces-
(A) ... o cientista Theodor Nelson sonhava com um sis- sidades”…
tema capaz de disponibilizar um grande número de obras D) … de onde vem o produto…?
literárias... E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas…
(B) Funcionando como um imenso sistema de informa-
ção e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme 09. (AGERBA - TÉCNICO EM REGULAÇÃO – IBFC/
arquivo virtual. 2017-adaptada)
(C) Isso acarreta uma textualidade que funciona por A flexão de alguns verbos, sobretudo os irregulares,
associação, e não mais por sequências fixas previamente pode causar confusão. O verbo “quis”, presente em “Minha
estabelecidas. mãe sempre quis viajar” é um exemplo típico. Nesse sen-
(D) Desde o surgimento da ideia de hipertexto, esse tido, assinale a alternativa em que se indica INCORRETA-
conceito está ligado a uma nova concepção de textuali- MENTE a sua flexão.
dade... a) queres – Presente do Indicativo.
(E) Criou, então, o “Xanadu”, um projeto para disponi- b) queria – Futuro do Pretérito do Indicativo.
bilizar toda a literatura do mundo... c) quisera – Pretérito mais-que-perfeito do Indicativo.
d) queira – Presente do Subjuntivo.
05.(POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALUNO e) quisesse – Pretérito Imperfeito do Subjuntivo.
SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) No trecho: “O
crescimento econômico, se associado à ampliação do empre- 10. (AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITEN-
go, PODE melhorar o quadro aqui sumariamente descrito.”, CIÁRIA – VUNESP – 2013-adap.). Leia as frases a seguir.
se passarmos o verbo destacado para o futuro do pretérito I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de ma-
do indicativo, teremos a forma: deira no animal.
A) puder.
II. Existiam muitos ferimentos no boi.
B) poderia.
III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida
C) pôde.
movimentada.
D) poderá.
Substituindo-se o verbo Haver pelo verbo Existir e este
E) pudesse.
pelo verbo Haver, nas frases, têm-se, respectivamente:
06. (ESCREVENTE TJ SP VUNESP 2013) Assinale a al- A) Existia – Haviam – Existiam
ternativa em que todos os verbos estão empregados de B) Existiam – Havia – Existiam
acordo com a norma- -padrão. C) Existiam – Haviam – Existiam
(A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da D) Existiam – Havia – Existia
impressão definitiva. E) Existia – Havia – Existia
(B) Não haverá prova do crime se o réu se manter em
silêncio. GABARITO
(C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem a tra-
balhar no feriado. 01. B 02. D 03. E 04. B 05. B
(D) Ficarão surpresos quando o verem com a toga... 06. A 07. C 08. B 09. B 10. D
(E) Se você quer a promoção, é necessário que a reque-
ra a seu superior. RESOLUÇÃO

77
PORTUGUÊS

1-)
É comum que objetos sejam esquecidos em locais públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se as
pessoas mantivessem a atenção voltada para seus pertences, conservando-os junto ao corpo.

2-)
Analisemos:
a) No Brasil, a sociedade têm várias questões. = a sociedade tem (verbo no singular)
b) O jovem têm um grande desafio pela frente. = o jovem tem (verbo no singular)
c) As pessoas tem muitos planos. = as pessoas têm (verbo no plural)
d) A mentira tem perna curta. = correta
RESPOSTA: D

3-)
Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% das vezes,
diante da pergunta “débito ou crédito?”.
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de classificar segundo ideias preconcebidas.

4-)
(B) Funcionando como um imenso sistema de informação e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme arquivo
virtual. = verbo no futuro do pretérito

5-)
Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós poderíamos,
vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração é crescimento econômico (singular), portanto, terceira pessoa do singular
(ele) = poderia.

6-)
(B) Não haverá prova do crime se o réu se mantiver em silêncio.
(C) Vão pagar horas-extras aos que se dispuserem a trabalhar no feriado.
(D) Ficarão surpresos quando o virem com a toga...
(E) Se você quiser a promoção, é necessário que a requeira a seu superior.

7-)
Caso a criança se perca…(perda = substantivo: Houve uma grande perda salarial...)

8-)
A) Os consumidores são assediados pelo marketing = presente
C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessidades”… = pretérito do Subjuntivo
D) … de onde vem o produto…? = presente
E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas… = pretérito perfeito
9-)
Vamos aos itens:
a) queres – Presente do Indicativo = eu quero, tu queres - correta.
b) queria – Futuro do Pretérito do Indicativo = eu quereria, tu quererias, ele quereria - incorreta.
c) quisera – Pretérito mais-que-perfeito do Indicativo = eu quisera, ele quisera – correta.
d) queira – Presente do Subjuntivo = que eu queira, que tu queiras, que ele queira - correta
e) quisesse – Pretérito Imperfeito do Subjuntivo = se eu quisesse, se tu quisesses, se ele quisesse – correta.
RESPOSTA: B

10-)
I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de madeira no animal.
II. Existiam muitos ferimentos no boi.
III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida movimentada.
Haver – sentido de existir= invariável, impessoal;
existir = variável. Portanto, temos:
I – Existiam onze pessoas...
II – Havia muitos ferimentos...
III – Existia muita gente...

78
PORTUGUÊS

Vozes do Verbo

Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação.
São três as vozes verbais:

- Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. Por exemplo:
Ele fez o trabalho.
sujeito agente ação objeto (paciente)

- Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo. Por exemplo:
O trabalho foi feito por ele.
sujeito paciente ação agente da passiva

- Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo:
O menino feriu-se.

Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade: Os lutadores feriram-se. (um ao outro)

Formação da Voz Passiva

A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.
1- Voz Passiva Analítica
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo:
A escola será pintada.
O trabalho é feito por ele.

Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a pre-
posição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados.
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase: A exposição será aberta amanhã.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transformação das
frases seguintes:
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)

b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)


O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)

c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)


O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)

- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Ob-
serve a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)

Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem eventualmente funcionar
como auxiliares. Por exemplo: A moça ficou marcada pela doença.

2- Voz Passiva Sintética

A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE. Por
exemplo:
Abriram-se as inscrições para o concurso.
Destruiu-se o velho prédio da escola.

Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.


Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacionam com
o significado sofrimento, padecimento. Daí vem o significado de voz passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida
pelo sujeito. Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE e AGENTE DA PASSIVA.

79
PORTUGUÊS

Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva Questões sobre Vozes dos Verbos

Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs- 01. (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMI-
tancialmente o sentido da frase. NISTRAÇÃO – AOCP/2010) Em “Os dados foram divulgados
Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa) ontem pelo Instituto Sou da Paz.”, a expressão destacada é
Sujeito da Ativa objeto Direto (A) adjunto adnominal.
(B) sujeito paciente.
(C) objeto indireto.
A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Pas-
(D) complemento nominal.
siva) (E) agente da passiva.
Sujeito da Passiva Agente da Passiva
02. (FCC-COPERGÁS – AUXILIAR TÉCNICO ADMINIS-
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o TRATIVO - 2011) Um dia um tufão furibundo abateu-o pela
sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo raiz. Transpondo- -se a frase acima para a voz passiva,
assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. a forma verbal resultante será:
Observe mais exemplos: (A) era abatido.
- Os mestres têm constantemente aconselhado os alu- (B) fora abatido.
nos. (C) abatera-se.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos (D) foi abatido.
mestres. (E) tinha abatido

03. (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)


- Eu o acompanharei.
... valores e princípios que sejam percebidos pela socie-
Ele será acompanhado por mim.
dade como tais.
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo pas-
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, sará a ser, corretamente,
não haverá complemento agente na passiva. Por exemplo: (A) perceba.
Prejudicaram-me. / Fui prejudicado. (B) foi percebido.
(C) tenham percebido.
Saiba que: (D) devam perceber.
(E) estava percebendo.
- Aos verbos que não são ativos nem passivos ou refle-
xivos, são chamados neutros. 04. (TJ/RJ – TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA SEM
O vinho é bom. ESPECIALIDADE – FCC/2012) As ruas estavam ocupadas
Aqui chove muito. pela multidão...
A forma verbal resultante da transposição da frase aci-
ma para a voz ativa é:
- Há formas passivas com sentido ativo:
(A) ocupava-se.
É chegada a hora. (= Chegou a hora.) (B) ocupavam.
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nas- (C) ocupou.
cido.) (D) ocupa.
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou) (E) ocupava.

- Inversamente, usamos formas ativas com sentido 05. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
passivo: A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas) está em:
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado) (A) Quando Rodolfo surgiu...
(B) ... adquiriu as impressoras...
- Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido (C) ... e sustentar, às vezes, família numerosa.
cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o (D) ... acolheu-o como patrono.
(E) ... que montou [...] a primeira grande folhetaria do
sujeito é paciente.
Recife ...
Chamo-me Luís.
Batizei-me na Igreja do Carmo. 06. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
Operou-se de hérnia. FCC/2010) O engajamento moral e político não chegou a
Vacinaram-se contra a gripe. constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said ...
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a for-
Fonte: ma verbal resultante é:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54. a) se constituiu.
php b) chegou a ser constituído.

80
PORTUGUÊS

c) teria chegado a constituir. 1-)


d) chega a se constituir. No enunciado temos uma oração com a voz passiva
e) chegaria a ser constituído. do verbo. Transformando-a em ativa, teremos: “O Instituto
Sou da Paz divulgou dados”. Nessa, “Instituto Sou da Paz”
07. (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS funciona como sujeito da oração, ou seja, na passiva sua
CIVIL – FCC/2014 - ADAPTADA) ...’sertanejo’ indicava indis- função é a de agente da passiva. O sujeito paciente é “os
dados”.
tintamente as músicas produzidas no interior do país...
2-)
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a for-
Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz. = Ele
ma verbal resultante será: foi abatido...
(A) vinham indicadas.
(B) era indicado. 3-)
(C) eram indicadas. ... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
(D) tinha indicado. ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te-
(E) foi indicada. remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e
princípios...
08. (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –
PROCON – AGENTE ADMINISTRATIVO – CEPERJ/2012 - 4-)
adaptada) Um exemplo de construção na voz passiva está As ruas estavam ocupadas pela multidão = dois verbos
em: na passiva, um verbo na ativa:
(A) “A Gulliver recolherá 6 mil brinquedos” A multidão ocupava as ruas.
(B) “o consumidor pode solicitar a devolução do di-
5-)
nheiro”
B = as impressoras foram adquiridas...
(C) “enviar o brinquedo por sedex” C = família numerosa é sustentada...
(D) “A empresa também é obrigada pelo Código de D – foi acolhido como patrono...
Defesa do Consumidor” E – a primeira grande folhetaria do Recife foi montada...
(E) “A empresa fez campanha para recolher”
6-)
09. (METRÔ/SP –SECRETÁRIA PLENO – FCC/2010) O engajamento moral e político não chegou a consti-
Transpondo-se para a voz passiva a construção Mais tarde tuir um deslocamento da atenção intelectual de Said = dois
vim a entender a tradução completa, a forma verbal resul- verbos na voz ativa, mas com presença de preposição e,
tante será: um deles, no infinitivo, então o verbo auxiliar “ser” ficará no
(A) veio a ser entendida. infinitivo (na voz passiva) e o verbo principal (constituir) fi-
(B) teria entendido. cará no particípio: Um deslocamento da atenção intelectual
de Said não chegou a ser constituído pelo engajamento...
(C) fora entendida.
(D) terá sido entendida.
7-)
(E) tê-la-ia entendido. ’sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produ-
zidas no interior do país.
10. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIONAL As músicas produzidas no país eram indicadas pelo
PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011 - ADAP- sertanejo, indistintamente.
TADA)
... ele empreende, de maneira quase clandestina, a série 8-)
Mulheres. (A) “A Gulliver recolherá 6 mil brinquedos” = voz ativa
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a for- (B) “o consumidor pode solicitar a devolução do di-
ma verbal resultante será: nheiro” = voz ativa
(A) foi empreendida. (C) “enviar o brinquedo por sedex” = voz ativa
(B) são empreendidos. (D) “A empresa também é obrigada pelo Código de
(C) foi empreendido. Defesa do Consumidor” = voz passiva
(E) “A empresa fez campanha para recolher” = voz ativa
(D) é empreendida.
(E) são empreendidas.
9-)
Mais tarde vim a entender a tradução completa...
GABARITO A tradução completa veio a ser entendida por mim.
10-)
01. E 02. D 03. A 04. E 05. A ele empreende, de maneira quase clandestina, a série
06. B 07. C 08. D 09. A 10. D Mulheres.
A série de mulheres é empreendida por ele, de maneira
RESOLUÇÃO quase clandestina.

81
PORTUGUÊS

EXERCÍCIOS COMPLEMNTARES grupo devidamente orientado pelo líder e aqueles propos-


tos pela organização a que prestam serviço.
(C) o trabalho que deverá sempre ser realizado em
01-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉC- equipe, de modo que os mais capacitados colaborem com
NICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) De acordo os de menor capacidade.
com o texto, liderança (D) a criação de interesses mútuos entre membros de
(A) é a habilidade de chefiar outras pessoas que não uma equipe e de respeito às metas que devem ser alcan-
pode ser desenvolvida por aqueles que somente executam çadas por todos.
tarefas em seu ambiente de trabalho.
(B) é típica de épocas passadas, como qualidades de Pela leitura do texto, dentre as alternativas apresenta-
heróis da história da humanidade, que realizaram grandes das, a que está coerente com o sentido dado à palavra “in-
feitos e se tornaram poderosos através deles. ter-relação” é: “a criação de interesses mútuos entre mem-
(C) vem a ser a capacidade, que pode ser inata ou até bros de uma equipe e de respeito às metas que devem ser
mesmo adquirida, de conseguir resultados desejáveis da- alcançadas por todos”.
queles que constituem a equipe de trabalho.
(D) torna-se legítima se houver consenso em todos os RESPOSTA: “D”.
grupos quanto à escolha do líder e ao modo como ele irá
mobilizar esses grupos em torno de seus objetivos pes- 04) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI-
soais. CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) Não pressupõe
proximidade física ou temporal ... (4º parágrafo)
Utilizando trechos do próprio texto, podemos chegar A afirmativa acima quer dizer, com outras palavras, que
à conclusão: O fenômeno da liderança só ocorre na inter (A) a presença física de um líder natural é fundamental
-relação; envolve duas ou mais pessoas e a existência de para que seus ensinamentos possam ser divulgados e acei-
necessidades para serem atendidas ou objetivos para se- tos.
rem alcançados, que requerem a interação cooperativa dos (B) um líder verdadeiramente capaz é aquele que sem-
membros envolvidos = equipe pre se atualiza, adquirindo conhecimentos de fontes e de
autores diversos.
RESPOSTA: “C”. (C) o aprendizado da liderança pode ser produtivo, mes-
mo se houver distância no tempo e no espaço entre aquele
02-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉC- que influencia e aquele que é influenciado.
NICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O texto deixa (D) as influências recebidas devem ser bem analisadas e
claro que postas em prática em seu devido tempo e na ocasião mais
(A) a importância do líder baseia-se na valorização de propícia.
todo o grupo em torno da realização de um objetivo co-
mum. Não pressupõe proximidade física ou temporal = o
(B) o líder é o elemento essencial dentro de uma orga- aprendizado da liderança pode ser produtivo, mesmo se
nização, pois sem ele não se poderá atingir qualquer meta houver distância no tempo e no espaço entre aquele que
ou objetivo. influencia e aquele que é influenciado.
(C) pode não haver condições de liderança em algumas
equipes, caso não se estabeleçam atividades específicas RESPOSTA: “C”.
para cada um de seus membros.
(D) a liderança é um dom que independe da participa- 05-) (METRÔ/SP –SECRETÁRIA PLENO – FCC/2010) As
ção dos componentes de uma equipe em um ambiente de normas de concordância verbal estão plenamente observa-
trabalho. das na frase:
(A) De todas essas formulações tão expressivas costu-
O texto deixa claro que a importância do líder baseia- mam resultar uma espécie de condensação sábia das expe-
se na valorização de todo o grupo em torno da realização riências vividas.
de um objetivo comum. (B) Algumas expressões saborosas, que parece resisti-
rem à passagem dos séculos, não perdem o poder de sínte-
RESPOSTA: “A”. se e a contundência dos símbolos.
(C) Não se devem fiar nos anos eternos ou nos caminhos
03-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉC- infinitos, é a lição de muitos provérbios e expressões que se
NICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O fenômeno popularizaram.
da liderança só ocorre na inter-relação ... (4º parágrafo) (D) Não se decide se foram as pernas do menino ou as
No contexto, inter-relação significa da calça que mudaram de tamanho, no caso daquelas duas
(A) o respeito que os membros de uma equipe devem saborosas frases.
demonstrar ao acatar as decisões tomadas pelo líder, por (E) Se haviam pedras no caminho do poeta, também
resultarem em benefício de todo o grupo. existem no nosso, mas nenhum de nós expressou isso com
(B) a igualdade entre os valores dos integrantes de um a mesma agudeza.

82
PORTUGUÊS

(A) De todas essas formulações tão expressivas costu- Não fique com medo de embarcar caso chegue à pla-
mam (costuma) resultar uma espécie de condensação sábia taforma de uma das estações do Metrô em São Paulo e veja
das experiências vividas. um trem sem condutor. Os novos vagões da linha amarela
(B) Algumas expressões saborosas, que parece (pare- dispensam o profissional a bordo. Esse é apenas um deta-
cem) resistirem (resistir) à passagem dos séculos, não per- lhe de uma lista de recursos tecnológicos que estão sendo
dem o poder de síntese e a contundência dos símbolos. implementados para transportar os paulistas com mais efi-
(C) Não se devem (deve) fiar nos anos eternos ou nos ciência. Escadas rolantes com sensores de presença, câme-
caminhos infinitos, é a lição de muitos provérbios e expres- ras de vídeo que enviam imagens para a central por Wi-Fi,
sões que se popularizaram. comunicação com os passageiros por VoIP e freios inteli-
(D) Não se decide se foram as pernas do menino ou as gentes são outras novidades.
da calça que mudaram de tamanho, no caso daquelas duas O Metrô está passando por uma modernização que
saborosas frases. não é só cosmética. Com ar condicionado, os novos trens
(E) Se haviam (havia) pedras no caminho do poeta, tam- não precisam de muitas frestas para entrada de ar. Não
bém existem no nosso, mas nenhum de nós expressou isso é só uma questão de conforto térmico, mas acústico. Nas
com a mesma agudeza. novas escadas rolantes, sensores infravermelho detectam a
presença de pessoas; não havendo ninguém, a rolagem é
RESPOSTA: “D”. mais lenta, e economiza-se energia elétrica.
(Adaptado de Kátia Arima, da INFO. http://info.abril.
06-) (METRÔ/SP –SECRETÁRIA PLENO – FCC/2010) com.br/noticias)
Transpondo-se para a voz passiva a construção Mais tarde 08-) (METRÔ/SP –SECRETÁRIA PLENO – FCC/2010)
vim a entender a tradução completa, a forma verbal resul- Deve-se entender, dado o contexto, que o título do texto
tante será: refere-se, precisamente,
(A) veio a ser entendida. (A) ao anúncio de estações mais modernas e mais bem
(B) teria entendido. equipadas, cujo avanço eletrônico não deve causar temor
(C) fora entendida. entre os futuros usuários do Metrô.
(D) terá sido entendida. (B) ao planejamento de linhas de Metrô que, sob novas
(E) tê-la-ia entendido. condições, tornarão mais rápido e eficaz o transporte dos
passageiros paulistas.
Mais tarde vim a entender a tradução completa... (C) às novidades tecnológicas que representarão con-
A tradução completa veio a ser entendida por mim. siderável economia de tempo e manutenção mais barata.
(D) ao provimento de novos recursos eletrônicos, que
RESPOSTA: “A”. têm reflexo na operação do Metrô paulista e redundam em
maior conforto e segurança aos usuários.
07-) (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – (E) às conquistas da tecnologia que, uma vez adotadas
PROCON – AGENTE ADMINISTRATIVO – CEPERJ/2012) A pelo Metrô paulista, significarão cortes em gastos e altera-
substituição da expressão grifada por um pronome pessoal ções menos cosméticas.
está corretamente realizada em:
(A) assina esta coluna – assina-lhe Através da leitura do texto, percebe-se que o título faz
(B) formamos um grande grupo – formamo-nos referência às mudanças ocorridas com o metrô, moderni-
(C) vamos tomar o poder – vamos tomá-lo zando-o.
(D) mudar o mundo – mudar-se
(E) preparando a revolução – preparando-na RESPOSTA: “D”.

(A) assina esta coluna – assina-lhe = assina-a 09-) (METRÔ/SP –SECRETÁRIA PLENO – FCC/2010)
(B) formamos um grande grupo – formamo-nos = forma- Atente para as seguintes afirmações:
mo-lo I. A autora do texto trabalha com a suposição de que o
(C) vamos tomar o poder – vamos tomá-lo leitor conhece suficientemente termos técnicos associados
(D) mudar o mundo – mudar-se = muda-lo a recursos tecnológicos.
(E) preparando a revolução – preparando-na = prepa- II. Na frase “O Metrô está passando por uma moder-
rando-a nização que não é só cosmética” subentende-se que algu-
mas transformações não são essenciais.
RESPOSTA: “C”. III. Subentende-se que, nas novas viagens do Metrô, o
conforto térmico deixou de ser tão importante quanto o
(METRÔ/SP –SECRETÁRIA PLENO – FCC/2010 - conforto acústico.
ADAPTADA) Atenção: As questões de números 343 e 344 Em relação ao texto, está correto o que se afirma em
referem-se ao texto seguinte. (A) I, II e III.
(B) I e II, apenas.
Metrô: próxima parada (C) II e III, apenas.

83
PORTUGUÊS

(D) I e III, apenas. 12) (MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA –


(E) II, apenas. IBFC/2013) Considere o período e as afirmações abaixo.
A imprensa é a voz da sociedade pois a denúncia de
As alternativas que têm relação com o texto são a I e II. crimes e desigualdades mobilizam as pessoas.
I. Observa-se o uso de metáfora.
RESPOSTA: “B”. II. A pontuação está correta.
III. Há um problema de concordância verbal.
10-) (MAPA – ANALISTA DE SISTEMAS – FUNDAÇÃO Está correto o que se afirma somente em:
DOM CINTRA/2010) Se os vocábulos POSSÍVEL, ATRAVÉS a) Apenas I
e VÍRUS recebem acento gráfico, também serão acentua- b) Apenas II
dos pelas mesmas regras, respectivamente, os vocábulos c) Apenas III
relacionados em: d) Apenas I e III
a) fóssil / mês / álbuns; e) Apenas II e III
b) réptil / compôs / júri;
c) amável / português / táxi; A imprensa é a voz da sociedade pois a denúncia de
d) fácil / até / húmus; crimes e desigualdades mobilizam as pessoas.
e) bílis / café / ônus. I. Observa-se o uso de metáfora = A imprensa é a voz
Possível = paroxítona terminada em “l”; através = oxí- da sociedade – comparação implícita
tona terminada em “e + s”; vírus = paroxítona terminada II. A pontuação está correta = falta uma vírgula antes
em “u + s” de “pois” (voz da sociedade, pois a denúncia).
a) fóssil / mês / álbuns; III. Há um problema de concordância verbal = pois a
fóssil = paroxítona terminada em “l”; mês = monossí- denúncia de crimes e desigualdades mobilizam (mobiliza)
laba terminada em “e + s”; álbuns = paroxítona terminada as pessoas.
em “uns”
b) réptil / compôs / júri; RESPOSTA: “D”.
réptil = paroxítona terminada em “l”; compôs = oxí-
tona terminada em “o + s”; júri = paroxítona terminada 13-) (MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA –
em ‘i” IBFC/2013) Considere os períodos abaixo e assinale a al-
c) amável / português / táxi; ternativa correta.
amável = paroxítona terminada em “l”; português = I. Os manifestantes, que praticaram atos de vandalis-
oxítona terminada em “e + s”; táxi = paroxítona terminada mo, foram detidos.
em ‘i” II. Os manifestantes que praticaram atos de vandalismo
d) fácil / até / húmus; foram detidos.
fácil = paroxítona terminada em “l”; até = oxítona ter- a) A pontuação está correta apenas em I.
minada em “e”; húmus = paroxítona terminada em “u + s” b) A pontuação está correta apenas em II, pois não se
e) bílis / café / ônus. pode separar o sujeito do verbo.
Bílis = paroxítona terminada em “i + s”; café = oxítona c) A pontuação está correta em I e II, que têm o mesmo
terminada em “e”; ônus = paroxítona terminada em “u + sentido, sendo o uso das vírgulas uma questão estilística.
s” d) A pontuação está correta em I e II, mas, no segundo,
indica-se que todos os manifestantes praticaram atos de
RESPOSTA: “D”. vandalismo.
e) A pontuação está correta em I e II, mas, no primeiro,
11-) (MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA – indica-se que todos os manifestantes praticaram atos de
IBFC/2013) Assinale a alternativa em que a palavra deve vandalismo.
ser, obrigatoriamente, acentuada.
a) Pratica. A questão envolve oração subordinada adjetiva. Quan-
b) Negocio. to à classificação, basta encontrarmos a que tem vírgula
c) Traido. para sabermos que se trata de uma adjetiva explicativa
d) Critica. (generaliza a informação da oração principal); a que não
e) Capitulo. tem vírgula é a restritiva (restringe a informação, especifi-
ca). Bem, o exercício requer uma análise além de simples
a) Pratica = verbo (prática = adjetivo ou substantivo) classificação. Vamos a elas: quanto à pontuação, ambos os
b) Negocio = verbo (negócio = substantivo) períodos estão corretos, já que apresentam informações
c) Traido = traído (adjetivo) “diferentes”. Descartamos os itens “A” e “B”. Na “C” diz que
d) Critica = verbo (crítica = adjetivo ou substantivo) elas têm o mesmo sentido. Já vimos que não. Na “D” houve
e) Capitulo = verbo (capítulo = substantivo) uma inversão, pois o período que generaliza (indica que
“todos os manifestantes praticaram atos de vandalismo”) é
RESPOSTA: “C”. o que possui vírgula (I).

84
PORTUGUÊS

RESPOSTA: “E”. = haja sempre a voz exemplar do migrante, a qual se faz


ouvir.
(METRÔ/SP – TÉCNICO SEGURANÇA DO TRABALHO Obtivemos: fluidez / Jeca / a voz exemplar do mi-
– FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Leia o texto abaixo para grante.
responder às questões de números 349 e 350.
O criador da mais conhecida e celebrada canção serta- RESPOSTA: “B”.
neja, Tristeza do Jeca (1918), não era, como se poderia es-
perar, um sofredor habitante do campo, mas o dentista, es- 15-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SEGURANÇA DO TRA-
crivão de polícia e dono de loja Angelino Oliveira. Gravada BALHO – FCC/2014) Substituindo-se o segmento grifado
por “caipiras” e “sertanejos”, nos “bons tempos do cururu pelo que está entre parênteses, o verbo que se mantém
autêntico”, assim como nos “tempos modernos da música corretamente no singular, sem que nenhuma outra altera-
‘americanizada’ dos rodeios”, Tristeza do Jeca é o grande ção seja feita na frase, está em:
exemplo da notável, embora pouco conhecida, fluidez que (A) ...cada toada representa uma saudade... (todas as
marca a transição entre os meios rural e urbano, pelo me- toadas)
nos em termos de música brasileira. (B) Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira...
Num tempo em que homem só cantava em tom maior (os antropólogos)...
e voz grave, o Jeca surge humilde e sem vergonha algu- (C) A canção popular conserva profunda nostalgia da
ma da sua “falta de masculinidade”, choroso, melancólico, roça. (As canções populares)
lamentando não poder voltar ao passado e, assim, “cada (D) Num tempo em que homem só cantava em tom
toada representa uma saudade”. O Jeca de Oliveira não se maior e voz grave... (quase todos os homens)
interessa pelo meio rural da miséria, das catástrofes natu- (E) ...’sertanejo’ passou a significar o caipira do Centro-
rais, mas pelo íntimo e sentimental, e foi nesse seu tom que Sul... (os caipiras do Centro-Sul)
a música, caipira ou sertaneja, ganhou forma.
“A canção popular conserva profunda nostalgia da (A) representa uma saudade... (todas as toadas) = re-
roça. Moderna, sofisticada e citadina, essa música foi e é presentam
igualmente roceira, matuta, acanhada, rústica e sem tra- (B) Acrescenta (os antropólogos)... = acrescentam
to com a área urbana, de tal forma que, em todas essas (C) conserva profunda nostalgia da roça. (As canções
composições, haja sempre a voz exemplar do migrante, a populares) = conservam
qual se faz ouvir para registrar uma situação de desenraiza- (D) só cantava em tom maior e voz grave... (quase to-
mento, de dependência e falta”, analisa a cientista política dos os homens) = cantavam
Heloísa Starling. (E) passou a significar o caipira do Centro-Sul... (os cai-
Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira: “foi piras do Centro-Sul) = passou (o termo ficará entre aspas,
entre 1902 e 1960 que a música sertaneja surgiu como um significando um apelido)
campo específico no interior da MPB. Mas, se num período
inicial, até 1930, ‘sertanejo’ indicava indistintamente as mú- RESPOSTA: “E”.
sicas produzidas no interior do país, tendo como referência
o Nordeste, a partir dos anos de 1930, ‘sertanejo’ passou a 16-) (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –
significar o caipira do Centro-Sul. E, pouco mais tarde, de PROCON – AGENTE ADMINISTRATIVO – CEPERJ/2012)
São Paulo. Assim, se Jararaca e Ratinho, ícones da passa- A palavra “pobres” não sofre flexão de gênero; a variação
gem do sertanejo nordestino para o ‘caipira’, trabalhavam entre feminino e masculino é indicada por outras palavras
no Rio, as duplas dos anos 1940, como Tonico e Tinoco, que a acompanham. O mesmo ocorre com a seguinte pa-
trabalhariam em São Paulo”. lavra do texto:
(Adaptado de: HAAG, Carlos. “Saudades do Jeca no (A) escritor
século XXI”. In: Revista Fapesp, outubro de 2009, p. 80-5.) (B) homem
(C) donos
14-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SEGURANÇA DO TRA- (D) militante
BALHO – FCC/2014) Os pronomes “que” (1º parágrafo), (E) fracos
“sua” (2º parágrafo) e “a qual” (3º parágrafo), referem-se,
respectivamente, a: (A) escritor / escritora
(A) exemplo − Jeca − composições (B) homem / mulher
(B) fluidez − Jeca − voz exemplar do migrante (C) donos / donas
(C) Tristeza do Jeca − homem − canção popular (D) militante = a/o militante
(D) exemplo − homem − voz exemplar do migrante (E) fracos / fracas
(E) fluidez − homem − canção popular
RESPOSTA: “D”.
Recorramos ao texto:
“que” (1º parágrafo) = fluidez que marca / “sua” (2º 17-) (MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA –
parágrafo) = o Jeca surge humilde e sem vergonha alguma IBFC/2013) Considere os períodos abaixo.
da sua “falta de masculinidade” / “a qual” (3º parágrafo) I. Contrata-se faxineiros.

85
PORTUGUÊS

II. Precisa-se de faxineiros. Está correto o que se afirma somente em:


III. Devem-se analisar todos os argumentos. a) Apenas I e III
A concordância está correta somente em: b) Apenas II
a) Apenas I c) Apenas III
b) Apenas II d) Apenas I
c) Apenas III e) Apenas II e III
d) Apenas I e III
e) Apenas II e III A leitura de Machado de Assis e de Clarice Lispector,
I. Contrata-se faxineiros = Contrata – verbo transitivo contribuíram muito com a minha formação.
direto (faxineiros são contratados) = contratam-se faxinei- I. Há um problema de concordância verbal.
ros A leitura de Machado de Assis e de Clarice Lispector,
II. Precisa-se de faxineiros. = precisa – verbo transitivo contribuíram (contribuiu)
indireto (verbo permanece no singular) II. A pontuação está correta.
III. Devem-se analisar todos os argumentos = devem A vírgula entre os termos “Lispector” e “contribuíram”
se analisados todos os documentos deve ser eliminada, já que está ente o sujeito e predicado.
III. Observa-se a presença de metonímia.
RESPOSTA: “E”. Sim: utilização do nome do autor em lugar da obra.

18-) (MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA – RESPOSTA: “A”.


IBFC/2013) Considere o período e as afirmações abaixo.
Os jovens, que são contestadores, não acham válido, 355-) (mpe/sp – analista de promotoria – ibfc/2013)
muitas vezes, a opinião dos mais velhos. Considere as orações abaixo.
I. Se as vírgulas que intercalam a oração adjetiva (“que I. Devem haver muitos candidatos escritos.
são contestadores”) fossem retiradas, não haveria qualquer II. Ontem, já haviam saído os ônibus.
alteração de sentido. III. A maioria dos jovens que terminam o Ensino Médio
II. Há um problema de concordância nominal. apresenta dificuldade na interpretação de textos.
III. A pontuação não está correta. A concordância está correta em:
Está correto o que se afirma somente em: a) Apenas I
a) Apenas I b) Apenas II
b) Apenas II c) Apenas II e III
c) Apenas III d) Apenas I e III
d) Apenas I e III e) Apenas I e II
e) Apenas II e III
I. Devem (deve) haver muitos candidatos escritos. =
Os jovens, que são contestadores, não acham válido, ‘haver” no sentido de “existir” é impessoal, portanto seu
muitas vezes, a opinião dos mais velhos. auxiliar também será.
I. Se as vírgulas que intercalam a oração adjetiva (“que II. Ontem, já haviam saído os ônibus. = sentido de “ter”
são contestadores”) fossem retiradas, não haveria qualquer III. A maioria dos jovens que terminam o Ensino Médio
alteração de sentido. apresenta dificuldade na interpretação de textos. = com
Haveria alteração, pois teríamos uma oração subordi- a expressão “a maioria de” o verbo pode concordar tanto
nada adjetiva restritiva, o que mudaria o sentido da fra- com ela quanto com o termo que a acompanhar (no caso,
se, indicando que somente os jovens contestadores não como está no plural – jovens – poderia ser a forma “apre-
acham válida a opinião dos mais velhos. Segundo o enun- sentam”).
ciado, todos os jovens pensam assim.
II. Há um problema de concordância nominal. RESPOSTA: “C”.
... não acham válido (válida), muitas vezes, a opinião
dos mais velhos.
III. A pontuação não está correta. = está adequada à
ideia que se quer transmitir.

RESPOSTA: “B”.

19-) (mpe/sp – analista de promotoria – ibfc/2013)


Considere o período e as afirmações abaixo.
A leitura de Machado de Assis e de Clarice Lispector,
contribuíram muito com a minha formação.
I. Há um problema de concordância verbal.
II. A pontuação está correta.
III. Observa-se a presença de metonímia.

86
INFORMÁTICA

Instalação; utilização e manutenção de hardwares e softwares; conhecimentos e domínio do uso de ferramentas de


softwares para microcomputadores;................................................................................................................................................................ 01
Aplicativos para elaboração de textos, ........................................................................................................................................................... 23
Planilhas eletrônicas................................................................................................................................................................................................ 49
Banco de dados; ....................................................................................................................................................................................................119
Conhecimentos de instalação e manutenção de redes de computadores;....................................................................................132
Conhecimentos de proteção e segurança de sistemas; sistemas operacionais e Internet e Intranet..................................... 75
INFORMÁTICA

MAINFRAMES
INSTALAÇÃO; UTILIZAÇÃO E MANUTENÇÃO
DE HARDWARES E SOFTWARES;
CONHECIMENTOS E DOMÍNIO DO USO
DE FERRAMENTAS DE SOFTWARES PARA
MICROCOMPUTADORES;

HISTÓRICO

Os primeiros computadores construídos pelo homem


foram idealizados como máquinas para processar números
(o que conhecemos hoje como calculadoras), porém, tudo
era feito fisicamente.

Existia ainda um problema, porque as máquinas pro-


cessavam os números, faziam operações aritméticas, mas
depois não sabiam o que fazer com o resultado, ou seja,
eram simplesmente máquinas de calcular, não recebiam
instruções diferentes e nem possuíam uma memória. Até
então, os computadores eram utilizados para pouquíssi-
mas funções, como calcular impostos e outras operações. Os computadores podem ser classificados pelo porte.
Os computadores de uso mais abrangente apareceram Basicamente, existem os de grande porte ― mainframes
logo depois da Segunda Guerra Mundial. Os EUA desen- ― e os de pequeno porte ― microcomputadores ― sen-
volveram ― secretamente, durante o período ― o primei- do estes últimos divididos em duas categorias: desktops ou
ro grande computador que calculava trajetórias balísticas. torres e portáteis (notebooks, laptops, handhelds e smar-
A partir daí, o computador começou a evoluir num ritmo tphones).
cada vez mais acelerado, até chegar aos dias de hoje. Conceitualmente, todos eles realizam funções internas
idênticas, mas em escalas diferentes.
Os mainframes se destacam por ter alto poder de pro-
Código Binário, Bit e Byte cessamento, muita capacidade de memória e por controlar
atividades com grande volume de dados. Seu custo é bas-
O sistema binário (ou código binário) é uma repre- tante elevado. São encontrados, geralmente, em bancos,
sentação numérica na qual qualquer unidade pode ser grandes empresas e centros de pesquisa.
demonstrada usando-se apenas dois dígitos: 0 e 1. Esta é
a única linguagem que os computadores entendem. Cada CLASSIFICAÇÃO DOS COMPUTADORES
um dos dígitos utilizados no sistema binário é chamado de
Binary Digit (Bit), em português, dígito binário e representa A classificação de um computador pode ser feita de
a menor unidade de informação do computador. diversas maneiras. Podem ser avaliados:
Os computadores geralmente operam com grupos de • Capacidade de processamento;
bits. Um grupo de oito bits é denominado Byte. Este pode • Velocidade de processamento;
ser usado na representação de caracteres, como uma letra • Capacidade de armazenamento das informações;
(A-Z), um número (0-9) ou outro símbolo qualquer (#, %, • Sofisticação do software disponível e compatibi-
*,?, @), entre outros. lidade;
• Tamanho da memória e tipo de CPU (Central Pro-
Assim como podemos medir distâncias, quilos, tama- cessing Uni), Unidade Central de Processamento.
nhos etc., também podemos medir o tamanho das infor-
mações e a velocidade de processamento dos computa- TIPOS DE MICROCOMPUTADORES
dores. A medida padrão utilizada é o byte e seus múltiplos,
conforme demonstramos na tabela abaixo: Os microcomputadores atendem a uma infinidade de
aplicações. São divididos em duas plataformas: PC (compu-
tadores pessoais) e Macintosh (Apple).
Os dois padrões têm diversos modelos, configurações
e opcionais. Além disso, podemos dividir os microcompu-
tadores em desktops, que são os computadores de mesa,
com uma torre, teclado, mouse e monitor e portáteis, que
podem ser levados a qualquer lugar.

1
INFORMÁTICA

DESKTOPS E que estes dados foram sujeitos a certas transforma-


ções, com as quais foram obtidas as informações.
São os computadores mais comuns. Geralmente dis- O processamento de dados sempre envolve três fases
põem de teclado, mouse, monitor e gabinete separados essenciais: Entrada de Dados, Processamento e Saída da
fisicamente e não são movidos de lugar frequentemente, Informação.
uma vez que têm todos os componentes ligados por cabos. Para que um sistema de processamento de dados fun-
São compostos por: cione ao contento, faz-se necessário que três elementos
• Monitor (vídeo) funcionem em perfeita harmonia, são eles:
• Teclado
• Mouse Hardware
• Gabinete: Placa-mãe, CPU (processador), memó- Hardware é toda a parte física que compõe o sistema
rias, drives, disco rígido (HD), modem, portas USB etc. de processamento de dados: equipamentos e suprimentos
tais como: CPU, disquetes, formulários, impressoras.
PORTÁTEIS
Os computadores portáteis possuem todas as partes Software
integradas num só conjunto. Mouse, teclado, monitor e É toda a parte lógica do sistema de processamento de
gabinete em uma única peça. Os computadores portáteis dados. Desde os dados que armazenamos no hardware,
começaram a aparecer no início dos anos 80, nos Estados até os programas que os processam.
Unidos e hoje podem ser encontrados nos mais diferen-
tes formatos e tamanhos, destinados a diferentes tipos de Peopleware
operações. Esta é a parte humana do sistema: usuários (aqueles
que usam a informática como um meio para a sua ativi-
LAPTOPS dade fim), programadores e analistas de sistemas (aqueles
Também chamados de notebooks, são computadores que usam a informática como uma atividade fim).
portáteis, leves e produzidos para serem transportados fa-
Embora não pareça, a parte mais complexa de um sis-
cilmente. Os laptops possuem tela, geralmente de Liquid
tema de processamento de dados é, sem dúvida o People-
Crystal Display (LCD), teclado, mouse (touchpad), disco rí-
ware, pois por mais moderna que sejam os equipamentos,
gido, drive de CD/DVD e portas de conexão. Seu nome vem
por mais fartos que sejam os suprimentos, e por mais inte-
da junção das palavras em inglês lap (colo) e top (em cima),
ligente que se apresente o software, de nada adiantará se
significando “computador que cabe no colo de qualquer as pessoas (peopleware) não estiverem devidamente trei-
pessoa”. nadas a fazer e usar a informática.
NETBOOKS
São computadores portáteis muito parecidos com o O alto e acelerado crescimento tecnológico vem apri-
notebook, porém, em tamanho reduzido, mais leves, mais morando o hardware, seguido de perto pelo software.
baratos e não possuem drives de CD/ DVD. Equipamentos que cabem na palma da mão, softwares que
transformam fantasia em realidade virtual não são mais
PDA novidades. Entretanto ainda temos em nossas empresas
É a abreviação do inglês Personal Digital Assistant e pessoas que sequer tocaram algum dia em um teclado de
também são conhecidos como palmtops. São computado- computador.
res pequenos e, geralmente, não possuem teclado. Para a
entrada de dados, sua tela é sensível ao toque. É um assis- Mesmo nas mais arrojadas organizações, o relaciona-
tente pessoal com boa quantidade de memória e diversos mento entre as pessoas dificulta o trâmite e consequente
programas para uso específico. processamento da informação, sucateando e subutilizando
equipamentos e softwares. Isto pode ser vislumbrado, so-
SMARTPHONES bretudo nas instituições públicas.
São telefones celulares de última geração. Possuem
alta capacidade de processamento, grande potencial de POR DENTRO DO GABINETE
armazenamento, acesso à Internet, reproduzem músicas,
vídeos e têm outras funcionalidades.

Sistema de Processamento de Dados


Quando falamos em “Processamento de Dados” trata-
mos de uma grande variedade de atividades que ocorre
tanto nas organizações industriais e comerciais, quanto na
vida diária de cada um de nós.
Para tentarmos definir o que seja processamento de
dados temos de ver o que existe em comum em todas es-
tas atividades. Ao analisarmos, podemos perceber que em
todas elas são dadas certas informações iniciais, as quais
chamamos de dados.

2
INFORMÁTICA

Identificaremos as partes internas do computador, lo- • BIOS


calizadas no gabinete ou torre:
O BIOS (Basic Input Output System), ou sistema básico
• Motherboard (placa-mãe) de entrada e saída, é a primeira camada de software do
• Processador micro, um pequeno programa que tem a função de “iniciar”
• Memórias o microcomputador. Durante o processo de inicialização, o
• Fonte de Energia BIOS é o responsável pelo reconhecimento dos componen-
• Cabos tes de hardware instalados, dar o boot, e prover informa-
• Drivers ções básicas para o funcionamento do sistema.
• Portas de Entrada/Saída O BIOS é a camada (vide diagrama 1.1) que viabiliza a
utilização de Sistemas Operacionais diferentes (Linux, Unix,
MOTHERBOARD (PLACA-MÃE) Hurd, BSD, Windows, etc.) no microcomputador. É no BIOS
que estão descritos os elementos necessários para ope-
racionalizar o Hardware, possibilitando aos diversos S.O.
acesso aos recursos independe de suas características es-
pecíficas.

É uma das partes mais importantes do computador. A


motherboard é uma placa de circuitos integrados que ser-
ve de suporte para todas as partes do computador. O BIOS é gravado em um chip de memória do tipo
Praticamente, tudo fica conectado à placa-mãe de al- EPROM (Erased Programmable Read Only Memory). É um
guma maneira, seja por cabos ou por meio de barramentos. tipo de memória “não volátil”, isto é, desligando o com-
A placa mãe é desenvolvida para atender às caracte- putador não há a perda das informações (programas) nela
rísticas especificas de famílias de processadores, incluindo contida. O BIOS é contem 2 programas: POST (Power On
até a possibilidade de uso de processadores ainda não Self Test) e SETUP para teste do sistema e configuração dos
lançados, mas que apresentem as mesmas características parâmetros de inicialização, respectivamente, e de funções
previstas na placa. básicas para manipulação do hardware utilizadas pelo Sis-
A placa mãe é determinante quanto aos componentes tema Operacional.
que podem ser utilizados no micro e sobre as possibilida- Quando inicializamos o sistema, um programa chama-
des de upgrade, influenciando diretamente na performan- do POST conta a memória disponível, identifica dispositi-
vos plug-and-play e realiza uma checagem geral dos com-
ce do micro.
ponentes instalados, verificando se existe algo de errado
com algum componente. Após o término desses testes, é
Diversos componentes integram a placa-mãe, como:
emitido um relatório com várias informações sobre o hard-
• Chipset ware instalado no micro. Este relatório é uma maneira fácil
Denomina-se chipset os circuitos de apoio ao micro- e rápida de verificar a configuração de um computador.
computador que gerenciam praticamente todo o funciona- Para paralisar a imagem tempo suficiente para conseguir
mento da placa-mãe (controle de memória cache, DRAM, ler as informações, basta pressionar a tecla “pause/break”
controle do buffer de dados, interface com a CPU, etc.). do teclado.
O chipset é composto internamente de vários outros Caso seja constatado algum problema durante o POST,
pequenos chips, um para cada função que ele executa. Há serão emitidos sinais sonoros indicando o tipo de erro en-
um chip controlador das interfaces IDE, outro controlador contrado. Por isso, é fundamental a existência de um alto-
das memórias, etc. Existem diversos modelos de chipsets, falante conectado à placa mãe.
cada um com recursos bem diferentes. Atualmente algumas motherboards já utilizam chips de
Devido à complexidade das motherboards, da sofisti- memória com tecnologia flash. Memórias que podem ser
cação dos sistemas operacionais e do crescente aumento atualizadas por software e também não perdem seus da-
do clock, o chipset é o conjunto de CIs (circuitos integra- dos quando o computador é desligado, sem necessidade
dos) mais importante do microcomputador. Fazendo uma de alimentação permanente.
analogia com uma orquestra, enquanto o processador é o As BIOS mais conhecidas são: AMI, Award e Phoenix.
maestro, o chipset seria o resto! 50% dos micros utilizam BIOS AMI.

3
INFORMÁTICA

• Memória CMOS O microprocessador, também conhecido como pro-


cessador, consiste num circuito integrado construído para
CMOS (Complementary Metal-Oxide Semicondutor) realizar cálculos e operações. Ele é a parte principal do
é uma memória formada por circuitos integrados de bai- computador, mas está longe de ser uma máquina completa
xíssimo consumo de energia, onde ficam armazenadas as por si só: para interagir com o usuário é necessário memó-
informações do sistema (setup), acessados no momento ria, dispositivos de entrada e saída, conversores de sinais,
do BOOT. Estes dados são atribuídos na montagem do mi- entre outros.
crocomputador refletindo sua configuração (tipo de win- É o processador quem determina a velocidade de pro-
chester, números e tipo de drives, data e hora, configura- cessamento dos dados na máquina. Os primeiros modelos
ções gerais, velocidade de memória, etc.) permanecendo comerciais começaram a surgir no início dos anos 80.
armazenados na CMOS enquanto houver alimentação da • Clock Speed ou Clock Rate
bateria interna. Algumas alterações no hardware (troca e/ É a velocidade pela qual um microprocessador execu-
ou inclusão de novos componentes) podem implicar na al-
ta instruções. Quanto mais rápido o clock, mais instruções
teração de alguns desses parâmetros.
uma CPU pode executar por segundo.
Muitos desses itens estão diretamente relacionados
Usualmente, a taxa de clock é uma característica fixa do
com o processador e seu chipset e portanto é recomen-
processador. Porém, alguns computadores têm uma “cha-
dável usar os valores default sugerido pelo fabricante da
BIOS. Mudanças nesses parâmetros pode ocasionar o tra- ve” que permite 2 ou mais diferentes velocidades de clock.
vamento da máquina, intermitência na operação, mau fun- Isto é útil porque programas desenvolvidos para trabalhar
cionamento dos drives e até perda de dados do HD. em uma máquina com alta velocidade de clock podem não
• Slots para módulos de memória trabalhar corretamente em uma máquina com velocidade
Na época dos micros XT e 286, os chips de memória de clock mais lenta, e vice versa. Além disso, alguns com-
eram encaixados (ou até soldados) diretamente na placa ponentes de expansão podem não ser capazes de trabalhar
mãe, um a um. O agrupamento dos chips de memória em a alta velocidade de clock.
módulos (pentes), inicialmente de 30 vias, e depois com 72
e 168 vias, permitiu maior versatilidade na composição dos Assim como a velocidade de clock, a arquitetura inter-
bancos de memória de acordo com as necessidades das na de um microprocessador tem influência na sua perfor-
aplicações e dos recursos financeiros disponíveis. mance. Dessa forma, 2 CPUs com a mesma velocidade de
Durante o período de transição para uma nova tecno- clock não necessariamente trabalham igualmente. Enquan-
logia é comum encontrar placas mãe com slots para mais to um processador Intel 80286 requer 20 ciclos para multi-
de um modelo. Atualmente as placas estão sendo pro- plicar 2 números, um Intel 80486 (ou superior) pode fazer
duzidas apenas com módulos de 168 vias, mas algumas o mesmo cálculo em um simples ciclo. Por essa razão, estes
comportam memórias de mais de um tipo (não simulta- novos processadores poderiam ser 20 vezes mais rápido
neamente): SDRAM, Rambus ou DDR-SDRAM. que os antigos mesmo se a velocidade de clock fosse a
• Clock mesma. Além disso, alguns microprocessadores são supe-
Relógio interno baseado num cristal de Quartzo que rescalar, o que significa que eles podem executar mais de
gera um pulso elétrico. A função do clock é sincronizar to- uma instrução por ciclo.
dos os circuitos da placa mãe e também os circuitos inter-
nos do processador para que o sistema trabalhe harmoni- Como as CPUs, os barramentos de expansão também
camente. têm a sua velocidade de clock. Seria ideal que as velocida-
Estes pulsos elétricos em intervalos regulares são me- des de clock da CPU e dos barramentos fossem a mesma
didos pela sua frequência cuja unidade é dada em hertz
para que um componente não deixe o outro mais lento. Na
(Hz). 1 MHz é igual a 1 milhão de ciclos por segundo. Nor-
prática, a velocidade de clock dos barramentos é mais lenta
malmente os processadores são referenciados pelo clock
que a velocidade da CPU.
ou frequência de operação: Pentium IV 2.8 MHz.
• Overclock
PROCESSADOR Overclock é o aumento da frequência do processador
para que ele trabalhe mais rapidamente.
A frequência de operação dos computadores domésti-
cos é determinada por dois fatores:
• A velocidade de operação da placa-mãe, conhecida
também como velocidade de barramento, que nos compu-
tadores Pentium pode ser de 50, 60 e 66 MHz.
• Um multiplicador de clock, criado a partir dos 486
que permite ao processador trabalhar internamente a uma
velocidade maior que a da placa-mãe. Vale lembrar que
os outros periféricos do computador (memória RAM, cache
L2, placa de vídeo, etc.) continuam trabalhando na veloci-
dade de barramento.

4
INFORMÁTICA

Como exemplo, um computador Pentium 166 trabalha MEMÓRIAS


com velocidade de barramento de 66 MHz e multiplica-
dor de 2,5x. Fazendo o cálculo, 66 x 2,5 = 166, ou seja, o
processador trabalha a 166 MHz, mas se comunica com os
demais componentes do micro a 66 MHz.
Tendo um processador Pentium 166 (como o do exem-
plo acima), pode-se fazê-lo trabalhar a 200 MHz, simples-
mente aumentando o multiplicador de clock de 2,5x para
3x. Caso a placa-mãe permita, pode-se usar um barramen-
to de 75 ou até mesmo 83 MHz (algumas placas mais mo-
dernas suportam essa velocidade de barramento). Neste
caso, mantendo o multiplicador de clock de 2,5x, o Pentium
166 poderia trabalhar a 187 MHz (2,5 x 75) ou a 208 MHz
(2,5 x 83). As frequências de barramento e do multiplicador
podem ser alteradas simplesmente através de jumpers de
configuração da placa-mãe, o que torna indispensável o
manual da mesma. O aumento da velocidade de barramen- Vamos chamar de memória o que muitos autores de-
to da placa-mãe pode criar problemas caso algum perifé- nominam memória primária, que é a memória interna do
rico (como memória RAM, cache L2, etc.) não suporte essa computador, sem a qual ele não funciona.
velocidade. A memória é formada, geralmente, por chips e é uti-
Quando se faz um overclock, o processador passa a lizada para guardar a informação para o processador num
trabalhar a uma velocidade maior do que ele foi projetado, determinado momento, por exemplo, quando um progra-
fazendo com que haja um maior aquecimento do mesmo. ma está sendo executado.
Com isto, reduz-se a vida útil do processador de cerca de As memórias ROM (Read Only Memory - Memória So-
20 para 10 anos (o que não chega a ser um problema já mente de Leitura) e RAM (Random Access Memory - Me-
mória de Acesso Randômico) ficam localizadas junto à pla-
que os processadores rapidamente se tornam obsoletos).
ca-mãe. A ROM são chips soldados à placa-mãe, enquanto
Esse aquecimento excessivo pode causar também frequen-
a RAM são “pentes” de memória.
tes “crashes” (travamento) do sistema operacional durante
o seu uso, obrigando o usuário a reiniciar a máquina.
FONTE DE ENERGIA
Ao fazer o overclock, é indispensável a utilização de um
cooler (ventilador que fica sobre o processador para redu-
zir seu aquecimento) de qualidade e, em alguns casos, uma
pasta térmica especial que é passada diretamente sobre a
superfície do processador.
Atualmente fala-se muito em CORE, seja dual, duo ou
quad, essa denominação refere-se na verdade ao núcleo
do processador, onde fica a ULA (Unidade Aritmética e Ló-
gica). Nos modelos DUAL ou DUO, esse núcleo é duplica-
do, o que proporciona uma execução de duas instruções
efetivamente ao mesmo tempo, embora isto não aconteça É um aparelho que transforma a corrente de eletricida-
o tempo todo. Basta uma instrução precisar de um dado de alternada (que vem da rua), em corrente contínua, para
gerado por sua “concorrente” que a execução paralela tor- ser usada nos computadores. Sua função é alimentar todas
na-se inviável, tendo uma instrução que esperar pelo tér- as partes do computador com energia elétrica apropriada
mino da outra. Os modelos QUAD CORE possuem o núcleo para seu funcionamento.
quadruplicado. Fica ligada à placa-mãe e aos outros dispositivos por
Esses são os processadores fabricados pela INTEL, em- meio de cabos coloridos com conectores nas pontas.
presa que foi pioneira nesse tipo de produto. Temos tam-
bém alguns concorrentes famosos dessa marca, tais como CABOS
NEC, Cyrix e AMD; sendo que atualmente apenas essa últi-
ma marca mantém-se fazendo frente aos lançamentos da
INTEL no mercado. Por exemplo, um modelo muito popular
de 386 foi o de 40 MHz, que nunca foi feito pela INTEL, cujo
386 mais veloz era de 33 MHz, esse processador foi obra
da AMD. Desde o lançamento da linha Pentium, a AMD foi
obrigada a criar também novas denominações para seus
processadores, sendo lançados modelos como K5, K6-2,
K7, Duron (fazendo concorrência direta à ideia do Celeron)
e os mais atuais como: Athlon, Turion, Opteron e Phenom.

5
INFORMÁTICA

Podemos encontrar diferentes tipos de cabos dentro MEMÓRIAS E DISPOSITIVOS


do gabinete: podem ser de energia ou de dados e co- DE ARMAZENAMENTO
nectam dispositivos, como discos rígidos, drives de CDs e
DVDs, LEDs (luzes), botão liga/desliga, entre outros, à pla- Memórias
ca-mãe.
Os tipos de cabos encontrados dentro do PC são: IDE, Memória ROM
SATA, SATA2, energia e som.

DRIVERS

No microcomputador também se encontram as me-


mórias definidas como dispositivos eletrônicos respon-
sáveis pelo armazenamento de informações e instruções
utilizadas pelo computador.
São dispositivos de suporte para mídias - fixas ou re-
movíveis - de armazenamento de dados, nos quais a in- Read Only Memory (ROM) é um tipo de memória em
formação é gravada por meio digital, ótico, magnético ou que os dados não se perdem quando o computador é des-
mecânico. ligado. Este tipo de memória é ideal para guardar dados
Hoje, os tipos mais comuns são o disco rígido ou HD, da BIOS (Basic Input/Output System - Sistema Básico de
os drives de CD/DVD e o pen drive. Os computadores mais Entrada/Saída) da placa-mãe e outros dispositivos.
antigos ainda apresentam drives de disquetes, que são
bem pouco usados devido à baixa capacidade de armaze- Os tipos de ROM usados atualmente são:
namento. Todos os drives são ligados ao computador por
meio de cabos. • Electrically-Erasable Programmable Read-Only
Memory (Eeprom)
PORTAS DE ENTRADA/SAÍDA É um tipo de PROM que pode ser apagada simples-
mente com uma carga elétrica, podendo ser, posterior-
mente, gravada com novos dados. Depois da NVRAM é o
tipo de memória ROM mais utilizado atualmente.

• Non-Volatile Random Access Memory (Nvram)

Também conhecida como flash RAM ou memória flash,


a NVRAM é um tipo de memória RAM que não perde os
dados quando desligada. Este tipo de memória é o mais
usado atualmente para armazenar os dados da BIOS, não
só da placa-mãe, mas de vários outros dispositivos, como
modems, gravadores de CD-ROM etc.

É justamente o fato do BIOS da placa-mãe ser gravado


São as portas do computador nas quais se conectam
em memória flash que permite realizarmos upgrades de
todos os periféricos. São utilizadas para entrada e saída de
dados. Os computadores de hoje apresentam normalmen- BIOS. Na verdade essa não é exatamente uma memória
te as portas USB, VGA, FireWire, HDMI, Ethernet e Modem. ROM, já que pode ser reescrita, mas a substitui com van-
Veja alguns exemplos de dispositivos ligados ao com- tagens.
putador por meio dessas Portas: modem, monitor, pen dri-
ve, HD externo, scanner, impressora, microfone, Caixas de • Programmable Read-Only Memory (Prom)
som, mouse, teclado etc. É um tipo de memória ROM, fabricada em branco, sen-
do programada posteriormente. Uma vez gravados os da-
Obs.: são dignas de citação portas ainda bastante dos, eles não podem ser alterados. Este tipo de memória é
usadas, como as portas paralelas (impressoras e scan- usado em vários dispositivos, assim como em placas-mãe
ners) e as portas PS/2(mouses e teclados). antigas.

6
INFORMÁTICA

Memoria RAM DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO

Disco Rígido (HD)

Random Access Memory (RAM) - Memória de acesso


aleatório onde são armazenados dados em tempo de pro-
cessamento, isto é, enquanto o computador está ligado e,
também, todas as informações que estiverem sendo exe-
cutadas, pois essa memória é mantida por pulsos elétricos.
Todo conteúdo dela é apagado ao desligar-se a máquina,
por isso é chamada também de volátil.
O módulo de memória é um componente adicionado à
placa-mãe. É composto de uma série de pequenos circui- O disco rígido é popularmente conhecido como HD
tos integrados, chamados chip de RAM. A memória pode (Hard Disk Drive - HDD) e é comum ser chamado, também,
ser aumentada, de acordo com o tipo de equipamento ou de memória, mas ao contrário da memória RAM, quando o
das necessidades do usuário. O local onde os chips de me- computador é desligado, não perde as informações.
mória são instalados chama-se SLOT de memória. O disco rígido é, na verdade, o único dispositivo para
A memória ganhou melhor desempenho com versões armazenamento de informações indispensável ao funcio-
mais poderosas, como DRAM (Dynamic RAM - RAM dinâ- namento do computador. É nele que ficam guardados to-
mica), EDO (Extended Data Out - Saída Estendida Dados), dos os dados e arquivos, incluindo o sistema operacional.
entre outras, que proporcionam um aumento no desempe- Geralmente é ligado à placa-mãe por meio de um cabo,
nho de 10% a 30% em comparação à RAM tradicional. Hoje, que pode ser padrão IDE, SATA ou SATA2.
as memórias mais utilizadas são do tipo DDR2 e DDR3.
HD Externo
Memória Cache

Os HDs externos são discos rígidos portáteis com alta


capacidade de armazenamento, chegando facilmente à
casa dos Terabytes. Eles, normalmente, funcionam a partir
de qualquer entrada USB do computador.
A memória cache é um tipo de memória de acesso
rápido utilizada, exclusivamente, para armazenamento de As grandes vantagens destes dispositivos são:
dados que provavelmente serão usados novamente. • Alta capacidade de armazenamento;
Quando executamos algum programa, por exemplo, • Facilidade de instalação;
parte das instruções fica guardada nesta memória para • Mobilidade, ou seja, pode-se levá-lo para qual-
que, caso posteriormente seja necessário abrir o programa quer lugar sem necessidade de abrir o computador.
novamente, sua execução seja mais rápida. CD, CD-R e CD-RW
Atualmente, a memória cache já é estendida a outros
dispositivos, a fim de acelerar o processo de acesso aos O Compact Disc (CD) foi criado no começo da década
dados. Os processadores e os HDs, por exemplo, já utilizam de 80 e é hoje um dos meios mais populares de armazenar
este tipo de armazenamento. dados digitalmente.

7
INFORMÁTICA

Sua composição é geralmente formada por quatro ca- Pen Drive


madas:
• Uma camada de policarbonato (espécie de plásti-
co), onde ficam armazenados os dados
• Uma camada refletiva metálica, com a finalidade
de refletir o laser
• Uma camada de acrílico, para proteger os dados
• Uma camada superficial, onde são impressos os
rótulos
Na camada de gravação existe uma grande espiral que É um dispositivo de armazenamento de dados em me-
tem um relevo de partes planas e partes baixas que repre- mória flash e conecta-se ao computador por uma porta
sentam os bits. Um feixe de laser “lê” o relevo e converte a USB. Ele combina diversas tecnologias antigas com baixo
informação. Temos hoje, no mercado, três tipos principais custo, baixo consumo de energia e tamanho reduzido, gra-
de CDs: ças aos avanços nos microprocessadores. Funciona, ba-
sicamente, como um HD externo e quando conectado ao
1. CD comercial computador pode ser visualizado como um drive. O pen
(que já vem gravado com música ou dados) drive também é conhecido como thumbdrive (por ter o ta-
manho aproximado de um dedo polegar - thumb), flashdri-
2. CD-R ve (por usar uma memória flash) ou, ainda, disco removível.
(que vem vazio e pode ser gravado uma única vez) Ele tem a mesma função dos antigos disquetes e dos
CDs, ou seja, armazenar dados para serem transportados,
3. CD-RW porém, com uma capacidade maior, chegando a 256 GB.
(que pode ter seus dados apagados e regravados)
Atualmente, a capacidade dos CDs é armazenar cerca Cartão de Memória
de 700 MB ou 80 minutos de música.

DVD, DVD-R e DVD-RW

O Digital Vídeo Disc ou Digital Versatille Disc (DVD) é


hoje o formato mais comum para armazenamento de vídeo
digital. Foi inventado no final dos anos 90, mas só se popu-
larizou depois do ano 2000. Assim como o CD, é composto
por quatro camadas, com a diferença de que o feixe de
Assim como o pen drive, o cartão de memória é um
laser que lê e grava as informações é menor, possibilitando
tipo de dispositivo de armazenamento de dados com me-
uma espiral maior no disco, o que proporciona maior capa- mória flash, muito encontrado em máquinas fotográficas
cidade de armazenamento. digitais e aparelhos celulares smartphones.
Também possui as versões DVD-R e DVD-RW, sendo Nas máquinas digitais registra as imagens capturadas
R de gravação única e RW que possibilita a regravação de e nos telefones é utilizado para armazenar vídeos, fotos,
dados. A capacidade dos DVDs é de 120 minutos de vídeo ringtones, endereços, números de telefone etc.
ou 4,7 GB de dados, existindo ainda um tipo de DVD cha- O cartão de memória funciona, basicamente, como o
mado Dual Layer, que contém duas camadas de gravação, pen drive, mas, ao contrário dele, nem sempre fica aparen-
cuja capacidade de armazenamento chega a 8,5 GB. te no dispositivo e é bem mais compacto.
Os formatos mais conhecidos são:
Blu-Ray • Memory Stick Duo
• SD (Secure Digital Card)
O Blu-Ray é o sucessor do DVD. Sua capacidade varia • Mini SD
entre 25 e 50 GB. O de maior capacidade contém duas • Micro SD
camadas de gravação.
Seu processo de fabricação segue os padrões do CD OS PERIFÉRICOS
e DVD comuns, com a diferença de que o feixe de laser Os periféricos são partes extremamente importantes
usado para leitura é ainda menor que o do DVD, o que dos computadores. São eles que, muitas vezes, definem
possibilita armazenagem maior de dados no disco. sua aplicação.
O nome do disco refere-se à cor do feixe de luz do lei-
tor ótico que, na verdade, para o olho humano, apresenta Entrada
uma cor violeta azulada. O “e” da palavra blue (azul) foi São dispositivos que possuem a função de inserir da-
retirado do nome por fins jurídicos, já que muitos países dos ao computador, por exemplo: teclado, scanner, cane-
não permitem que se registre comercialmente uma palavra ta óptica, leitor de código de barras, mesa digitalizadora,
comum. O Blu-Ray foi introduzido no mercado no ano de mouse, microfone, joystick, CD-ROM, DVD-ROM, câmera
2006. fotográfica digital, câmera de vídeo, webcam etc.

8
INFORMÁTICA

Mouse Câmera Digital

É utilizado para selecionar operações dentro de uma


tela apresentada. Seu movimento controla a posição do
cursor na tela e apenas clicando (pressionando) um dos
botões sobre o que você precisa, rapidamente a operação
estará definida. Câmera fotográfica moderna que não usa mais filmes
O mouse surgiu com o ambiente gráfico das famílias fotográficos. As imagens são capturadas e gravadas numa
Macintosh e Windows, tornando-se indispensável para a memória interna ou, ainda, mais comumente, em cartões
utilização do microcomputador. de memória.
O formato de arquivo padrão para armazenar as fotos
Touchpad é o JPEG (.jpg) e elas podem ser transferidas ao compu-
tador por meio de um cabo ou, nos computadores mais
modernos, colocando-se o cartão de memória diretamente
no leitor.

Câmeras de Vídeo

Existem alguns modelos diferentes de mouse para no-


tebooks, como o touchpad, que é um item de fábrica na
maioria deles. As câmeras de vídeo, além de utilizadas no lazer, são
É uma pequena superfície sensível ao toque e tem a também aplicadas no trabalho de multimídia. As câmeras
mesma funcionalidade do mouse. Para movimentar o cur- de vídeo digitais ligam-se ao microcomputador por meio
sor na tela, passa-se o dedo levemente sobre a área do de cabos de conexão e permitem levar a ele as imagens em
touchpad. movimento e alterá-las utilizando um programa de edição
de imagens. Existe, ainda, a possibilidade de transmitir as
Teclado imagens por meio de placas de captura de vídeo, que po-
dem funcionar interna ou externamente no computador.

É o periférico mais conhecido e utilizado para entrada


de dados no computador.
Acompanha o PC desde suas primeiras versões e foi
pouco alterado. Possui teclas representando letras, núme-
ros e símbolos, bem como teclas com funções específicas
(F1... F12, ESC etc.).

9
INFORMÁTICA

Scanner É uma câmera de vídeo que capta imagens e as trans-


fere instantaneamente para o computador. A maioria delas
não tem alta resolução, já que as imagens têm a finalidade
de serem transmitidas a outro computador via Internet, ou
seja, não podem gerar um arquivo muito grande, para que
possam ser transmitidas mais rapidamente.
Hoje, muitos sites e programas possuem chats (bate
-papo) com suporte para webcam. Os participantes podem
conversar e visualizar a imagem um do outro enquanto
conversam. Nos laptops e notebooks mais modernos, a câ-
mera já vem integrada ao computador.

Saída
É um dispositivo utilizado para interpretar e enviar à
São dispositivos utilizados para saída de dados do
memória do computador uma imagem desenhada, pintada
computador, por exemplo: monitor, impressora, projetor,
ou fotografada. Ele é formado por minúsculos sensores fo-
toelétricos, geralmente distribuídos de forma linear. Cada caixa de som etc.
linha da imagem é percorrida por um feixe de luz. Ao mes-
mo tempo, os sensores varrem (percorrem) esse espaço e Monitor
armazenam a quantidade de luz refletida por cada um dos
pontos da linha. É um dispositivo físico (semelhante a uma televisão)
A princípio, essas informações são convertidas em car- que tem a função de exibir a saída de dados.
gas elétricas que, depois, ainda no scanner, são transforma- A qualidade do que é mostrado na tela depende da
das em valores numéricos. O computador decodifica esses resolução do monitor, designada pelos pontos (pixels - Pic-
números, armazena-os e pode transformá-los novamente ture Elements), que podem ser representados na sua su-
em imagem. Após a imagem ser convertida para a tela, perfície.
pode ser gravada e impressa como qualquer outro arquivo. Todas as imagens que você vê na tela são compostas
Existem scanners que funcionam apenas em preto e de centenas (ou milhares) de pontos gráficos (ou pixels).
branco e outros, que reproduzem cores. No primeiro caso, Quanto mais pixels, maior a resolução e mais detalhada
os sensores passam apenas uma vez por cada ponto da será a imagem na tela. Uma resolução de 640 x 480 signi-
imagem. Os aparelhos de fax possuem um scanner desse fica 640 pixels por linha e 480 linhas na tela, resultando em
tipo para captar o documento. Para capturar as cores é pre- 307.200 pixels.
ciso varrer a imagem três vezes: uma registra o verde, outra A placa gráfica permite que as informações saiam do
o vermelho e outra o azul. computador e sejam apresentadas no monitor. A placa
Há aparelhos que produzem imagens com maior ou determina quantas cores você verá e qual a qualidade dos
menor definição. Isso é determinado pelo número de pon- gráficos e imagens apresentadas.
tos por polegada (ppp) que os sensores fotoelétricos po- Os primeiros monitores eram monocromáticos, ou
dem ler. As capacidades variam de 300 a 4800 ppp. Alguns seja, apresentavam apenas uma cor e suas tonalidades,
modelos contam, ainda, com softwares de reconhecimento mostrando os textos em branco ou verde sobre um fun-
de escrita, denominados OCR. do preto. Depois, surgiram os policromáticos, trabalhando
Hoje em dia, existem diversos tipos de utilização para
com várias cores e suas tonalidades.
os scanners, que podem ser encontrados até nos caixas de
A tecnologia utilizada nos monitores também tem
supermercados, para ler os códigos de barras dos produtos
acompanhado o mercado de informática. Procurou-se re-
vendidos.
duzir o consumo de energia e a emissão de radiação ele-
Webcam tromagnética. Outras inovações, como controles digitais,
tela plana e recursos multimídia contribuíram nas mudan-
ças.
Nos desktops mais antigos, utilizava-se a Catodic Rays
Tube (CRT), que usava o tubo de cinescópio (o mesmo
princípio da TV), em que um canhão dispara por trás o fei-
xe de luz e a imagem é mostrada no vídeo. Uma grande
evolução foi o surgimento de uma tela especial, a Liquid
Crystal Display (LCD) - Tela de Cristal Líquido.
A tecnologia LCD troca o tubo de cinescópio por mi-
núsculos cristais líquidos na formação dos feixes de luz até
a montagem dos pixels. Com este recurso, pode-se aumen-
tar a área útil da tela.

10
INFORMÁTICA

Os monitores LCD permitem qualidade na visibilidade Impressora Laser


da imagem - dependendo do tipo de tela ― que pode ser:
• Matriz ativa: maior contraste, nitidez e amplo cam-
po de visão
• Matriz passiva: menor tempo de resposta nos mo-
vimentos de vídeo
Além do CRT e do LCD, uma nova tecnologia esta ga-
nhando força no mercado, o LED. A principal diferença en-
tre LED x LCD está diretamente ligado à tela. Em vez de
células de cristal líquido, os LED possuem diodos emissores
de luz (Light Emitting Diode) que fornecem o conjunto de
luzes básicas (verde, vermelho e azul). Eles não aquecem
para emitir luz e não precisam de uma luz branca por trás, As impressoras a laser apresentam elevada qualidade
o que permite iluminar apenas os pontos necessários na de impressão, aliada a uma velocidade muito superior. Uti-
tela. Como resultado, ele consume até 40% menos energia. lizam folhas avulsas e são bastante silenciosas.
A definição de cores também é superior, principalmen- Possuem fontes internas e também aceitam fontes via
te do preto, que possui fidelidade não encontrada em ne- software (dependendo da quantidade de memória). Algu-
nhuma das demais tecnologias disponíveis no mercado. mas possuem um recurso que ajusta automaticamente as
Sem todo o aparato que o LCD precisa por trás, o LED configurações de cor, eliminando a falta de precisão na im-
também pode ser mais fina, podendo chegar a apenas uma pressão colorida, podendo atingir uma resolução de 1.200
polegada de espessura. Isso resultado num monitor de de- dpi (dots per inch - pontos por polegada).
sign mais agradável e bem mais leve.
Ainda é possível encontrar monitores CRT (que usavam Impressora a Cera
o tubo de cinescópio), mas os fabricantes, no entanto, não
Categoria de impressora criada para ter cor no impres-
deram continuidade à produção dos equipamentos com
so com qualidade de laser, porém o custo elevado de ma-
tubo de imagem.
nutenção aliado ao surgimento da laser colorida fizeram
Os primeiros monitores tinham um tamanho de, geral-
essa tecnologia ser esquecida. A ideia aqui é usar uma su-
mente, 13 ou 14 polegadas. Com profissionais trabalhando
blimação de cera (aquela do lápis de cera) para fazer im-
com imagens, cores, movimentos e animações multimídia,
pressão.
sentiu-se a necessidade de produzir telas maiores.
Hoje, os monitores são vendidos nos mais diferentes
Plotters
formatos e tamanhos. As televisões mais modernas apre-
sentam uma entrada VGA ou HDMI, para que computado-
res sejam conectados a elas.

Impressora Jato de Tinta

Atualmente, as impressoras a jato de tinta ou inkjet Outro dispositivo utilizado para impressão é a plotter,
(como também são chamadas), são as mais populares do que é uma impressora destinada a imprimir desenhos em
mercado. Silenciosas, elas oferecem qualidade de impres- grandes dimensões, com elevada qualidade e rigor, como
são e eficiência. plantas arquitetônicas, mapas cartográficos, projetos de
A impressora jato de tinta forma imagens lançando a engenharia e grafismo, ou seja, a impressora plotter é des-
tinta diretamente sobre o papel, produzindo os caracteres tinada às artes gráficas, editoração eletrônica e áreas de
como se fossem contínuos. Imprime sobre papéis espe- CAD/CAM.
ciais e transparências e são bastante versáteis. Possuem Vários modelos de impressora plotter têm resolução
fontes (tipos de letras) internas e aceitam fontes via soft- de 300 dpi, mas alguns podem chegar a 1.200 pontos por
ware. Também preparam documentos em preto e branco polegada, permitindo imprimir, aproximadamente, 20 pá-
e possuem cartuchos de tinta independentes, um preto e ginas por minuto (no padrão de papel utilizado em impres-
outro colorido. soras a laser).

11
INFORMÁTICA

Existe a plotter que imprime materiais coloridos com • I/O Write - Causa dados no barramento de dados se-
largura de até três metros (são usadas em empresas que rem enviados para uma porta de saída (dispositivo de I/O).
imprimem grandes volumes e utilizam vários formatos de • I/O Read - Causa a leitura de dados de um dispositivo
papel). de I/O, os quais serão colocados no barramento de dados.
Projetor • Bus request - Indica que um módulo pede controle
do barramento do sistema.
É um equipamento muito utilizado em apresentações • Reset - Inicializa todos os módulos
multimídia.
Antigamente, as informações de uma apresentação Todo barramento é implementado seguindo um con-
eram impressas em transparências e ampliadas num retro- junto de regras de comunicação entre dispositivos conhe-
projetor, mas, com o avanço tecnológico, os projetores têm cido como BUS STANDARD, ou simplesmente PROTOCOLO
auxiliado muito nesta área. DE BARRAMENTO, que vem a ser um padrão que qualquer
Quando conectados ao computador, esses equipa- dispositivo que queira ser compatível com este barramento
mentos reproduzem o que está na tela do computador em deva compreender e respeitar. Mas um ponto sempre é
dimensões ampliadas, para que várias pessoas vejam ao certeza: todo dispositivo deve ser único no acesso ao bar-
mesmo tempo. ramento, porque os dados trafegam por toda a extensão
da placa-mãe ou de qualquer outra placa e uma mistura de
Entrada/Saída dados seria o caos para o funcionamento do computador.
São dispositivos que possuem tanto a função de inse-
rir dados, quanto servir de saída de dados. Exemplos: pen Os barramentos têm como principais vantagens o fato
drive, modem, CD-RW, DVD-RW, tela sensível ao toque, de ser o mesmo conjunto de fios que é usado para todos os
impressora multifuncional, etc. periféricos, o que barateia o projeto do computador. Outro
IMPORTANTE: A impressora multifuncional pode ser ponto positivo é a versatilidade, tendo em vista que toda
classificada como periférico de Entrada/Saída, pois sua placa sempre tem alguns slots livres para a conexão de no-
principal característica é a de realizar os papeis de impres- vas placas que expandem as possibilidades do sistema.
sora (Saída) e scanner (Entrada) no mesmo dispositivo. A grande desvantagem dessa idéia é o surgimento de
engarrafamentos pelo uso da mesma via por muitos perifé-
BARRAMENTOS – CONCEITOS GERAIS ricos, o que vem a prejudicar a vazão de dados (troughput).
Dispositivos conectados ao barramento
Os barramentos, conhecidos como BUS em inglês, são
conjuntos de fios que normalmente estão presentes em to- • Ativos ou Mestres - dispositivos que comandam o
das as placas do computador. acesso ao barramento para leitura ou escrita de dados
Na verdade existe barramento em todas as placas de
• Passivos ou Escravos - dispositivos que simplesmente
produtos eletrônicos, porém em outros aparelhos os téc-
obedecem à requisição do mestre.
nicos referem-se aos barramentos simplesmente como o
Exemplo:
“impresso da placa”.
- CPU ordena que o controlador de disco leia ou escre-
Barramento é um conjunto de 50 a 100 fios que fazem
va um bloco de dados.
a comunicação entre todos os dispositivos do computador:
A CPU é o mestre e o controlador de disco é o escravo.
UCP, memória, dispositivos de entrada e saída e outros. Os
sinais típicos encontrados no barramento são: dados, clock,
Barramentos Comerciais
endereços e controle.
Os dados trafegam por motivos claros de necessidade
de serem levados às mais diversas porções do computador. Serão listados aqui alguns barramentos que foram e
Os endereços estão presentes para indicar a localiza- alguns que ainda são bastante usados comercialmente.
ção para onde os dados vão ou vêm.
O clock trafega nos barramentos conhecidos como sín- ISA – Industry Standard Architeture
cronos, pois os dispositivos são obrigados a seguir uma
sincronia de tempo para se comunicarem.
O controle existe para informar aos dispositivos en-
volvidos na transmissão do barramento se a operação em
curso é de escrita, leitura, reset ou outra qualquer. Alguns
sinais de controle são bastante comuns:
• Memory Write - Causa a escrita de dados do barra-
mento de dados no endereço especificado no barramento
de endereços.
• Memory Read - Causa dados de um dado endereço
especificado pelo barramento de endereço a ser posto no
barramento de dados.

12
INFORMÁTICA

Foi lançado em 1984 pela IBM para suportar o novo Esse barramento permite que uma placa controladora
PC-AT. Tornou-se, de imediato, o padrão de todos os PC- gráfica AGP substitua a placa gráfica no barramento PCI.
compatíveis. Era um barramento único para todos os com- O Chip controlador AGP substitui o controlador de E/S do
ponentes do computador, operando com largura de 16 bits barramento PCI. O novo conjunto AGP continua com fun-
e com clock de 8 MHz. ções herdadas do PCI. O conjunto faz a transferência de
dados entre memória, o processador e o controlador ISA,
PCI – Peripheral Components Interconnect tudo, simultaneamente.
Permite acesso direto mais rápido à memória. Pela por-
ta gráfica aceleradora, a placa tem acesso direto à RAM,
eliminando a necessidade de uma VRAM (vídeo RAM) na
própria placa para armazenar grandes arquivos de bits
como mapas e textura.
O uso desse barramento iniciou-se através de placas-
mãe que usavam o chipset i440LX, da Intel, já que esse
chipset foi o primeiro a ter suporte ao AGP. A principal van-
tagem desse barramento é o uso de uma maior quantidade
de memória para armazenamento de texturas para objetos
tridimensionais, além da alta velocidade no acesso a essas
texturas para aplicação na tela.
O primeiro AGP (1X) trabalhava a 133 MHz, o que pro-
porciona uma velocidade 4 vezes maior que o PCI. Além
disso, sua taxa de transferência chegava a 266 MB por se-
PCI é um barramento síncrono de alta performance, gundo quando operando no esquema de velocidade X1, e
indicado como mecanismo entre controladores altamen- a 532 MB quando no esquema de velocidade 2X. Existem
te integrados, plug-in placas, sistemas de processadores/ também as versões 4X, 8X e 16X. Geralmente, só se en-
memória. contra um único slot nas placas-mãe, visto que o AGP só
Foi o primeiro barramento a incorporar o conceito plu- interessa às placas de vídeo.
g-and-play.
Seu lançamento foi em 1993, em conjunto com o pro- PCI Express
cessador PENTIUM da Intel. Assim o novo processador
realmente foi revolucionário, pois chegou com uma série
de inovações e um novo barramento. O PCI foi definido
com o objetivo primário de estabelecer um padrão da in-
dústria e uma arquitetura de barramento que ofereça baixo
custo e permita diferenciações na implementação.
Componente PCI ou PCI master
Funciona como uma ponte entre processador e barra-
mento PCI, no qual dispositivos add-in com interface PCI
estão conectados.
- Add-in cards interface
Possuem dispositivos que usam o protocolo PCI. São
gerenciados pelo PCI master e são totalmente programáveis.

AGP – Advanced Graphics Port Na busca de uma solução para algumas limitações dos
barramentos AGP e PCI, a indústria de tecnologia trabalha
no barramento PCI Express, cujo nome inicial era 3GIO. Tra-
ta-se de um padrão que proporciona altas taxas de transfe-
rência de dados entre o computador em si e um dispositivo,
por exemplo, entre a placa-mãe e uma placa de vídeo 3D.
A tecnologia PCI Express conta com um recurso que
permite o uso de uma ou mais conexões seriais, também
chamados de lanes para transferência de dados. Se um
determinado dispositivo usa um caminho, então diz-se que
esse utiliza o barramento PCI Express 1X; se utiliza 4 lanes ,
sua denominação é PCI Express 4X e assim por diante. Cada
lane pode ser bidirecional, ou seja, recebe e envia dados.
Cada conexão usada no PCI Express trabalha com 8 bits
por vez, sendo 4 em cada direção. A freqüência usada é
de 2,5 GHz, mas esse valor pode variar. Assim sendo, o PCI

13
INFORMÁTICA

Express 1X consegue trabalhar com taxas de 250 MB por por vez, isso torna a comunicação mais lenta, porém o cabo
segundo, um valor bem maior que os 132 MB do padrão do dispositivo pode ser mais longo, alguns chegam até a
PCI. Esse barramento trabalha com até 16X, o equivalente 10 metros de comprimento. Isso é útil para usar uma baru-
a 4000 MB por segundo. A tabela abaixo mostra os valores lhenta impressora matricial em uma sala separada daquela
das taxas do PCI Express comparadas às taxas do padrão onde o trabalho acontece.
AGP: As velocidades de comunicação dessa interface variam
de 25 bps até 57.700 bps (modems mais recentes). Na par-
AGP PCI Express te externa do gabinete, essas interfaces são representadas
por conectores DB-9 ou DB-25 machos.
AGP 1X: 266 MB por PCI Express 1X: 250 MB por
segundo segundo
AGP 4X: 1064 MB por PCI Express 2X: 500 MB por
segundo segundo
AGP 8X: 2128 MB por PCI Express 8X: 2000 MB por
segundo segundo
PCI Express 16X: 4000 MB por
 
segundo

É importante frisar que o padrão 1X foi pouco utilizado


e, devido a isso, há empresas que chamam o PC I Express
2X de PCI Express 1X.
Assim sendo, o padrão PCI Express 1X pode represen-
tar também taxas de transferência de dados de 500 MB por Interface Paralela
segundo.
A Intel é uma das grandes precursoras de inovações Criada para ser uma opção ágil em relação à serial, essa
tecnológicas. interface transmite um byte de cada vez. Devido aos 8 bits
No início de 2001, em um evento próprio, a empresa em paralelo existe um RISCo de interferência na corrente
mostrou a necessidade de criação de uma tecnologia capaz elétrica dos condutores que formam o cabo. Por esse moti-
de substituir o padrão PCI: tratava-se do 3GIO (Third Ge- vo os cabos de comunicação desta interface são mais cur-
neration I/O – 3ª geração de Entrada e Saída). Em agosto tos, normalmente funcionam muito bem até a distância de
desse mesmo ano, um grupo de empresas chamado de 1,5 metro, embora exista no mercado cabos paralelos de
PCI-SIG (composto por companhias como IBM, AMD até 3 metros de comprimento. A velocidade de transmissão
e Microsoft) aprovou as primeiras especificações do 3GIO. desta porta chega até a 1,2 MB por segundo.
Entre os quesitos levantados nessas especificações, Nos gabinetes dos computadores essa porta é encon-
estão os que se seguem: suporte ao barramento PCI, pos- trada na forma de conectores DB-25 fêmeas. Nas impres-
sibilidade de uso de mais de uma lane, suporte a outros soras, normalmente, os conectores paralelos são conheci-
tipos de conexão de plataformas, melhor gerenciamento dos como interface centronics.
de energia, melhor proteção contra erros, entre outros.

Esse barramento é fortemente voltado para uso em


subsistemas de vídeo.

Interfaces – Barramentos Externos

Os barramentos circulam dentro do computador, co-


brem toda a extensão da placa-mãe e servem para co-
nectar as placas menores especializadas em determinadas
tarefas do computador. Mas os dispositivos periféricos
precisam comunicarem-se com a UCP, para isso, historica-
mente foram desenvolvidas algumas soluções de conexão
tais como: serial, paralela, USB e Firewire. Passando ainda
por algumas soluções proprietárias, ou seja, que somente USB – Universal Serial Bus
funcionavam com determinado periférico e de determina-
do fabricante. A tecnologia USB surgiu no ano de 1994 e, desde en-
tão, foi passando por várias revisões. As mais populares são
Interface Serial as versões 1.1 e 2.0, sendo esta última ainda bastante utili-
Conhecida por seu uso em mouse e modems, esta in- zada. A primeira é capaz de alcançar, no máximo, taxas de
terface no passado já conectou até impressoras. Sua carac- transmissão de 12 Mb/s (megabits por segundo), enquanto
terística fundamental é que os bits trafegam em fila, um que a segunda pode oferecer até 480 Mb/s.

14
INFORMÁTICA

Como se percebe, o USB 2.0 consegue ser bem rápido, Conectores USB 3.0
afinal, 480 Mb/s correspondem a cerca de 60 megabytes
por segundo. No entanto, acredite, a evolução da tecno- Outro aspecto no qual o padrão USB 3.0 difere do 2.0
logia acaba fazendo com que velocidades muito maiores diz respeito ao conector. Os conectores de ambos são bas-
sejam necessárias. tante parecidos, mas não são iguais.
Não é difícil entender o porquê: o número de conexões
Conector USB 3.0 A
à internet de alta velocidade cresce rapidamente, o que faz
com que as pessoas queiram consumir, por exemplo, ví- Como você verá mais adiante, os cabos da tecnologia
deos, músicas, fotos e jogos em alta definição. Some a isso USB 3.0 são compostos por nove fios, enquanto que os
ao fato de ser cada vez mais comum o surgimento de dis- cabos USB 2.0 utilizam apenas 4. Isso acontece para que
positivos como smartphones e câmeras digitais que aten- o padrão novo possa suportar maiores taxas de transmis-
dem a essas necessidades. A consequência não poderia ser são de dados. Assim, os conectores do USB 3.0 possuem
outra: grandes volumes de dados nas mãos de um número contatos para estes fios adicionais na parte do fundo. Caso
cada vez maior de pessoas. um dispositivo USB 2.0 seja utilizado, este usará apenas os
contatos da parte frontal do conector. As imagens a seguir
Com suas especificações finais anunciadas em novem- mostram um conector USB 3.0 do tipo A:
bro de 2008, o USB 3.0 surgiu para dar conta desta e da
demanda que está por vir. É isso ou é perder espaço para
tecnologias como o FireWire ou Thunderbolt, por exem-
plo. Para isso, o USB 3.0 tem como principal característica
a capacidade de oferecer taxas de transferência de dados
de até 4,8 Gb/s (gigabits por segundo). Mas não é só isso...

O que é USB 3.0?

Como você viu no tópico acima, o USB 3.0 surgiu por-


que o padrão precisou evoluir para atender novas neces-
sidades. Mas, no que consiste exatamente esta evolução?
O que o USB 3.0 tem de diferente do USB 2.0? A principal
característica você já sabe: a velocidade de até 4,8 Gb/s (5
Gb/s, arredondando), que corresponde a cerca de 600 me-
gabytes por segundo, dez vezes mais que a velocidade do Estrutura interna de um conector USB 3.0 A
USB 2.0. Nada mal, não?

Conector USB 3.0 A


Símbolo para dispositivos USB 3.0
Você deve ter percebido que é possível conectar dis-
Mas o USB 3.0 também se destaca pelo fator “alimen- positivos USB 2.0 ou 1.1 em portas USB 3.0. Este último é
tação elétrica”: o USB 2.0 fornece até 500 miliampéres, en- compatível com as versões anteriores. Fabricantes também
quanto que o novo padrão pode suportar 900 miliampéres. podem fazer dispositivos USB 3.0 compatíveis com o pa-
Isso significa que as portas USB 3.0 podem alimentar dis- drão 2.0, mas neste caso a velocidade será a deste último.
positivos que consomem mais energia (como determina- E é claro: se você quer interconectar dois dispositivos por
dos HDs externos, por exemplo, cenário quase impossível USB 3.0 e aproveitar a sua alta velocidade, o cabo precisa
ser deste padrão.
com o USB 2.0).
É claro que o USB 3.0 também possui as caracterís- Conector USB 3.0 B
ticas que fizeram as versões anteriores tão bem aceitas,
como Plug and Play (plugar e usar), possibilidade de co- Tal como acontece na versão anterior, o USB 3.0 tam-
nexão de mais de um dispositivo na mesma porta, hot-s- bém conta com conectores diferenciados para se adequar
wappable (capacidade de conectar e desconectar disposi- a determinados dispositivos. Um deles é o conector do tipo
tivos sem a necessidade de desligá-los) e compatibilidade B, utilizado em aparelhos de porte maior, como impresso-
com dispositivos nos padrões anteriores. ras ou scanners, por exemplo.

15
INFORMÁTICA

Em relação ao tipo B do padrão USB 2.0, a porta USB lizados no USB 2.0, há também os seguintes: StdA_SSRX-
3.0 possui uma área de contatos adicional na parte supe- e StdA_SSRX+ para recebimento de dados, StdA_SSTX- e
rior. Isso significa que nela podem ser conectados tantos StdA_SSTX+ para envio, e GND_DRAIN como “fio terra”
dispositivos USB 2.0 (que aproveitam só a parte inferior) para o sinal.
quanto USB 3.0. No entanto, dispositivos 3.0 não poderão O conector USB 3.0 B pode contar ainda com uma va-
ser conectados em portas B 2.0: riação (USB 3.0 B Powered) que utiliza um contato a mais
para alimentação elétrica e outro associado a este que ser-
ve como “fio terra”, permitindo o fornecimento de até 1000
miliampéres a um dispositivo.
Quanto ao tamanho dos cabos, não há um limite defi-
nido, no entanto, testes efetuados por algumas entidades
especialistas (como a empresa Cable Wholesale) recomen-
dam, no máximo, até 3 metros para total aproveitamento
da tecnologia, mas esta medida pode variar de acordo com
as técnicas empregadas na fabricação.
No que se refere à transmissão de dados em si, o USB
Conector USB 3.0 B - imagem por USB.org
Micro-USB 3.0 3.0 faz esse trabalho de maneira bidirecional, ou seja, entre
dispositivos conectados, é possível o envio e o recebimen-
O conector micro-USB, utilizado em smartphones, por to simultâneo de dados. No USB 2.0, é possível apenas um
exemplo, também sofreu modificações: no padrão USB 3.0 tipo de atividade por vez.
- com nome de micro-USB B -, passou a contar com uma O USB 3.0 também consegue ser mais eficiente no con-
área de contatos adicional na lateral, o que de certa forma trole do consumo de energia. Para isso, o host, isto é, a
diminui a sua praticidade, mas foi a solução encontrada máquina na qual os dispositivos são conectados, se comu-
para dar conta dos contatos adicionais: nica com os aparelhos de maneira assíncrona, aguardando
estes indicarem a necessidade de transmissão de dados.
No USB 2.0, há uma espécie de “pesquisa contínua”, onde
o host necessita enviar sinais constantemente para saber
qual deles necessita trafegar informações.
Ainda no que se refere ao consumo de energia, tan-
to o host quanto os dispositivos conectados podem entrar
em um estado de economia em momentos de ociosidade.
Além disso, no USB 2.0, os dados transmitidos acabam indo
do host para todos os dispositivos conectados. No USB 3.0,
essa comunicação ocorre somente com o dispositivo de
destino.

Conector micro-USB 3.0 B - imagem por USB.org Como saber rapidamente se uma porta é USB 3.0
Para facilitar a diferenciação, fabricantes estão adotan- Em determinados equipamentos, especialmente lap-
do a cor azul na parte interna dos conectores USB 3.0 e, tops, é comum encontrar, por exemplo, duas portas USB
algumas vezes, nos cabos destes. Note, no entanto, que é
2.0 e uma USB 3.0. Quando não houver nenhuma descrição
essa não é uma regra obrigatória, portanto, é sempre con-
identificando-as, como saber qual é qual? Pela cor existen-
veniente prestar atenção nas especificações do produto
te no conector.
antes de adquiri-lo.
Pode haver exceções, é claro, mas pelo menos boa par-
Sobre o funcionamento do USB 3.0 te dos fabricantes segue a recomendação de identificar os
conectores USB 3.0 com a sua parte plástica em azul, tal
Como você já sabe, cabos USB 3.0 trabalham com 9 como informado anteriormente. Nas portas USB 2.0, por
fios, enquanto que o padrão anterior utiliza 4: VBus (VCC), sua vez, os conectores são pretos ou, menos frequente-
D+, D- e GND. O primeiro é o responsável pela alimentação mente, brancos.
elétrica, o segundo e o terceiro são utilizados na transmis-
são de dados, enquanto que o quarto atua como “fio terra”. USB 3.1: até 10 Gb/s
No padrão USB 3.0, a necessidade de transmissão de
dados em alta velocidade fez com que, no início, fosse Em agosto de 2013, a USB.org anunciou as especifica-
considerado o uso de fibra óptica para este fim, mas tal ções finais do  USB 3.1  (também chamado deSuperSpeed
característica tornaria a tecnologia cara e de fabricação USB 10 Gbps), uma variação do USB 3.0 que se propõe a
mais complexa. A solução encontrada para dar viabilidade oferecer taxas de transferência de dados de até 10 Gb/s (ou
ao padrão foi a adoção de mais fios. Além daqueles uti- seja, o dobro).

16
INFORMÁTICA

Na teoria, isso significa que conexões 3.1 podem alcan- utilidade para elas devido à falta de periféricos para seu
çar taxas de até 1,2 gigabyte por segundo! E não é exagero, uso. Porém o desenvolvimento continuou, sendo focado
afinal, há aplicações que podem usufruir desta velocidade. principalmente pela área de vídeo, que poderia tirar gran-
É o caso de monitores de vídeo que são conectados ao des proveitos da maior velocidade que ele oferecia.
computador via porta USB, por exemplo.
Para conseguir taxas tão elevadas, o USB 3.1 não faz Suas principais vantagens:
uso de nenhum artefato físico mais elaborado. O “segre- • São similares ao padrão USB;
do”, essencialmente, está no uso de um método de codi- • Conexões sem necessidade de desligamento/boot do
ficação de dados mais eficiente e que, ao mesmo tempo, micro (hot-plugable);
não torna a tecnologia significantemente mais cara. • Capacidade de conectar muitos dispositivos (até 63
Vale ressaltar que o USB 3.1 é compatível com conecto- por porta);
res e cabos das especificações anteriores, assim como com • Permite até 1023 barramentos conectados entre si;
dispositivos baseados nestas versões. • Transmite diferentes tipos de sinais digitais:
Merece destaque ainda o aspecto da alimentação vídeo, áudio, MIDI, comandos de controle de disposi-
elétrica: o USB 3.1 poderá suportar até de 100 watts na tivo, etc;
transferência de energia, indicando que dispositivos mais • Totalmente Digital (sem a necessidade de converso-
exigentes poderão ser alimentados por portas do tipo. Mo- res analógico-digital, e portanto mais seguro e rápido);
nitores de vídeo e HDs externos são exemplos: não seria • Devido a ser digital, fisicamente é um cabo fino, flexí-
ótimo ter um único cabo saindo destes dispositivos? vel, barato e simples;
A indústria trabalha com a possiblidade de os primei- • Como é um barramento serial, permite conexão bem
ros equipamentos baseados em USB 3.1 começarem a facilitada, ligando um dispositivo ao outro, sem a necessi-
chegar ao mercado no final de 2014. Até lá, mais detalhes dade de conexão ao micro (somente uma ponta é conec-
serão revelados. tada no micro).
Novo conector “tipo C”: uso dos dois lados
Em dezembro de 2013, a USB.org anunciou outra no- A distância do cabo é limitada a 4.5 metros antes de
vidade para a versão 3.1 da tecnologia: um conector cha- haver distorções no sinal, porém, restringindo a velocida-
mado (até agora, pelos menos) de tipo C que permitirá que de do barramento podem-se alcançar maiores distâncias
você conecte um cabo à entrada a partir de qualquer lado. de cabo (até 14 metros). Lembrando que esses valores são
Sabe aquelas situações onde você encaixa um cabo ou para distâncias “ENTRE PERIFÉRICOS”, e SEM A UTILIZAÇÃO
pendrive de um jeito, nota que o dispositivo não funcionou DE TRANSCEIVERS (com transceivers a previsão é chegar a
e somente então percebe que o conectou incorretamente? até 70 metros usando fibra ótica).
Com o novo conector, este problema será coisa do passa- O barramento firewire permite a utilização de dispo-
do: qualquer lado fará o dispositivo funcionar. sitivos de diferentes velocidades (100, 200, 400, 800, 1200
Trata-se de um plugue reversível, portanto, semelhan- Mb/s) no mesmo barramento.
te aos conectores Lightning existentes nos produtos da O suporte a esse barramento está nativamente em
Apple. Tal como estes, o conector tipo C deverá ter tam- Macs, e em PCs através de placas de expansão específicas
bém dimensões reduzidas, o que facilitará a sua adoção em ou integradas com placas de captura de vídeo ou de som.
smartphones, tablets e outros dispositivos móveis. Os principais usos que estão sendo direcionados a essa
Tamanha evolução tem um preço: o conector tipo C interface, devido às características listadas, são na área de
não será compatível com as portas dos padrões anteriores, multimídia, especialmente na conexão de dispositivos de
exceto pelo uso de adaptadores. É importante relembrar, vídeo (placas de captura, câmeras, TVs digitais, setup bo-
no entanto, que será possível utilizar os conectores já exis- xes, home theather, etc).
tentes com o USB 3.1.
A USB.org promete liberar mais informações sobre esta
novidade em meados de 2014.

Firewire

O barramento firewire, também conhecido como IEEE


1394 ou como i.Link, é um barramento de grande volu-
me de transferência de dados entre computadores, peri-
féricos e alguns produtos eletrônicos de consumo. Foi de-
senvolvido inicialmente pela Apple como um barramento INTERFACE DE VIDEO
serial de alta velocidade, mas eles estavam muito à frente
da realidade, ainda mais com, na época, a alternativa do Conector VGA (Video Graphics Array)
barramento USB que já possuía boa velocidade, era barato
e rapidamente integrado no mercado. Com isso, a Apple, Os conectores VGA são bastante conhecidos, pois estão
mesmo incluindo esse tipo de conexão/portas no Mac por presentes na maioria absoluta dos “grandalhões” monito-
algum tempo, a realidade “de fato”, era a não existência de res CRT (Cathode Ray Tube) e também em alguns modelos

17
INFORMÁTICA

que usam a tecnologia LCD, além de não ser raro encontrá Quando, por exemplo, um monitor LCD trabalha com
-los em placas de vídeos (como não poderia deixar de ser). conectores VGA, precisa converter o sinal que recebe para
O conector desse padrão, cujo nome é D-Sub, é composto digital. Esse processo faz com que a qualidade da imagem
por três “fileiras” de cinco pinos. Esses pinos são conecta- diminua. Como o DVI trabalha diretamente com sinais di-
dos a um cabo cujos fios transmitem, de maneira indepen- gitais, não é necessário fazer a conversão, portanto, a qua-
dente, informações sobre as cores vermelha (red), verde lidade da imagem é mantida. Por essa razão, a saída DVI
(green) e azul (blue) - isto é, o conhecido esquema RGB - e é ótima para ser usada em monitores LCD, DVDs, TVs de
sobre as frequências verticais e horizontais. Em relação a plasma, entre outros.
estes últimos aspectos: frequência horizontal consiste no É necessário frisar que existe mais de um tipo de co-
número de linhas da tela que o monitor consegue “preen- nector DVI:
cher” por segundo. Assim, se um monitor consegue varrer DVI-A: é um tipo que utiliza sinal analógico, porém ofe-
60 mil linhas, dizemos que sua frequência horizontal é de rece qualidade de imagem superior ao padrão VGA;
60 KHz. Frequência vertical, por sua vez, consiste no tempo DVI-D: é um tipo similar ao DVI-A, mas utiliza sinal digi-
em que o monitor leva para ir do canto superior esquerdo tal. É também mais comum que seu similar, justamente por
da tela para o canto inferior direito. Assim, se a frequên- ser usado em placas de vídeo;
cia horizontal indica a quantidade de vezes que o canhão DVI-I: esse padrão consegue trabalhar tanto com DVI
consegue varrer linhas por segundo, a frequência vertical -A como com DVI-D. É o tipo mais encontrado atualmente.
indica a quantidade de vezes que a tela toda é percorrida Há ainda conectores DVI que trabalham com as especifi-
por segundo. Se é percorrida, por exemplo, 56 vezes por cações Single Link e Dual Link. O primeiro suporta resoluções
segundo, dizemos que a frequência vertical do monitor é de até 1920x1080 e, o segundo, resoluções de até 2048x1536,
de 56 Hz. em ambos os casos usando uma frequência de 60 Hz.
É comum encontrar monitores cujo cabo VGA possui O cabo dos dispositivos que utilizam a tecnologia DVI
pinos faltantes. Não se trata de um defeito: embora os co- é composto, basicamente, por quatro pares de fios trança-
nectores VGA utilizem um encaixe com 15 pinos, nem to- dos, sendo um par para cada cor primária (vermelho, verde
dos são usados. e azul) e um para o sincronismo. Os conectores, por sua
vez, variam conforme o tipo do DVI, mas são parecidos en-
tre si, como mostra a imagem a seguir:

Atualmente, praticamente todas as placas de vídeo e


Conector e placa de vídeo com conexão VGA monitores são compatíveis com DVI. A tendência é a de
que o padrão VGA caia, cada vez mais, em desuso.
Conector DVI (Digital Video Interface)
Conector S-Video (Separated Video)
Os conectores DVI  são bem mais recentes e propor-
cionam qualidade de imagem superior, portanto, são con-
siderados substitutos do padrão VGA. Isso ocorre porque,
conforme indica seu nome, as informações das imagens
podem ser tratadas de maneira totalmente digital, o que
não ocorre com o padrão VGA.

Padrão S-Video

Para entender o S-Video, é melhor compreender, pri-


meiramente, outro padrão: o Compost Video, mais conhe-
cido como Vídeo Composto. Esse tipo utiliza conectores do
tipo RCA e é comumente encontrado em TVs, aparelhos de
Conector DVI-D DVD, filmadoras, entre outros.

18
INFORMÁTICA

Geralmente, equipamentos com Vídeo Composto fa- como Y-Pb-Pr (ou Y-Cb-Cr). O primeiro (de cor verde), é
zem uso de três cabos, sendo dois para áudio (canal es- responsável pela transmissão do vídeo em preto e branco,
querdo e canal direito) e o terceiro para o vídeo, sendo este isto é, pela “estrutura” da imagem. Os demais conectores
o que realmente faz parte do padrão. Esse cabo é constituí- trabalham com os dados das cores e com o sincronismo.
do de dois fios, um para a transmissão da imagem e outro Como dito anteriormente, o padrão S-Video é cada vez
que atua como “terra”. mais comum em placas de vídeo. No entanto, alguns mo-
O S-Video, por sua vez, tem seu cabo formado com delos são também compatíveis com Vídeo Componente.
três fios: um transmite imagem em preto e branco; outro Nestes casos, o encaixe que fica na placa pode ser do tipo
transmite imagens em cores; o terceiro atua como terra. É que aceita sete pinos (pode haver mais). Mas, para ter cer-
essa distinção que faz com que o S-Video receba essa de- teza dessa compatibilidade, é necessário consultar o ma-
nominação, assim como é essa uma das características que nual do dispositivo.
faz esse padrão ser melhor que o Vídeo Composto. Para fazer a conexão de um dispositivo ao computador
O conector do padrão S-Video usado atualmente é co- usando o Component Video, é necessário utilizar um cabo
nhecido como Mini-Din de quatro pinos (é semelhante ao especial (geralmente disponível em lojas especializadas):
usado em mouses do tipo PS/2). Também é possível en- uma de suas extremidades contém os conectores Y-Pb-Pr,
contrar conexões S-Video de sete pinos, o que indica que o enquanto a outra possui um encaixe único, que deve ser
dispositivo também pode contar com Vídeo Componente inserido na placa de vídeo.
(visto adiante).
Muitas placas de vídeo oferecem conexão VGA ou DVI MONITOR DE VÍDEO
com S-Video. Dependendo do caso, é possível encontrar os
três tipos na mesma placa. Assim, se você quiser assistir na O monitor é um dispositivo de saída do computador,
TV um vídeo armazenado em seu computador, basta usar cuja função é transmitir informação ao utilizador através
a conexão S-Video, desde que a televisão seja compatível da imagem.
com esse conector, é claro. Os monitores são classificados de acordo com a
tecnologia de amostragem de vídeo utilizada na for-
mação da imagem. Atualmente, essas tecnologias são
três: CRT , LCD e plasma. À superfície do monitor sobre a
qual se projecta a imagem chamamos tela, ecrã ou écran.

Tecnologias

CRT

Placa de vídeo com conectores S-Video, DVI e VGA


Component Video (Vídeo Componente)
O padrão Component Video é, na maioria das vezes,
usado em computadores para trabalhos profissionais - por
exemplo, para atividades de edição de vídeo. Seu uso mais
comum é em aparelhos de DVD e em televisores de alta
definição (HDTV - High-Definition Television), sendo um
dos preferidos para sistemas de home theater. Isso ocorre Monitor CRT da marca LG.
justamente pelo fato de o Vídeo Componente oferecer ex-
celente qualidade de imagem. CRT (Cathodic Ray Tube), em inglês, sigla de (Tubo de
raios catódicos) é o monitor “tradicional”, em que a tela
é repetidamente atingida por um feixe de elétrons, que
atuam no material fosforescente que a reveste, assim for-
mando as imagens.

Este tipo de monitor tem como principais vantagens:


Component Video • longa vida útil;
• baixo custo de fabricação;
A conexão do Component Video é feita através de um • grande banda dinâmica de cores e contrastes; e
cabo com três fios, sendo que, geralmente, um é indicado • grande versatilidade (uma vez que pode funcionar
pela cor verde, outro é indicado pela cor azul e o terceiro em diversas resoluções, sem que ocorram grandes distor-
é indicado pela cor vermelha, em um esquema conhecido ções na imagem).

19
INFORMÁTICA

As maiores desvantagens deste tipo de monitor são: • o contraste não é muito bom como nos monitores
• suas dimensões (um monitor CRT de 20 polega- CRT ou de Plasma, assim a imagem fica com menos de-
das pode ter até 50 cm de profundidade e pesar mais de finição, este aspecto vem sendo atenuado com os novos
20 kg); paineis com iluminação por  leds  e a fidelidade de cores
• o consumo elevado de energia; nos monitores que usam paineis do tipo TN (monitores co-
• seu efeito de cintilação (flicker); e muns) são bem ruins, os monitores com paineis IPS, mais
• a possibilidade de emitir radiação que está fora raros e bem mais caros, tem melhor fidelidade de cores,
do espectro luminoso (raios x), danosa à saúde no caso de chegando mais proximo da qualidade de imagem dos CRTs;
longos períodos de exposição. Este último problema é mais • um fato não-divulgado pelos fabricantes: se o cris-
frequentemente constatado em monitores e televisores tal líquido da tela do monitor for danificado e ficar exposto
antigos e desregulados, já que atualmente a composição ao ar, pode emitir alguns compostos tóxicos, tais como o
do vidro que reveste a tela dos monitores detém a emissão óxido de zinco e o sulfeto de zinco; este será um problema
quando alguns dos monitores fabricados hoje em dia che-
dessas radiações.
garem ao fim de sua vida útil (estimada em 20 anos).
• Distorção geométrica.
• ângulo de visão inferiores: Um monitor LCD, dife-
rente de um monitor CRT, apresenta limitação com relação
LCD
ao ângulo em que a imagem pode ser vista sem distorção.
Isto era mais sensível tempos atrás quando os monitores
LCDs eram de tecnologia passiva, mas atualmente apresen-
tam valores melhores em torno de 160º.
Apesar das desvantagens supra mencionadas, a venda
de monitores e televisores LCD vem crescendo bastante.

Principais características técnicas


Para a especificação de um monitor de vídeo, as carac-
terísticas técnicas mais relevantes são:
• Luminância;
• Tamanho da tela;
• Tamanho do ponto;
• Temperatura da cor;
• Relação de contraste;
• Interface (DVI ou VGA, usualmente);
Um monitor de cristal líquido. • Frequência de sincronismo horizontal;
• Frequência de sincronismo vertical;
LCD (Liquid Cristal Display, em inglês, sigla de tela de • Tempo de resposta; e
cristal líquido) é um tipo mais moderno de monitor. Nele, a • Frequência de atualização da imagem
tela é composta por cristais que são polarizados para gerar
as cores. LED
Painéis LCD com retro iluminação LED, ou LED TVs, o
Tem como vantagens: mesmo mecanismo básico de um LCD, mas com ilumina-
• O baixo consumo de energia; ção LED. Ao invés de uma única luz branca que incide sobre
toda a superfície da tela, encontra-se um painel com milha-
• As dimensões e peso reduzidas;
res de pequenas luzes coloridas que acendem de forma in-
• A não-emissão de radiações nocivas;
dependente. Em outras palavras, aplica-se uma tecnologia
• A capacidade de formar uma imagem praticamen-
similar ao plasma a uma tela de LCD.
te perfeita, estável, sem cintilação, que cansa menos a vi-
são - desde que esteja operando na resolução nativa; KIT MULTIMÍDIA
As maiores desvantagens são: Multimídia nada mais é do que a combinação de textos,
• o maior custo de fabricação (o que, porém, tende- sons e vídeos utilizados para apresentar informações de
rá a impactar cada vez menos no custo final do produto, à maneira que, antes somente imaginávamos, praticamente
medida que o mesmo se for popularizando); dando vida às suas apresentação comerciais e pessoais. A
• o fato de que, ao trabalhar em uma resolução di- multimídia mudou completamente a maneira como as pes-
ferente daquela para a qual foi projetado, o monitor LCD soas utilizam seus computadores.
utiliza vários artifícios de composição de imagem que aca- Kit multimídia nada mais é do que o conjunto que
bam degradando a qualidade final da mesma; e compõem a parte física (hardwares) do computador rela-
• o “preto” que ele cria emite um pouco de luz, o cionados a áudio e som do sistema operacional.
que confere ao preto um aspecto acinzentado ou azulado, Podemos citar como exemplo de Kit Multimídia, uma
não apresentando desta forma um preto real similar aos placa de som, um drive de CD-ROM, microfone e um par
oferecidos nos monitores CRTs; de caixas acústicas.

20
INFORMÁTICA

cos. As portas cujas fichas têm 9 ou 25 pinos são também


designadas de COM1 e COM2. As motherboards possuem
uma ou duas portas deste tipo.

Porta Paralela
A porta paralela obedece à norma Centronics. Nas por-
As portas são, por definição, locais onde se entra e sai. tas paralelas o sinal eléctrico é enviado em simultâneo e,
Em termos de tecnologia informática não é excepção. As como tal, tem um desempenho superior em relação às por-
portas são tomadas existentes na face posterior da caixa tas série. No caso desta norma, são enviados 8 bits de cada
do computador, às quais se ligam dispositivos de entrada e vez, o que faz com que a sua capacidade de transmisssão
de saída, e que são directamente ligados à motherboard . atinja os 100 Kbps. Esta porta é utilizada para ligar impres-
Estas portas ou canais de comunicação podem ser: soras e scanners e possui 25 pinos em duas filas.
* Porta Dim
* Porta PS/2
Porta USB (Universal Serial Bus)
* Porta série
Desenvolvida por 7 empresas (Compaq, DEC, IBM, In-
* Porta Paralela
tel, Microsoft, NEC e Northern Telecom), vai permitir co-
* Porta USB
nectar periféricos por fora da caixa do computador, sem
* Porta FireWire
a necessidade de instalar placas e reconfigurar o sistema.
Computadores equipados com USB vão permitir que os
Porta DIM
periféricos sejam automaticamente configurados assim
É uma porta em desuso, com 5 pinos, e a ela eram li-
que estejam conectados fisicamente, sem a necessidade de
gados os teclados dos computadores da geração da Intel
80486, por exemplo. Como se tratava apenas de ligação reboot ou programas de setup. O número de acessórios
para teclados, existia só uma porta destas nas mother- ligados à porta USB pode chegar a 127, usando para isso
boards. Nos equipamentos mais recentes, os teclados são um periférico de expansão.
ligados às portas PS/2. A conexão é Plug & Play e pode ser feita com o com-
putador ligado. O barramento USB promete acabar com os
problemas de IRQs e DMAs.
O padrão suportará acessórios como controles de mo-
nitor, acessórios de áudio, telefones, modems, teclados,
mouses, drives de CD ROM, joysticks, drives de fitas e dis-
quetes, acessórios de imagem como scanners e impresso-
ras. A taxa de dados de 12 megabits/s da USB vai acomo-
dar uma série de periféricos avançados, incluindo produtos
baseados em Vídeo MPEG-2, digitalizadores e interfaces
Porta PS/2 de baixo custo para ISDN (Integrated Services Digital Net-
Surgiram com os IBM PS/2 e nos respectivos teclados. work) e PBXs digital.
Também são designadas por mini-DIM de 6 pinos. Os te-
clados e ratos dos computadores actuais são, na maior par-
te dos casos, ligados através destes conectores. Nas mo-
therboards actuais existem duas portas deste tipo.

Porta Série
A saída série de um computador geralmente está lo-
calizada na placa MULTI-IDE e é utilizada para diversos fins
como, por exemplo, ligar um fax modem externo, ligar um
rato série, uma plotter, uma impressora e outros periféri-

21
INFORMÁTICA

Porta FireWire Os Arquivos


A porta FireWire assenta no barramento com o mesmo
nome, que representa um padrão de comunicações recen- O gerenciador do sistema de arquivos é utilizado pelo
te e que tem várias características em comum como o USB, sistema operacional para organizar e controlar os arquivos.
mas traz a vantagem de ser muito mais rápido, permitindo Um arquivo é uma coleção de dados gravados com um
transferências a 400 Mbps e, pela norma IEEE 1394b, irá nome lógico chamado “nomedoarquivo” (filename). Toda
permitir a transferência de dados a velocidades a partir de informação que o computador armazena está na forma de
800 Mbps. arquivos.
As ligações FireWire são utilizadas para ligar discos Há muitos tipos de arquivos, incluindo arquivos de
amovíveis, Flash drives (Pen-Disks), Câmaras digitais, tele- programas, dados, texto, imagens e assim por diante. A
visões, impressoras, scanners, dispositivos de som, etc. . maneira que um sistema operacional organiza as informa-
Assim como na ligação USB, os dispositivos FireWire ções em arquivos é chamada sistema de arquivos.
podem ser conectados e desconectados com o computa-
A maioria dos sistemas operacionais usa um sistema de
dor ligado.
arquivo hierárquico em que os arquivos são organizados
em diretórios sob a estrutura de uma árvore. O início do
FAX/MODEM
sistema de diretório é chamado diretório raiz.

Funções do Sistema Operacional

Não importa o tamanho ou a complexidade do com-


putador: todos os sistemas operacionais executam as mes-
mas funções básicas.
- Gerenciador de arquivos e diretórios (pastas): um sis-
tema operacional cria uma estrutura de arquivos no disco
rígido (hard disk), de forma que os dados dos usuários pos-
Placa utilizada para conecção internet pela linha disca- sam ser armazenados e recuperados. Quando um arquivo
da (DIAL UP) geralmente opera com 56 Kbps(velocidade de é armazenado, o sistema operacional o salva, atribuindo a
transmissão dos dados 56.000 bits por segundo( 1 byte = 8 ele um nome e local, para usá-lo no futuro.
bits).Usa interface PCI. - Gerenciador de aplicações: quando um usuário re-
quisita um programa (aplicação), o sistema operacional lo-
O SISTEMA OPERACIONAL E OS OUTROS SOFT- caliza-o e o carrega na memória RAM.
WARES Quando muitos programas são carregados, é trabalho
do sistema operacional alocar recursos do computador e
Um sistema operacional (SO) é um programa (softwa- gerenciar a memória.
re) que controla milhares de operações, faz a interface en-
tre o usuário e o computador e executa aplicações. Programas Utilitários do Sistema Operacional
Basicamente, o sistema operacional é executado quan-
do ligamos o computador. Atualmente, os computadores Suporte para programas internos (vulto-in): os progra-
já são vendidos com o SO pré-instalado. mas utilitários são os programas que o sistema operacional
Os computadores destinados aos usuários individuais, usa para se manter e se reparar. Estes programas ajudam
chamados de PCs (Personal Computer), vêm com o sistema a identificar problemas, encontram arquivos perdidos, re-
operacional projetado para pequenos trabalhos. Um SO
param arquivos danificados e criam cópias de segurança
é projetado para controlar as operações dos programas,
(backup).
como navegadores, processadores de texto e programas
Controle do hardware: o sistema operacional está
de e-mail.
situado entre os programas e o BIOS (Basic Input/Output
System - Sistema Básico de Entrada/Saída).
Com o desenvolvimento dos processadores, os com-
putadores tornaram-se capazes de executar mais e mais O BIOS faz o controle real do hardware. Todos os pro-
instruções por segundo. Estes avanços possibilitaram aos gramas que necessitam de recursos do hardware devem,
sistemas operacionais executar várias tarefas ao mesmo primeiramente, passar pelo sistema operacional que, por
tempo. Quando um computador necessita permitir usuá- sua vez, pode alcançar o hardware por meio do BIOS ou
rios simultâneos e trabalhos múltiplos, os profissionais da dos drivers de dispositivos.
tecnologia de informação (TI) procuram utilizar computa- Todos os programas são escritos para um sistema
dores mais rápidos e que tenham sistemas operacionais operacional específico, o que os torna únicos para cada
robustos, um pouco diferente daqueles que os usuários um. Explicando: um programa feito para funcionar no
comuns usam. Windows não funcionará no Linux e vice-versa.

22
INFORMÁTICA

Termos Básicos
APLICATIVOS PARA ELABORAÇÃO DE
Para compreender do que um sistema operacional é TEXTOS,
capaz, é importante conhecer alguns termos básicos. Os
termos abaixo são usados frequentemente ao comparar ou
descrever sistemas operacionais:
• Multiusuário: dois ou mais usuários executando MS WORD
programas e compartilhando, ao mesmo tempo, dispositi-
vos, como a impressora. O Word faz parte da suíte de aplicativos Office, e é
• Multitarefa: capacidade do sistema operacional considerado um dos principais produtos da Microsoft sen-
em executar mais de um programa ao mesmo tempo. do a suíte que domina o mercado de suítes de escritório,
• Multiprocessamento: permite que um computa- mesmo com o crescimento de ferramentas gratuitas como
Google Docs e LibreOffice.
dor tenha duas ou mais unidades centrais de processa-
mento (CPU) que compartilhem programas.
Interface
• Multithreading: capacidade de um programa
ser quebrado em pequenas partes podendo ser car-
regadas conforme necessidade do sistema operacional.
Multithreading permite que os programas individuais
sejam multitarefa.

Tipos de Sistemas Operacionais

Atualmente, quase todos os sistemas operacionais


são multiusuário, multitarefa e suportam multithreading.
Os mais utilizados são o Microsoft Windows, Mac OSX e
o Linux.

O Windows é hoje o sistema operacional mais popu-


lar que existe e é projetado para funcionar em PCs e para No cabeçalho de nosso programa temos a barra de
ser usado em CPUs compatíveis com processadores Intel e títulos do documento ,
AMD. Quase todos os sistemas operacionais voltados que como é um novo documento apresenta como título
ao consumidor doméstico utilizam interfaces gráficas para “Documento1”. Na esquerda temos a Barra de acesso rápi-
realizar a ponte máquina-homem. do, que permite acessar alguns comandos
mais rapidamente como salvar, desfazer. Você pode per-
As primeiras versões dos sistemas operacionais sonalizar essa barra, clicando no menu de contexto (flecha
foram construídas para serem utilizadas por somente para baixo) à direita dela.
uma pessoa em um único computador. Com o decor-
rer do tempo, os fabricantes atenderam às necessidades
dos usuários e permitiram que seus softwares operassem
múltiplas funções com (e para) múltiplos usuários.

Sistemas Proprietários e Sistemas Livres

O Windows, o UNIX e o Macintosh são sistemas


operacionais proprietários. Isto significa que é necessá-
rio comprá-los ou pagar uma taxa por seu uso às com-
panhias que registraram o produto em seu nome e cobram
pelo seu uso.

O Linux, por exemplo, pode ser distribuído livremen-


te e tem grande aceitação por parte dos profissionais
da área, uma vez que, por possuir o código aberto,
qualquer pessoa que entenda de programação pode
contribuir com o processo de melhoria dele.
Sistemas operacionais estão em constante evolução
e hoje não são mais restritos aos computadores. Eles são
usados em PDAs, celulares, laptops etc.

23
INFORMÁTICA

Mais a esquerda tem a ABA Arquivo.

Através dessa ABA, podemos criar novos documentos, abrir arquivos existentes, salvar documentos, imprimir, preparar
o documento (permite adicionar propriedades ao documento, criptografar, adicionar assinaturas digitais, etc.).

ABAS

Os comandos para a edição de nosso texto agora ficam agrupadas dentro destas guias. Dentro destas guias temos os
grupos de ferramentas, por exemplo, na guia Página Inicial, temos “Fonte”, “Parágrafo”, etc., nestes grupos fica visíveis para
os usuários os principais comandos, para acessar os demais comandos destes grupos de ferramentas, alguns destes grupos
possuem pequenas marcações na sua direita inferior .
O Word possui também guias contextuais quando determinados elementos dentro de seu texto são selecionados, por
exemplo, ao selecionar uma imagem, ele criar na barra de guias, uma guia com a possibilidade de manipulação do elemen-
to selecionado.

24
INFORMÁTICA

Trabalhando com documentos


Ao iniciarmos o Word temos um documento em branco que é sua área de edição de texto.

Salvando Arquivos
É importante ao terminar um documento, ou durante a digitação do mesmo, quando o documento a ser criado é longo,
salvar seu trabalho. Salvar consiste em armazenar seu documento em forma de arquivo em seu computador, pendrive, ou
outro dispositivo de armazenamento. Para salvar seu documento, clique no botão salvar no topo da tela. Será aberta uma
tela onde você poderá definir o nome, local e formato de seu arquivo.

Você pode mudar o local do arquivo a ser salvo, bastando clicar no botão “Procurar” e selecionar o local desejado pela
parte esquerda da janela.

No campo nome do arquivo, o Word normalmente preenche com o título do documento, como o documento não
possui um título, ele pega os primeiros 255 caracteres e atribui como nome, é aconselhável colocar um nome menor e
que se aproxime do conteúdo de seu texto. Até a versão 2003, os documentos eram salvos no formato .DOC, a partir da
versão 2007, os documentos são salvos na versão .DOCX, que não são compatíveis com as versões anteriores. Para poder
salvar seu documento e manter ele compatível com versões anteriores do Word, clique na direita dessa opção e mude para
Documento do Word 97-2003.

25
INFORMÁTICA

Observe que o nome de seu arquivo agora aparece na barra de títulos.

Abrindo um arquivo do Word

Para abrir um arquivo, você precisa clicar na ABA Arquivo.

Na esquerda da janela, localizamos o botão abrir, observe também que ele mostra uma relação de documentos recen-
tes, nessa área serão mostrados os últimos documentos abertos pelo Word facilitando a abertura. Ao clicar em abrir, será
necessário localizar o arquivo no local onde o mesmo foi salvo.

Caso necessite salvar seu arquivo em outro formato, outro local ou outro nome, clique na aba arquivo e escolha Salvar
Como.

Visualização do Documento

Podemos alterar a forma de visualização de nosso documento. No rodapé a direta da tela temos o controle de Zoom.·. An-
terior a este controle de zoom temos os botões de forma de visualização de seu documento,
que podem também ser acessados pela Aba Exibição.

26
INFORMÁTICA

Os primeiros botões são os mesmos que temos em miniaturas no rodapé.


Layout de Impressão: Formato atual de seu documento é o formato de como seu documento ficará na folha impressa.
Leitura: Ele oculta as barras de seu documento, facilitando a leitura em tela, observe que no rodapé do documento à
direita, ele possui uma flecha apontado para a próxima página. Para sair desse modo de visualização, clique no botão fechar
no topo à direita da tela.
Layout da Web: Aproxima seu texto de uma visualização na Internet, esse formato existe, pois muitos usuários postam
textos produzidos no Word em sites e blogs na Internet.
O terceiro grupo de ferramentas da Aba exibição permite trabalhar com o Zoom da página. Ao clicar no botão Zoom
o Word apresenta a seguinte janela:

Onde podemos utilizar um valor de zoom predefinido, ou colocarmos a porcentagem desejada, podemos visualizar
o documento em várias páginas. E finalizando essa aba temos as formas de exibir os documentos aberto em uma mesma
seção do Word.

Configuração de Documentos

Um dos principais cuidados que se deve ter com seus documentos é em relação à configuração da página.
No Word 2013 a ABA que permite configurar sua página é a ABA Layout da Página.

27
INFORMÁTICA

O grupo “Configurar Página”, permite definir as mar- A terceira guia dessa janela chama-se Layout. A primei-
gens de seu documento, ele possui alguns tamanhos pré- ra opção dessa guia chama-se seção. Aqui se define como
definidos, como também personalizá-las. será uma nova seção do documento, vamos aprender mais
frente como trabalhar com seções.

Em cabeçalhos e rodapés podemos definir se vamos


Ao personalizar as margens, é possível alterar as mar- utilizar cabeçalhos e rodapés diferentes nas páginas pares
gens superior, esquerda, inferior e direita, definir a orien- e ímpares, e se quero ocultar as informações de cabeçalho
tação da página, se retrato ou paisagem, configurar a fora e rodapé da primeira página. Em Página, pode-se definir o
de várias páginas, como normal, livro, espelho. Ainda nessa alinhamento do conteúdo do texto na página. O padrão é
mesma janela temos a guia Papel. o alinhamento superior, mesmo que fique um bom espa-
ço em branco abaixo do que está editado. Ao escolher a
Nesta guia podemos definir o tipo de papel, e fonte de opção centralizada, ele centraliza o conteúdo na vertical. A
alimentação do papel. opção números de linha permite adicionar numeração as
linhas do documento.

Colunas

Ao clicar em mais Colunas, é possível personalizar as


suas colunas, o Word disponibiliza algumas opções pré-
definidas, mas você pode colocar em um número maior de

28
INFORMÁTICA

colunas, adicionar linha entre as colunas, definir a largura Plano de Fundo da Página
e o espaçamento entre as colunas. Observe que se você
pretende utilizar larguras de colunas diferentes é preciso
desmarcar a opção “Colunas de mesma largura”. Atente
também que se preciso adicionar colunas a somente uma
parte do texto, eu preciso primeiro selecionar esse texto.

Podemos adicionar as páginas do documento, marcas


d’água, cores e bordas. O grupo Plano de Fundo da Página,
localizado na Aba Design possui três botões para modificar
o documento.
Clique no botão Marca d’água.

Números de Linha O Word apresenta alguns modelos, mais abaixo temos


o item Personalizar Marca D’água. Clique nessa opção.
É bastante comum em documentos acrescentar nume-
ração nas páginas dos documentos, o Word permite que
você possa fazer facilmente, clicando no botão “Números
de Linhas”.

Ao clicar em “Opções de Numeração de Linhas...”,


abre-se a janela que vimos em Layout.

29
INFORMÁTICA

Nesta janela podemos definir uma imagem como mar- matações e padrões deferentes dos editores de texto. Ao
ca d’água, basta clicar em Selecionar Imagem, escolher a copiar um texto da Internet, se você precisa adequá-lo ao
imagem e depois definir a dimensão e se a imagem fica- seu documento, não basta apenas clicar em colar, é ne-
rá mais fraca (desbotar) e clicar em OK. Como também é cessário clicar na setinha apontando para baixo no botão
possível definir um texto como marca d’água. O segundo Colar, escolher Colar Especial.
botão permite colocar uma cor de fundo em seu texto, um
recurso interessante é que o Word verifica a cor aplicada e
automaticamente ele muda a cor do texto.

O botão Bordas da Página, já estudamos seu funciona-


mento ao clicar nas opções de Margens.

Selecionando Textos
Embora seja um processo simples, a seleção de tex-
tos é indispensável para ganho de tempo na edição de seu
texto. Através da seleção de texto podemos mudar a cor, Observe na imagem que ele traz o texto no formato
tamanho e tipo de fonte, etc. HTML. Precisa-se do texto limpo para que você possa ma-
nipulá-lo, marque a opção Texto não formatado e clique
Selecionando pelo Mouse
em OK.
Ao posicionar o mouse mais a esquerda do texto, o
cursor aponta para a direita.
Localizar e Substituir
Ao dar um clique ele seleciona toda a linha
Ao final da ABA Inicio temos o grupo edição, dentro
Ao dar um duplo clique ele seleciona todo o parágrafo.
dela temos a opção Localizar e a opção Substituir. Clique
Ao dar um triplo clique seleciona todo o texto
na opção Substituir.
Com o cursor no meio de uma palavra:
Ao dar um clique o cursor se posiciona onde foi clicado
Ao dar um duplo clique, ele seleciona toda a palavra.
Ao dar um triplo clique ele seleciona todo o parágrafo
Podemos também clicar, manter o mouse pressionado
e arrastar até onde se deseja selecionar. O problema é que
se o mouse for solto antes do desejado, é preciso reiniciar
o processo, ou pressionar a tecla SHIFT no teclado e clicar
ao final da seleção desejada. Podemos também clicar onde
começa a seleção, pressionar a tecla SHIFT e clicar onde
termina a seleção. É possível selecionar palavras alternadas.
Selecione a primeira palavra, pressione CTRL e vá selecio-
nando as partes do texto que deseja modificar.
Copiar e Colar A janela que se abre possui três guias, localizar, Substi-
O copiar e colar no Word funciona da mesma forma tuir e Ir para. A guia substituir que estamos vendo, permi-
que qualquer outro programa, pode-se utilizar as teclas de te substituir em seu documento uma palavra por outra. A
atalho CTRL+C (copiar), CTRL+X (Recortar) e CTRL+V(Co- substituição pode ser feita uma a uma, clicando em subs-
lar), ou o primeiro grupo na ABA Página Inicial. tituir, ou pode ser todas de uma única vez clicando-se no
botão Substituir Tudo.
Algumas vezes posso precisar substituir uma palavra
por ela mesma, porém com outra cor, ou então somente
quando escrita em maiúscula, etc., nestes casos clique no
botão Mais. As opções são:
Pesquisar: Use esta opção para indicar a direção da
pesquisa;
Diferenciar maiúsculas de minúsculas: Será localizada
Este é um processo comum, porém um cuidado impor- exatamente a palavra como foi digitada na caixa localizar.
tante é quando se copia texto de outro tipo de meio como, Palavras Inteiras: Localiza uma palavra inteira e não
por exemplo, da Internet. Textos na Internet possuem for- parte de uma palavra. Ex: Atenciosamente.

30
INFORMÁTICA

Usar caracteres curinga: Procura somente as palavras que você especificou com o caractere coringa. Ex. Se você digitou
*ão o Word vai localizar todas as palavras terminadas em ão.
Semelhantes: Localiza palavras que tem a mesma sonoridade, mas escrita diferente. Disponível somente para palavras
em inglês.
Todas as formas de palavra: Localiza todas as formas da palavra, não será permitida se as opções usar caractere coringa
e semelhantes estiverem marcadas.
Formatar: Localiza e Substitui de acordo com o especificado como formatação.
Especial: Adiciona caracteres especiais à caixa localizar. A caixa de seleção usar caracteres curinga.

Formatação de texto

Um dos maiores recursos de uma edição de texto é a possibilidade de se formatar o texto. No Office 2013 a ABA res-
ponsável pela formatação é a Página Inicial e os grupo Fonte, Parágrafo e Estilo.

Formatação de Fonte

A formatação de fonte diz respeito ao tipo de letra, tamanho de letra, cor, espaçamento entre caracteres, etc., para
formatar uma palavra, basta apenas clicar sobre ela, para duas ou mais é necessário selecionar o texto, se quiser formatar
somente uma letra também é necessário selecionar a letra. No grupo Fonte, temos visível o tipo de letra, tamanho, botões
de aumentar fonte e diminuir fonte, limpar formatação, negrito, itálico, sublinhado, observe que ao lado de sublinhado
temos uma seta apontando para baixo, ao clicar nessa seta, é possível escolher tipo e cor de linha.

Ao lado do botão de sublinhado temos o botão Tachado – que coloca um risco no meio da palavra, botão subscrito e
sobrescrito e o botão Maiúsculas e Minúsculas.

31
INFORMÁTICA

Este botão permite alterar a colocação de letras maiús- interessante do Word é a ferramenta pincel, pois com ela
culas e minúsculas em seu texto. Após esse botão temos você pode copiar toda a formatação de um texto e aplicar
o de realce – que permite colocar uma cor de fundo para em outro.
realçar o texto e o botão de cor do texto.
Formatação de parágrafos
A principal regra da formatação de parágrafos é que
independentemente de onde estiver o cursor a formatação
será aplicada em todo o parágrafo, tendo ele uma linha
ou mais. Quando se trata de dois ou mais parágrafos será
necessárioselecionar os parágrafos a serem formatados. A
formatação de parágrafos pode ser localizada na ABA Ini-
cio, e os recuos também na ABA Layout da Página.

No grupo da Guia Inicio, temos as opções de marcado-


Podemos também clicar na Faixa no grupo Fonte. res (bullets e numeração e listas de vários níveis), diminuir
e aumentar recuo, classificação e botão Mostrar Tudo, na
segunda linha temos os botões de alinhamentos: esquer-
da, centralizado, direita e justificado, espaçamento entre li-
nhas, observe que o espaçamento entre linhas possui uma
seta para baixo, permitindo que se possa definir qual o es-
paçamento a ser utilizado.

Cor do Preenchimento do Parágrafo.

A janela fonte contém os principais comandos de for-


matação e permite que você possa observar as alterações
antes de aplica. Ainda nessa janela temos a opção Avan-
çado.
Podemos definir a escala da fonte, o espaçamento en-
tre os caracteres que pode ser condensado ou comprimido,
a posição é referente ao sobrescrito e subscrito, permitindo
que se faça algo como: .

Kerning: é o acerto entre o espaço dentro das palavras,


pois algumas vezes acontece de as letras ficaram com es-
paçamento entre elas de forma diferente. Uma ferramenta

32
INFORMÁTICA

Bordas no parágrafo.

As opções disponíveis são praticamente as mesmas


disponíveis pelo grupo.
Podemos trabalhar os recuos de texto também pelas
réguas superiores.

Na guia parágrafo da ABA Layout de Página temos


apenas os recuos e os espaçamentos entre parágrafos. Ao
clicar na Faixa do grupo Parágrafos, será aberta a janela de
Formatação de Parágrafos.

Marcadores e Numeração
Os marcadores e numeração fazem parte do grupo
parágrafos, mas devido a sua importância, merecem um
destaque. Existem dois tipos de marcadores: Símbolos e
Numeração.

A opção vários níveis é utilizada quando nosso texto


tenha níveis de marcação como, por exemplo, contratos e
petições. Os marcadores do tipo Símbolos como o nome já
diz permite adicionar símbolos a frente de seus parágrafos.

33
INFORMÁTICA

Se precisarmos criar níveis nos marcadores, basta clicar ABA Layout da Página e sombreamentos. Selecione o texto
antes do inicio da primeira palavra do parágrafo e pressio- ou o parágrafo a ser aplicado à borda e ao clicar no botão
nar a tecla TAB no teclado. de bordas do grupo Parágrafo, você pode escolher uma
borda pré-definida ou então clicar na última opção Bordas
e Sombreamento.

Você pode observar que o Word automaticamente


adicionou outros símbolos ao marcador, você pode alte-
rar os símbolos dos marcadores, clicando na seta ao lado
do botão Marcadores e escolhendo a opção Definir Novo
Marcador.

Ao clicar em Símbolo, será mostrada a seguinte janela:

Onde você poderá escolher a Fonte (No caso acon-


selha-se a utilizar fontes de símbolos como a Winddings,
Webdings), e depois o símbolo. Ao clicar em Imagem, você
poderá utilizar uma imagem do Office, e ao clicar no botão
importar, poderá utilizar uma imagem externa.

Bordas e Sombreamento Podemos começar escolhendo uma definição de borda


Podemos colocar bordas e sombreamentos em nosso (caixa, sombra, 3D e outra), ou pode-se especificar cada
texto. Podem ser bordas simples aplicadas a textos e pará- uma das bordas na direita onde diz Visualização. Pode-se
grafos. Bordas na página como vimos quando estudamos a pelo meio da janela especificar cor e largura da linha da

34
INFORMÁTICA

borda. A Guia Sombreamento permite atribuir um preenchimento de fundo ao texto selecionado. Você pode escolher uma
cor base, e depois aplicar uma textura junto dessa cor.

Cabeçalho e Rodapé
O Word sempre reserva uma parte das margens para o cabeçalho e rodapé. Para acessar as opções de cabeçalho e
rodapé, clique na ABA Inserir, Grupo Cabeçalho e Rodapé.

Ele é composto de três opções Cabeçalho, Rodapé e Número de Página.


Ao clicar em Cabeçalho o Word disponibiliza algumas opções de caixas para que você possa digitar seu texto. Ao clicar
em Editar Cabeçalho o Word edita a área de cabeçalho e a barra superior passa a ter comandos para alteração do cabeça-
lho.

A área do cabeçalho é exibida em um retângulo pontilhado, o restante do documento fica em segundo plano. Tudo
o que for inserido no cabeçalho será mostrado em todas as páginas, com exceção se você definiu seções diferentes nas
páginas.

35
INFORMÁTICA

Para aplicar números de páginas automaticamente em O que será ensinado agora é praticamente igual para
seu cabeçalho basta clicar em Números de Página, apenas todos os elementos gráficos, que é a manipulação dos ele-
tome o cuidado de escolher Inicio da Página se optar por mentos gráficos. Ao inserir a imagem é possível observar
Fim da Página ele aplicará o número da página no rodapé. que a mesma enquanto selecionada possui uma caixa pon-
Podemos também aplicar cabeçalhos e rodapés diferentes tilhadas em sua volta, para mover a imagem de local, basta
a um documento, para isso basta que ambos estejam em clicar sobre ela e arrastar para o local desejado, se precisar
seções diferentes do documento. O cuidado é ao aplicar redimensionar a imagem, basta clicar em um dos peque-
o cabeçalho ou o rodapé, desmarcar a opção Vincular ao nos quadrados em suas extremidades, que são chamados
anterior. por Alças de redimensionamento. Para sair da seleção da
O funcionamento para o rodapé é o mesmo para o ca- imagem, basta apenas clicar em qualquer outra parte do
beçalho, apenas deve-se clicar no botão Rodapé. texto. Ao clicar sobre a imagem, a barra superior mostra as
configurações de manipulação da imagem.
Data e Hora

O Word Permite que você possa adicionar um campo


de Data e Hora em seu texto, dentro da ABA Inserir, no
grupo Texto, temos o botão Data e Hora.
Alterar o brilho, contraste ou nitidez de uma imagem
Você pode ajustar o brilho relativo de uma imagem,
seu contraste (a diferença entre suas áreas mais escuras
e mais claras) e como nitidez ou desfocado aparece. Estes
são também denominados correções de imagem.

No sentido horário da parte superior esquerda: a ima-


gem original, a imagem com aumento de suavização, con-
traste e brilho.
Basta escolher o formato a ser aplicado e clicar em OK.
Se precisar que esse campo sempre atualize data, marque Aplicar correções a uma imagem
a opção Atualizar automaticamente. Clique na imagem cujo brilho deseja alterar.
Em Ferramentas de Imagem, na guia Formatar, no gru-
Inserindo Elementos Gráficos po Ajustar, clique em Correções.
O Word permite que se insira em seus documentos
arquivos gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as
opções de inserção estão disponíveis na ABA Inserir.

Imagens
O primeiro elemento gráfico que temos é o elemen-
to Imagem. Para inserir uma imagem clique no botão com
o mesmo nome no grupo Ilustrações na ABA Inserir. Na Dependendo do tamanho da sua tela, o botão de cor-
janela que se abre, localize o arquivo de imagem em seu reções pode aparecer diferente.
computador.
A imagem será inserida no local onde estava seu cur-
sor.

36
INFORMÁTICA

Caso você não veja as guias Formatar ou Ferramentas Clique em Ferramentas de imagem > Formatar e clique
de Imagem, confirme se selecionou uma imagem. Talvez em Efeitos artísticos no grupo Ajustar.
seja necessário clicar duas vezes na imagem para selecioná
-la e abrir a guia Formatar.
Siga um ou mais destes procedimentos:
Em Nitidez/Suavização, clique na miniatura desejada.
As miniaturas à esquerda mostram mais nitidez e à direita,
mais suavização.
Em Brilho/Contraste, clique na miniatura desejada. Mi-
niaturas à esquerda mostram menos brilho e à direita, mais Grupo Ajustar na guia Formatar em Ferramentas de
brilho. Miniaturas na parte superior mostram menos con- Imagem
traste e na parte inferior, mais contraste. Caso você não veja as guias Formatar ou Ferramentas
Mova o ponteiro do mouse sobre qualquer uma das de Imagem, confirme se selecionou uma imagem. Talvez
miniaturas para ver a aparência de sua foto antes de clicar seja necessário clicar duas vezes na imagem para selecioná
na opção desejada. -la e abrir a guia Formatar.
Para ajustar qualquer correção, clique em Opções de Clique no efeito artístico desejado. Você pode mover
correção de imagem e, em seguida, mova o controle desli- o ponteiro do mouse sobre qualquer uma das imagens
zante para nitidez, brilho ou contraste ou insira um número em miniatura efeito e usar visualização dinâmica para ver
na caixa ao lado do controle deslizante. como sua imagem ficará com esse efeito aplicado, antes de
clicar no efeito desejado.
Para ajustar o efeito artístico, clique em Opções de
efeitos artísticos na parte inferior da lista de imagens em
miniatura. No painel Formatar imagem, você pode aplicar
uma variedade de efeitos adicionais, incluindo a sombra,
reflexo, brilho, bordas suaves e efeitos 3D.

Recolorir
Clique duas vezes na imagem que deseja recolorir.
Em Ferramentas de Imagem, clique em Formatar e, no
grupo Ajustar, clique em Cor.

Compactar Imagem
A opção Compactar Imagens permite deixar sua ima-
gem mais adequada ao editor de textos. Ao clicar nesta
opção o Word mostra a seguinte janela:

Clique na miniatura desejada. Você pode mover o pon-


teiro do mouse sobre qualquer efeito para ver como ficará
sua imagem com esse efeito aplicado antes de clicar no
efeito desejado.
Para usar cores adicionais, incluindo as cores de tema,
cores da guia Padrão ou cores personalizadas, clique em
Mais Variações e, em seguida, clique em Mais Cores. O efei-
to de Recoloração será aplicado usando a cor selecionada.

Aplicar um efeito artístico


Clique na imagem à qual deseja aplicar um efeito ar-
tístico.

37
INFORMÁTICA

Pode-se aplicar a compactação a imagem selecionada, ou a todas as imagens do texto. Podemos alterar a resolução
da imagem. A opção Redefinir Imagem retorna a imagem ao seu estado inicial, abandonando todas as alterações feitas.
No grupo Organizar é possível definir a posição da imagem em relação ao texto.

O primeiro dos botões é a Posição, ela permite definir em qual posição a imagem deverá ficar em relação ao texto.

Ao clicar na opção Mais Opções de Layout abre-se a janela Layout Avançado que permite trabalhar a disposição da
imagem em relação ao bloco de texto no qual ela esta inserida. Essas mesmas opções estão disponíveis na opção Quebra
Automática de Texto nesse mesmo grupo. Ao colocar a sua imagem em uma disposição com o texto, é habilitado alguns
recursos da barra de imagens. Como bordas

Através deste grupo é possível acrescentar bordas a sua imagem E no grupo Organizar ele habilita as opções de Tra-
zer para Frente, Enviar para Trás e Alinhar. Ao clicar no botão Trazer para Frente, ele abre três opções: Trazer para Frente e
Avançar, são utilizadas quando houver duas ou mais imagens e você precisa mudar o empilhamento delas. A opção Trazer
para Frente do Texto faz com que a imagem flutue sobre o Texto. Ao ter mais de uma imagem e ao selecionar as imagens
(Utilize a tecla SHIFT), você poderá alinhar as suas imagens.

38
INFORMÁTICA

O último grupo é referente às dimensões da imagem.

Neste grupo você pode cortar a sua imagem, ou redimensionar a imagem definindo Largura e Altura.
Podemos aplicar também os Efeitos de Imagem

Inserindo Elementos Gráficos


O Word permite que se insira em seus documentos arquivos gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as opções
de inserção estão disponíveis na ABA Inserir, grupo ilustrações.

Formas
Podemos também adicionar formas ao nosso conteúdo do texto

Para desenhar uma forma, o processo é simples, basta clicar na forma desejada e arrastar o mouse na tela para definir
as suas dimensões. Ao desenhar a sua forma a barra passa a ter as propriedades para modificar a forma.
SmartArt
O SmartArt permite ao você adicionar Organogramas ao seu documento. Basta selecionar o tipo de organograma a ser
trabalhado e clique em OK.

39
INFORMÁTICA

WordArt
Para finalizarmos o trabalho com elementos gráficos temo os WordArt que já um velho conhecido da suíte Office, ele
ainda mantém a mesma interface desde a versão do Office 97 No grupo Texto da ABA Inserir temos o botão de WorArt
Selecione um formato de WordArt e clique sobre ele.

Será solicitado a digitação do texto do WordArt. Digite seu texto e clique em OK. Será mostrada a barra do WordArt

Um dos grupos é o Texto, nesse grupo podemos editar o texto digitado e definir seu espaçamento e alinhamentos. No
grupo Estilos de WordArt pode-se mudar a forma do WordArt, depois temos os grupos de Sombra, Efeitos 3D, Organizar
e Tamanho.

Controlar alterações no Word


Quando quiser verificar quem está fazendo alterações em seu documento, ative o recurso Controlar Alterações.
Clique em Revisar > Controlar Alterações.

Agora, o Word está no modo de exibição Marcação Simples. Ele marca todas as alterações feitas por qualquer pessoa
no documento e mostra para você onde elas estão, exibindo uma linha ao lado da margem.

40
INFORMÁTICA

Para liberar o bloqueio, clique na seta ao lado de Con-


trolar Alterações e clique novamente em Bloqueio de Con-
trole. O Word solicitará que você digite sua senha. Depois
que você digitá-la e clicar em OK, o recurso Controlar Alte-
rações continuará ativado, mas agora você poderá aceitar
e rejeitar alterações.

O Word mostra um pequeno balão no local em que Desativar o controle de alterações


alguém fez um comentário. Para ver o comentário, clique Para desativar esse recurso, clique no botão Controlar
no respectivo balão. Alterações. O Word deixará de marcar novas alterações,
mas todas as alterações já realizadas continuarão marcadas
no documento até que você as remova.
Remover alterações controladas

IMPORTANTE:  A única maneira de remover alterações


controladas de um documento é aceitá-las ou rejeitá-las.
Ao escolherSem Marcação na caixa Exibir para Revisão aju-
da a ver qual será a aparência do documento final, mas isso
Para ver as alterações, clique na linha próxima à mar- apenas oculta temporariamente as alterações controladas.
gem. Isso alterna para o modo de exibição Toda a Marca- As alterações não são excluídas e aparecerão novamente
ção do Word. da próxima vez em que o documento for aberto. Para ex-
cluir permanentemente as alterações controladas, aceite
-as ou rejeite-as.
Clique em Revisar > Próxima > Aceitar ou Rejeitar.

Manter o recurso Controlar Alterações ativado


É possível bloquear o recurso Controlar Alterações com
uma senha para impedir que outra pessoa o desative. (Lem-
O Word aceita a alteração ou a remove e depois passa
bre-se da senha para poder desativar esse recurso quando
para a próxima alteração.
estiver pronto para aceitar ou rejeitar as alterações.)
Para excluir um comentário, selecione-o e clique
em Revisão > Excluir. Para excluir todos os comentários,
Clique em Revisar.
clique em Excluir >Excluir Todos os Comentários do Docu-
Clique na seta ao lado de Controlar Alterações e clique
mento.
em Bloqueio de Controle.
DICA:  Antes de compartilhar a versão final do seu do-
cumento, é uma boa ideia executar o Inspetor de Docu-
mento. Essa ferramenta verifica comentários e alterações
controladas, além de texto oculto, nomes pessoais em pro-
priedades e outras informações que talvez você não que-
ria compartilhar amplamente. Para executar o Inspetor de
Documento,

Imprimir um documento no Word


Antes de imprimir, você pode visualizar o documento e
especificar as páginas que você deseja imprimir.
Visualizar o documento
No menu Arquivo, clique em Imprimir.
Para visualizar cada página, clique nas setas para frente
Digite uma senha e depois digite-a mais uma vez na e para trás, na parte inferior da página.
caixa Redigite para confirmar.
Clique em OK.

Enquanto as alterações controladas estiverem blo-


queadas, você não poderá desativar o controle de altera-
ções, nem poderá aceitar ou rejeitar essas alterações.

41
INFORMÁTICA

Quando o texto é pequeno demais e difícil de ler, use


o controle deslizante de zoom na parte inferior da página
para ampliá-lo.

Escolha o número de cópias e qualquer outra opção


desejada e clique no botão Imprimir.

Para imprimir somente determinadas páginas, siga um


destes procedimentos:
Para imprimir a página mostrada na visualização, sele-
cione a opção Imprimir Página Atual.
Para imprimir páginas consecutivas, como 1 a 3, esco-
lha Impressão Personalizada e insira o primeiro e o último
número das páginas na caixa Páginas.
Para imprimir páginas individuais e intervalo de pági-
nas (como a página 3 e páginas 4 a 6) ao mesmo tempo,
escolhaImpressão Personalizada e digite os números das
páginas e intervalos separados por vírgulas (por exemplo,
3, 4-6).

Estilos
Os estilos podem ser considerados formatações pron-
tas a serem aplicadas em textos e parágrafos. O Word dis-
ponibiliza uma grande quantidade de estilos através do
grupo estilos.

Imprimir páginas específicas


No menu Arquivo, clique em Imprimir.
Para imprimir apenas determinadas páginas, algumas Para aplicar um estilo ao um texto é simples. Se você
das propriedades do documento ou alterações controladas clicar em seu texto sem selecioná-lo, e clicar sobre um esti-
e comentários, clique na seta em  Configurações, ao lado lo existente, ele aplica o estilo ao parágrafo inteiro, porém
de Imprimir Todas as Páginas (o padrão), para ver todas as se algum texto estiver selecionado o estilo será aplicado
opções. somente ao que foi selecionado.

42
INFORMÁTICA

Será mostrado todos os estilos presentes no documen-


to em uma caixa à direita. Na parte de baixo da janela exis-
tem três botões, o primeiro deles chama-se Novo Estilo,
clique sobre ele.

Observe na imagem acima que foi aplicado o estilo Tí-


tulo2 em ambos os textos, mas no de cima como foi clicado
somente no texto, o estilo está aplicado ao parágrafo, na
linha de baixo o texto foi selecionado, então a aplicação do
estilo foi somente no que estava selecionado. Ao clicar no
botão Alterar Estilos é possível acessar a diversas defini-
ções de estilos através da opção Conjunto de Estilos.

No exemplo dei o nome de Citações ao meu estilo,


defini que ele será aplicado a parágrafos, que a base de
criação dele foi o estilo corpo e que ao finalizar ele e iniciar
um novo parágrafo o próximo será também corpo. Abaixo
Podemos também se necessário criarmos nossos pró- definir a formatação a ser aplicada no mesmo. Na parte de
prios estilos. Clique na Faixa do grupo Estilo. baixo mantive a opção dele aparecer nos estilos rápidos e
que o mesmo está disponível somente a este documento.
Ao finalizar clique em OK. Veja um exemplo do estilo apli-
cado:

Inserir uma tabela


Para inserir rapidamente uma tabela, clique em Inse-
rir > Tabela e mova o cursor sobre a grade até realçar o
número correto de colunas e linhas desejado.

43
INFORMÁTICA

Clique na tabela exibida no documento. Caso seja necessário fazer ajustes, você poderá adicionar colunas e linhas em
uma tabela, excluir linhas ou colunas ou mesclar células.
Quando você clica na tabela, as Ferramentas de Tabela são exibidas.

Use as Ferramentas de Tabela para escolher diferentes cores, estilos de tabela, adicionar uma borda a uma página ou
remover bordas de uma tabela. Você pode até mesmo inserir uma fórmula para fornecer a soma de uma coluna ou linha
de números em uma tabela.
Se você tem um texto que ficará melhor em uma tabela, o Word pode convertê-lo em uma tabela.
Inserir tabelas maiores ou tabelas com comportamentos de largura personalizada
Para obter tabelas maiores e mais controle sobre as colunas, use o comando Inserir Tabela.

Assim, você pode criar uma tabela com mais de dez colunas e oito linhas, além de definir o comportamento de largura
das colunas.
Clique em Inserir > Tabela > Inserir Tabela.
Defina o número de colunas e linhas.

44
INFORMÁTICA

Na seção Comportamento de Ajuste Automático, há três opções para configurar a largura das colunas:
Largura fixa da coluna: você pode deixar o Word definir automaticamente a largura das colunas com Automático ou
pode definir uma largura específica para todas as colunas.
Ajustar-se automaticamente ao conteúdo: isso cria colunas muito estreitas que são expandidas conforme você adiciona
conteúdo.
Ajustar-se automaticamente à janela: isso mudará automaticamente a largura de toda a tabela para ajustar-se ao ta-
manho de seu documento. Se quiser que as tabelas criadas tenham uma aparência semelhante à da tabela que você está
criando, marque a caixa Lembrar dimensões para novas tabelas.

Projetar sua própria tabela


Se quiser ter mais controle sobre a forma das colunas e linhas de sua tabela ou algo diferente de uma grade básica, a
ferramenta Desenhar Tabela ajuda a desenhar exatamente a tabela que você deseja.

Você mesmo pode desenhar linhas diagonais e células dentro das células.
Clique em Inserir > Tabela > Desenhar Tabela. O ponteiro é alterado para um lápis.
Desenhe um retângulo para fazer as bordas da tabela. Depois, desenhe linhas para as colunas e linhas dentro do re-
tângulo.

45
INFORMÁTICA

Para apagar uma linha, clique na guia Layout de Ferramentas de Tabela, clique em Borracha e clique na linha que você
quer apagar.

ABA Revisão

A ABA revisão é responsável por correção, proteção, comentários etc., de seu documento.

O primeiro grupo Revisão de Texto tem como principal botão o de ortografia e Gramática, clique sobre ele.

O objetivo desta ferramenta e verificar todo o seu documento em busca de erros. Os de ortografia ele marca em ver-
melho e os de gramática em verde. É importante lembrar que o fato dele marcar com cores para verificação na impressão
sairá com as cores normais. Ao encontrar uma palavra considerada pelo Word como errada você pode:
Ignorar uma vez: Ignora a palavra somente nessa parte do texto.
Ignorar Todas: Ignora a palavra quando ela aparecer em qualquer parte do texto.
Adicionar ao dicionário: Adiciona a palavra ao dicionário do Word, ou seja, mesmo que ela apareça em outro texto ela
não será grafada como errada. Esta opção deve ser utilizada quando palavras que existam, mas que ainda não façam parte
do Word.
Alterar: Altera a palavra. Você pode alterá-la por uma palavra que tenha aparecido na caixa de sugestões, ou se você a
corrigiu no quadro superior.
Alterar Todas: Faz a alteração em todas as palavras que estejam da mesma forma no texto.

46
INFORMÁTICA

Índices

Sumário
O Sumário ou Índice Analítico é o mais utilizado, ele normalmente aparece no início de documentos. A principal regra
é que todo parágrafo que faça parte de seu índice precisa estar atrelado a um estilo. Clique no local onde você precisa que
fique seu índice e clique no botão Sumário, localizado na guia referência. Serão mostrados alguns modelos de sumário,
clique em Inserir Sumário.

Será mostrada uma janela de configuração de seu índice. Clique no botão Opções.

47
INFORMÁTICA

Será aberta outra janela, nesta janela aparecem todos os estilos presentes no documento, então é nela que você define
quais estilos farão parte de seu índice. No exemplo apliquei o nível 1 do índice ao estilo Título 1, o nível 2 ao Título 2 e o
nível 3 ao Título 3. Após definir quais serão suas entradas de índice clique em OK. Retorna-se a janela anterior, onde você
pode definir qual será o preenchimento entre as chamadas de índice e seu respectivo número de página e na parte mais
abaixo, você pode definir o Formato de seu índice e quantos níveis farão parte do índice. Ao clicar em Ok, seu índice será
criado.

Quando houver necessidade de atualizar o índice, basta clicar com o botão direito do mouse em qualquer parte do
índice e escolher Atualizar Campo.

Na janela que se abre escolha Atualizar o índice inteiro.

Verificar Ortografia e gramatica

Na guia Revisão, no grupo Revisão de Texto, clique em Ortografia e Gramática.

Você pode acessar esse comando rapidamente, adicionando-o à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido. Para isso,
clique com o botão direito do mouse em Ortografia e Gramática e, em seguida, clique em Adicionar à Barra de Ferramentas
de Acesso Rápido, no menu de atalho.
Quando o programa encontra erros de ortografia, uma caixa de diálogo ou painel de tarefas é exibido mostrando a
primeira palavra incorreta encontrada pelo verificador ortográfico.
Depois que solucionar cada palavra incorreta, o programa sinalizará a próxima palavra incorreta para que você possa
decidir o que fazer.
Apenas no Outlook ou no Word, quando o programa conclui a sinalização de erros ortográficos, ele mostra os erros
gramaticais. Para cada erro, clique em uma opção na caixa de diálogo Ortografia e Gramática.

Como funciona a verificação ortográfica automática


Quando você verifica a ortografia automaticamente enquanto digita, por certo não vai precisar corrigir muitos erros or-
tográficos. O programa do Microsoft Office pode sinalizar as palavras com ortografia incorreta à medida que você trabalha,
para que você possa localizá-las facilmente, como no exemplo a seguir.

48
INFORMÁTICA

Clique com o botão direito do mouse em uma palavra Clique em Arquivo > Informações > Proteger Docu-
escrita incorretamente para ver as sugestões de correção. mento > Criptografar com Senha.

Dependendo do programa do Microsoft Office que


você está usando, clique com o botão direito do mouse em Na caixa Criptografar Documento, digite uma senha e
uma palavra para obter outras opções, como adicionar a clique em OK.
palavra ao dicionário personalizado. Na caixa Confirmar Senha, digite a senha novamente e
Como funciona a verificação gramatical automática clique em OK.
(aplica-se somente ao Outlook e ao Word) Observações : 
Após ativar a verificação gramatical automática, o Você sempre pode alterar ou remover sua senha.
Word e o Outlook sinalizam os possíveis erros gramaticais As senhas diferenciam maiúsculas de minúsculas. Veri-
e estilísticos à medida que você trabalha nos documentos fique se a tecla CAPS LOCK está desativada quando digitar
do Word e em itens abertos do Outlook (exceto Anota- uma senha pela primeira vez.
ções), conforme mostrado no exemplo a seguir. Se você perder ou esquecer uma senha, o Word não
conseguirá recuperar suas informações. Portanto, guarde
uma cópia da senha em um local seguro ou crie uma senha
forte da qual se lembrará.
Clique com botão direito do mouse no erro para ver
mais opções.

PLANILHAS ELETRÔNICAS

MS EXCEL1

O Excel é uma ferramenta incrivelmente poderosa para


tornar significativa uma vasta quantidade de dados. Mas
ele também funciona muito bem para cálculos simples e
para rastrear de quase todos os tipos de informações. A
chave para desbloquear todo esse potencial é a grade de
células. As células podem conter números, texto ou fórmu-
Uma sugestão de correção pode ser exibida no menu las. Você insere dados nas células e as agrupa em linhas e
de atalho. Você pode também optar por ignorar o erro ou colunas. Isso permite que você adicione seus dados, classi-
clicar em Sobre esta sentença para ver por que o programa fique-os e filtre-os, insira-os em tabelas e crie gráficos in-
considera o texto um erro. críveis. Vejamos as etapas básicas para você começar.

Proteger um documento com senha


Ajude a proteger um documento confidencial contra
edições indesejadas atribuindo uma senha. Também é pos-
sível evitar que um documento seja aberto. 1 Fonte: https://support.office.com/pt-br/excel

49
INFORMÁTICA

Criar uma nova pasta de trabalho Digite uma combinação de números e operadores de
Os documentos do Excel são chamados de pastas de cálculos, como o sinal de mais (+) para adição, o sinal de
trabalho. Cada pasta de trabalho contém folhas que, nor- menos (-) para subtração, o asterisco (*) para multiplicação
malmente, são chamadas de planilhas. Você pode adicionar ou a barra (/) para divisão.
quantas planilhas desejar a uma pasta de trabalho ou pode Por exemplo, insira =2+4, =4-2, =2*4 ou =4/2.
criar novas pastas de trabalho para guardar seus dados se- Pressione Enter.
paradamente. Isso executa o cálculo.
Clique em Arquivo e em Novo. Você também pode pressionar Ctrl+Enter (se você de-
Em Novo, que em Pasta de trabalho em branco seja que o cursor permaneça na célula ativa).

Aplicar um formato de número


Para distinguir entre os diferentes tipos de números,
adicione um formato, como moeda, porcentagens ou da-
tas.
Selecione as células que contêm números que você de-
seja formatar.
Clique na guia Página Inicial e, em seguida, clique na
seta na caixa Geral.

Insira os dados
Clique em uma célula vazia.
Por exemplo, a célula A1 em uma nova planilha. As cé-
lulas são referenciadas por sua localização na linha e na
coluna da planilha, portanto, a célula A1 fica na primeira
linha da coluna A. Selecione um formato de número
Inserir texto ou números na célula.
Pressione Enter ou Tab para se mover para a célula seguinte.

Usar a AutoSoma para adicionar seus dados


Ao inserir números em sua planilha, talvez deseje so-
má-los. Um modo rápido de fazer isso é usar o AutoSoma.
Selecione a célula à direita ou abaixo dos números que
você deseja adicionar.
Clique na guia Página Inicial e, em seguida, clique
em AutoSoma no grupo Edição.

A AutoSoma soma os números e mostra o resultado na


célula selecionada.

Criar uma fórmula simples


Somar números é uma das coisas que você poderá fa-
zer, mas o Excel também pode executar outras operações
matemáticas. Experimente algumas fórmulas simples para
adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir seus valores.
Escolha uma célula e digite um sinal de igual (=).
Isso informa ao Excel que essa célula conterá uma fór- Caso você não veja o formato de número que está pro-
mula. curando, clique em Mais Formatos de Número.

50
INFORMÁTICA

Inserir dados em uma tabela

Um modo simples de acessar grande parte dos recur-


sos do Excel é colocar os dados em uma tabela. Isso per-
mite que você filtre ou classifique rapidamente os dados.
Selecione os dados clicando na primeira célula e arras-
tar a última célula em seus dados.

Para usar o teclado, mantenha a tecla Shift pressionada


ao mesmo tempo em que pressiona as teclas de direção
para selecionar os dados.
Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior
direito da seleção.

Para classificar os dados, clique em  Classificar de A a


Z ou Classificar de Z a A.

Clique em Tabelas, mova o cursor para o botão Tabe-


la para visualizar seus dados e, em seguida, clique no bo-
tão Tabela.

Clique na seta   no cabeçalho da tabela de uma co-


luna.

cionar tudo e, em seguida, selecione os dados que


você deseja mostrar na tabela.

Clique em OK.

51
INFORMÁTICA

Mostrar totais para os números A ferramenta Análise Rápida recomenda o gráfico cor-
As ferramentas de Análise Rápida permitem que você reto para seus dados e fornece uma apresentação visual
totalize os números rapidamente. Se for uma soma, média com apenas alguns cliques.
ou contagem que você deseja, o Excel mostra os resultados Selecione as células contendo os dados que você quer
do cálculo logo abaixo ou ao lado dos números. mostrar em um gráfico.
Selecione as células que contêm os números que você Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior
somar ou contar. direito da seleção.
Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior Clique na guia Gráficos, mova entre os gráficos reco-
direito da seleção. mendados para ver qual tem a melhor aparência para seus
Clique em Totais, mova o cursos entre os botões para dados e clique no que desejar.
ver os resultados dos cálculos dos dados e clique no botão
para aplicar os totais.

OBSERVAÇÃO: O Excel mostra diferentes gráficos nesta


Adicionar significado aos seus dados galeria, dependendo do que for recomendado para seus
A formatação condicional ou minigráficos podem des- dados.
tacar os dados mais importantes ou mostrar tendências de
dados. Use a ferramenta Análise Rápida para um Visualiza- Salvar seu trabalho
ção Dinâmica para experimentar. Clique no botão Salvar na Barra de Ferramentas de
Selecione os dados que você deseja examinar mais de- Acesso Rápido ou pressione Ctrl+S.
talhadamente.
Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior
direito da seleção.
Explore as opções nas guias  Formatação  e  Minigráfi-
cos para ver como elas afetam os dados.
Se você salvou seu trabalho antes, está pronto.
Se esta for a primeira vez que você salva este arquivo:
Em Salvar Como, escolha onde salvar sua pasta de tra-
balho e navegue até uma pasta.
Na caixa Nome do arquivo, digite um nome para a pas-
ta de trabalho.
Clique em Salvar.

Imprimir o seu trabalho


Clique em Arquivo e, em seguida, clique em Impri-
mir ou pressione Ctrl+P.
Por exemplo, selecione uma escala de cores na gale-
Visualize as páginas clicando nas setas Próxima Pági-
ria Formatação para diferenciar as temperaturas alta, média
e baixa. na e Página Anterior.

A janela de visualização exibe as páginas em preto e


branco ou colorida, dependendo das configurações de sua
impressora.
Se você não gostar de como suas páginas serão im-
Quando gostar da opção, clique nela. pressas, você poderá mudar as margens da página ou adi-
cionar quebras de página.
Mostrar os dados em um gráfico Clique em Imprimir.

52
INFORMÁTICA

Localizar ou substituir texto e números em uma Formato, clique em Escolher formato da célula e, em se-
planilha do Excel para Windows guida, clique na célula que possui a formatação a ser pes-
Localize e substitua textos e números usando curingas quisada.
ou outros caracteres. Você pode pesquisar planilhas, linhas, Siga um destes procedimentos:
colunas ou pastas de trabalho. Para localizar texto ou números, clique em Localizar
Em uma planilha, clique em qualquer célula. Tudo ou Localizar Próxima.
Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Lo- DICA: Quando você clicar em Localizar Tudo, todas as
calizar e Selecionar. ocorrências do critério que você estiver pesquisando serão
listadas, e você poderá ir para uma célula clicando nela na
lista. Você pode classificar os resultados de uma pesqui-
sa Localizar Tudo clicando em um título de coluna.
Para substituir texto ou números, digite os caracteres
de substituição na caixa Substituir por (ou deixe essa caixa
em branco para substituir os caracteres por nada) e clique
em Localizar ou Localizar Tudo.
OBSERVAÇÃO: Se a caixa Substituir por não estiver dis-
Siga um destes procedimentos: ponível, clique na guia Substituir.
Para localizar texto ou números, clique em Localizar. Se necessário, você poderá cancelar uma pesquisa em
Para localizar e substituir texto ou números, clique andamento pressionando ESC.
em Substituir. Para substituir a ocorrência realçada ou todas as ocor-
Na caixa Localizar, digite o texto ou os números que rências dos caracteres encontrados, clique em Substi-
você deseja procurar ou clique na seta da caixa Localizar e, tuir ou Substituir tudo.
em seguida, clique em uma pesquisa recente na lista. DICA: O Microsoft Excel salva as opções de formatação
Você pode usar caracteres curinga, como um asterisco que você define. Se você pesquisar dados na planilha nova-
(*) ou ponto de interrogação (?), nos critérios da pesquisa: mente e não conseguir encontrar caracteres que você sabe
Use o asterisco para localizar qualquer cadeia de carac- que estão lá, poderá ser necessário limpar as opções de
teres. Por exemplo, s*r localizará “ser” e “senhor”. formatação da pesquisa anterior. Na caixa de diálogo Loca-
Use o ponto de interrogação para localizar um único lizar e Substituir, clique na guia Localizar e depois em Op-
caractere. Por exemplo, s?m localizará “sim” e “som”. ções para exibir as opções de formatação. Clique na seta
DICA: Você pode localizar asteriscos, pontos de inter- ao lado de Formato e clique em Limpar ‘Localizar formato’.
rogação e caracteres de til (~) nos dados da planilha prece-
dendo-os com um til na caixa Localizar. Por exemplo, para Alterar a largura da coluna e a altura da linha
localizar dados que contenham “?”, use  ~?  como critério Em uma planilha, você pode especificar uma largura
de pesquisa. de coluna de 0 (zero) a 255. Esse valor representa o núme-
Clique em Opções para definir ainda mais a pesquisa e ro de caracteres que podem ser exibidos em uma célula
siga um destes procedimentos: formatada com a fonte padrãoTE000127106. A largura de
Para procurar dados em uma planilha ou em uma pasta coluna padrão é 8,43 caracteres. Se a largura da coluna for
de trabalho inteira, na caixa Em, clique em Planilha ou Pas- definida como 0 (zero), a coluna ficará oculta.
ta de Trabalho. Você pode especificar uma altura de linha de 0 (zero) a
Para pesquisar dados em linhas ou colunas, na cai- 409. Esse valor representa a medida da altura em pontos (1
xa Pesquisar, clique em Por Linhas ou Por Colunas. ponto é igual a aproximadamente 1/72 pol. ou 0,035 cm).
Para procurar dados com detalhes específicos, na cai- A altura de linha padrão é 12,75 pontos (aproximadamente
xa Examinar, clique em Fórmulas, Valores ou Comentários. 1/6 pol. ou 0,4 cm). Se a altura da linha for definida como 0
OBSERVAÇÃO: As opções Fórmulas, Valores e Comen- (zero), a linha ficará oculta.
tários só estão disponíveis na guia Localizar, e somente Fór- Se estiver trabalhando no modo de exibição de Layout
mulas está disponível na guia Substituir. da Página (guia Exibir, grupo Modos de Exibição da Pasta
Para procurar dados que diferenciam maiúsculas de de Trabalho, botão Layout da Página), você poderá especi-
minúsculas, marque a caixa de seleção Diferenciar maiús- ficar uma largura de coluna ou altura de linha em polega-
culas de minúsculas. das. Nesse modo de exibição, a unidade de medida padrão
Para procurar células que contenham apenas os carac- é polegada, mas você poderá alterá-la para centímetros ou
teres que você digitou na caixa Localizar, marque a caixa de milímetros (Na guia Arquivo, clique em Opções, clique na
seleção Coincidir conteúdo da célula inteira. categoria Avançado e, em Exibir, selecione uma opção na
Se você deseja procurar texto ou números que também lista Unidades da Régua).
tenham uma formatação específica, clique em  Formato  e
faça as suas seleções na caixa de diálogo Localizar Formato. Definir uma coluna com uma largura específica
DICA: Se você deseja localizar células que correspon-
dam a uma formato específico, exclua qualquer critério da Selecione as colunas a serem alteradas.
caixa Localizar e selecione a célula que contenha a forma- Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
tação que você deseja localizar. Clique na seta ao lado de matar.

53
INFORMÁTICA

Clique com o botão direito do mouse na coluna de


destino, aponte paraColar Especial e clique no botão Man-
ter Largura da Coluna Original 

Alterar a largura padrão de todas as colunas em uma


planilha ou pasta de trabalho
O valor da largura de coluna padrão indica o número
Em Tamanho da Célula, clique em Largura da Coluna. médio de caracteres da fonte padrão que cabe em uma cé-
Na caixa Largura da coluna, digite o valor desejado. lula. É possível especificar outro valor de largura de coluna
Clique em OK. padrão para uma planilha ou pasta de trabalho.
DICA: Para definir rapidamente a largura de uma única Siga um destes procedimentos:
coluna, clique com o botão direito do mouse na coluna Para alterar a largura de coluna padrão de uma plani-
selecionada, clique em Largura da Coluna, digite o valor lha, clique na guia da planilha.
desejado e clique em OK. Para alterar a largura de coluna padrão da pasta de tra-
Alterar a largura da coluna para ajustá-la automatica- balho inteira, clique com o botão direito do mouse em uma
mente ao conteúdo (AutoAjuste) guia de planilha e, em seguida, clique em Selecionar Todas
Selecione as colunas a serem alteradas. as Planilhas no menu de atalhoTE000127572.
Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
matar.

Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-


matar.

Em Tamanho da Célula, clique em Ajustar Largura da


Coluna Automaticamente.
OBSERVAÇÃO: Para ajustar automaticamente de forma
rápida todas as colunas da planilha, clique no botão Sele-
cionar Tudo e, em seguida, clique duas vezes em qualquer
limite entre dois títulos de coluna.
Em Tamanho da Célula, clique em Largura Padrão.
Na caixa Largura padrão da coluna, digite uma nova
medida e clique em OK.
DICA: Para definir a largura de coluna padrão de todas
as novas pastas de trabalho ou planilhas, você poderá criar
um modelo de pasta de trabalho ou de planilha e utilizá-lo
como base para as novas pastas de trabalho ou planilhas.
Alterar a largura das colunas com o mouse
Siga um destes procedimentos:
Para alterar a largura de uma coluna, arraste o limite
do lado direito do título da coluna até que ela fique do
tamanho desejado.
Fazer com que a largura da coluna corresponda à de
outra coluna
Selecione uma célula da coluna com a largura desejada.
Pressione Ctrl+C ou, na guia Página Inicial, no gru-
po Área de Transferência, clique em Copiar.

Para alterar a largura de várias colunas, selecione as


colunas desejadas e arraste um limite à direita do título de
coluna selecionado.
Para alterar a largura das colunas a fim de ajustá-la ao
conteúdo, selecione as colunas desejadas e clique duas ve-
zes no limite à direita do título de coluna selecionado.

54
INFORMÁTICA

Para alterar a largura de todas as colunas da planilha, Alterar a altura das linhas com o mouse
clique no botãoSelecionar Tudo e arraste o limite de qual- Siga um destes procedimentos:
quer título de coluna. Para alterar a altura de uma linha, arraste o limite abai-
xo do título da linha até que ela fique com a altura dese-
jada.

Para alterar a altura de várias linhas, selecione as linhas


desejadas e arraste o limite abaixo de um dos títulos de
Definir uma linha com uma altura específica linha selecionados.
Selecione as linhas a serem alteradas. Para alterar a altura de todas as linhas da planilha, cli-
que no botão Selecionar Tudo e arraste o limite abaixo de
qualquer título de linha.

Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-


matar.

Em Tamanho da Célula, clique em Altura da Linha.


Na caixa Altura da linha, digite o valor que você deseja
e, em seguida, clique em OK.
Alterar a altura da linha para ajustá-la ao conteúdo
Selecione as linhas a serem alteradas.
Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
matar. Para alterar a altura da linha a fim de ajustá-la ao con-
teúdo, clique duas vezes no limite abaixo do título da linha.

Formatar números como moeda no Excel


Para exibir números como valores monetários, forma-
te-os como moeda. Para fazer isso, aplique o formato de
número Moeda ou Contábil às células que deseja formatar.
As opções de formatação de número estão disponíveis na
guia Página Inicial, no grupo Número.

Em Tamanho da Célula, clique em AutoAjuste da Altura


da Linha.
DICA: Para ajustar automaticamente de forma rápi-
da todas as linhas da planilha, clique no botão Selecionar
Tudo e, em seguida, clique duas vezes no limite abaixo de
um dos títulos de linha.

Formatar números como moeda


Você pode exibir um número com o símbolo de moe-
da padrão selecionando a célula ou o intervalo de célu-
las e clicando em Formato de Número de Contabilização 
 no grupo Número da guia Página Inicial. (Se desejar
aplicar o formato Moeda, selecione as células e pressione
Ctrl+Shift+$.)
Alterar outros aspectos de formatação
Selecione as células que você deseja formatar.
Na guia Página Inicial, clique no Iniciador de Caixa de
Diálogo ao lado deNúmero.

55
INFORMÁTICA

lulas com o erro #####. Esse procedimento redimensiona


automaticamente a coluna para se ajustar ao número. Você
também pode arrastar o limite direito até que as colunas
fiquem com o tamanho desejado.

DICA: Você também pode pressionar Ctrl+1 para abrir


a caixa de diálogoFormatar Células.
Na caixa de diálogo Formatar Células, na lista Catego-
ria, clique em Moedaou Contábil.

Remover formatação de moeda


Selecione as células que têm formatação de moeda.
Na guia Página Inicial, no grupo Número, clique na cai-
xa de listagem Geral.
As células formatadas com o formato Geral não têm
um formato de número específico.

Operadores e Funções
A função é um método utilizado para tornar mais fácil
e rápido a montagem de fórmulas que envolvem cálculos
mais complexos e vários valores. Existem funções para os
cálculos matemáticos, financeiros e estatísticos. Por exem-
plo, na função: =SOMA (A1:A10) seria o mesmo que (A1+
A2+A3+A4+A5+A6+A7+A8+A9+A10), só que com a fun-
ção o processo passa a ser mais fácil. Ainda conforme o
exemplo pode-se observar que é necessário sempre iniciar
um cálculo com sinal de igual (=) e usa-se nos cálculos a
referência de células (A1) e não somente valores.
A quantidade de argumentos empregados em uma
função depende do tipo de função a ser utilizada. Os ar-
Na caixa Símbolo, clique no símbolo de moeda dese- gumentos podem ser números, textos, valores lógicos, re-
jado. ferências, etc...
OBSERVAÇÃO:  Se desejar exibir um valor monetário
sem um símbolo de moeda, clique em Nenhum. Operadores
Na caixa Casas decimais, insira o número de casas de- Operadores são símbolos matemáticos que permitem
cimais desejadas para o número. fazer cálculos e comparações entre as células. Os operado-
Por exemplo, para exibir R$138.691 em vez de colo- res são:
car R$ 138.690,63 na célula, insira 0 na caixa Casas deci-
mais. Conforme você faz alterações, preste atenção ao nú-
mero na caixa Amostra. Ela mostra como a alteração das
casas decimais afetará a exibição de um número.
Na caixa Números negativos selecione o estilo de exi-
bição que você deseja usar para números negativos.
Se não quiser usar as opções existentes para exibir nú-
meros negativos, você pode criar seu próprio formato de
número.
OBSERVAÇÃO:  A caixa  Números negativos  não está
disponível para o formato de número Contábil. O motivo
disso é que constitui prática contábil padrão mostrar nú-
meros negativos entre parênteses.
Para fechar a caixa de diálogo Formatar Células, clique Criar uma fórmula simples
em OK. Você pode criar uma fórmula simples para adicionar,
Se o Excel exibir ##### em uma célula depois que você subtrair, multiplicar ou dividir valores na planilha. As fór-
aplicar formatação de moeda em seus dados, isso signifi- mulas simples sempre começam com um sinal de igual (=),
cará que talvez a célula não seja suficientemente larga para seguido de constantes que são valores numéricos e ope-
exibir os dados. Para expandir a largura da coluna, clique radores de cálculo como os sinais de mais (+), menos (-),
duas vezes no limite direito da coluna que contém as cé- asterisco (*) ou barra (/).

56
INFORMÁTICA

Por exemplo, quando você inserir a fórmula =5+2*3, o Excel multiplicará os últimos dois números e adicionará o pri-
meiro número ao resultado. Seguindo a ordem padrão das operações matemáticas, a multiplicação e executada antes da
adição.
Na planilha, clique na célula em que você deseja inserir a fórmula.
Digite o = (sinal de igual) seguido das constantes e dos operadores que você deseja usar no cálculo.
Você pode inserir quantas constantes e operadores forem necessários em uma fórmula, até 8.192 caracteres.
DICA : Em vez de digitar as constantes em sua fórmula, você pode selecionar as células que contêm os valores que
deseja usar e inserir os operadores entre as células da seleção.
Pressione Enter.
Para adicionar valores rapidamente, você pode usar a AutoSoma em vez de inserir a fórmula manualmente (guia Página
Inicial, grupo Edição ).
Você também pode usar funções (como a função SOMA) para calcular os valores em sua planilha.
Para avançar mais uma etapa, você pode usar as referências de célula e nomes em vez dos valores reais em uma fórmula
simples.
Exemplos
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados.

Dados
2
5
Fórmula Descrição Resultado
‘=A2+A3 Adiciona os valores nas células A1 e A2 =A2+A3
‘=A2-A3 Subtrai o valor na célula A2 do valor em A1 =A2-A3
‘=A2/A3 Divide o valor na célula A1 pelo valor em A2 =A2/A3
‘=A2*A3 Multiplica o valor na célula A1 pelo valor em A2 =A2*A3
Eleva o valor na célula A1 ao valor exponencial especificado
‘=A2^A3 =A2^A3
em A2
Fórmula Descrição Resultado
‘=5+2 Adiciona 5 e 2 =5+2
‘=5-2 Subtrai 2 de 5 =5-2
‘=5/2 Divide 5 por 2 =5/2
‘=5*2 Multiplica 5 vezes 2 =5*2
‘=5^2 Eleva 5 à segunda potência =5^2

Usar referências de célula em uma fórmula


Ao criar uma fórmula simples ou uma fórmula que usa uma função, você pode fazer referência aos dados das células
de uma planilha incluindo referências de célula nos argumentos da fórmula. Por exemplo, quando você insere ou seleciona
a referência de célula A2, a fórmula usa o valor dessa célula para calcular o resultado. Você também pode fazer referência
a um intervalo de células.
Clique na célula na qual deseja inserir a fórmula.
Na barra de fórmulas  , digite = (sinal de igual).
Faça o seguinte: selecione a célula que contém o valor desejado ou digite sua referência de célula.
Você pode fazer referência a uma única célula, a um intervalo de células, a um local em outra planilha ou a um local em
outra pasta de trabalho.
Ao selecionar um intervalo de células, você pode arrastar a borda da seleção da célula para mover a seleção ou arrastar
o canto da borda para expandir a seleção.

57
INFORMÁTICA

1. A primeira referência de célula é B3, a cor é azul e o intervalo de células tem uma borda azul com cantos quadrados.
2. A segunda referência de célula é C3, a cor é verde e o intervalo de célula tem uma borda verde com cantos quadra-
dos.
OBSERVAÇÃO : Se não houver um canto quadrado em uma borda codificada por cor, significa que a referência está
relacionada a um intervalo nomeado.
Pressione Enter.
DICA :  Você também pode inserir uma referência a um intervalo ou célula nomeada.
Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colu-
nas para ver todos os dados. Use o comando Definir Nome (guia Formulas, grupo Nomes Definidos) para definir “Ativos”
(B2:B4) e “Passivos” (C2:C4).

Departamento Ativos Passivos


TI 274000 71000
Administrador 67000 18000
RH 44000 3000
Fórmula Descrição Resultado
Retorna o total de ativos dos três departamentos
‘=SOMA(Ativos) no nome definido “Ativos”, que é definido como =SOMA(Ativos)
o intervalo de células B2:B4. (385000)
‘=SOMA(Ativos)- Subtrai a soma do nome definido “Passivos” da =SOMA(Ativos)-
SOMA(Passivos) soma do nome definido “Ativos”. (293000) SOMA(Passivos)

Criar uma fórmula usando uma função


Você pode criar uma fórmula para calcular valores na planilha usando uma função. Por exemplo, as fórmulas =SO-
MA(A1:A2) e SOMA(A1,A2) usam ambas a função SOMA para adicionar os valores nas células A1 e A2. As fórmulas sempre
começam com um sinal de igual (=)
Clique na célula na qual deseja inserir a fórmula.
Para iniciar a fórmula com a função, clique em Inserir Função  .
O Excel insere o sinal de igual (=) para você.
Na caixa Ou selecione uma categoria, selecione Tudo.

Se você estiver familiarizado com as categorias de função, também poderá selecionar uma categoria.
Se você não tiver certeza de qual função usar, poderá digitar uma pergunta que descreva o que deseja fazer, na cai-
xa Procure por uma função (por exemplo, “adicionar números” retorna a função SOMA).

58
INFORMÁTICA

Na caixa Selecione uma função, selecione a função que deseja utilizar e clique em OK.
Nas caixas de argumento que forem exibidas para a função selecionada, insira os valores, as cadeias de caracteres de
texto ou referências de célula desejadas.
Em vez de digitar as referências de célula, você também pode selecionar as células que deseja referenciar. Clique em 
 para expandir novamente a caixa de diálogo.
Depois de concluir os argumentos para a fórmula, clique em OK.
DICA :  Se você usar funções frequentemente, poderá inserir suas fórmulas diretamente na planilha. Depois de digitar
o sinal de igual (=) e o nome da função, poderá obter informações sobre a sintaxe da fórmula e os argumentos da função
pressionando F1.

Exemplos
Copie a tabela para a célula A1 em uma planilha em branco no Excel para trabalhar com esses exemplos de fórmulas
que usam funções.

Dados
5 4
2 6
3 8
7 1
Fórmula Descrição Resultado
‘=SOMA(A:A) Adiciona todos os números na coluna A =SOMA(A:A)
Calcula a média de todos os números no intervalo
‘=MÉDIA(A1:B4) =MÉDIA(A1:B4)
A1:B4

Função Soma
A função soma , uma das funções matemáticas e trigonométricas, adiciona os valores. Você pode adicionar valores
individuais, referências de células ou intervalos ou uma mistura de todos os três.
Sintaxe: SOMA(número1,[número2],...)
Por exemplo:
=SOMA(A2:A10)
= SOMA(A2:A10, C2:C10)

Nome do argumento Descrição


número1    (Obrigatório) O primeiro número que você deseja somar. O número pode ser como “4”, uma
referência de célula, como B6, ou um intervalo de células, como B2:B8.
número2-255    (Opcional) Este é o segundo número que você deseja adicionar. Você pode especificar até 255
números dessa forma.

Soma rápida com a barra de Status


Se você quiser obter rapidamente a soma de um intervalo de células, tudo o que você precisa fazer é selecionar o in-
tervalo e procure no lado inferior direito da janela do Excel.

59
INFORMÁTICA

Barra de Status AutoSoma verticalmente


Esta é a barra de Status e exibe as informações sobre O Assistente de AutoSoma detectou automaticamente
tudo o que você selecionou, se você tiver uma única célula células B2: B5 como o intervalo a serem somados. Tudo o
ou várias células. Se você com o botão direito na barra de que você precisa fazer é pressione Enter para confirmá-la.
Status de uma caixa de diálogo do recurso será pop-out Se você precisar adicionar/excluir mais células, você pode
exibindo todas as opções que você pode selecionar. Obser- manter a tecla Shift > tecla de direção da sua escolha até
ve que ele também exibe valores para o intervalo selecio- que corresponde à sua seleção desejado e pressione Enter
nado se você tiver esses atributos marcados.  quando terminar. Guia de função Intellisense: a soma (Nú-
mero1, [núm2]) flutuantes marca abaixo a função é o guia
Usando o Assistente de AutoSoma de Intellisense. Se você clicar no nome de função ou soma,
A maneira mais fácil de adicionar uma fórmula de soma ele se transformará em um hiperlink azul, que o levará para
à sua planilha é usar o Assistente de AutoSoma. Selecione o tópico de ajuda para essa função. Se você clicar nos ele-
uma célula vazia diretamente acima ou abaixo do intervalo mentos de função individual, as peças representantes na
que você quer somar e nas guias página inicial ou fórmula fórmula serão realçadas. Nesse caso somente B2: B5 seria
na faixa de opções, pressione AutoSoma > soma. O Assis- realçadas como há apenas uma referência numérica nesta
tente de AutoSoma automaticamente detecta o intervalo fórmula. A marca de Intellisense será exibido para qualquer
para ser somados e criar a fórmula para você. Ele também função.
pode trabalhar horizontalmente se você selecionar uma Exemplo 3 – AutoSoma horizontalmente
célula para a esquerda ou à direita do intervalo a serem
somados.

AutoSoma horizontalmente
Exemplo 4 – somar células não-contíguas
Use o Assistente de AutoSoma para rapidamente os
intervalos contíguos de soma
A caixa de diálogo de AutoSoma também permite que
você selecione outras funções comuns, como:
Média
Contar números
Máx
Min
Mais funções
Exemplo 2 – AutoSoma verticalmente

Somar células não-contíguas


O Assistente de AutoSoma geralmente só funcionará
para intervalos contíguos, portanto se você tiver linhas ou
colunas vazias no seu intervalo de soma, Excel vai parada o
primeiro espaço. Nesse caso você precisaria soma por sele-
ção, onde você pode adicionar os intervalos individuais, um
por vez. Neste exemplo se você tivesse dados na célula B4,
o Excel seria gerar =SOMA(C2:C6) desde que ele reconheça
um intervalo contíguo.

60
INFORMÁTICA

Você pode selecionar rapidamente vários intervalos


não-contíguas com Ctrl + LeftClick. Primeiro, insira “= soma
(“, selecione seu diferentes intervalos e Excel adicionará au-
tomaticamente o separador de vírgula entre intervalos para
você. Pressione enter quando terminar.
Dica: você pode usar ALT + = para adicionar rapida-
mente a função soma para uma célula. Tudo o que você
precisa fazer é selecionar o intervalo (s).
Observação: você pode perceber como o Excel tem Evite usar o = 1 + 2 ou = métodos A + B
realçado os intervalos de função diferente por cor, e eles Sua fórmula pode quebrar se houver quaisquer valores
correspondem dentro da própria fórmula, portanto C2: C3 não numéricos (texto) nas células referenciadas, que retor-
é azul e C5: C6 é vermelho. Excel fará isso para todas as narão um #VALUE! erro. SOMA ignorará valores de texto e
funções, a menos que o intervalo referenciado esteja em lhe dar a soma dos valores numéricos.
uma planilha diferente ou em outra pasta de trabalho. Para
acessibilidade aprimorada com tecnologia assistencial,
você pode usar intervalos nomeados, como “Semana1”,
“Semana2”, etc. e, em seguida, fazer referência a eles, sua
fórmula:

=SOMA(Week1,Week2)

Práticas Recomendadas
Esta seção aborda algumas práticas recomendadas
para trabalhar com as funções soma. Grande parte desse SOMA ignora valores de texto
pode ser aplicada a trabalhar com outras funções também. #REF! Erro de excluir linhas ou colunas
♣ a = 1 + 2 ou = A + B Method – enquanto você pode
inserir = 1 + 2 + 3 ou = A1 + B1 + C2 e obter resultados
totalmente precisos, esses métodos estão sujeitos a erros
por vários motivos:
Erros de digitação – Imagine tentando inserir valores
mais e/ou muito maiores assim:
= 14598.93 + 65437.90 + 78496.23
Em seguida, tente validar se suas entradas estão cor-
retas. É muito mais fácil colocar esses valores em células
individuais e usar uma fórmula de soma. Além disso, você
Se você excluir uma linha ou coluna, a fórmula não se-
pode formatar os valores quando eles estão nas células,
rão atualizados para excluir a linha excluída e retornará um
tornando-as muito mais legível e quando ela estiverem em
#REF! erro, onde uma função soma atualizará automatica-
uma fórmula.
mente.

Fórmulas não atualizar referências ao inserir linhas ou


colunas

#VALUE! erros de referência de texto em vez de nú-


meros.
Se você usar um fórmula como:
= A1 + B1 + C1 ou = A1 + A2 + A3

61
INFORMÁTICA

= Style A + B fórmulas não os atualizará ao adicionar Resultará em 25% do intervalo somado, entretanto,
linhas ou colunas que rígido códigos a 25% da fórmula, e pode ser difícil
encontrar mais tarde se precisar alterá-lo. É muito melhor
Se você inserir uma linha ou coluna, a fórmula não será colocar os 25% em uma célula e referenciando que em vez
atualizada para incluir a linha adicionada, onde uma função disso, onde ele está check-out em Abrir e facilmente alte-
soma atualizará automaticamente (contanto que você não rados, assim:
estiver fora do intervalo referenciado na fórmula). Isso é es- = SOMA(A2:A14) * E2
pecialmente importante se você esperar sua fórmula para Dividir em vez de multiplicar você simplesmente subs-
atualizar e não, como ele deixará incompletos resultados titua a “*” com “/”: = SOMA(A2:A14)/E2
que você não pode capturar. Adicionando ou retirando de uma soma
i. você pode facilmente adicionar ou subtrair de uma
soma usando + ou - assim:
= SOMA(A1:A10) + E2
= SOMA(A1:A10)-E2

SOMA 3D
Às vezes você precisa somar uma determinada célula
em várias planilhas. Pode ser tentador clique em cada pla-
nilha e a célula desejada e use apenas «+» para adicionar a
SOMA com referências de célula individuais versus in- célula valores, mas que é entediante e pode ser propensa,
tervalos muito mais assim que apenas tentando construir uma fór-
Usando uma fórmula como: mula que faz referência apenas uma única folha.
=SOMA(A1,A2,A3,B1,B2,B3) i = Planilha1! A1 + Plan2! A1 + Planilha3! A1
É igualmente erro sujeitos ao inserir ou excluir linhas Você pode fazer isso muito mais fácil com um 3D ou
dentro do intervalo referenciada pelas mesmas razões. É soma 3 dimensionais:
muito melhor usar intervalos individuais, como:
=SOMA(A1:A3,B1:B3)
Qual será atualizada ao adicionar ou excluir linhas.
Usando operadores matemáticos com soma
Digamos que você deseja aplicar uma porcentagem de
desconto para um intervalo de células que você já soma-
dos.

= SOMA(Sheet1:Sheet3! A1)
Qual somará a célula A1 em todas as planilhas da pla-
nilha 1 para a planilha 3.
Isso é especialmente útil em situações em que você
tem uma única folha para cada mês (janeiro a dezembro) e
você precisa total-las em uma planilha de reSOMAo.

= SOMA(January:December! A2)
Qual somará célula A2 em cada planilha de janeiro a
= SOMA(A2:A14) *-25% dezembro.

62
INFORMÁTICA

Observação: se suas planilhas tem espaços em seus =SE(C2=1;”Sim”;”Não”)


nomes, como “Janeiro vendas”, então você precisa usar um Neste exemplo, a fórmula na célula D2 diz: SE(C2 = 1, a
apóstrofo ao fazer referência os nomes de planilha em uma fórmula retorna Sim e, caso contrário, retorna Não)
fórmula: Como você pode ver, a função SE pode ser usada
= SOMA(‘January Sales:December Sales’! A2) para avaliar texto e valores. Ela também pode ser usada
SOMA com outras funções para  avaliar erros. Você não está limitado a verificar ape-
Absolutamente, você pode usar soma com outras fun- nas se um valor é igual a outro e retornar um único resul-
ções. Aqui está um exemplo que cria um cálculo da média tado; você também pode usar operadores matemáticos e
mensal: executar cálculos adicionais dependendo de seus critérios.
Também é possível aninhar várias funções SE juntas para
realizar várias comparações.

OBSERVAÇÃO : Se você for usar texto em fórmulas, será


preciso quebrar o texto entre aspas (por exemplo, “Texto”).
A única exceção é usar VERDADEIRO ou FALSO que o Excel
reconhece automaticamente.

=SOMA(A2:L2)/COUNTA(A2:L2) Introdução
Que usa a soma de A2:L2 dividido pela contagem de A melhor maneira de começar a escrever uma instru-
células não vazias em A2:L2 (maio a dezembro estão em ção SE é pensar sobre o que você está tentando realizar.
branco). Que comparação você está tentando fazer? Muitas vezes,
Função SE escrever uma instrução SE pode ser tão simples quanto
A função SE é uma das funções mais populares do Ex- pensar na lógica em sua cabeça: “o que aconteceria se
cel e permite que você faça comparações lógicas entre um essa condição fosse atendida vs. o que aconteceria se não
valor e aquilo que você espera. Em sua forma mais simples, fosse?” Você sempre deve se certificar de que suas etapas
a função SE diz: sigam uma progressão lógica; caso contrário, sua fórmula
SE(Algo for Verdadeiro, faça tal coisa, caso contrário, não executará aquilo que você acha que ela deveria exe-
faça outra coisa) cutar. Isso é especialmente importante quando você cria
Portanto, uma instrução SE pode ter dois resultados. instruções SE complexas (aninhadas).
O primeiro resultado é se a comparação for Verdadeira, o
segundo se a comparação for Falsa.
Mais exemplos de SE
Exemplos de SE simples

=SE(C2>B2;”Acima do orçamento”;”Dentro do orça-


mento”)
=SE(C2=”Sim”;1,2) No exemplo acima, a função SE em D2 está dizen-
No exemplo acima, a célula D2 diz: SE(C2 = Sim, a fór- do SE(C2 é maior que B2, retorne “Acima do orçamento”,
mula retorna um 1 ou um 2) caso contrário, retorne “Dentro do orçamento”)

= SE(C2>B2,C2-B2,0)

63
INFORMÁTICA

Na ilustração acima, em vez de retornar um resultado Nesse caso, usamos SE com a função ÉCÉL.VAZIA:
de texto, vamos retornar um cálculo matemático. A fórmula =SE(ÉCÉL.VAZIA(D2),”Em branco”,”Não está em bran-
em E2 está dizendo SE(Valor real for maior que o Valor or- co”)
çado, subtraia o Valor orçado do Valor real, caso contrário, Que diz  SE(D2 está em branco, retorne “Em branco”,
não retorne nada). caso contrário, retorne “Não está em branco”). Você tam-
bém poderia facilmente usar sua própria fórmula para a
condição “Não está em branco”. No próximo exemplo
usamos “” em vez de ÉCÉL.VAZIA. “” basicamente significa
“nada”.

=SE(D3=””,”Em branco”,”Não está em branco”)


=SE(E7=”Sim”;F5*0,0825;0) Essa fórmula diz  SE(D3 é nada, retorne “Em branco”,
Neste exemplo, a fórmula em F7 está dizendo SE(E7 = caso contrário, retorne “Não está em branco”). Veja um
“Sim”, calcule o Valor Total em F5 * 8,25%, caso contrário, exemplo de um método muito comum de usar “” para im-
nenhum Imposto sobre Vendas é cobrado, retorne 0) pedir que uma fórmula calcule se uma célula dependente
está em branco:
Práticas Recomendadas - Constantes =SE(D3=””;””;SuaFórmula())
No último exemplo, você vê dois “Sim” e a Taxa de SE(D3 é nada, retorne nada, caso contrário, calcule sua
Imposto sobre Vendas (0,0825) inseridos diretamente na fórmula).
fórmula. Geralmente, não é recomendável colocar constan-
tes literais (valores que talvez precisem ser alterados oca- Exemplo de SE aninhada
sionalmente) diretamente nas fórmulas, pois elas podem
ser difíceis de localizar e alterar no futuro. É muito melhor
colocar constantes em suas próprias células, onde elas fi-
cam fora das constantes abertas e podem ser facilmente
encontradas e alteradas. Nesse caso, tudo bem, pois há
apenas uma função SE e a Taxa de Imposto sobre Vendas
raramente será alterada. Mesmo se isso acontecer, será fá-
cil alterá-la na fórmula.
Usar SE para verificar se uma célula está em branco
Às vezes, é preciso verificar se uma célula está em bran-
co, geralmente porque você pode não querer uma fórmula
exiba um resultado sem entrada.
Em casos onde uma simples função SE tem apenas dois
resultados (Verdadeiro ou Falso), as funções se aninhadas
SE podem ter de 3 a 64 resultados.
=SE(D2=1;”SIM”;SE(D2=2;”Não”;”Talvez”))
Na ilustração acima, a fórmula em E2 diz: SE(D2 é igual
a 1, retorne “Sim”, caso contrário, SE(D2 é igual a 2, retorne
“Não”, caso contrário, retorne “Talvez”).

CONT.SE
Use CONT.SE, uma das funções estatísticas, para con-
tar o número de células que atendem a um critério; por
exemplo, para contar o número de vezes que uma cidade
específica aparece em uma lista de clientes.

64
INFORMÁTICA

Sintaxe
CONT.SE(intervalo, critério)
Por exemplo:
=CONT.SE(A2:A5;”maçãs”)
=CONT.SE(A2:A5,A4)

Nome do argumento Descrição


O grupo de células que você deseja contar. Intervalo pode conter números,
intervalo    (obrigatório) matrizes, um intervalo nomeado ou referências que contenham números.
Valores em branco e texto são ignorados.
Um número, expressão, referência de célula ou cadeia de texto que
determina quais células serão contadas.
Por exemplo, você pode usar um número como 32, uma comparação, como
critérios    (obrigatório)
“> 32”, uma célula como B4 ou uma palavra como “maçãs”.
CONT.SE usa apenas um único critério. Use CONT.SES se você quiser usar
vários critérios.

Função SOMASE
Você pode usar a função SOMASE para somar os valores em uma intervalo que atendem aos critérios que você especi-
ficar. Por exemplo, suponha que, em uma coluna que contém números, você quer somar apenas os valores que são maiores
do que 5. Você pode usar a seguinte fórmula: = SOMASE (B2:B25,”> 5”).

Sintaxe
SOMASE(intervalo, critérios, [intervalo_soma])
A sintaxe da função SOMASE tem os seguintes argumentos:
intervalo    Necessário. O intervalo de células a ser avaliada por critérios. Células em cada intervalo devem ser números
ou nomes, matrizes ou referências que contenham números. Valores em branco e texto são ignorados. O intervalo selecio-
nado pode conter datas no formato padrão do Excel (exemplos abaixo).
critérios   Obrigatório. Os critérios na forma de um número, expressão, referência de célula, texto ou função que define
quais células serão adicionadas. Por exemplo, os critérios podem ser expressos como 32, “>32”, B5, “32”, “maçãs” ou HOJE().
IMPORTANTE : Qualquer critério de texto ou qualquer critério que inclua símbolos lógicos ou matemáticos deve estar
entre aspas duplas (“). Se os critérios forem numéricos, as aspas duplas não serão necessárias.
intervalo_soma   Opcional. As células reais a serem adicionadas, se você quiser adicionar células diferentes das especi-
ficadas no argumento intervalo. Se o argumento intervalo_soma for omitido, o Excel adicionará as células especificadas no
argumento intervalo (as mesmas células às quais os critérios são aplicados).
Você pode usar os caracteres curinga – o ponto de interrogação (?) e o asterisco (*) – como o argumento critérios. O
ponto de interrogação corresponde a qualquer caractere único; o asterisco corresponde a qualquer sequência de caracte-
res. Para localizar um ponto de interrogação ou asterisco real, digite um til (~) antes do caractere.

Comentários
A função SOMASE retorna valores incorretos quando você a utiliza para corresponder cadeias de caracteres com mais
de 255 caracteres ou para a cadeia de caracteres #VALOR!.
O argumento intervalo_soma não precisa ter o mesmo tamanho e forma que o argumento intervalo. As células reais
adicionadas são determinadas pelo uso da célula na extremidade superior esquerda do argumentointervalo_soma como a
célula inicial e, em seguida, pela inclusão das células correspondentes em termos de tamanho e forma no argumento in-
tervalo. Por exemplo:

Se o intervalo for e intervalo_soma for Então, as células reais serão


A1:A5 B1:B5 B1:B5
A1:A5 B1:B3 B1:B5
A1:B4 C1:D4 C1:D4
A1:B4 C1:C2 C1:D4

Porém, quando os argumentos intervalo e intervalo_soma na função SOMASE não contêm o mesmo número de células,
o recálculo da planilha pode levar mais tempo do que o esperado.

MÁXIMO (Função MÁXIMO)


Descrição
Retorna o valor máximo de um conjunto de valores.

65
INFORMÁTICA

Sintaxe
MÁXIMO(número1, [número2], ...)
A sintaxe da função MÁXIMO tem os seguintes argumentos:
Núm1, núm2,...    Núm1 é obrigatório, números subsequentes são opcionais. De 1 a 255 números cujo valor máximo
você deseja saber.
Comentários
Os argumentos podem ser números, nomes, matrizes ou referências que contenham números.
Os valores lógicos e representações em forma de texto de números digitados diretamente na lista de argumentos são
contados.
Se um argumento for uma matriz ou referência, apenas os números nesta matriz ou referência serão usados. Células
vazias, valores lógicos ou texto na matriz ou referência serão ignorados.
Se os argumentos não contiverem números, MÁXIMO retornará 0.
Os argumentos que são valores de erro ou texto que não podem ser traduzidos em números causam erros.
Se você deseja incluir valores lógicos e representações de texto dos números em uma referência como parte do cálculo,
utilize a função MÁXIMOA.

Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados.

Dados
10
7
9
27
2
Fórmula Descrição Resultado
=MÁXIMO(A2:A6) Maior valor no intervalo A2:A6. 27
=MÁXIMO(A2:A6; 30) Maior valor no intervalo A2:A6 e o valor 30. 30

MÍNIMO (Função MÍNIMO)

Descrição
Retorna o menor número na lista de argumentos.

Sintaxe
MÍNIMO(número1, [número2], ...)
A sintaxe da função MÍNIMO tem os seguintes argumentos:
Núm1, núm2,...    Núm1 é obrigatório, números subsequentes são opcionais. De 1 a 255 números cujo valor MÍNIMO
você deseja saber.

Comentários
Os argumentos podem ser números, nomes, matrizes ou referências que contenham números.
Os valores lógicos e representações em forma de texto de números digitados diretamente na lista de argumentos são
contados.
Se um argumento for uma matriz ou referência, apenas os números daquela matriz ou referência poderão ser usados.
Células vazias, valores lógicos ou valores de erro na matriz ou referência serão ignorados.
Se os argumentos não contiverem números, MÍNIMO retornará 0.
Os argumentos que são valores de erro ou texto que não podem ser traduzidos em números causam erros.
Se você deseja incluir valores lógicos e representações de texto dos números em uma referência como parte do cálculo,
utilize a função MÍNIMOA.

Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados.

66
INFORMÁTICA

Dados
10
7
9
27
2
Fórmula Descrição Resultado
=MÍNIMO(A2:A6) O menor dos números no intervalo A2:A6. 2
=MIN(A2:A6;0) O menor dos números no intervalo A2:A6 e 0. 0

Média
Calcula a média aritmética de uma seleção de valores.
Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de idade na linha de valores máximos E17 e monte a seguinte fun-
ção =MEDIA(E4:E13). Com essa função estamos buscando no intervalo das células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado.

Mesclar células
A mesclagem combina duas ou mais células para criar uma nova célula maior. Essa é uma excelente maneira de criar
um rótulo que se estende por várias colunas. Por exemplo, aqui, as células A1, B1 e C1 foram mescladas para criar o rótulo
“Vendas Mensais” e descrever as informações nas linhas de 2 a 7.

Selecione duas ou mais células adjacentes que você deseja mesclar.


IMPORTANTE : Verifique se os dados que você deseja agrupar na célula mesclada estão contidos na célula superior
esquerda. Os dados nas outras células mescladas serão excluídos. Para preservar os dados das outras células, copie-os em
outra parte da planilha antes de fazer a mesclagem.
Clique em Início > Mesclar e Centralizar.

Se o botão Mesclar e Centralizar estiver esmaecido, verifique se você não está editando uma célula e se as células que
você quer mesclar não estão dentro de uma tabela.
DICA :  Para mesclar células sem centralizar, clique na seta ao lado de Mesclar e Centralizar e clique em Mesclar Atra-
vés ou Mesclar Células.
Se você mudar de ideia, é possível dividir as células que foram mescladas.

67
INFORMÁTICA

Criar um gráfico no Excel para Windows


Use o comando Gráficos Recomendados na guia Inse-
rir para criar rapidamente um gráfico ideal para seus dados.

Selecione os dados que você deseja incluir no seu grá-


fico.
Clique em Inserir > Gráficos Recomendados.

DICAS : 
Use as opções nas guias Design e Formatar para perso-
Na guia Gráficos Recomendados, percorra a lista de ti- nalizar a aparência do gráfico.
pos de gráficos recomendados pelo Excel para seus dados.
Clique em qualquer tipo de gráfico para ver como os
seus dados aparecem naquele formato.

Se você não vir essas guias, adicione as Ferramentas


de gráfico  à faixa de opções clicando em qualquer lugar
no gráfico.
Criar uma Tabela Dinâmica no Excel para analisar
dados da planilha
A capacidade de analisar todos os dados da planilha
pode ajudar você a tomar decisões de negócios melhores.
Porém, às vezes é difícil saber por onde começar, espe-
cialmente quando há muitos dados. O Excel pode ajudar,
recomendando e, em seguida, criando automaticamente
Tabelas Dinâmicas que são um excelente recurso para re-
SOMAir, analisar, explorar e apresentar dados. Por exem-
plo, veja uma lista simples de despesas:

DICA : Se não vir um tipo de gráfico que agrade você,


clique na guia Todos os Gráficos para ver todos os tipos de
gráfico disponíveis.

Quando você encontrar o tipo de gráfico desejado, cli-


que nele e clique emOK.

Use os botões Elementos do Gráfico, Estilos de Gráfi-


co e Filtros de Gráficopróximos ao canto superior direito do
gráfico para adicionar elementos de gráfico como  títulos
de eixo ou rótulos de dados, para personalizar a aparência
do seu gráfico ou alterar os dados exibidos no gráfico.

68
INFORMÁTICA

Aqui estão os mesmos dados reSOMAidos em uma Tabela Dinâmica:

Criar uma Tabela Dinâmica Recomendada


Se você tiver experiência limitada com Tabelas Dinâmicas ou não souber como começar, uma Tabela Dinâmica Reco-
mendada é uma boa opção. Quando você usa este recurso, o Excel determina um layout significativo, combinando os da-
dos com as áreas mais adequadas da Tabela Dinâmica. Isso oferece um ponto inicial para experimentos adicionais. Depois
que uma Tabela Dinâmica básica é criada, você pode explorar orientações diferentes e reorganizar os campos para obter
os resultados desejados.
Abra a pasta de trabalho onde você deseja criar a Tabela Dinâmica.
Clique em uma célula na lista ou tabela que contém os dados que serão usados na Tabela Dinâmica.
Na guia Inserir, clique em Tabela Dinâmica Recomendada.

O Excel cria uma Tabela Dinâmica em uma nova planilha e exibe a Lista de Campos da Tabela Dinâmica.

Siga um destes procedimentos:

Para Faça isto


Na área NOME DO CAMPO, marque a caixa de seleção para o campo. Por
padrão, campos não numéricos são adicionados à áreaLinha, as hierarquias
Adicionar um campo
de data e hora são adicionadas à área Coluna e os campos numéricos são
adicionados à área Valores.
Remover um campo Na área NOME DO CAMPO, desmarque a caixa de seleção para o campo.
Arraste o campo de uma área da Lista de Campos da Tabela Dinâmica para
Mover um campo
outra, por exemplo, de Colunas para Linhas.
Atualizar a Tabela Dinâmica Na guia Analisar Tabela Dinâmica, clique em Atualizar.

Criar uma Tabela Dinâmica manualmente


Se você sabe como organizar seus dados, pode criar uma Tabela Dinâmica manualmente.
Abra a pasta de trabalho onde você deseja criar a Tabela Dinâmica.
Clique em uma célula na lista ou tabela que contém os dados que serão usados na Tabela Dinâmica.
Na guia Inserir, clique em Tabela Dinâmica.

69
INFORMÁTICA

Na planilha, os seus dados devem estar envolvidos por uma linha tracejada. Se não estiverem, clique e arraste para
selecionar os dados. Quando você fizer isso, a caixa Tabela/Intervalo será preenchida automaticamente com o intervalo de
células selecionado.
Em Escolher onde deseja que o relatório de tabela dinâmica seja colocado, escolha Nova planilha para colocar a Tabela
Dinâmica em uma nova guia de planilha. Se preferir, clique em Planilha existente e clique na planilha para especificar o local.
DICA : Para analisar várias tabelas em uma Tabela Dinâmica, marque a caixaAdicionar estes dados ao Modelo de Dados.
Clique em OK.
Na Lista de Campos da Tabela Dinâmica, siga um destes procedimentos:

Para Faça isto


Na área NOME DO CAMPO, marque a caixa de seleção para o campo. Por padrão,
Adicionar um campo campos não numéricos são adicionados à áreaLinha, as hierarquias de data e hora são
adicionadas à área Colunae os campos numéricos são adicionados à área Valores.
Remover um campo Na área NOME DO CAMPO, desmarque a caixa de seleção para o campo.
Arraste o campo de uma área da Lista de Campos da Tabela Dinâmica para outra, por
Mover um campo
exemplo, de Colunas para Linhas.
Clique na seta ao lado do campo em Valores > Definições do Campo de Valor e, na
caixa Definições do Campo de Valor, altere o cálculo.

Alterar o cálculo usado em um


campo de valor

Atualizar a Tabela Dinâmica Na guia Analisar Tabela Dinâmica, clique em Atualizar.

Proteger com senha uma pasta de trabalho


O Excel oferece várias maneiras de proteger uma pasta de trabalho. Você pode solicitar uma senha para abri-la, uma
senha para alterar dados e uma senha para alterar a estrutura do arquivo (adicionar, excluir ou ocultar planilhas). Você pode
também definir uma senha no modo de exibição Backstage para criptografar a pasta de trabalho.

Lembre-se, no entanto, de que esse tipo de proteção nem sempre criptografa os seus dados. Isso só é possível com a
senha criptografada criada no modo de exibição Backstage. Os usuários podem ainda usar ferramentas de terceiros para
ler dados não criptografados.

Vamos começar solicitando senhas para abrir um arquivo e alterar dados.


Clique em Arquivo > Salvar como.
Clique em um local, como Computador ou a página da Web Meu Site.
Clique em uma pasta, como Documentos ou uma das pastas no seu OneDrive, ou clique em Procurar.
Na caixa de diálogo Salvar como, vá até a pasta que você quer usar, abra a lista Ferramentas e clique em Opções Gerais.
Insira a sua senha e clique em OK. Insira a mesma senha para confirmar e clique novamente em OK.

OBSERVAÇÃO:  Para remover uma senha, siga as etapas acima e exclua a senha. Basicamente, basta deixar a senha em
branco. Você pode fazer isso para qualquer tipo de senha usado no Excel.

70
INFORMÁTICA

Criptografar a pasta de trabalho com uma senha


No modo de exibição Backstage, você pode definir uma
senha para a pasta de trabalho que fornece criptografia.
Clique em Arquivo > Informações > Proteger Pasta de
Trabalho >Criptografar com Senha.
Na caixa Criptografar Documento, digite uma senha e
clique em OK.
Na caixa Confirmar Senha, digite a senha novamente e
clique em OK.

OBSERVAÇÃO :  Para remover uma senha, siga as eta-


Você pode digitar uma das duas senhas aqui, uma para
pas acima e exclua a senha. Basicamente, basta deixar a
abrir o arquivo, outra para mudar o arquivo.
senha em branco. Você pode fazer isso para qualquer tipo
de senha usado no Excel.
Por que minha senha desaparece quando salvo no for-
mato do Excel 97-2003?
Você deseja enviar a sua pasta de trabalho protegida
por senha para outras pessoas, mas eles ainda estão usan-
do o Excel 2003, que salva no formato de arquivo Excel 97-
2003 (*.xls). Você escolhe “Salvar como” usando o formato
97-2003, mas então você descobre que a senha definida na
pasta de trabalho desapareceu.
Isso acontece porque a sua versão do Excel usa um
novo esquema para salvar senhas, e o formato de arquivo
anterior não o reconhece. Como resultado, a senha é des-
cartada ao salvar seu arquivo para o formato do Excel 97-
Consulte as anotações abaixo para mais informações. 2003. Defina a senha no arquivo *.xls para proteger a pasta
Para proteger a estrutura da sua pasta de trabalho, faça de trabalho novamente.
isto:
Clique em Revisar > Proteger Pasta de Trabalho.
Proteger uma planilha com ou sem uma senha no
Clique em Estrutura.
Excel
Consulte as anotações abaixo para saber mais sobre
essa opção e a opçãoWindows. Para ajudar a proteger seus dados de alterações não
Digite uma senha na caixa Senha. intencionais ou intencionais, proteja sua planilha, com ou
Clique em OK e redigite a senha para confirmá-la. sem senha. Ela impede que outras pessoas removam a pro-
teção da planilha: a senha deve ser inserida para desprote-
OBSERVAÇÕES :  ger a planilha.
Se você digitar a mesma senha para abrir e alterar a Por padrão, quando você protege uma planilha, o excel
pasta de trabalho, os usuários somente precisarão digitar bloqueia todas as células nessa planilha. Antes de proteger
a senha uma vez. a planilha, desbloqueie quaisquer células que desejar alte-
Se você solicitar somente uma senha para alterar a rar antes de seguir essas etapas.
pasta de trabalho, os usuários podem abrir uma cópia so- Clique na guia Revisão e clique em Proteger Planilha.
mente leitura do arquivo, salvá-la com outro nome e alterar Verifique se a caixa de seleção Proteger a planilha e o
seus dados. conteúdo de células bloqueadas está marcada.
Selecionar a opção Estrutura previne outros usuários Para usar uma senha, digite-a na caixa Senha para des-
de visualizar planilhas ocultas, adicionar, mover, excluir ou proteger a planilha. 
ocultar planilhas e renomear planilhas. Outros usuários podem remover a proteção se você
Você pode ignorar a opção Windows. Ela está desabili- não usar uma senha.
tada nessa versão do Excel.
Sempre é possível saber quando a estrutura da pasta
IMPORTANTE :  Anote sua senha e armazene-a em lo-
de trabalho está protegida. O botão Proteger Pasta de Tra-
cal seguro. Nós sinceramente não podemos ajudar você a
balho acende.
recuperar senhas perdidas.

Se você digitou uma senha na etapa 3, redigite-a para


confirmá-la.

71
INFORMÁTICA

Em Cores do Tema ou Cores Padrão, selecione a cor


desejada.

Marque ou desmarque as caixas de seleção em Permi-


tir que todos os usuários desta planilha possam e clique
em OK.

OBSERVAÇÕES : 
Para remover a proteção da planilha, clique em Revi-
são, clique emDesproteger Planilha e digite a senha, se ne-
cessário.
Se uma macro não pode executar na planilha protegi- Para utilizar uma cor personalizada, clique em Mais Co-
da, você verá uma mensagem e a macro será interrompida res, e em seguida, na caixa de diálogo Cores, selecione a
cor desejada.
Adicionar ou alterar a cor do plano de fundo das
células DICA : Para aplicar a cor selecionada mais recentemen-
É possível realçar dados em células utilizando Cor de te, clique em Cor de Preenchimento  . Você também
preenchimento para adicionar ou alterar a cor do plano de encontrará até 10 cores personalizadas selecionadas mais
fundo ou padrão das células. Veja como: recentemente em Cores recentes.
Selecione as células que deseja realçar.
DICAS : Para utilizar uma cor de fundo diferente para a Aplicar um padrão ou efeitos de preenchimento.
planilha inteira, clique no botão Selecionar Tudo. Isso irá ocul- Quando você deseja algo mais do que apenas um
tar as linhas de grade, mas é possível melhorar a legibilidade preenchimento de cor sólida, experimente aplicar um pa-
da planilha exibindo bordas ao redor de todas as células. drão ou efeitos de preenchimento.

Selecione a célula ou intervalo de células que deseja


formatar.

Clique em Página Inicial > iniciador da caixa de diálo-


go Formatar Células ou pressione Ctrl + Shift + F.

Clique em Página Inicial > seta ao lado de Cor de


Preenchimento  .

Na guia Preenchimento, em Cor de Fundo, selecione a


cor desejada.

72
INFORMÁTICA

Na guia Folha, em Imprimir, desmarque as caixas de


seleção Preto e branco e Qualidade de rascunho.
OBSERVAÇÃO :  Se você não visualizar cores em sua
planilha, talvez esteja trabalho no modo de alto contraste.
Se não visualizar cores ao visualizar antes de imprimir, tal-
vez nenhuma impressora colorida esteja selecionada.

Principais atalhos
CTRL+Menos (-) — Exibe a caixa de diálogo Excluir
para excluir as células selecionadas.
CTRL+; — Insere a data atual.
CTRL+` — Alterna entre a exibição dos valores da célu-
la e a exibição de fórmulas na planilha.
CTRL+’ — Copia uma fórmula da célula que está acima
da célula ativa para a célula ou a barra de fórmulas.
CTRL+1 — Exibe a caixa de diálogo Formatar Células.
CTRL+2 — Aplica ou remove formatação em negrito.
CTRL+3 — Aplica ou remove formatação em itálico.
CTRL+4 — Aplica ou remove sublinhado.
CTRL+5 — Aplica ou remove tachado.
Para utilizar um padrão com duas cores, selecione uma CTRL+6 — Alterna entre ocultar objetos, exibir objetos
cor na caixa Cor do Padrão e, em seguida, selecione um e exibir espaços reservados para objetos.
padrão na caixa Estilo do Padrão. CTRL+8 — Exibe ou oculta os símbolos de estrutura
Para utilizar um padrão com efeitos especiais, clique de tópicos.
em Efeitos de Preenchimento, e, em seguida, selecione as CTRL+9 — Oculta as linhas selecionadas.
opções desejadas.
CTRL+0 — Oculta as colunas selecionadas.
DICA : Na caixa Amostra, é possível visualizar o plano de
CTRL+A — Seleciona a planilha inteira. Se a planilha
fundo, o padrão e os efeitos de preenchimento selecionados.
contiver dados, este comando seleciona a região atual.
Remover cores de célula, padrões, ou efeitos de preen-
Pressionar CTRL+A novamente seleciona a região atual e
chimento
suas linhas de reSOMAo. Pressionar CTRL+A novamente
Para remover quaisquer cores de fundo, padrões ou
seleciona a planilha inteira.
efeitos de preenchimento das células, basta selecioná-las.
CTRL+SHIFT+A — Insere os nomes e os parênteses do
Clique em Página Inicial > seta ao lado de Cor de Preenchi-
argumento quando o ponto de inserção está à direita de
mento, e então selecione Sem Preenchimento.
um nome de função em uma fórmula.
CTRL+N — Aplica ou remove formatação em negrito.
CTRL+C — Copia as células selecionadas.
CTRL+C (seguido por outro CTRL+C) — exibe a Área
de Transferência.
CTRL+D — Usa o comando Preencher Abaixo para co-
piar o conteúdo e o formato da célula mais acima de um
intervalo selecionado nas células abaixo.
Imprimir cores de célula, padrões ou efeitos de preen- CTRL+F — Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substi-
chimento em cores tuir com a guia Localizar selecionada.
Se as opções de impressão estiverem definidas SHIFT+F5 — Também exibe essa guia, enquanto SHIF-
como Preto e branco ouQualidade de rascunho — seja T+F4 repete a última ação de Localizar.
propositalmente ou porque a pasta de trabalho contém CTRL+SHIFT+F — Abre a caixa de diálogo Formatar
planilhas e gráficos grandes ou complexos que resultaram Células com a guia Fonte selecionada.
na ativação automática do modo de rascunho — não será CTRL+G — Exibe a caixa de diálogo Ir para. (F5 tam-
possível imprimir as células em cores. Veja aqui como re- bém exibe essa caixa de diálogo.)
solver isso: CTRL+H — Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substi-
Clique em Layout da Página > iniciador da caixa de diá- tuir com a guia Substituir selecionada.
logo Configurar Página. CTRL+I — Aplica ou remove formatação em itálico.
CTRL+K — Exibe a caixa de diálogo Inserir Hiperlink
para novos hiperlinks ou a caixa de diálogo Editar Hiperlink
para os hiperlinks existentes que estão selecionados.
CTRL+N — Cria uma nova pasta de trabalho em branco
CTRL+O — Exibe a caixa de diálogo Abrir para abrir ou
localizar um arquivo.

73
INFORMÁTICA

CTRL+SHIFT+O — Seleciona todas as células que contêm comentários.


CTRL+P — Exibe a caixa de diálogo Imprimir.
CTRL+SHIFT+P — Abre a caixa de diálogo Formatar Células com a guia Fonte selecionada.
CTRL+R — Usa o comando Preencher à Direita para copiar o conteúdo e o formato da célula mais à esquerda de um
intervalo selecionado nas células à direita.
CTRL+B — Salva o arquivo ativo com seu nome de arquivo, local e formato atual.
CTRL+T — Exibe a caixa de diálogo Criar Tabela.
CTRL+S — Aplica ou remove sublinhado.
CTRL+SHIFT+S — Alterna entre a expansão e a redução da barra de fórmulas.
CTRL+V — Insere o conteúdo da Área de Transferência no ponto de inserção e substitui qualquer seleção. Disponível
somente depois de ter recortado ou copiado um objeto, texto ou conteúdo de célula.
CTRL+ALT+V — Exibe a caixa de diálogo Colar Especial, disponível somente depois que você recortar ou copiar um
objeto, textos ou conteúdo de célula em uma planilha ou em outro programa.
CTRL+W — Fecha a janela da pasta de trabalho selecionada.
CTRL+X — Recorta as células selecionadas.
CTRL+Y — Repete o último comando ou ação, se possível.
CTRL+Z — Usa o comando Desfazer para reverter o último comando ou excluir a última entrada digitada.
CTRL+SHIFT+Z — Usa o comando Desfazer ou Refazer para reverter ou restaurar a correção automática quando Mar-
cas Inteligentes de AutoCorreção são exibidas.
CTRL+SHIFT+( — Exibe novamente as linhas ocultas dentro da seleção.
CTRL+SHIFT+) — Exibe novamente as colunas ocultas dentro da seleção.
CTRL+SHIFT+& — Aplica o contorno às células selecionadas.
CTRL+SHIFT+_ — Remove o contorno das células selecionadas.
CTRL+SHIFT+~ — Aplica o formato de número Geral.
CTRL+SHIFT+$ — Aplica o formato Moeda com duas casas decimais (números negativos entre parênteses)
CTRL+SHIFT+% — Aplica o formato Porcentagem sem casas decimais.
CTRL+SHIFT+^ — Aplica o formato de número Exponencial com duas casas decimais.
CTRL+SHIFT+# — Aplica o formato Data com dia, mês e ano.
CTRL+SHIFT+@ — Aplica o formato Hora com a hora e os minutos, AM ou PM.
CTRL+SHIFT+! — Aplica o formato Número com duas casas decimais, separador de milhar e sinal de menos (-) para
valores negativos.
CTRL+SHIFT+* — Seleciona a região atual em torno da célula ativa (a área de dados circunscrita por linhas e colunas
vazias).
CTRL+SHIFT+: — Insere a hora atual.
CTRL+SHIFT+” –Copia o valor da célula que está acima da célula ativa para a célula ou a barra de fórmulas.
CTRL+SHIFT+Mais (+) — Exibe a caixa de diálogo Inserir para inserir células em branco.

Fórmulas básicas
As primeiras fórmulas aprendidas na escola são as de adição, subtração, multiplicação e divisão. No Excel não é dife-
rente.

Cálculo Fórmula Explicação Exemplo


=SOMA(A1;A2).
Para aplicar a fórmula de soma você
Dica: Sempre separe a indicação
precisa, apenas, selecionar as células que
das células com ponto e vírgula
Adição =SOMA(célulaX;célula Y) estarão envolvidas na adição, incluindo a
(;). Dessa forma, mesmo as que
sequência no campo superior do programa
estiverem em localizações distantes
junto com o símbolo de igual (=)
serão consideradas na adição
Segue a mesma lógica da adição, mas
dessa vez você usa o sinal correspondente
Subtração =(célulaX-célulaY) a conta que será feita (-) no lugar do ponto =(A1-A2)
e vírgula (;), e retira a palavra “soma” da
função
Use o asterisco (*) para indicar o símbolo
Multiplicação = (célulaX*célulaY) = (A1*A2)
de multiplicação
A divisão se dá com a barra de divisão
Divisão =(célulaX/célulaY) (/) entre as células e sem palavra antes da =(A1/A2)
função

74
INFORMÁTICA

Fórmulas bastante requisitadas


Outros algoritmos que são bastante importantes nas planilhas são aqueles que mostram valores de média, máxima e
mínimo. Mas para usar essas funções, você precisa estabelecer um grupo de células.

Cálculo Fórmula Explicação Exemplo


Você deve usar a palavra “media”
antes das células indicadas, que
Média =MEDIA(célula X:célulaY) são sempre separadas por dois =MEDIA(A1:A10)
pontos (:) e representam o grupo
total que você precisa calcular
Segue a mesma lógica, mas usa a
Máxima =MAX(célula X:célulaY) =MAX(A1:A10)
palavra “max”
Mínima =MIN(célula X:célulaY) Dessa vez, use a expressão “min” =MIN(A1:A10)

Função Se
Essa função trata das condições de valores solicitados. Para que entenda, se você trabalhar em uma loja que precisa
saber se os produtos ainda estão no estoque ou precisam de mais unidades, essa é uma excelente ferramenta. Veja por que:

Cálculo Fórmula Exemplo


=se(B1<=0 ; “a ser enviado” ; “no estoque”)
Essa linguagem diz ao Excel que se o conteúdo da célula B1
=se(célulaX<=0 ; “O que precisa saber
Função Se é menor ou igual a zero ele deve exibir a mensagem “a ser
1” ; “o que precisa saber 2”)
enviado” na célula que contem a fórmula. Caso o conteúdo
seja maior que zero, a mensagem que aparecerá é “no estoque”

*Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/informatica/artigos/71948/23-formulas-e-atalhos-que-vao-facilitar-sua-
vida-no-excel#ixzz48neY9XBW

CONHECIMENTOS DE PROTEÇÃO E
SEGURANÇA DE SISTEMAS; SISTEMAS
OPERACIONAIS E INTERNET E INTRANET.

INTERNET

“Imagine que fosse descoberto um continente tão vasto que suas dimensões não tivessem fim. Imagine um
mundo novo, com tantos recursos que a ganância do futuro não seria capaz de esgotar; com tantas oportunidades que
os empreendedores seriam poucos para aproveitá-las; e com um tipo peculiar de imóvel que se expandiria com o
desenvolvimento.”
John P. Barlow
Os Estados Unidos temiam que em um ataque nuclear ficassem sem comunicação entre a Casa Branca e o Pentágono.
Este meio de comunicação “infalível”, até o fim da década de 60, ficou em poder exclusivo do governo conectando
bases militares, em quatro localidades.
Nos anos 70, seu uso foi liberado para instituições norte-americanas de pesquisa que desejassem aprimorar a
tecnologia, logo vinte e três computadores foram conectados, porém o padrão de conversação entre as máquinas se tor-
nou impróprio pela quantidade de equipamentos.
Era necessário criar um modelo padrão e universal para que as máquinas continuassem trocando dados, surgiu
então o Protocolo Padrão TCP/IP, que permitiria portanto que mais outras máquinas fossem inseridas àquela rede.
Com esses avanços, em 1972 é criado o correio eletrônico, o E-mail, permitindo a troca de mensagens entre as máqui-
nas que compunham aquela rede de pesquisa, assim no ano seguinte a rede se torna internacional.
Na década de 80, a Fundação Nacional de Ciência do Brasil conectou sua grande rede à ARPANET, gerando aquilo que
conhecemos hoje como internet, auxiliando portanto o processo de pesquisa em tecnologia e outras áreas a nível mun-
dial, além de alimentar as forças armadas brasileiras de informação de todos os tipos, até que em 1990 caísse no domínio
público.

75
INFORMÁTICA

Com esta popularidade e o surgimento de softwares Um hipertexto é um texto em formato digital, e


de navegação de interface amigável, no fim da década de pode levar a outros, fazendo o uso de elementos espe-
90, pessoas que não tinham conhecimentos profundos de ciais (palavras, frases, ícones, gráficos) ou ainda um Mapa
informática começaram a utilizar a rede internacional. Sensitivo o qual leva a outros conjuntos de informação na
forma de blocos de textos, imagens ou sons.
Acesso à Internet Assim, um link ou hiperlink, quando acionado com o
O ISP, Internet Service Provider, ou Provedor de Serviço mouse, remete o usuário à outra parte do documento ou
de Internet, oferece principalmente serviço de acesso à In- outro documento.
ternet, adicionando serviços como e-mail, hospedagem de
sites ou blogs, ou seja, são instituições que se conectam Home Page
à Internet com o objetivo de fornecer serviços à ela Sendo assim, home page designa a página inicial, prin-
relacionados, e em função do serviço classificam-se em: cipal do site ou web page.
• Provedores de Backbone: São instituições que cons- É muito comum os usuários confundirem um Blog ou
Perfil no Orkut com uma Home Page, porém são coisas dis-
troem e administram backbones de longo alcance, ou seja,
tintas, aonde um Blog é um diário e um Perfil no Orkut é
estrutura física de conexão, com o objetivo de fornecer
um Profile, ou seja um hipertexto que possui informações
acesso à Internet para redes locais;
de um usuário dentro de uma comunidade virtual.
• Provedores de Acesso: São instituições que se conec-
HTML, Hyper Text Markut language ou Linguagem de
tam à Internet via um ou mais acessos dedicados e disponi- Marcação de Hipertexto
bilizam acesso à terceiros a partir de suas instalações; É a linguagem com a qual se cria as páginas para a
• Provedores de Informação: São instituições que dis- web.
ponibilizam informação através da Internet. Suas principais características são:
• Portabilidade (Os documentos escritos em HTML de-
Endereço Eletrônico ou URL vem ter aparência semelhante nas diversas plataformas de
Para se localizar um recurso na rede mundial, deve-se trabalho);
conhecer o seu endereço. • Flexibilidade (O usuário deve ter a liberdade de “cus-
Este endereço, que é único, também é considerado sua tomizar” diversos elementos do documento, como o tama-
URL (Uniform Resource Locator), ou Localizador de Recur- nho padrão da letra, as cores, etc);
sos Universal. Boa parte dos endereços apresenta-se assim: • Tamanho Reduzido (Os documentos devem ter
www.xxxx.com.br um tamanho reduzido, a fim de economizar tempo na
Onde: transmissão através da Internet, evitando longos perío-
www = protocolo da World Wide Web dos de espera e congestionamento na rede).
xxx = domínio
com = comercial Browser ou Navegador
br = brasil É o programa específico para visualizar as páginas da
web.
WWW = World Wide Web ou Grande Teia Mundial O Browser lê e interpreta os documentos escritos em
HTML, apresentando as páginas formatadas para os
É um serviço disponível na Internet que possui um con- usuários.
junto de documentos espalhados por toda rede e disponi- ARQUITETURAS DE REDES
bilizados a qualquer um. As modernas redes de computadores são projetadas
Estes documentos são escritos em hipertexto, que uti- de forma altamente estruturada. Nas seções seguintes exa-
liza uma linguagem especial, chamada HTML. minaremos com algum detalhe a técnica de estruturação.

Domínio HIERARQUIAS DE PROTOCOLOS


Para reduzir a complexidade de projeto, a maioria das
Designa o dono do endereço eletrônico em ques-
redes é organizada em camadas ou níveis, cada uma cons-
tão, e onde os hipertextos deste empreendimento estão
truída sobre sua predecessora. O número de camadas, o
localizados. Quanto ao tipo do domínio, existem:
nome, o conteúdo e a função de cada camada diferem de
.com = Instituição comercial ou provedor de serviço
uma rede para outra. No entanto, em todas as redes, o pro-
.edu = Instituição acadêmica
pósito de cada camada é oferecer certos serviços às cama-
.gov = Instituição governamental
das superiores, protegendo essas camadas dos detalhes de
.mil = Instituição militar norte-americana
como os serviços oferecidos são de fato implementados.
.net = Provedor de serviços em redes
A camada n em uma máquina estabelece uma con-
.org = Organização sem fins lucrativos versão com a camada n em outra máquina. As regras e
HTTP, Hyper Texto Transfer Protocol ou Protocolo de convenções utilizadas nesta conversação são chamadas
Trasferência em Hipertexto coletivamente de protocolo da camada n, conforme ilus-
É um protocolo ou língua específica da internet, res- trado na Figura abaixo para uma rede com sete camadas.
ponsável pela comunicação entre computadores. As entidades que compõem as camadas correspondentes

76
INFORMÁTICA

em máquinas diferentes são chamadas de processos par- O endereço IP


ceiros. Em outras palavras, são os processos parceiros que Quando você quer enviar uma carta a alguém, você...
se comunicam utilizando o protocolo. Ok, você não envia mais cartas; prefere e-mail ou deixar um
Na verdade, nenhum dado é transferido diretamente recado no Facebook. Vamos então melhorar este exemplo:
da camada n em uma máquina para a camada n em outra quando você quer enviar um presente a alguém, você ob-
máquina. Em vez disso, cada camada passa dados e infor- tém o endereço da pessoa e contrata os Correios ou uma
mações de controle para a camada imediatamente abaixo, transportadora para entregar. É graças ao endereço que é
até que o nível mais baixo seja alcançado. Abaixo do nível possível encontrar exatamente a pessoa a ser presenteada.
1 está o meio físico de comunicação, através do qual a co- Também é graças ao seu endereço - único para cada resi-
municação ocorre. Na Figura abaixo, a comunicação virtual dência ou estabelecimento - que você recebe suas contas
é mostrada através de linhas pontilhadas e a comunicação de água, aquele produto que você comprou em uma loja
física através de linhas sólidas. on-line, enfim.
Na internet, o princípio é o mesmo. Para que o seu
computador seja encontrado e possa fazer parte da rede
mundial de computadores, necessita ter um endereço úni-
co. O mesmo vale para websites: este fica em um servidor,
que por sua vez precisa ter um endereço para ser localiza-
do na internet. Isto é feito pelo endereço IP (IP Address),
recurso que também é utilizado para redes locais, como a
existente na empresa que você trabalha, por exemplo.
O endereço IP é uma sequência de números composta
de 32 bits. Esse valor consiste em um conjunto de quatro
sequências de 8 bits. Cada uma destas é separada por um
ponto e recebe o nome de octeto ou simplesmente byte, já
que um byte é formado por 8 bits. O número 172.31.110.10
é um exemplo. Repare que cada octeto é formado por nú-
meros que podem ir de 0 a 255, não mais do que isso.

Entre cada par de camadas adjacentes há uma interfa-


ce. A interface define quais operações primitivas e serviços
a camada inferior oferece à camada superior. Quando os
projetistas decidem quantas camadas incluir em uma rede
e o que cada camada deve fazer, uma das considerações
mais importantes é definir interfaces limpas entre as cama-
das. Isso requer, por sua vez, que cada camada desempe- A divisão de um IP em quatro partes facilita a organi-
nhe um conjunto específico de funções bem compreendi- zação da rede, da mesma forma que a divisão do seu en-
das. Além de minimizar a quantidade de informações que dereço em cidade, bairro, CEP, número, etc, torna possível
deve ser passada de camada em camada, interfaces bem a organização das casas da região onde você mora. Neste
definidas também tornam fácil a troca da implementação sentido, os dois primeiros octetos de um endereço IP po-
de uma camada por outra implementação completamente dem ser utilizados para identificar a rede, por exemplo. Em
diferente (por exemplo, trocar todas as linhas telefônicas uma escola que tem, por exemplo, uma rede para alunos
por canais de satélite), pois tudo o que é exigido da nova e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma
implementação é que ela ofereça à camada superior exa- rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos
tamente os mesmos serviços que a implementação antiga octetos são usados na identificação de computadores.
oferecia.
O conjunto de camadas e protocolos é chamado de Classes de endereços IP
arquitetura de rede. A especificação de arquitetura deve Neste ponto, você já sabe que os endereços IP podem
conter informações suficientes para que um implementa- ser utilizados tanto para identificar o seu computador den-
dor possa escrever o programa ou construir o hardware de tro de uma rede, quanto para identificá-lo na internet.
cada camada de tal forma que obedeça corretamente ao Se na rede da empresa onde você trabalha o seu com-
protocolo apropriado. Nem os detalhes de implementação putador tem, como exemplo, IP 172.31.100.10, uma má-
nem a especificação das interfaces são parte da arquitetura, quina em outra rede pode ter este mesmo número, afinal,
pois esses detalhes estão escondidos dentro da máquina e ambas as redes são distintas e não se comunicam, sequer
não são visíveis externamente. Não é nem mesmo neces- sabem da existência da outra. Mas, como a internet é uma
sário que as interfaces em todas as máquinas em uma rede rede global, cada dispositivo conectado nela precisa ter um
sejam as mesmas, desde que cada máquina possa usar cor- endereço único. O mesmo vale para uma rede local: nes-
retamente todos os protocolos. ta, cada dispositivo conectado deve receber um endereço
único.

77
INFORMÁTICA

Se duas ou mais máquinas tiverem o mesmo IP, tem-se então um problema chamado “conflito de IP”, que dificulta a
comunicação destes dispositivos e pode inclusive atrapalhar toda a rede.
Para que seja possível termos tanto IPs para uso em redes locais quanto para utilização na internet, contamos com
um esquema de distribuição estabelecido pelas entidades IANA (Internet Assigned Numbers Authority) e ICANN (Internet
Corporation for Assigned Names and Numbers) que, basicamente, divide os endereços em três classes principais e mais
duas complementares. São elas:
Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até 128 redes, cada uma com até 16.777.214 dispositivos conectados;
Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até 16.384 redes, cada uma com até 65.536 dispositivos;
Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até 2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos;
Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast;
Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast reservado.
As três primeiras classes são assim divididas para atender às seguintes necessidades:

- Os endereços IP da classe A são usados em locais onde são necessárias poucas redes, mas uma grande quantidade
de máquinas nelas. Para isso, o primeiro byte é utilizado como identificador da rede e os demais servem como identificador
dos dispositivos conectados (PCs, impressoras, etc);
- Os endereços IP da classe B são usados nos casos onde a quantidade de redes é equivalente ou semelhante à quan-
tidade de dispositivos. Para isso, usam-se os dois primeiros bytes do endereço IP para identificar a rede e os restantes para
identificar os dispositivos;
- Os endereços IP da classe C são usados em locais que requerem grande quantidade de redes, mas com poucos dispo-
sitivos em cada uma. Assim, os três primeiros bytes são usados para identificar a rede e o último é utilizado para identificar
as máquinas.
Quanto às classes D e E, elas existem por motivos especiais: a primeira é usada para a propagação de pacotes especiais
para a comunicação entre os computadores, enquanto que a segunda está reservada para aplicações futuras ou experi-
mentais.
Vale frisar que há vários blocos de endereços reservados para fins especiais. Por exemplo, quando o endereço come-
ça com 127, geralmente indica uma rede “falsa”, isto é, inexistente, utilizada para testes. No caso do endereço 127.0.0.1,
este sempre se refere à própria máquina, ou seja, ao próprio host, razão esta que o leva a ser chamado de localhost. Já o
endereço 255.255.255.255 é utilizado para propagar mensagens para todos os hosts de uma rede de maneira simultânea.

Endereços IP privados
Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que são privados. Isto significa que eles não podem ser utilizados na
internet, sendo reservados para aplicações locais. São, essencialmente, estes:
-Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255;
-Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255;
-Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255.
Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede com cerca de 50 computadores. Você pode alocar para estas
máquinas endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50, por exemplo. Todas elas precisam de acesso à internet. O que fazer?
Adicionar mais um IP para cada uma delas? Não. Na verdade, basta conectá-las a um servidor ou equipamento de rede -
como um roteador - que receba a conexão à internet e a compartilhe com todos os dispositivos conectados a ele. Com isso,
somente este equipamento precisará de um endereço IP para acesso à rede mundial de computadores.
Máscara de sub-rede
As classes IP ajudam na organização deste tipo de endereçamento, mas podem também representar desperdício. Uma
solução bastante interessante para isso atende pelo nome de máscara de sub-rede, recurso onde parte dos números que
um octeto destinado a identificar dispositivos conectados (hosts) é “trocado” para aumentar a capacidade da rede. Para
compreender melhor, vamos enxergar as classes A, B e C da seguinte forma:
- A: N.H.H.H;
- B: N.N.H.H;
- C: N.N.N.H.
N significa Network (rede) e H indica Host. Com o uso de máscaras, podemos fazer uma rede do N.N.H.H se “transfor-
mar” em N.N.N.H. Em outras palavras, as máscaras de sub-rede permitem determinar quantos octetos e bits são destinados
para a identificação da rede e quantos são utilizados para identificar os dispositivos.
Para isso, utiliza-se, basicamente, o seguinte esquema: se um octeto é usado para identificação da rede, este receberá a
máscara de sub-rede 255. Mas, se um octeto é aplicado para os dispositivos, seu valor na máscara de sub-rede será 0 (zero).
A tabela a seguir mostra um exemplo desta relação:

78
INFORMÁTICA

Identificador
Identificador Máscara
Classe Endereço IP do
da rede de sub-rede
computador
A 10.2.68.12 10 2.68.12 255.0.0.0
B 172.31.101.25 172.31 101.25 255.255.0.0
C 192.168.0.10 192.168.0 10 255.255.255.0

Você percebe então que podemos ter redes com máscara 255.0.0.0, 255.255.0.0 e 255.255.255.0, cada uma indicando
uma classe. Mas, como já informado, ainda pode haver situações onde há desperdício. Por exemplo, suponha que uma fa-
culdade tenha que criar uma rede para cada um de seus cinco cursos. Cada curso possui 20 computadores. A solução seria
então criar cinco redes classe C? Pode ser melhor do que utilizar classes B, mas ainda haverá desperdício. Uma forma de
contornar este problema é criar uma rede classe C dividida em cinco sub-redes. Para isso, as máscaras novamente entram
em ação.
Nós utilizamos números de 0 a 255 nos octetos, mas estes, na verdade, representam bytes (linguagem binária). 255 em
binário é 11111111. O número zero, por sua vez, é 00000000. Assim, a máscara de um endereço classe C, 255.255.255.0, é:
11111111.11111111.11111111.00000000
Perceba então que, aqui, temos uma máscara formada por 24 bits 1: 11111111 + 11111111 + 11111111. Para criarmos
as nossas sub-redes, temos que ter um esquema com 25, 26 ou mais bits, conforme a necessidade e as possibilidades. Em
outras palavras, precisamos trocar alguns zeros do último octeto por 1.
Suponha que trocamos os três primeiros bits do último octeto (sempre trocamos da esquerda para a direita), resultan-
do em:
11111111.11111111.11111111.11100000
Se fizermos o número 2 elevado pela quantidade de bits “trocados”, teremos a quantidade possível de sub-redes. Em
nosso caso, temos 2^3 = 8. Temos então a possibilidade de criar até oito sub-redes. Sobrou cinco bits para o endereça-
mento dos host. Fazemos a mesma conta: 2^5 = 32. Assim, temos 32 dispositivos em cada sub-rede (estamos fazendo estes
cálculos sem considerar limitações que possam impedir o uso de todos os hosts e sub-redes).
11100000 corresponde a 224, logo, a máscara resultante é 255.255.255.224.
Perceba que esse esquema de “trocar” bits pode ser empregado também em endereços classes A e B, conforme a ne-
cessidade. Vale ressaltar também que não é possível utilizar 0.0.0.0 ou 255.255.255.255 como máscara.
IP estático e IP dinâmico
IP estático (ou fixo) é um endereço IP dado permanentemente a um dispositivo, ou seja, seu número não muda, exceto
se tal ação for executada manualmente. Como exemplo, há casos de assinaturas de acesso à internet via ADSL onde o pro-
vedor atribui um IP estático aos seus assinantes. Assim, sempre que um cliente se conectar, usará o mesmo IP.
O IP dinâmico, por sua vez, é um endereço que é dado a um computador quando este se conecta à rede, mas que muda
toda vez que há conexão. Por exemplo, suponha que você conectou seu computador à internet hoje. Quando você conectá
-lo amanhã, lhe será dado outro IP. Para entender melhor, imagine a seguinte situação: uma empresa tem 80 computadores
ligados em rede. Usando IPs dinâmicos, a empresa disponibiliza 90 endereços IP para tais máquinas. Como nenhum IP é
fixo, um computador receberá, quando se conectar, um endereço IP destes 90 que não estiver sendo utilizado. É mais ou
menos assim que os provedores de internet trabalham.
O método mais utilizado na distribuição de IPs dinâmicos é o protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol).
IP nos sites
Você já sabe que os sites na Web também necessitam de um IP. Mas, se você digitar em seu navegador www.infowester.
com, por exemplo, como é que o seu computador sabe qual o IP deste site ao ponto de conseguir encontrá-lo?
Quando você digitar um endereço qualquer de um site, um servidor de DNS (Domain Name System) é consultado. Ele
é quem informa qual IP está associado a cada site. O sistema DNS possui uma hierarquia interessante, semelhante a uma
árvore (termo conhecido por programadores). Se, por exemplo, o site www.infowester.com é requisitado, o sistema envia a
solicitação a um servidor responsável por terminações “.com”. Esse servidor localizará qual o IP do endereço e responderá
à solicitação. Se o site solicitado termina com “.br”, um servidor responsável por esta terminação é consultado e assim por
diante.

IPv6
O mundo está cada vez mais conectado. Se, em um passado não muito distante, você conectava apenas o PC da sua
casa à internet, hoje o faz com o celular, com o seu notebook em um serviço de acesso Wi-Fi no aeroporto e assim por
diante. Somando este aspecto ao fato de cada vez mais pessoas acessarem a internet no mundo inteiro, nos deparamos
com um grande problema: o número de IPs disponíveis deixa de ser suficiente para toda as (futuras) aplicações.
A solução para este grande problema (grande mesmo, afinal, a internet não pode parar de crescer!) atende pelo nome
de IPv6, uma nova especificação capaz de suportar até - respire fundo - 340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.
456 de endereços, um número absurdamente alto!

79
INFORMÁTICA

No Brasil, a maioria dos provedores está conectada


à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros
computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link,
que é a conexão física que interliga o provedor de acesso
com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida como
backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Bra-
sil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma ave-
nida de três pistas e os links como se fossem as ruas que
estão interligadas nesta avenida.
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade
de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite
O IPv6 não consiste, necessariamente, apenas no au- os dados. Esta velocidade é dada em bps (bits por segun-
mento da quantidade de octetos. Um endereço do tipo do). Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso,
pode ser, por exemplo: que fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso
FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF e um endereço eletrônico na Internet.

Finalizando URL - Uniform Resource Locator


Com o surgimento do IPv6, tem-se a impressão de que Tudo na Internet tem um endereço, ou seja, uma iden-
a especificação tratada neste texto, o IPv4, vai sumir do tificação de onde está localizado o computador e quais re-
mapa. Isso até deve acontecer, mas vai demorar bastante. cursos este computador oferece. Por exemplo, a URL:
Durante essa fase, que podemos considerar de transição, http://www.novaconcursos.com.br
o que veremos é a “convivência” entre ambos os padrões. Será mais bem explicado adiante.
Não por menos, praticamente todos os sistemas operacio-
nais atuais e a maioria dos dispositivos de rede estão aptos Como descobrir um endereço na Internet?
a lidar tanto com um quanto com o outro. Por isso, se você
é ou pretende ser um profissional que trabalha com redes Para que possamos entender melhor, vamos exempli-
ou simplesmente quer conhecer mais o assunto, procure se ficar.
aprofundar nas duas especificações. Você estuda em uma universidade e precisa fazer algu-
A esta altura, você também deve estar querendo des- mas pesquisas para um trabalho. Onde procurar as infor-
cobrir qual o seu IP. Cada sistema operacional tem uma mações que preciso?
forma de mostrar isso. Se você é usuário de Windows, por Para isso, existem na Internet os “famosos” sites de
exemplo, pode fazê-lo digitando cmd em um campo do procura, que são sites que possuem um enorme banco de
Menu Iniciar e, na janela que surgir, informar ipconfig /all dados (que contém o cadastro de milhares de Home Pa-
e apertar Enter. Em ambientes Linux, o comando é ifconfig. ges), que permitem a procura por um determinado assun-
to. Caso a palavra ou o assunto que foi procurado exista
em alguma dessas páginas, será listado toda esta relação
de páginas encontradas.
A pesquisa pode ser realizada com uma palavra, refe-
rente ao assunto desejado. Por exemplo, você quer pesqui-
sar sobre amortecedores, caso não encontre nada como
amortecedores, procure como autopeças, e assim suces-
sivamente.

Barra de endereços

Perceba, no entanto, que se você estiver conectado a A Barra de Endereços possibilita que se possa navegar
partir de uma rede local - tal como uma rede wireless - em páginas da internet, bastando para isto digitar o ende-
visualizará o IP que esta disponibiliza à sua conexão. Para reço da página.
saber o endereço IP do acesso à internet em uso pela rede, Alguns sites interessantes:
você pode visitar sites como whatsmyip.org. • www.diariopopular.com.br (Jornal Diário Popular)
• www.ufpel.tche.br (Ufpel)
Provedor • www.cefetrs.tche.br (Cefet)
O provedor é uma empresa prestadora de serviços que • www.servidor.gov.br (Informações sobre servidor pú-
oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces- blico)
sário conectar-se com um computador que já esteja na In- • www.siapenet.gog.br (contracheque)
ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per- • www.pelotas.com.br (Site Oficial de Pelotas)
mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet. • www.mec.gov.br (Ministério da Educação)

80
INFORMÁTICA

Identificação de endereços de um site • Shareware: Programa demonstração que pode ser


Exemplo: http://www.pelotas.com.br utilizado por um determinado prazo ou que contém alguns
http:// -> (Hiper Text Tranfer Protocol) protocolo de limites, para ser utilizado apenas como um teste do progra-
comunicação ma. Se o usuário gostar ele compra, caso contrário, não usa
WWW -> (World Wide Web) Grande rede mundial mais o programa. Na maioria das vezes, esses programas
pelotas -> empresa ou organização que mantém o site exibem, de tempos em tempos, uma mensagem avisando
.com -> tipo de organização que ele deve ser registrado. Outros tipos de shareware têm
......br -> identifica o país tempo de uso limitado. Depois de expirado este tempo de
Tipos de Organizações: teste, é necessário que seja feito a compra deste programa.
.edu -> instituições educacionais. Exemplo: michigam.
edu Navegar nas páginas
.com -> instituções comerciais. Exemplo: microsoft. Consiste percorrer as páginas na internet a partir de
com um documento normal e de links das próprias páginas.
.gov -> governamental. Exemplo: fazenda.gov
.mil -> instalação militar. Exemplo: af.mil Como salvar documentos, arquivos e sites
.net -> computadores com funções de administrar re- Clique no menu Arquivo e na opção Salvar como.
des. Exemplo: embratel.net
.org -> organizações não governamentais. Exemplo: Como copiar e colar para um editor de textos
care.org Selecionar o conteúdo ou figura da página. Clicar com
o botão direito do mouse e escolha a opção Copiar.
Home Page
Pela definição técnica temos que uma Home Page é
um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de compu-
tadores rodando um Navegador (Browser), que permite o
acesso às informações em um ambiente gráfico e multimí-
dia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de informações
dentro das Home Pages.
O endereço de Home Pages tem o seguinte formato:
http://www.endereço.com/página.html
Por exemplo, a página principal da Pronag:
http://www.pronag.com.br/index.html
Abra o editor de texto clique em colar
PLUG-INS
Navegadores
Os plug-ins são programas que expandem a capacida-
O navegador de WWW é a ferramenta mais importante
de do Browser em recursos específicos - permitindo, por
exemplo, que você toque arquivos de som ou veja filmes para o usuário de Internet. É com ele que se podem vi-
em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas de soft- sitar museus, ler revistas eletrônicas, fazer compras e até
ware vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade im- participar de novelas interativas. As informações na Web
pressionante. Maiores informações e endereços sobre plu- são organizadas na forma de páginas de hipertexto, cada
g-ins são encontradas na página: um com seu endereço próprio, conhecido como URL. Para
http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Soft- começar a navegar, é preciso digitar um desses endereços
ware/Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indi- no campo chamado Endereço no navegador. O software
ces/ estabelece a conexão e traz, para a tela, a página corres-
Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo pondente.
temos uma relação de alguns deles: O navegador não precisa de nenhuma configuração
- 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime, especial para exibir uma página da Web, mas é necessário
etc.). ajustar alguns parâmetros para que ele seja capaz de enviar
- Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.). e receber algumas mensagens de correio eletrônico e aces-
- Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP, sar grupos de discussão (news).
PCX, etc.). O World Wide Web foi inicialmente desenvolvido no
- Negócios e Utilitários Centro de Pesquisas da CERN (Conseil Europeen pour la
- Apresentações Recherche Nucleaire), Suíça. Originalmente, o WWW era
um meio para físicos da CERN trocar experiências sobre
FTP - Transferência de Arquivos suas pesquisas através da exibição de páginas de texto. Fi-
Permite copiar arquivos de um computador da Internet cou claro, desde o início, o imenso potencial que o WWW
para o seu computador. possuía para diversos tipos de aplicações, inclusive não
Os programas disponíveis na Internet podem ser: científicas.
• Freeware: Programa livre que pode ser distribuí- O WWW não dispunha de gráficos em seus primór-
do e utilizado livremente, não requer nenhuma taxa para dios, apenas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto
sua utilização, e não é considerado “pirataria” a cópia deste WWW ganhou força extra com a inserção de um visualiza-
programa. dor (também conhecido como browser) de páginas capaz

81
INFORMÁTICA

não apenas de formatar texto, mas também de exibir grá- Imagens: pesquisa por imagens anexadas nas páginas.
ficos, som e vídeo. Este browser chamava-se Mosaic e foi Exemplo do resultado se uma pesquisa.
desenvolvido dentro da NCSA, por um time chefiado por
Mark Andreesen. O sucesso do Mosaic foi espetacular.
Depois disto, várias outras companhias passaram a
produzir browsers que deveriam fazer concorrência ao
Mosaic. Mark Andreesen partiu para a criação da Netscape
Communications, criadora do browser Netscape.
Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic,
o Microsoft Internet Explorer, o Mozilla Firefox e muitos
outros browsers.

Busca e pesquisa na web

Os sites de busca servem para procurar por um deter-


minado assunto ou informação na internet.
Alguns sites interessantes: Grupos: pesquisa nos grupos de discussão da Usenet.
• www.google.com.br Exemplo:
• http://br.altavista.com
• http://cade.search.yahoo.com
• http://br.bing.com/

Como fazer a pesquisa

Digite na barra de endereço o endereço do site de pes-


quisa. Por exemplo:
www.google.com.br Diretórios: pesquisa o conteúdo da internet organiza-
dos por assunto em categorias. Exemplo:

Como escolher palavra-chave

• Busca com uma palavra: retorna páginas que in-


cluam a palavra digitada.
• “Busca entre aspas”: a pesquisa só retorna páginas
Em pesquisar pode-se escolher onde será feita a pes- que incluam todos os seus termos de busca, ou seja, toda a
quisa. sequência de termos que foram digitadas.
• Busca com sinal de mais (+): a pesquisa retorna
páginas que incluam todas
• as palavras aleatoriamente na página.
• Busca com sinal de menos (-): as palavras que fi-
cam antes do sinal de
• menos são excluídas da pesquisa.
Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na • Resultado de um cálculo: pode ser efetuado um
pesquisa com letras maiúsculas e minúsculas e nem pala- cálculo em um site de pesquisa.
vras com ou sem acento.
Por exemplo: 3+4
Opções de pesquisa

Irá retornar:

Web: pesquisa em todos os sites O resultado da pesquisa

82
INFORMÁTICA

O resultado da pesquisa é visualizado da seguinte for- tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP,
ma: etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre
as razões para este sucesso, estão o custo de implantação
relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos
programas de navegação na Web, os browsers.

Objetivo de construir uma Intranet


Organizações constroem uma intranet porque ela é
uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente
para economizar tempo, diminuir as desvantagens da dis-
tância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital-
funcionários com conhecimentos das operações e produ-
tos da empresa.

INTRANET Aplicações da Intranet


A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comu-
uma Internet restrita apenas a utilização interna de uma nicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o
empresa. As intranets ou Webs corporativas, são redes de trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala.
comunicação internas baseadas na tecnologia usada na In- De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet
ternet. Como um jornal editado internamente, e que pode vai ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os
ser acessado apenas pelos funcionários da empresa. diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo:
departamentos, mesclando (com segurança) as suas infor- • Marketing e Vendas - Informações sobre produ-
mações particulares dentro da estrutura de comunicações tos, listas de preços, promoções, planejamento de eventos;
da empresa. • Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação
O grande sucesso da Internet, é particularmente da de Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades
World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na de membros das equipes, situações de projetos;
evolução da informática nos últimos anos. • Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sis-
Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos temas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), ma-
interligados através de vínculos, ou links) e a enorme fa- nuais de qualidade;
cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos • Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apos-
multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratiza- tilas, políticas da companhia, organograma, oportunidades
ram o acesso à informação através de redes de computa- de trabalho, programas de desenvolvimento pessoal, be-
dores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de nefícios.
usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de Para acessar as informações disponíveis na Web corpo-
informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgi- rativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado.
ram muitas ferramentas de software de custo zero ou pe- Afinal, o esforço de operação desses programas se resume
queno, que permitem a qualquer organização ou empresa, quase somente em clicar nos links que remetem às novas
sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e páginas. No entanto, a simplicidade de uma intranet termi-
colocar informação. O resultado inevitável foi a impressio- na aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa
nante explosão na informação disponível na Internet, que complexa e exige a presença de profissionais especializa-
segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês. dos. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet,
Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito, sua diversidade de funções e a quantidade de informações
que tem interessado um número cada vez maior de em- nela armazenadas.
presas, hospitais, faculdades e outras organizações interes- A intranet é baseada em quatro conceitos:
sadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu • Conectividade - A base de conexão dos computa-
advento e disseminação promete operar uma revolução dores ligados através de uma rede, e que podem transferir
tão profunda para a vida organizacional quanto o apare- qualquer tipo de informação digital entre si;
cimento das primeiras redes locais de computadores, no • Heterogeneidade - Diferentes tipos de computa-
final da década de 80. dores e sistemas operacionais podem ser conectados de
forma transparente;
O que é Intranet? • Navegação - É possível passar de um documento a
O termo “intranet” começou a ser usado em meados de outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que
1995 por fornecedores de produtos de rede para se refe- facilitam o acesso não linear aos documentos;
rirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias • Execução Distribuída - Determinadas tarefas de
projetadas para a comunicação por computador entre em- acesso ou manipulação na intranet só podem ocorrer gra-
presas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma ças à execução de programas aplicativos, que podem es-
rede privativa de computadores que se baseia nos padrões tar no servidor, ou nos microcomputadores que acessam a
de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na rede (também chamados de clientes, daí surgiu à expres-

83
INFORMÁTICA

são que caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servi- Vantagens e Desvantagens da Intranet


dor). A vantagem da intranet é que esses programas são Alguns dos benefícios são:
ativados através da WWW, permitindo grande flexibilidade. • Redução de custos de impressão, papel, distribuição
Determinadas linguagens, como Java, assumiram grande de software, e-mail e processamento de pedidos;
importância no desenvolvimento de softwares aplicativos • Redução de despesas com telefonemas e pessoal no
que obedeçam aos três conceitos anteriores. suporte telefônico;
• Maior facilidade e rapidez no acesso as informações
Como montar uma Intranet técnicas e de marketing;
Basicamente a montagem de uma intranet consiste em • Maior rapidez e facilidade no acesso a localizações
usar as estruturas de redes locais existentes na maioria das remotas;
empresas, e em instalar um servidor Web. • Incrementando o acesso a informações da concor-
Servidor Web - É a máquina que faz o papel de repo- rência;
sitório das informações contidas na intranet. É lá que os
• Uma base de pesquisa mais compreensiva;
clientes vão buscar as páginas HTML, mensagens de e-mail
• Facilidade de acesso a consumidores (clientes) e par-
ou qualquer outro tipo de arquivo.
ceiros (revendas);
Protocolos - São os diferentes idiomas de comunica-
• Aumento da precisão e redução de tempo no acesso
ção utilizados. O servidor deve abrigar quatro protocolos.
O primeiro é o HTTP, responsável pela comunicação do à informação;
browser com o servidor, em seguida vem o SMTP ligado ao • Uma única interface amigável e consistente para
envio de mensagens pelo e-mail, e o FTP usado na transfe- aprender e usar;
rência de arquivos. Independentemente das aplicações uti- • Informação e treinamento imediato (Just in Time);
lizadas na intranet, todas as máquinas nela ligadas devem • As informações disponíveis são visualizadas com cla-
falar um idioma comum: o TCP/IP, protocolo da Internet. reza;
• Redução de tempo na pesquisa a informações;
Identificação do Servidor e das Estações - Depois de • Compartilhamento e reutilização de ferramentas e
definidos os protocolos, o sistema já sabe onde achar as informação;
informações e como requisitá-las. Falta apenas saber o • Redução no tempo de configuração e atualização dos
nome de quem pede e de quem solicita. Para isso existem sistemas;
dois programas: o DNS que identifica o servidor e o DHCP • Simplificação e/ou redução das licenças de software
(Dinamic Host Configuration Protocol) que atribui nome às e outros;
estações clientes. • Redução de custos de documentação;
Estações da Rede - Nas estações da rede, os funcio- • Redução de custos de suporte;
nários acessam as informações colocadas à sua disposição • Redução de redundância na criação e manutenção
no servidor. Para isso usam o Web browser, software que de páginas;
permite folhear os documentos. • Redução de custos de arquivamento;
• Compartilhamento de recursos e habilidade.
Comparando Intranet com Internet
Na verdade as diferenças entre uma intranet e a In- Alguns dos empecilhos são:
ternet, é uma questão de semântica e de escala. Ambas • Aplicativos de Colaboração - Os aplicativos de cola-
utilizam as mesmas técnicas e ferramentas, os mesmos boração, não são tão poderosos quanto os oferecidos pe-
protocolos de rede e os mesmos produtos servidores. O los programas para grupos de trabalho tradicionais. É ne-
conteúdo na Internet, por definição, fica disponível em es-
cessário configurar e manter aplicativos separados, como
cala mundial e inclui tudo, desde uma home-page de al-
e-mail e servidores Web, em vez de usar um sistema uni-
guém com seis anos de idade até as previsões do tempo.
ficado, como faria com um pacote de software para grupo
A maior parte dos dados de uma empresa não se destina
de trabalho;
ao consumo externo, na verdade, alguns dados, tais como
as cifras das vendas, clientes e correspondências legais, de- • Número Limitado de Ferramentas - Há um número
vem ser protegidos com cuidado. E, do ponto de vista da limitado de ferramentas para conectar um servidor Web a
escala, a Internet é global, uma intranet está contida den- bancos de dados ou outros aplicativos back-end. As intra-
tro de um pequeno grupo, departamento ou organização nets exigem uma rede TCP/IP, ao contrário de outras solu-
corporativa. No extremo, há uma intranet global, mas ela ções de software para grupo de trabalho que funcionam
ainda conserva a natureza privada de uma Internet menor. com os protocolos de transmissão de redes local existentes;
A Internet e a Web ficaram famosas, com justa razão, • Ausência de Replicação Embutida – As intranets não
por serem uma mistura caótica de informações úteis e ir- apresentam nenhuma replicação embutida para usuários
relevantes, o meteórico aumento da popularidade de sites remotos. A HMTL não é poderosa o suficiente para desen-
da Web dedicados a índices e mecanismos de busca é uma volver aplicativos cliente/servidor.
medida da necessidade de uma abordagem organizada.
Uma intranet aproveita a utilidade da Internet e da Web
num ambiente controlado e seguro.

84
INFORMÁTICA

Como a Intranet é ligada à Internet EXTRANET


A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de
computadores que faz uso da Internet para partilhar com
segurança parte do seu sistema de informação.
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de
computadores que faz uso da Internet para partilhar com
segurança parte do seu sistema de informação.
Tomado o termo em seu sentido mais amplo, o concei-
to confunde-se com Intranet. Uma Extranet também pode
ser vista como uma parte da empresa que é estendida a
usuários externos (“rede extra-empresa”), tais como repre-
sentantes e clientes. Outro uso comum do termo Extranet
ocorre na designação da “parte privada” de um site, onde
somente “usuários registrados” podem navegar, previa-
mente autenticados por sua senha (login).

Empresa estendida
O acesso à intranet de uma empresa através de um
Segurança da Intranet Portal (internet) estabelecido na web de forma que pessoas
Três tecnologias fornecem segurança ao armazena- e funcionários de uma empresa consigam ter acesso à in-
mento e à troca de dados em uma rede: autenticação, con- tranet através de redes externas ao ambiente da empresa.
trole de acesso e criptografia. Uma extranet é uma intranet que pode ser acessada via
Autenticação - É o processo que consiste em verificar Web por clientes ou outros usuários autorizados. Uma in-
se um usuário é realmente quem alega ser. Os documen- tranet é uma rede restrita à empresa que utiliza as mesmas
tecnologias presentes na Internet, como e-mail, webpages,
tos e dados podem ser protegidos através da solicitação
servidor FTP etc.
de uma combinação de nome do usuário/senha, ou da ve-
A ideia de uma extranet é melhorar a comunicação en-
rificação do endereço IP do solicitante, ou de ambas. Os
tre os funcionários e parceiros além de acumular uma base
usuários autenticados têm o acesso autorizado ou negado
de conhecimento que possa ajudar os funcionários a criar
a recursos específicos de uma intranet, com base em uma
novas soluções.
ACL (Access Control List) mantida no servidor Web;
Exemplificando uma rede de conexões privadas, basea-
da na Internet, utilizada entre departamentos de uma em-
Criptografia - É a conversão dos dados para um for-
presa ou parceiros externos, na cadeia de abastecimento,
mato que pode ser lido por alguém que tenha uma chave trocando informações sobre compras, vendas, fabricação,
secreta de descriptografia. Um método de criptografia am- distribuição, contabilidade entre outros.
plamente utilizado para a segurança de transações Web é a
tecnologia de chave pública, que constitui a base do HTTPS Internet Explorer 112
- um protocolo Web seguro; O Internet Explorer 11 é fornecido junto com a atua-
lização do Windows 8.1 ou do Windows RT 8.1. O Inter-
Firewall - Você pode proporcionar uma comunicação net Explorer facilita o acesso a sites e ajuda a ver com o má-
segura entre uma intranet e a Internet através de servi- ximo de qualidade todo o conteúdo incrível que você pode
dores proxy, que são programas que residem no firewall encontrar. Depois de aprender alguns gestos e truques co-
e permitem (ou não) a transmissão de pacotes com base muns, você poderá usar seu novo navegador com todo o
no serviço que está sendo solicitado. Um proxy HTTP, por conforto e aproveitar ao máximo seus sites favoritos.
exemplo, pode permitir que navegadores Webs internos
da empresa acessem servidores Web externos, mas não o Noções básicas sobre navegação
contrário. Mãos à obra. Para abrir o Internet Explorer 11, toque ou
Dispositivos para realização de Cópias de Segurança clique no bloco Internet Explorer na tela Inicial.
Os dispositivos para a realização de cópias de seguran- Uma barra de endereços, três formas de usar
ça do(s) servidor(es) constituem uma das peças de especial A barra de endereços é o seu ponto de partida para
importância. Por exemplo, unidades de disco amovíveis navegar pela Internet. Ela combina barra de endereços e
com grande capacidade de armazenamento, tapes... caixa de pesquisa para que você possa navegar, pesquisar
Queremos ainda referir que para o funcionamento de ou receber sugestões em um só local. Ela permanece fora
uma rede existem outros conceitos como topologias/con- do caminho quando não está em uso para dar mais espaço
figurações (rede linear, rede em estrela, rede em anel, rede para os sites. Para que a barra de endereços apareça, passe
em árvore, rede em malha …), métodos de acesso, tipos o dedo de baixo para cima na tela ou clique na barra na
de cabos, protocolos de comunicação, velocidade de trans- parte inferior da tela se estiver usando um mouse. Há três
missão … maneiras de utilizá-la:
2 Fonte: Ajuda do Internet Explorer

85
INFORMÁTICA

Para navegar. Insira uma URL na barra de endereços


para ir diretamente para um site. Ou toque, ou clique, na
barra de endereços para ver os sites que mais visita (os
sites mais frequentes).
Para pesquisar. Insira um termo na barra de endereços
e toque ou clique em Ir para pesquisar a Internet com o
mecanismo de pesquisa padrão.
Para obter sugestões. Não sabe para onde deseja ir?
Digite uma palavra na barra de endereços para ver suges-
tões de sites, aplicativos e pesquisa enquanto digita. Basta
tocar ou clicar em uma das sugestões acima da barra de
endereços.

Usando várias janelas de navegação


Também é possível abrir várias janelas no Internet Ex-
plorer 11 e exibir duas delas lado a lado. Para abrir uma
nova janela, pressione e segure o bloco Internet Explorer
(ou clique nele com o botão direito do mouse) na tela Ini-
cial e, em seguida, toque ou clique em Abrir nova janela.
Duas janelas podem ser exibidas lado a lado na tela.
Abra uma janela e arraste-a de cima para baixo, para o lado
direito ou esquerdo da tela. Em seguida, arraste a outra
janela a partir do lado esquerdo da tela.
Dica
Você pode manter a barra de endereços e as guias en-
caixadas na parte inferior da tela para abrir sites e fazer
Multitarefas com guias e janelas pesquisas rapidamente. Abra o botão Configurações, to-
Com as guias, você pode ter muitos sites abertos em que ou clique em Opções e, em Aparência, altere Sempre
uma só janela do navegador, para que seja mais fácil abrir, mostrar a barra de endereços e as guias para Ativado.
fechar e alternar os sites. A barra de guias mostra todas Personalizando sua navegação
as guias ou janelas que estão abertas no Internet Explorer. Depois de ter aprendido as noções básicas sobre o uso
Para ver a barra de guias, passe o dedo de baixo para cima do navegador, você poderá alterar suas home pages, adi-
(ou clique) na tela. cionar sites favoritos e fixar sites à tela Inicial.
Para escolher suas home pages

Abrindo e alternando as guias

Abra uma nova guia tocando ou clicando no botão


Nova guia . Em seguida, insira uma URL ou um termo de
pesquisa ou selecione um de seus sites favoritos ou mais
visitados.

Alterne várias guias abertas tocando ou clicando nelas


na barra de guias. Você pode ter até 100 guias abertas em
uma só janela. Feche as guias tocando ou clicando em Fe-
char no canto de cada guia.

86
INFORMÁTICA

As home pages são os sites que se abrem sempre que


você inicia uma nova sessão de navegação no Internet Ex-
plorer. Você pode escolher vários sites, como seus sites de
notícias ou blogs favoritos, a serem carregados na abertura
do navegador. Dessa maneira, os sites que você visita com
mais frequência estarão prontos e esperando por você.

Passe o dedo da borda direita da tela e toque em Con-


figurações.

(Se você estiver usando um mouse, aponte para o can-


to inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para
cima e clique em Configurações.)
Para exibir os comandos de aplicativos, passe o dedo
Toque ou clique em Opções e, em Home pages, toque de baixo para cima (ou clique).
ou clique em Gerenciar. Toque ou clique no botão Favoritos , toque ou clique
no botão Fixar site  e, em seguida, toque ou clique em
Insira a URL de um site que gostaria de definir como Fixar na Tela Inicial.
home page ou toque ou clique em Adicionar site atual se Dica: Você pode alternar rapidamente os favoritos e as
estiver em um site que gostaria de transformar em home guias tocando ou clicando no botão Favoritos ou no bo-
page. tão Guias nos comandos de aplicativos.

Para salvar seus sites favoritos Lendo, salvando e compartilhando conteúdo da In-
Salvar um site como favorito é uma forma simples de ternet
memorizar os sites de que você gosta e que deseja visitar Ao examinar seu conteúdo online favorito, procure
sempre. (Se você tiver feito a atualização para o Windo- pelo ícone Modo de exibição de leitura na barra de en-
ws 8.1 a partir do Windows 8 e entrado usando sua conta dereços. O Modo de exibição de leitura retira quaisquer
da Microsoft, todos os favoritos já existentes terão sido im- itens desnecessários, como anúncios, para que as matérias
portados automaticamente.) sejam destacadas. Toque ou clique no ícone para abrir a pá-
Vá até um site que deseja adicionar. gina no modo de exibição de leitura. Quando quiser retor-
nar à navegação, basta tocar ou clicar no ícone novamente.
Passe o dedo de baixo para cima (ou clique) para exibir
os comandos de aplicativos. Em seguida, toque ou clique
no botão Favoritos  para mostrar a barra de favoritos.

Toque ou clique em Adicionar a favoritos e, em se-


guida, toque ou clique em Adicionar.

Um artigo da Internet com o modo de exibição de leitura


desativado

Para fixar um site na tela Inicial

A fixação de um site cria um bloco na tela Inicial, o


que fornece acesso com touch ao site em questão. Alguns
sites fixados mostrarão notificações quando houver novo
conteúdo disponível. Você pode fixar quantos sites quiser e Um artigo da Internet com o modo de exibição de lei-
organizá-los em grupos na tela Inicial. tura ativado

87
INFORMÁTICA

Para personalizar as configurações do modo de exibi- Ajudando a proteger sua privacidade


ção de leitura Interagir em redes sociais, fazer compras, estudar,
Passe o dedo da borda direita da tela e toque em Con- compartilhar e trabalhar: você provavelmente faz tudo isso
figurações. diariamente na Internet, o que pode disponibilizar suas in-
(Se você estiver usando um mouse, aponte para o can- formações pessoais para outras pessoas. O Internet Explo-
to inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para rer ajuda você a se proteger melhor com uma segurança
cima e clique em Configurações.) reforçada e mais controle sobre sua privacidade. Estas são
Toque ou clique em Opções e, em Modo de exibição de algumas das maneiras pela quais você pode proteger me-
leitura, escolha um estilo de fonte e um tamanho de texto. lhor a sua privacidade durante a navegação:
Estas são algumas opções de estilo que você pode se- Use a Navegação InPrivate. Os navegadores armaze-
lecionar. nam informações como o seu histórico de pesquisa para
ajudar a melhorar sua experiência. Quando você usa uma
guia InPrivate, pode navegar normalmente, mas os dados
como senhas, o histórico de pesquisa e o histórico de pá-
ginas da Internet são excluídos quando o navegador é fe-
chado. Para abrir uma nova guia InPrivate, passe o dedo
de baixo para cima na tela (ou clique nela) para mostrar
os comandos de aplicativos, ou toque ou clique no botão
Ferramentas de guia e em Nova guia InPrivate.
Use a Proteção contra Rastreamento e o recurso Do
Not Track para ajudar a proteger sua privacidade. O ras-
treamento refere-se à maneira como os sites, os provedo-
res de conteúdo terceiros, os anunciantes, etc. aprendem
a forma como você interage com eles. Isso pode incluir o
rastreamento das páginas que você visita, os links em que
você clica e os produtos que você adquire ou analisa. No
Internet Explorer, você pode usar a Proteção contra Ras-
treamento e o recurso Do Not Track para ajudar a limitar
as informações que podem ser coletadas por terceiros so-
bre a sua navegação e para expressar suas preferências de
privacidade para os sites que visita.

FIREFOX3
Firefox é um navegador web de código aberto e mul-
tiplataforma com versões para Windows, OS X (Mac), Linux
e Android, em variantes de 32 e 64 bits, dependendo da
plataforma. O Firefox possui suporte para extensões, na-
vegação por abas, alerta contra sites maliciosos, suporte
para sincronização de informações, gerenciador de senhas,
bloqueador de janelas pop-up, pesquisa integrada, corre-
tor ortográfico, gerenciador de download, leitor de feeds
Para salvar páginas na Lista de Leitura RSS e outros recursos.
Quando você tiver um artigo ou outro conteúdo que Além de ser multiplataforma, o Firefox também supor-
deseje ler mais tarde, basta compartilhá-lo com sua Lista ta diferentes linguagens, incluindo o português do Brasil
de Leitura em vez de enviá-lo por email para você mesmo (Pt Br).
ou de deixar mais guias de navegação abertas. A Lista de Surgido de um projeto criado por Dave Hyatt e Blake
Leitura é a sua biblioteca pessoal de conteúdo. Você pode Ross em 2002, somente dois anos depois a plataforma de
adicionar artigos, vídeos ou outros tipos de conteúdo a ela navegação pela internet se desmembrou de outras ferra-
diretamente do Internet Explorer, sem sair da página em mentas e se tornou um browser independente. No começo,
que você está. o Firefox se popularizou apenas entre o nicho de adeptos
Passe o dedo desde a borda direita da tela e toque em do “software livre”, e mesmo assim já alcançou dezenas de
Compartilhar. milhões de downloads.
(Se usar um mouse, aponte para o canto superior direi- Não demorou muito para que o navegador começasse
to da tela, mova o ponteiro do mouse para baixo e clique a receber melhorias relevantes e o seu potencial fosse ob-
em Compartilhar.) servado por outros perfis de internautas. E foi basicamente
Toque ou clique em Lista de Leitura e, em seguida, em assim que o produto da Fundação Mozilla ganhou seu es-
Adicionar. O link para o conteúdo será armazenado na Lista paço e quase desbancou a hegemonia do Internet Explorer.
de Leitura. 3 Fonte: Ajuda do Firefox

88
INFORMÁTICA

Seu sistema de abas permite que o usuário navegue Principais novidades


em diversos sites sem a necessidade de abrir várias instân- Tudo começa pelo novo e intuitivo menu
cias do programa. A função de navegação privativa é muito - As opções que você mais acessa, todas no mesmo lugar
útil, pois com ela, o Mozilla Firefox não memoriza histórico, - Pensado para facilitar o acesso
dados fornecidos a páginas e ao campo de pesquisa, lista - Converse por vídeo com qualquer pessoa diretamen-
de downloads, cookies e arquivos temporários. Serão pre- te do Firefox
servados apenas arquivos salvos por downloads e novos
favoritos. Além dessas opções, o navegador continua com
as funções básicas de qualquer outro aplicativo semelhan-
te: gerenciador de favoritos, suporte a complementos e
sincronização de dados na nuvem.

Principais características

· Navegação em abas;
· A mesma janela pode conter diversas páginas. Abrin-
do os links em segundo plano
Eles já estarão carregados quando você for ler;
· Bloqueador de popups:
· O Firefox já vem com um bloqueador embutido de
popups;
· Pesquisa inteligente; Conheça o Firefox Hello
· O campo de pesquisa pelo Google fica na direita na - Converse por vídeo com qualquer pessoa, em qual-
barra de ferramentas e abre direto a página com os resul- quer lugar
tados, poupando o tempo de acesso à página de pesquisa - É grátis! Não é preciso ter conta ou baixar comple-
antes de ter que digitar as palavras chaves. O novo localiza- mentos.
dor de palavras na página busca pelo texto na medida em - Escolha como você quer pesquisar
que você as digita, agilizando a busca;
· Favoritos RSS;
· A integração do RSS nos favoritos permite que você
fique sabendo das atualizações e últimas notícias dos seus
sites preferidos cadastrados. Essa função é disponibilizada
a partir do Firefox 2;
· Downloads sem perturbação;
· Os arquivos recebidos são salvos automaticamente na
área de trabalho, onde são fáceis de achar. Menos interrup-
ções significam downloads mais rápidos. Claro, essa função
pode ser personalizada sem problemas;
· Você decide como deve ser seu navegador;
· O Firefox é o navegador mais personalizável que exis-
te. Coloque novos botões nas barras de ferramentas, ins-
tale extensões que adiciona novas funções, adicione temas Uma nova maneira de pesquisar, ainda mais inteligente
que modificam o visual do Firefox e coloque mais mecanis- - Sugestões de pesquisa aparecerão conforme você
mos nos campos de pesquisa. digita

O Firefox pode se tornar o navegador mais adequado - Escolha o site certo para cada pesquisa
para a sua necessidade: - Use a estrela para adicionar Favoritos
· Fácil utilização;
· Simples e intuitivo, mas repleto de recursos. O Firefox
tem todas as funções que você está acostumado - favori-
tos, histórico, tela inteira, zoom de texto para tornar as pá-
ginas mais fáceis de ler, e diversas outras funcionalidades
intuitivas;
· Compacto;
· A maioria das distribuições está em torno dos 5MB.
Você leva apenas alguns minutos para copiar o Firefox para
o seu computador em uma conexão discada e segunda em
uma conexão banda larga. A configuração é simples e in-
tuitiva. Logo você estará navegando com essa ferramenta.

89
INFORMÁTICA

Seus sites favoritos estão mais perto do que nunca


- Adicione e visualize seus Favoritos rapidamente
- Salve qualquer site com apenas um clique

Desativar os controles da Nova Aba

Para ocultar tudo na sua página Nova Aba, incluindo os


Como funcionam as sugestões de sites? controles da Nova Aba (ou para escolher a página que abre
O Firefox exibe links de sites como miniaturas ou lo- em uma nova aba) você pode instalar o complemento New
gotipos na página Nova Aba. Quando usar o Firefox pela Tab Override (browser.newtab.url replacement).
primeira vez, verá links para sites da Mozilla. Esses sites
serão eventualmente substituídos por sites visitados com Personalizar a página Nova aba
mais frequência. O comportamento padrão do Firefox é exibir os sites
em destaque em uma nova aba. Aprenda como personali-
zar, fixar, remover e reorganizar esses sites.

Fixar

Clique no ícone no canto superior esquerdo da suges-


tão para fixá-la naquela posição na página.
Ocultar ou exibir Sugestões na Nova Aba Dica: Configure o Firefox Sync para sincronizar suas Su-
gestões fixadas entre os seus outros computadores.
Você pode determinar sua página Nova Aba para exibir
seus sites mais visitados ou até mesmo nada. Para acessar Remover
estes controles clique no ícone da engrenagem no canto
superior direito da nova aba.

Exibir seus sites principais


Clique no ícone de engrenagem na página Nova Aba e
marque Exibir os sites mais visitados.

Mostrar uma Nova Aba em branco Clique no “X” no canto superior direito do site para ex-
Para remover todos os sites da página Nova Aba, sele- cluí-lo da página.
cione Exibir página em branco. Nota: Se acidentalmente remover um site, pode recu-
perá-lo clicando em Desfazer no topo da página. Se muitos
sites foram removidos clique em Restaurar tudo.

90
INFORMÁTICA

Reorganizar

Nota: Se não visualizar uma seção do Sync no menu,


você ainda está usando uma versão antiga do Sync. 
Clique no botão Começar.
Preencha o formulário para criar uma conta e clique
em Sign Up. Anote o endereço de e-mail e a senha usada,
Clique e arraste uma Sugestão para dentro da posição você precisará disso mais tarde para entrar.
que desejar. Ela será “fixada” nesse novo local.
Verifique nas suas mensagens se recebeu o link de
Adicionar um dos seus favoritos
verificação e clique nele para confirmar seu endereço de
Você também pode abrir a biblioteca de favoritos e ar-
e-mail. Você já está pronto para começar a usar!
rastá-los para a página Nova Aba.
Antes de iniciar, configure o Firefox para lembrar o his-
tórico. Conecte dispositivos adicionais ao Sync
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos Tudo que precisa fazer é entrar e deixar o Sync fazer o
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. resto. Para entrar você precisa do endereço de e-mail e a
Arraste um favorito para dentro da posição que você senha que usou no começo da configuração do sync.
quiser. Clique no botão de menu    , e, em seguida, clique
em Entrar no Sync.
Clique no botão Começar para abrir a página Crie uma
conta Firefox.
Clique no link Already have an account? Sign in na par-
te inferior da página.

Como faço para configurar o Sync no meu compu- Insira o e-mail e a senha que você usou para criar sua
tador? nova conta do Sync.
O Sync permite compartilhar seus dados e preferên- Depois que você tiver entrado, o Firefox Sync começará
cias (como favoritos, histórico, senhas, abas abertas, Lista
a sincronização de suas informações através dos seus dis-
de Leitura e complementos instalados) com todos os seus
positivos conectados.
dispositivos. Aprenda como configurar o Firefox Sync.
Remover um dispositivo do Sync
Importante: O Sync requer a versão mais recente do
Firefox. Certifique-se de que você atualizou o Firefox em Clique no botão   para expandir o Menu.
quaisquer computadores ou dispositivos Android. Clique no nome da sua conta no Sync (geralmente seu
Configurar o Sync requer duas partes: A criação de endereço de e-mail) para abrir as preferências do Sync.
uma conta no seu dispositivo principal e entrar nesta conta Clique em Desconectar. Seu dispositivo não será mais
usando outros dispositivos. Aqui estão os passos em de- sincronizado.
talhes:
Crie favoritos para salvar suas páginas favoritas
- Crie uma conta do Sync Os favoritos são atalhos para as páginas da web que
Clique no botão de menu     e depois em Entrar no você mais gosta.
Sync. A página de acesso será aberta em uma nova aba. Como eu crio um favorito?
Fácil — é só clicar na estrela!

91
INFORMÁTICA

Para criar um favorito, clique no ícone da estrela na


Barra de ferramentas. A estrela ficará azul e seu favorito
será adicionado na pasta “Não organizados”. Pronto!

Como eu organizo os meus favoritos?


Dica: Quer adicionar todas as abas de uma só vez? Na Biblioteca, você pode ver e organizar todos os seus
Clique com o botão direito do mouse em qualquer aba e favoritos.
selecione Adicionar todas as abas.... Dê um nome a pasta Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
e escolha onde quer guardá-la. Clique adicionar favoritos os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
para finalizar.

Como eu mudo o nome ou onde fica guardado um


favorito?
Para editar os detalhes do seu favorito, clique nova-
mente na estrela e a caixa Propriedades do favorito apa-
recerá.

Por padrão, os favoritos que você cria estarão localiza-


dos na pasta “Não organizados”. Selecione-a na barra late-
ral da janela “Biblioteca” para exibir os favoritos que você
adicionou. Dê um clique duplo em um favorito para abri-lo.
Na janela Propriedades do favorito você pode modifi- Enquanto a janela da Biblioteca está aberta, você tam-
car qualquer um dos seguintes detalhes: bém pode arrastar favoritos para outras pastas como a
Nome: O nome que o Firefox exibe para os favoritos “Menu Favoritos”, que exibe seus favoritos no menu aberto
em menus. pelo botão Favoritos. Se você adicionar favoritos à pasta
“Barra de favoritos”, eles aparecerão nela (embaixo da Bar-
Pasta: Escolha em que pasta guardar seu favorito sele- ra de navegação).
cionando uma do menu deslizante (por exemplo, o Menu
Favoritos ou a Barra dos favoritos). Nesse menu, você tam-
bém pode clicar em Selecionar... para exibir uma lista de
todas as pastas de favoritos.
Tags: Você pode usar tags para ajudá-lo a pesquisar e
organizar seus favoritos. Quando você terminar suas modi-
ficações, clique em Concluir para fechar a caixa.

Onde posso encontrar meus favoritos?


A forma mais fácil de encontrar um site para o qual
você criou um favorito é digitar seu nome na Barra de En-
dereços. Enquanto você digita, uma lista de sites que já
você visitou, adicionou aos favoritos ou colocou tags apa- Como eu ativo a Barra de favoritos?
recerá. Sites com favoritos terão uma estrela amarela ao Se você gostaria de usar a Barra de Favoritos, faça o
seu lado. Apenas clique em um deles e você será levado até seginte:
lá instantaneamente. Clique no botão e escolhe Personalizar.

92
INFORMÁTICA

Clique na lista Exibir/ocultar barras e no final selecione


Barra dos favoritos.
Clique no botão verde Sair da personalização.

Removendo apenas uma página dos Favoritos


Acesse a página que deseja remover nos Favoritos.
Clique no ícone da estrela à direita da sua barra de pes-
quisa.

Na janela Editar este favorito, clique Remover Favorito.

Na janela de nova pasta, digite o nome e (opcional-


mente) uma descrição para a pasta que você deseja criar.
Adicionando favoritos em pastas
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Clique na pasta que contém atualmente o favorito que
você deseja mover.
Arraste o favorito sobre a pasta e solte o botão para
Removendo mais de uma página ou pasta dos Favo- mover o favorito para a pasta.
ritos
Ordenando por nome
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
No painel esquerdo da janela do gerenciador, clique na Clique com o botão direito do mouse na pasta que de-
pasta que deseja visualizar. Seu conteúdo será mostrado no seja ordenar e selecione Ordenar pelo nome. Os Favoritos
painel direito. serão colocados em ordem alfabética.
No painel direito, selecione os itens que deseja remo-
ver.
Com os itens a serem removidos selecionado, clique no
botão Organizar e selecione Excluir.

Criando novas pastas


As alterações efetuadas na janela Biblioteca será refle-
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos tido na barra lateral, no menu e no botão de favoritos.
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Reorganizando manualmente
Clique com o botão direito do mouse na pasta que irá Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
conter a nova pasta, então selecione Nova pasta.... os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.

93
INFORMÁTICA

Clique na pasta que contém o favorito que você deseja


mover para expandi-la.
Clique no favorito que você quer mover e arraste-o
para a posição desejada.

Dica: Mais opções de configuração da página inicial es-


tão disponíveis na janela Opções .
Clique no botão menu e depois em Opções, na ja-
nela que foi aberta vá para o painel Geral.
A partir do menu drop-down, selecione Abrir página em
branco na inicialização ou Restaurar janelas e abas anteriores.
Clicando em Usar as páginas abertas, as páginas que
estiverem abertas serão configuradas como páginas ini-
ciais, abrindo cada página em uma aba separada.
Para restaurar as configurações da página inicial, siga
os seguintes passos:
Clique no botão , depois em Opções
Selecione o painel Geral.
Clique no botão Restaurar o padrão localizado logo
abaixo do campo Página Inicial.

Para mover um favorito para uma pasta diferente, ar-


raste-o para cima da pasta.
As alterações efetuadas na janela Biblioteca serão re-
fletidas na barra lateral, no menu e no botão de favoritos.

Ordenar visualizações na janela Biblioteca


Para ver os seus favoritos em várias ordens de classifi-
cação, use a janela Biblioteca:
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
No painel esquerdo, clique na pasta que deseja visuali- Feche a janela about:preferences. Quaisquer alterações
zar. O conteúdo será exibido no painel da direita. feitas serão salvas automaticamente.
Clique no botão Exibir, selecione Ordenar e depois
escolha uma ordem de classificação. Sugestões de pesquisa no Firefox
A ordem de classificação na janela Biblioteca é apenas Muitos mecanismos de pesquisa (incluindo Yahoo,
para visualização, e não vai ser refletido na barra lateral, no Google, Bing e outros) fornecem sugestões de pesquisa, as
menu ou no botão de favoritos. quais são baseadas em pesquisas populares que outras pes-
soas fazem e que estão relacionadas com uma palavra ou
Definindo a Página Inicial palavras que você inserir. Quando as Sugestões de Pesquisa
Veja como abrir automaticamente qualquer página estão ativadas, o texto que você digita em um campo de
web na inicialização do Firefox ou clicando no botão Pági- pesquisa é enviado para o mecanismo de busca, o qual ana-
na inicial . lisa as palavras e exibe uma lista de pesquisas relacionadas.
Abra a página web que deseja definir como sua página
inicial.
Clique e arraste a aba para cima do botão Página Inicial
.

Clique em Sim para definir esta página como sua pá-


gina inicial.

94
INFORMÁTICA

Como as sugestões de pesquisa funcionam Enquanto você digita na busca da barra de ferramen-
Se você ver uma sugestão de pesquisa que correspon- tas, o seu mecanismo de pesquisa padrão mostra suges-
de ao que você está procurando, clique nela para ver re- tões para ajudá-lo a procurar mais rápido. Essas sugestões
sultados para aquele termo de pesquisa. Isso pode poupar são baseadas em pesquisas populares ou em suas pesqui-
tempo e ajudar você a encontrar o que está procurando sas anteriores (se estiver ativado).
com menos digitação.
Ativar as sugestões de pesquisa enviará as palavras-
chave que você digita num campo de busca para o me-
canismo de pesquisa padrão - a menos que pareça que
você está digitando uma URL ou hostname. Os campos de
pesquisa incluem:
- a barra de pesquisa
- páginas iniciais (como mostrado na imagem acima)
- a barra de endereço (onde as Sugestões de Pesquisa
podem ser desativadas separadamente)
O mecanismo de pesquisa padrão pode coletar essas
informações de acordo com os termos da política de pri-
vacidade deles, e os usuários preocupados sobre essas in-
formações sendo coletadas podem desejar não ativar as
sugestões de pesquisa. As sugestões de pesquisa estão de-
sativadas por padrão no modo de Navegação Privada. Você
deve ativá-las explicitamente em uma janela de navegação
privativa para ativá-las nesse modo.
Ativando ou desativando as sugestões de pesquisa Pressione Enter para pesquisar usando o seu mecanis-
As sugestões de pesquisa podem ser ativadas ou de- mo de pesquisa padrão, ou selecione outro mecanismo de
pesquisa clicando no logotipo.
sativadas a qualquer momento marcando ou desmarcando
a caixa Fornecer sugestões de pesquisa na seção Pesquisar
Mecanismos de pesquisa disponíveis
das opções do Firefox:
O Firefox vem com os seguintes mecanismos de pes-
quisa por padrão:
- Google para pesquisar na web através do Google
Nota: O padrão de busca do Google é criptografado
para evitar espionagem.
- Yahoo para pesquisar na web através do Yahoo
- Bing para pesquisar na web através do Microsoft Bing
- BuscaPé para procurar comparações de preços, pro-
dutos e serviços no site BuscaPé.
- DuckDuckGo como mecanismo de pesquisa para
para usuários que não querem ser rastreados.
- Mercado Livre para procurar por itens à venda ou em
Para ver sugestões de pesquisa na barra de endereços, leilão no Mercado Livre
marque a opção Mostrar sugestões de pesquisa na barra - Twitter para procurar pessoas no Twitter
de localização. - Wikipédia (pt) para pesquisar na enciclopédia online
gratuita Wikipédia Portuguesa.
Usando a Barra de Pesquisa
Basta digitar na barra de Pesquisa na sua barra de fer- Gerenciador de Downloads
ramentas ou na página de Nova Aba. A Biblioteca e o painel de downloads controlam os ar-
quivos baixado pelo Firefox. Aprenda a gerenciar seus ar-
quivos e configurar as definições de download.

Como faço para acessar meus downloads?


Você pode acessar seus downloads facilmente clicando
no icone download (a seta para baixo na barra de ferra-
mentas). A seta vai aparecer azul para que você saiba
que existem arquivos baixados.
Durante um download, o icone de download muda
para um timer que mostra o progresso do seu download.
O timer volta a ser uma seta quando o download for con-
cluído.

95
INFORMÁTICA

Como posso gerenciar meus arquivos baixados?


No painel Downloads e na sua Biblioteca, existe um
botão icone a direita de cada arquivo que muda de acordo
com o progresso atual do download.

Clique no icone download para abrir o painel de down-


loads. O painel Downloads exibe os últimos três arquivos baixa-
dos, juntamente com o tempo, tamanho e fonte do download:

Pausar: Você pode pausar qualquer download em


progresso clicando com o botão direito no arquivo e se-
lecionando Pausar. Isto pode ser útil, por exemplo, se você
precisa abrir um pequeno download que começou depois
de um download grande. A Pausa de downloads lhe dá a
opção de decidir qual dos seus downloads são mais impor-
tantes.Quando você quiser continuar o download desses
arquivos, clique com o botão direito no arquivo e selecione
Continue.
Cancelar : Se depois de iniciar o download você de-
cidir que não precisa mais do arquivo, cancelar o download
Para ver todos os seus downloads, acesse a Biblioteca é simples: apenas clique no botão X ao lado do arquivo.
clicando em Exibir todos os downloads na parte inferior do Este botão se transformará em um símbolo de atualização,
painel de Downloads. clique novamente para reiniciar o download.
Abrir o arquivo: Quando o download acabar, você pode
dar um clique no arquivo para abrir-lo.

Abrir pasta : Uma vez que o arquivo tenha con-


cluído o download, o ícone à direita da entrada do arquivo
torna-se uma pasta. Clique no ícone da pasta para abrir a
pasta que contém esse arquivo.
Remover arquivo da lista: Se você não quiser manter o
registro de um determinado download, simplesmente cli-
que com o botão direito no arquivo, então selecione Excluir
da lista. Isto irá remover a arquivo da lista, mas não vai
apagar o arquivo em si.
Repetir um download : Se por qualquer razão um
download não completar, clique no botão a direita do ar-
quivo - um simbolo de atualizar - para reiniciar.
Limpar downloads: Clique no botão Limpar Downloads
no topo da janela da Biblioteca para limpar todo o histórico
A Biblioteca mostra essas informações para todos os de itens baixados.
seus arquivos baixados, a menos que você tenha removido
eles do seu histórico. Como deixar o Firefox em tela inteira
Tela inteira é um recurso do Firefox que permite que
ele ocupe a tela toda, ótimo para aquelas telinhas aperta-
das de netbooks, aproveitando o máximo da sua HDTV ou
só porque quer!

Ative o modo Tela inteira


Maior é melhor! Preencha sua tela com o Firefox.

Clique no botão menu no lado direito da barra de


ferramentas e selecione Tela inteira.

96
INFORMÁTICA

Histórico de navegação e downloads: Histórico de na-


vegação é a lista de sites que você visitou que são exibidos
no menu Histórico, a lista do Histórico na janela Biblioteca
e a lista de endereços da função de completar automati-
camente da Barra de endereços. Histórico dos downloads
é a lista de arquivos que foram baixados por você e são
exibidos na janela Downloads.
Dados memorizados de formulários e Barra de Pesqui-
sa: O histórico de dados memorizados de formulários inclui
os itens que você preencheu em formulários de páginas
web para a funcionalidade de Preenchimento Automático
de Formulários. O histórico da Barra de Pesquisa inclui os
itens que você pesquisou na Barra de Pesquisa do Firefox.
Cookies: Cookies armazenam informações sobre os
websites que você visita, tais como o estado da sua auten-
ticação e preferências do site. Também incluem informa-
ções e preferências do site armazenadas por plugins como
Desative o modo Tela inteira o Adobe Flash. Cookies podem também ser usados por
Traga o meu computador de volta! Encolha o Firefox terceiros para rastreá-lo entre páginas.
para seu tamanho normal. Nota: Para poder limpar cookies criados pelo Flash
Mova o mouse para o topo da tela para fazer a barra de você precisa estar usando a versão mais recente do plugin.
ferramentas reaparecer Cache: O cache armazena arquivos temporariamente,
Clique no botão menu no lado direito da barra de tais como páginas web e outras mídias online, que o Firefox
ferramentas e selecione Tela inteira. baixou da Internet para tornar o carregamento das páginas
Atalhos de teclado e sites que você já visitou mais rápido.
Para aqueles de boa memória. Use a tela inteira através Logins ativos: Caso você tenha se logado em um web-
do teclado. site que usa autenticação HTTP desde a vez mais recente
Atalho para alternar o modo Tela inteira: Pressione a
que você abriu o Firefox, este site é considerado “ativo”. Ao
tecla F11.
limpar estes registros você sai destes sites.
Nota: Em computadores com teclado compacto (como
Dados offline de sites: Se você permitir, um website
netbooks e laptops), pode ser necessário usar a combina-
pode guardar informações em seu computador para que
ção de teclas fn + F11.
você possa continuar a utilizá-lo mesmo sem estar conec-
tado à Internet.
Histórico
Preferências de sites: Preferências de sites, incluindo o
Toda vez que você navega na internet o Firefox guarda
nível de zoom salvo para cada página específica, codifica-
várias informações suas, como por exemplo: sites que você
visitou, arquivos que você baixou, logins ativos, dados de ção de caracteres e as permissões de páginas (como exces-
formulários, entre outros. Toda essa informação é chamada sões para bloqueadores de anúncios) estão descritas em
de histórico. No entanto, se estiver usando um computador janela de Propriedades da Página.
público ou compartilha um computador com alguém, você
pode não querer que outras pessoas vejam esses dados. Como limpo meu histórico?
Clique no botão de menu , selecione Histórico e, em
Que coisas estão incluídas no meu histórico? seguida, Limpar dados de navegação….
Selecione o quanto do histórico você deseja limpar:
Clique no menu suspenso ao lado de Intervalo de tem-
po a limpar para escolher quanto de seu histórico o Firefox
limpará.

97
INFORMÁTICA

Em seguida, clique na seta ao lado de Detalhes para


selecionar exatamente quais informações você quer que
sejam limpas.

Após selecionar os itens a serem limpos, clique em OK


para fechar a janela Configurações para a limpeza do his-
tórico.
Finalmente, clique no botão Limpar agora. A janela Feche a janela about:preferences. Quaisquer alterações
será fechada e os itens selecionados serão limpos. feitas serão salvas automaticamente.
Como faço para o Firefox limpar meu histórico auto- Como faço para remover um único site do meu histó-
maticamente? rico?
Se você precisa limpar seu histórico sempre que usar Clique no botão , depois em Histórico, em seguida,
o Firefox, você pode configurá-lo para que isso seja feito clique no link no final da lista Exibir todo o histórico, para
automaticamente assim que você sair, assim você não es- abrir a janela da Biblioteca.
quece. Use o campo Localizar no histórico no canto superior
Clique no botão , depois em Opções direito e pressione a tecla Enter para procurar pelo site que
você deseja remover do histórico.
Selecione o painel Privacidade. Nos resultados da busca, clique com o botão direito no
Defina O Firefox irá: para Usar minhas configurações. site que você deseja remover, e selecione Limpar tudo so-
bre este site. Ou simplesmente selecione o site que deseja
excluir e pressione a tecla ‘Delete’.
Todos os dados de histórico (histórico de navegação e
downloads, cookies, cache, logins ativos, senhas, dados de
formulários, exceções para cookies, imagens, pop-ups) do
site serão removidos.

Marque a opção Limpar histórico quando o Firefox fe-


char.

Para especificar que tipos de histórico devem ser lim-


pos, clique no botão Configurar..., ao lado de Limpar histó-
rico quando o Firefox fechar.
Na janela Configurações para a limpeza do histórico, Finalmente, feche a janela Biblioteca.
marque os itens que você quer que sejam limpos automa-
ticamente sempre que você sair do Firefox.

98
INFORMÁTICA

O leitor de PDF Seção Impressoras:


O visualizador de PDF integrado de maneira nativa ao Clique no menu drop-down ao lado de Name para mu-
navegador. Isto significa que agora não é mais necessário dar qual a impressora imprimirá a página que você está
ter que instalar um plugin externo no Mozilla Firefox para vendo.
fazê-lo visualizar um documento neste formato. Este visua- Nota: A impressora padrão é a do Windows. Quando
lizador, inclusive, funciona da mesma forma como ocorre uma página da web é impressa com a impressora selecio-
no Google Chrome, que também suporta a visualização de nada, ela se torna a impressora padrão do Firefox.
arquivos PDF nativamente. Cique em Propiedades... para mudar o tamanho do pa-
Agora, sempre que você clicar em um documento PDF pel, qualidade de impressão e outras configurações espe-
no navegador, ele será aberto diretamente na tela. Os con- cíficas da impressora.
troles são exibidos na parte superior, com os quais você Seção Intervalo de impressão - Especifique quais pági-
pode salvar ou imprimir o documento, bem como usar re- nas da página web atual será impressa:
cursos como zoom, ou ir diretamente para uma página es- Selecione Tudo para imprimir tudo.
pecífica. Também é possível alternar para o modo de apre- Selecione Páginas e coloque o intervalo de páginas
sentação e exibir o PDF em tela cheia. que você quer imprimir. Por exemplo, selecionando “de 1 a
Durante os testes realizados, conseguimos abrir vários
1” imprimirá somente a primeira página.
PDFs em diversas abas sem nenhum problema, já que não
houve travamentos. O segredo por trás do leitor é que ele
Selecione Seleção para imprimir somente a parte da
converte os PDFs para o HTML 5.
página que você selecionou.
Imprimindo uma página web
Clique no menu e depois em Imprimir. Seção Cópias - Especifique quantas cópias você quer
imprimir.

Se colocar mais do que 1 no campo Número de cópias,


você também pode escolher se quer agrupá-las. Por exem-
plo, se você escolheu fazer 2 cópias e selecionou Juntar,
elas serão impressas na ordem 1, 2, 3, 1, 2, 3. Caso contrá-
rio, elas serão impressas na ordem 1, 1, 2, 2, 3, 3.

Nota: As seguintes configurações são salvas como pre-


ferências do Firefox em uma base por impressora.

SeçãoImprimir bordas - Se você está vendo uma pá-


gina web com bordas, poderá selecionar como as bordas
serão impressas:

Na janela de impressão que foi aberta, ajuste as configu-


rações do que você está prestes a imprimir, se for necessário.

Clique em OK para iniciar a impressão.


Janela de configurações de impressão

Como apresentado na tela irá imprimir da mesma for-


ma que você vê a página web no Firefox.

O campo selecionado irá imprimir somente o conteúdo


dentro da última borda que você clicou.

Cada campo separadamente irá imprimir o conteúdo


de todas as bordas, mas em páginas separadas.

99
INFORMÁTICA

Mudando a configuração da página Margens e Cabeçalho/ Rodapé


Para alterar a orientação da página, alterar se as cores
e imagens de fundo são impressas, as margens da página,
o que incluir no cabeçalho e rodapé das páginas impressas,
na parte superior da janela do Firefox, clique no botão Fi-
refox, veja mais em Imprimir... (menu Arquivo no Windows
XP) e selecione Configurar página.... A janela de configura-
ção de página irá aparecer.
Nota: As seguintes configurações são salvas como pre-
ferências do Firefox em uma base por impressora.

Formato e Opções

Na aba Margens e Cabeçalhos/Rodapé você pode alterar:

Margens: Você pode colocar a largura da margem se-


paradamente para cima, baixo, esquerda e direita.
Cabeçalho e Rodapé: Use os menus dropdown para
selecionar o que irá aparecer na página impressa. O valor
do dropdown superior esquerdo aparece no canto superior
esquerdo da página; o valor do dropdown superior central
aparece na parte superior central da página, e assim por
diante. Você pode escolher entre:
--em branco--: Nada será impresso.
Título: Imprime o título das páginas web.
Endereço: Imprime o endereço das páginas web.
Data/Hora: Imprime a data e hora em que a página foi
impressa.
Página #: Imprime o número da página.
Página # de #: Imprime o número da página e o total
de páginas.
Na aba Formato e Opções você pode alterar: Personalizar...: Coloque seu próprio texto de cabeçalho
ou rodapé. Isso pode ser usado pra mostrar o nome da
Formato: empresa ou organização no alto ou na parte de baixo de
Selecione Retrato para a maioria dos documentos e toda página impressa.
páginas web. Clique em OK para concluir as alterações e fechar a
janela de configuração de páginas.
Selecione Paisagem para páginas e imagens largas.
Visualizar impressão
Escala: Para tentar uma página web em menos folhas Para ver como a página web que você quer imprimir
impressas, você pode ajustar a escala. Reduzir para caber ficará quando impressa, na parte superior da janela do Fire-
ajusta automaticamente a escala. fox, clique no botão Firefox, veja mais em Imprimir...(menu
Arquivo no Windows XP), e selecione Visualizar impressão.
Opções: Selecione Imprimir cores e imagens de fundo A janela de pré-visualização permite mudar algumas
para que o Firefox imprima as páginas com cor e imagens das opções descritas acima. Acesse a janela de impressão
de fundo como elas são mostradas na tela, caso contrário, clicando em Imprimir..., ou a janela de configuração de pá-
Firefox imprimirá com o fundo branco. gina clicando em Configurar página.... Clique nas setas ao
lado do campo Página: para trocar as páginas do docu-

100
INFORMÁTICA

mento. As setas duplas mudam para a primeira ou última Compartilhar no Facebook.


página, as setas únicas vão para a próxima página ou a an- Quando seu amigo se juntar à conversa, você verá um
terior. Você também pode ajustar a escala e o formato (veja alerta.
acima). Para encerrar a chamada, clique em .
Se juntar a uma conversa
Recebeu um convite? Se juntar a uma conversa é fácil!
Apenas clique no link do seu convite e clique no botão na
página para entrar na conversa.
Clique em Fechar para sair da visualização da impressão. Controlar suas notificações
Você pode desligar as notificações no Firefox se você
Firefox Hello - conversas por vídeo e voz online preferir não ser notificado quando um amigo se juntar:
O Firefox Hello lhe deixa navergar e discutir páginas
web com seus amigos diretamente no navegador. Tudo Clique no botão do Hello .
que você precisa é uma webcam (opcional), um microfone, Clique na engrenagem na parte de baixo do painel e
e a versão mais recente do Firefox para ligar para os amigos escolha Desligar notificações.
que estão em navegadores suportados pelo WebRTC como
Firefox, Chrome, ou Opera. Navegação Privativa
Nota: O Firefox Hello não está disponível na Navega- Quando navega na web, o Firefox lembra de varias in-
ção Privada. formação para você - como os sites visitados. No entan-
Iniciar uma conversa to, pode haver momentos em que não deseja que outros
Clique no botão Hello . usuários tenham acesso a tais informações, como quando
Clique em Navegar nessa página com um amigo. estiver comprando um presente de aniversário. A navega-
ção privativa permite que navegue na internet sem salvar
informações sobre os sites e páginas visitadas.
A navegação privativa também inclui Proteção contra
rastreamento na navegação privada, a qual impede que
seja rastreado enquanto navega.
Mostraremos a você como funciona.
Importante: A navegação privativa não o torna anôni-
mo na Internet. Seu provedor de acesso a internet ou os
próprios sites ainda podem rastrear as páginas visitadas.
Além disso, a navegação privativa não o protege de key-
loggers ou spywares que podem estar alojados em seu
computador

Como abrir uma nova janela privativa?


Existem duas maneiras de se abrir uma nova Janela Pri-
vativa.
Use as seguintes opções para convidar seus amigos: Abrir uma nova Janela Privativa vazia
Clique no botão de menu e depois em Nova janela
privativa.

Copie e cole o link para a sua ferramenta de mensa-


gens preferida clicando em Copiar Link.
Envie o link por e-mail para o seu amigo clicando no
botão Enviar link por E-mail. Isso abrirá sua aplicação de
e-mail padrão.

101
INFORMÁTICA

Abrir um link em nova janela privativa Importante: Quando o firefox está definido para nunca
Clique com o botão direito do mouse e escolha Abrir lembrar o histórico você não verá uma máscara roxa na
link em uma nova janela privativa no menu contextual. parte superior de cada janela, mesmo que esteja efetiva-
mente no modo de navegação privativa. Para restaurar a
navegação normal, vá para o painel privacidade Opções e
defina o Firefox para lembrar o histórico.
Outras formas de controlar as informações que o Fire-
fox salva
Você sempre pode remover a navegação recente, as
pesquisas e histórico de download depois de visitar um
site.

Como saber se a minha conexão com um site é se-


gura?
Dica: Janelas de navegação privativas tem uma máscara O botão de Identidade do Site (um cadeado) aparece
roxa no topo. na sua barra de endereço quando você visita um site segu-
ro. Você pode descobrir rapidamente se a conexão para o
site que estar visualizando é criptografado. Isso deve lhe
ajudar a evitar sites maliciosos que estão tentando obter
sua informação pessoal.

O que a navegação privativa não salva?


Páginas visitadas: Nenhuma página será adicionada à
lista de sites no histórico, lista de história da janela da Bi-
O botão de Identidade do Site estar na barra de ende-
blioteca, ou na lista de endereços da Awesome Bar.
reço à esquerda do endereço web. Mais comumente, quan-
Entradas em formulário e na barra de pesquisa: Nada
do visualizando um site seguro, o botão de Identidade do
digitado em caixas de texto em páginas web ou na barra de
Site será um cadeado verde.
busca será salvo para o autocomplete.
Senhas: Nenhuma senha será salva.
Lista de arquivos baixados: os arquivos que você baixar
não serão listados na Janela de Downloads depois de desa-
tivar a Navegação Privativa. No entanto, em algumas circunstâncias raras, ele tam-
Cookies: Cookies armazenam informações sobre os si- bém pode ser um cadeado verde com um triângulo de
tes que você visita como preferências, status de login, e os alerta cinza, um cadeado cinza com um triângulo de alerta
dados utilizados por plugins, como o Adobe Flash. Cookies amarelo, ou um cadeado cinza com uma linha vermelha.
também podem ser utilizados por terceiros para rastreá-lo
através dos sites.
Conteúdo web em Cache e Conteúdo Web off-line e
de dados do usuário ‘: Nenhum arquivo temporário da In- Nota: Clicando no botão à esquerda da barra de en-
ternet (cache) ou arquivos armazenados para o uso off-line dereço nos traz o Centro de Controle, o qual lhe permite
serão salvo. visualizar mais informações detalhadas sobre o estado de
Nota: segurança da conexão e alterar algumas configurações de
Favoritos criados ao usar a Navegação Privativa serão segurança e privacidade.
salvos. Aviso: Você nunca deve enviar qualquer tipo de infor-
Todos os arquivos que você baixar para o seu compu- mação sensível (informação bancária, dados de cartão de
tador durante o uso de navegação privada serão salvos. crédito, Números de Seguridade Social, etc.) para um site
O Firefox Hello não está disponível na navegação pri- sem o ícone de cadeado na barra de endereço - neste caso
vativa. não é verificado que você está se comunicando com o site
Posso definir o Firefox para sempre usar a navegação pretendido nem que seus dados estão seguros contra es-
privativa? pionagem!
O Firefox está definido para lembrar o histórico por
padrão, mas você pode alterar essa configuração de pri- Cadeado verde
vacidade no Firefox Opções (clique no menu Firefox , Um cadeado verde (com ou sem um nome de organi-
escolha Opções e selecione o painel Privacidade). Quando zação) indica que:
alterar a configuração do histórico para nunca lembrar o Você está realmente conectado ao website cujjo en-
histórico, isto equivale a estar sempre no modo de nave- dereço é exibido na barra de endereço; a conexão não foi
gação privativa. interceptada.

102
INFORMÁTICA

A conexão entre o Firefox e o website é criptografada Configurações de segurança e senhas


para evitar espionagem. Este artigo explica as configurações disponíveis no pai-
nel Segurança da janela Opções do Firefox.
O painel Segurança contém Opções relacionadas à sua
segurança ao navegar na internet.

Um cadeado verde mais o nome da empresa ou or-


ganização, também em verde, significa que o website está
usando um Certificado de Validação Avançada. Um certi-
ficado de Validação Avançada é um tipo especial de cer-
tificado do site que requer um processo de verificação de
identidade significativamente mais rigoroso do que outros
tipos de certificados.

Configurações de Segurança
Alertar se sites tentarem instalar extensões ou temas
O Firefox sempre pedirá a sua confirmação para a instala-
Para sites usando certificados VE, o botão de identida- ção de complementos. Para evitar que tentativas de instalação
de do site exibe tanto um cadeado verde e o nome legal não requisitadas resultem em instalações acidentais, o Firefox
da companhia ou organização do website, então você sabe exibe um aviso quando um site tentar instalar um complemen-
quem está operando ele. Por exemplo, isto mostra que o to e bloqueia a tentativa de instalação. Para permitir que sites
mozilla.org é de propriedade da Fundação Mozilla. específicos instalem complementos, você deve clicar em Exce-
Cadeado verde com um triângulo cinza de alerta ções…, digitar o endereço do site e clicar em Permitir. Desmar-
que essa opção para desativar esse aviso para todos os sites.
Um cadeado verde com um triângulo cinza de alerta
Bloquear sites avaliados como focos de ataques: Marque
indica que o site é seguro; no entanto, o firefox blo-
isso se você quer que o Firefox verifique se o site que você
queou o conteúdo inseguro e, assim, o site pode não ne-
está visitando pode ser uma tentativa de interfirir nas funções
cessariamente exibir ou funcionar inteiramente correto.
normais do computador ou mandar dados pessoais sobre
você sem autorização através da Internet.
Cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta
A ausência deste aviso não garante que o site seja confiável.
Um cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta Bloquear sites avaliados como falsos: Marque isso se você
indica que a conexão entre o Firefox e o website é apenas quer que o Firefox verifique ativamente se o site que você está
parcialmente criptografada e não impede espionagem. visitando pode ser uma tentativa de enganar você fazendo
com que passe suas informações pessoais (isto é frequente-
mente chamado de “phishing”).

Logins
Memorizar logins de sites: I Firefox pode salvar com segu-
Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível rança senhas que você digita em formulários web para facilitar
(informação bancária, dados de cartão de crédito, Números seu acesso aos websites. Desmarque essa opção para impedir
de Seguridade Social, etc.) para sites onde o botão de iden- o Firefox de memorizar suas senhas. No entanto, mesmo com
tidade do site tem o ícone de triângulo de alerta amarelo. isso marcado, você ainda será questionado se deseja salvar
Cadeado cinza com um traço vermelho ou não as senhas para um site quando você visitá-lo pela pri-
Um cadeado cinza com um traço vermelho indica que meira vez. Se você selecionar Nunca para este site, aquele site
a conexão entre o Firefox e o website é apenas parcial- será adicionado à uma lista de exceções. Para acessar essa
mente criptografada e não previne contra espionagem ou lista ou para remover sites dela, clique no botão Exceções….
ataque man-in-the-middle. Usar uma senha mestra: O Firefox pode proteger informa-
ções sensíveis, como senhas salvas e certificados, criptogra-
fando eles usando uma senha mestra. Se você criar uma senha
mestra, cada vez que você iniciar o Firefox, será solicitado que
você digite a senha na primeira vez que for necessário aces-
Esse ícone não aparecerá a menos que você manual- sar um certificado ou uma senha salva. Você pode definir,
mente desativou o bloqueio de conteúdo misto. alterar, ou remover a senha mestra marcando ou desmar-
Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível cando essa opção ou clicando no botão Modificar senha
(informação bancária, dados de cartão de crédito, números mestra…. Se uma senha mestra já estiver definida, você pre-
de seguridade social, etc.) para sites onde o botão de iden- cisará digitá-la para alterar ou remover a senha mestra.
tidade do site tem o ícone de um cadeado cinza com uma Você pode gerenciar senhas salvas e excluir senhas in-
listra vermelha. dividuais clicando no botão Logins salvos….

103
INFORMÁTICA

Encontrar e instalar complementos para adicionar


funcionalidades ao Firefox

Complementos são como os aplicativos que você ins-


tala para adicionar sinos e assobios para o Firefox. Você
pode obter complementos para comparar preços, verificar
o tempo, mudar o visual do Firefox, ouvir música, ou mes-
mo atualizar o seu perfil no Facebook. Este artigo aborda
os diferentes tipos de complementos disponíveis e como
encontrar e instalá-los.

Existem três tipos de complementos:

- Extensões
Extensões adicionam novas funcionalidades ao Firefox
ou modificam as já existentes. Existem extensões que per-
mitem bloquear anúncios, baixar vídeos de sites, integrar
o Firefox com sites, como o Facebook ou o Twitter, e até
mesmo adicionar recursos de outros navegadores.

- Aparência
Existem dois tipos de complementos de aparência:
temas completos, que mudam a aparência de botões e
menus, e temas de fundo, que decoram a barra de menu e
faixa de abas com uma imagem de fundo

- Plugins
Plugins permitem adicionar suporte para todos os tipos O Firefox irá fazer o download do complemento e pode
de conteúdo da Internet. Estes geralmente incluem forma- pedir que você confirme a sua instalação.
tos patenteados como o Flash, QuickTime e Silverlight que Clique em Reiniciar agora se ele aparecer. Seus abas
são usados para vídeo, áudio, jogos on-line, apresentações serão salvas e restauradas após a reinicialização.
e muito mais. Plugins são criados e distribuídos por outras Algumas extensões colocam um botão na barra de fer-
empresas. ramentas após a instalação..
Para visualizar quais complementos estão instalados:

Clique no botão escolha complementos. A aba com- Como desativar extensões e temas
plementos irá abrir. Ao desativar um complemento ele deixará de funcio-
nar sem ser removido:
Selecione o painel Extensões, Aparência ou Plugins. Clique no botão de menu   e selecione Complemen-
Como faço para encontrar e instalar complementos? tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
Aqui está um resumo para você começar: No gerenciador de complementos, selecione o pai-
Clique no botão de menu e selecione Complemen- nel Extensões ou Aparência.
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos. Selecione o complemento que deseja desativar.
No gerenciador de complementos, selecione o painel Clique no botão Desativar.
Get Add-ons. Se surgir uma mensagem em pop-up, clique em Rei-
niciar agora. As suas abas serão salvas e restauradas ao
Para ver mais informações sobre um complemento ou reiniciar.
tema, clique nele. Você pode em seguida clicar no botão Para reativar um complemento, encontre-o na lista de
verde Adicionar ao Firefox para instalá-lo. complementos e clique em Ativar, será solicitado reiniciar
o Firefox.
Você também pode pesquisar por complementos es-
pecíficos usando a caixa de busca na parte superior. Poden- Como desativar plugins
do então instalar qualquer complemento que encontrar, Ao desativar um plugin ele irá deixar de funcionar sem
com o botão Instalar. ser removido:
Clique no botão de menu   e selecione Complemen-
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
No gerenciador de complementos, selecione o pai-
nel Plugins.
Selecione o plugin que deseja desativar.

104
INFORMÁTICA

Selecione Nunca Ativar no menu de seleção. Pop-ups


Para reativar um plugin, encontre-o na sua lista de plu- Bloquear janelas popup: Por padrão, o Firefox bloqueia
gins e clique em Sempre ativo no menu de seleção. janelas popup inconvenientes em sites da web. Desmarque
essa opção para desativar o Bloqueador de Popups. Alguns
Como remover extensões e temas sites utilizam popups com funções importantes. Para per-
Clique no botão de menu     e selecione Comple- mitir que sites específicos utilizem popups, clique em Exce-
mentos para abrir a aba do gerenciador de complementos. ções…, digite o domínio do site e clique em Permitir. Para
No gerenciador de complementos, selecione o pai- excluir um site da lista de sites permitidos, selecione-o e
clique em Excluir o site. Para limpar a lista completamente,
nel Extensões ou Aparência.
clique em Excluir tudo.
Selecione o complemento que você deseja remover.
Clique no botão Excluir. Fontes e cores
Se surgir uma mensagem em pop-up, clique em Rei- Fonte padrão e Tamanho: Normalmente as páginas da
niciar agora. As suas abas serão salvas e restauradas ao web são exibidas na fonte e tamanho especificados aqui.
reiniciar. Entretanto, páginas da web podem definir fontes diferen-
Como desinstalar plugins tes, que serão exibidos a não ser que você especifique o
Geralmente os plugins vem com seus próprios desins- contrário na janela Fontes. Clique no botãoAvançado… para
taladores. Se precisar de ajuda para desinstalar alguns dos acessar mais opções de fontes.
plugins mais populares, vá para lista de artigos de plugins e Diálogo de fontes
Na lista Fontes padrão para, escolha um grupo de
selecione o artigo do respectivo plugin que você quer de-
caracteres/idioma. Por exemplo, para configurar o grupo
sinstalar.
de fontes padrão dos idiomas ocidentais (latinos), clique
em Latin.. Para um grupo de caracteres/idioma que não es-
Configurações de Conteúdo teja na lista, clique em Outros Sistemas de Escrita.
Escolha se a fonte proporcional deverá ser com serifa
(como “Times New Roman”) ou sem serifa (como “Arial”),
e então especifique o tamanho padrão da fonte propor-
cional.
Especifique as fontes utilizadas para fontes com seri-
fa, sem serifa e monoespaçada (largura fixa). Você também
pode especificar o tamanho para as fontes monoespaça-
das.

Você também pode especificar o tamanho mínimo de


fonte que pode ser exibido na tela. Isso pode ser útil em
sites que utilizam tamanhos de fonte muito pequenos e
pouco legíveis.
Páginas podem usar outras fontes: Por padrão, o Fi-
refox exibe as fontes especificadas pelo autor da página.
Desative essa opção para forçar todos os sites a usar as
fontes padrão.
Codificação de texto para conteudo legado: A codifica-
ção de caracteres selecionada nessa caixa será a codifica-
ção padrão utilizada para exibir páginas que não especifi-
quem uma codificação.
Diálogo de cores
DRM Content Cores padrão: Aqui você pode modificar as cores pa-
Reproduzir conteúdo DRM: Por padrão, o Firefox per- drão de texto e fundo que serão utilizadas nas páginas em
mite a reprodução de conteúdo de áudio e vídeo protegido que essas cores não foram especificadas por seu autor. Cli-
por Gerencimento de Direitos Digitais (DRM). Ao desmar- que nas amostras de cores para modificá-las.
car esta opção essa funcionalidade será desligada. Usar cores do sistema: Marque essa opção para usar as
cores de fonte e fundo definidas pelo seu Sistema Opera-
Notificações cional em vez das cores definidas acima.
O Firefox lhe permite escolher quais websites tem Aparência padrão dos links: Aqui você pode modificar
as cores padrão dos links das páginas. Clique nas amostras
permissão para lhe enviar notificações. Clique em  Esco-
de cores para modificá-las.
lher para fazer alterações na lista de sites permitidos. Sublinhar: Por padrão, o Firefox sublinha os links das
Não me perturbe: Selecione esta opção para suspen- páginas. Desmarque essa opção para modificar esse com-
der temporariamente todas as notificações até você fechar portamento. Note que vários sites especificam seus pró-
e reiniciar o Firefox. prios estilos de links e nesses sites essa opção não tem
efeito.

105
INFORMÁTICA

Páginas podem usar outras cores: Por padrão, o Firefox Página inicial Alt + Home
exibe as cores especificadas pelo autor da página. Desa-
Abrir arquivo Ctrl + O
tive essa opção para forçar todos os sites a usar as cores
padrão. F5
Atualizar a página
Idiomas Ctrl + R
Algumas páginas oferecem mais de um idioma para Atualizar a página (ignorar Ctrl + F5
exibição. Clique no botão  Selecionar…para especificar o o cache) Ctrl + Shift + R
idioma ou idiomas de sua preferência. Parar o carregamento Esc
Idiomas: Para adicionar um idioma à lista de idiomas
clique emSelecione um idioma para adicionar…, clique so- Página atual
bre o idioma escolhido e clique no botãoAdicionar. Exclua
um idioma da lista selecionando-o e clicando no botão Ex- Comando Atalho
cluir. Você também pode reordenar os idiomas usando os Ir uma tela para baixo Page Down
botões Para cima e Para baixo para determinar a ordem de Ir uma tela para cima Page Up
preferência no caso de haver mais de um idioma disponível.
Ir para o final da página End
Use atalhos do mouse para executar tarefas comuns Ir para o início da
Home
no Firefox página
Esta é uma lista dos atalhos do mouse mais comuns no Ir para o próximo frame F6
Mozilla Firefox. Ir para o frame anterior Shift + F6
Imprimir Ctrl + P
Comando Atalho Salvar página como Ctrl + S
Voltar Shift + Rolar para baixo Mais zoom Ctrl + +
Avançar Shift + Rolar para cima Menos zoom Ctrl + -
Aumentar Zoom Ctrl + Rolar para cima tamanho normal Ctrl + 0
Diminuir Zoom Ctrl + Rolar para baixo
Clicar com botão do meio Editando
Fechar Aba
na Aba
Clicar com botão do meio Comando Atalho
Abrir link em uma nova Aba Copiar Ctrl + C
no link
clicar com o botão do Recortar Ctrl + X
Nova aba
meio na barra de abas Apagar Del
Ctrl + Clicar com botão Colar Ctrl + V
Abrir em nova Aba em esquerdo no link Colar (como Ctrl + Shift
segundo plano* Clicar com botão do meio texto simples) +V
no link Refazer Ctrl + Y
Ctrl + Shift + Botão Selecionar
Abrir em nova Aba em Ctrl + A
esquerdo tudo
primeiro plano*
Shift + Botão do meio
Desfazer Ctrl + Z
Shift + Clicar com botão
Abrir em uma Nova Janela
esquerdo no link GOOGLE CHROME
Duplicar Aba ou Favoritos Ctrl + Arrastar Aba O Chrome é o mais novo dos grandes navegadores e
Recarregar (ignorar cache) Shift + Botão recarregar já conquistou legiões de adeptos no mundo todo. O pro-
Salvar como... Alt + Botão esquerdo grama apresenta excelente qualidade em seu desenvolvi-
* Os atalhos para abrir Abas em primeiro e segun- mento, como quase tudo o que leva a marca Google. O
do plano serão trocadas se a opção Ao abrir um link em browser não deve nada para os gigantes Firefox e Internet
uma nova Aba, carregá-la em primeiro plano estiver ativa Explorer e mostra que não está de brincadeira no mundo
no Painel de configurações geral.. dos softwares.
Confira nas linhas abaixo um pouco mais sobre o ótimo
Atalhos de teclado Google Chrome.
Navegação
Comando Atalho Funções visíveis
Antes de detalhar melhor os aspectos mais complica-
Alt + ←
Voltar dos do navegador, vamos conferir todas as funções dis-
Backspace
poníveis logo em sua janela inicial. Observe a numeração
Alt + → na imagem abaixo e acompanhe sua explicação logo em
Avançar
Shift + Backspace seguida:

106
INFORMÁTICA

1.    As setas são ferramentas bem conhecidas por to-


dos que já utilizaram um navegador. Elas permitem avançar Abas
ou voltar nas páginas em exibição, sem maiores detalhes. A segunda tarefa importante para quem quer usar o
Ao manter o botão pressionado sobre elas, você fará com Chrome é lidar com suas abas. Elas são ferramentas muito
que o histórico inteiro apareça na janela. úteis e facilitam a navegação. Como citado anteriormente,
2.   Reenviar dados, atualizar ou recarregar a página. basta clicar no botão com um “+” para abrir uma nova guia.
Todos são sinônimos desta função, ideal para conferir no- Outra forma de abri-las é clicar em qualquer link ao pres-
vamente o link em que você se encontra, o que serve para sionar a rodinha do mouse, o que torna tudo ainda mais rá-
situações bem específicas – links de download perdidos, pido. Também é possível utilizar o botão direito sobre o novo
imagens que não abriram, erros na diagramação da página. endereço e escolher a opção “Abrir link em uma nova guia”.
3.   O ícone remete à palavra home (casa) e leva o na-
vegador à página inicial do programa. Mais tarde ensinare- Liberdade
mos você a modificar esta página para qualquer endereço É muito fácil manipular as abas no Google Chrome. É
de sua preferência. possível arrastá-las e mudar sua ordem, além de arrancar
4.   A estrela adiciona a página em exibição aos favo- a aba da janela e desta forma abrir outra independente.
ritos, que nada mais são do que sites que você quer ter a Basta segurar a aba com o botão esquerdo do mouse para
disposição de um modo mais rápido e fácil de encontrar. testar suas funções. Clicar nelas com a rodinha do mouse
5.   Abre uma nova aba de navegação, o que permite faz com que fechem automaticamente.
visitar outros sites sem precisar de duas janelas diferentes.
6.   A barra de endereços é o local em que se encontra
o link da página visitada. A função adicional dessa parte no
Chrome é que ao digitar palavras-chave na lacuna, o me-
canismo de busca do Google é automaticamente ativado e
exibe os resultados em questão de poucos segundos.
7. Simplesmente ativa o link que você digitar na la-
cuna à esquerda.
8. Abre as opções especiais para a página aberta no
navegador. Falaremos um pouco mais sobre elas em se-
guida.
9. Abre as funções gerais do navegador, que serão me- O botão direito abre o menu de contexto da aba, em
lhor detalhadas nos próximos parágrafos. que é possível abrir uma nova, recarregar a atual, fechar
a guia ou cancelar todas as outras. No teclado você pode
Para Iniciantes abrir uma nova aba com o comando Ctrl + T ou simples-
Se você nunca utilizou um navegador ou ainda tem dú- mente apertando o F1.
vidas básicas sobre essa categoria de programas, continue
lendo este parágrafo. Do contrário, pule para o próximo e Fechei sem querer!
poupe seu tempo. Aqui falaremos um pouco mais sobre os Quem nunca fechou uma aba importante acidental-
conceitos e ações mais básicas do programa. mente em um momento de distração? Pensando nisso,
Com o Google Chrome, você acessa os sites da mesma o Chrome conta com a função “Reabrir guia fechada” no
forma que seus semelhantes – IE, Firefox, Opera. Ao exe- menu de contexto (botão direito do mouse). Basta selecio-
cutar o programa, tudo o que você precisa fazer é digitar ná-la para que a última página retorne ao navegador.
o endereço do local que quer visitar. Para acessar o portal
Baixaki, por exemplo, basta escrever baixaki.com.br (hoje é
possível dispensar o famoso “www”, inserido automatica-
mente pelo programa.)
No entanto nem sempre sabemos exatamente o link
que queremos acessar. Para isso, digite o nome ou as pa-
lavras-chave do que você procura na mesma lacuna. Desta
forma o Chrome acessa o site de buscas do Google e exibe
os resultados rapidamente. No exemplo utilizamos apenas
a palavra “Baixaki”.

107
INFORMÁTICA

Configuração Temas: é possível modificar as cores e todo o visual do


Antes de continuar com as outras funções do Google navegador. Para isso, clique em “Obter temas” e aplique
Chrome é legal deixar o programa com a sua cara. Para um de sua preferência. Para retornar ao normal, selecione
isso, vamos às configurações. Vá até o canto direito da tela “Redefinir para o tema padrão”.
e procure o ícone com uma chave de boca. Clique nele e
selecione “Opções”.

Configurações avançadas
Rede: configura um Proxy para a sua rede. (Indicado
para usuários avançados)
Privacidade: aqui há diversas funções de privacidade,
que podem ser marcadas ou desmarcadas de acordo com
suas preferências.
Downloads: esta é a opção mais importante da aba. Em
“Local de download” é possível escolher a pasta em que os
arquivos baixados serão salvos. Você também pode definir
que o navegador pergunte o local para cada novo down-
load.
Básicas
Inicialização: aqui é possível definir a página inicial do
Downloads
navegador. Basta selecionar a melhor opção para você e
configurar as páginas que deseja abrir.
Todos os navegadores mais famosos da atualidade
Página inicial: caso esta tenha sido a sua escolha na aba
contam com pequenos gerenciadores de download, o que
anterior, defina qual será a página inicial do Chrome. Tam-
facilita a vida de quem baixa várias coisas ao mesmo tem-
bém é possível escolher se o atalho para a home (aquele
po. Com o Google Chrome não é diferente. Ao clicar em
em formato de casinha) aparecerá na janela do navegador.
Pesquisa padrão: como o próprio nome já deixa claro, um link de download, muitas vezes o programa pergunta-
aqui você escolhe o site de pesquisas utilizado ao digitar rá se você deseja mesmo baixar o arquivo, como ilustrado
na lacuna do programa. O botão “Gerenciar” mostra a lista abaixo:
de mecanismos.
Navegador padrão: aqui você pode definir o aplicativo
como seu navegador padrão. Se você optar por isso, sem-
pre que algum software ou link for executado, o Chrome
será automaticamente utilizado pelo sistema.

Coisas pessoais

Senhas: define basicamente se o programa salvará ou


não as senhas que você digitar durante a navegação. A op-
ção “Mostrar senhas salvas” exibe uma tabela com tudo o
que já foi inserido por você. Logo em seguida uma pequena aba aparecerá embai-
Preenchimento automático de formulário: define se os xo da janela, mostrando o progresso do download. Você
formulários da internet (cadastros e aberturas de contas) pode clicar no canto dela e conferir algumas funções es-
serão sugeridos automaticamente após a primeira digita- peciais para a situação. Além disso, ao selecionar a função
ção. “Mostrar todos os downloads” (Ctrl + J), uma nova aba é
Dados de navegação: durante o uso do computador, o exibida com ainda mais detalhes sobre os arquivos que
Chrome salva os dados da sua navegação para encontrar você está baixando.
sites, links e conteúdos com mais facilidade. O botão “Lim-
par dados de navegação” apaga esse conteúdo, enquanto
a função “Importar dados” coleta informações de outros
navegadores.

108
INFORMÁTICA

Pesquise dentro dos sites


CONCEITOS DE SEGURANÇA
Outra ferramenta muito prática do navegador é a possi-
bilidade de realizar pesquisas diretamente dentro de alguns A Segurança da Informação refere-se à proteção exis-
sites, como o próprio portal Baixaki. Depois de usar a busca tente sobre as informações de uma determinada empresa,
normalmente no nosso site pela primeira vez, tudo o que instituição governamental ou pessoa, isto é, aplica-se tanto
você precisa fazer é digitar baixaki e teclar o TAB para que a as informações corporativas quanto as pessoais.
busca desejada seja feita diretamente na lacuna do Chrome. Entende-se por informação todo e qualquer conteúdo
ou dado que tenha valor para alguma organização ou pes-
soa. Ela pode estar guardada para uso restrito ou exposta
ao público para consulta ou aquisição.
Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não
Navegação anônima de ferramentas) para a definição do nível de segurança
existente e, com isto, serem estabelecidas as bases para
Se você quer entrar em alguns sites sem deixar rastros análise da melhoria ou piora da situação de segurança exis-
ou históricos de navegação no computador, utilize a navega- tente.
ção anônima. Basta clicar no menu com o desenho da cha- A segurança de uma determinada informação pode ser
ve de boca e escolher a função “Nova janela anônima”, que afetada por fatores comportamentais e de uso de quem
também pode ser aberta com o comando Ctrl + Shift + N. se utiliza dela, pelo ambiente ou infraestrutura que a cerca
ou por pessoas mal intencionadas que tem o objetivo de
furtar, destruir ou modificar a informação.
Antes de proteger, devemos saber:
• O que proteger.
• De quem proteger.
• Pontos vulneráveis.
• Processos a serem seguidos.

Gerenciador de tarefas MECANISMOS DE SEGURANÇA


O suporte para as recomendações de segurança pode
Uma das funções mais úteis do Chrome é o pequeno ser encontrado em:
gerenciador de tarefas incluso no programa. Clique com o • CONTROLES FÍSICOS: são barreiras que limitam o
botão direito no topo da página (como indicado na figura) contato ou acesso direto a informação ou a infraestrutura
e selecione a função “Gerenciador de tarefas”. (que garante a existência da informação) que a suporta.
Devemos atentar para ameaças sempre presentes, mas
nem sempre lembradas; incêndios, desabamentos, relâm-
pagos, alagamentos, problemas na rede elétrica, acesso
indevido de pessoas aos servidores ou equipamentos de
rede, treinamento inadequado de funcionários, etc.
Medidas de proteção física, tais como serviços de guar-
da, uso de nobreaks, alarmes e fechaduras, circuito interno
de televisão e sistemas de escuta são realmente uma parte
da segurança da informação. As medidas de proteção física
Desta forma, uma nova janela aparecerá em sua tela. são frequentemente citadas como “segurança computacio-
Ela controla todas as abas e funções executadas pelo na- nal”, visto que têm um importante papel também na pre-
vegador. Caso uma das guias apresente problemas você venção dos itens citados no parágrafo acima.
pode fechá-la individualmente, sem comprometer todo o O ponto-chave é que as técnicas de proteção de dados
programa. A função é muito útil e evita diversas dores de por mais sofisticadas que sejam, não têm serventia nenhu-
cabeça. ma se a segurança física não for garantida.

109
INFORMÁTICA

Instalação e Atualização Pode-se dizer que firewall é um conceito ao invés de


um produto. Ele é a soma de todas as regras aplicadas a
A maioria dos sistemas operacionais, principalmente rede. Geralmente, essas regras são elaboradas consideran-
as distribuições Linux, vem acompanhada de muitos apli- do as políticas de acesso da organização.
cativos que são instalados opcionalmente no processo de Podemos observar que o firewall é único ponto de
instalação do sistema. entrada da rede, quando isso acontece o firewall também
Sendo assim, torna-se necessário que vários pontos pode ser designado como check point.
sejam observados para garantir a segurança desde a insta- De acordo com os mecanismos de funcionamentos dos
lação do sistema, dos quais podemos destacar: firewalls podemos destacar três tipos principais:
• Seja minimalista: Instale somente os aplicativos ne- • Filtros de pacotes
cessários, aplicativos com problemas podem facilitar o • Stateful Firewalls
acesso de um atacante; • Firewalls em Nível de Aplicação
• Devem ser desativados todos os serviços de sistema
que não serão utilizados: Muitas vezes o sistema inicia au- - Filtros de Pacotes
Esse é o tipo de firewall mais conhecido e utilizado. Ele
tomaticamente diversos aplicativos que não são necessá-
controla a origem e o destino dos pacotes de mensagens
rios, esses aplicativos também podem facilitar a vida de um
da Internet. Quando uma informação é recebida, o firewall
atacante;
verifica as informações sobre o endereço IP de origem e
• Deve-se tomar um grande cuidado com as aplicações destino do pacote e compara com uma lista de regras de
de rede: problemas nesse tipo de aplicação podem deixar o acesso para determinar se pacote está autorizado ou não a
sistema vulnerável a ataques remotos que podem ser reali- ser repassado através dele.
zados através da rede ou Internet; Atualmente, a filtragem de pacotes é implementada na
• Use partições diferentes para os diferentes tipos de maioria dos roteadores e é transparente aos usuários, po-
dados: a divisão física dos dados facilita a manutenção da rém pode ser facilmente contornada com IP Spoofers. Por
segurança; isto, o uso de roteadores como única defesa para uma rede
• Remova todas as contas de usuários não utilizadas: corporativa não é aconselhável.
Contas de usuários sem senha, ou com a senha original de Mesmo que filtragem de pacotes possa ser feita dire-
instalação, podem ser facilmente exploradas para obter-se tamente no roteador, para uma maior performance e con-
acesso ao sistema. trole, é necessária a utilização de um sistema específico de
Grande parte das invasões na Internet acontece devi- firewall. Quando um grande número de regras é aplicado
do a falhas conhecidas em aplicações de rede, as quais os diretamente no roteador, ele acaba perdendo performan-
administradores de sistemas não foram capazes de corrigir ce. Além disso, Firewall mais avançados podem defender a
a tempo. Essa afirmação pode ser confirmada facilmente rede contra spoofing e ataques do tipo DoS/DDoS.
pelo simples fato de que quando uma nova vulnerabilidade
é descoberta, um grande número de ataques é realizado - Stateful Firewalls
com sucesso. Por isso é extremamente importante que os
administradores de sistemas se mantenham atualizados Outro tipo de firewall é conhecido como Stateful Fire-
sobre os principais problemas encontrados nos aplicati- wall. Ele utiliza uma técnica chamada Stateful Packet Ins-
vos utilizados, através dos sites dos desenvolvedores ou pection, que é um tipo avançado de filtragem de pacotes.
específicos sobre segurança da Informação. As principais Esse tipo de firewall examina todo o conteúdo de um pa-
empresas comerciais desenvolvedoras de software e as cote, não apenas seu cabeçalho, que contém apenas os en-
principais distribuições Linux possuem boletins periódicos dereços de origem e destino da informação. Ele é chama-
do de ‘stateful’ porque examina os conteúdos dos pacotes
informando sobre as últimas vulnerabilidades encontradas
para determinar qual é o estado da conexão, Ex: Ele garante
e suas devidas correções. Alguns sistemas chegam até a
que o computador destino de uma informação tenha real-
possuir o recurso de atualização automática, facilitando
mente solicitado anteriormente a informação através da
ainda mais o processo. conexão atual.
Além de serem mais rigorosos na inspeção dos paco-
Firewalls tes, os stateful firewalls podem ainda manter as portas fe-
chadas até que uma conexão para a porta específica seja
Definimos o firewall como sendo uma barreira inteli- requisitada. Isso permite uma maior proteção contra a
gente entre duas redes, geralmente a rede local e a Inter- ameaça de port scanning.
net, através da qual só passa tráfego autorizado. Este trá-
fego é examinado pelo firewall em tempo real e a seleção - Firewalls em Nível de Aplicação
é feita de acordo com um conjunto de regras de acesso Nesse tipo de firewall o controle é executado por apli-
Ele é tipicamente um roteador (equipamento que liga as cações específicas, denominadas proxies, para cada tipo de
redes com a Internet), um computador rodando filtragens serviço a ser controlado. Essas aplicações interceptam todo
de pacotes, um software Proxy, um firewall-in-a-box (um o tráfego recebido e o envia para as aplicações correspon-
hardware proprietário específico para função de firewall), dentes; assim, cada aplicação pode controlar o uso de um
ou um conjunto desses sistemas. serviço.

110
INFORMÁTICA

Apesar desse tipo de firewall ter uma perda maior de Assinatura digital
performance, já que ele analisa toda a comunicação uti-
lizando proxies, ele permite uma maior auditoria sobre o Um conjunto de dados encriptados, associados a um
controle no tráfego, já que as aplicações específicas podem documento do qual são função, garantindo a integridade
detalhar melhor os eventos associados a um dado serviço. do documento associado, mas não a sua confidencialidade.
A maior dificuldade na sua implementação é a necessi- A assinatura digital, portanto, busca resolver dois pro-
dade de instalação e configuração de um proxy para cada blemas não garantidos apenas com uso da criptografia para
aplicação, sendo que algumas aplicações não trabalham codificar as informações: a Integridade e a Procedência.
corretamente com esses mecanismos. Ela utiliza uma função chamada one-way hash function,
também conhecida como: compression function, crypto-
Considerações sobre o uso de Firewalls graphic checksum, message digest ou fingerprint. Essa fun-
ção gera uma string única sobre uma informação, se esse
Embora os firewalls garantam uma maior proteção, e valor for o mesmo tanto no remetente quanto destinatário,
são inestimáveis para segurança da informação, existem al- significa que essa informação não foi alterada.
guns ataques que os firewalls não podem proteger, como a Mesmo assim isso ainda não garante total integridade,
interceptação de tráfego não criptografado, ex: Intercepta- pois a informação pode ter sido alterada no seu envio e um
ção de e-mail. Além disso, embora os firewalls possam pro- novo hash pode ter sido calculado.
ver um único ponto de segurança e auditoria, eles também Para solucionar esse problema, é utilizada a criptogra-
podem se tornar um único ponto de falha – o que quer dizer fia assimétrica com a função das chaves num sentido inver-
que os firewalls são a última linha de defesa. Significa que se so, onde o hash é criptografado usando a chave privada do
um atacante conseguir quebrar a segurança de um firewall, remetente, sendo assim o destinatário de posse da chave
ele vai ter acesso ao sistema, e pode ter a oportunidade de pública do remetente poderá decriptar o hash. Dessa ma-
roubar ou destruir informações. Além disso, os firewalls pro- neira garantimos a procedência, pois somente o remeten-
tegem a rede contra os ataques externos, mas não contra te possui a chave privada para codificar o hash que será
os ataques internos. No caso de funcionários mal intencio- aberto pela sua chave pública. Já o hash, gerado a partir da
nados, os firewalls não garantem muita proteção. Finalmen- informação original, protegido pela criptografia, garantirá
te, como mencionado os firewalls de filtros de pacotes são a integridade da informação.
falhos em alguns pontos. - As técnicas de Spoofing podem
ser um meio efetivo de anular a sua proteção.
Mecanismos de garantia da integridade da informação
Para uma proteção eficiente contra as ameaças de se-
gurança existentes, os firewalls devem ser usados em con-
Usando funções de “Hashing” ou de checagem, con-
junto com diversas outras medidas de segurança.
sistindo na adição.
Existem, claro, outros mecanismos de segurança que
apoiam os controles físicos: Portas / trancas / paredes / blin-
Mecanismos de controle de acesso
dagem / guardas / etc.

• CONTROLES LÓGICOS: são barreiras que impedem Palavras-chave, sistemas biométricos, firewalls, cartões
ou limitam o acesso à informação, que está em ambiente inteligentes.
controlado, geralmente eletrônico, e que, de outro modo,
ficaria exposta a alteração não autorizada por elemento mal Mecanismos de certificação
intencionado.
Existem mecanismos de segurança que apoiam os con- Atesta a validade de um documento. O Certificado Di-
troles lógicos: gital, também conhecido como Certificado de Identidade
Digital associa a identidade de um titular a um par de cha-
Mecanismos de encriptação ves eletrônicas (uma pública e outra privada) que, usadas
em conjunto, fornecem a comprovação da identidade. É
A criptografia vem, na sua origem, da fusão de duas uma versão eletrônica (digital) de algo parecido a uma Cé-
palavras gregas: dula de Identidade - serve como prova de identidade, reco-
• CRIPTO = ocultar, esconder. nhecida diante de qualquer situação onde seja necessária a
• GRAFIA = escrever comprovação de identidade.
Criptografia é arte ou ciência de escrever em cifra ou O Certificado Digital pode ser usado em uma grande
em códigos. É então um conjunto de técnicas que tornam variedade de aplicações, como comércio eletrônico, grou-
uma mensagem incompreensível permitindo apenas que o pware (Intranets e Internet) e transferência eletrônica de
destinatário que conheça a chave de encriptação possa de- fundos.
criptar e ler a mensagem com clareza. Dessa forma, um cliente que compre em um shopping
Permitem a transformação reversível da informação de virtual, utilizando um Servidor Seguro, solicitará o Certifi-
forma a torná-la ininteligível a terceiros. Utiliza-se para tal, cado de Identidade Digital deste Servidor para verificar: a
algoritmos determinados e uma chave secreta para, a partir identidade do vendedor e o conteúdo do Certificado por
de um conjunto de dados não encriptados, produzir uma ele apresentado. Da mesma forma, o servidor poderá so-
sequência de dados encriptados. A operação inversa é a licitar ao comprador seu Certificado de Identidade Digital,
desencriptação. para identificá-lo com segurança e precisão.

111
INFORMÁTICA

Caso qualquer um dos dois apresente um Certificado O Authenticode e o Object Signing são tecnologias que
de Identidade Digital adulterado, ele será avisado do fato, e permitem que um desenvolvedor de programas de com-
a comunicação com segurança não será estabelecida. putador assine digitalmente seu software. Assim, ao baixar
O Certificado de Identidade Digital é emitido e assi- um software pela Internet, o usuário tem certeza da identi-
nado por uma Autoridade Certificadora Digital (Certificate dade do fabricante do programa e que o software se man-
Authority). Para tanto, esta autoridade usa as mais avança- teve íntegro durante o processo de download. Os certifica-
das técnicas de criptografia disponíveis e de padrões inter- dos digitais se dividem em basicamente dois formatos: os
nacionais (norma ISO X.509 para Certificados Digitais), para certificados de uso geral (que seriam equivalentes a uma
a emissão e chancela digital dos Certificados de Identidade carteira de identidade) e os de uso restrito (equivalentes a
Digital. cartões de banco, carteiras de clube etc.). Os certificados
Podemos destacar três elementos principais: de uso geral são emitidos diretamente para o usuário final,
- Informação de atributo: É a informação sobre o obje- enquanto que os de uso restrito são voltados basicamente
to que é certificado. No caso de uma pessoa, isto pode in- para empresas ou governo.
cluir seu nome, nacionalidade e endereço e-mail, sua orga-
nização e o departamento da organização onde trabalha. Integridade: Medida em que um serviço/informação é
- Chave de informação pública: É a chave pública da genuino, isto é, esta protegido contra a personificação por
intrusos.
entidade certificada. O certificado atua para associar a cha-
ve pública à informação de atributo, descrita acima. A cha-
Honeypot: É o nome dado a um software, cuja função é
ve pública pode ser qualquer chave assimétrica, mas usual-
detectar ou de impedir a ação de um cracker, de um spam-
mente é uma chave RSA. mer, ou de qualquer agente externo estranho ao sistema,
- Assinatura da Autoridade em Certificação (CA): A CA enganando-o, fazendo-o pensar que esteja de fato explo-
assina os dois primeiros elementos e, então, adiciona cre- rando uma vulnerabilidade daquele sistema.
dibilidade ao certificado. Quem recebe o certificado verifica
a assinatura e acreditará na informação de atributo e chave AMEAÇAS À SEGURANÇA
pública associadas se acreditar na Autoridade em Certifi-
cação. Ameaça é algo que oferece um risco e tem como foco
Existem diversos protocolos que usam os certificados algum ativo. Uma ameaça também pode aproveitar-se de
digitais para comunicações seguras na Internet: alguma vulnerabilidade do ambiente.
• Secure Socket Layer ou SSL; Identificar Ameaças de Segurança – Identificar os Tipos
• Secured Multipurpose Mail Extensions - S/MIME; de Ataques é a base para chegar aos Riscos. Lembre-se que
• Form Signing; existem as prioridades; essas prioridades são os pontos
• Authenticode / Objectsigning. que podem comprometer o “Negócio da Empresa”, ou seja,
O SSL é talvez a mais difundida aplicação para os cer- o que é crucial para a sobrevivência da Empresa é crucial no
tificados digitais e é usado em praticamente todos os sites seu projeto de Segurança.
que fazem comércio eletrônico na rede (livrarias, lojas de Abaixo temos um conjunto de ameaças, chamado de
CD, bancos etc.). O SSL teve uma primeira fase de ado- FVRDNE:
ção onde apenas os servidores estavam identificados com Falsificação
certificados digitais, e assim tínhamos garantido, além da
identidade do servidor, o sigilo na sessão. Entretanto, ape- Falsificação de Identidade é quando se usa nome de
nas com a chegada dos certificados para os browsers é que usuário e senha de outra pessoa para acessar recursos ou
pudemos contar também com a identificação na ponta executar tarefas. Seguem dois exemplos:
cliente, eliminando assim a necessidade do uso de senhas • Falsificar mensagem de e-mail;
e logins. • Executar pacotes de autenticação.
Um ataque de Falsificação pode ter início em um PostIt
O S/Mime é também um protocolo muito popular, pois
com sua senha, grudado no seu monitor.
permite que as mensagens de correio eletrônico trafeguem
encriptadas e/ou assinadas digitalmente. Desta forma os
Violação
e-mails não podem ser lidos ou adulterados por terceiros
durante o seu trânsito entre a máquina do remetente e a A Violação ocorre quando os dados são alterados:
do destinatário. Além disso, o destinatário tem a garantia • Alterar dados durante a transmissão;
da identidade de quem enviou o e-mail. • Alterar dados em arquivos.
O Form Signing é uma tecnologia que permite que os
usuários emitam recibos online com seus certificados di- Repudiação
gitais. Por exemplo: o usuário acessa o seu Internet Ban- A Repudiação talvez seja uma das últimas etapas de
king e solicita uma transferência de fundos. O sistema do um ataque bem sucedido, pois é o ato de negar algo que
banco, antes de fazer a operação, pede que o usuário as- foi feito. Isso pode ser feito apagando as entradas do Log
sine com seu certificado digital um recibo confirmando a após um acesso indevido. Exemplos:
operação. Esse recibo pode ser guardado pelo banco para • Excluir um arquivo crítico e negar que excluiu;
servir como prova, caso o cliente posteriormente negue ter • Comprar um produto e mais tarde negar que com-
efetuado a transação. prou.

112
INFORMÁTICA

Divulgação • Principiante – não tem nenhuma experiência em pro-


gramação e usa ferramentas de terceiros. Geralmente não
A Divulgação das Informações pode ser tão grave e/ou tem noção do que está fazendo ou das consequências da-
custar tão caro quanto um ataque de “Negação de Serviço”, quele ato.
pois informações que não podiam ser acessadas por ter- • Intermediário – tem algum conhecimento de pro-
ceiros, agora estão sendo divulgadas ou usadas para obter gramação e utiliza ferramentas usadas por terceiros. Esta
vantagem em negócios. pessoa pode querer algo além de testar um “Programinha
Dependendo da informação ela pode ser usada como Hacker”.
objeto de chantagem. Abaixo exemplos de Divulgação: • Avançado – Programadores experientes, possuem co-
• Expor informações em mensagens de erro; nhecimento de Infraestrutura e Protocolos. Podem realizar
• Expor código em sites. ataques estruturados. Certamente não estão só testando
os seus programas.
Negação de Serviço (DoS) (Denial of Service, DoS) Estas duas primeiras pessoas podem ser funcionários
da empresa, e provavelmente estão se aproveitando de al-
A forma mais conhecida de ataque que consiste na guma vulnerabilidade do seu ambiente.
perturbação de um serviço, devido a danos físicos ou ló-
gicos causados no sistema que o suportam. Para provocar VULNERABILIDADES
um DoS, os atacantes disseminam vírus, geram grandes
volumes de tráfego de forma artificial, ou muitos pedidos Os ataques com mais chances de dar certo são aqueles
aos servidores que causam subcarga e estes últimos ficam que exploram vulnerabilidades, seja ela uma vulnerabilida-
impedidos de processar os pedidos normais. de do sistema operacional, aplicativos ou políticas internas.
O objetivo deste ataque é parar algum serviço. Exem- Veja algumas vulnerabilidades:
plo: • Roubo de senhas – Uso de senhas em branco, senhas
• “Inundar” uma rede com pacotes SYN (Syn-Flood); previsíveis ou que não usam requisitos mínimos de com-
• “Inundar” uma rede com pacotes ICPM forçados. plexidade. Deixar um Postit com a sua senha grudada no
monitor é uma vulnerabilidade.
O alvo deste tipo de ataque pode ser um Web Server
• Software sem Patches – Um gerenciamento de Ser-
contendo o site da empresa, ou até mesmo “inundar” o
vice Packs e HotFixes mal feito é uma vulnerabilidade co-
DHCP Server Local com solicitações de IP, fazendo com que
mum. Veja casos como os ataques do Slammer e do Blaster,
nenhuma estação com IP dinâmico obtenha endereço IP.
sendo que suas respectivas correções já estavam disponí-
veis bem antes dos ataques serem realizados.
Elevação de Privilégios
• Configuração Incorreta – Aplicativos executados com
contas de Sistema Local, e usuários que possuem permis-
Acontece quando o usuário mal-intencionado quer sões acima do necessário.
executar uma ação da qual não possui privilégios adminis- • Engenharia Social – O Administrador pode alterar
trativos suficientes: uma senha sem verificar a identidade da chamada.
• Explorar saturações do buffer para obter privilégios • Segurança fraca no Perímetro – Serviços desneces-
do sistema; sários, portas não seguras. Firewall e Roteadores usados
• Obter privilégios de administrador de forma ilegítima. incorretamente.
Este usuário pode aproveitar-se que o Administrador • Transporte de Dados sem Criptografia – Pacotes de
da Rede efetuou logon numa máquina e a deixou desblo- autenticação usando protocolos de texto simples, dados
queada, e com isso adicionar a sua própria conta aos gru- importantes enviados em texto simples pela Internet.
pos Domain Admins, e Remote Desktop Users. Com isso Identifique, entenda como explorá-las e mesmo que
ele faz o que quiser com a rede da empresa, mesmo que não seja possível eliminá-las, monitore e gerencie o risco
esteja em casa. de suas vulnerabilidades.
Nem todos os problemas de segurança possuem uma
Quem pode ser uma ameaça? solução definitiva, a partir disso inicia-se o Gerenciamento
de Risco, analisando e balanceando todas as informações
Quem ataca a rede/sistema são agentes maliciosos, sobre Ativos, Ameaças, Vulnerabilidades, probabilidade e
muitas vezes conhecidos como crackers, (hackers não são impacto.
agentes maliciosos, tentam ajudar a encontrar possíveis
falhas). Estas pessoas são motivadas para fazer esta ilega- NÍVEL DE SEGURANÇA
lidade por vários motivos. Os principais motivos são: noto-
riedade, autoestima, vingança e o dinheiro. É sabido que Depois de identificado o potencial de ataque, as orga-
mais de 70% dos ataques partem de usuários legítimos de nizações têm que decidir o nível de segurança a estabele-
sistemas de informação (Insiders) -- o que motiva corpora- cer para um rede ou sistema os recursos físicos e lógicos a
ções a investir largamente em controles de segurança para necessitar de proteção. No nível de segurança devem ser
seus ambientes corporativos (intranet). quantificados os custos associados aos ataques e os asso-
É necessário identificar quem pode atacar a minha ciados à implementação de mecanismos de proteção para
rede, e qual a capacidade e/ou objetivo desta pessoa. minimizar a probabilidade de ocorrência de um ataque .

113
INFORMÁTICA

POLÍTICAS DE SEGURANÇA (D) O Windows oferece um conjunto de acessórios


De acordo com o RFC 2196 (The Site Security Han- disponíveis por meio da instalação do pacote Office, en-
dbook), uma política de segurança consiste num conjunto tre eles, calculadora, bloco de notas, WordPad e Paint.
formal de regras que devem ser seguidas pelos usuários (E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do
dos recursos de uma organização. botão Iniciar do Windows, oferece a opção de se encer-
As políticas de segurança devem ter implementação rar o Windows, dar saída no usuário correntemente em
realista, e definir claramente as áreas de responsabilidade uso na máquina e, em seguida, desligar o computador.
dos usuários, do pessoal de gestão de sistemas e redes e
da direção. Deve também adaptar-se a alterações na orga- Comentários: Para desinstalar um programa de forma
nização. As políticas de segurança fornecem um enquadra- segura deve-se acessar Painel de Controle / Adicionar ou
mento para a implementação de mecanismos de seguran- remover programas
ça, definem procedimentos de segurança adequados, pro- Resposta – Letra A
cessos de auditoria à segurança e estabelecem uma base 2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as
para procedimentos legais na sequência de ataques. informações estão contidas em arquivos de vários for-
matos, que são armazenados no disco fixo ou em ou-
O documento que define a política de segurança deve
tros tipos de mídias removíveis do computador, orga-
deixar de fora todos os aspetos técnicos de implementação
nizados em:
dos mecanismos de segurança, pois essa implementação
(A) telas.
pode variar ao longo do tempo. Deve ser também um do- (B) pastas.
cumento de fácil leitura e compreensão, além de resumido. (C) janelas.
Algumas normas definem aspectos que devem ser le- (D) imagens.
vados em consideração ao elaborar políticas de segurança. (E) programas.
Entre essas normas estão a BS 7799 (elaborada pela British
Standards Institution) e a NBR ISO/IEC 17799 (a versão bra- Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma
sileira desta primeira). bem clara a organização por meio de PASTAS, que nada
Existem duas filosofias por trás de qualquer política mais são do que compartimentos que ajudam a organizar
de segurança: a proibitiva (tudo que não é expressamente os arquivos em endereços específicos, como se fosse um
permitido é proibido) e a permissiva (tudo que não é proi- sistema de armário e gavetas.
bido é permitido). Resposta: Letra B
Enfim, implantar Segurança em um ambiente não de-
pende só da Tecnologia usada, mas também dos Proces- 3- Um item selecionado do Windows XP pode ser
sos utilizados na sua implementação e da responsabilidade excluído permanentemente, sem colocá-Lo na Lixeira,
que as Pessoas têm neste conjunto. Estar atento ao surgi- pressionando-se simultaneamente as teclas
mento de novas tecnologias não basta, é necessário en- (A) Ctrl + Delete.
tender as necessidades do ambiente, e implantar políticas (B) Shift + End.
que conscientizem as pessoas a trabalhar de modo seguro. (C) Shift + Delete.
Seu ambiente nunca estará seguro, não imagine que ins- (D) Ctrl + End.
talando um bom Antivírus você elimina as suas vulnerabilida- (E) Ctrl + X.
des ou diminui a quantidade de ameaças. É extremamente ne- Comentário: Quando desejamos excluir permanente-
cessário conhecer o ambiente e fazer um estudo, para depois mente um arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes
poder implementar ferramentas e soluções de segurança. para a lixeira, basta pressionarmos a tecla Shift em conjun-
to com a tecla Delete. O Windows exibirá uma mensagem
do tipo “Você tem certeza que deseja excluir permanente-
mente este arquivo?” ao invés de “Você tem certeza que
QUESTÕES GERAIS
deseja enviar este arquivo para a lixeira?”.
Resposta: C
1- Com relação ao sistema operacional Windows,
assinale a opção correta. 4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de
(A) A desinstalação de um aplicativo no Windows arquivos, sem que haja perda de informação?
deve ser feita a partir de opção equivalente do Painel (A) Compactação
de Controle, de modo a garantir a correta remoção dos (B) Deleção
arquivos relacionados ao aplicativo, sem prejuízo ao (C) Criptografia
sistema operacional. (D) Minimização
(B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT (E) Encolhimento adaptativo
e DELETE constitui ferramenta poderosa de acesso dire-
to aos diretórios de programas instalados na máquina Comentários: A compactação de arquivos é uma téc-
em uso. nica amplamente utilizada. Alguns arquivos compactados
(C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários podem conter extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exem-
de um computador, pois bastam o nome do usuário e a plos de programas compactadores são o WinZip, WinRar,
senha da máquina para se ter acesso às contas dos de- SolusZip, etc.
mais usuários possivelmente cadastrados nessa máquina. Resposta: A

114
INFORMÁTICA

5- A figura a seguir foi extraída do MS-Excel: Principais Vantagens do Gerenciador de e-mail:


• Pode ler e escrever mensagens mesmo quando
está desconectado da Internet;
• Permite armazenar as mensagens localmente (no
computador local);
• Permite utilizar várias caixas de e-mail ao mesmo
tempo;
Maiores Desvantagens:
• Ocupam espaço em disco;
Se o conteúdo da célula D1 for copiado (Ctrl+C) e • Compatibilidade com os servidores de e-mail
colado (Ctrl+V) na célula D3, seu valor será: (nem sempre são compatíveis).
(A) 7
A seguir, uma lista de gerenciadores de e-mail (em ne-
(B) 56
grito os mais conhecidos e utilizados atualmente):
(C) 448
Microsoft Office Outlook
(D) 511
(E) uma mensagem de erro Microsoft Outlook Express;
  Mozilla Thunderbird;
Comentários: temos que D1=SOMA(A1:C1). Quando IcrediMail
copiamos uma célula que contém uma fórmula e colamos Eudora
em outra célula, a fórmula mudará ajustando-se à nova po- Pegasus Mail
sição. Veja como saber como ficará a nova fórmula ao ser Apple Mail (Apple)
copiada de D1 para D3: Kmail (Linux)
Windows Mail
A questão cita o Yahoo Mail, mas este é um WEBMAIL,
ou seja, não é instalado no computador local. Logo, é o
gabarito da questão.
Resposta: B.

7- Sobre os conceitos de utilização da Internet e


correio eletrônico, analise:
I. A URL digitada na barra de Endereço é usada pe-
los navegadores da Web (Internet Explorer, Mozilla e
Agora é só substituir os valores: A fórmula diz para so- Google Chrome) para localizar recursos e páginas da
mar todas as células de A3 até C3(dois pontos significam Internet (Exemplo: http://www.google.com.br).
‘até’), sendo assim teremos que somar A3,  , B3, C3 obten- II. Download significa descarregar ou baixar; é a
do-se o resultado 448. transferência de dados de um servidor ou computador
Resposta: C. remoto para um computador local.
III. Upload é a transferência de dados de um com-
6- “O correio eletrônico é um método que permite putador local para um servidor ou computador remoto.
compor, enviar e receber mensagens através de siste- IV. Anexar um arquivo em mensagem de e-mail sig-
mas eletrônicos de comunicação”. São softwares geren- nifica movê-lo definitivamente da máquina local, para
ciadores de email, EXCETO: envio a um destinatário, com endereço eletrônico.
A) Mozilla Thunderbird. Estão corretas apenas as afirmativas:
B) Yahoo Messenger. A) I, II, III, IV
C) Outlook Express. B) I, II
D) IncrediMail. C) I, II, III
E) Microsoft Office Outlook 2003. D) I, II, IV
E) I, III, IV
Comentários: Podemos citar vários gerenciadores de
e-mail (eletronic mail ou correio eletrônico), mas devemos
Comentários: O URL é o endereço (único) de um recur-
memorizar que os sistemas que trabalham o correio eletrô-
so na Internet. A questão parece diferenciar um recurso de
nico podem funcionar por meio de um software instalado
em nosso computador local ou por meio de um progra- página, mas na verdade uma página é um recurso (o mais
ma que funciona dentro de um navegador, via acesso por conhecido, creio) da Web. Item verdadeiro.
Internet. Este programa da Internet, que não precisa ser É comum confundir os itens II e III, por isso memorize:
instalado, e é chamado de WEBMAIL, enquanto o software down = baixo = baixar para sua máquina, descarregar. II e
local é o gerenciador de e-mail citado pela questão. III são verdadeiros.

115
INFORMÁTICA

9- Com relação a conceitos de Internet e intranet,


assinale a opção correta.
(A) Domínio é o nome dado a um servidor que con-
trola a entrada e a saída de conteúdo em uma rede,
como ocorre na Internet.
(B) A intranet só pode ser acessada por usuários da
Internet que possuam uma conexão http, ao digitarem
na barra de endereços do navegador: http://intranet.
com.
(C) Um modem ADSL não pode ser utilizado em
uma rede local, pois sua função é conectar um compu-
tador à rede de telefonia fixa.
No item IV encontramos o item falso da questão, o que (D) O modelo cliente/servidor, em que uma máqui-
nos leva ao gabarito – letra C. Anexar um arquivo em men- na denominada cliente requisita serviços a outra, deno-
sagem de e-mail significa copiar e não mover! minada servidor, ainda é o atual paradigma de acesso
Resposta: C. à Internet.
(E) Um servidor de páginas web é a máquina que
armazena os nomes dos usuários que possuem permis-
8- A respeito dos modos de utilização de aplicativos são de acesso a uma quantidade restrita de páginas da
do ambiente MS Office, assinale a opção correta. Internet.
(A) Ao se clicar no nome de um documento grava-
do com a extensão .xls a partir do Meu Computador, o Comentários: O modelo cliente/servidor é questiona-
Windows ativa o MS Access para a abertura do docu- do em termos de internet pois não é tão robusto quanto
mento em tela. redes P2P pois, enquanto no primeiro modelo uma queda
(B) As opções Copiar e Colar, que podem ser obti- do servidor central impede o acesso aos usuários clientes,
das ao se acionar simultaneamente as teclas CTRL + C no segundo mesmo que um servidor “caia” outros servi-
e CTRL + V,respectivamente, estão disponíveis no menu dores ainda darão acesso ao mesmo conteúdo permitindo
Editar de todos os aplicativos da suíte MS Office. que o download continue. Ex: programas torrent, Emule,
(C) A opção Salvar Como, disponível no menu das Limeware, etc.
aplicações do MS Office, permite que o usuário salve Em relação às outras letras:
o documento correntemente aberto com outro nome. letra A – Incorreto – Domínio é um nome que serve
Nesse caso, a versão antiga do documento é apagada para localizar e identificar conjuntos de computadores na
e só a nova versão permanece armazenada no compu- Internet e corresponde ao endereço que digitamos no na-
tador. vegador.
(D) O menu Exibir permite a visualização do docu-
letra B – Incorreto – A intranet é acessada da mesma
mento aberto correntemente, por exemplo, no formato
forma que a internet, contudo, o ambiente de acesso a rede
do MS Word para ser aberto no MS PowerPoint.
é restrito a uma rede local e não a internet como um todo.
(E) Uma das vantagens de se utilizar o MS Word é
letra C – Incorreto – O modem ADSL conecta o compu-
a elaboração de apresentações de slides que utilizem
tador a internet, como o acesso a intranet se faz da mesma
conteúdo e imagens de maneira estruturada e organi-
forma só que de maneira local, o acesso via ADSL pode sim
zada.
acessar redes locais.
letra E – Incorreto – Um servidor é um sistema de com-
Comentários: O menu editar geralmente contém os co-
mandos universais dos programas da Microsoft como é o putação que fornece serviços a uma rede de computado-
caso dos atalhos CTRL + C, CTRL + V, CTRL + X, além do res. E não necessariamente armazena nomes de usuários e/
localizar. ou restringe acessos.
Em relação às outras letras: Resposta: D
Letra A – Incorreto – A extensão .xls abre o aplicativo
Excel e não o Access
Letra C – Incorreto – A opção salvar como, cria uma 10- Com relação à Internet, assinale a opção cor-
cópia do arquivo corrente e não apaga a sua versão antiga. reta.
Letra D – Incorreto – O menu exibir mostra formas de (A) A URL é o endereço físico de uma máquina na
exibição do documento dentro do contexto de cada pro- Internet, pois, por esse endereço, determina-se a cida-
grama e não de um programa para o outro como é o caso de onde está localizada tal máquina.
da afirmativa. (B) O SMTP é um serviço que permite a vários usuá-
Letra E – Incorreto – O Ms Word não faz apresentação rios se conectarem a uma mesma máquina simultanea-
de slides e sim o Ms Power Point. mente, como no caso de salas de bate-papo.
Resposta: B (C) O servidor Pop é o responsável pelo envio e re-
cebimento de arquivos na Internet.

116
INFORMÁTICA

(D) Quando se digita o endereço de uma página Antes da impressão e/ou da publicação os textos deve-
web, o termo http significa o protocolo de acesso a pá- rão ser verificados para que não contenham erros. Alguns
ginas em formato HTML, por exemplo. artigos digitados deverão conter a imagem dos resultados
(E) O protocolo FTP é utilizado quando um usuário obtidos em planilhas eletrônicas, ou seja, linhas, colunas, va-
de correio eletrônico envia uma mensagem com anexo lores e totais.
para outro destinatário de correio eletrônico. Todo trabalho produzido deverá ser salvo e cuidados de-
vem ser tomados para a recuperação em caso de perda e
Comentários: Os itens apresentados nessa questão es- também para evitar o acesso por pessoas não autorizadas às
tão relacionados a protocolos de acesso. Segue abaixo os informações guardadas.
protocolos mais comuns: Os funcionários serão estimulados a realizar pesquisas
- HTTP(Hypertext Transfer Protocol) – Protocole de car- na internet visando o atendimento do nível de qualidade da
regamento de páginas de Hipertexto –  HTML informação prestada à sociedade, pelo órgão.
- IP (Internet Protocol) – Identificação lógica de uma
O ambiente operacional de computação disponível para
máquina na rede
realizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do
- POP (Post Office Protocol) – Protocolo de recebimen-
to de emails direto no PC via gerenciador de emails MS-Office, das ferramentas Internet Explorer e de correio
- SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) – Protocolo pa- eletrônico, em português e em suas versões padrões mais
drão de envio de emails utilizadas atualmente.
- IMAP(Internet Message Access Protocol) – Semelhan- Observação: Entenda-se por mídia removível disquetes,
te ao POP, no entanto, possui mais recursos e dá ao usuário CD’s e DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível acopla-
a possibilidade de armazenamento e acesso a suas mensa- da em portas do tipo USB) e outras funcionalmente seme-
gens de email direto no servidor. lhantes.
- FTP(File Transfer Protocol) – Protocolo para transfe-
rência de arquivos 12- As células que contêm cálculos feitos na plani-
Resposta: D lha eletrônica,
(A) quando “coladas” no editor de textos, apresen-
11- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção tarão resultados diferentes do original.
correta. (B) não podem ser “coladas” no editor de textos.
(A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar (C) somente podem ser copiadas para o editor de
pastas e arquivos e por seu intermédio não é possível textos dentro de um limite máximo de dez linhas e cin-
acessar o Painel de Controle, o qual só pode ser acessa- co colunas.
do pelo botão Iniciar do Windows.
(D) só podem ser copiadas para o editor de texto
(B) Para se obter a listagem completa dos arquivos
uma a uma.
salvos em um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e
data de modificação, deve-se selecionar Detalhes nas (E) quando integralmente selecionadas, copiadas e
opções de Modos de Exibição. “coladas” no editor de textos, serão exibidas na forma
(C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de de tabela.
Rede oferece um histórico de páginas visitadas na In- Comentários: Sempre que se copia células de uma pla-
ternet para acesso direto a elas. nilha eletrônica e cola-se no Word, estas se apresentam
(D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows como uma tabela simples, onde as fórmulas são esqueci-
e a opção Renomear for acionada no Windows Explo- das e só os números são colados.
rer com o botão direito do mouse,será salva uma nova Resposta: E
versão do arquivo e a anterior continuará aberta com o
nome antigo. 13- O envio do arquivo que contém o texto, por
(E) Para se encontrar arquivos armazenados na es- meio do correio eletrônico, deve considerar as opera-
trutura de diretórios do Windows, deve-se utilizar o sí- ções de
tio de busca Google, pois é ele que dá acesso a todos os (A) anexação de arquivos e de inserção dos endere-
diretórios de máquinas ligadas à Internet. ços eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”.
(B) de desanexação de arquivos e de inserção dos
Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arqui- endereços eletrônicos dos destinatários no campo
vos são mostrados de várias formas como Listas, Miniatu-
“Para”.
ras e Detalhes.
(C) de anexação de arquivos e de inserção dos en-
Resposta: B
dereços eletrônicos dos destinatários no campo “Cc”.
Atenção: Para responder às questões de números (D) de desanexação de arquivos e de inserção dos
12 e 13, considere integralmente o texto abaixo: endereços eletrônicos dos destinatários no campo
Todos os textos produzidos no editor de textos padrão “Cco”.
deverão ser publicados em rede interna de uso exclusivo do (E) de anexação de arquivos e de inserção dos en-
órgão, com tecnologia semelhante à usada na rede mundial dereços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”.
de computadores.

117
INFORMÁTICA

 Comentários: Claro que, para se enviar arquivos pelo 16. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
correio eletrônico deve-se recorrer ao uso de anexação, ou Novo - CESGRANRIO/2012) O envio e o recebimento
seja, anexar o arquivo à mensagem. Quando colocamos de um arquivo de textos ou de imagens na internet, en-
os endereços dos destinatários no campo Cco, ou seja, no tre um servidor e um cliente, constituem, em relação ao
campo “com cópia oculta”, um destinatário não ficará sa- cliente, respectivamente, um
bendo quem mais recebeu aquela mensagem, o que aten- (A) download e um upload
de a segurança solicitada no enunciado. (B) downgrade e um upgrade
Resposta: A (C) downfile e um upfile
(D) upgrade e um downgrade
14. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário (E) upload e um download
Novo - CESGRANRIO/2012) Usado para o manuseio
de arquivos em lotes, também denominados scripts, o Resposta: “E”.
shell de comando é um programa que fornece comuni- Comentários:
 Up – Cima / Down – baixo  / Load – Carregar;
cação entre o usuário e o sistema operacional de forma
Upload – Carregar para cima (enviar).
direta e independente. Nos sistemas operacionais Win-
Download – Carregar para baixo (receber ou “baixar”)
dows XP, esse programa pode ser acessado por meio de
um comando da pasta Acessórios denominado
17- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011)
(A) Prompt de Comando Assinale a alternativa que contém os nomes dos menus
(B) Comandos de Sistema do programa Microsoft Word XP, em sua configuração
(C) Agendador de Tarefas padrão, que, respectivamente, permitem aos usuários:
(D) Acesso Independente (I) numerar as páginas do documento, (II) contar as pa-
(E) Acesso Direto lavras de um parágrafo e (III) adicionar um cabeçalho
ao texto em edição.
Resposta: “A” a) Janela, Ferramentas e Inserir.
Comentários b) Inserir, Ferramentas e Exibir.
Prompt de Comando é um recurso do Windows que ofe- c) Formatar, Editar e Janela.
rece um ponto de entrada para a digitação de comandos do d) Arquivo, Exibir e Formatar.
MSDOS (Microsoft Disk Operating System) e outros coman- e) Arquivo, Ferramentas e Tabela.
dos do computador. O mais importante é o fato de que, ao
digitar comandos, você pode executar tarefas no computa- Resposta: “B”
dor sem usar a interface gráfica do Windows. O Prompt de Comentário:
Comando é normalmente usado apenas por usuários avan- • Ação numerar - “INSERIR”
çados. • Ação contar paginas - “FERRAMENTAS”
• Ação adicionar cabeçalho - “EXIBIR”
15. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
Novo - CESGRANRIO/2012) Seja o texto a seguir di-
gitado no aplicativo Word. Aplicativos para edição de
textos. Aplicando-se a esse texto o efeito de fonte Ta-
chado, o resultado obtido será

Resposta: “C”
Comentários:
Temos 3 itens com a formatação taxado aplicada: c, d,
e. Entretanto, temos que observar que na questão os itens
d, e, além de receberem taxado, também ficaram em caixa
alta. O único que recebe apenas o taxada, sem alterar outras
formatações foi o item c.

118
INFORMÁTICA

– disponibilização da informação no tempo necessário,


BANCO DE DADOS; – controle integrado de informações distribuídas fisi-
camente,
– redução de redundância e de inconsistência de in-
formações,
Banco de dados – compartilhamento de dados,
– aplicação automática de restrições de segurança,
Introdução4 – redução de problemas de integridade.

A importância da informação para a tomada de de- Abstração de Dados


cisões nas organizações tem impulsionado o desenvolvi- – O sistema de bancos de dados deve prover uma visão
mento dos sistemas de processamento de informações. abstrata de dados para os usuários.
Algumas ferramentas: – A abstração se dá em três níveis:
– processadores de texto (editoração eletrônica),
– planilhas (cálculos com tabelas de valores),
– Sistemas de Gerenciamento de Bancos de Dados -
SGBDs (armazenamento de grandes volumes de dados, es-
truturados em registros e tabelas, com recursos para aces-
so e processamento das informações).

Conceitos

Banco de Dados: é uma coleção de dados interrelacio-


nados, representando informações sobre um domínio es-
pecífico [KS94].
Exemplos: lista telefônica, controle do acervo de uma
biblioteca, sistema de controle dos recursos humanos de
uma empresa.
Níveis de Abstração
Sistema de Gerenciamento de Bancos de Dados
■ Nível físico: nível mais baixo de abstração. Descreve
(SGBD): é um software com recursos específicos para facili-
como os dados estão realmente armazenados, englobando
tar a manipulação das informações dos bancos de dados e
estruturas complexas de baixo nível.
o desenvolvimento de programas aplicativos. ■ Nível conceitual: descreve quais dados estão arma-
Exemplos: Oracle, Ingres, Paradox*, Access*, DBase*. zenados e seus relacionamentos. Neste nível, o banco de
* Desktop Database Management Systems. dados é descrito através de estruturas relativamente sim-
ples, que podem envolver estruturas complexas no nível
Sistema de Bancos de Dados físico.
■ É um sistema de manutenção de registros por com- ■ Nível de visões do usuário: descreve partes do banco
putador, envolvendo quatro componentes principais: de dados, de acordo com as necessidades de cada usuário,
– dados, individualmente.
– hardware,
– software, Modelos Lógicos de Dados
– usuários. Conjunto de ferramentas conceituais para a descrição
■ O sistema de bancos de dados pode ser considerado dos dados, dos relacionamentos entre os mesmos e das
como uma sala de arquivos eletrônica [Date91]. restrições de consistência e integridade.
Existe uma série de métodos, técnicas e ferramentas Dividem-se em:
que visam sistematizar o desenvolvimento de sistemas de – baseados em objetos,
bancos de dados. – baseados em registros.
Modelos lógicos baseados em objetos
Objetivos de um Sistema de Bancos de Dados Descrição dos dados nos níveis conceitual e de visões
– Isolar os usuários dos detalhes mais internos do ban- de usuários.
co de dados (abstração de dados). Exemplos:
– Prover independência de dados às aplicações (estru- Entidade-relacionamento, orientado a objetos.
tura física de armazenamento e à estratégia de acesso). No modelo orientado a objetos, código executável é
Vantagens: parte integrante do modelo de dados.
– rapidez na manipulação e no acesso à informação, Modelos lógicos baseados em registros
– redução do esforço humano (desenvolvimento e uti- – descrição dos dados nos níveis conceitual e de visões
lização), de usuários;
4 Fonte: Arquivado no curso de Engenharia Mecatrônica na – o banco de dados é estruturado em registros de for-
UNESP matos fixos, de diversos tipos;

119
INFORMÁTICA

– cada tipo de registro tem sua coleção de atributos; O Modelo Relacional


– há linguagens para expressar consultas e atualiza-
ções no banco de dados.
Exemplos:
● relacional,
● rede,
● hierárquico.
No modelo relacional, dados e relacionamentos entre
dados são representados por tabelas, cada uma com suas
colunas específicas.
Exemplo das Informações em um Banco de Dados

O Modelo de Rede
■ Os dados são representados por coleções de regis-
tros e os relacionamentos por elos.

■ Tanto os dados quanto os relacionamentos são re-


presentados por tabelas.
■ Possui fundamento matemático sólido.
■ Prescinde de estruturas de índice eficientes e hard-
ware adequado para alcançar desempenho viável em situa-
ções práticas.

O Banco de Dados no Nível Conceitual (modelo ER)

O Modelo Hierárquico

■ Os dados e relacionamentos são representados por


registros e ligações, respectivamente.
■ Os registros são organizados como coleções arbitrá-
rias de árvores.

Linguagens de Definição e Manipulação de Dados

Esquema do Banco de Dados


É o “projeto geral” (estrutura) do banco de dados.
– não muda com frequência;
– há um esquema para cada nível de abstração e um
subesquema para cada visão de usuário.
Linguagem de Definição de Dados (DDL)
Permite especificar o esquema do banco de dados,
através de um conjunto de definições de dados.
– A compilação dos comandos em DDL é armazenada
no dicionário (ou diretório) de dados.

120
INFORMÁTICA

Manipulação de dados
– recuperação da informação armazenada,
– inserção de novas informações,
– exclusão de informações,
– modificação de dados armazenados.

Linguagem de Manipulação de Dados (DML)

Permite ao usuário acessar ou manipular os dados, vendo-os da forma como são definidos no nível de abstração mais
alto do modelo de dados utilizado.
– Uma consulta (“query”) é um comando que requisita uma recuperação de informação.
– A parte de uma DML que envolve recuperação de informação é chamada linguagem de consulta*.
[Date91] ilustra o papel do sistema de gerência de banco de dados, de forma conceitual:
O usuário emite uma solicitação de acesso. O SGBD intercepta a solicitação e a analisa.
O SGBD inspeciona os esquemas externos (ou subesquemas) relacionados àquele usuário, os mapeamentos entre os
três níveis, e a definição da estrutura de armazenamento.
O SGBD realiza as operações solicitadas no banco de dados armazenado.
Tarefas:
– interação com o sistema de arquivos do sistema operacional,
– cumprimento da integridade,
– cumprimento da segurança,
– cópias de segurança (“backup”) e recuperação,
– controle de concorrência.

Papéis Humanos em um Sistema de Bancos de Dados


■ Usuários do Banco de Dados
Realizam operações de manipulação de dados.
– programadores de aplicações,
– usuários sofisticados,
– usuários especializados,
– usuários “ingênuos”.
■ Administrador do Banco de Dados
Pessoa (ou grupo) responsável pelo controle do sistema de banco de dados.
– Administrador de Dados
– Administrador do SGBD
Administração de Sistemas de Bancos de Dados
Administrador de Dados (DBA)
– definição e atualização do esquema do banco de dados.
Administrador do SGBD
– definição da estrutura de armazenamento e a estratégia (ou método) de acesso,
– concessão de autorização para acesso a dados,
– definição de controles de integridade,
– definição de estratégias para cópia de segurança e recuperação,
– monitoramento do desempenho,
– execução de rotinas de desempenho,
– modificação da organização física.

Tipos de Banco de Dados

Banco de dados Relacional


Um banco de dados relacional consiste em uma coleção de tabelas, que podem ser relacionadas através de seus atri-
butos, ou seja, uma linha de uma tabela pode estar sendo relacionada com uma outra linha em uma outra tabela.

Banco de dados rede


Enquanto no modelo relacional os dados e os relacionamentos entre dados são representados por uma coleção de ta-
belas, modelo de rede representa os dados por coleções de registros e os relacionamentos entre dados são representados
por ligações.

121
INFORMÁTICA

Ou seja, um banco de dados de rede consiste em uma coleção de registros que são conectados uns aos outros por
meio de ligações. Cada registro é uma coleção de campos (atributos), cada um desses campos contendo apenas um valor
de dado. Uma ligação é uma associação entre precisamente dos registros.

Banco de dados Hierárquico


Assim como no modelo de Redes o modelo Hierárquico trabalho com os dados e relacionamentos como uma coleção
de registros relacionados por ligações. A única diferença entre os dois é que o modelo Hierárquico os registros são orga-
nizados como coleções de árvores em vez de grafos arbitrários.

FASES DO PROJETO DE BASE DE DADOS

O Projeto de Base de Dados pode ser decomposto em:

Projeto Conceitual

• Independe do DBMS escolhido


• Modelo Conceitual: Linguagem usada para descrever esquemas conceituais

Projeto Lógico

• Modelo lógico: Linguagem usada para especificar esquemas lógicos


• Pertencem a três classes: Relacional, Redes e Hierárquico.

122
INFORMÁTICA

Projeto Físico

• Esquema físico: É a descrição da Implementação da base de dados em memória secundária. Descreve estruturas de
armazenamento e métodos de acesso.
• Tem forte ligação com o DBMS específico.
Resumindo
• Projeto Conceitual: Não tem dependência com a classe do GBD a ser escolhido.
• Projeto Lógico: Tem dependência com a classe, mas não com o GBD específico.
• Projeto Físico: Total dependência do GBD específico.

Conclusões
Uma das vantagens em se trabalhar com projeto conceitual está na possibilidade de se adiar a escolha do GBD (mes-
mo a sua classe). O projetista deve concentrar o maior esforço nesta fase do projeto pois, a passagem para as outras fases
é mais ou menos automática.
Outra vantagem está na possibilidade de usuários não especialistas em bancos de dados darem diretamente a sua
contribuição no projeto conceitual cuja maior exigência é a capacidade de abstração. A aproximação com o usuário final
melhora bastante a qualidade do projeto.

PROJETO CONCEITUAL

O Projeto Conceitual produz um esquema conceitual a partir de “requisitos” de um mundo real.


• Projeto conceitual usa modelo de dados para descrever a realidade.
• Um modelo de dados se ampara em um conjunto de blocos de construção primitivo.

Abstração
Processo que consiste em mostrar as características e propriedades essenciais de um conjunto de objetos, ou escon-
der as características não essenciais.
Quando pensamos no objeto “bicicleta” de uma forma abstrata, normalmente “esquecemos” seus detalhes e as par-
ticularidades que as diferem entre si.

Abstrações em Projetos Conceituais


Existem 3 Tipos:
• Classificação
• Agregação
• Generalização

123
INFORMÁTICA

Classificação
Usada para reunir objetos do mundo real com propriedades comuns, formando (ou definindo) classes.

Agregação
Usada para definir uma nova classe a partir de um conjunto de classes que representam suas partes componentes.

Generalização
Usada para definir uma classe mais genérica a partir de duas ou mais classes.

124
INFORMÁTICA

Cobertura da Generalização
• Total / Exclusiva
• Total / Não Exclusiva
MODELOS DE DADOS
Conceitos: Modelo e Esquema
Um modelo de dados é uma coleção de conceitos usados para descrever uma dada realidade. Estes conceitos são cons-
truídos com base nos mecanismos de abstração e são descritos através de representações gráficas e linguísticas.
Um esquema é uma representação de uma porção específica da realidade usando -se um particular modelo de dados.

125
INFORMÁTICA

Para exemplificar vamos utilizar o modelo de entidades e relacionamentos (M.E.R.)

Há dois tipos de modelos de dados:


• Modelos Conceituais: são ferramentas que representam a realidade num alto nível de abstração.
• Modelos Lógicos: suportam descrições de dados que podem ser processadas (por um computador). Incluem os mo-
delos relacional, hierárquico e rede.
Obs: projeto de base de dados não é a única aplicação de modelos conceituais. Eles podem ser excelentes ferramentas
para gestão em empresas.
Por recomendação do comitê ANSI/SPARC (metade dos anos 70) todo sistema de base de dados deveria ser organiza-
do de acordo com 3 níveis de abstração de dados:
• Externo: também chamado de visão. Descreve o ponto de vista de grupos específicos de usuários sobre a porção da
base de dados que é interessante preservar para aquele grupo particular.
• Conceitual: representação de alto nível, independente da máquina, sobre toda a base de dados. Também chamada
de “ EnterpriseScheme ”.
• Interno: descrição da implementação física da base de dados. Dependente da máquina.

126
INFORMÁTICA

M. E. R. - O Modelo de Entidades e Relacionamentos


É o mais difundido modelo de dados para projeto con-
ceitual de base de dados. Foi introduzido por Peter Chen
(1976) e posteriormente recebeu extensões.

Elementos básicos do modelo: Entidades e Relacio-


namentos
Entidades
Representam classes de objetos do mundo real.
Exemplos: FUNCIONÁRIOS, ALUNOS, PROFESSORES,
CIDADES, etc.

Vamos considerar o esquema dos relacionamentos en-


tre “Funcionários” e “Cidades”. Para este esquema podería-
mos ter a seguinte instância:
Relacionamentos • FUNCIONÁRIOS = { f1, f2, f3, f4 }
Representam agregações de duas ou mais entidades. • CIDADES = { c1, c2, c3 }
Exemplos: “Nascidos em” entre “Funcionários” e “Cida- • VIVEM_EM = { <f1,c1>, <f2,c1>, <f3,c2>, <f4,c3> }
des” e “Vivem em” também entre “Funcionários” e “Cida- • NASCIDOS_EM = { <f1,c1>, <f2,c1>, <f3,c2>, <f4,c2>
des”. }
Cardinalidades podem ser expressas através de valores
mínimos e máximos. Por exemplo:
• MIN_CARD (FUNCIONÁRIOS, VIVEM_EM) = 1
• MAX_CARD (FUNCIONÁRIOS, VIVEM_EM) = 1
• MIN_CARD (CIDADES, VIVEM_EM) = 0
• MAX_CARD (CIDADES, VIVEM_EM) = N

Nós declaramos através desta representação (linguís-


tica) que o relacionamento “Vivem em” é “vários para um”
entre “Funcionários” e “Cidades”, através de “Vivem em”.
A participação de “Funcionários” é obrigatória no rela-
O relacionamento pode conectar mais que duas enti- cionamento, enquanto a de “Cidades” é opcional.
dades simultaneamente . Neste caso, é chamado “relacio-
namento múltiplo”. Outra forma de declarar as cardinalidades acima seria:
• CARD (FUNCIONÁRIOS, VIVEM_EM) = (1,1)
• CARD (CIDADES, VIVEM_EM) = (0,n)
Representação gráfica correspondente à declaração
linguística acima:

Outra representação para o exemplo acima é mostrada


através do esquema abaixo. Esta será a representação que
normalmente seguiremos.

Um relacionamento pode conectar entidades de um


mesmo conjunto. Neste caso temos o “auto relacionamen-
to”.

127
INFORMÁTICA

Atributos

Representam propriedades elementares de entidades


ou relacionamentos.

Exemplos:

Existem casos práticos em que um conjunto de entida-


des representa elementos do mundo real que se subdivi-
dem em categorias. Esta subdivisão pode ser representada
pelo particionamento do conjunto de entidades o que re-
presenta uma abstração de generalização (ou especializa-
ção).

Exemplo:

Tipos de Atributos

Extensões do Modelo: Agregação

Obs: os atributos determinantes determinam univoca-


mente um objeto dentro de um conjunto de entidades.

Mapeamento para o Modelo Relacional


A obtenção de um modelo lógico a partir de um mode-
lo conceitual pode ser feita pela aplicação de um conjunto
de regras bem definidas. Essas regras basicamente atuarão
em dois grupos distintos de elementos: as estruturas de
relacionamento, agregação e especialização de um lado e
as entidades e seus atributos de outro.

128
INFORMÁTICA

Relacionamentos

Relação N:N

Nos relacionamentos N:N, cada entidade e o relaciona-


mento virarão tabelas.

Essas regras são apresentadas mais abaixo :

Entidades

Entidades
As entidades irão gerar sempre uma tabela no Modelo
Relacional.

Relação 1:N ou N:1 com obrigatoriedade

Para esses relacionamentos a entidade fraca, ou seja


aquela entidade onde a obrigatoriedade se encontra, irá
“vencer” e receberá o atributo determinante (chave).

Atributos Multivalorados
Os atributos Multivalorados criarão uma tabela auxiliar,
que receberá os atributos determinantes (chave) da tabela
principal e o próprio atributo se tornará um atributo deter-
minante nessa nova tabela.

Relação 1:N ou N:1 sem obrigatoriedade

Para esses relacionamentos podemos ter duas possi-


bilidades, dependendo do modelamento que está sendo
feito. Podemos ter a entidade recebendo o atributo de-
terminante (chave) ou o relacionamento se tornando mais
uma tabela.

129
INFORMÁTICA

Auto relacionamento N:N


Nesses relacionamentos a entidade e o relacionamen-
Relação 1:1 com obrigatoriedade to gerarão duas tabelas, o relacionamento por sua vez re-
ceberá dois atributos determinantes da entidade.
Assim como nos relacionamento 1:N com obrigato-
riedade, nesses relacionamentos a entidade fraca, ou seja
aquela entidade onde a obrigatoriedade se encontra, irá
“vencer” e receberá o atributo determinante (chave).

Relação 1:1 sem obrigatoriedade


Nesses relacionamentos o próprio mundo que está
sendo modelado deverá identificar qual das duas entida-
des deverá receber o atributo determinante (chave).

130
INFORMÁTICA

Auto relacionamento 1:N ou N:1 com obrigatoriedade Agregação


Nesses relacionamentos 1:N com obrigatoriedade, a O relacionamento N:N é resolvido da forma já vista an-
entidade é fraca, e sendo assim irá receber o atributo de- teriormente. A agregação nada mais é do que o relaciona-
terminante (chave). mento entre relacionamentos, desta forma a relação com
a entidade C vai acontecer conforme as regras mostradas
anteriormente (considerando que o relacionamento A:B
gere uma “entidade” agregada.

Auto relacionamento 1:N ou N:1 sem obrigatoriedade


Para esses relacionamentos podemos ter duas possi-
bilidades, dependendo do modelamento que está sendo Relacionamento Triplo
feito. Podemos ter a entidade recebendo o atributo de- Nesses relacionamentos as regras de atribuição do
terminante (chave) ou o relacionamento se tornando mais atributo determinante vão depender do modelamento,
uma tabela. além se seguir todas as regras determinadas anteriormen-
te. O importante é notar que todas as entidades estão rela-
cionadas ao mesmo tempo.

131
INFORMÁTICA

WLAN (Wireless Local Area Network – Rede sem Fio de


CONHECIMENTOS DE INSTALAÇÃO Área Local),
E MANUTENÇÃO DE REDES DE WMAN (Wireless Metropolitan Area Network – Rede
COMPUTADORES; REDES DE sem Fio de Área Metropolitana) e
COMPUTADORES WWAN (Wireless Wide Area Network – Rede sem Fio
de Área Extensa).
Elas possuem características, como: distâncias médias
(áreas que atingem), taxas de transferência, taxas de erro,
A fusão dos computadores e das comunicações e tele- atrasos (delay), protocolos e equipamentos utilizados. Ve-
comunicações influenciaram diretamente na forma como jamos cada uma delas:
os computadores são atualmente organizados. O modelo
de um único computador realizando todas as tarefas re- a) LAN – rede local. Este tipo de rede alcança distân-
queridas não existe mais e está sendo substituído pelas cia de algumas centenas de metros, abrangendo instala-
redes de computadores, nas quais os trabalhos são realiza- ções em escritórios, residências, prédios comerciais e in-
dos por vários computadores separados, interconectados dustriais. Sua principal característica são as altas taxas de
por alguma via de comunicação. transmissão, que atualmente chegam a 10 Gbps (porém,
Pinheiro (2003, p. 2) assim descreve o objetivo de uma devido ao custo, ainda prevalecem as redes com taxas de
rede:
transmissão de 100 Mbps a 1 Gpbs).
Independente do tamanho e do grau de complexida-
A Figura abaixo mostra uma rede LAN com interliga-
de, o objetivo básico de uma rede é garantir que todos os
ção a uma rede wireless para os portáteis (notebooks). A
recursos disponíveis sejam compartilhados rapidamente,
rede tem dois servidores. O seu roteador (router) interliga
com segurança e de forma confiável. Para tanto, uma rede
a rede LAN propriamente dita (representada pelo micro-
de computadores deve possuir regras básicas e mecanis-
computador e multifuncional – impressora, scanner e fax)
mos capazes de garantir o transporte seguro das informa-
com a internet e com o ponto de acesso (que permite o
ções entre os elementos constituintes.
acesso sem fio). A Figura exemplifica também uma rede
Protocolos: São regras de padronização de procedi-
WLAN, já que o acesso sem fio pode ser caracterizado
mentos de modo que haja uma comunicação eficaz entre
emissor e receptor. Por exemplo, ao conversar com uma como uma rede WLAN. Neste tipo de rede as taxas de
pessoa usando a língua inglesa, é necessário que a outra transmissão e as distâncias são menores e as taxas de erro,
pessoa compreenda a mesma língua. Assim, você estabe- maiores.
lece que seu protocolo de comunicação verbal seja a lín-
gua inglesa. Todos os computadores se comunicam entre
si através de protocolos.
Uma rede de computadores vai muito além de uma
simples conexão de cabos e placas. Há necessidade de uma
série de protocolos para regular a comunicação entre to-
dos os níveis, desde o programa que está sendo utilizado
até o tipo de cabo instalado.
a) as redes surgiram para que os computadores trocas-
sem informações entre si. Liste alguns benefícios diretos
que os usuários tiveram com esta tecnologia.
b) No uso comercial, informe quais as vantagens que
as empresas tiram do uso de redes em seus ambientes de
trabalho.

Classificação das redes


As redes de computadores são classificadas de acordo
com a dimensão geográfica que ocupam e todas elas são No caso de redes domésticas, os exemplos mais típi-
concebidas de forma que possam se comunicar com outras cos são as redes ADSL, que normalmente possuem deno-
redes. Assim, as redes podem ser classificadas em: minações comerciais como VELOX e SPEED.
LAN (Local Area Network – Rede de Área Local),
MAN (Metropolitan Area Network – Rede de Área Me- b) MAN – rede metropolitana. Abrange uma região
tropolitana) e com dimensões bem maiores do que a das redes LAN,
WAN (Wide Area Network – Rede de Área Extensa). normalmente um campus de uma universidade, a instala-
Com o advento das novas tecnologias de redes wire- ção de uma fábrica e seus escritórios, ou até uma cidade
less (sem fio), novas classificações foram adotadas: inteira. Suas taxas de transmissão são inferiores e apresen-
WPAN (Wireless Personal Area Network – Rede sem Fio tam taxas de erros mais elevadas quando comparadas às
de Área Pessoal), redes LAN.

132
INFORMÁTICA

Na Figura abaixo podemos observar a interligação de A Figura abaixo apresenta de forma gráfica as dimen-
vários subsistemas locais por meio de uma rede MAN. TV sões geográficas abrangidas pela classificação adotada.
a cabo, redes locais (LAN) e sistemas públicos de telefonia As elipses estão uma dentro da outra, pois, normalmente,
são todos ligados por um enlace que pertence a uma rede uma rede MAN abrange várias LAN, assim como uma WAN
metropolitana. pode abranger várias MAN. Apesar de não aparecer escrito
A oferta de redes MAN é justificada pela necessidade no diagrama, estão subentendidas as tecnologias de rede
que as empresas têm de se comunicar com localidades dis- sem fio de cada classificação, WLAN, WMAN e WWAN.
tantes. São as operadoras de telefonia que normalmente Onde você colocaria as WPAN?
oferecem infraestrutura para este tipo de rede, cujo exem-
plo pode ser a comunicação entre matriz e filiais.
Algumas cidades do interior do Brasil apresentam este
tipo de ligação. Você também deve ter visto na TV que a
praia de Copacabana oferece acesso para conexão wireless
à internet. Esses exemplos tanto podem apresentar redes
com ligação via cabo de fibra óptica combinada com vários
pontos de acesso wireless (que é o que ocorre também
em várias redes LAN – aeroportos, por exemplo), quanto
acesso WiMAX. A Figura apresenta um exemplo de uma
rede metropolitana. A Tabela destaca as características de cada tipo dentro
da classificação adotada.

De acordo com a Tabela 1.1, as taxas de transmissão são


medidas em unidades como Mbps (1 Mbps = 1.000.000 de
bits por segundo) e Gbps (1 Gbps = 1.000.000.000 de bits
por segundo, ou 1.000 Mbps).
Não existe um número preciso que quantifique a taxa
de transmissão de uma rede nem suas dimensões, prin-
cipalmente as MANs e WANs. São apenas valores aproxi-
c) WAN – é o conceito de rede extensa. Este tipo de
mados. Além disso, a todo instante surge uma tecnologia
rede tem dimensões geográficas imensuráveis. Isto quer
nova tomando o lugar de outra obsoleta, melhorando as
dizer que ela pode interligar todos os continentes, países
taxas e aumentando as distâncias.
e regiões extensas utilizando enlaces mais extensos, como
a) Defina com suas próprias palavras o conceito de “úl-
satélites ou cabos (submarinos ou terrestres). Tem baixas
taxas de transmissão e altas taxas de erros. É normalmente tima milha”.
utilizada para interligar redes MAN ou WMAN. O principal Você tem, ou conhece, alguém que tenha um celular
exemplo desta rede é a internet, que interliga computado- ou câmera fotográfica que se conecte com computador ou
res do mundo inteiro. O conceito de WWAN surgiu devido TV, via cabo ou wireless? Discuta com um colega a tec-
à necessidade de interligar redes com enlaces sem fio a nologia envolvida nisto. Use necessariamente as palavras
grandes distâncias. As redes de celulares podem ser consi- protocolo e padronização.
deradas exemplos de WWAN. No Fórum, inicie uma discussão e pesquise na internet
as cidades que oferecem acesso gratuito wireless aos seus
d) WPAN – um novo conceito em redes sem fio são as habitantes. Procure indicar que tipos de rede elas são.
WPAN. Como indica o P da sigla, essas são as redes pes- Topologias de rede
soais. A tecnologia de comunicação das pessoas com os Quando falamos das classificações de redes, destaca-
equipamentos evoluiu de modo a exigir uma padroniza- mos principalmente sua extensão geográfica, não levando
ção e a criação de uma nova tecnologia. Essa padroniza- em conta a forma como elas se interconectam.
ção possibilita ao usuário adquirir dispositivos de marcas Os equipamentos ligados em rede, para trocar infor-
diferentes, que se comunicam entre si. A tecnologia mais mações entre si, necessitam que algum meio físico os co-
comum para WPAN é o Bluetooth, muito utilizada para tro- necte, um cabo de algum material ou o próprio ar, no caso
ca de arquivos entre dispositivos móveis, como celulares e de redes sem fio. Daí surge o conceito de topologia de
notebooks. Outro exemplo é o IR (InfraRed – Infraverme- rede, cuja classificação abrange, basicamente: barramento,
lho), que também pode ser considerado uma WPAN. em estrela e em anel.

133
INFORMÁTICA

a) Topologia em barramento – nesta topologia existe Nós


um cabo coaxia atravessando toda a extensão da rede e in- É um termo que designa qualquer equipamento que
terligando todos os computadores (ver exemplo na Figura esteja ligado diretamente a uma rede, seja ela LAN, MAN
abaixo). Foi largamente utilizada nas redes LAN. Permitia ou WAN. Um computador ou uma impressora podem ser
atingir taxas de 10 Mbps. Os modelos de rede LAN que te- um “nó” de uma rede LAN; um celular pode ser um “nó” de
mos hoje evoluíram a partir dessa tecnologia, na qual pre- uma rede WAN.
domina uma arquitetura de rede chamada Ethernet. Essa
topologia caiu em desuso e o motivo para que isso tenha
ocorrido veremos no decorrer do curso.

Figura 1.5: Topologia física em barramento

O exemplo da Figura acima é bastante simples, servin-


do apenas para demonstrar o conceito. Entretanto, pode-
mos observar todas as estações interconectadas por um
Observe, na Figura acima, que há no centro um apare-
barramento. Tecnicamente falando, existe uma série de
lho concentrador (hub ou switch) que interconecta todos
conectores específicos para interligar cada computador ao
os cabos que vêm dos computadores (nós). Ainda há uma
barramento.
saída de um cabo cujo destino ou origem não estão defini-
Do ponto de vista do desempenho, as redes com essa
dos na Figura; ele pode estar ligado a algum outro tipo de
topologia eram muito instáveis, pois qualquer defeito em
concentrador, como, por exemplo, um roteador que ofere-
algum conector ou em alguma parte do cabo fazia com
ce conexão com a internet ou outro switch, criando outra
que toda a rede parasse.
rede com mais computadores interligados.
b) Topologia em estrela – é a evolução da topologia c) Topologia em anel – esse modelo apresenta a liga-
em barramento e a mais utilizada atualmente para as re- ção de vários nós da rede em círculo, formando, como o
des locais. O nome estrela se deve ao fato de existir um próprio nome diz, um anel (ver Figura abaixo). Essas re-
concentrador na rede (ver Figura 1.6), onde se conectam des possuíam caminhos duplos para a comunicação entre
todos os cabos provenientes dos “nós” da rede. Esses as estações. Isso era um tanto complicado, tendo em vista
equipamentos concentradores são atualmente denomi- que as instalações requeriam várias conexões físicas que
nados hubs e switches. O cabeamento também evoluiu, poderiam facilmente apresentar problema. Da mesma for-
passando do coaxial ao par trançado. Quase todas as re- ma que a topologia em barramento deu lugar à em estrela,
des locais instaladas atualmente utilizam esta topologia a topologia em anel também cedeu seu lugar a novas ten-
devido às facilidades e taxas de transmissão que ela ofe- dências topológicas.
rece. Atualmente, com o cabeamento par trançado, esta
topologia pode atingir taxas de até 10 Gbps; entretanto,
para projetos de redes maiores, é desejável o uso de fibras
ópticas devido a sua confiabilidade.

Cabo coaxial
Um tipo de cabo grosso e rígido (o mesmo que usa-
mos na maioria de nossas TVs a cabo). São formados por
um núcleo de cobre e por uma malha de metal que o en-
volve para absorver as interferências externas. Foram usa-
dos nas primeiras redes locais. Pela sua natureza (grosso,
pesado e pouco maleável) não são mais usados em redes
locais.

134
INFORMÁTICA

Esta rede possui uma característica interessante, que é tes. Entretanto, as mensagens vão e vêm de uma forma
a recuperação de falhas, pois a comunicação entre os nós completamente transparente para o usuário. Neste caso
da rede pode ser feita no sentido horário ou anti-horário. dos e-mails, o protocolo utilizado é o SMTP (Simple Mail
Isso se deve a uma configuração automática realizada na Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de Correio
instalação. Essas redes se tornaram, entretanto, inviáveis Simples).
devido à dificuldade de inserção de novos nós na rede, à A Figura abaixo demonstra o uso desses protocolos
quantidade de falhas e ao seu custo. Atualmente, as to- por dois usuários navegando na internet (usando HTTP) e
pologias estão fundidas, formando o que chamamos de por outro remetendo um e-mail: nesse caso o e-mail fica
topologias mistas, com grande predominância da em es- armazenado em um servidor até que o destinatário o leia
trela. Observe como exemplo a Figura abaixo. e jogue no lixo. A internet está representada pelo globo
terrestre.

Na Figura acima há uma mistura de topologia em anel


(ligação central) com em estrela (nas extremidades). Como
há uma ligação dupla entre os dois concentradores, a ten-
dência é utilizar apenas uma via para transmissão entre
as redes, deixando a outra como reserva. Isso é possível
graças à evolução dos equipamentos, que permitem que
as redes funcionem mesmo em condições de falhas, tor-
nando mais eficiente a organização, que não precisa parar
para que seja feita a manutenção. Tais equipamentos são
utilizados mais por empresas do que por usuários domés-
ticos, pois os custos de aquisição e manutenção desses
aparelhos são mais elevados.
Esses dois protocolos são apenas exemplos de vários
Modelo de referência OSI outros que são utilizados nas redes, cuja comunicação foi
Para que a interconexão de sistemas de computado- dividida em camadas. Em cada camada existem vários pro-
res chegasse a acontecer com fabricantes diferentes, foi tocolos, cada qual com sua função. Por exemplo, os dois
necessário estabelecer uma padronização para as redes. protocolos citados, SMTP e HTTP, fazem parte da cama-
Surgiu então o modelo RM-OSI (Reference Model – Open da de aplicação. O nome é bem sugestivo, já que se trata
System Interconnection – Modelo de Referência – Inter- de uma aplicação (programa) que o usuário está usando,
conexão de Sistemas Abertos). Esse modelo baseia-se em como Internet Explorer, Outlook Express, Gmail, Hotmail,
uma proposta desenvolvida pela ISO (International Orga- Opera. Vamos ver a seguir esse modelo em camadas.
nization for Standardization – Organização Internacional
para Padronização). Camadas do modelo OSI
ISO é uma organização para definição de padrões de
Um exemplo simples de como as tecnologias funcio- arquiteturas abertas. O modelo de referência OSI foi cria-
nam agora pode ser visto na navegação na internet. Você, do pela ISO, sendo um modelo teórico que os fabricantes
como usuário pode utilizar navegadores (browsers) de devem seguir para que sistemas diferentes possam trocar
fabricantes diferentes, como o Internet Explorer, Mozilla informações. Foram adotadas sete camadas (Figura abai-
Firefox, Opera, Chrome ou outro de sua preferência. Ou xo): Aplicação, Apresentação, Sessão, Transporte, Rede,
ainda pode utilizá-los em sistemas operacionais diferen- Enlace de Dados e Física.
tes, como Windows ou Linux. Ainda assim, você consegue
navegar sem problemas. Isso se deve a uma padronização
do protocolo HTTP (Hypertex Transfer Protocol – Protoco-
lo de Transferência de Hipertexto).
Outro exemplo são os e-mails. Você pode utilizar um
serviço de e-mail disponibilizado pelo Hotmail e enviar
para um endereço de um amigo que usa o Gmail. São ser-
vidores diferentes que estão rodando programas diferen-

135
INFORMÁTICA

Os dados passam pelas camadas Assim, no momento em que você entra em um site,
uma sessão é aberta para você naquele servidor; depois
de navegar pelo site, você poderá encerrar essa sessão ci-
vilizadamente clicando em algum botão Sair, ou pode sim-
plesmente sair para outro site; neste caso o servidor en-
cerrará sua seção depois de ficar algum tempo sem uma
resposta sua.
Como explica Morimoto (2008), o modelo OSI é funda-
mental para o entendimento das teorias de funcionamento
da rede, mesmo que seja apenas um modelo teórico que
não precisa ser seguido à risca.

Camada 7 – Aplicação
Na camada Aplicação o programa solicita os arquivos
para o sistema operacional e não se preocupa como será
feita a entrega desses arquivos, pois isso fica a cargo das
camadas mais baixas. Por exemplo, quando você digita o
endereço http://www.google.com, você apenas recebe o
conteúdo da página (que é um arquivo), caso ela exista e
esteja disponível. Embora você tenha digitado o endereço
daquela forma, na verdade foi feita uma tradução para o
IP da página que você está acessando. Isso fica a cargo de
um serviço desta camada chamado DNS (Domain Name
System – Sistema de Resolução de Nomes).
Outros exemplos de serviços e protocolos desta cama-
da: o download de arquivos via FTP (File Transfer Protocol –
Protocolo de Transferência de Arquivos); o uso dos e-mails
através dos protocolos SMTP, POP3 (Post Office Protocol
As sete camadas do modelo OSI 3 – Protocolo de Correio versão 3) e IMAP (Internet Mes-
As camadas são numeradas de 1 a 7 (de baixo para sage Access Protocol – Protocolo de acesso a mensagens
cima). Assim, muitas vezes nas aulas e nos livros, citamos da internet).
apenas o número da camada: “A camada 3 fornece suporte Camada 6 – Apresentação
ao protocolo IP”. Fica subentendido que estamos falando Como o próprio nome sugere, trata-se de se apre-
da camada de rede. sentar os dados de forma inteligível ao protocolo que vai
ISO- International Organization for Standardization recebê-los. Podemos citar como exemplo a conversão do
(Organização Internacional para Padronização): fundada padrão de caracteres (afinal, existem diversos alfabetos) de
em 23 de fevereiro de 1947, aprova todas as normas in- páginas de código. Um exemplo prático seria a conversão
ternacionais nos campos técnicos, exceto eletricidade e de dados ASCII (American Standard Code for Information
eletrônica, que ficam a cargo da IEC (International Eletrote- Interchange – Código Padrão Americano para o Intercâm-
chnical Commission).  bio de Informação) em EBCDIC (Extended Binary Coded
O exame de cada camada e seus protocolos é bastante Decimal Interchange Code – Codificação Binária Estendida
extenso. Assim, vamos examinar a seguir cada camada, mas com Intercâmbio em Código Decimal), em que uma esta-
de forma introdutória. Se você precisar se aprofundar des- ção gera dados no formato ASCII e a estação interlocutora
de agora, pode obter mais informações em Tanembaum entende apenas EBCDIC. Nesse caso, a conversão é feita
(2003), conforme referências ao final deste caderno. aqui. Nesta camada 6 também há a compressão dos da-
IP (Internet Protocol)– é quase impossível falar de in- dos, como se fosse utilizado um compactador de arquivos,
ternet sem falar de IP. Cada site na internet é encontrado como ZIP ou RAR. Para mais informações sobre codifica-
por endereçamento IP, que funciona como se fosse o nú- ções ASCII e EBCDIC, consulte as referências bibliográficas.
mero do telefone do seu computador. Você não consegue
decorar os números IP de cada site; é mais fácil decorar o Camada 5 – Sessão
nome. Permite que dois programas em computadores dife-
Por exemplo: o site citado do rentes estabeleçam uma sessão de comunicação. O even-
Google, http://www.google.com, corresponde ao en- to da sessão tem algumas regras. As aplicações definem
dereço IP 64.233.161.99. como será feita a transmissão dos dados e colocam uma
Você pode entender o conceito de sessão como a du- espécie de marca no momento da transmissão. Quando
ração de uma ligação telefônica: a ligação tem um proces- acontecer uma falha, apenas os dados depois da marcação
so para ser iniciada, há uma troca de mensagens durante o serão transmitidos. Isso impede que grandes volumes de
tempo da ligação e depois há um processo de término (em dados sejam retransmitidos sem necessidade.
alguns casos um dos interlocutores simplesmente desliga).

136
INFORMÁTICA

Camada 4 –Transporte de 8 bits, que pode variar, portanto, de 0 a 255 (256 núme-
Também é um nome bem sugestivo para a função. Esta ros ou 28). A versão do protocolo IP mais usado atualmen-
camada é a responsável por transportar os dados prove- te é a IPv4. Entretanto, como a escassez é iminente, uma
nientes da camada de sessão. Como qualquer transporte nova versão (IPv6) de 128 bits já está padronizada para uso.
por caminhão, sua carga precisa estar devidamente em-
pacotada e endereçada com remetente e destinatário. A MAC
camada de transporte inicialmente faz isso. Da mesma for- É um endereço exclusivo da placa de rede. Os fabrican-
ma que os caminhões chegam ao seu destino e entregam tes adotam um processo de numeração para garantir que
suas caixas corretamente, a camada de transporte precisa não ocorram números MAC iguais em suas placas. Assim,
garantir a entrega dos pacotes. Ela o faz controlando o é garantido que numa rede não existam dois endereços
fluxo (colocando os pacotes em ordem de recebimento) e físicos iguais. O número contém 48 bits, normalmente es-
corrigindo os erros pelo envio de uma mensagem chama- crito em notação hexadecimal, por exemplo: 00-C0-95-E-
da ACK (Acknowledge – Reconhecimento). Um protoco- C-B7-93. Falaremos mais sobre MAC nas próximas aulas.
lo muito conhecido desta camada é o TCP (Transmission - em sinais elétricos, caso o meio físico seja o cabo de
Control Protocol – Protocolo de Controle de Transmissão). cobre;
- em sinais luminosos, caso o meio físico seja a fibra
Camada 3 – Rede óptica; ou
Esta camada é uma das mais conhecidas, pois nela - em frequência de rádio, caso seja uma rede sem fio.
são tratados os endereços de rede, conhecidos resumida-
mente como IP (Internet Protocol). Os endereços IP são Componentes de redes
números predefinidos atribuídos aos computadores que Muitos equipamentos precisam estar interligados para
compõem uma rede. Afinal, não adianta nada você querer que os usuários das redes usufruam todos os seus serviços
enviar uma encomenda para um amigo se você não sabe fornecidos. Você pode estar se perguntando: que serviços
qual o endereço dele correto. A camada de rede é res- são estes? Pode passar despercebido para você, mas todas
ponsável pelo endereçamento dos pacotes, adicionando
as redes de computadores fornecem algum tipo de serviço
endereços IP para que eles sigam sua rota até o destino.
ao usuário, como por exemplo uma impressão utilizando a
impressora do outro computador, um acesso a um arqui-
Camada 2 – Enlace
vo no disco de um PC vizinho ao seu, o acesso à internet,
Nesta camada, os pacotes que vêm da camada de
etc; tudo isso são serviços oferecidos pelas redes. Vejamos
rede com endereços IP já definidos são transformados
agora os componentes principais que fornecem a interação
em “quadros” ou “frames”. Os quadros acrescentam outra
entre os computadores.
forma de endereçamento chamada endereço MAC (Media
Access Control – Controle de Acesso ao Meio). Mas você
Cabeamento estruturado
poderia se perguntar: mas os endereços já não estavam
definidos na camada de rede, pelo IP? Acontece que o en- É um conceito que redefine a forma como os cabos de
dereço IP não é suficiente para identificar um computador dados são utilizados nas empresas e nas residências. Tem
específico dentro da internet hoje em dia. Em virtude do como objetivo manter a rede física organizada e padroni-
significado de cada bloco do IP, um pacote pode ser des- zada, com o uso de conectores e cabos com desempenho
tinado a qualquer lugar do mundo. Cada computador tem, satisfatório para o fim a que se aplica. Seu leiaute permite a
na sua placa de rede, um endereço MAC exclusivo, grava- instalação de equipamentos como servidores, computado-
do de fábrica. res e demais acessórios de rede com alto grau de organi-
zação e confiabilidade. Um exemplo de uso de cabeamento
Camada 1 – Física estruturado é apresentado na Figura abaixo.
Os dados provenientes da camada de enlace, com os
endereços já preestabelecidos, são transformados em si-
nais que serão transmitidos pelos meios físicos. Assim, a
camada física converte os quadros de bits 0 e 1:

ACK
É um pacote enviado ao transmissor para informá-lo
de que os pacotes foram recebidos com sucesso. Em caso
negativo, é enviado um NACK que, como o nome sugere,
é uma negação do ACK, dizendo que o pacote não foi en-
tregue corretamente ou não chegou.
IP É um número de 32 bits que define o endereço
de uma rede ou de um computador, escrito em quatro
blocos separados por ponto. Exemplos: 192.168.10.33 ou
200.176.155.147. Cada bloco corresponde a um número

137
INFORMÁTICA

Cabos derivadas de forças externas. As degradações naturais são


A integração de voz, imagem e dados é uma conse- aquelas impostas pelas próprias características do cabo,
quência da frequente necessidade de comunicação e inte- conhecidas por atenuação. Por exemplo, um cabo de par
ração. Para Pinheiro (2003, p. 2): trançado, que é composto de cobre, tem uma característi-
É cada vez maior a tendência de interligação entre as ca natural chamada resistência, que é a oposição oferecida
redes de computadores e os diversos sistemas de comuni- pelo metal ao fluxo de elétrons. As forças externas que
cação e automação existentes, como as redes de telefonia, podem interferir na transmissão em cabos metálicos são
os sistemas de segurança, os sistemas de administração motores elétricos ou campos eletromagnéticos próximos,
predial, etc. Essa fusão de tecnologias vai mudar a maneira ou até mesmo transmissões de rádio, já que os cabos me-
como os ambientes de trabalho são concebidos nas em- tálicos podem funcionar como uma antena.
presas e mesmo em nossas casas. A infraestrutura básica Esses aspectos físicos são levados em consideração na
para essas novas tecnologias são os Sistemas de Cabea- produção do cabo e interferem diretamente no projeto da
mento Estruturado (SCS – Structured Cabling Systems). rede. Assim, a utilização dos cabos deve ser feita obser-
Um dado interessante obtido em Pinheiro (2003) diz vando rigidamente as normas do fabricante.
que cerca de 70% dos problemas da rede estão associados
ao cabeamento que ela utiliza. Entretanto, na maioria das Atenuação
pequenas redes, ainda é predominante o uso do cabea- É um efeito que ocorre em qualquer transmissão de
mento não estruturado. dados, seja analógica ou digital. Quando um sinal passa
Um dos fatores que faz com que pequenas e médias por um cabo, a tendência é que ele perca força (potên-
empresas não utilizem o cabeamento estruturado é o cus- cia) à medida que vai trafegando. Assim, quanto maior o
to. A reestruturação do cabeamento torna o orçamento tamanho do cabo, maior a atenuação. Se as medidas dos
mais caro. Entretanto, ao analisar a composição dos custos cabos utilizados na rede não obedecerem ao padrão, os
totais do projeto, percebemos que o custo do cabeamento computadores podem não conseguir trocar dados entre si.
representa apenas cerca de 10% do total do orçamento da a) Examine o tipo de cabeamento da sala do curso.
rede (incluindo equipamentos e mão de obra). Esse per- Comente com um colega qual a mídia física utilizada; quais
centual não leva em conta ainda o custo do tempo que os tipos de conectores; se o cabeamento é estruturado ou
a rede ficará inoperante devido aos problemas causados
não; se o cabeamento passa próximo de campos gerado-
pelo cabeamento não estruturado.
res de ruídos eletromagnéticos.
Na Figura observamos uma área de trabalho conectada
b) Se você trabalha, faça as mesmas observações em
por cabos estruturados de rede, em que existem elementos
relação a alguma rede da sua empresa. Se não trabalha,
como: tomadas de rede, rack (que agrupa os equipamen-
observe esses aspectos dentro de uma lan house. Aliás,
tos), cabos de par trançado e cabos de backbone (que têm
por que este nome lan house?
função de transportar grandes volumes de informações da
rede).
3.2 Hardware de rede
O cabeamento muitas vezes é chamado de “mídia físi-
ca” ou “meio físico”. Os componentes que são utilizados no Assim como os computadores possuem hardware
cabeamento variam de acordo com a mídia utilizada. Por específico para funcionar (placas, processadores, memó-
exemplo, um cabo de fibra óptica utiliza conectores dife- rias...), as redes também necessitam de componentes es-
rentes dos cabos do tipo par trançado. pecíficos. Esses componentes, denominados hardware de
De acordo com as características da rede, uma mídia rede, são responsáveis por conectar equipamentos em sua
(cabo) diferente deve ser escolhida. Os fatores que mais in- rede local ou de longa distância. Os exemplos mais sim-
fluenciam na escolha do cabo são: o comprimento da rede ples são: a placa de rede do seu computador ou o chip
(em metros ou quilômetros), a quantidade de equipamen- bluetooth do seu celular.
tos, a facilidade e o local de instalação e as taxas de trans- A quantidade de equipamentos ofertados no mercado
missão que se pretende atingir. Para cada tipo de escolha é muito grande. Vamos nos ater aos principais tipos e ao
você pode utilizar um cabo diferente. E não se preocupe: seu funcionamento.
você pode fazer os trechos da rede com cabos diferentes
se comunicarem. Afinal, para isso servem os padrões, não Servidores e estações de trabalho
é mesmo? Na verdade, esses itens são apenas os computadores
Para cada tipo de cabeamento de rede existe um co- que formam a rede. Entretanto, como eles fornecem servi-
nector específico. Os conectores são o elo mais fraco de ços de comunicação, poderão ser catalogados aqui como
um sistema de cabeamento. Quando mal instalados, po- hardware de rede.
dem gerar ruídos elétricos, provocar interrupções inter- a) Servidores – são computadores destinados a
mitentes (funciona/não funciona) ou mesmo interromper prestar serviços aos outros (às estações de trabalho). Em
completamente a comunicação entre os computadores. tese qualquer PC pode ser um servidor de rede, mas nor-
A principal função dos cabos de fibra óptica ou de malmente são computadores mais potentes, com muita
cobre é transmitir dados entre os computadores com o capacidade de memória e de armazenamento (discos rígi-
mínimo de degradação possível. Entretanto, ambos os ti- dos maiores). Além disso, os servidores costumam ter al-
pos podem sofrer degradações naturais ou degradações gum nível de redundância. Por exemplo, um servidor pode

138
INFORMÁTICA

ter duas fontes de energia funcionando, de modo que, se A Figura acima mostra um modelo de interface de rede
uma delas queimar, a outra entra em funcionamento ime- que deve ser conectada num slot PCI. Esse tipo de instala-
diatamente. Outro exemplo de redundância ocorre com ção é menos comum, já que a maioria das placas-mãe já
os discos rígidos: é comum encontrar servidores com vá- possui uma interface de rede embutida. Entretanto, exis-
rios discos instalados funcionando paralelamente. Como tem casos em que há necessidade de se instalar uma nova
o servidor tem como função primordial fornecer serviços interface de rede, como, por exemplo, se ocorrer um defei-
para vários usuários, é necessário haver uma comunica- to na interface embutida ou se houver necessidade de mais
ção veloz entre ele e as estações de trabalho, que é onde de uma interface no computador.
normalmente os usuários trabalham. Assim, os servidores Os serviços fornecidos pelo servidor são na verdade
geralmente são também dotados de placas de rede de al- oferecidos pelo software do servidor. Esse software nor-
tas taxas de transmissão e desempenho, com o objetivo de malmente é um sistema operacional do tipo cliente servi-
evitar os chamados gargalos de rede. dor, como o Windows 2003 Server, por exemplo. O servidor
b) Estações de trabalho: são os computadores clientes é apenas uma máquina robusta dotada de equipamentos
da rede. Neles os usuários rodam seus programas e aces- especiais para garantir que os serviços fornecidos pelo sis-
sam os serviços fornecidos pelo servidor. São computado- tema sejam rápidos e confiáveis. Veremos mais detalhes
res mais simples, com pouca ou nenhuma redundância. sobre o assunto na seção 3.3, desta aula.
Possuem também menos memória e menos capacidade de Buffer
armazenamento. É uma memória de armazenamento temporário para
Em virtude dessa especialização dos computadores da compensar as taxas de transmissão dos circuitos que pre-
rede como clientes ou como servidores, é comum denomi- cisam enviar e receber dados. As interfaces de rede giga-
nar essas redes de cliente-servidor. Aprofundaremos isso bit para servidores tendem a ter mais buffer para garantir
adiante. que os dados que chegam sejam guardados enquanto a
interface estiver ocupada processando outras informações.
Placas de rede Atualmente, os buffers de armazenamento estão na ordem
As placas de rede podem ser chamadas de várias for- de 3 MB (3 Megabytes).
mas: interface de rede, cartão de rede, NIC (Network Inter- Como vimos anteriormente, as interfaces de rede pos-
face Card – cartão de interface de rede). Os livros trazem suem endereço único e exclusivo, denominado endereço
nomes diversos para esse componente; utilizaremos nor- MAC, e conexões específicas. Por exemplo: os computado-
malmente o termo “interface de rede”.
res do tipo estação de trabalho utilizam conectores RJ-45
As interfaces de rede são na verdade uma ponte de
(onde se conecta o cabo de rede).
conexão das redes com os computadores. Vamos entender
As interfaces utilizadas normalmente nas estações de
melhor essa colocação: quando você transfere um arqui-
trabalho funcionam a uma taxa de 10/100 Mbps (diz-se:
vo de imagem ou música do seu celular para o celular do
“10 barra 100 megabits por segundo”). Quando há com-
colega, o chip bluetooth é utilizado para estabelecer uma
putadores interligados por essa placa, elas trabalham na
conexão; dizemos então que esse chip faz uma ponte de
maior taxa disponível, 100 Mbps.
comunicação entre os celulares. Assim são os computa-
Com os servidores, as necessidades mudam bastante.
dores. Para eles estabelecerem comunicação, é necessário
haver uma interface de rede e um meio de comunicação. Como esses computadores são responsáveis por fornecer
Os meios de comunicação podem ser os cabos ou o ar (no serviços aos usuários da rede e atendem vários ao mesmo
caso de redes sem fio). tempo, é necessário que suas interfaces de rede sejam de
As interfaces de rede atualmente costumam ser inte- qualidade superior, para atender à demanda das estações
gradas à placa-mãe. Isso quer dizer que você não chega a de trabalho. Assim, detalhes como altas taxas de comuni-
ver a placa dentro do seu computador. Ela está integrada cação, barramento e buffer de armazenamento são imple-
com os milhares de componentes da placa-mãe, dentro do mentados com mais eficiência.
chipset. As taxas de comunicação de interfaces de rede para
servidores são normalmente na ordem de Gbps (gigabits
por segundo). É comum encontrar servidores com interfa-
ces de rede com taxas de 10/100/1000 Mbps (diz-se: “10
barra 100 barra 1000 megabits por segundo”). Dizemos
que suas interfaces trabalham a 1000 Mbps (= 1 Gbps).
O barramento das interfaces de rede para os servido-
res é atualmente do tipo PCI-e (PCI express). Como esse
barramento é conectado diretamente ao chipset ponte
norte, seu acesso é mais rápido do que as interfaces co-
nectadas ao barramento PCI comum, conectado ao chip-
set ponte sul.
a) Deseja-se montar uma rede que alcance taxas maio-
res do que 100 Mbps. Quais os elementos de rede envolvi-
dos para que se atinja tal taxa?

139
INFORMÁTICA

b) Os servidores são computadores com mais recursos Observe na Figura abaixo que a estação A gerou um
do que as estações de trabalho. A internet que você usa quadro e o hub repetidor o está reenviando para todas as
depende dos serviços que esse servidor fornece. Se sua in- outras estações conectadas em suas portas (de B até H). A
ternet cai devido a um problema no servidor, você tem um estação A não recebe o quadro, pois foi ela quem o gerou.
prejuízo de R$ 150,00/hora. Considerando 15 quedas men-
sais de 20 minutos cada:
1. Faça um cálculo e verifique seu prejuízo no fim de um
ano.
2. Imagine que aquele servidor precise operar 160 ho-
ras/mês. Faça um cálculo demonstrando a disponibilidade
desse servidor para o usuário, em porcentagem, consideran-
do os tempos de falha do item anterior.

Hubs Fonte: Torres (2001, p. 338)


Os hubs são equipamentos concentradores que têm por
função centralizar e distribuir os dados (quadros) que são Com relação à taxa de transmissão, os hubs repetido-
provenientes dos outros computadores interligados a ele. res mais antigos podiam trabalhar a 10 Mbps; os mais re-
Os hubs são equipamentos “repetidores”. Eles não dis- centes funcionam a 10/100 Mbps. Do ponto de vista técni-
tribuem o que recebem; apenas reenviam os quadros que co, os hubs já são obsoletos devido às suas funcionalidades
recebem para todas as suas portas. A ligação física dessa limitadas; por isso estão sendo substituídos pelos switches.
espécie de equipamento é do tipo em estrela (Figura abai-
xo). Ele trabalha na camada 1 do modelo OSI, já que tem Switches
função apenas de receber um quadro e repeti-lo para todos Os switches são equipamentos que surgiram para per-
os computadores a ele ligados. mitir a ligação de redes de forma mais rápida e eficien-
te (ver Figura abaixo). O nome adotado na época do seu
lançamento (por volta de 1995) era “Ponte” ou “Bridge”.
A ponte era um equipamento caro e dotado de poucas
portas. Enquanto um hub repetidor custava em torno de
600 reais, as pontes chegavam a custar entre 2.500 e 4.000
reais.

Na Figura acima existem duas redes interconectadas


por uma ponte; cada rede tem o seu sinal distribuído por
um hub. Como o próprio nome sugere, a ponte interliga
duas regiões. Pode, também, ligar mais de duas redes, de-
pendendo da quantidade de portas que possuir.
Quadro Com o passar dos anos e acompanhando a evolução
É a menor unidade de transmissão numa rede local. Os tecnológica dos computadores, os equipamentos de rede
dados provenientes da camada de aplicação são enviados foram dotados de algum tipo de processamento que exige
para baixo na camada de transporte, onde são transforma- memória (buffer) e processador. Seguindo a mesma ten-
dos em pacotes. A camada de rede envia esses pacotes para dência, os preços também foram derrubados, pois houve
a camada de enlace, que os transforma em quadros para, uma explosão do consumo desses equipamentos por parte
finalmente, transmiti-los pela interface de rede do compu- das empresas e das pessoas. Assim, as pontes passaram a
tador. ser fabricadas com muitas portas, as quais fazem a cone-
Os hubs repetidores funcionam retransmitindo quadros xão entre os computadores em vez de conectar redes. O
para todas as suas portas, menos para a estação que gerou nome comercial do equipamento passou a ser Switch,com
o quadro. Assim, dizemos que esta é uma rede de difusão. as mesmas funcionalidades das pontes, porém, com mais
Nesse tipo de rede, os quadros são repetidos para todas as portas, novas características como funcionamento em ful-
portas de forma difusa, de modo que todos recebam a mes- l-duplex e mantendo compatibilidade com as funções do
ma informação, porém, só o destinatário abre o quadro. hub.

140
INFORMÁTICA

O switch, dada sua capacidade de processamento, en- Uma situação em que o switch encaminha o quadro
via os quadros somente para a porta de destino, ao con- para todas as portas é quando ele não encontra na sua ta-
trário do hub, que envia os quadros para todas as portas. bela o endereço que recebeu para fazer a entrega. O swit-
Dessa forma, o canal fica desocupado para o restante das ch faz atualizações frequentes na sua tabela de endereços
estações, que podem fazer suas transmissões sem mais (geralmente a cada 2 segundos) e pode ser que alguma
problemas. estação tenha sido desligada ou mudada de porta. Assim,
temporariamente o switch não vai reconhecer esse novo
endereço. Portanto, durante esse tempo de atualização,
enviar o quadro para todas as portas garante que seu des-
tinatário vá recebê-lo. Essa técnica é denominada flooding
(inundação).
Basicamente, os switches podem funcionar de duas
formas:
a) Cut-through (sem interrupção) – nessa forma, o
Fonte: Torres (2001, p. 349) switch encaminha os quadros imediatamente após receber
os campos MAC destino e origem, sem fazer verificações.
Na Figura acima a “estação A” está enviando um qua- b) Store-and-forward (armazena e encaminha) – nes-
dro (representado pela linha mais grossa); o switch o enca- se método, o switch espera chegar todos os campos, faz
minha diretamente para a estação E. Assim, todas as outras verificações de erros e encaminha para a porta correta.
estações (B, C, D, E, G, H) podem transmitir sem se preocu- No modo cut-through há menos latência nas transmis-
par se o canal está ocupado ou não. Isto se chama conexão sões, já que os quadros são imediatamente transmitidos
multiponto. assim que são recebidos. Entretanto, isso pode exigir que
Mas você pode se perguntar: como o switch consegue alguns quadros sejam retransmitidos, caso cheguem de-
enviar para a porta correta onde está o computador que feituosos. Já no modo de store-and-forward a latência é
precisa receber aquele quadro? Os quadros são formados maior, pois todos os quadros são verificados antes de se-
por pequenas estruturas chamadas “campos”. Dois desses
rem transmitidos e isso leva certo tempo. Entretanto, há
campos estão relacionados aos endereços MAC das inter-
maior garantia da entrega do quadro sem erros.
faces de rede: MAC Destino e MAC Origem (Figura abai-
Os switches são encontrados no mercado com várias
xo). O switch consegue ler o MAC destino e encaminhar o
quantidades de portas e várias taxas de operação.
quadro corretamente. O campo “dados” é proveniente da
Os switches podem funcionar a taxas de transmissão
camada imediatamente superior e o PAD é uma espécie
equiparadas com a dos hubs, como, por exemplo, 10/100
de complemento, quando os dados recebidos não atingem
Mbps, obviamente com a grande vantagem de reduzir o
um tamanho mínimo especificado pelo padrão. O CRC é
um cálculo que confere o recebimento correto dos dados. tráfego da rede, como já vimos. Com a evolução da tec-
Não aprofundaremos o estudo dos campos aqui, mas você nologia, é comum encontrarmos switches trabalhando a
pode obter mais informações sobre este assunto em Spur- 10/100/1000 Mbps; são chamados switches gigabit. Um
geon (2000). padrão novo, denominado multigigabit (10 Gbps ou 10
GbE) está no mercado há algum tempo, evoluindo para
novas taxas, como 40 Gbps e 100 Gbps. É uma tecnologia
nova e está baseada em cabos de fibras ópticas.
Outro aspecto importante a decidir sobre esses equi-
pamentos é sua adequação ao tipo de rede. Existem vários
Outro conceito importante é que os switches funcio- fabricantes de switches no mercado e cada fabricante tem
nam na camada 2 (de enlace), pois têm inteligência sufi- seu produto destinado a um tipo de negócio. Por exemplo,
ciente para receber o quadro, recalcular o CRC, abri-lo, che- existem modelos destinados ao mercado SOHO (Small Of-
car seu endereço de destino e encaminhá-lo para a porta fice Home Office – Pequenos escritórios e escritórios do-
correta. Obviamente, pelo fato de transmitir o quadro pelo mésticos) com preços na faixa de R$ 50,00 a R$ 600,00. En-
cabo, o switch também funciona na camada 1. Os hubs, por tretanto, empresas que possuem redes com muitos com-
não possuírem essa inteligência, dizemos que funcionam putadores e outros equipamentos não devem usar esses
apenas na camada 1 (física), já que encaminham os qua- switches, pois apresentam muitos travamentos e defeitos.
dros que recebem para todas as portas. a) Pelo que você leu, existe algum momento em que
Os switches mantêm uma tabela interna com todos os o switch trabalha de forma “burra”, como o hub?
endereços MAC das interfaces de rede dos computadores b) Entre os métodos de trabalho cut-through e sto-
da rede. Essa tabela é consultada assim que o switch rece- re-and-forward, em qual deles o switch trabalha mais? Em
be um quadro. O que ele faz então é simples: qual deles o switch é mais eficiente (entrega um maior nú-
a) abre o quadro; mero de pacotes corretos em menos tempo)? Justifique a
b) lê o campo “MAC Destino”; resposta.
c) verifica na sua tabela a qual de suas portas está c) Ainda com relação aos métodos cut-through e
associado aquele endereço; store-and-forward, qual deles gera um maior tráfego na
d) faz o devido encaminhamento. rede? Justifique a resposta.

141
INFORMÁTICA

Roteadores

Seguindo a ordem de funcionamento nas camadas,


vimos que os hubs funcionam na camada 1 e os switches
funcionam nas camadas 1 e 2. Vamos ver agora os rotea-
dores, que funcionam na camada 3.

Na Figura acima você pode observar um roteador li-


gado a uma “nuvem”. Esta simbologia vem sendo muito
utilizada e, na maioria das vezes, significa a internet, na Ainda na Figura acima, você pode observar a existência
qual existem milhares de roteadores (uma “nuvem” de de quatro redes locais interconectadas por roteadores. Na
equipamentos). camada de enlace, cada computador de cada rede possui
A grande diferença entre uma ponte (switch) e um ro- seu endereço MAC, válido dentro de sua própria rede. Na
camada de rede, cada estação tem um endereço IP, defini-
teador é que o endereçamento que o switch utiliza é da
do para que ela possa se comunicar com outras redes.
camada de enlace: o endereço MAC das interfaces de rede.
O roteador, por funcionar na camada de rede, utiliza outro
Endereço IP
sistema de endereçamento, que é o endereço IP. Você já
É definido em classes, como A, B, C, D e E. Cada classe
deve ter visto a sigla TCP/IP: ela indica o uso de dois pro-
possui uma faixa de endereçamento e é destinada a algum
tocolos operando em camadas diferentes. TCP opera na
tipo de rede, como uma rede local particular, redes mili-
camada de transporte e IP, na camada de rede.
tares, redes governamentais ou a internet. Obtenha mais
Nas redes locais também é utilizado o endereço IP
informações sobre este assunto em TORRES, Gabriel. Redes
para identificar os computadores que pertencem a essa de computadores: curso completo. Axcel Books, 2001. Na
rede (ver Figura abaixo). Por exemplo, podemos dizer que internet, busque mais informações em http://www. hard-
um computador possui o endereço IP 192.168.1.150; isso ware.com.br/livros/ redes/hubs-switches-bridgesroteado-
é apenas um exemplo, pois os endereços IP costumam va- res.html
riar dentro de uma determinada faixa para aquela rede. Vamos a um exemplo básico do funcionamento do
Entretanto, para se conectar com redes WAN (e a in- roteador, voltando à Figura anterior. Imagine que um dos
ternet é seu melhor exemplo), é necessário que o seu com- computadores da REDE 1 tenha o endereço IP 192.168.31.5
putador receba outro endereço IP. Este endereço precisa e um dos computadores da REDE 2 tenha o endereço IP
ser conhecido pelo roteador da sua rede e é fornecido 172.15.20.8. Será necessário fazer o roteamento, pois as
pelo provedor do serviço de comunicação com a internet duas redes em questão possuem endereços de rede dife-
(a empresa de telefonia – VELOX, SPEED –, a fornecedora rentes e obviamente estão separadas por um roteador.
da TV a cabo ou da internet a rádio). Enfim, alguém precisa Para que a comunicação do exemplo possa ser estabe-
fornecer esse endereço IP internet válido e o seu roteador lecida, o roteador A é capaz de seguir duas rotas:
precisa estar pronto para aceitá-lo e interconectar com sua 1. transmitir diretamente para o roteador D ou;
rede para que as pessoas tenham acesso à internet através 2. passar pelos roteadores B e C para chegar ao ro-
daquele número. teador D.
A decisão por qual caminho o pacote deve trafegar é
baseada em dois protocolos:
a) Protocolo RIP (Routing Information Protocol –
Protocolo de Informação de Roteamento): usa mecanismo
baseado na distância entre os roteadores. Essa distância é
medida em hops (saltos). Assim, no exemplo da Figura 3.9,
os pacotes de A para chegar a D, passando por B e C, ti-
veram dois saltos. E para chegar a D sem passar por B e C,
o salto é zero. Na transmissão de pacotes, o protocolo RIP
usa a rota cuja quantidade de saltos é menor.

142
INFORMÁTICA

b) Protocolo OSPF (Open Shortest Path First – Pro- nologicamente falando; podem existir redes ponto a ponto
tocolo Aberto Baseado no Estado do Link). Sua tradução é com centenas de computadores. Os seus problemas são
confusa (a tradução literal é: primeiro caminho mais curto a organização e segurança, pois fica tudo mais difícil de
aberto), pois pode indicar que ele usa o mesmo mecanismo controlar, já que não existe a figura de um servidor que
do RIP. Na verdade este protocolo se preocupa com a qua- controle o acesso aos recursos da rede. Um ponto positivo
lidade da comunicação entre os roteadores. Por exemplo, é sua facilidade de instalação e de configuração, que não
na Figura anterior, para os pacotes da REDE 1 chegarem à exigem suporte técnico muito especializado.
REDE 3 há dois caminhos (pelo roteador B ou pelo roteador 2. Redes cliente-servidor – os sistemas operacionais
D). Neste protocolo, a escolha do caminho é baseada no nessas redes são SOR Cliente ou SOR Servidor. Os com-
congestionamento ou funcionamento dos roteadores B e putadores clientes possuem sistemas operacionais do tipo
D. A rota que estiver com tráfego mais rápido será usada cliente, os mesmos usados nas redes ponto a ponto; eles
como intermediária para a passagem dos pacotes. requisitam os serviços ou recursos da rede, como arqui-
a) Faça um quadro-resumo do hardware de rede es- vos, impressoras e internet, aos servidores. Os servidores
tudado com pelo menos as seguintes informações: nome, rodam um SOR Servidor, como, por exemplo, o Windows
finalidade, taxa de transmissão, local onde você encontrou 2003 Server, Windows 2008 Server ou distribuições Linux
o equipamento. para servidores. Esses servidores permanecem todo o tem-
b) Peça ao seu tutor para mostrar como você pode po rodando serviços e atendendo às solicitações dos clien-
ver o IP de sua máquina. tes. Um exemplo de serviço é a autenticação dos usuários
c) Pelo que você entendeu, dois computadores po- que querem entrar na rede: toda vez que o usuário sentar
dem ter o mesmo endereço MAC? E o mesmo endereço IP? na frente do seu terminal para usar a rede, é necessário
Aborde as duas questões, considerando: que ele se identifique com um nome de usuário e senha;
• os dois computadores na mesma rede; assim, a rede se torna mais segura, pois podem ser ras-
• os dois computadores em redes diferentes. treados os momentos e a estação na qual o usuário se
Software de rede autenticou. Essas redes são mais complexas e mais caras,
Os softwares de rede podem existir em diferentes ní- pois necessitam de um software servidor e pessoal técnico
veis de aplicação. Por exemplo, o próprio comunicador qualificado para instalar e manter os serviços oferecidos
instantâneo (como MSN ou MIRC) é um tipo de software pelo servidor.
para funcionar em rede. Entre esses softwares, basicamente
podemos destacar:
a) Sistemas Operacionais de Rede (SOR).
b) Aplicativos para redes, como antivírus, MSN, etc.
c) Software de segurança e acesso de redes.
Obviamente essa classificação é um tanto simplista se
considerarmos a gama de produtos de software para redes
que existem. Vamos abordar apenas os Sistemas Operacio-
nais de Redes.
Os SORs são produtos de software que têm duas fun-
ções. A primeira é funcionar como um sistema operacional
comum, fazendo o controle dos recursos do computador
servidor, como o acesso a disco rígido ou memória. A se-
gunda função é fazer o controle do uso das redes que es- Transferência de Arquivos
tão instaladas; por exemplo, o SOR pode controlar se você, FTP - Protocolo de Transferência de Arquivos FTP
como usuário da rede, pode ou não ter acesso a um arqui- (abreviação para File Transfer Protocol - Protocolo de
vo no disco rígido do servidor. Transferência de Arquivos) é uma das mais antigas formas
Os SORs são classificados como ponto a ponto e clien- de interação na Internet. Com ele, você pode enviar e re-
te-servidor. ceber arquivos para, ou de computadores que se caracte-
1. Redes ponto a ponto – nessas redes, os sistemas rizam como servidores remotos.
operacionais instalados em todos os computadores são Voltaremos aqui ao conceito de arquivo texto (ASCII
do tipo cliente. Não é definido um computador específico - código 7 bits) e arquivos não texto (Binários - código
para controle dos recursos da rede, como uma impressora, 8 bits). Há uma diferença interessante entre enviar uma
por exemplo. Os SORs mais comuns para essas redes são mensagem de correio eletrônico e realizar transferência
atualmente o Windows XP Professional Edition, Windows de um arquivo. A mensagem é sempre transferida como
Vista Ultimate Edition, Windows Seven e distribuições do uma informação textual, enquanto a transferência de um
Linux como Kurumim, SUSE, Mandriva e Ubuntu. Esses SOs, arquivo pode ser caracterizada como textual (ASCII) ou
configurados corretamente, permitem aos computadores não-textual (binário).
trocar dados através de redes cabeadas ou sem fio. São O que é um servidor remoto? Servidores remotos são
indicados para redes locais onde existam no máximo 20 computadores que dedicam parcial ou integralmente a
computadores. Esse número não é um fator limitante, tec- sua memória aos programas que chamamos de servidores.

143
INFORMÁTICA

Pelo fato destes computadores não serem o seu compu- Nesta nova filosofia de trabalho, o conceito de mirror
tador local - aquele que está em seu trabalho, seu quarto pode ser muito bem aplicado. Imagine que cada computa-
ou em um laboratório de sua universidade, é que os chama- dor da empresa precise dos clientes instalados, por exem-
mos de remoto, indicando que estão em algum outro ponto plo, browsers, e-mail, etc. Seria interessante que ao invés
remoto da Rede. de cada funcionário acessar a Internet para buscá-los, fosse
Quem até hoje em sua vida só viu micros PCs Windows criado um local no servidor da rede local, no qual todos os
ou Macs, não deve esqueçer que a Rede Mãe é uma grande softwares mais utilizados fossem espelhados. Com certeza
coleção de computadores de todos os tipos. Cada qual com a economia de tempo seria significativa.
suas particularidades e, portanto, com características dife-
rentes. Logo, um servidor remoto pode ser qualquer tipo de FTP anônimo versus FTP com autenticação
computador, basta que nele exista um programa que o ca- Existem dois tipos de conexão FTP. A primeira, e mais
racterize como servidor de alguma coisa, por exemplo, FTP. utilizada, é a conexão anônima, na qual não é preciso pos-
O que é um servidor de FTP? É um computador que suir um user name ou password (senha) no servidor de FTP,
roda um programa que chamamos de servidor de FTP e, bastando apenas identificar-se como anonymous (anôni-
portanto, é capaz de se comunicar com outro computador mo).
na Rede que o esteja acessando através de um cliente FTP. Neste caso, o que acontece é que, em geral, a árvore
de diretório que se enxerga é uma sub-árvore da árvore do
Mas afinal de contas: o que é um servidor? E um cliente? sistema. Isto é muito importante, porque garante um nível
Como tudo na Internet gira em torna do que chama- de segurança adequado, evitando que estranhos tenham
mos de arquitetura cliente-servidor, quando você instala acesso a todas as informações da empresa. Quando se es-
um programa que seja alguma aplicação para Internet, você tabelece uma conexão de “FTP anônimo”, o que acontece
obrigatoriamente estará instalando uma aplicação cliente em geral é que a conexão é posicionada no diretório raiz
ou uma aplicação servidor. da árvore de diretórios. Dentre os mais comuns estão: pub,
Chamamos de cliente porque a aplicação se comunica etc, outgoing e incoming.
O segundo tipo de conexão envolve uma autentica-
através de solicitações de serviço. Por outro lado, podemos
ção, e portanto, é indispensável que o usuário possua um
entender uma aplicação servidora como quem atenderá a
user name e uma password que sejam reconhecidas pelo
estas solicitações e prestará o serviço adequado. Por exem-
sistema, quer dizer, ter uma conta nesse servidor. Neste
plo: quando você instala o browser Mozilla Firefox em seu
caso, ao estabelecer uma conexão, o posicionamento é no
computador, você está instalando o lado cliente da arquite-
diretório criado para a conta do usuário - diretório home,
tura. Completando esta arquitetura, existe, em algum outro
e dali ele poderá percorrer toda a árvore do sistema, mas
ponto da Rede, um computador que tem instalada e execu-
só escrever e ler arquivos nos quais ele possua permissão.
tando a parte servidora.
Alguns sites interessantes para FTP anônimo
Deste modo, ao se conectar à Internet, você pode es- ftp://ftp.sausage.com: arquivos sobre o editor HTML
perar que a parte servidora esteja sempre disponível e se HotDog
encontre em um endereço bem conhecido. Caso contrário, ftp://ftp.microsoft.com: arquivos sobre software, docu-
a parte cliente não saberá encontrar o servidor. mentação e outros
Mirrors, por que eles existem? A cada dia a Internet ga- ftp://ftp.shareware.com: arquivos variados sobre soft-
nha uma dimensão tão grande, que muitas vezes é interes- ware shareware
sante replicar as informações em diversos computadores ao ftp://ftp.qualcomm.com: arquivos sobre Eudora, e ou-
redor do mundo de modo que a performance do acesso tros software produzidos pela Qualcomm
a estas informações seja melhorada pela proximidade de ftp://ftp.uwp.edu: arquivos sobre games
um mirror (espelho), que é um computador que espelha o ftp://ftp.cica.indiana.edu: arquivos diversos sobre siste-
conteúdo de um outro. mas operacionais e software em geral
Um bom exemplo é o site http://www.tucows.com a
quantidade de acessos a esse site é tão grande que eles
espalharam “espelhos” por todo mundo. Mas o que se ga-
nha com isto? Velocidade ao realizar uma transferência de
arquivos, pois você tem a oportunidade de sempre optar
por um site mais próximo de você.

Intranet, um mirror em potencial


Uma palavra muito comum hoje em dia é Intranet. Você
inclusive já teve a oportunidade de conhecer um pouco
mais sobre isso em nossa edição número 2. Resumidamen-
te, podemos entendê-la como a migração da tecnologia In-
ternet para dentro de uma empresa. Neste caso, podemos
imaginar que os funcionários desta empresa serão, certa-
mente, usuários freqüentes de FTP.

144
INFORMÁTICA

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES e leveza ao tocar na tela de seu tablet, dispensando total-


mente o uso das inconvenientes canelas stykus. Possui saí-
01. (POLÍCIA FEDERAL - PAPILOSCOPIS- da mini HDMI, para curtir seus vídeos favoritos da internet
TA DA POLÍCIA FEDERAL – CESPE/2012) - Acer- ou de seu computador, na sua televisão ou projetor, com
ca de conceitos de hardware, julgue o item seguinte. entrada HDMI. Além de acompanhar um lindo case com
Diferentemente dos computadores pessoais ou PCs teclado para utilização de tablet comparada com a de um
tradicionais, que são operados por meio de teclado e notebook com grande performance.
mouse, os tablets, computadores pessoais portáteis, - Modelo: PHASER KINNO.
dispõem de recurso touch-screen. Outra diferença entre - Capacidade: 4GB. Expansível para 32GB via Micro SD.
esses dois tipos de computadores diz respeito ao fato - Memória: 512MB.
de o tablet possuir firmwares, em vez de processadores, - Tela:7 Polegadas capacitiva, sensível ao toque.
como o PC. - Câmera:frontal 2 megapixels.
( ) Certo - Conectividade: Wi-Fi - LAN 802.11b/g/n.
( ) Errado - Processador:Allwinner A10 de 1.0~1.2 Ghz.
- Sistema Operacional:Android 2.3.4.
Firmwares não são hardwares, e sim códigos de pro-
gramação existentes no próprio hardware, inclusos em
chips de memória (ROM, PROM, EPROM, EEPROM, flash)
durante sua fabricação. Sua natureza, na maioria das vezes,
é não volátil, ou seja, não perde seus dados durante a au-
sência de energia elétrica, mas quando presentes em tipos
de memória como PROM ou EPROM, podem ser atualiza-
dos.
Por esse motivo, os firmwares não substituem proces-
sadores inteiros.
A seguir, veja alguns modelos de tablets e observe a
presença do processador em sua configuração:

Tablet Multilaser Diamond NB005 8GB Android 2.3


Tela 7 Polegadas
Wi-Fi HDMI
Informações técnicas
Marca: Multilaser
Capacidade :8 Gb. Memória expansível até 32 GB por
cartão micro SD.
Processador: Boxchip 1.5 GHz.
Sistema Operacional: Android. 2.3.
TV e vídeo: Somente vídeo: Vídeos suportados - MKV
(H.264HP), AVI, RM/BMVB, FLV eMPEG-1/2.
Tamanho da tela: 7 “. LCD Multi toque.
Tablet Softronic PHASER KINNO 4GB Android 2.3.4
Resolução: 800 x 480.
Tela 7 Polegadas
Wi-Fi:Sim.
Características do Produto Resolução: 1.3 megapixels e filmadora digital.
Tablet 4GB - Softronic Localização
APRESENTAÇÃO DO PRODUTO: Com o novo Phaser- Sensores: Sensor de gravidade: gira a tela conforme a
kinno Plus, você possui muito mais interatividade e rapidez posição do tablet.
na palma de suas mãos, graças ao seu poderoso processa-
dor A10 de 1.2 Ghz, ele consegue ser totalmente multi-ta- Áudio Formatos suportados:
refas para você que se desdobra em dez durante o seu dia MP3, WMA, WAV, APE, AC3, FLAC e AAC.
a dia, podendo ler um livro, escutar suas músicas e conti- Duração aproximada da bateria:
nuar acompanhando sua vida em redes sociais e sincroni- - 06 horas reproduzindo vídeo ou wi-fi ligado;
zando e-mails. Tudo isso sem se preocupar com a lentidão - 48 horas em standby.
do sistema. Para você que precisa estar conectado a todo Alimentação do Tablet:
o momento, o PhaserKinno Plus ainda oferece suporte a Bateria recarregável.
modem externo. Ele conta com uma tela touchscreen capa-
citiva de 7 polegadas que permite uma maior sensibilidade RESPOSTA: “ERRADO”.

145
INFORMÁTICA

02. (UFFS - TÉCNICO DE LABORATÓRIO ÁREA IN- O tipo de memória que o pendrive utiliza - memó-
FORMÁTICA – FEPESE/2012)- São componentes de har- ria flash - é do tipo EEPROM (Electrically-ErasablePro-
dware de um micro-computador: grammableRead-OnlyMemory), uma memória não vo-
a. ( ) Disco rígido, patch-panel, BIOS, firmware, mouse. látil, ou seja, não depende da permanência de energia
b. ( ) RJ-11, processador, memória RAM, placa de elétrica para manter os dados,de leitura e gravação. Os
rede, pen-drive. chips de memória flash ocupam pouco espaço físico, mas
c. ( ) Memória ROM, placa de vídeo, BIOS, processa- grande poder de armazenamento.
dor, placa mãe.
d. ( ) Memória RAM, Memória ROM, Disco rígido, Veja imagens de pendrives:
processador, placa e rede.
e. ( ) Memória RAM, BIOS, Disco rígido, processador,
placa de rede.

Já vimos a respeito de Memória RAM, Memória ROM,


Disco Rígido e Processador.
Placa de rede é um hardware especificamente projetado
para possibilitar a comunicação entre computadores.

Tipos de pendrive

RESPOSTA: “D”.

Placa de rede
04. (ANE - ANALISTA EDUCACIONAL – NÍVEL I –
RESPOSTA: “D”. GRAU A – INSPETOR ESCOLAR – FCC/2012) - Marco Au-
rélio estava digitando um documento na sala dos pro-
03. (TRE - ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012) - Em fessores da escola ABCD quando uma queda de energia
relação a hardware e software, é correto afirmar: fez com que o computador que usava desligasse.
a) Para que um software aplicativo esteja pronto para Após o retorno da energia elétrica, Marco Aurélio
execução no computador, ele deve estar carregado na ligou o computador e percebeu que havia perdido o
memória flash. documento digitado, pois não o havia gravado. Como
b) O fator determinante de diferenciação entre um tinha conhecimentos gerais sobre informática, concluiu
processador sem memória cache e outro com esse recurso que perdera o documento porque, enquanto estava di-
reside na velocidade de acesso à memória RAM. gitando, ele estava armazenado em um dispositivo de
c) Processar e controlar as instruções executadas no hardware que perde seu conteúdo quando o computa-
computador é tarefa típica da unidade de aritmética e lógica. dor desliga. O nome desse dispositivo é
d) O pendrive é um dispositivo de armazenamento a) memória RAM.
removível, dotado de memória flash e conector USB, que b) HD.
pode ser conectado em vários equipamentos eletrônicos. c) memória ROM.
e) Dispositivos de alta velocidade, tais como discos d) pen drive.
rígidos e placas de vídeo, conectam-se diretamente ao
processador. RAM – Randon AcessMemory, ou Memória de Acesso
O pendrive, por ser um dispositivo portátil, de grande po- Randômico, é um hardware considerado como memória
der de armazenamento e conector USB (Universal Serial Bus) primária, volátil. Ela mantém os dados armazenados en-
que permite sua rápida aceitação em vários dispositivos de quanto estes estão à disposição das solicitações do proces-
hardware, popularizou-se rapidamente. Hoje, encontramos sador, mantendo-os através de pulsos elétricos. As infor-
pendrives de vários GBs, como 2, 4, 8, 16 e até 512GB. mações mantidas nesse tipo de memória são informações
A tecnologia USB está sendo largamente utilizada para que estão em uso em um programa em execução, como no
padronizar entradas e conectores, possibilitando um mesmo caso de textos que estão sendo digitados e não foram sal-
tipo de conector para diversos tipos de equipamentos como vos no disco rígido ainda. Como as informações são man-
mouses, teclados, impressoras e outros. Por esse motivo, os tidas por pulsos elétricos, caso haja falta de energia, seja
equipamentos atuais possuem uma grande quantidade de pelo desligamento do computador, seja por uma queda
conectores USB. Além disso, a tecnologia usada por esses co- brusca que cause o desligamento inesperado do equipa-
nectores é a Plugand Play, onde basta conectar o disposi- mento, os dados presentes nesse tipo de memória serão
tivo para que o sistema o reconheça precisando de poucos perdidos.
ou quase nenhum caminho de configuração para poder
utilizá-lo.

146
INFORMÁTICA

Veja a seguir imagens ilustrativas da memória RAM. (D)O estabilizador é um equipamento eletrônico exter-
no ao gabinete do computador, onde os demais cabos de
energia da máquina são ligados. Geralmente, o estabiliza-
dor é ligado diretamente na rede elétrica e tem a função de
estabilizar a tensão desta para evitar danos ao equipamen-
to devido às variações e picos de tensão.
(E)BIT é a sigla para BinaryDigit, ou Dígito Binário, que
pode ser representado apenas pelo 0 ou pelo 1 (verdadeiro
ou falso) que representam a menor unidade de informação
transmitida na computação ou informática.

RESPOSTA: “C”.

06. (TCE/SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINAN-


CEIRA – FCC/2012) - O processador do computador (ou
CPU) é uma das partes principais do hardware do com-
Tipos de memória RAM putador e é responsável pelos cálculos, execução de ta-
refas e processamento de dados. Sobre processadores,
RESPOSTA: “A”. considere:
I. Contém um conjunto restrito de células de me-
05. (TCE/SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINAN- mória chamados registradores que podem ser lidos e
CEIRA – FCC/2012) - Sobre os computadores é correto escritos muito mais rapidamente que em outros dispo-
afirmar: sitivos de memória.
a) O BIOS é um software armazenado em um chip II. Em relação a sua arquitetura, se destacam os mo-
de memória RAM fixado na placa mãe. Tem a função de delos RISC (ReducedInstruction Set Computer) e CISC
armazenar o Sistema Operacional. (ComplexInstruction Set Computer).
b) A fonte de alimentação transforma a tensão elé- III. Possuem um clock interno de sincronização que
trica que entra no computador, de 240 V para 110 V, define a velocidade com que o processamento ocorre.
pois os componentes internos suportam apenas a ten- Essa velocidade é medida em Hertz.
são de 110 V. Está correto o que se afirma em
b) Barramentos são circuitos integrados que fazem
a transmissão física de dados de um dispositivo a outro. a) III, apenas.
d) Quando o sistema de fornecimento de energia b) I e II, apenas.
falha, um estabilizador comum tem como principal ob- c) II e III, apenas.
jetivo manter o abastecimento por meio de sua bateria d) II, apenas.
até que a energia volte ou o computador seja desligado. e) I, II e III.
e) Um bit representa um sinal elétrico de exatos 5
V que é interpretado pelos componentes de hardware O processador é um chip que executa instruções inter-
do computador. nas do computador (em geral, operações matemáticas e
lógicas, leitura e gravação de informações). Todas as ações
(A)BIOS é a sigla do termo Basic Input/Output System, estão presentes na memória do computador e requisitadas
ou Sistema Básico de Entrada/Saída. É um software grava- pelo sistema. A velocidade do processador é medida em
do na memória não volátil ou memória ROM, que é a sigla ciclos denominados clocks e sua unidade é expressa atra-
para ReadOnlyMemory, ou Memória de Somente Leitura, vés de Hz.
que não altera ou perde os dados com o desligamento ou Os registradores são unidades de memória que repre-
ausência de energia do computador. Esse software não ar- sentam o meio mais caro e rápido de armazenamento de
mazena o Sistema Operacional. É o primeiro software que dados. Por isso são usados em pequenas quantidades nos
é executado quando ligamos o computador. processadores.
(B)A fonte de alimentação do computador é um equi- Quanto às arquiteturas RISC e CISC, podemos nos valer
pamento eletrônico, fixada ao gabinete e ligada aos conec- das palavras de Nicholas Carter, em seu livro Arquitetura
tores da placa mãe e alguns drives. Fornece energia aos de Computadores, editora Bookman:
demais componentes da máquina. Ela transforma a cor- ... RISC são arquiteturas de carga-armazenamento, en-
rente elétrica alternada (que tem o sentido variável com quanto que a maior parte das arquiteturas CISC permite que
o tempo) em uma corrente constante ao longo do tempo. outras operações também façam referência à memória.
(C)Os barramentos são como vias de tráfego presentes Podemos citar também o autor Rogério Amigo De Oli-
na placa mãe, por onde sinais elétricos (representando da- veira, que em seu livro Informática – Teoria e Questões de
dos) podem percorrer toda sua extensão se comunicando Concursos com Gabarito, editora Campus, fala a respeito do
com todos os dispositivos. clock, da seguinte maneira:

147
INFORMÁTICA

Em um computador, a velocidade do clock se refere ao Dizemos que um computador está travado quando sua
número de pulsos por segundo gerados por um oscilador tela fica estática, impossibilitando abertura, fechamento ou
(dispositivo eletrônico que gera sinais), que determina o execução de qualquer tarefa no computador. Um travamen-
tempo necessário para o processador executar uma instru- to aleatório é aquele que não ocorre sempre em um mes-
ção. Assim para avaliar a performance de um processador, mo programa ou em determinado momento do trabalho do
medimos a quantidade de pulsos gerados em 1 segundo e, computador.
para tanto, utilizamos uma unidade de medida de frequên- I – O processador é a peça do computador responsável
cia, o Hertz. pela execução lógica e aritmética das tarefas e operações de
busca, leitura e gravação de dados do computador. A entrada
RESPOSTA: “E”. e saída contínua de informações transformadas em lingua-
gem de máquina e os registradores presentes no processador
07. (TCE/SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINAN- são todos mantidos por pulsos elétricos e o aquecimento é
CEIRA – FCC/2012) - O armazenamento de informações resultado da aceleração dos processadores. Processadores
em computadores é feito pela utilização de dispositivos mais velozes tendem a ser mais aquecidos. Por esse motivo
chamados de memória, que as mantêm de forma volátil os processadores são utilizados sob pastas térmicas e coolers,
ou permanente. Entre esses dispositivos, está a memó- que são apropriados para cada tipo de processador. O aque-
ria RAM ou memória cimento do processador pode causar travamentos e inclusive
a) magnética. o desligamento inesperado da máquina.
b) secundária. II- A memória RAM é o hardware responsável pelo ar-
c) cache. mazenamento temporário das informações que serão usadas
d) principal. pelo computador. Essas informações também são mantidas
e) de armazenamento em massa. por pulsos elétricos, o que faz com que se percam caso haja a
interrupção no fornecimento de energia.Vários erros no siste-
A memória RAM, sigla de Random Access Memory, ou ma são causados por defeitos na memória RAM como a “tela
memória de acesso randômico, é um dispositivo eletrôni- azul”, a reinicialização inesperada do sistema e travamentos
co de armazenamento temporário de dados que permite a aleatórios. Um dos motivos desses travamentos ocorre quan-
leitura e escrita, ou seja, as informações ocupam lugar nes- do o computador tenta gravar momentaneamente uma infor-
sa memória enquanto aguardam serem usadas pelo pro- mação na RAM e não recebe permissão para essa tarefa devi-
cessador. Os dados da memória RAM são representados do a um defeito no local de locação da memória, ou quando
por pulsos elétricos e são descartados assim que o forne- a informação não consegue ser lida pelo processador.
cimento de energia elétrica é interrompido, seja pelo des- III – Todo o wfuncionamento do computador é impulsionado
ligamento do computador, ou por uma queda de energia. pela eletricidade. Picos ou ausências dela causam defeitos em har-
Por esse motivo, essas memórias também são chamadas dware, problemas no funcionamento correto dos procedimentos
de memórias voláteis. Devido a sua importância para o fun- computacionais e podem ocasionar os travamentos aleatórios.
cionamento do computador, a memória RAM é considera- RESPOSTA: “C”.
da um tipo de memória principal. Existem ainda outros ti-
pos de memórias que são consideradas desse grupo, como
09. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM
a memória ROM, sigla de ReadOnlyMemory, ou memória
MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) -
de somente leitura, onde os dados são geralmente grava-
São vários os fatores que causam a não detecção do HD
dos na fábrica e não são perdidos em caso de ausência de
pelo Setup. Assim sendo, todas as alternativas abaixo são
energia. Por esse motivo, a memória ROM é considerada
memória não volátil. responsáveis por esse defeito, EXCETO:
a) HD com defeito físico
RESPOSTA: “D”. b) Defeito na placamãe
c) Defeito no cabo de alimentação do HD
08. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM d) Defeito no cabo de dados do HD
MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012)- e) HD sem formatação
Com relação aos fatores que podem levar ao travamen-
to aleatório em um computador: HD é a sigla para Hard Disk e representa o hardware res-
I. Aquecimento excessivo do processador; ponsável pelo armazenamento das informações de dados sal-
II. Defeito na memória RAM; vos pelo usuário, de programas instalados e até informações
III. Inconstância na rede elétrica; presentes em memória virtual para posterior uso em proces-
IV. Bateria da placamãe descarregada. samentos de informação.
O HD é ligado por um cabo flat ao conector IDE da placa
Dentre os fatores listados anteriormente, estão cor- mãe. Além dessa conexão, há também a conexão do cabo da
retos fonte de alimentação de energia.
a) apenas I, III e IV. Se conectarmos um HD não formatado e ligarmos o
b) apenas II, III e IV. computador, a mensagem de detecção ocorrerá normal-
c) apenas I, II e III. mente, mas aparecerá outra mensagem que indica que não
d) apenas I e II. há sistema operacional instalado.
e) apenas III e IV.
RESPOSTA: “E”.

148
INFORMÁTICA

ANOTAÇÕES

__________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

149
INFORMÁTICA

ANOTAÇÕES

__________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________

150
ÉTICA

1. Conceitos: ética, moral, valores, virtudes e liberdades........................................................................................................................ 01


2. Código de Ética e Conduta da Administração Pública do Estado do Ceará, instituído pelo Decreto Nº 31.198, de
30/04/2013, publicado no DOE de 02/05/2013........................................................................................................................................... 02
ÉTICA

As instituições sociais e políticas têm uma história. É


1. CONCEITOS: ÉTICA, MORAL, VALORES, impossível não reconhecer o seu desenvolvimento e o seu
VIRTUDES E LIBERDADES. progresso em muitos aspectos, pelo menos do ponto de
vista formal.
A escravidão era legal no Brasil até 120 anos atrás.
As mulheres brasileiras conquistaram o direito de vo-
tar apenas há 60 anos e os analfabetos apenas há alguns
No contexto filosófico, ética e moral possuem dife- anos. Chamamos isso de ampliação da cidadania (MAR-
rentes significados. A ética está associada ao estudo fun- TINS, 2008).
damentado dos valores morais que orientam o compor- Existem direitos formais (civis, políticos e sociais) que
tamento humano em sociedade, enquanto a moral são os nem sempre se realizam como direitos reais. A cidadania
costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por nem sempre é uma realidade efetiva e nem sempre é para
cada sociedade. todos. A efetivação da cidadania e a consciência coletiva
Os termos possuem origem etimológica distinta. A dessa condição são indicadores do desenvolvimento mo-
palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo ral e ético de uma sociedade.
de ser” ou “caráter”. Já a palavra “moral” tem origem no Para a ética, não basta que exista um elenco de princí-
termo latino “morales” que significa “relativo aos costu- pios fundamentais e direitos definidos nas Constituições.
mes”. O desafio ético para uma nação é o de universalizar os
Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da direitos reais, permitido a todos cidadania plena, cotidia-
investigação do comportamento humano ao tentar ex- na e ativa.
plicar as regras morais de forma racional, fundamentada, É preciso fundar a responsabilidade individual numa
científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral. ética construída e instituída tendo em mira o bem co-
Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano mum, visando à formação do sujeito ético. Desse modo,
e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras será possível a síntese entre ética e cidadania, na qual
orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os possa prevalecer muito mais uma ética de princípios do
seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou que uma ética do dever. A responsabilidade individual
errado, bom ou mau. deverá ser portadora de princípios e não de interesses
No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é particulares.
muito semelhante. São ambas responsáveis por construir
as bases que vão guiar a conduta do homem, determi- Componentes Éticos e Cidadania
A tendência da maioria é pensar que o funcionamen-
nando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar
to da cidadania depende dos outros: prefeitos, vereado-
a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.
res, deputados, enfim, do governo. Uma pessoa exemplar
comporta-se como se tudo dependesse do seu procedi-
Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado
mento pessoal e não do próximo.
aos assuntos morais. A palavra ética é derivada do grego,
Por outro lado, é preciso admitir que nenhum país é
e significa aquilo que pertence ao caráter.
subdesenvolvido por acaso, devido a uma série de coinci-
Num sentido menos filosófico e mais prático pode-
dências nefastas que acabaram prejudicando a nação ao
mos compreender um pouco melhor esse conceito exa-
longo do tempo, sem culpa de ninguém. A miséria é fruto
minando certas condutas do nosso dia a dia, quando nos da omissão e do descaso sistemáticos, da cobiça e da ga-
referimos por exemplo, ao comportamento de alguns nância de alguns, durante séculos.
profissionais tais como um médico, jornalista, advogado, A recuperação do tempo perdido exige uma mudança
empresário, um político e até mesmo um professor. Para radical, a partir da consideração dos seguintes itens:
estes casos, é bastante comum ouvir expressões como:
ética médica, ética jornalística, ética empresarial e ética Impostos
pública. O primeiro dever do cidadão responsável é colaborar
A ética pode ser confundida com lei, embora que, financeiramente no custeio das despesas comuns, como
com certa frequência a lei tenha como base princípios éti- por exemplo: pagar o Imposto Territorial Urbano, a Segu-
cos. Porém, diferente da lei, nenhum indivíduo pode ser ridade Social e todos os tributos embutidos em serviços e
compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos a cum- alimentos. Pedir a nota fiscal ao efetuar qualquer compra.
prir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela Infelizmente, nem sempre os governantes se compor-
desobediência a estas; mas a lei pode ser omissa quanto a tam de modo isento na hora de estabelecer a carga tri-
questões abrangidas pela ética. butária ou o emprego dos recursos arrecadados. Alguns
A ética abrange uma vasta área, podendo ser aplicada tributos, criados com determinado fim, mudam de des-
à vertente profissional. Existem códigos de ética profissio- tinação ao longo dos anos; outros, temporários na sua
nal, que indicam como um indivíduo deve se comportar implantação, eternizam-se inexplicavelmente; certos im-
no âmbito da sua profissão. A ética e a cidadania são dois postos incidem sobre outros, punindo desnecessariamen-
dos conceitos que constituem a base de uma sociedade te a população. Por tudo isso, um cidadão responsável:
próspera. mantém-se sempre vigilante; fiscaliza o poder executivo

1
ÉTICA

diretamente ou por intermédio do seu representante na O homem esclarecido prefere o transporte público,
Câmara, Assembleia ou Congresso; nega o voto aos polí- só se senta ao volante sóbrio, partilha sua condução com
ticos ineficientes ou corruptos, nas eleições. amigos, conhecidos ou colegas de trabalho.

Solidariedade Segurança
As organizações empregam grande parte dos tributos No mundo em que vivemos, ninguém está livre de as-
recolhidos para minimizar problemas sociais, os quais, por saltos. Pedestres, usuários de transportes coletivos e pro-
sua vez, não são tão graves quanto os dos povos subde- prietários de veículos correm perigos semelhantes. Os la-
senvolvidos. Em países emergentes, como o Brasil, o Es- drões são, via de regra, inteligentes e preguiçosos. Alguns
tado deve atender a tantas necessidades e os problemas escolhem suas vítimas pacientemente após um período
são tão numerosos que sempre ficam enormes lacunas de observação. Alguns são mais rápidos e agem intuitiva-
por preencher. Cabe aos cidadãos esclarecidos desdo- mente. Mulheres e pessoas idosas correm mais riscos. A
brar-se para ajudar os marginalizados do sistema. Além pessoa circunspecta (que denota seriedade) toma distân-
dos tributos obrigatórios, tais organizações - como ONGs, cia de pessoas envolvidas com drogas, veste-se de modo
hospitais, instituições civis e religiosas, orfanatos, escolas discreto, evita lugares isolados, estacionamentos vazios
especiais, creches, movimentos ou associações de pes- ou terrenos baldios. Antes de estacionar ou parar, dá uma
soas portadoras de deficiência - tentam diversas fórmulas olhada em volta do carro.
para canalizar ajuda.
Elas não só ajudam, mas fiscalizam as despesas, con- Saúde Pública
trolam contas e decidem, na medida do possível, sobre O zelo pela saúde individual tem sua dimensão social,
aplicações de recursos arrecadados. pois, cada vez que um cidadão adoece, a sociedade como
um todo fica prejudicada.
Meio Ambiente O cidadão ético evita que a água se acumule em qual-
Encontramos enormes problemas em nossa socieda- quer tipo de recipiente, para combater doenças parasi-
tárias, dá passagem imediata a veículos de emergência
de que devem ser resolvidos, porém o homem nunca vi-
(ambulância, polícia, bombeiros), dentre outras atitudes.
veu tanto, nem teve tanta saúde como agora.
Serviços Públicos
O principal problema do meio ambiente é que a po-
Delegacias, hospitais, escolas públicas e telefones
pulação da Terra aumenta, mas os recursos naturais con-
sofrem terríveis desgastes nas mãos da população. Pare-
tinuam os mesmos, com a ressalva de que, cada vez, pro-
des, objetos e móveis são arranhados, riscados, pichados,
duzimos mais alimentos. Em contrapartida, também con-
quando não arrancados do seu devido lugar, como é o
sumimos mais, gerando enormes quantidades de detritos
caso do telefone público.
que se voltam contra nós.
Um cidadão que se preza usa com cuidado os bens
Como seres humanos responsáveis, é necessário di- comuns; colabora com as escolas públicas; ao sair com
fundir o hábito de poupar água, energia, reciclar o lixo, o animal de estimação para passear, limpa os detritos e
usar fontes alternativas de energia e controlar a natali- excrementos deixados por este no percorrer do passeio.
dade. Texto adaptado de: http://ftp.comprasnet.se.gov.
br/sead/licitacoes/Pregoes2011/PE091/Anexos/ser-
Transportes vi%E7o_publico_modulo_I/Apostila%20Etica%20no%20
O automóvel, por seu avanço tecnológico, impul- Servi%E7o%20P%FAblico/Etica%20e%20Cidadania%20
sionou o desenvolvimento da indústria automobilística no%20Setor%20P%FAblico.pdf
e outros setores ligados direta ou indiretamente a ela.
As grandes cidades renderam-se aos carros, gerando o
transporte individual e, com isso, reformaram-se as ruas,
criaram-se avenidas, tudo em função da sua circulação 2. CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA DA
com maior rapidez. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO ESTADO
O pedestre foi esquecido e também o ciclista. O trans- DO CEARÁ, INSTITUÍDO PELO DECRETO Nº
porte público passou a um segundo plano. Resultado: o 31.198, DE 30/04/2013, PUBLICADO NO DOE
mundo ficou refém do automóvel. DE 02/05/2013.
Em um engarrafamento qualquer, os motoristas per-
cebem que estão parados, a maioria deles a sós, espre-
midos entre quatro latas, querendo ir todos ao mesmo
lugar, mas sem sucesso. Além de inviabilizar ou complicar DECRETO Nº 31.198, DE 30 DE ABRIL DE 2013
os deslocamentos, o trânsito rodado enerva as pessoas, INSTITUI O CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA DA AD-
produz inúmeros acidentes, polui o ambiente e empo- MINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTADUAL, E DÁ OUTRAS
brece muitos usuários, que perdem grandes somas de di- PROVIDÊNCIAS.
nheiro cada vez que decidem trocar de carro - tudo isso
em nome do prestígio, da privacidade e de um ilusório O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ, no uso da
conforto individual. atribuição que lhe confere o art.

2
ÉTICA

88, inciso IV, da Constituição Estadual, CONSIDE- VIII – cortesia – manifestar bons tratos a outros;
RANDO o Decreto nº 29.887, de 31 de agosto de 2009, IX – transparência – dar a conhecer a atuação de for-
que institui o Sistema de Ética e Transparência do Poder ma acessível ao cidadão;
Executivo Estadual e dá outras providências, e CONSI- X – eficiência – exercer atividades da melhor maneira
DERANDO a necessidade de regulamentar as regras de possível, zelando pelo patrimônio público;
conduta dos agentes públicos civis no âmbito da Admi- XI – presteza e tempestividade – realizar atividades
nistração Pública Estadual, DECRETA: com agilidade;
XII – Compromisso – comprometer-se com a missão
TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES e com os resultados organizacionais.
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS E VALORES FUNDAMENTAIS DA Art. 3º É vedado às pessoas abrangidas por este
CONDUTA ÉTICA Código auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial
ou financeira, salvo nesse último caso a contraprestação
Art. 1º Fica instituído o Código de Ética e Conduta da mensal, em razão do exercício de cargo, mandato, função,
Administração Publica Estadual, na forma disposta neste emprego ou atividade nos Órgãos e Entidades do Poder
Decreto, cujas normas aplicam-se aos agentes públicos Executivo Estadual, devendo eventuais ocorrências serem
civis e às seguintes autoridades da Administração Pública apuradas e punidas nos termos da legislação disciplinar,
Estadual: se também configurar ilícito administrativo.
I - Secretários de Estado, Secretários Adjuntos,
Secretários Executivos e quaisquer ocupantes de cargos Art. 4º Considera-se conduta ética a reflexão acer-
equiparados a esses, segundo a legislação vigente; ca da ação humana e de seus valores universais, não se
II - Superintendente da Polícia Civil, Delegado Supe- confundindo com as normas disciplinares impostas pelo
rintendente Adjunto da Polícia Civil, Perito Geral do Esta- ordenamento jurídico.
do, Perito Geral Adjunto do Estado e quaisquer ocupantes
TÍTULO II
de cargos equiparados a esses, segundo a legislação vi-
DA CONDUTA ÉTICA DAS AUTORIDADES ADMINIS-
gente;
TRAÇÃO ESTADUAL CAPÍTULO I
III - Dirigentes de Autarquias, inclusive as especiais,
DAS NORMAS ÉTICAS FUNDAMENTAIS
fundações mantidas pelo Poder
Público, empresas públicas e sociedades de economia
Art. 5º As normas fundamentais de conduta ética das
mista.
Autoridades da Administração
Parágrafo Único. Está também sujeito ao Código de
Estadual visam, especialmente, às seguintes finalida-
Ética e Conduta da Administração Pública Estadual todo
des:
aquele que exerça atividade, ainda que transitoriamente
I – possibilitar à sociedade aferir a lisura do processo
e sem remuneração, por nomeação, designação, con- decisório governamental;
tratação ou qualquer outra forma de investidura ou II – contribuir para o aperfeiçoamento dos pa-
vínculo em órgão ou entidade da Administração Pública drões éticos da Administração Pública
Direta e Indireta do Estado. Estadual, a partir do exemplo dado pelas autoridades
de nível hierárquico superior;
Art. 2º A conduta ética dos agentes públicos subme- III – preservar a imagem e a reputação do administra-
tidos a este Decreto reger-se-á, especialmente, pelos se- dor público cuja conduta esteja de acordo com as normas
guintes princípios: éticas estabelecidas neste Código;
I – boa-fé - agir em conformidade com o direito, com IV – estabelecer regras básicas sobre conflitos de
lealdade, ciente de conduta correta; interesses públicos e privados e limitações às atividades
II – honestidade – agir com franqueza, realizando profissionais posteriores ao exercício de cargo público;
suas atividades sem uso de mentiras ou fraudes; V – reduzir a possibilidade de conflito entre o interes-
III – fidelidade ao interesse público – realizar ações se privado e o dever funcional das autoridades públicas
com o intuito de promover o bem público, em respeito da Administração Pública Estadual;
ao cidadão; VI – criar mecanismo de consulta destinado a possibi-
IV – impessoalidade – atuar com senso de justiça, sem litar o prévio e pronto esclarecimento de dúvidas quanto
perseguição ou proteção de pessoas, grupos ou setores; à conduta ética do administrador.
V – moralidade – evidenciar perante o público retidão
e compostura, em respeito aos costumes sociais; Art. 6º No exercício de suas funções, as pessoas
VI – dignidade e decoro no exercício de suas funções abrangidas por este código deverão pautar-se pelos pa-
– manifestar decência em suas ações, preservando a hon- drões da ética, sobretudo no que diz respeito à inte-
ra e o direito de todos; gridade, à moralidade, à clareza de posições e ao decoro,
VII – lealdade às instituições – defender interesse da com vistas a motivar o respeito e a confiança do público
instituição a qual se vincula; em geral.

3
ÉTICA

Parágrafo único. Os padrões éticos de que trata este CAPÍTULO III


artigo são exigidos no exercício e na relação entre suas DO RELACIONAMENTO ENTRE AS
atividades públicas e privadas, de modo a prevenir even- AUTORIDADES PÚBLICAS
tuais conflitos de interesses.
Art. 13. Eventuais divergências, oriundas do exercício
CAPÍTULO II do cargo, entre as autoridades públicas referidas no Art.
DOS CONFLITOS 1º, devem ser resolvidas na área administrativa, não
DE INTERESSES lhes cabendo manifestar-se publicamente sobre matéria
que não seja afeta a sua área de competência.
Art. 7º Configura conflito de interesse e conduta aé-
tica o investimento em bens cujo valor ou cotação pos- Art. 14. É vedado à autoridade pública, referida no
sa ser afetado por decisão ou política governamental a Art. 1º, opinar publicamente a respeito:
respeito da qual a autoridade pública tenha informações I - da honorabilidade e do desempenho funcional de
privilegiadas, em razão do cargo ou função. outra autoridade pública; e
II - do mérito de questão que lhe será submetida,
para decisão individual ou em órgão e entidade colegia-
Art. 8º Configura conflito de interesse e conduta aé-
dos, sem prejuízo do disposto no Art. 13.
tica aceitar custeio de despesas por particulares de for-
ma a permitir configuração de situação que venha
TÍTULO III
influenciar nas decisões administrativas.
DA CONDUTA ÉTICA DOS AGENTES
PÚBLICOS CAPÍTULO I
Art. 9º No relacionamento com outros Órgãos e En- DOS DIREITOS E GARANTIAS DO
tidades da Administração Pública, a autoridade pública AGENTE PÚBLICO
deverá esclarecer a existência de eventual conflito de in-
teresses, bem como comunicar qualquer circunstância ou Art. 15. Como resultantes da conduta ética que deve
fato impeditivo de sua participação em decisão coletiva imperar no ambiente de trabalho e em suas relações in-
ou em órgão e entidade colegiados. terpessoais, são direitos do agente público:
I - liberdade de manifestação, observado o respeito
Art. 10. As propostas de trabalho ou de negócio fu- à imagem da instituição e dos demais agentes públicos;
turo no setor privado, bem como qualquer negociação II - manifestação sobre fatos que possam prejudicar
que envolva conflito de interesses, deverão ser ime- seu desempenho ou sua reputação;
diatamente informadas pela autoridade pública à III - representação contra atos ilegais ou imorais;
Comissão de Ética Pública - CEP, independente- IV - sigilo da informação de ordem não funcional;
mente da sua aceitação ou rejeição. V - atuação em defesa de interesse ou direito legíti-
mo;
Art. 11. As autoridades regidas por este Código de VI - ter ciência do teor da acusação e vista dos autos,
Ética, ao assumir cargo, emprego ou função pública, de- quando estiver sendo apurada eventual conduta aética.
verão firmar termo de compromisso de que, ao deixar o
cargo, nos 6 meses seguintes, não poderão: Art. 16. Ao autor de representação ou denúncia, que
I - atuar em benefício ou em nome de pessoa física tenha se identificado quando do seu oferecimento, é as-
ou jurídica, inclusive sindicato ou associação de classe, em segurado o direito de obter cópia da decisão da Comissão
processo ou negócio do qual tenha participado, em razão de Ética e, às suas expensas, cópia dos autos, resguarda-
do cargo, nos seis meses anteriores ao término do exercí- dos os documentos sob sigilo legal, e manter preservada
em sigilo a sua identidade durante e após a tramitação
cio de função pública;
do processo.
II - prestar consultoria a pessoa física ou jurídica, in-
clusive sindicato ou associação de classe, valendo-se de
CAPÍTULO II
informações não divulgadas publicamente a respeito de
DOS DEVERES E DAS VEDAÇÕES AO
programas ou políticas do Órgão ou da Entidade da Ad-
AGENTE PÚBLICO Seção I
ministração Pública Estadual a que esteve vinculado ou Dos Deveres Éticos Fundamentais do
com que tenha tido relacionamento direto e relevante. Agente Público

Art. 12. A autoridade pública, ou aquele que tenha Art. 17. São deveres éticos do agente público:
sido, poderá consultar previamente a CEP a respeito de I – agir com lealdade e boa-fé;
ato específico ou situação concreta, nos termos do Art. II – ser justo e honesto no desempenho de suas fun-
7º, Inciso I, do Decreto nº 29.887, de 31 de agosto de ções e em suas relações com demais agentes públicos,
2009, que instituiu o Sistema de Ética e Transparência superiores hierárquicos e com os usuários do serviço pú-
do Poder Executivo Estadual. blico;

4
ÉTICA

III – atender prontamente às questões que lhe forem II - censura ética, aplicável às autoridades e agentes
encaminhadas; públicos que já tiverem deixado o cargo.
IV – aperfeiçoar o processo de comunicação e o con- Parágrafo Único. As sanções éticas previstas nes-
tato com o público; te artigo serão aplicadas pela Comissão de Ética Pública
V – praticar a cortesia e a urbanidade nas relações do - CEP e pelas Comissões Setoriais de Ética Publica - CSEPs,
serviço público e respeitar a capacidade e as limitações que poderão formalizar Termo de Ajustamento de Con-
individuais dos usuários do serviço público, sem qualquer duta, para os casos não previstos no Estatuto dos servi-
espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, orien- dores públicos civis, encaminhar sugestão de exoneração
tação sexual, nacionalidade, cor, idade, religião, prefe- do cargo em comissão à autoridade hierarquicamente
rência política, posição social e quaisquer outras for-
superior ou rescindir contrato, quando aplicável.
mas de discriminação;
VI – respeitar a hierarquia administrativa;
Art. 20. Os preceitos relacionados neste Código não
VII – Não ceder às pressões que visem a obter
quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas; substituem os deveres, proibições e sanções constantes
VIII – comunicar imediatamente a seus superiores dos Estatutos dos Funcionários Públicos Civis do Estado
todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse pú- do Ceará.
blico.
Art. 21. As infrações às normas deste Código,
Seção II quando cometidas por terceirizados, poderão acarretar
Das Vedações ao Agente Público na substituição destes pela empresa prestadora de servi-
ços.
Art. 18. É vedado ao Agente Público:
I – utilizar-se de cargo, emprego ou função, de TÍTULO V
facilidades, amizades, posição e influências, para obter DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
qualquer favorecimento, para si ou para outrem em qual-
quer órgão público; Art. 22. Os códigos de ética profissional existentes
II – imputar a outrem fato desabonador da moral e da em Órgãos e Entidades específicos mantêm a vigência no
ética que sabe não ser verdade; que não conflitem com o presente Decreto.
III – ser conivente com erro ou infração a este
Código de Ética e Conduta da
Art. 23. A Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado
Administração Estadual;
do Ceará deverá divulgar as normas contidas neste de-
IV – usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o
creto, de modo a que tenham amplo conhecimento no
exercício regular de direito por qualquer pessoa;
V – permitir que interesses de ordem pessoal interfi- ambiente de trabalho de todos os Órgãos e Entidades Es-
ram no trato com o público ou com colegas; taduais.
VI – Faltar com a verdade com qualquer pessoa que
necessite do atendimento em serviços públicos; Art. 24. Este Decreto entra em vigor na data de sua
VII – dar o seu concurso a qualquer instituição que publicação.
atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da
pessoa humana; Art. 25. Revogam-se as disposições em contrário.
VIII – exercer atividade profissional antiética ou ligar
o seu nome a empreendimentos que atentem contra a PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO ESTA-
moral pública. DO DO CEARÁ, aos 30 dias do mês
de abril de 2013.
TÍTULO IV
DAS SANÇÕES ÉTICAS Exercícios

Art. 19. A violação das normas estipuladas neste Có- 01) No que se refere a ética e conduta pública, julgue
digo acarretará as seguintes sanções éticas, sem prejuízo os itens a seguir.
das demais sanções administrativas, civis e criminais apli-
cadas pelo poder competente em procedimento próprio,
A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedi-
observado o disposto no Art. 26 do Decreto Estadual nº
cados ao serviço público caracterizam o esforço pela dis-
29.887, de 31 de agosto de 2009:
I - advertência ética, aplicável às autoridades e agen- ciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos di-
tes públicos no exercício do cargo, que deverá ser consi- reta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da
derada quando da progressão ou promoção desses, caso mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente
o infrator ocupe cargo em quadro de carreira no serviço ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou
público estadual; má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipa-

5
ÉTICA

mento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os ho-


mens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu
ANOTAÇÕES
tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.
C. Certo
E. Errado ___________________________________________________

Resposta: Certo ___________________________________________________

___________________________________________________
02) Julgue os itens a seguir, que versam sobre ética e
cidadania. Vive orientada pela ética a pessoa que pauta ___________________________________________________
sua vida na busca de auxiliar as pessoas que a cercam de
modo que tanto ela quanto essas pessoas vivam da me- ___________________________________________________
lhor maneira possível.
C. Certo ___________________________________________________
E. Errado
___________________________________________________
Resposta: Certo ___________________________________________________
03) Ética pública é o processo de geração de pautas ___________________________________________________
de condutas, no intuito de desenvolver uma melhor con-
vivência social e maior autonomia e liberdade de atuação ___________________________________________________
das pessoas. Nesse sentido, a ética pública é classificada
como ___________________________________________________
A. individual, pois enfatiza os direitos individuais. ___________________________________________________
B. valorativa, pois se baseia na valorização das regras
culturais de conduta humana. ___________________________________________________
C. profissional, pois se refere a determinada área es-
pecífica do conhecimento. ___________________________________________________
D. política, pois enfatiza a conduta de grupos ideoló-
___________________________________________________
gicos representativos.
E. coletiva, pois abrange organizações, instituições, ___________________________________________________
grupos sociais e cidadãos.
___________________________________________________
Resposta: E
___________________________________________________
04) A escolha entre ter uma conduta ética ou uma
___________________________________________________
conduta corrupta é o resultado de um processo complexo
de tomada de decisões, no qual influem múltiplas variá- ___________________________________________________
veis. Entre essas variáveis, é possível citar a autoestima, a
idade, o gênero e o autocontrole, que estão relacionadas ___________________________________________________
A. aos aspectos normativos da conduta humana.
B. aos modelos de condutas sociais. ___________________________________________________
C. aos aspectos morais da conduta humana. ___________________________________________________
D. às características culturais e valorativas.
E. às características individuais. ___________________________________________________

Resposta: E ___________________________________________________

___________________________________________________
05) Acerca da ética na administração, julgue os itens
que se seguem. ___________________________________________________
A edição do código de ética é suficiente para modi-
ficar o comportamento organizacional, transformando a ___________________________________________________
organização em uma instituição comprometida com va-
lores de conduta. ___________________________________________________
C. Certo
___________________________________________________
E. Errado
___________________________________________________
Resposta: Errado
___________________________________________________

6
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

1. Lei Estadual Nº 9.826 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará), de 14 de maio de 1974: Título
II: Capítulos II, III, IV, VI e VII; Título III: Capítulos I e II; Título IV: Capítulos IV, V (seções I a VI), VI (seções I a III); Título VI:
Capítulos I a VII. ....................................................................................................................................................................................................... 01
2. Alterações da Lei. Nº 9.826/1974. ................................................................................................................................................................ 01
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

Prof. Ma. Bruna Pinotti Garcia Oliveira a) de vinte e cinco (25) anos, quando se tratar de in-
gresso em categoria funcional que importe em exigência de
Advogada e pesquisadora. Doutoranda em Direito, Es- curso de nível médio; e
tado e Constituição pela Universidade de Brasília – UNB. b) de trinta e cinco (35) anos, quando se tratar de ingres-
Mestre em Teoria do Direito e do Estado pelo Centro Univer- so nas demais categorias;
sitário Eurípides de Marília (UNIVEM) – bolsista CAPES. Pro- c) independerá dos limites previstos nas alíneas anterio-
fessora de curso preparatório para concursos e universitária res a inscrição do candidato que já ocupe cargo integrante
da Universidade Federal de Goiás – UFG. Autora de diver- do Grupo Segurança Pública.
sos trabalhos científicos publicados em revistas qualificadas, § 1º - Das inscrições para o concurso constarão, obri-
anais de eventos e livros, notadamente na área do direito gatoriamente:
eletrônico, dos direitos humanos e do direito constitucional. I - o limite de idade dos candidatos, que poderá variar de
dezoito (18) anos completos até cinquenta (50) anos incom-
pletos, na forma estabelecida no caput deste artigo;
1. LEI ESTADUAL Nº 9.826 (ESTATUTO DOS II - o grau de instrução exigível, mediante apresentação
do respectivo certificado;
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO
III - a quantidade de vagas a serem preenchidas, distri-
DO CEARÁ), DE 14 DE MAIO DE 1974: TÍTULO buídas por especialização da disciplina, quando referentes
II: CAPÍTULOS II, III, IV, VI E VII; TÍTULO III: a cargo do Magistério e de atividades de nível superior ou
CAPÍTULOS I E II; TÍTULO IV: CAPÍTULOS IV, V outros de denominação genérica;
(SEÇÕES I A VI), VI (SEÇÕES I A III); IV - o prazo de validade do concurso, de dois (2) anos,
TÍTULO VI: CAPÍTULOS I A VII. prorrogável a juízo da autoridade que o abriu ou o iniciou;
2. ALTERAÇÕES DA LEI Nº 9.826/1974. V - descrição sintética do cargo, incluindo exemplifica-
ção de tarefas típicas, horário, condições de trabalho e retri-
buição;
VI - tipos e Programa das Provas;
TÍTULO II VII - exigências outras, de acordo com as especificações
Do Provimento dos Cargos do cargo.
§ 2º - Independerá de idade, a inscrição do candidato
CAPÍTULO II que seja servidor de Órgãos da Administração Estadual Di-
Do Concurso reta ou Indireta.
§ 3º - Na hipótese do parágrafo anterior, a habilitação
Art. 12 - Compete a cada Poder e a cada Autarquia ou no concurso somente produzirá efeito se, no momento da
órgão auxiliar, autônomo, a iniciativa dos concursos para posse ou exercício no novo cargo ou emprego, o candidato
provimento dos cargos vagos. ainda possuir a qualidade de servidor ativo, vedada a apo-
Art. 13 - A realização dos concursos para provimen- sentadoria concomitante para elidir a acumulação do cargo.
to dos cargos da Administração Direta do Poder Executivo Art. 15 - Encerradas as inscrições, legalmente proces-
competirá ao Órgão Central do Sistema de Pessoal. sadas, para concurso destinado ao provimento de qualquer
§ 1º - A execução dos concursos para provimento dos cargo, não se abrirão novas inscrições antes da realiza-
cargos da lotação do Tribunal de Contas do Estado, do ção do concurso.
Conselho de Contas dos Municípios e das Autarquias rece- Art. 16 - Ressalvado o caso de expressa condição básica
berá a orientação normativa e supervisão técnica do órgão para provimento de cargo prevista em regulamento, inde-
central referido neste artigo. penderá de limite de idade a inscrição, em concurso, de
§ 2º - O Órgão Central do Sistema de Pessoal poderá ocupante em cargo público.
delegar a realização dos concursos aos órgãos setoriais e No concurso de provas o candidato é avaliado apenas
seccionais de pessoal das diversas repartições e entidades, pelo seu desempenho nas provas, ao passo que nos con-
desde que estes apresentem condições técnicas para efeti- cursos de provas e títulos o seu currículo em toda sua ativi-
vação das atividades de recrutamento e seleção, permane- dade profissional também é considerado.
cendo, sempre, o órgão delegante, com a responsabilidade O edital delimita questões como valor da taxa de ins-
pela perfeita execução da atividade delegada. crição, casos de isenção, número de vagas e prazo de va-
Art. 14 - É fixada em cinquenta (50) anos a idade má- lidade.
xima para inscrição em concurso público destinado a in- Quando os requisitos para a ocupação do cargo exi-
gresso nas categorias funcionais instituídas de acordo com a gem, fixam-se idades limites para a inscrição no concurso
Lei Estadual nº. 9.634, de 30 de outubro de 1972, ressalvadas público.
as exceções a seguir indicadas:
I - para a inscrição em concurso para o Grupo de Tributa-
ção e Arrecadação a idade limite é de trinta e cinco (35) anos.
II - e para inscrição em concurso destinado ao ingresso
nas categorias funcionais do Grupo Segurança Pública, são
fixados os seguintes limites máximos de idade:

1
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

CAPÍTULO III mia mista, ou apresentar comprovante de exoneração ou


Da Nomeação dispensa do outro cargo que ocupava, ou da função ou
emprego que exerce, ou, ainda, nos casos de acumulação
Art. 17 - A nomeação será feita: legal, comprovante de ter sido a mesma julgada lícita pelo
I - em caráter vitalício, nos casos expressamente pre- órgão competente.
vistos na Constituição; Art. 21 - São competentes para dar posse:
II - em caráter efetivo, quando se tratar de nomeação I - o Governador do Estado, às autoridades que lhe são
para cargo da classe inicial ou singular de determinada ca- diretamente subordinadas;
tegoria funcional; II - os Secretários de Estado, aos dirigentes de reparti-
III - em comissão, quando se tratar de cargo que assim ções que lhes são diretamente subordinadas;
deve ser provido. III - os dirigentes das Secretarias Administrativas, ou
Parágrafo único - Em caso de impedimento temporário unidades de administração geral equivalente, da Assembleia
do titular do cargo em comissão, a autoridade competen- Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado, e do Conselho
te nomeará o substituto, exonerando-o, findo o período da de Contas dos Municípios, aos seus funcionários, se de outra
substituição. maneira não estabelecerem as respectivas leis orgânicas e
Art. 18 - Será tornada sem efeito a nomeação quando, regimentos internos;
por ato ou omissão do nomeado, a posse não se verificar no IV - o Diretor-Geral do órgão central do sistema de pes-
prazo para esse fim estabelecido. soal, aos demais funcionários da Administração Direta;
A nomeação em caráter vitalício se dá notadamente V - os dirigentes das Autarquias, aos funcionários dessas
nas carreiras da magistratura e do Ministério Público. entidades.
Os servidores em geral que se submetem a concurso Art. 22 - No ato da posse será apresentada declaração,
público ocupam cargo efetivo, podendo adquirir estabili- pelo funcionário empossado, dos bens e valores que consti-
dade após aprovação no estágio probatório. tuem o seu patrimônio, nos termos da regulamentação própria.
Os cargos em comissão são de confiança, seus ocu- Art. 23 - Poderá haver posse por procuração, quando
pantes permanecem nele enquanto a autoridade que os se tratar de funcionário ausente do País ou do Estado, ou,
nomeou desejar e no período em que ela ocupa uma po- ainda, em casos especiais, a juízo da autoridade competente.
sição de gestão. Art. 24 - A autoridade de que der posse verificará, sob
pena de responsabilidade:
CAPÍTULO IV I - se foram satisfeitas as condições legais para a posse;
Da Posse II - se do ato de provimento consta a existência de vaga,
com os elementos capazes de identificá-la;
Art. 19 - Posse é o fato que completa a investidura III - em caso de acumulação, se pelo órgão competente
em cargo público. foi declarada lícita.
Parágrafo único - Não haverá posse nos casos de pro- Art. 25 - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias
moção, acesso e reintegração. da publicação do ato de provimento no órgão oficial.
Art. 20 - Só poderá ser empossado em cargo público Parágrafo único - A requerimento do funcionário ou de
quem satisfizer os seguintes requisitos: seu representante legal, a autoridade competente para dar
I - ser brasileiro; posse poderá prorrogar o prazo previsto neste artigo, até o
II - ter completado 18 anos de idade; máximo de 60 (sessenta) dias contados do seu término.
III - estar no gozo dos direitos políticos; O termo de posse é dotado de conteúdo específico. É
IV - estar quite com as obrigações militares e eleitorais; possível tomar posse mediante procuração específica. Não
V - ter boa conduta; há posse nos cargos em comissão. A declaração de bens e
VI - gozar saúde, comprovada em inspeção médica, na valores visa permitir a verificação da situação financeira do
forma legal e regulamentar; servidor, de forma a perceber se ele enriqueceu despropor-
VII - possuir aptidão para o cargo; cionalmente durante o exercício do cargo.
VIII - ter-se habilitado previamente em concurso, ex-
ceto nos casos de nomeação para cargo em comissão ou ou- CAPÍTULO VI
tra forma de provimento para a qual não se exija o concurso; Do Estágio Probatório
IX - ter atendido às condições especiais, prescritas em
lei ou regulamento para determinados cargos ou categorias Art. 27 - Estágio probatório é o triênio de efetivo exer-
funcionais. cício no cargo de provimento efetivo, contado do início
§ 1º - A prova das condições a que se refere os itens I do exercício funcional, durante o qual é observado o aten-
e II deste artigo não será exigida nos casos de transferência, dimento dos requisitos necessários à confirmação do servidor
aproveitamento e reversão. nomeado em virtude de concurso público
§ 2º - Ninguém poderá ser empossado em cargo efeti- § 1º - Como condição para aquisição da estabilidade, é
vo sem declarar, previamente, que não ocupa outro cargo obrigatória a avaliação especial de desempenho por comis-
ou exerce função ou emprego público da União, dos Es- são instituída para essa finalidade.
tados, dos Municípios, do Distrito Federal, dos Territórios, § 2º - A avaliação especial de desempenho do servidor
será realizada:
de Autarquias, empresas públicas e sociedades de econo-

2
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

a) extraordinariamente, ainda durante o estágio pro- Desde a Emenda Constitucional nº 19 de 1998, a disci-
batório, diante da ocorrência de algum fato dela motivador, plina do estágio probatório mudou, notadamente aumen-
sem prejuízo da avaliação ordinária; tando o prazo de 2 anos para 3 anos. Tendo em vista que a
b) ordinariamente, logo após o término do estágio pro- norma constitucional prevalece sobre a lei federal, mesmo
batório, devendo a comissão ater-se exclusivamente ao de- que ela não tenha sido atualizada, deve-se seguir o dispos-
sempenho do servidor durante o período do estágio. to no artigo 41 da Constituição Federal:
§ 3º - Além de outros específicos indicados em lei ou regu- Art. 41, CF. São estáveis após três anos de efetivo exer-
lamento, os requisitos de que trata este artigo são os seguintes: cício os servidores nomeados para cargo de provimento
I - adaptação do servidor ao trabalho, verificada por efetivo em virtude de concurso público.
meio de avaliação da capacidade e qualidade no desempe- § 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
nho das atribuições do cargo; I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - equilíbrio emocional e capacidade de integração; II - mediante processo administrativo em que lhe seja as-
III - cumprimento dos deveres e obrigações do servi- segurada ampla defesa;
dor público, inclusive com observância da ética profissional. III - mediante procedimento de avaliação periódica de
§ 4º - O estágio probatório corresponderá a uma com- desempenho, na forma de lei complementar, assegurada am-
plementação do concurso público a que se submeteu o pla defesa.
servidor, devendo ser obrigatoriamente acompanhado e su- § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do ser-
pervisionado pelo Chefe Imediato. vidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante
§ 5º - Durante o estágio probatório, os cursos de trei- da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem
namento para formação profissional ou aperfeiçoamento do direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto
servidor, promovidos gratuitamente pela Administração, se- em disponibilidade com remuneração proporcional ao tem-
rão de participação obrigatória e o resultado obtido pelo po de serviço.
servidor será considerado por ocasião da avaliação espe- § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade,
cial de desempenho, tendo a reprovação caráter eliminatório. o servidor estável ficará em disponibilidade, com remune-
§ 6º - Fica vedada qualquer espécie de afastamento dos
ração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
servidores em estágio probatório, ressalvados os casos pre-
aproveitamento em outro cargo.
vistos nos incisos I, II, III, IV, VI, X, XII, XIII, XV e XXI do art. 68
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é
da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974.
obrigatória a avaliação especial de desempenho por comis-
§ 7º - O servidor em estágio probatório não fará jus a
são instituída para essa finalidade.
ascensão funcional.
§ 8º - As faltas disciplinares cometidas pelo servidor
após o decurso do estágio probatório e antes da conclusão CAPÍTULO VII
da avaliação especial de desempenho serão apuradas por Do Exercício
meio de processo administrativo-disciplinar, precedido
de sindicância, esta quando necessária. Art. 31 - O início, a interrupção e o reinício do exer-
§ 9º - São independentes as instâncias administrativas cício das atribuições do cargo serão registrados no cadastro
da avaliação especial de desempenho e do processo ad- individual do funcionário.
ministrativo-disciplinar, na hipótese do parágrafo anterior, Art. 32 - Ao dirigente da repartição para onde for desig-
sendo que resultando exoneração ou demissão do servi- nado o funcionário compete dar-lhe exercício.
dor, em qualquer dos procedimentos, restará prejudicado o Art. 33 - O exercício funcional terá início no prazo de
que estiver ainda em andamento. trinta dias, contados da data:
Art. 28 - O servidor que durante o estágio probatório I - da publicação oficial do ato, no caso de reintegração;
não satisfizer qualquer dos requisitos previstos no § 3º do II - da posse, nos demais casos.
artigo anterior, será exonerado, nos casos dos itens I e II, e Art. 34 - O funcionário terá exercício na repartição
demitido na hipótese do item III. onde for lotado o cargo por ele ocupado, não podendo
Parágrafo único - O ato de exoneração ou de demissão do dela se afastar, salvo nos casos previstos em lei ou regula-
servidor em razão de reprovação na avaliação especial de desem- mento.
penho será expedido pela autoridade competente para nomear. § 1º - O afastamento não se prolongará por mais de
Art. 29 – O ato administrativo declaratório da estabili- quatro anos consecutivos, salvo:
dade do servidor no cargo de provimento efetivo, após cum- I - quando para exercer as atribuições de cargo ou fun-
primento do estágio probatório e aprovação na avalia- ção de direção ou de Governo dos Estados, da União, Distrito
ção especial de desempenho, será expedido pela autorida- Federal, Territórios e Municípios e respectivas entidades da
de competente para nomear, retroagindo seus efeitos à data administração indireta;
do término do período do estágio probatório. II - quando à disposição da Presidência da República;
Art. 30 - O funcionário estadual que, sendo estável, to- III - quando para exercer mandato eletivo, estadual, fe-
mar posse em outro cargo para cuja confirmação se exi- deral ou municipal, observado, quanto a este, o disposto na
ge estágio probatório, será afastado do exercício das atri- legislação especial pertinente;
buições do cargo que ocupava, com suspensão do vínculo fun- IV - quando convocado para serviço militar obrigatório;
cional nos termos do artigo 66, item I, alíneas a, b e c desta lei. V - quando se tratar de funcionário no gozo de licença
Parágrafo único - Não se aplica o disposto neste artigo para acompanhar o cônjuge.
aos casos de acumulação lícita.

3
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

§ 2º - Preso preventivamente, pronunciado por crime co- II - no caso de opção em caráter temporário, pelo regime a
mum ou denunciado por crime inafiançável, em processo do que alude o art. 106 da Constituição Federal ou pelo regime da
qual não haja pronúncia, o funcionário será afastado do exer- legislação trabalhista;
cício, até sentença passada em julgado. III - no caso de disponibilidade;
§ 3º - O funcionário afastado nos termos do parágrafo IV - no caso de autorização para o trato de interesses particulares.
anterior terá direito à percepção do benefício do auxílio-reclu- Art. 66 - Os casos indicados no artigo anterior implicam em
são, nos termos da legislação previdenciária específica. suspensão do vínculo funcional, acarretando os seguintes efeitos:
Art. 35 - Para os efeitos deste Estatuto, entende-se por lo- I - em relação ao item I, do artigo anterior:
tação a quantidade de cargos, por grupo, categoria fun- a) dar-se-á, automaticamente, a suspensão do vínculo fun-
cional e classe, fixada em regulamento como necessária ao cional até que seja providenciada a exoneração ou demissão;
desenvolvimento das atividades das unidades e entidades do b) enquanto vigorar a suspensão do vínculo, o servidor não
Sistema Administrativo Civil do Estado. fará jus aos vencimentos do cargo desvinculado, não computan-
Art. 36 - Para entrar em exercício, o funcionário é obriga- do, quanto a este, para nenhum efeito, tempo de contribuição;
do a apresentar ao órgão de pessoal os elementos neces- c) o funcionário reingressará no exercício das atribuições do
sários à atualização de seu cadastro individual. cargo de que se desvinculou na hipótese de não lograr confirma-
ção no cargo para o qual se tenha submetido a estágio probatório.
TÍTULO III II - na hipótese do item II do artigo anterior, o funcioná-
Da Extinção e da Suspensão do Vínculo Funcional rio não fará jus à percepção dos vencimentos, computando-se,
entretanto, o período de suspensão do vínculo para fins de dis-
CAPÍTULO I ponibilidade e aposentadoria, obrigando o funcionário a conti-
Da Vacância dos Cargos nuar a pagar a sua contribuição de previdência com base nos
vencimentos do cargo de cujas atribuições se desvinculou;
Art. 62 - A vacância do cargo resultará de: III - no caso de disponibilidade, o servidor continuará sendo
I - exoneração; considerado como em atividade, computando-se o período de
II - demissão; suspensão do vínculo para aposentadoria;
III - ascensão funcional; IV - na hipótese de autorização de afastamento para o tra-
IV - aposentadoria; to de interesses particulares, o servidor não fará jus à percepção
V - falecimento. de vencimentos, tendo porém que recolher mensalmente o per-
Art. 63 - Dar-se-á exoneração: centual de 33 % (trinta e três por cento) incidente sobre o valor
I - a pedido do funcionário; de sua última remuneração para fins de contribuição previ-
II - de ofício, nos seguintes casos: denciária, que será destinada ao Sistema Único de Previdência
a) quando se tratar de cargo em comissão; Social e dos Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC.
b) quando se tratar de posse em outro cargo ou emprego da § 1° - A autorização de afastamento, de que trata o inciso IV
União, do Estado, do Município, do Distrito Federal, dos Territórios, deste artigo, poderá ser concedida sem a obrigatoriedade do re-
de Autarquia, de Empresas Públicas ou de Sociedade de Economia colhimento mensal da alíquota de 33 % (trinta e três por cento),
Mista, ressalvados os casos de substituição, cargo de Governo ou não sendo, porém, o referido tempo computado para obtenção
de direção, cargo em comissão e acumulação legal desde que, no de qualquer benefício previdenciário, inclusive aposentadoria.
ato de provimento, seja mencionada esta circunstância; § 2° - Os valores de contribuição, referidos no inciso IV
c) na hipótese do não atendimento do prazo para início de deste artigo, serão reajustados nas mesmas proporções da
exercício, de que trata o artigo 33; remuneração do servidor no respectivo cargo.
d) na hipótese do não cumprimento dos requisitos do está-
gio, nos termos do art. 27. TÍTULO IV
Art. 64 - A vaga ocorrerá na data: Dos Direitos, Vantagens e Autorizações
I - da vigência do ato administrativo que lhe der causa;
II - da morte do ocupante do cargo; CAPÍTULO IV
III - da vigência do ato que criar e conceder dotação para o Das Férias
seu provimento ou do que determinar esta última medida, se o
cargo já estiver criado; Art. 78 - O funcionário gozará trinta dias consecutivos,
IV - da vigência do ato que extinguir cargo e autorizar que ou não, de férias por ano, de acordo com a escala organi-
sua dotação permita o preenchimento de cargo vago. zada pelo dirigente da Unidade Administrativa, na forma
Parágrafo único - Verificada a vaga serão consideradas do regulamento.
abertas, na mesma data, todas as que decorrerem de seu § 1º - Se a escala não tiver sido organizada, ou houver
preenchimento. alteração do exercício funcional, com a movimentação do
funcionário, a este caberá requerer, ao superior hierárqui-
CAPÍTULO II co, o gozo das férias, podendo a autoridade, apenas, fixar a
Da Suspensão do Vínculo Funcional oportunidade do deferimento do pedido, dentro do ano a
que se vincular o direito do servidor.
Art. 65 - O regime jurídico estabelecido neste Estatuto não § 2º - O funcionário não poderá gozar, por ano, mais de
se aplicará, temporariamente, ao funcionário estadual: dois períodos de férias.
I - no caso de posse ou ingresso em outro cargo, função ou § 3º - O funcionário terá direito a férias após cada ano de
emprego não acumuláveis com o cargo que vinha ocupando; exercício no Sistema Administrativo.

4
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

§ 4º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao losante, epilepsia vera, nefropatia grave, estado avançado da
serviço. doença de Paget (osteite deformante), síndrome da deficiên-
§ 5º - REVOGADO. cia imunológica adquirida – Aids, contaminação por radiação,
Art. 79 - A promoção, o acesso, a transferência e a remo- com base em conclusão da medicina especializada, hepatopa-
ção não interromperão as férias. tia e outras que forem disciplinadas em Lei.
Art. 90 - Verificada a cura clínica, o funcionário licenciado
CAPÍTULO V voltará ao exercício, ainda quando deva continuar o tratamen-
Das Licenças to, desde que comprovada por inspeção médica capacidade
para a atividade funcional.
SEÇÃO I Art. 91 - Expirado o prazo de licença previsto no laudo
Das Disposições Preliminares médico, o funcionário será submetido a nova inspeção, e apo-
sentado, se for julgado inválido.
Art. 80 - Será licenciado o funcionário: Parágrafo único – Na hipótese prevista neste artigo, o
I - para tratamento de saúde; tempo necessário para a nova inspeção será considerado como
II - por acidente no trabalho, agressão não provocada e de prorrogação da licença e, no caso de invalidez, a inspeção
doença profissional; ocorrerá a cada 2 (dois) anos.
III - por motivo de doença em pessoa da família; Art. 92 - No processamento das licenças para tratamento
IV - quando gestante; de saúde será observado sigilo no que diz respeito aos laudos
V - para serviço militar obrigatório; médicos.
VI - para acompanhar o cônjuge; Art. 93 - No curso da licença, o funcionário abster-se-á
VII - em caráter especial. (seção revogada) de qualquer atividade remunerada, sob pena de interrupção
Art. 81 - A licença dependente de inspeção médica terá imediata da mesma licença, com perda total dos vencimentos,
a duração que for indicada no respectivo laudo. até que reassuma o exercício.
§ 1º - Findo esse prazo, o paciente será submetido a nova Art. 94 - O funcionário não poderá recusar a inspeção mé-
inspeção, devendo o laudo concluir pela volta do funcionário dica determinada pela autoridade competente, sob pena de
ao exercício, pela prorrogação da licença ou, se for o caso, pela suspensão do pagamento dos vencimentos, até que seja rea-
aposentadoria. lizado exame.
§ 2º - Terminada a licença o funcionário reassumirá ime- Art. 95 - Considerado apto em inspeção médica, o funcio-
diatamente o exercício. nário reassumirá o exercício imediatamente, sob pena de se
Art. 82 - A licença poderá ser determinada ou prorroga- apurarem como faltas os dias de ausência.
da, de ofício ou a pedido. Art. 96 - No curso da licença poderá o funcionário reque-
Parágrafo único - O pedido de prorrogação deverá ser rer inspeção médica, caso se julgue em condições de reassumir
apresentado antes de finda a licença, e, se indeferido, contar- o exercício.
se-á como licença o período compreendido entre a data do Art. 97 - Serão integrais os vencimentos do funcionário
término e a do conhecimento oficial do despacho. licenciado para tratamento de saúde.
Art. 83 - A licença gozada dentro de sessenta dias, conta- Art. 98 – REVOGADO.
dos da determinação da anterior será considerada como pror-
rogação. SEÇÃO III
Art. 84 - O funcionário não poderá permanecer em licença Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da
por prazo superior a vinte e quatro meses, salvo nos casos dos Família
itens II, III, V e VI do art. 80, deste Estatuto.
Art. 85 – REVOGADO. Art. 99 – O servidor poderá ser licenciado por motivo de
Art. 86 - São competentes para licenciar o funcionário os doença na pessoa dos pais, filhos, cônjuge do qual não es-
dirigentes do Sistema Administrativo Estadual, admitida a de- teja separado e de companheiro(a), desde que prove ser in-
legação, na forma do Regulamento. dispensável a sua assistência pessoal e esta não possa ser
Art. 87 - VETADO. prestada simultaneamente com exercício funcional.
§ 1º - VETADO. § 1º - Provar-se-á a doença mediante inspeção médica
§ 2º - VETADO. realizada conforme as exigências contidas neste Estatuto
§ 3º - VETADO. quanto à licença para tratamento de saúde.
§ 2º - A necessidade de assistência ao doente, na forma
SEÇÃO II deste artigo, será comprovada mediante parecer do Serviço
Da Licença para Tratamento de Saúde de Assistência Social, nos termos do Regulamento.
§ 3° - O funcionário licenciado, nos termos desta seção,
Art. 88 - A licença para tratamento de saúde precederá a perceberá vencimentos integrais até 6 (seis) meses. Após este
inspeção médica, nos termos do Regulamento. prazo o servidor obedecerá o disposto no inciso IV, do art. 66
Art. 89 – O servidor será compulsoriamente licenciado desta Lei, até o limite de 4 (quatro) anos, devendo retornar a
quando sofrer uma dessas doenças graves, contagiosas ou in- suas atividades funcionais imediatamente ao fim do período.
curáveis: tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia malig-
na, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante,
cardiopatia grave, doença de Parkson, espondiloartrose anqui-

5
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

SEÇÃO IV Art. 104 - Nas mesmas condições estabelecidas no artigo


Da Licença à Gestante anterior o funcionário será licenciado quando o outro cônjuge
esteja no exercício de mandato eletivo fora de sua sede funcional.
Art. 100 – Fica garantida a possibilidade de prorrogação,
por mais 60 (sessenta) dias, da licença-maternidade, pre- CAPÍTULO VI
vista nos art. 7º, inciso XVIII, e 39, §3º, da Constituição Federal Das Autorizações
destinada às servidoras públicas estaduais.
§1° - A prorrogação de que trata este artigo será assegura- SEÇÃO I
da à servidora estadual mediante requerimento efetivado até Das Disposições Preliminares
o final do primeiro mês após o parto, e concedida imediata-
mente após a fruição da licença-maternidade de que trata o Art. 110 - Os dirigentes do Sistema Administrativo Estadual
art. 7º, inciso XVIII, da Constituição Federal. autorizarão o funcionário a se afastar do exercício funcio-
§2° - Durante o período de prorrogação da licença-ma- nal de acordo com o disposto em Regulamento:
ternidade, a servidora estadual terá direito à sua remuneração I - sem prejuízo dos vencimentos quando:
integral, nos mesmos moldes devido no período de percepção a) for estudante, para incentivo à sua formação profissional
do salário-maternidade pago pelo Sistema Único de Previdên- e dentro dos limites estabelecidos neste Estatuto;
cia Social dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes b) for estudar em outro ponto do território nacional ou no
Públicos e dos Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC. estrangeiro;
§3° - É vedado durante a prorrogação da licença-mater- c) por motivo de casamento, até o máximo de 8 (oito) dias;
nidade tratada neste artigo o exercício de qualquer atividade d) por motivo de luto até 8 (oito) dias, em decorrência de
remunerada pela servidora beneficiária, e a criança não poderá falecimento de cônjuge ou companheiro, parentes consanguí-
ser mantida em creches ou organização similar, sob pena da neos ou afins, até o 2º grau, inclusive madrasta, padrasto e pais
perda do direito do benefício e consequente apuração da res- adotivos;
ponsabilidade funcional. e) por luto, até 2 (dois) dias, por falecimento de tio e cunha-
do;
SEÇÃO V
f) for realizar missão oficial em outro ponto do território na-
Da Licença para Serviço Militar Obrigatório
cional ou no estrangeiro.
II - sem direito à percepção dos vencimentos, quando se tra-
Art. 101 - O funcionário que for convocado para o serviço mili-
tar de afastamento para trato de interesses particulares;
tar será licenciado com vencimentos integrais, ressalvado o di-
III - com ou sem direito à percepção dos vencimentos, con-
reito de opção pela retribuição financeira do serviço militar.
§1° - Ao servidor desincorporado conceder-se-á prazo forme se dispuser em regulamento, quando para o exercício das
não excedente a 30 (trinta) dias para que reassuma o exercício atribuições de cargo, função ou emprego em entidades e órgãos
do cargo, sem perda de vencimentos. estranhos ao Sistema Administrativo Estadual.
§2° - O servidor, de que trata o caput deste artigo, con- §1° - Nos casos previstos nas alíneas a e b, o servidor só
tribuirá para o Sistema Único de Previdência Social dos Ser- poderá solicitar exoneração após o seu retorno, desde que tra-
vidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos balhe no mínimo o dobro do tempo em que esteve afastado,
Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, mesmo que ou reembolse o montante corrigido monerariamente que o Es-
faça opção pela retribuição financeira do serviço militar. tado desembolsou durante seu afastamento.
Art. 102 - O funcionário, Oficial da Reserva não remunera- § 2° - Os dirigentes do Sistema Administrativo Estadual po-
da das Forças Armadas, será licenciado, com vencimentos inte- derão, ainda, autorizar o servidor, ocupante do cargo efetivo ou
grais, para cumprimento dos estágios previstos pela legislação em comissão, a integrar ou assessorar comissões, grupos de
militar, garantido o direito de opção. trabalho ou programas, com ou sem afastamento do exercício
funcional e sem prejuízo dos vencimentos.
SEÇÃO VI
Da Licença do Funcionário para Acompanhar o Côn- SEÇÃO II
juge Das Autorizações para Incentivo à Formação Profis-
sional do Funcionário
Art. 103 - O funcionário terá direito a licença sem venci-
mento, para acompanhar o cônjuge, também servidor pú- Art. 111 - Poderá ser autorizado o afastamento, até duas
blico, quando, de ofício, for mandado servir em outro pon- horas diárias, ao funcionário que frequente curso regular de 1º e
to do Estado, do Território Nacional, ou no Exterior. 2º graus ou de ensino superior.
§ 1º - A licença dependerá do requerimento devidamente Parágrafo único - A autorização prevista neste artigo poderá
instruído, admitida a renovação, independentemente de reas- dispor que a redução do horário dar-se-á por prorrogação do
sunção do exercício. início ou antecipação do término do expediente, diário, confor-
§ 2º - Finda a causa da licença, o funcionário retornará ao me considerar mais conveniente ao estudante e aos interesses
exercício de suas funções, no prazo de trinta dias, após o qual da repartição.
sua ausência será considerada abandono de cargo. Art. 112 - Será autorizado o afastamento do exercício fun-
§ 3º - Existindo no novo local de residência repartição es- cional nos dias em que o funcionário tiver que prestar exames
tadual, o funcionário nela será lotado, enquanto durar a sua para ingresso em curso regular de ensino, ou que, estudante, se
permanência ali. submeter a provas.

6
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

Art. 113 - O afastamento para missão ou estudo fora do CAPÍTULO I


Estado em outro ponto do território nacional ou no estrangeiro Dos Princípios Fundamentais
será autorizado nos mesmos atos que designarem o funcionário
a realizar a missão ou estudo, quando do interesse do Sistema Art. 174 - O funcionário público é administrativamen-
Administrativo Estadual. te responsável, perante seus superiores hierárquicos, pelos
Art. 114 - As autorizações previstas nesta Seção depende- ilícitos que cometer.
rão de comprovação, mediante documento oficial, das condições Art. 175 - Considera-se ilícito administrativo a conduta
previstas para as mesmas, podendo a autoridade competente comissiva ou omissiva, do funcionário, que importe em viola-
exigi-la prévia ou posteriormente, conforme julgar conveniente. ção de dever geral ou especial, ou de proibição, fixado neste
Parágrafo único - Concedida a autorização, na dependência Estatuto e em sua legislação complementar, ou que constitua
da comprovação posterior, sem que esta tenha sido efetuada no comportamento incompatível com o decoro funcional ou social.
prazo estipulado, a autoridade anulará a autorização, sem pre- Parágrafo único - O ilícito administrativo é punível, inde-
juízo de outras providências que considerar cabíveis. pendentemente de acarretar resultado perturbador do servi-
ço estadual.
SEÇÃO III Art. 176 - A apuração da responsabilidade funcional será
Do Afastamento para o Trato de Interesses Particulares promovida, de ofício, ou mediante representação, pela autorida-
de de maior hierarquia no órgão ou na entidade administrativa
Art. 115 – Depois de três anos de efetivo exercício e após em que tiver ocorrido a irregularidade. Se se tratar de ilícito ad-
declaração de aquisição de estabilidade no cargo de provimen- ministrativo praticado fora do local de trabalho, a apuração da
to efetivo, o servidor poderá obter autorização de afastamento responsabilidade será promovida pela autoridade de maior hie-
para tratar de interesses particulares, por um período não supe- rarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o funcionário
rior a quatro anos e sem percepção de remuneração. a quem se imputar a prática da irregularidade.
Parágrafo único - O funcionário aguardará em exercício a Parágrafo único - Se se imputar a prática do ilícito a vários
autorização do seu afastamento. funcionários lotados em órgãos diversos do Poder Executivo, a
Art. 116 - Não será autorizado o afastamento do funcioná- competência para determinar a apuração da responsabilidade
rio removido antes de ter assumido o exercício. caberá ao Governador do Estado.
Art. 117 - O funcionário poderá, a qualquer tempo, desistir Art. 177 - A responsabilidade civil decorre de conduta
da autorização concedida, reassumindo o exercício das atribui- funcional, comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa, que
ções do seu cargo. acarrete prejuízo para o patrimônio do Estado, de suas entida-
Art. 118 - Quando o interesse do Sistema Administrativo o des ou de terceiros.
exigir, a autorização poderá ser cassada, a juízo da autoridade §1º - A indenização de prejuízo causado ao Estado ou às
competente, de- vendo, neste caso, o funcionário ser expressa- suas entidades, no que exceder os limites da fiança, quando
mente notificado para a- presentar-se ao serviço no prazo de 30 for o caso, será liquidada mediante prestações mensais des-
(trinta) dias, prorrogável por igual período, findo o qual caracte- contadas em folha de pagamento, não excedentes da décima
rizar-se-á o abandono do cargo. parte do vencimento, à falta de outros bens que respondam
Art. 119 - A autorização para afastamento do exercício para pelo ressarcimento.
o trato de interesses particulares somente poderá ser prorrogada §2º - Em caso de prejuízo a terceiro, o funcionário res-
por período necessário para complementar o prazo previsto no ponderá perante o Estado ou suas entidades, através de ação
art. 115 deste Estatuto. regressiva proposta depois de transitar em julgado a decisão
Art. 120 - O funcionário somente poderá receber nova auto- judicial, que houver condenado a Fazenda Pública a indenizar
rização para o afastamento previsto nesta Seção após decorridos, o terceiro prejudicado.
pelo menos, dois anos de efetivo exercício contado da data em que Art. 178 - A responsabilidade penal abrange os crimes e
o reassumiu, em decorrência do término do prazo autorizado ou contravenções imputados, por lei, ao funcionário, nesta qualidade.
por motivo de desistência ou de cassação de autorização concedida. Art. 179 - São independentes as instâncias administra-
tivas civil e penal, e cumuláveis as respectivas cominações.
TÍTULO VI §1º - Sob pena de responsabilidade, o funcionário que
Do Regime Disciplinar exercer atribuições de chefia, tomando conhecimento de um
fato que possa vir a se configurar, ou se configure como ilícito
O regime disciplinar do servidor público civil federal está administrativo, é obrigado a representar perante a autoridade
estabelecido basicamente de duas maneiras: deveres e proibi- competente, a fim de que esta promova a sua apuração.
ções. Ontologicamente, são a mesma coisa: ambos deveres e §2º - A apuração da responsabilidade funcional será feita
proibições são normas protetivas da boa Administração. Nas através de sindicância ou de inquérito.
duas hipóteses, violado o preceito, cabível é uma punição. §3º - Se o comportamento funcional irregular configurar,
Deve-se notar, porém, que os deveres constam da lei como ao mesmo tempo, responsabilidade administrativa, civil e pe-
ações, como conduta positiva; as proibições, ao contrário, são nal, a autoridade que determinou o procedimento disciplinar
descritas como condutas vedadas ao servidor, de modo que adotará providências para a apuração do ilícito civil ou penal,
ele deve abster-se de praticá-las. Os deveres estão inscritos de quando for o caso, durante ou depois de concluídos a sindi-
modo exaustivo, porque o servidor deve obediência a todas cância ou o inquérito.
as normas legais ou infralegais1.
1 LIMA, Fábio Lucas de Albuquerque. O regime <http://www.sato.adm.br/artigos/o_regime_disciplinar_
disciplinar dos servidores federais. Disponível em: dos_servidores_federais.htm>. Acesso em: 11 ago. 2013.

7
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

§4º - Fixada a responsabilidade administrativa do funcio- IV - no direito de arrolar e inquirir, reinquirir e contraditar
nário, a autoridade competente aplicará a sanção que enten- testemunhas, e requerer acareações;
der cabível, ou a que for tipificada neste Estatuto para determi- V - no direito de requerer todas as provas em direito permi-
nados ilícitos. Na aplicação da sanção, a autoridade levará em tidas, inclusive as de natureza pericial;
conta os antecedentes do funcionário, as circunstâncias em VI - no direito de arguir prescrição;
que o ilícito ocorreu, a gravidade da infração e os danos que VII - no direito de levantar suspeições e arguir impedimentos.
dela provierem para o serviço estatal de terceiros. Art. 185 - A defesa do funcionário no procedimento discipli-
§5º - A legítima defesa e o estado de necessidade excluem nar, que é de natureza contraditória, é privativa de advogado,
a responsabilidade administrativa. que a exercitará nos termos deste Estatuto e nos da legislação
§6º - A alienação mental, comprovada através de perícia federal pertinente (Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil).
médica oficial excluirá, também, a responsabilidade adminis- § 1º - A autoridade competente designará defensor para
trativa, comunicando o sindicante ou a Comissão Permanente o funcionário que, pobre na forma da lei, ou revel, não indicar
de Inquérito à autoridade competente o fato, a fim de que seja advogado, podendo a indicação recair em advogado do Insti-
providenciada a aposentadoria do funcionário. tuto de Previdência do Estado do Ceará (IPEC).
§7º - Considera-se legítima defesa o revide moderado e §2º - O funcionário poderá defender-se, pessoalmente, se
proporcional à agressão ou à iminência de agressão moral ou tiver a qualidade de advogado.
física, que atinja ou vise a atingir o funcionário, ou seus supe- Art. 186 - O funcionário público fica sujeito ao poder dis-
riores hierárquicos ou colegas, ou o patrimônio da instituição ciplinar desde a posse ou, se esta não for exigida, desde o seu
administrativa a que servir. ingresso no exercício funcional.
§8º - Considera-se em estado de necessidade o funcioná- Art. 187 - Se no transcurso do procedimento disciplinar ou-
rio que realiza atividade indispensável ao atendimento de uma tro funcionário for indiciado, o sindicante ou a Comissão Per-
urgência administrativa, inclusive para fins de preservação do manente de Inquérito, conforme o caso, reabrirá os prazos de
patrimônio público. defesa para o novo indiciado.
§9º - O exercício da legítima defesa e de atividades em Art. 188 - A inobservância de qualquer dos preceitos deste
virtude do estado de necessidade não serão excludentes de Capítulo relativos à forma do procedimento, à competência e ao
responsabilidade administrativa quando houver excesso, imode- direito de ampla defesa acarretará a nulidade do procedimento
ração ou desproporcionalidade, culposos ou dolosos, na conduta disciplinar.
do funcionário. Art. 189 - Aplica-se o disposto neste Título ao procedimento em
Art. 180 - A apuração da responsabilidade do funcionário que for indiciado aposentado ou funcionário em disponibilidade.
processar-se-á mesmo nos casos de alteração funcional, inclusi-
ve a perda do cargo. CAPÍTULO II
Art. 181 - Extingue-se a responsabilidade administra- Dos Deveres
tiva:
I - com a morte do funcionário; Em resumo, o servidor público deve desempenhar suas
II - pela prescrição do direito de agir do Estado ou de suas funções com cuidado, rapidez e pontualidade, sendo leal à
entidades em matéria disciplinar. instituição que compõe, respeitando as ordens de seus supe-
Art. 182 - O direito ao exercício do poder disciplinar pres- riores que sejam adequadas às funções que desempenhe e
creve passados cinco anos da data em que o ilícito tiver ocorrido. buscando conservar o patrimônio do Estado. No tratamento
Parágrafo único - São imprescritíveis o ilícito de abandono do público, deve ser prestativo e não negar o acesso a infor-
de cargo e a respectiva sanção. mações que não sejam sigilosas. Caso presencie alguma ilega-
Art. 183 - O inquérito administrativo para apuração da lidade ou abuso de poder, deve denunciar. Tomam-se como
responsabilidade do funcionário produzirá, preliminarmente, os base os ensinamentos de Lima2 a respeito destes deveres:
seguintes efeitos: “O primeiro dos deveres insculpidos no regime estatutário
I - afastamento do funcionário indiciado de seu cargo ou é o dever de zelo. O zelo diz respeito às atribuições funcionais
função, nos casos de prisão preventiva ou prisão administrativa; e também ao cuidado com a economia do material, os bens da
II - sobrestamento do processo de aposentadoria voluntária; repartição e o patrimônio público. Sob o prisma da disciplina e
III - proibição do afastamento do exercício, salvo o caso do da conservação dos bens e materiais da repartição, o servidor
item I deste artigo; deve sempre agir com dedicação no desempenho das funções
IV - proibição de concessão de licença, ou o seu sobresta- do cargo que ocupa, e que lhe foram atribuídas desde o termo
mento, salvo a concedida por motivo de saúde; de posse. O servidor não é o dono do cargo. Dono do cargo
V - cessação da disposição, com retorno do funcionário ao é o Estado que o remunera. Se o referido cargo não lhe per-
seu órgão de origem. tence, o servidor deve exercer suas funções com o máximo de
Art. 184 - Assegurar-se-á ao funcionário, no procedimento
zelo que estiver ao seu alcance. Sua eventual menor capacida-
disciplinar, ampla defesa, consistente, sobretudo:
de de desempenho, para não configurar desídia ou insuficiên-
I - no direito de prestar depoimento sobre a imputação que
cia de desempenho, deverá ser compensada com um maior
lhe é feita e sobre os fatos que a geraram;
esforço e dedicação de sua parte. Se um servidor altamente
II - no direito de apresentar razões preliminares e finais, por
escrito, nos termos deste Estatuto; 2 LIMA, Fábio Lucas de Albuquerque. O regime
III - no direito de ser defendido por advogado, de sua indi- disciplinar dos servidores federais. Disponível em:
cação, ou por defensor público, também advogado, designado <http://www.sato.adm.br/artigos/o_regime_disciplinar_
pela autoridade competente; dos_servidores_federais.htm>. Acesso em: 11 ago. 2013.

8
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

preparado e capaz, vem a praticar atos que configurem desídia “O agente público deve guardar sigilo sobre o que se pas-
ou mesmo falta mais grave, poderá vir a ser punido. Porque sa na repartição, principalmente quanto aos assuntos oficiais.
o que se julgará não é a pessoa do servidor, mas a conduta Pela Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, hoje está re-
a ele imputável. O zelo não deve se limitar apenas às atribui- gulamentado o acesso às informações. Porém, o servidor deve
ções específicas de sua atividade. O servidor deve ter zelo não ter cuidado, pois até mesmo o fornecimento ou divulgação
somente com os bens e interesses imateriais (a imagem, os das informações exigem um procedimento. Maior cuidado há
símbolos, a moralidade, a pontualidade, o sigilo, a hierarquia) que se ter, quando a informação possa expor a intimidade da
como também para com os bens e interesses patrimoniais do pessoa humana. As informações pessoais dos administrados
Estado”. em geral devem ser tratadas forma transparente e com res-
“O servidor que cumprir todos os deveres e normas ad- peito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das
ministrativas já positivadas, consequentemente, é leal à insti- pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais, se-
tuição que lhe remunera. Sob o prisma constitucional é que gundo o artigo 31, da Lei nº 21.527, 2011. A exceção para o
devemos entender a norma hoje. Sendo assim, o dever de sigilo existe, pois, não devemos tratar a questão em termos de
lealdade está inserido no Estatuto como norma programática, cláusula jurídica de caráter absoluto, podendo ter autorizada
orientadora da conduta dos servidores”. a divulgação ou o acesso por terceiros quando haja previsão
“O servidor integra a estrutura organizacional do órgão em legal. Outra exceção é quando há o consentimento expresso
que presta suas atribuições funcionais. O Estado se movimenta da pessoa a que elas se referirem. No caso de cumprimento de
através dos seus diversos órgãos. Dentro dos órgãos públicos, ordem judicial, para a defesa de direitos humanos, e quando
há um escalonamento de cargos e funções que servem ao a proteção do interesse público e geral preponderante o exi-
cumprimento da vontade do ente estatal. Este escalonamento, gir, também devem ser fornecidas as informações. Portanto,
posto em movimento, é o que vimos até agora chamando de o servidor há que ter reserva no seu comportamento e fala,
hierarquia. A hierarquia existe para que do alto escalão até a esquivando-se de revelar o conteúdo do que se passa no seu
prática dos administrados as coisas funcionem. Disso decorre trabalho. Se o assunto pululante é uma irregularidade absurda,
que quando é emitida uma ordem para o servidor subordina- deve então reduzir a escrito e representar para que se apure o
do, este deve dar cumprimento ao comando. Porém quando caso. Deveriam diminuir as conversas de corredor e se efetivar
a ordem é visivelmente ilegal, arbitrária, inconstitucional ou a apuração dos fatos através do processo administrativo disci-
absurda, o servidor não é obrigado a dar seguimento ao que plinar. Os assuntos objeto do serviço merecem reserva. Devem
lhe é ordenado. Quando a ordem é manifestamente ilegal? Há ficar circunscritos aos servidores designados para o respectivo
uma margem de interpretação, principalmente se o servidor trabalho interno, não devendo sair da seção ou setor de traba-
subordinado não tiver nenhuma formação de ordem jurídica. lho, sem o trâmite hierárquico do chefe imediato. Se o assunto
Logo, é o bom senso que irá margear o que é flagrantemente ou o trabalho, enfim, merecer divulgação mais ampla, deve ser
inconstitucional”. contatado o órgão de assessoria de comunicação social, que
“Exige-se que atue com presteza no atendimento a infor- saberá proceder de forma oficial, obedecendo ao bom senso
mações solicitadas pela Fazenda Pública. Esta engloba o fisco e às leis vigentes”.
federal, estadual, municipal e distrital. O servidor público tem “Dois conceitos diferentes, porém parecidos. Ser assíduo
que ser expedito, diligente, laborioso. Não há mais lugar para significa ser presente dentro do horário do expediente. O
o burocrata que se afasta do administrado, dificultando a vida oposto do assíduo é o ausente, o faltoso. Pontual é aquele ser-
de quem necessita de atendimento rápido e escorreito. En- vidor que não atrasa seus compromissos. É o que comparece
tretanto, há um longo caminho a ser percorrido até que se no horário para as reuniões de trabalho e demais atividades
atinja um mínimo ideal de atendimento e de funcionamento relacionadas com o exercício do cargo que ocupa. Embora
dos órgãos públicos, o que deve necessariamente passar por sejam conceitos diferentes, aqui o dever violado, seja por im-
critérios de valorização dos servidores bons e de treinamento pontualidade, seja por inassiduidade (que ainda não aquela
e qualificação permanente dos quadros de pessoal”. inassiduidade habitual de 60 dias ensejadora de demissão),
“Todo servidor público é obrigado a dar conhecimento ao merece reprimenda de advertência, com fins educativos e de
chefe da repartição acerca das irregularidades de que toma correção do servidor”.
conhecimento no exercício de suas atribuições. Deve levar ao “No mundo moderno, e máxime em nossa civilização oci-
conhecimento da chefia imediata pelo sistema hierárquico. dental, o trato tem que ser o mais urbano possível. Urbano,
Supõe-se que os titulares das chefias ou divisões detêm um nessa acepção, não quer dizer citadino ou oriundo da urbe (ci-
conhecimento maior de como corrigir o erro ou comunicar aos dade), mas, sim, educado, civilizado, cordato e que não possa
órgãos de controle para a devida apuração. De nada adiantaria criar embaraços aos usuários dos serviços públicos”.
o servidor, ciente de um ato irregular, ir comunicar ao público “O servidor tem obrigação legal de dar conhecimento às
ou a terceiros. Além do dever de sigilo, há assuntos que exi- autoridades de qualquer irregularidade de que tiver ciência
gem certas reservas, visando ao bem do serviço público, da em razão do cargo, principalmente no processo em que está
segurança nacional e mesmo da sociedade”. atuando ou quando o fato aconteceu sob as suas vistas. Não é
“Se o agente não zelar pela economia e pela conserva- concebível que o servidor se defronte com uma irregularidade
ção dos bens públicos presta um desserviço à nação que lhe administrativa e fique inerte. Deve provocar quem de direito
remunera. E como se verá adiante poderá ser causa inclusive para que a irregularidade seja sanada de imediato. Caso haja
de demissão, se não cumprir o presente dever, quando por indiferença no seu círculo de atuação, i.e., no seu setor ou se-
descumprimento dele a gravidade do fato implicar a infração ção, deverá representar aos órgãos superiores. Assim é que
a normas mais graves”. o dever de informar acerca de irregularidades anda de braço

9
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

dado com o dever de representar. Não surtindo efeito a no- II - não se contiver a ordem na área da competência do ór-
tícia da irregularidade, não corrigida esta, sobrevém o dever gão a que servir o funcionário seu destinatário, ou não se referir
de representar. O dever de representação não deixa de ser a nenhuma das atribuições do servidor;
uma prerrogativa legal, investindo o servidor de um múnus III - for a ordem expedida sem a forma exigida por lei;
público importante, constituindo o servidor em um curador IV - não tiver sido a ordem publicada, quando tal formali-
legal do ente público. O mais humilde servidor passa a ser um dade for essencial à sua validade;
agente promotor de legalidade. É claro o inciso XII do art. 116 V - não tiver a ordem como causa uma necessidade admi-
quando diz que é dever do servidor “representar contra ilega- nistrativa ou pública, ou visar a fins não estipulados na regra de
lidade, omissão ou abuso de poder”. De modo que também a competência da autoridade da qual promanou ou do funcioná-
omissão pode ensejar a representação. A omissão do agente rio a quem se dirige;
que ilegalmente não pratica ato a que se acha vinculado pode VI - a ordem configurar abuso ou excesso de poder ou de
até configurar o ilícito penal de prevaricação. O dever de re- autoridade.
presentação deve ser privilegiado, mas deve ser usado com o § 1º - Em qualquer dos casos referidos neste artigo, o fun-
devido equilíbrio, não podendo servir a finalidades egoísticas, cionário representará contra a ordem, fundamentadamente, à
político-partidárias, induzido por inimizades de cunho pessoal, autoridade imediatamente superior a que ordenou.
o que de pronto trespassará o representante de autor a réu por § 2º - Se se tratar de ordem emanada do Presidente da
prática de abuso de poder ou denunciação caluniosa”. Assembleia Legislativa, do Chefe do Poder Executivo, do Pre-
sidente do Tribunal de Contas e do Presidente do Conselho de
Art. 190 - Os deveres do funcionário são gerais, quando Contas dos Municípios, o funcionário justificará perante essas
fixados neste Estatuto e legislação complementar, e especiais, autoridades a escusa da obediência.
quando fixados tendo em vista as peculiaridades das atribui-
ções funcionais. CAPÍTULO III
Art. 191 - São deveres gerais do funcionário: Das Proibições
I - lealdade e respeito às instituições constitucionais e ad-
ministrativas a que servir; Art. 193 - Ao funcionário é proibido:
I - salvo as exceções constitucionais pertinentes, acumular
II - observância das normas constitucionais, legais e re-
cargos, funções e empregos públicos remunerados, inclusive
gulamentares;
nas entidades da Administração Indireta (autarquias, empresas
III - obediência às ordens de seus superiores hierárquicos;
públicas e sociedades de economia mista);
IV - continência de comportamento, tendo em vista o
II - referir-se de modo depreciativo às autoridades em qual-
decoro funcional e social;
quer ato funcional que praticar, ressalvado o direito de crítica
V - levar, por escrito, ao conhecimento da autoridade supe-
doutrinária aos atos e fatos administrativos, inclusive em traba-
rior irregularidades administrativas de que tiver ciência em lho público e assinado;
razão do cargo que ocupa, ou da função que exerça; III - retirar, modificar ou substituir qualquer documento ofi-
VI - assiduidade; cial, com o fim de constituir direito ou obrigação, ou de alterar a
VII - pontualidade; verdade dos fatos, bem como apresentar documento falso com
VIII - urbanidade; a mesma finalidade;
IX - discrição; IV - valer-se do exercício funcional para lograr proveito ilí-
X - guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de cito para si, ou para outrem;
natureza reservada de que tenha conhecimento em razão do V - promover manifestação de desapreço ou fazer circular
cargo que ocupa, ou da função que exerça; ou subscrever lista de donativos, no recinto do trabalho;
XI - zelar pela economia e conservação do material que VI - coagir ou aliciar subordinados com objetivos político
lhe for confiado; -partidários;
XII - atender às notificações para depor ou realizar pe- VII - participar de diretoria, gerência, administração, conselho
rícias ou vistorias, tendo em vista procedimentos disciplinares; técnico ou administrativo, de empresa ou sociedades mercantis;
XIII - atender, nos prazos de lei ou regulamentares, as VIII - pleitear, como procurador ou intermediário, junto aos
requisições para defesa da Fazenda Pública; órgãos e entidades estaduais, salvo quando se tratar de percep-
XIV - atender, nos prazos que lhe forem assinados por lei ção de vencimentos, proventos ou vantagens de parente con-
ou regulamento, os requerimentos de certidões para defesa de sanguíneo ou afim, até o segundo grau civil;
direitos e esclarecimentos de situações; IX - praticar a usura;
XV - providenciar para que esteja sempre em ordem, no X - receber propinas, vantagens ou comissões pela prática
assentamento individual, sua declaração de família; de atos de oficio;
XVI - atender, prontamente, e na medida de sua compe- XI - revelar fato de natureza sigilosa, de que tenha ciência
tência, os pedidos de informação do Poder Legislativo e às em razão do cargo ou função, salvo quando se tratar de depoi-
requisições do Poder Judiciário; mento em processo judicial, policial ou administrativo;
XVII - cumprir, na medida de sua competência, as decisões XII - cometer a outrem, salvo os casos previstos em lei ou
judiciais ou facilitar-lhes a execução. ato administrativo, o desempenho de sua atividade funcional;
Art. 192 - O funcionário deixará de cumprir ordem de XIII - entreter-se, nos locais e horas de trabalho, com ativi-
autoridade superior quando: dades estranhas às relacionadas com as suas atribuições, cau-
I - a autoridade de quem emanar a ordem for incompe- sando prejuízos a estas;
tente; XIV - deixar de comparecer ao trabalho sem causa justificada;

10
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

XV - ser comerciante; Art. 198 - Aplicar-se-á a suspensão, através de ato escrito,


XVI - contratar com o Estado, ou suas entidades, salvo os por prazo não superior a 90 (noventa) dias, nos casos de rein-
casos de prestação de serviços técnicos ou científicos, inclusive cidência de falta leve, e nos de ilícito grave, salvo a expressa
os de magistério em caráter eventual; cominação, por lei, de outro tipo de sanção.
XVII - empregar bens do Estado e de suas entidades em Parágrafo único - Por conveniência do serviço, a suspensão
serviço particular; poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por
XVIII - atender pessoas estranhas ao serviço, no local de cento) por dia de vencimento, obrigado, neste caso, o funcioná-
trabalho, para o trato de assuntos particulares; rio a permanecer em exercício.
XIX - retirar bens de órgãos ou entidades estaduais, salvo Art. 199 - A demissão será obrigatoriamente aplicada nos
quando autorizado pelo superior hierárquico e desde que para seguintes casos:
atender a interesse público. I - crime contra a administração pública;
Parágrafo único - Excluem-se da proibição do item XVI os II - crime comum praticado em detrimento de dever ineren-
contratos de cláusulas uniformes e os de emprego, em geral, te à função pública ou ao cargo público, quando de natureza
quando, no último caso, não configurarem acumulação ilícita. grave, a critério da autoridade competente;
Art. 194 - É ressalvado ao funcionário o direito de acu- III - abandono de cargo;
mular cargo, funções e empregos remunerados, nos casos IV - incontinência pública e escandalosa e prática de jogos
excepcionais da Constituição Federal. proibidos;
§1º - Verificada, em inquérito administrativo, acumulação V - insubordinação grave em serviço;
proibida e provada a boa-fé, o funcionário optará por um dos VI - ofensa física ou moral em serviço contra funcionário
cargos, funções ou empregos, não ficando obrigado a restituir o ou terceiros;
que houver percebido durante o período da acumulação vedada. VII - aplicação irregular dos dinheiros públicos, que resul-
§2º - Provada a má-fé, o funcionário perderá os cargos, tem em lesão para o Erário Estadual ou dilapidação do seu pa-
funções ou empregos acumulados ilicitamente devolvendo ao trimônio;
Estado o que houver percebido no período da acumulação. VIII - quebra do dever de sigilo funcional;
IX - corrupção passiva, nos termos da lei penal;
Estabelece o artigo 37, XVI da Constituição Federal: X - falta de atendimento ao requisito do estágio probatório
estabelecido no art. 27, § 1º, item III;
É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, XI - desídia funcional;
exceto, quando houver compatibilidade de horários, observa- XII - descumprimento de dever especial inerente a cargo em
do em qualquer caso o disposto no inciso XI.  comissão.
a) a de dois cargos de professor;  § 1° - Considera-se abandono de cargo a deliberada ausên-
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou cia ao serviço, sem justa causa, por trinta (30) dias consecutivos
científico; ou 60 (sessenta) dias, interpoladamente, durante 12 (doze) meses.
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profis- § 2º - Entender-se-á por ausência ao serviço com jus-
sionais de saúde, com profissões regulamentadas; ta causa não só a autorizada por lei, regulamento ou outro
Art. 195 - O aposentado compulsoriamente ou por in- ato administrativo, como a que assim for considerada após
validez não poderá acumular seus proventos com a ocu- comprovação em inquérito ou justificação administrativa, esta
pação de cargo ou o exercício de função ou emprego público. última requerida ao superior hierárquico pelo funcionário in-
Parágrafo único - Não se compreendem na proibição de teressado, valendo a justificação, nos termos deste parágrafo,
acumular nem estão sujeitos a quaisquer limites: apenas para fins disciplinares.
I - a percepção conjunta de pensões civis e militares; Art. 200 - Tendo em vista a gravidade do ilícito, a demissão
II - a percepção de pensões com vencimento ou salário; poderá ser aplicada com a nota “a bem do serviço público”, a
III - a percepção de pensões com vencimentos de disponibi- qual constará sempre nos casos de demissão referidos nos itens
lidade e proventos de aposentadoria e reforma; I e VII do artigo 199.
IV - a percepção de proventos, quando resultantes de car- Parágrafo único - Salvo reabilitação obtida em processo dis-
gos legalmente acumuláveis. ciplinar de revisão, o funcionário demitido com a nota a que se
refere este artigo não poderá reingressar nos quadros funcionais
CAPÍTULO IV do Estado ou de suas entidades, a qualquer título.
Das Sanções Disciplinares e seus Efeitos Art. 201 - Ao ato que cominar sanção, precederá sempre
procedimento disciplinar, assegurada ao funcionário indiciado
Art. 196 - As sanções aplicáveis ao funcionário são as seguintes: ampla defesa, nos termos deste Estatuto, pena de nulidade da
I - repreensão; cominação imposta.
II - suspensão; Parágrafo único - As sanções referidas nos itens II e VI do
III - multa; artigo 196 serão cominadas por escrito e fundamentalmente,
IV - demissão; pena de nulidade.
V - cassação de disponibilidade; Art. 202 - São competentes para aplicação das sanções dis-
VI - cassação de aposentadoria. ciplinares:
Art. 197 - Aplicar-se-á a repreensão, sempre por escrito, I - os Chefes dos Poderes Legislativo e Executivo, em qual-
ao funcionário que, em caráter primário, a juízo da autoridade quer caso, e privativamente, nos casos de demissão e cassação
competente, cometer falta leve, não cominável, por este Estatu- de aposentadoria ou disponibilidade, salvo se se tratar de puni-
to, com outro tipo de sanção. ção de funcionário autárquico;

11
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

II - os dirigentes superiores das autarquias, em qualquer Art. 207 - A prisão, a que se refere o artigo anterior, será
caso, e, privativamente, nos casos de demissão e cassação, da cumprida em local especial.
aposentadoria ou disponibilidade; Art. 208 - Aplica-se à prisão administrativa o disposto no §
III - os Secretários de Estado e demais dirigentes de órgãos 2º do art. 205 deste Estatuto.
subordinados ou auxiliares, em todos os casos, salvo os referidos
nos itens I e II; CAPÍTULO V
IV - os chefes de unidades administrativas em geral, nos Da Sindicância
casos de repreensão, suspensão até 30 (trinta) dias e multa cor-
respondente. Art. 209 - A sindicância é o procedimento sumário atra-
Art. 203 - Além da pena judicial que couber, serão conside- vés do qual o Estado ou suas autarquias reúnem elementos
rados como de suspensão os dias em que o funcionário, notifi- informativos para determinar a verdade em torno de possí-
cado deixar de atender à convocação para prestação de serviços veis irregularidades que possam configurar, ou não, ilícitos
estatais compulsórios, salvo motivo justificado. administrativos, aberta pela autoridade de maior hierarquia,
Art. 204 - Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade no órgão em que ocorreu a irregularidade, ressalvadas em
se ficar provado, em inquérito administrativo, que o aposentado qualquer caso, permitida a delegação de competência:
ou disponível: I - do Governador, em qualquer caso;
I - praticou, quando no exercício funcional, ilícito punível II - dos Secretários de Estado, dos dirigentes autárquicos
com demissão; e dos Presidentes da Assembleia Legislativa, Tribunal de Con-
II - aceitou cargo ou função que, legalmente, não poderia tas e do Conselho de Contas dos Municípios, em suas respec-
ocupar, ou exercer, provada a má-fé; tivas áreas funcionais.
III - não assumiu o disponível, no prazo legal, o lugar fun- § 1º - Abrir-se-á, também, sindicância para apuração
cional em que foi aproveitado, salvo motivo de força maior; das aptidões do funcionário, no estágio probatório, para
IV - perdeu a nacionalidade brasileira. fins de demissão ou exoneração, quando for o caso, asse-
Parágrafo único - A cassação da aposentadoria ou dispo- gurada ao indiciado ampla defesa, nos termos dos artigos
nibilidade ex-tingue o vínculo do aposentado ou do disponível estatutários que disciplinam o inquérito administrativo, re-
com o Estado ou suas entidades autárquicas. duzidos os prazos neles estabelecidos, à metade.
Art. 205 - A suspensão preventiva será ordenada pela au- § 2º - Aberta a sindicância, suspende-se a fluência do
toridade que determinar a abertura do inquérito administrativo,
período do estágio probatório.
se, no transcurso deste, a entender indispensável, nos termos do
§ 3º - A sindicância será realizada por funcionário estável,
§ 1º deste artigo.
designado pela autoridade que determinar a sua abertura.
§ 1º - A suspensão preventiva não ultrapassará o prazo de
§ 4º - A sindicância precede o inquérito administrativo,
90 (noventa) dias e somente será determinada quando o afas-
quando for o caso, sendo-lhe anexada como peça informa-
tamento do funcionário for necessário, para que, como indicia-
tiva e preliminar.
do, não venha a influir na apuração de sua responsabilidade.
§ 2º - Suspenso preventivamente, o funcionário terá, en- § 5º - A sindicância será realizada no prazo máximo de
tretanto, direito: 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período, a pedido do
I - a computar o tempo de serviço relativo ao período de sindicante, e a critério da autoridade que determinou a sua
suspensão para todos os efeitos legais; abertura.
II - a computar o tempo de serviço para todos os fins de § 6º - Havendo ostensividade ou indícios fortes de auto-
lei, relativo ao período que ultrapassar o prazo da suspensão ria do ilícito administrativo, o sindicante indiciará o funcioná-
preventiva; rio, abrindo-lhe o prazo de 3 (três) dias para defesa prévia. A
III - a perceber os vencimentos relativos ao período de sus- seguir, com o seu relatório, encaminhará o processo de sindi-
pensão, se reconhecida a sua inocência no inquérito adminis- cância à autoridade que determinou a sua abertura.
trativo; § 7º - O sindicante poderá ser assessorado por técnicos, de
IV - a perceber as gratificações por tempo de serviço já pres- preferência pertencentes aos quadros funcionais, devendo todos os
tado e o salário-família. atos da sindicância serem reduzidos a termo por secretário designado
Art. 206 - Os Chefes dos Poderes Legislativo, Executivo e pelo sindicante, dentre os funcionários do órgão a que pertencer.
Judiciário, os Presidentes do Tribunal de Contas e do Conselho § 8º - Ultimada a sindicância, não apurada a responsa-
de Contas dos Municípios, os Secretários de Estado e os dirigen- bilidade administrativa, ou o descumprimento dos requisi-
tes das Autarquias poderão ordenar a prisão administrativa do tos do estágio probatório, o processo será arquivado, fixada
funcionário responsável direto pelos dinheiros e valores públicos, a responsabilidade funcional, a autoridade que determinou a
ou pelos bens que se encontrarem sob a guarda do Estado ou de sindicância encaminhará os respectivos autos para a Comissão
suas Autarquias, no caso de alcance ou omissão no recolhimen- Permanente de Inquérito Administrativo, que funcionará:
to ou na entrega a quem de direito nos prazos e na forma da lei. I - no Poder Executivo, na Governadoria, nas Secretarias de
§ 1º - Recolhida aos cofres públicos a importância desvia- Estado, órgãos desconcentrados e nas autarquias;
da, a autoridade que ordenou a prisão revogará imediatamen- II - no Poder Legislativo, na Diretoria Geral;
te o ato gerador da custódia. III - no Tribunal de Contas e no Conselho de Contas dos
§ 2º - A autoridade que ordenar a prisão, que não poderá Municípios.
ultrapassar a 90 (noventa) dias, comunicará imediatamente o
fato à autoridade judiciária competente e providenciará a aber-
tura e realização urgente do processo de tomada de contas.

12
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

CAPÍTULO VI Parágrafo único - Das decisões dos Secretários de Estado


Do Inquérito Administrativo e do Presidente do Conselho de Contas dos Municípios caberá
recurso, com efeito suspensivo, no prazo deste artigo, para o Go-
Art. 210 - O inquérito administrativo é o procedimento vernador. Das decisões do Presidente da Assembleia Legislativa
através do qual os órgãos e as autarquias do Estado apuram a e do Tribunal de Contas caberá recurso, com os efeitos deste
responsabilidade disciplinar do funcionário. parágrafo, para o Plenário da Assembleia e do Tribunal, respec-
Parágrafo único - São competentes para instaurar o inquérito: tivamente.
I - o Governador, em qualquer caso; Art. 221 - O inquérito administrativo será concluído no pra-
II - os Secretários de Estado, os dirigentes das Autarquias e zo máximo de 90 (noventa) dias, podendo ser prorrogado por
os Presidentes da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas igual período, a pedido da Comissão, ou a requerimento do in-
e do Conselho de Contas dos Municípios, em suas áreas funcio- diciado, dirigido à autoridade que determinou o procedimento.
nais, permitida a delegação de competência. Art. 222 - Em qualquer fase do inquérito será permitida a
Art. 211 - O inquérito administrativo será realizado por Comis- intervenção do indiciado, por si, ou por seu defensor.
sões Permanentes, instituídas por atos do Governador, do Presidente Art. 223 - Havendo mais de um indiciado e diversidade de
da Assembleia Legislativa, do Presidente do Tribunal de Contas, do sanções caberá o julgamento à autoridade competente para im-
Presidente do Conselho de Contas dos Municípios, dos dirigentes das posição da sanção mais grave. Neste caso, os prazos assinados
Autarquias e dos órgãos desconcentrados, permitida a delegação de aos indiciados correrão em comum.
poder, no caso do Governador, ao Secretário de Administração. Art. 224 - O funcionário só poderá ser exonerado, estando
Art. 212 - As Comissões Permanentes de Inquérito Adminis- respondendo a inquérito administrativo, depois de julgado este
trativo compor-se-ão de três membros, todos funcionários está- com a declaração de sua inocência.
veis do Estado ou de suas autarquias, presidida pelo servidor que Art. 225 - Recebidos os autos do inquérito, a autoridade
for designado pela autoridade competente, que colocará à dis- julgadora proferirá sua decisão no prazo improrrogável de 20
posição das Comissões o pessoal necessário ao desenvolvimento (vinte) dias.
de seus trabalhos, inclusive os de secretário e assessoramento. Art. 226 - Declarada a nulidade do inquérito, no todo ou
Art. 213 - Instaurado o inquérito administrativo, a autori-
em parte, por falta do cumprimento de formalidade essencial,
dade encaminhará seu ato para a Comissão de Inquérito que
inclusive o reconhecimento de direito de defesa, novo procedi-
for competente, tendo em vista o local da ocorrência da irre-
mento será aberto.
gularidade verificada, ou a vinculação funcional do servidor a
Art. 227 - No caso do artigo anterior e no de esgotamento
quem se pretende imputar a responsabilidade administrativa.
do prazo para a conclusão do inquérito, o indiciado, se tiver sido
Art. 214 - Abertos os trabalhos do inquérito, o Presidente da
afastado de seu cargo, retornará ao seu exercício funcional.
Comissão mandará citar o funcionário acusado, para que, como
indiciado, acompanhe, na forma do estabelecido neste Estatuto,
todo o procedimento, requerendo o que for do interesse da defesa. CAPÍTULO VII
Parágrafo único - A citação será pessoal, mediante proto- Da Revisão
colo, devendo o servidor dele encarregado consignar, por escri-
to, a recusa do funcionário em recebê-la. Em caso de não ser Art. 228 - A qualquer tempo poderá ser requerida a revisão
encontrado o funcionário, estando ele em lugar incerto e não do procedimento administrativo de que resultou sanção disci-
sabido, a citação far-se-á por edital, publicado no Diário Oficial plinar, quando se aduzam fatos ou circunstâncias que possam
do Estado, com prazo de 15 (quinze) dias, depois do que, não justificar a inocência do requerente, mencionados ou não no
comparecendo o citado, ser-lhe-á designado defensor, nos ter- procedimento original.
mos do art. 184, item III e § 1º do art. 185. Parágrafo único - Tratando-se de funcionário falecido ou
Art. 215 - Citado, o indiciado poderá requerer suas provas desaparecido, a revisão poderá ser requerida pelo cônjuge, com-
no prazo de 5 (cinco) dias, podendo renovar o pedido, no curso panheiro, descendente, ascendente colateral consanguíneo até
do inquérito, se necessário para demonstração de fatos novos. o 2º grau civil.
Art. 216 - A falta de notificação do indiciado ou de seu de- Art. 229 - Processar-se-á a revisão em apenso ao processo
fensor, para todas as fases do inquérito, determinará a nulidade original.
do procedimento. Parágrafo único - Não constitui fundamento para a revisão
Art. 217 - Encerrada a fase probatória, o indiciado será no- a simples alegação de injustiça da sanção.
tificado para apresentar, por seu defensor, no prazo de 10 (dez) Art. 230 - O requerimento devidamente instruído será diri-
dias, suas razões finais de defesa. gido à autoridade que aplicou a sanção, ou àquela que a tiver
Art. 218 - Apresentadas as razões finais de defesa, a Co- confirmado, em grau de recurso.
missão encaminhará os autos do inquérito, com relatório cir- Parágrafo único - Para processar a revisão, a autoridade
cunstanciado e conclusivo, à autoridade competente para o seu que receber o requerimento nomeará uma comissão composta
julgamento. de três funcionários efetivos, de categoria igual ou superior à do
Art. 219 - Sob pena de nulidade, as reuniões e as diligên- requerente.
cias realizadas pela Comissão de Inquérito serão consignadas Art. 231 - Na inicial, o requerente pedirá dia e hora para
em atas. inquirição das testemunhas que arrolar.
Art. 220 - Da decisão de autoridade julgadora cabe recurso Parágrafo único - Será considerada informante a teste-
no prazo de 10 (dez) dias, com efeito suspensivo, para a auto- munha que, residindo fora da sede onde funcionar a comissão,
ridade hierárquica imediatamente superior, ou para a que for
prestar depoimento por escrito.
indicada em regulamento ou regimento.

13
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

Art. 232 - Concluído o encargo da comissão, no prazo de Resposta: “A”. Prevê o Estatuto dos funcionários Públicos
60 (sessenta) dias, prorrogável por trinta (30) dias, nos casos de Civis do Estado do Ceará (Lei 9826/74): “Art. 33 - O exercício
força maior, será o processo, com o respectivo relatório, encami- funcional terá início no prazo de trinta dias, contados da data:
nhado à autoridade competente para o julgamento. I - da publicação oficial do ato, no caso de reintegração; II - da
Parágrafo único - O prazo para julgamento será de 20 (vin- posse, nos demais casos. Art. 34 - O funcionário terá exercício
te) dias, prorrogável por igual período, no caso de serem deter- na repartição onde for lotado o cargo por ele ocupado, não
minadas novas diligências. podendo dela se afastar, salvo nos casos previstos em lei ou
Art. 233 - Das decisões proferidas em procedimento de revi- regulamento. § 1º - O afastamento não se prolongará por mais
são cabe recurso, na forma do art. 220. de quatro anos consecutivos, salvo: I - quando para exercer as
atribuições de cargo ou função de direção ou de Governo dos
EXERCÍCIOS Estados, da União, Distrito Federal, Territórios e Municípios e
respectivas entidades da administração indireta; II - quando à
1. (IF-RR - JORNALISTA - FUNCAB/2013) A responsabi- disposição da Presidência da República; III - quando para exer-
lização do servidor público pode se dar no âmbito civil, penal e cer mandato eletivo, estadual, federal ou municipal, observado,
administrativo. Em relação à referida responsabilização, é cor- quanto a este, o disposto na legislação especial pertinente; IV -
reto afirmar que: quando convocado para serviço militar obrigatório; V - quando
a) o servidor, ao cometer uma infração, não poderá ser se tratar de funcionário no gozo de licença para acompanhar o
punido nas esferas administrativa, cível e penal. cônjuge. § 2º - Preso preventivamente, pronunciado por crime
b) o processo administrativo e o penal não podem ser ins- comum ou denunciado por crime inafiançável, em processo do
taurados concomitantemente. qual não haja pronúncia, o funcionário será afastado do exercí-
c) a responsabilidade administrativa do servidor será afas- cio, até sentença passada em julgado. § 3º - O funcionário afas-
tada no caso de absolvição criminal que negue a existência do tado nos termos do parágrafo anterior terá direito à percepção
fato ou de sua autoria. do benefício do auxílio-reclusão, nos termos da legislação pre-
d) quando a decisão judicial afirmar “não constituir o fato videnciária específica. Art. 36 - Para entrar em exercício, o fun-
cionário é obrigado a apresentar ao órgão de pessoal os ele-
a infração penal”, acarreta vinculação na esfera administrativa.
mentos necessários à atualização de seu cadastro individual”.
Resposta: “C”. Pela lei, as sanções civis, penais e adminis-
3. (FCC/2015 - TCE-CE - Analista de Controle Externo
trativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
-Auditoria Governamental) Josué é funcionário público, ocu-
Além disso, a responsabilidade administrativa do servidor será
pando cargo efetivo no quadro da Secretaria da Fazenda Es-
afastada no caso de absolvição criminal que negue a exis-
tadual. Em razão de sua formação superior na área de ciências
tência do fato ou sua autoria. A alternativa “C” está correta contábeis, foi convidado a ocupar a função de diretor financei-
porque traz previsão exata da lei, excepcionando a indepen- ro da empresa estatal que atua na exploração de rodovias es-
dência das esferas cível e administrativa em relação à criminal. taduais. Josué, não obstante tenha se interessado pelo convite,
Alternativa “a”: incorreta. O servidor pode ser punidos ficou com receio de que seu afastamento desfavorecesse os
nas três esferas porque elas são independentes entre si. direitos e vantagens a que faz jus como titular de cargo efetivo.
Alternativa “b”: incorreta. Se as instâncias administrativa A propósito desse aspecto, a Lei n° 9.826/1974 estabelece que
e penal são independentes, nada impede a instauração conco- a) os direitos e vantagens conferidos aos ocupantes de
mitante dos processos. cargos públicos efetivos não se transferem aos ocupantes de
Alternativa “d”: incorreta. Se o fato não constitui infra- empregos públicos, posto que estes prescindem de concurso
ção penal nada impede que constitua infração administrativa, público para serem preenchidos.
logo, é comum que um fato não seja infração penal e ainda b) o afastamento de funcionário público ocupante de car-
assim seja punível, mas pelas esferas cível e/ou administrativa. go efetivo não impacta no recebimento de nenhum direito ou
vantagem, em razão da irredutibilidade de vencimentos dos
2. (FUNECE/2017 - UECE - Assistente de Administra- servidores públicos.
ção) Considerando o Estatuto dos funcionários Públicos Civis c) em se tratando de ocupar outro cargo estadual de pro-
do Estado do Ceará (Lei 9826/74), assinale a afirmação verda- vimento em comissão, o tempo de serviço será computável
deira. para todos os fins em favor do servidor Josué.
a) O exercício funcional terá início no prazo de trinta dias, d) é vedado o afastamento de servidor público ocupante
contados da data da publicação oficial do ato, no caso de rein- de cargo efetivo para ocupar outro cargo na Administração
tegração, e da data da posse, nos demais casos. pública, tendo em vista que equivaleria a colocar o cargo origi-
b) O funcionário terá exercício na repartição onde for lota- nal em disponibilidade.
do o cargo por ele ocupado, não podendo dela se afastar em e) apenas o afastamento que dependa de autorização le-
nenhuma hipótese. gislativa pode ser computado como tempo de efetivo serviço.
c) Para entrar em exercício, é facultada ao funcionário a
apresentação, ao órgão de pessoal, dos elementos necessários Resposta: “C”. O que disciplina o caso específico de Josué
à atualização de seu cadastro individual. é o art. 68, inciso V, da lei estadual 9.826/74, senão vejamos:
d) O afastamento do funcionário da repartição onde foi “Art. 68 - Será considerado de efetivo exercício o afastamento
lotado nunca poderá se prolongar por mais de quatro anos em virtude de: [...] V - exercício das atribuições de outro cargo
consecutivos. estadual de provimento em comissão, inclusive da Administra-
ção Indireta do Estado”.

14
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

1. Lei Federal Nº 9.503/97, de 23/09/1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e suas alterações........................ 01
2. Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) e suas alterações: 4/98; 14/98; 16/98; 18/98; 22/98; 24/98;
26/98; 32/98; 61/98; 110/00; 128/01; 168/04; 182/05; 187/06; 205/06; 210/06; 216/06; 224/06; 227/07; 231/07; 241/07;
242/07; 254/07; 258/07; 273/08; 277/08; 286/08; 292/08; 300/08; 302/08; 303/08; 304/08; 309/09; 310/09; 349/10;
356/10; 358/10; 360/10; 371/10; 372/11; 432/13; 453/13; 466/13; 471/13; 508/14; 541/15; 561/15; 573/15; 581/16;
622/16; 623/16; 624/16; 670/17.......................................................................................................................................................................... 48
3. Legislação de Transportes: ............................................................................................................................................................................137
3.1. Lei Estadual Nº 13.094/2001 (DOE de 12/01/2001), alterada pelas Leis Estaduais Nº 14.288/2009 (DOE 26/01/2009),
Nº 14.719 /2010 (DOE de 31/05/2010) e Nº 15.491/2013 (DOE de 30/12/2013). .......................................................................137
3.2. Decreto Estadual Nº 29.687/2009 (DOE de 24/03/2009, alterado pelo Decreto Estadual Nº 31.658/2014 (DOE de
31/12/2014)..............................................................................................................................................................................................................151
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

PROF. GREICE ALINE DA Polícia Rodoviária Federal


COSTA SARQUIS PINTO. Tem a responsabilidade de fiscalizar o cumprimento das
normas de trânsito pelo patrulhamento ostensivo das rodovias
Bacharel em Direito - Faculdade de Direito da Alta Pau- federais
lista - FADAP/FAP. Advogada inscrita na OAB/ SP sob nº
298.596. Membro da Comissão do Jovem Advogado na 34ª Conselho Estadual de Trânsito - CETRAN
Subseção de Tupã/SP. Órgão normativo, consultivo e coordenador do trânsito.
DETRAN
Departamentos Estaduais de Trânsito
Responsáveis pela administração da frota de veículos nos
1. LEI FEDERAL Nº 9.503/97, DE 23/09/1997, Estados, incluindo-se registros, emplacamentos e verificação dos
QUE INSTITUI O CÓDIGO DE TRÂNSITO itens de segurança obrigatórios. Cabe também aos DETRANs a
BRASILEIRO, E SUAS ALTERAÇÕES. formação, habilitação e controle dos motoristas.

DER e Polícia Rodoviária Estadual


Responsável pela construção, manutenção e sinalização das
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) define atribuições
rodovias estaduais.
das diversas autoridades e órgãos ligados ao trânsito do Brasil,
As polícias rodoviárias estaduais são agentes dos DERs,
fornece diretrizes para a engenharia de tráfego e estabelece
atuando na fiscalização das rodovias estaduais.
normas de conduta, infrações e penalidades para os diversos
usuários desse complexo sistema.
LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997
Acerca do trânsito, é importante ilustrar que considera-se
trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,
Institui o Código de Trânsito Brasileiro.
isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circula-
ção, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. CAPÍTULO I
O referido Código tem, como base, a Constituição Federal DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
de 1988, respeita a Convenção de Viena e o Acordo Mercosul e
entrou em vigor no ano de 1998. Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do
Para compreensão deste dispositivo basta conhecer os se- território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código.
guintes conceitos: § 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas,
Assim, podemos conceituar Trânsito como a movimen- veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não,
tação e imobilização de veículos, pessoas e animais nas vias para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de
terrestres. A Via por sua vez é a superfície por onde transitam carga ou descarga.
veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, § 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos
o acostamento, ilha e canteiro central. Já a Parada é a imobi- e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacio-
lização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente nal de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas com-
necessário para efetuar embarque ou desembarque de passa- petências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito.
geiros. § 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Na-
cional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas com-
São Órgãos do Sistema Nacional de Trânsito: petências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em
virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção de
Conselho Nacional de Trânsito programas, projetos e serviços que garantam o exercício do di-
Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito e Órgão nor- reito do trânsito seguro.
mativo e consultivo máximo, responsável pela regulamentação § 4º (VETADO).
do Código e pela atualização permanente das leis de trânsito. § 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sis-
tema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à
Departamento Nacional de Trânsito defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio
Órgão executivo da União que tem por obrigação su- -ambiente.
pervisionar, coordenar, controlar e fiscalizar a política do
Programa Nacional de Trânsito, estão sob seu controle os Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as ave-
DETRANs estaduais. Nos casos em que este apresentarem nidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas
deficiências técnicas ou qualquer tipo de dificuldade ope- e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou
racional que impeça a correta prestação de seus serviços, o entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as pecu-
DENATRAN atua como órgão corregedor. liaridades locais e as circunstâncias especiais.
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consi-
Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes deradas vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as
Desempenha as funções relativas à construção, manuten- vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por
ção e operação da infra-estrutura dos segmentos do Sistema unidades autônomas e as vias e áreas de estacionamento de
Federal de Viação sob administração direta da União nos mo- estabelecimentos privados de uso coletivo. (Redação dada
dais rodoviário, ferroviário e aquaviário. pela Lei nº 13.146, de 2015)

1
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a qual- § 1º O convênio valerá para toda a área física do porto or-
quer veículo, bem como aos proprietários, condutores dos veí- ganizado, inclusive, nas áreas dos terminais alfandegados, nas
culos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele expressamen- estações de transbordo, nas instalações portuárias públicas de
te mencionadas. pequeno porte e nos respectivos estacionamentos ou vias de
trânsito internas.
Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos para os § 2º (VETADO).
efeitos deste Código são os constantes do Anexo I. § 3º (VETADO).

CAPÍTULO II Art. 8º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios or-


DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO ganizarão os respectivos órgãos e entidades executivos de
Seção I trânsito e executivos rodoviários, estabelecendo os limites cir-
Disposições Gerais cunscricionais de suas atuações.

Art. 5º O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de ór- Art. 9º O Presidente da República designará o ministério
gãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e ou órgão da Presidência responsável pela coordenação má-
dos Municípios que tem por finalidade o exercício das ativida- xima do Sistema Nacional de Trânsito, ao qual estará vincula-
des de planejamento, administração, normatização, pesquisa, do o CONTRAN e subordinado o órgão máximo executivo de
registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e trânsito da União.
reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do Art. 10. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com
sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infra- sede no Distrito Federal e presidido pelo dirigente do órgão
ções e de recursos e aplicação de penalidades. máximo executivo de trânsito da União, tem a seguinte com-
posição:
Art. 6º São objetivos básicos do Sistema Nacional de Trân- I - (VETADO).
sito: II - (VETADO).
I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito,
III - um representante do Ministério da Ciência e Tecno-
com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa ambien-
logia;
tal e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu cumprimento;
IV - um representante do Ministério da Educação e do
II - fixar, mediante normas e procedimentos, a padroniza-
Desporto;
ção de critérios técnicos, financeiros e administrativos para a
V - um representante do Ministério do Exército;
execução das atividades de trânsito;
VI - um representante do Ministério do Meio Ambiente e
III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de in-
da Amazônia Legal;
formações entre os seus diversos órgãos e entidades, a fim de
VII - um representante do Ministério dos Transportes;
facilitar o processo decisório e a integração do Sistema.
VIII - (VETADO).
Seção II IX - (VETADO).
Da Composição e da Competência do Sistema Nacional de X - (VETADO).
Trânsito XI - (VETADO).
XII - (VETADO)
Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os se- XIII - (VETADO).
guintes órgãos e entidades: XIV - (VETADO).
I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordena- XV - (VETADO).
dor do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo; XVI - (VETADO).
II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o Con- XVII - (VETADO).
selho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE, órgãos XVIII - (VETADO).
normativos, consultivos e coordenadores; XIX - (VETADO).
III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, XX - um representante do ministério ou órgão coordena-
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; dor máximo do Sistema Nacional de Trânsito;
IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, XXI - (VETADO).
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; XXII - um representante do Ministério da Saúde.
V - a Polícia Rodoviária Federal; XXIII - 1 (um) representante do Ministério da Justiça.
VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; XXIV - 1 (um) representante do Ministério do Desenvolvi-
VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - mento, Indústria e Comércio Exterior;
JARI. XXV - 1 (um) representante da Agência Nacional de Trans-
portes Terrestres (ANTT).
Art. 7o-A. A autoridade portuária ou a entidade concessio- § 1º (VETADO).
nária de porto organizado poderá celebrar convênios com os § 2º (VETADO).
órgãos previstos no art. 7o, com a interveniência dos Municí- § 3º (VETADO).
pios e Estados, juridicamente interessados, para o fim específi-
co de facilitar a autuação por descumprimento da legislação Art. 11. (VETADO).
de trânsito.

2
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 12. Compete ao CONTRAN: Art. 14. Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito -
I - estabelecer as normas regulamentares referidas neste CETRAN e ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CON-
Código e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito; TRANDIFE:
II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
objetivando a integração de suas atividades; trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
III - (VETADO). II - elaborar normas no âmbito das respectivas compe-
IV - criar Câmaras Temáticas; tências;
V - estabelecer seu regimento interno e as diretrizes para III - responder a consultas relativas à aplicação da legisla-
o funcionamento dos CETRAN e CONTRANDIFE; ção e dos procedimentos normativos de trânsito;
VI - estabelecer as diretrizes do regimento das JARI;
IV - estimular e orientar a execução de campanhas edu-
VII - zelar pela uniformidade e cumprimento das normas
cativas de trânsito;
contidas neste Código e nas resoluções complementares;
V - julgar os recursos interpostos contra decisões:
VIII - estabelecer e normatizar os procedimentos para a
aplicação das multas por infrações, a arrecadação e o repasse a) das JARI;
dos valores arrecadados; (Redação dada pela Lei nº 13.281, b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos casos
de 2016) de inaptidão permanente constatados nos exames de aptidão
IX - responder às consultas que lhe forem formuladas, re- física, mental ou psicológica;
lativas à aplicação da legislação de trânsito; VI - indicar um representante para compor a comissão
X - normatizar os procedimentos sobre a aprendizagem, examinadora de candidatos portadores de deficiência física à
habilitação, expedição de documentos de condutores, e regis- habilitação para conduzir veículos automotores;
tro e licenciamento de veículos; VII - (VETADO).
XI - aprovar, complementar ou alterar os dispositivos de VIII - acompanhar e coordenar as atividades de admi-
sinalização e os dispositivos e equipamentos de trânsito; nistração, educação, engenharia, fiscalização, policiamento
XII - apreciar os recursos interpostos contra as decisões ostensivo de trânsito, formação de condutores, registro e li-
das instâncias inferiores, na forma deste Código; cenciamento de veículos, articulando os órgãos do Sistema no
XIII - avocar, para análise e soluções, processos sobre Estado, reportando-se ao CONTRAN;
conflitos de competência ou circunscrição, ou, quando neces- IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de
sário, unificar as decisões administrativas; trânsito no âmbito dos Municípios; e
XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência
X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento das exi-
de trânsito no âmbito da União, dos Estados e do Distrito Fe-
gências definidas nos §§ 1º e 2º do art. 333.
deral.
XI - designar, em caso de recursos deferidos e na hipó-
XV - normatizar o processo de formação do candidato à
obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, estabelecendo tese de reavaliação dos exames, junta especial de saúde para
seu conteúdo didático-pedagógico, carga horária, avaliações, examinar os candidatos à habilitação para conduzir veículos
exames, execução e fiscalização. (Incluído pela Lei nº 13.281, automotores.
de 2016) Parágrafo único. Dos casos previstos no inciso V, julgados
pelo órgão, não cabe recurso na esfera administrativa.
Art. 13. As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vinculados
ao CONTRAN, são integradas por especialistas e têm como Art. 15. Os presidentes dos CETRAN e do CONTRANDIFE
objetivo estudar e oferecer sugestões e embasamento técnico são nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito
sobre assuntos específicos para decisões daquele colegiado. Federal, respectivamente, e deverão ter reconhecida experiên-
§ 1º Cada Câmara é constituída por especialistas repre- cia em matéria de trânsito.
sentantes de órgãos e entidades executivos da União, dos § 1º Os membros dos CETRAN e do CONTRANDIFE são
Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, em igual nú- nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito Fe-
mero, pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito, além de deral, respectivamente.
especialistas representantes dos diversos segmentos da socie- § 2º Os membros do CETRAN e do CONTRANDIFE deve-
dade relacionados com o trânsito, todos indicados segundo rão ser pessoas de reconhecida experiência em trânsito.
regimento específico definido pelo CONTRAN e designados
§ 3º O mandato dos membros do CETRAN e do CON-
pelo ministro ou dirigente coordenador máximo do Sistema
TRANDIFE é de dois anos, admitida a recondução.
Nacional de Trânsito.
§ 2º Os segmentos da sociedade, relacionados no pará-
grafo anterior, serão representados por pessoa jurídica e de- Art. 16. Junto a cada órgão ou entidade executivos de
vem atender aos requisitos estabelecidos pelo CONTRAN. trânsito ou rodoviário funcionarão Juntas Administrativas de
§ 3º Os coordenadores das Câmaras Temáticas serão elei- Recursos de Infrações - JARI, órgãos colegiados responsáveis
tos pelos respectivos membros. pelo julgamento dos recursos interpostos contra penalidades
§ 4º (VETADO). por eles impostas.
I - (VETADO). Parágrafo único. As JARI têm regimento próprio, observa-
II - (VETADO). do o disposto no inciso VI do art. 12, e apoio administrativo
III - (VETADO). e financeiro do órgão ou entidade junto ao qual funcionem.
IV - (VETADO).

3
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 17. Compete às JARI: XIV - fornecer aos órgãos e entidades do Sistema Nacio-
I - julgar os recursos interpostos pelos infratores; nal de Trânsito informações sobre registros de veículos e de
II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito condutores, mantendo o fluxo permanente de informações
e executivos rodoviários informações complementares relati- com os demais órgãos do Sistema;
vas aos recursos, objetivando uma melhor análise da situação XV - promover, em conjunto com os órgãos competentes
recorrida; do Ministério da Educação e do Desporto, de acordo com as
III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de diretrizes do CONTRAN, a elaboração e a implementação de
trânsito e executivos rodoviários informações sobre proble- programas de educação de trânsito nos estabelecimentos de
mas observados nas autuações e apontados em recursos, e ensino;
que se repitam sistematicamente. XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáticos para
a educação de trânsito;
Art. 18. (VETADO). XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos sobre
o trânsito;
Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos e enti-
da União: dades do Sistema Nacional de Trânsito, e submeter à aprova-
I - cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito e a exe- ção do CONTRAN, a complementação ou alteração da sinali-
cução das normas e diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN, zação e dos dispositivos e equipamentos de trânsito;
no âmbito de suas atribuições; XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar os ma-
II - proceder à supervisão, à coordenação, à correição dos nuais e normas de projetos de implementação da sinalização,
órgãos delegados, ao controle e à fiscalização da execução dos dispositivos e equipamentos de trânsito aprovados pelo
da Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de CONTRAN;
Trânsito; XX – expedir a permissão internacional para conduzir veí-
III - articular-se com os órgãos dos Sistemas Nacionais de culo e o certificado de passagem nas alfândegas mediante
Trânsito, de Transporte e de Segurança Pública, objetivando o delegação aos órgãos executivos dos Estados e do Distrito
combate à violência no trânsito, promovendo, coordenando e Federal ou a entidade habilitada para esse fim pelo poder pú-
executando o controle de ações para a preservação do orde- blico federal; (Redação dada pela lei nº 13.258, de 2016)
namento e da segurança do trânsito; XXI - promover a realização periódica de reuniões regio-
IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de impro- nais e congressos nacionais de trânsito, bem como propor a
bidade contra a fé pública, o patrimônio, ou a administração representação do Brasil em congressos ou reuniões interna-
pública ou privada, referentes à segurança do trânsito; cionais;
V - supervisionar a implantação de projetos e programas XXII - propor acordos de cooperação com organismos
relacionados com a engenharia, educação, administração, po- internacionais, com vistas ao aperfeiçoamento das ações ine-
liciamento e fiscalização do trânsito e outros, visando à unifor- rentes à segurança e educação de trânsito;
midade de procedimento; XXIII - elaborar projetos e programas de formação, trei-
VI - estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem e namento e especialização do pessoal encarregado da execu-
habilitação de condutores de veículos, a expedição de docu- ção das atividades de engenharia, educação, policiamento
mentos de condutores, de registro e licenciamento de veícu- ostensivo, fiscalização, operação e administração de trânsito,
los; propondo medidas que estimulem a pesquisa científica e o
VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional ensino técnico-profissional de interesse do trânsito, e promo-
de Habilitação, os Certificados de Registro e o de Licencia- vendo a sua realização;
mento Anual mediante delegação aos órgãos executivos dos XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao trânsito in-
Estados e do Distrito Federal; terestadual e internacional;
VIII - organizar e manter o Registro Nacional de Carteiras XXV - elaborar e submeter à aprovação do CONTRAN as
de Habilitação - RENACH; normas e requisitos de segurança veicular para fabricação e
IX - organizar e manter o Registro Nacional de Veículos montagem de veículos, consoante sua destinação;
Automotores - RENAVAM; XXVI - estabelecer procedimentos para a concessão do
X - organizar a estatística geral de trânsito no território código marca-modelo dos veículos para efeito de registro,
nacional, definindo os dados a serem fornecidos pelos demais emplacamento e licenciamento;
órgãos e promover sua divulgação; XXVII - instruir os recursos interpostos das decisões do
XI - estabelecer modelo padrão de coleta de informações CONTRAN, ao ministro ou dirigente coordenador máximo do
sobre as ocorrências de acidentes de trânsito e as estatísticas Sistema Nacional de Trânsito;
do trânsito; XXVIII - estudar os casos omissos na legislação de trânsi-
XII - administrar fundo de âmbito nacional destinado à to e submetê-los, com proposta de solução, ao Ministério ou
segurança e à educação de trânsito; órgão coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito;
XIII - coordenar a administração do registro das infrações XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, administrativo e
de trânsito, da pontuação e das penalidades aplicadas no financeiro ao CONTRAN.
prontuário do infrator, da arrecadação de multas e do repas- XXX - organizar e manter o Registro Nacional de Infrações
se de que trata o § 1º do art. 320; (Redação dada pela Lei nº de Trânsito (Renainf). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
13.281, de 2016). (Vigência)

4
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

1º Comprovada, por meio de sindicância, a deficiência Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodo-
técnica ou administrativa ou a prática constante de atos de im- viários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
probidade contra a fé pública, contra o patrimônio ou contra a cípios, no âmbito de sua circunscrição:
administração pública, o órgão executivo de trânsito da União, I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
mediante aprovação do CONTRAN, assumirá diretamente ou trânsito, no âmbito de suas atribuições;
por delegação, a execução total ou parcial das atividades do II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de
órgão executivo de trânsito estadual que tenha motivado a in- veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvi-
vestigação, até que as irregularidades sejam sanadas. mento da circulação e da segurança de ciclistas;
§ 2º O regimento interno do órgão executivo de trânsito III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização,
da União disporá sobre sua estrutura organizacional e seu fun- os dispositivos e os equipamentos de controle viário;
cionamento. IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os acidentes
§ 3º Os órgãos e entidades executivos de trânsito e exe- de trânsito e suas causas;
cutivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de policia-
e dos Municípios fornecerão, obrigatoriamente, mês a mês, os mento ostensivo de trânsito, as respectivas diretrizes para o
dados estatísticos para os fins previstos no inciso X. policiamento ostensivo de trânsito;
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar as
penalidades de advertência, por escrito, e ainda as multas e
Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito medidas administrativas cabíveis, notificando os infratores e
das rodovias e estradas federais: arrecadando as multas que aplicar;
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção
trânsito, no âmbito de suas atribuições; de veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas superdi-
II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando opera- mensionadas ou perigosas;
ções relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e medidas
preservar a ordem, incolumidade das pessoas, o patrimônio da administrativas cabíveis, relativas a infrações por excesso de
União e o de terceiros; peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e
III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações arrecadar as multas que aplicar;
de trânsito, as medidas administrativas decorrentes e os va- IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art.
lores provenientes de estada e remoção de veículos, objetos, 95, aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele
animais e escolta de veículos de cargas superdimensionadas previstas;
ou perigosas; X - implementar as medidas da Política Nacional de Trân-
IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de trân- sito e do Programa Nacional de Trânsito;
sito e dos serviços de atendimento, socorro e salvamento de XI - promover e participar de projetos e programas de
vítimas; educação e segurança, de acordo com as diretrizes estabele-
V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar cidas pelo CONTRAN;
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de XII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
veículos, escolta e transporte de carga indivisível; Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação
VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais, de multas impostas na área de sua competência, com vistas à
podendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das
emergenciais, e zelar pelo cumprimento das normas legais re- transferências de veículos e de prontuários de condutores de
lativas ao direito de vizinhança, promovendo a interdição de uma para outra unidade da Federação;
construções e instalações não autorizadas; XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de
acidentes de trânsito e suas causas, adotando ou indicando acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às
medidas operacionais preventivas e encaminhando-os ao ór- ações específicas dos órgãos ambientais locais, quando soli-
gão rodoviário federal; citado;
VIII - implementar as medidas da Política Nacional de Se- XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização
gurança e Educação de Trânsito; especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a
IX - promover e participar de projetos e programas de serem observados para a circulação desses veículos.
educação e segurança, de acordo com as diretrizes estabeleci- Parágrafo único. (VETADO).
das pelo CONTRAN;
X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos de
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua
de multas impostas na área de sua competência, com vistas à circunscrição:
unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
transferências de veículos e de prontuários de condutores de trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
uma para outra unidade da Federação; II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação,
XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído pro- aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de condutores, ex-
duzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acor- pedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão para Diri-
do com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, quando gir e Carteira Nacional de Habilitação, mediante delegação do
solicitado, às ações específicas dos órgãos ambientais. órgão federal competente;

5
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

III - vistoriar, inspecionar quanto às condições de segu- IV - (VETADO).


rança veicular, registrar, emplacar, selar a placa, e licenciar veí- V - (VETADO).
culos, expedindo o Certificado de Registro e o Licenciamento VI - (VETADO).
Anual, mediante delegação do órgão federal competente; VII - (VETADO).
IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias Militares, as Parágrafo único. (VETADO).
diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito;
V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de
as medidas administrativas cabíveis pelas infrações previstas trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição: (Re-
neste Código, excetuadas aquelas relacionadas nos incisos VI dação dada pela Lei nº 13.154, de 2015)
e VIII do art. 24, no exercício regular do Poder de Polícia de I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
Trânsito; trânsito, no âmbito de suas atribuições;
VI - aplicar as penalidades por infrações previstas neste II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de
Código, com exceção daquelas relacionadas nos incisos VII e veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvi-
VIII do art. 24, notificando os infratores e arrecadando as mul- mento da circulação e da segurança de ciclistas;
tas que aplicar; III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização,
VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção os dispositivos e os equipamentos de controle viário;
de veículos e objetos; IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os
VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito da União a acidentes de trânsito e suas causas;
suspensão e a cassação do direito de dirigir e o recolhimento V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia
da Carteira Nacional de Habilitação; ostensiva de trânsito, as diretrizes para o policiamento osten-
IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre sivo de trânsito;
acidentes de trânsito e suas causas; VI - executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres,
X - credenciar órgãos ou entidades para a execução de edificações de uso público e edificações privadas de uso co-
atividades previstas na legislação de trânsito, na forma esta- letivo, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis e
belecida em norma do CONTRAN; as penalidades de advertência por escrito e multa, por infra-
XI - implementar as medidas da Política Nacional de Trân- ções de circulação, estacionamento e parada previstas neste
sito e do Programa Nacional de Trânsito; Código, no exercício regular do poder de polícia de trânsito,
XII - promover e participar de projetos e programas de notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar,
educação e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes exercendo iguais atribuições no âmbito de edificações priva-
estabelecidas pelo CONTRAN; das de uso coletivo, somente para infrações de uso de vagas
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema reservadas em estacionamentos;(Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016)
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação
VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito e
de multas impostas na área de sua competência, com vistas à
multa, por infrações de circulação, estacionamento e parada
unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das
previstas neste Código, notificando os infratores e arrecadan-
transferências de veículos e de prontuários de condutores de
do as multas que aplicar;
uma para outra unidade da Federação;
VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas
XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos de trân-
administrativas cabíveis relativas a infrações por excesso de
sito e executivos rodoviários municipais, os dados cadastrais
peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e
dos veículos registrados e dos condutores habilitados, para
arrecadar as multas que aplicar;
fins de imposição e notificação de penalidades e de arrecada-
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art.
ção de multas nas áreas de suas competências;
95, aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele
XV - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído previstas;
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, X - implantar, manter e operar sistema de estacionamento
de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, rotativo pago nas vias;
quando solicitado, às ações específicas dos órgãos ambientais XI - arrecadar valores provenientes de estada e remoção
locais; de veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas superdi-
XVI - articular-se com os demais órgãos do Sistema Na- mensionadas ou perigosas;
cional de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar
CETRAN. medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de
veículos, escolta e transporte de carga indivisível;
Art. 23. Compete às Polícias Militares dos Estados e do XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
Distrito Federal: Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação
I - (VETADO). de multas impostas na área de sua competência, com vistas à
II - (VETADO). unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das
III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme transferências de veículos e de prontuários dos condutores de
convênio firmado, como agente do órgão ou entidade exe- uma para outra unidade da Federação;
cutivos de trânsito ou executivos rodoviários, concomitante- XIV - implantar as medidas da Política Nacional de Trânsi-
mente com os demais agentes credenciados; to e do Programa Nacional de Trânsito;

6
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

XV - promover e participar de projetos e programas de Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio
educação e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispen-
estabelecidas pelo CONTRAN; sáveis à segurança do trânsito.
XVI - planejar e implantar medidas para redução da circu-
lação de veículos e reorientação do tráfego, com o objetivo de Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à
diminuir a emissão global de poluentes; circulação obedecerá às seguintes normas:
XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, veículos I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitin-
de tração e propulsão humana e de tração animal, fiscalizan- do-se as exceções devidamente sinalizadas;
do, autuando, aplicando penalidades e arrecadando multas II - o condutor deverá guardar distância de segurança la-
decorrentes de infrações; (Redação dada pela Lei nº 13.154, teral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em
de 2015) relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a
XVIII - conceder autorização para conduzir veículos de velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e
propulsão humana e de tração animal; as condições climáticas;
XIX - articular-se com os demais órgãos do Sistema Na- III - quando veículos, transitando por fluxos que se cru-
cional de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo zem, se aproximarem de local não sinalizado, terá preferência
CETRAN; de passagem:
XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia,
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de aquele que estiver circulando por ela;
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por
ações específicas de órgão ambiental local, quando solicitado; ela;
XXI - vistoriar veículos que necessitem de autorização
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;
especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a
IV - quando uma pista de rolamento comportar várias fai-
serem observados para a circulação desses veículos.
xas de circulação no mesmo sentido, são as da direita desti-
§ 1º As competências relativas a órgão ou entidade mu-
nadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maior
nicipal serão exercidas no Distrito Federal por seu órgão ou
porte, quando não houver faixa especial a eles destinada, e as
entidade executivos de trânsito.
da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento
§ 2º Para exercer as competências estabelecidas neste ar-
dos veículos de maior velocidade;
tigo, os Municípios deverão integrar-se ao Sistema Nacional
V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos
de Trânsito, conforme previsto no art. 333 deste Código.
acostamentos, só poderá ocorrer para que se adentre ou se
saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento;
Art. 25. Os órgãos e entidades executivos do Sistema Na-
VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade
cional de Trânsito poderão celebrar convênio delegando as
atividades previstas neste Código, com vistas à maior eficiên- de passagem, respeitadas as demais normas de circulação;
cia e à segurança para os usuários da via. VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e salva-
Parágrafo único. Os órgãos e entidades de trânsito po- mento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito
derão prestar serviços de capacitação técnica, assessoria e e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de
monitoramento das atividades relativas ao trânsito durante livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço
prazo a ser estabelecido entre as partes, com ressarcimento de urgência e devidamente identificados por dispositivos re-
dos custos apropriados. gulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha inter-
mitente, observadas as seguintes disposições:
CAPÍTULO III a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando
DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA a proximidade dos veículos, todos os condutores deverão dei-
xar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita
Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem: da via e parando, se necessário;
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguar-
obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de ani- dar no passeio, só atravessando a via quando o veículo já tiver
mais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou pri- passado pelo local;
vadas; c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação
II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigo- vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva
so, atirando, depositando ou abandonando na via objetos ou prestação de serviço de urgência;
substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo. d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deve-
rá se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados
Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias de segurança, obedecidas as demais normas deste Código;
públicas, o condutor deverá verificar a existência e as boas VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pú-
condições de funcionamento dos equipamentos de uso obri- blica, quando em atendimento na via, gozam de livre parada
gatório, bem como assegurar-se da existência de combustível e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que
suficiente para chegar ao local de destino. devidamente sinalizados, devendo estar identificados na for-
ma estabelecida pelo CONTRAN;

7
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento de- Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veículos em
verá ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização regula- vias com duplo sentido de direção e pista única, nos trechos
mentar e as demais normas estabelecidas neste Código, exce- em curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas passa-
to quando o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o gens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pe-
propósito de entrar à esquerda; destres, exceto quando houver sinalização permitindo a ultra-
X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapas- passagem.
sagem, certificar-se de que:
a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor
manobra para ultrapassá-lo; não poderá efetuar ultrapassagem.
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja
indicado o propósito de ultrapassar um terceiro; Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa ex- deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para
tensão suficiente para que sua manobra não ponha em perigo os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão
ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário; cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua
XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá: velocidade.
a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acio-
nando a luz indicadora de direção do veículo ou por meio de Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique
gesto convencional de braço; um deslocamento lateral, o condutor deverá indicar seu pro-
pósito de forma clara e com a devida antecedência, por meio
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa,
da luz indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto
de tal forma que deixe livre uma distância lateral de seguran-
convencional de braço.
ça;
Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trân-
transposição de faixas, movimentos de conversão à direita, à
sito de origem, acionando a luz indicadora de direção do veí-
esquerda e retornos.
culo ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os
cuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, proceden-
trânsito dos veículos que ultrapassou; te de um lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência aos
XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão pre- veículos e pedestres que por ela estejam transitando.
ferência de passagem sobre os demais, respeitadas as normas
de circulação. Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a conversão à
XIII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) esquerda e a operação de retorno deverão ser feitas nos locais
§ 1º As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a apropriados e, onde estes não existirem, o condutor deverá
e b do inciso X e a e b do inciso XI aplicam-se à transposição aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a pista com
de faixas, que pode ser realizada tanto pela faixa da esquerda segurança.
como pela da direita.
§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta esta- Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra
belecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de via ou em lotes lindeiros, o condutor deverá:
maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo
menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, possível do bordo direito da pista e executar sua manobra no
pela incolumidade dos pedestres. menor espaço possível;
II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o má-
Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o se- ximo possível de seu eixo ou da linha divisória da pista, quan-
gue tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá: do houver, caso se trate de uma pista com circulação nos dois
I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar- sentidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de
se para a faixa da direita, sem acelerar a marcha; um só sentido.
II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de dire-
ção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclis-
naquela na qual está circulando, sem acelerar a marcha.
tas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela pista
Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em fila,
da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência
deverão manter distância suficiente entre si para permitir que
de passagem.
veículos que os ultrapassem possam se intercalar na fila com
segurança.
Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno deve-
rá ser feita nos locais para isto determinados, quer por meio
Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar de sinalização, quer pela existência de locais apropriados, ou,
um veículo de transporte coletivo que esteja parado, efetuan- ainda, em outros locais que ofereçam condições de segurança
do embarque ou desembarque de passageiros, deverá redu- e fluidez, observadas as características da via, do veículo, das
zir a velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o condições meteorológicas e da movimentação de pedestres
veículo com vistas à segurança dos pedestres. e ciclistas.

8
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento,
determinações: o condutor do veículo deve demonstrar prudência especial,
I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, uti- transitando em velocidade moderada, de forma que possa de-
lizando luz baixa, durante a noite e durante o dia nos túneis ter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e
providos de iluminação pública e nas rodovias; (Redação dada a veículos que tenham o direito de preferência.
pela Lei nº 13.290, de 2016)
II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe
exceto ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo; seja favorável, nenhum condutor pode entrar em uma inter-
III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e seção se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar o
por curto período de tempo, com o objetivo de advertir ou- veículo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a
tros motoristas, só poderá ser utilizada para indicar a intenção passagem do trânsito transversal.
de ultrapassar o veículo que segue à frente ou para indicar a
existência de risco à segurança para os veículos que circulam Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização tempo-
no sentido contrário; rária de um veículo no leito viário, em situação de emergência,
IV - o condutor manterá acesas pelo menos as luzes de deverá ser providenciada a imediata sinalização de advertên-
posição do veículo quando sob chuva forte, neblina ou cer- cia, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
ração;
Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a para-
V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes si-
da deverá restringir-se ao tempo indispensável para embarque
tuações:
ou desembarque de passageiros, desde que não interrompa
a) em imobilizações ou situações de emergência;
ou perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de pedestres.
b) quando a regulamentação da via assim o determinar;
Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será re-
VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá
gulamentada pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre
acesa a luz de placa; a via e é considerada estacionamento.
VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de po-
sição quando o veículo estiver parado para fins de embarque Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e
ou desembarque de passageiros e carga ou descarga de mer- nos estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no
cadorias. sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e
Parágrafo único. Os veículos de transporte coletivo re- junto à guia da calçada (meio-fio), admitidas as exceções devi-
gular de passageiros, quando circularem em faixas próprias a damente sinalizadas.
eles destinadas, e os ciclos motorizados deverão utilizar-se de § 1º Nas vias providas de acostamento, os veículos para-
farol de luz baixa durante o dia e a noite. dos, estacionados ou em operação de carga ou descarga de-
verão estar situados fora da pista de rolamento.
Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de § 2º O estacionamento dos veículos motorizados de duas
buzina, desde que em toque breve, nas seguintes situações: rodas será feito em posição perpendicular à guia da calçada
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar (meio-fio) e junto a ela, salvo quando houver sinalização que
acidentes; determine outra condição.
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente ad- § 3º O estacionamento dos veículos sem abandono do
vertir a um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo. condutor poderá ser feito somente nos locais previstos neste
Código ou naqueles regulamentados por sinalização especí-
Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu fica.
veículo, salvo por razões de segurança.
Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir
Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá ob- a porta do veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo sem
servar constantemente as condições físicas da via, do veículo antes se certificarem de que isso não constitui perigo para eles
e para outros usuários da via.
e da carga, as condições meteorológicas e a intensidade do
Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem
trânsito, obedecendo aos limites máximos de velocidade es-
ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o condutor.
tabelecidos para a via, além de:
I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em
Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das áreas
circulação sem causa justificada, transitando a uma velocidade
adjacentes às estradas e rodovias obedecerá às condições de
anormalmente reduzida; segurança do trânsito estabelecidas pelo órgão ou entidade
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veí- com circunscrição sobre a via.
culo deverá antes certificar-se de que pode fazê-lo sem risco
nem inconvenientes para os outros condutores, a não ser que Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios
haja perigo iminente; constituídos por unidades autônomas, a sinalização de regu-
III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária lamentação da via será implantada e mantida às expensas do
e a sinalização devida, a manobra de redução de velocidade. condomínio, após aprovação dos projetos pelo órgão ou enti-
dade com circunscrição sobre a via.

9
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzidos Art. 60. As vias abertas à circulação, de acordo com sua
pela direita da pista, junto à guia da calçada (meio-fio) ou utilização, classificam-se em:
acostamento, sempre que não houver faixa especial a eles I - vias urbanas:
destinada, devendo seus condutores obedecer, no que cou- a) via de trânsito rápido;
ber, às normas de circulação previstas neste Código e às que b) via arterial;
vierem a ser fixadas pelo órgão ou entidade com circunscrição c) via coletora;
sobre a via. d) via local;
II - vias rurais:
Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só podem cir- a) rodovias;
cular nas vias quando conduzidos por um guia, observado o b) estradas.
seguinte:
I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será
ser divididos em grupos de tamanho moderado e separados indicada por meio de sinalização, obedecidas suas caracterís-
uns dos outros por espaços suficientes para não obstruir o ticas técnicas e as condições de trânsito.
trânsito; § 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a velo-
II - os animais que circularem pela pista de rolamento de- cidade máxima será de:
verão ser mantidos junto ao bordo da pista. I - nas vias urbanas:
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rá-
Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e ci- pido:
clomotores só poderão circular nas vias: b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou ócu- c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
los protetores; d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;
II - segurando o guidom com as duas mãos; II - nas vias rurais:
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as es- a) nas rodovias de pista dupla: (Redação dada pela Lei nº
pecificações do CONTRAN. 13.281, de 2016)
1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para au-
Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e ci- tomóveis, camionetas e motocicletas; (Redação dada pela Lei
clomotores só poderão ser transportados: nº 13.281, de 2016) (Vigência)
I - utilizando capacete de segurança; 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os de-
II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento mais veículos; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi-
suplementar atrás do condutor; gência)
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as es- 3. (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
pecificações do CONTRAN. (Vigência)
b) nas rodovias de pista simples: (Redação dada pela Lei
Art. 56. (VETADO). nº 13.281, de 2016) (Vigência)
1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para automóveis,
Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos pela di- camionetas e motocicletas (Incluído pela Lei nº 13.281, de
reita da pista de rolamento, preferencialmente no centro da 2016) (Vigência)
faixa mais à direita ou no bordo direito da pista sempre que 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os de-
não houver acostamento ou faixa própria a eles destinada, mais veículos; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
proibida a sua circulação nas vias de trânsito rápido e sobre as c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por hora).
calçadas das vias urbanas. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência).
Parágrafo único. Quando uma via comportar duas ou mais § 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com
faixas de trânsito e a da direita for destinada ao uso exclusivo circunscrição sobre a via poderá regulamentar, por meio de
de outro tipo de veículo, os ciclomotores deverão circular pela sinalização, velocidades superiores ou inferiores àquelas esta-
faixa adjacente à da direita. belecidas no parágrafo anterior.

Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à
circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver metade da velocidade máxima estabelecida, respeitadas as
ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possí- condições operacionais de trânsito e da via.
vel a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no
mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com Art. 63. (VETADO).
preferência sobre os veículos automotores.
Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscri- Art. 64. As crianças com idade inferior a dez anos devem
ção sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicletas no ser transportadas nos bancos traseiros, salvo exceções regula-
sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde mentadas pelo CONTRAN.
que dotado o trecho com ciclofaixa.
Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinalizado Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para
pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será condutor e passageiros em todas as vias do território nacio-
permitida a circulação de bicicletas nos passeios. nal, salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN.

10
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 66. (VETADO). § 1o-A. Serão observados 30 (trinta) minutos para descan-
so a cada 4 (quatro) horas na condução de veículo rodoviário
Art. 67. As provas ou competições desportivas, inclusive de passageiros, sendo facultado o seu fracionamento e o do
seus ensaios, em via aberta à circulação, só poderão ser rea- tempo de direção. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
lizadas mediante prévia permissão da autoridade de trânsito § 2o Em situações excepcionais de inobservância justifi-
com circunscrição sobre a via e dependerão de: cada do tempo de direção, devidamente registradas, o tempo
I - autorização expressa da respectiva confederação des- de direção poderá ser elevado pelo período necessário para
portiva ou de entidades estaduais a ela filiadas; que o condutor, o veículo e a carga cheguem a um lugar que
II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais ofereça a segurança e o atendimento demandados, desde que
à via; não haja comprometimento da segurança rodoviária. (Incluí-
III - contrato de seguro contra riscos e acidentes em favor do pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
de terceiros; § 3o O condutor é obrigado, dentro do período de 24
IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos (vinte e quatro) horas, a observar o mínimo de 11 (onze) ho-
custos operacionais em que o órgão ou entidade permissio- ras de descanso, que podem ser fracionadas, usufruídas no
nária incorrerá. veículo e coincidir com os intervalos mencionados no § 1o,
Parágrafo único. A autoridade com circunscrição sobre a observadas no primeiro período 8 (oito) horas ininterruptas
via arbitrará os valores mínimos da caução ou fiança e do con- de descanso. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
trato de seguro. § 4o Entende-se como tempo de direção ou de condução
apenas o período em que o condutor estiver efetivamente ao
CAPÍTULO III-A volante, em curso entre a origem e o destino. (Incluído pela
DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS Lei nº 13.103, de 2015)
PROFISSIONAIS § 5o Entende-se como início de viagem a partida do veí-
culo na ida ou no retorno, com ou sem carga, considerando-
Art. 67-A. O disposto neste Capítulo aplica-se aos moto- se como sua continuação as partidas nos dias subsequentes
ristas profissionais: (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) até o destino. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) § 6o O
(Vigência) condutor somente iniciará uma viagem após o cumprimento
I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros; (In- integral do intervalo de descanso previsto no § 3o deste arti-
cluído pela Lei nº 13.103, de 2015) go. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
II - de transporte rodoviário de cargas. (Incluído pela Lei § 7o Nenhum transportador de cargas ou coletivo de
nº 13.103, de 2015) passageiros, embarcador, consignatário de cargas, operador
§ 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de de terminais de carga, operador de transporte multimodal de
2015) cargas ou agente de cargas ordenará a qualquer motorista
§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de a seu serviço, ainda que subcontratado, que conduza veículo
2015) referido no caput sem a observância do disposto no § 6o. (In-
§ 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de cluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
2015)
§ 4o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de Art. 67-D. (VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012)
2015)
§ 5o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de Art. 67-E. O motorista profissional é responsável por con-
2015) trolar e registrar o tempo de condução estipulado no art. 67-
§ 6o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de C, com vistas à sua estrita observância. (Incluído pela Lei nº
2015) 13.103, de 2015)
§ 7o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de § 1o A não observância dos períodos de descanso estabe-
2015) lecidos no art. 67-C sujeitará o motorista profissional às pena-
§ 8o (VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012) (Vigên- lidades daí decorrentes, previstas neste Código. (Incluído pela
cia) Lei nº 13.103, de 2015)
§ 2o O tempo de direção será controlado mediante re-
Art 67-B. VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012) (Vi- gistrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo e, ou
gência) por meio de anotação em diário de bordo, ou papeleta ou
ficha de trabalho externo, ou por meios eletrônicos instalados
Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional dirigir por no veículo, conforme norma do Contran. (Incluído pela Lei nº
mais de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas veículos de trans- 13.103, de 2015)
porte rodoviário coletivo de passageiros ou de transporte ro- § 3o O equipamento eletrônico ou registrador deverá fun-
doviário de cargas. (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) cionar de forma independente de qualquer interferência do
§ 1o Serão observados 30 (trinta) minutos para descan- condutor, quanto aos dados registrados. (Incluído pela Lei nº
so dentro de cada 6 (seis) horas na condução de veículo de 13.103, de 2015)
transporte de carga, sendo facultado o seu fracionamento e § 4o A guarda, a preservação e a exatidão das informa-
o do tempo de direção desde que não ultrapassadas 5 (cinco) ções contidas no equipamento registrador instantâneo inal-
horas e meia contínuas no exercício da condução. (Incluído terável de velocidade e de tempo são de responsabilidade do
pela Lei nº 13.103, de 2015) condutor. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)

11
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

CAPÍTULO IV Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via


DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO MO- sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de
TORIZADOS passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, onde
deverão ser respeitadas as disposições deste Código.
Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos pas- Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização
seios ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos acos- semafórica de controle de passagem será dada preferência
tamentos das vias rurais para circulação, podendo a autori- aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo
dade competente permitir a utilização de parte da calçada em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos
para outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de veículos.
pedestres.
§ 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equi- Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre a
para-se ao pedestre em direitos e deveres. via manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de pe-
§ 2º Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou destres em boas condições de visibilidade, higiene, segurança
quando não for possível a utilização destes, a circulação de e sinalização.
pedestres na pista de rolamento será feita com prioridade so-
bre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, exceto CAPÍTULO V
em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a DO CIDADÃO
segurança ficar comprometida.
§ 3º Nas vias rurais, quando não houver acostamento Art. 72. Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de
ou quando não for possível a utilização dele, a circulação de solicitar, por escrito, aos órgãos ou entidades do Sistema Na-
pedestres, na pista de rolamento, será feita com prioridade cional de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação de
sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em sen- equipamentos de segurança, bem como sugerir alterações
tido contrário ao deslocamento de veículos, exceto em locais em normas, legislação e outros assuntos pertinentes a este
proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança Código.
ficar comprometida.
§ 4º (VETADO). Art. 73. Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema
§ 5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte Nacional de Trânsito têm o dever de analisar as solicitações
a serem construídas, deverá ser previsto passeio destinado à e responder, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre a
circulação dos pedestres, que não deverão, nessas condições, possibilidade ou não de atendimento, esclarecendo ou jus-
usar o acostamento. tificando a análise efetuada, e, se pertinente, informando ao
§ 6º Onde houver obstrução da calçada ou da passagem solicitante quando tal evento ocorrerá.
para pedestres, o órgão ou entidade com circunscrição sobre Parágrafo único. As campanhas de trânsito devem escla-
a via deverá assegurar a devida sinalização e proteção para recer quais as atribuições dos órgãos e entidades pertencen-
circulação de pedestres. tes ao Sistema Nacional de Trânsito e como proceder a tais
solicitações.
Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre toma-
rá precauções de segurança, levando em conta, principalmen- CAPÍTULO VI
te, a visibilidade, a distância e a velocidade dos veículos, utili- DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
zando sempre as faixas ou passagens a ele destinadas sempre
que estas existirem numa distância de até cinquenta metros Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e
dele, observadas as seguintes disposições: constitui dever prioritário para os componentes do Sistema
I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da Nacional de Trânsito.
via deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo; § 1º É obrigatória a existência de coordenação educacio-
II - para atravessar uma passagem sinalizada para pedes- nal em cada órgão ou entidade componente do Sistema Na-
tres ou delimitada por marcas sobre a pista: cional de Trânsito.
a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações § 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito de-
das luzes; verão promover, dentro de sua estrutura organizacional ou
b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o mediante convênio, o funcionamento de Escolas Públicas de
semáforo ou o agente de trânsito interrompa o fluxo de veí- Trânsito, nos moldes e padrões estabelecidos pelo CONTRAN.
culos;
III - nas interseções e em suas proximidades, onde não Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas
existam faixas de travessia, os pedestres devem atravessar a e os cronogramas das campanhas de âmbito nacional que de-
via na continuação da calçada, observadas as seguintes nor- verão ser promovidas por todos os órgãos ou entidades do
mas: Sistema Nacional de Trânsito, em especial nos períodos refe-
a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de rentes às férias escolares, feriados prolongados e à Semana
que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos; Nacional de Trânsito.
b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres § 1º Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trân-
não deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar sito deverão promover outras campanhas no âmbito de sua
sobre ela sem necessidade. circunscrição e de acordo com as peculiaridades locais.

12
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 2º As campanhas de que trata este artigo são de cará- I – rádio;


ter permanente, e os serviços de rádio e difusão sonora de II – televisão;
sons e imagens explorados pelo poder público são obrigados III – jornal;
a difundi-las gratuitamente, com a frequência recomendada IV – revista;
pelos órgãos competentes do Sistema Nacional de Trânsito. V – outdoor.
§ 3o Para efeito do disposto no § 2o, equiparam-se ao fa-
Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na bricante o montador, o encarroçador, o importador e o reven-
pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de pla- dedor autorizado dos veículos e demais produtos discrimina-
nejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades dos no § 1o deste artigo.
do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas Art. 77-C. Quando se tratar de publicidade veiculada
áreas de atuação. em outdoor instalado à margem de rodovia, dentro ou fora
Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste artigo, o da respectiva faixa de domínio, a obrigação prevista no art.
Ministério da Educação e do Desporto, mediante proposta do 77-B estende-se à propaganda de qualquer tipo de produ-
CONTRAN e do Conselho de Reitores das Universidades Brasi- to e anunciante, inclusive àquela de caráter institucional ou
leiras, diretamente ou mediante convênio, promoverá: eleitoral.
I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currí-
culo interdisciplinar com conteúdo programático sobre segu- Art. 77-D. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) es-
rança de trânsito; pecificará o conteúdo e o padrão de apresentação das mensa-
II - a adoção de conteúdos relativos à educação para o gens, bem como os procedimentos envolvidos na respectiva
trânsito nas escolas de formação para o magistério e o treina- veiculação, em conformidade com as diretrizes fixadas para
mento de professores e multiplicadores; as campanhas educativas de trânsito a que se refere o art. 75.
III - a criação de corpos técnicos interprofissionais para
levantamento e análise de dados estatísticos relativos ao trân- Art. 77-E. A veiculação de publicidade feita em desacordo
sito; com as condições fixadas nos arts. 77-A a 77-D constitui infra-
IV - a elaboração de planos de redução de acidentes de ção punível com as seguintes sanções:
trânsito junto aos núcleos interdisciplinares universitários de I – advertência por escrito;
trânsito, com vistas à integração universidades-sociedade na II – suspensão, nos veículos de divulgação da publicidade,
área de trânsito. de qualquer outra propaganda do produto, pelo prazo de até
60 (sessenta) dias;
Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito caberá III - multa de R$ 1.627,00 (mil, seiscentos e vinte e sete
ao Ministério da Saúde, mediante proposta do CONTRAN, reais) a R$ 8.135,00 (oito mil, cento e trinta e cinco reais), co-
estabelecer campanha nacional esclarecendo condutas a se- brada do dobro até o quíntuplo em caso de reincidência. (Re-
rem seguidas nos primeiros socorros em caso de acidente de dação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
trânsito. § 1o As sanções serão aplicadas isolada ou cumulativa-
Parágrafo único. As campanhas terão caráter permanente mente, conforme dispuser o regulamento.
por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, sendo in- § 2o Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, qual-
tensificadas nos períodos e na forma estabelecidos no art. 76. quer infração acarretará a imediata suspensão da veiculação
da peça publicitária até que sejam cumpridas as exigências
Art. 77-A. São assegurados aos órgãos ou entidades com- fixadas nos arts. 77-A a 77-D.
ponentes do Sistema Nacional de Trânsito os mecanismos
instituídos nos arts. 77-B a 77-E para a veiculação de mensa- Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação e do Des-
gens educativas de trânsito em todo o território nacional, em porto, do Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por intermé-
caráter suplementar às campanhas previstas nos arts. 75 e 77. dio do CONTRAN, desenvolverão e implementarão programas
destinados à prevenção de acidentes.
Art. 77-B. Toda peça publicitária destinada à divulgação Parágrafo único. O percentual de dez por cento do total
ou promoção, nos meios de comunicação social, de produto dos valores arrecadados destinados à Previdência Social, do
oriundo da indústria automobilística ou afim, incluirá, obriga- Prêmio do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados
toriamente, mensagem educativa de trânsito a ser conjunta- por Veículos Automotores de Via Terrestre - DPVAT, de que
mente veiculada. trata a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, serão repas-
§ 1o Para os efeitos dos arts. 77-A a 77-E, consideram-se sados mensalmente ao Coordenador do Sistema Nacional de
produtos oriundos da indústria automobilística ou afins: Trânsito para aplicação exclusiva em programas de que trata
I – os veículos rodoviários automotores de qualquer espé- este artigo.
cie, incluídos os de passageiros e os de carga;
II – os componentes, as peças e os acessórios utilizados Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de trânsito po-
nos veículos mencionados no inciso I. derão firmar convênio com os órgãos de educação da União,
§ 2o O disposto no caput deste artigo aplica-se à propa- dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, objetivando
ganda de natureza comercial, veiculada por iniciativa do fabri- o cumprimento das obrigações estabelecidas neste capítulo.
cante do produto, em qualquer das seguintes modalidades:

13
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

CAPÍTULO VII Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em:


DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO I - verticais;
II - horizontais;
Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao longo da III - dispositivos de sinalização auxiliar;
via, sinalização prevista neste Código e em legislação comple- IV - luminosos;
mentar, destinada a condutores e pedestres, vedada a utiliza- V - sonoros;
ção de qualquer outra. VI - gestos do agente de trânsito e do condutor.
§ 1º A sinalização será colocada em posição e condições
que a tornem perfeitamente visível e legível durante o dia e a Art. 88. Nenhuma via pavimentada poderá ser entregue
noite, em distância compatível com a segurança do trânsito, após sua construção, ou reaberta ao trânsito após a realização
conforme normas e especificações do CONTRAN. de obras ou de manutenção, enquanto não estiver devidamen-
§ 2º O CONTRAN poderá autorizar, em caráter experi- te sinalizada, vertical e horizontalmente, de forma a garantir as
mental e por período prefixado, a utilização de sinalização não condições adequadas de segurança na circulação.
Parágrafo único. Nas vias ou trechos de vias em obras de-
prevista neste Código.
verá ser afixada sinalização específica e adequada.
§ 3º A responsabilidade pela instalação da sinalização nas
vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por
Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:
unidades autônomas e nas vias e áreas de estacionamento de
I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de
estabelecimentos privados de uso coletivo é de seu proprietá-
circulação e outros sinais;
rio. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016). II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de
Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é proibido colocar trânsito.
luzes, publicidade, inscrições, vegetação e mobiliário que pos-
sam gerar confusão, interferir na visibilidade da sinalização e Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste
comprometer a segurança do trânsito. Código por inobservância à sinalização quando esta for insufi-
ciente ou incorreta.
Art. 82. É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito § 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
e respectivos suportes, ou junto a ambos, qualquer tipo de sobre a via é responsável pela implantação da sinalização, res-
publicidade, inscrições, legendas e símbolos que não se rela- pondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação.
cionem com a mensagem da sinalização. § 2º O CONTRAN editará normas complementares no que
se refere à interpretação, colocação e uso da sinalização.
Art. 83. A afixação de publicidade ou de quaisquer le-
gendas ou símbolos ao longo das vias condiciona-se à prévia CAPÍTULO VIII
aprovação do órgão ou entidade com circunscrição sobre a DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO, DA OPERAÇÃO, DA FISCA-
via. LIZAÇÃO E DO POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO

Art. 84. O órgão ou entidade de trânsito com circunscri- Art. 91. O CONTRAN estabelecerá as normas e regulamen-
ção sobre a via poderá retirar ou determinar a imediata reti- tos a serem adotados em todo o território nacional quando
rada de qualquer elemento que prejudique a visibilidade da da implementação das soluções adotadas pela Engenharia de
sinalização viária e a segurança do trânsito, com ônus para Tráfego, assim como padrões a serem praticados por todos os
quem o tenha colocado. órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito.

Art. 92. (VETADO).


Art. 85. Os locais destinados pelo órgão ou entidade de
trânsito com circunscrição sobre a via à travessia de pedestres
Art. 93. Nenhum projeto de edificação que possa transfor-
deverão ser sinalizados com faixas pintadas ou demarcadas
mar-se em polo atrativo de trânsito poderá ser aprovado sem
no leito da via.
prévia anuência do órgão ou entidade com circunscrição sobre
a via e sem que do projeto conste área para estacionamento e
Art. 86. Os locais destinados a postos de gasolina, ofici- indicação das vias de acesso adequadas.
nas, estacionamentos ou garagens de uso coletivo deverão ter
suas entradas e saídas devidamente identificadas, na forma Art. 94. Qualquer obstáculo à livre circulação e à segurança
regulamentada pelo CONTRAN. de veículos e pedestres, tanto na via quanto na calçada, caso
não possa ser retirado, deve ser devida e imediatamente sina-
Art. 86-A. As vagas de estacionamento regulamentado de lizado.
que trata o inciso XVII do art. 181 desta Lei deverão ser sina- Parágrafo único. É proibida a utilização das ondulações
lizadas com as respectivas placas indicativas de destinação e transversais e de sonorizadores como redutores de velocida-
com placas informando os dados sobre a infração por esta- de, salvo em casos especiais definidos pelo órgão ou entidade
cionamento indevido. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) competente, nos padrões e critérios estabelecidos pelo CON-
TRAN.

14
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa perturbar 6 - caminhão;


ou interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou 7 - reboque ou semi-reboque;
colocar em risco sua segurança, será iniciada sem permissão 8 - carroça;
prévia do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição so- 9 - carro-de-mão;
bre a via. c) misto:
§ 1º A obrigação de sinalizar é do responsável pela execu- 1 - camioneta;
ção ou manutenção da obra ou do evento. 2 - utilitário;
§ 2º Salvo em casos de emergência, a autoridade de trân- 3 - outros;
sito com circunscrição sobre a via avisará a comunidade, por d) de competição;
intermédio dos meios de comunicação social, com quarenta e) de tração:
e oito horas de antecedência, de qualquer interdição da via, 1 - caminhão-trator;
indicando-se os caminhos alternativos a serem utilizados. 2 - trator de rodas;
§ 3º O descumprimento do disposto neste artigo será pu- 3 - trator de esteiras;
nido com multa de R$ 81,35 (oitenta e um reais e trinta e cinco 4 - trator misto;
centavos) a R$ 488,10 (quatrocentos e oitenta e oito reais e
f) especial;
dez centavos), independentemente das cominações cíveis e
g) de coleção;
penais cabíveis, além de multa diária no mesmo valor até a re-
III - quanto à categoria:
gularização da situação, a partir do prazo final concedido pela
a) oficial;
autoridade de trânsito, levando-se em consideração a dimen-
b) de representação diplomática, de repartições consula-
são da obra ou do evento e o prejuízo causado ao trânsito.
(Redação pela Lei nº 13.281, de 2016) res de carreira ou organismos internacionais acreditados junto
§ 4º Ao servidor público responsável pela inobservância ao Governo brasileiro;
de qualquer das normas previstas neste e nos arts. 93 e 94, c) particular;
a autoridade de trânsito aplicará multa diária na base de cin- d) de aluguel;
quenta por cento do dia de vencimento ou remuneração de- e) de aprendizagem.
vida enquanto permanecer a irregularidade.
Art. 97. As características dos veículos, suas especificações
CAPÍTULO IX básicas, configuração e condições essenciais para registro, li-
DOS VEÍCULOS cenciamento e circulação serão estabelecidas pelo CONTRAN,
Seção I em função de suas aplicações.
Disposições Gerais
Art. 98. Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem
Art. 96. Os veículos classificam-se em: prévia autorização da autoridade competente, fazer ou orde-
I - quanto à tração: nar que sejam feitas no veículo modificações de suas caracte-
a) automotor; rísticas de fábrica.
b) elétrico; Parágrafo único. Os veículos e motores novos ou usados
c) de propulsão humana; que sofrerem alterações ou conversões são obrigados a aten-
d) de tração animal; der aos mesmos limites e exigências de emissão de poluentes
e) reboque ou semi-reboque; e ruído previstos pelos órgãos ambientais competentes e pelo
II - quanto à espécie: CONTRAN, cabendo à entidade executora das modificações
a) de passageiros: e ao proprietário do veículo a responsabilidade pelo cumpri-
1 - bicicleta; mento das exigências.
2 - ciclomotor;
3 - motoneta;
Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias terrestres o
4 - motocicleta;
veículo cujo peso e dimensões atenderem aos limites estabe-
5 - triciclo;
lecidos pelo CONTRAN.
6 - quadriciclo;
§ 1º O excesso de peso será aferido por equipamento de
7 - automóvel;
8 - microônibus; pesagem ou pela verificação de documento fiscal, na forma
9 - ônibus; estabelecida pelo CONTRAN.
10 - bonde; § 2º Será tolerado um percentual sobre os limites de peso
11 - reboque ou semi-reboque; bruto total e peso bruto transmitido por eixo de veículos à su-
12 - charrete; perfície das vias, quando aferido por equipamento, na forma
b) de carga: estabelecida pelo CONTRAN.
1 - motoneta; § 3º Os equipamentos fixos ou móveis utilizados na pesa-
2 - motocicleta; gem de veículos serão aferidos de acordo com a metodologia
3 - triciclo; e na periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN, ouvido o
4 - quadriciclo; órgão ou entidade de metrologia legal.
5 - caminhonete;

15
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 100. Nenhum veículo ou combinação de veículos po- § 5º Será aplicada a medida administrativa de retenção
derá transitar com lotação de passageiros, com peso bruto aos veículos reprovados na inspeção de segurança e na de emis-
total, ou com peso bruto total combinado com peso por eixo, são de gases poluentes e ruído.
superior ao fixado pelo fabricante, nem ultrapassar a capaci- § 6º Estarão isentos da inspeção de que trata o caput, du-
dade máxima de tração da unidade tratora. rante 3 (três) anos a partir do primeiro licenciamento, os veículos
Parágrafo único. O CONTRAN regulamentará o uso de novos classificados na categoria particular, com capacidade para
pneus extralargos, definindo seus limites de peso. até 7 (sete) passageiros, desde que mantenham suas caracterís-
ticas originais de fábrica e não se envolvam em acidente de trân-
Art. 101. Ao veículo ou combinação de veículos utilizado sito com danos de média ou grande monta. (Incluído pela Lei nº
no transporte de carga indivisível, que não se enquadre nos 13.281, de 2016)
limites de peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN, § 7º Para os demais veículos novos, o período de que trata
poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição so- o § 6º será de 2 (dois) anos, desde que mantenham suas carac-
bre a via, autorização especial de trânsito, com prazo certo, terísticas originais de fábrica e não se envolvam em acidente de
válida para cada viagem, atendidas as medidas de segurança trânsito com danos de média ou grande monta. (Incluído pela Lei
consideradas necessárias. nº 13.281, de 2016)
§ 1º Os veículos de transporte coletivo de passageiros
poderão ser dotados de pneus extralargos. (Incluído pela Lei Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre
nº 13.281, de 2016) outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN:
§ 2º O Contran regulamentará o uso de pneus extralargos I - cinto de segurança, conforme regulamentação específica
para os demais veículos. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) do CONTRAN, com exceção dos veículos destinados ao trans-
porte de passageiros em percursos em que seja permitido viajar
§ 3º É permitida a fabricação de veículos de transporte em pé;
de passageiros de até 15 m (quinze metros) de comprimento II - para os veículos de transporte e de condução escolar, os
na configuração de chassi 8x2. (Incluído pela Lei nº 13.281, de de transporte de passageiros com mais de dez lugares e os de
2016) carga com peso bruto total superior a quatro mil, quinhentos e
Art. 102. O veículo de carga deverá estar devidamente trinta e seis quilogramas, equipamento registrador instantâneo
equipado quando transitar, de modo a evitar o derramamento inalterável de velocidade e tempo;
da carga sobre a via. III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos auto-
Parágrafo único. O CONTRAN fixará os requisitos míni- motores, segundo normas estabelecidas pelo CONTRAN;
mos e a forma de proteção das cargas de que trata este artigo, IV - (VETADO);
de acordo com a sua natureza. V - dispositivo destinado ao controle de emissão de gases
poluentes e de ruído, segundo normas estabelecidas pelo CON-
Seção II TRAN.
Da Segurança dos Veículos VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna
dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do
Art. 103. O veículo só poderá transitar pela via quando lado esquerdo.
atendidos os requisitos e condições de segurança estabeleci- VII - equipamento suplementar de retenção - air bag frontal
dos neste Código e em normas do CONTRAN. para o condutor e o passageiro do banco dianteiro.
§ 1º Os fabricantes, os importadores, os montadores e os § 1º O CONTRAN disciplinará o uso dos equipamentos obri-
encarroçadores de veículos deverão emitir certificado de se- gatórios dos veículos e determinará suas especificações técnicas.
gurança, indispensável ao cadastramento no RENAVAM, nas § 2º Nenhum veículo poderá transitar com equipamento ou
condições estabelecidas pelo CONTRAN. acessório proibido, sendo o infrator sujeito às penalidades e me-
§ 2º O CONTRAN deverá especificar os procedimentos e didas administrativas previstas neste Código.
a periodicidade para que os fabricantes, os importadores, os § 3º Os fabricantes, os importadores, os montadores, os en-
montadores e os encarroçadores comprovem o atendimen- carroçadores de veículos e os revendedores devem comercializar
to aos requisitos de segurança veicular, devendo, para isso, os seus veículos com os equipamentos obrigatórios definidos
manter disponíveis a qualquer tempo os resultados dos testes neste artigo, e com os demais estabelecidos pelo CONTRAN.
e ensaios dos sistemas e componentes abrangidos pela legis- § 4º O CONTRAN estabelecerá o prazo para o atendimento
lação de segurança veicular. do disposto neste artigo.
§ 5o A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste
Art. 104. Os veículos em circulação terão suas condições artigo será progressivamente incorporada aos novos projetos de
de segurança, de controle de emissão de gases poluentes e automóveis e dos veículos deles derivados, fabricados, impor-
de ruído avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória, tados, montados ou encarroçados, a partir do 1o (primeiro) ano
na forma e periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN para após a definição pelo Contran das especificações técnicas perti-
os itens de segurança e pelo CONAMA para emissão de gases nentes e do respectivo cronograma de implantação e a partir do
poluentes e ruído. 5o (quinto) ano, após esta definição, para os demais automóveis
§ 1º (VETADO). zero quilômetro de modelos ou projetos já existentes e veículos
§ 2º (VETADO). deles derivados.
§ 3º (VETADO). § 6o A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste
§ 4º (VETADO). artigo não se aplica aos veículos destinados à exportação.

16
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 106. No caso de fabricação artesanal ou de modifi- Seção III


cação de veículo ou, ainda, quando ocorrer substituição de Da Identificação do Veículo
equipamento de segurança especificado pelo fabricante, será
exigido, para licenciamento e registro, certificado de segu- Art. 114. O veículo será identificado obrigatoriamente por
rança expedido por instituição técnica credenciada por órgão caracteres gravados no chassi ou no monobloco, reproduzi-
ou entidade de metrologia legal, conforme norma elaborada dos em outras partes, conforme dispuser o CONTRAN.
pelo CONTRAN. § 1º A gravação será realizada pelo fabricante ou monta-
dor, de modo a identificar o veículo, seu fabricante e as suas
Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte características, além do ano de fabricação, que não poderá
individual ou coletivo de passageiros, deverão satisfazer, além ser alterado.
das exigências previstas neste Código, às condições técnicas e § 2º As regravações, quando necessárias, dependerão
aos requisitos de segurança, higiene e conforto estabelecidos de prévia autorização da autoridade executiva de trânsito e
pelo poder competente para autorizar, permitir ou conceder a somente serão processadas por estabelecimento por ela cre-
exploração dessa atividade. denciado, mediante a comprovação de propriedade do veí-
culo, mantida a mesma identificação anterior, inclusive o ano
Art. 108. Onde não houver linha regular de ônibus, a auto- de fabricação.
ridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar, a título § 3º Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão
precário, o transporte de passageiros em veículo de carga ou da autoridade executiva de trânsito, fazer, ou ordenar que se
misto, desde que obedecidas as condições de segurança esta- faça, modificações da identificação de seu veículo.
belecidas neste Código e pelo CONTRAN.
Parágrafo único. A autorização citada no caput não po- Art. 115. O veículo será identificado externamente por
derá exceder a doze meses, prazo a partir do qual a autorida- meio de placas dianteira e traseira, sendo esta lacrada em sua
de pública responsável deverá implantar o serviço regular de estrutura, obedecidas as especificações e modelos estabeleci-
transporte coletivo de passageiros, em conformidade com a dos pelo CONTRAN.
§ 1º Os caracteres das placas serão individualizados para
legislação pertinente e com os dispositivos deste Código.
cada veículo e o acompanharão até a baixa do registro, sendo
vedado seu reaproveitamento.
Art. 109. O transporte de carga em veículos destinados
§ 2º As placas com as cores verde e amarela da Bandeira
ao transporte de passageiros só pode ser realizado de acordo
Nacional serão usadas somente pelos veículos de representa-
com as normas estabelecidas pelo CONTRAN.
ção pessoal do Presidente e do Vice-Presidente da República,
dos Presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputa-
Art. 110. O veículo que tiver alterada qualquer de suas ca-
dos, do Presidente e dos Ministros do Supremo Tribunal Fe-
racterísticas para competição ou finalidade análoga só poderá
deral, dos Ministros de Estado, do Advogado-Geral da União
circular nas vias públicas com licença especial da autoridade
e do Procurador-Geral da República.
de trânsito, em itinerário e horário fixados.
§ 3º Os veículos de representação dos Presidentes dos
Tribunais Federais, dos Governadores, Prefeitos, Secretários
Art. 111. É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo: Estaduais e Municipais, dos Presidentes das Assembleias Le-
I - (VETADO). gislativas, das Câmaras Municipais, dos Presidentes dos Tri-
II - o uso de cortinas, persianas fechadas ou similares nos bunais Estaduais e do Distrito Federal, e do respectivo chefe
veículos em movimento, salvo nos que possuam espelhos re- do Ministério Público e ainda dos Oficiais Generais das Forças
trovisores em ambos os lados. Armadas terão placas especiais, de acordo com os modelos
III - aposição de inscrições, películas refletivas ou não, pai- estabelecidos pelo CONTRAN.
néis decorativos ou pinturas, quando comprometer a segu- § 4o Os aparelhos automotores destinados a puxar ou a
rança do veículo, na forma de regulamentação do CONTRAN. arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar traba-
Parágrafo único. É proibido o uso de inscrição de caráter lhos de construção ou de pavimentação são sujeitos ao regis-
publicitário ou qualquer outra que possa desviar a atenção tro na repartição competente, se transitarem em via pública,
dos condutores em toda a extensão do para-brisa e da tra- dispensados o licenciamento e o emplacamento. (Redação
seira dos veículos, salvo se não colocar em risco a segurança dada pela Lei nº 13.154, de 2015).
do trânsito. § 4o-A. Os tratores e demais aparelhos automotores des-
tinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola ou a execu-
Art. 112. (Revogado). tar trabalhos agrícolas, desde que facultados a transitar em via
pública, são sujeitos ao registro único, sem ônus, em cadastro
Art. 113. Os importadores, as montadoras, as encarroça- específico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
doras e fabricantes de veículos e autopeças são responsáveis mento, acessível aos componentes do Sistema Nacional de
civil e criminalmente por danos causados aos usuários, a ter- Trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015)
ceiros, e ao meio ambiente, decorrentes de falhas oriundas de § 5º O disposto neste artigo não se aplica aos veículos de
projetos e da qualidade dos materiais e equipamentos utiliza- uso bélico.
dos na sua fabricação. § 6º Os veículos de duas ou três rodas são dispensados
da placa dianteira.

17
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 7o Excepcionalmente, mediante autorização específica e CAPÍTULO XI


fundamentada das respectivas corregedorias e com a devida DO REGISTRO DE VEÍCULOS
comunicação aos órgãos de trânsito competentes, os veículos
utilizados por membros do Poder Judiciário e do Ministério Art. 120. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, rebo-
Público que exerçam competência ou atribuição criminal po- que ou semi-reboque, deve ser registrado perante o órgão exe-
derão temporariamente ter placas especiais, de forma a im- cutivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no Município
pedir a identificação de seus usuários específicos, na forma de domicílio ou residência de seu proprietário, na forma da lei.
de regulamento a ser emitido, conjuntamente, pelo Conselho § 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Dis-
Nacional de Justiça - CNJ, pelo Conselho Nacional do Minis- trito Federal somente registrarão veículos oficiais de proprieda-
tério Público - CNMP e pelo Conselho Nacional de Trânsito de da administração direta, da União, dos Estados, do Distrito
- CONTRAN. Federal e dos Municípios, de qualquer um dos poderes, com
§ 8o Os veículos artesanais utilizados para trabalho agrí- indicação expressa, por pintura nas portas, do nome, sigla ou
cola ( jericos), para efeito do registro de que trata o § 4o-A, logotipo do órgão ou entidade em cujo nome o veículo será
ficam dispensados da exigência prevista no art. 106. (Incluído registrado, excetuando-se os veículos de representação e os
pela Lei nº 13.154, de 2015) previstos no art. 116.
§ 9º As placas que possuírem tecnologia que permita a § 2º O disposto neste artigo não se aplica ao veículo de uso
identificação do veículo ao qual estão atreladas são dispen- bélico.
sadas da utilização do lacre previsto no caput, na forma a ser
regulamentada pelo Contran. (Incluído pela Lei nº 13.281, de Art. 121. Registrado o veículo, expedir-se-á o Certificado de
2016) Registro de Veículo - CRV de acordo com os modelos e especi-
ficações estabelecidos pelo CONTRAN, contendo as caracterís-
Art. 116. Os veículos de propriedade da União, dos Es- ticas e condições de invulnerabilidade à falsificação e à adulte-
tados e do Distrito Federal, devidamente registrados e licen- ração.
ciados, somente quando estritamente usados em serviço re-
servado de caráter policial, poderão usar placas particulares, Art. 122. Para a expedição do Certificado de Registro de
obedecidos os critérios e limites estabelecidos pela legislação Veículo o órgão executivo de trânsito consultará o cadastro do
que regulamenta o uso de veículo oficial. RENAVAM e exigirá do proprietário os seguintes documentos:
I - nota fiscal fornecida pelo fabricante ou revendedor, ou
Art. 117. Os veículos de transporte de carga e os coletivos documento equivalente expedido por autoridade competente;
de passageiros deverão conter, em local facilmente visível, a II - documento fornecido pelo Ministério das Relações Ex-
inscrição indicativa de sua tara, do peso bruto total (PBT), do
teriores, quando se tratar de veículo importado por membro de
peso bruto total combinado (PBTC) ou capacidade máxima de
missões diplomáticas, de repartições consulares de carreira, de
tração (CMT) e de sua lotação, vedado o uso em desacordo
representações de organismos internacionais e de seus inte-
com sua classificação.
grantes.
CAPÍTULO X
Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Certificado
DOS VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL
de Registro de Veículo quando:
I - for transferida a propriedade;
Art. 118. A circulação de veículo no território nacional, in-
II - o proprietário mudar o Município de domicílio ou resi-
dependentemente de sua origem, em trânsito entre o Brasil e
os países com os quais exista acordo ou tratado internacional, dência;
reger-se-á pelas disposições deste Código, pelas convenções III - for alterada qualquer característica do veículo;
e acordos internacionais ratificados. IV - houver mudança de categoria.
§ 1º No caso de transferência de propriedade, o prazo para
Art. 119. As repartições aduaneiras e os órgãos de con- o proprietário adotar as providências necessárias à efetivação
trole de fronteira comunicarão diretamente ao RENAVAM a da expedição do novo Certificado de Registro de Veículo é de
entrada e saída temporária ou definitiva de veículos. trinta dias, sendo que nos demais casos as providências deverão
§ 1º Os veículos licenciados no exterior não poderão sair ser imediatas.
do território nacional sem o prévio pagamento ou o depósi- § 2º No caso de transferência de domicílio ou residência no
to, judicial ou administrativo, dos valores correspondentes às mesmo Município, o proprietário comunicará o novo endereço
infrações de trânsito cometidas e ao ressarcimento de danos num prazo de trinta dias e aguardará o novo licenciamento para
que tiverem causado ao patrimônio público ou de particula- alterar o Certificado de Licenciamento Anual.
res, independentemente da fase do processo administrativo § 3º A expedição do novo certificado será comunicada ao
ou judicial envolvendo a questão. (Incluído pela Lei nº 13.281, órgão executivo de trânsito que expediu o anterior e ao RENA-
de 2016) VAM.
§ 2º Os veículos que saírem do território nacional sem o
cumprimento do disposto no § 1º e que posteriormente forem Art. 124. Para a expedição do novo Certificado de Registro
flagrados tentando ingressar ou já em circulação no território de Veículo serão exigidos os seguintes documentos:
nacional serão retidos até a regularização da situação. (Incluí- I - Certificado de Registro de Veículo anterior;
do pela Lei nº 13. 281, de 2016) II - Certificado de Licenciamento Anual;

18
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

III - comprovante de transferência de propriedade, quan- Art. 128. Não será expedido novo Certificado de Registro
do for o caso, conforme modelo e normas estabelecidas pelo de Veículo enquanto houver débitos fiscais e de multas de
CONTRAN; trânsito e ambientais, vinculadas ao veículo, independente-
IV - Certificado de Segurança Veicular e de emissão de mente da responsabilidade pelas infrações cometidas.
poluentes e ruído, quando houver adaptação ou alteração de
características do veículo; Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos de pro-
V - comprovante de procedência e justificativa da pro- pulsão humana e dos veículos de tração animal obedecerão
priedade dos componentes e agregados adaptados ou mon- à regulamentação estabelecida em legislação municipal do
tados no veículo, quando houver alteração das características domicílio ou residência de seus proprietários. (Redação dada
originais de fábrica; pela Lei nº 13.154, de 2015)
VI - autorização do Ministério das Relações Exteriores, no
caso de veículo da categoria de missões diplomáticas, de re- Art. 129-A. O registro dos tratores e demais aparelhos
partições consulares de carreira, de representações de orga- automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria
nismos internacionais e de seus integrantes; agrícola ou a executar trabalhos agrícolas será efetuado, sem
VII - certidão negativa de roubo ou furto de veículo, expe- ônus, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-
dida no Município do registro anterior, que poderá ser substi- to, diretamente ou mediante convênio. (Incluído pela Lei nº
tuída por informação do RENAVAM; 13.154, de 2015)
VIII - comprovante de quitação de débitos relativos a tri-
butos, encargos e multas de trânsito vinculados ao veículo, CAPÍTULO XII
independentemente da responsabilidade pelas infrações co- DO LICENCIAMENTO
metidas;
IX – (Revogado). Art. 130. Todo veículo automotor, elétrico, articulado,
X - comprovante relativo ao cumprimento do disposto no reboque ou semi-reboque, para transitar na via, deverá ser
art. 98, quando houver alteração nas características originais licenciado anualmente pelo órgão executivo de trânsito do Es-
do veículo que afetem a emissão de poluentes e ruído; tado, ou do Distrito Federal, onde estiver registrado o veículo.
XI - comprovante de aprovação de inspeção veicular e de § 1º O disposto neste artigo não se aplica a veículo de
poluentes e ruído, quando for o caso, conforme regulamenta- uso bélico.
ções do CONTRAN e do CONAMA. § 2º No caso de transferência de residência ou domicílio, é
válido, durante o exercício, o licenciamento de origem.
Art. 125. As informações sobre o chassi, o monobloco, os
Art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual será expe-
agregados e as características originais do veículo deverão ser
dido ao veículo licenciado, vinculado ao Certificado de Regis-
prestadas ao RENAVAM:
tro, no modelo e especificações estabelecidos pelo CONTRAN.
I - pelo fabricante ou montadora, antes da comercializa-
§ 1º O primeiro licenciamento será feito simultaneamente
ção, no caso de veículo nacional;
ao registro.
II - pelo órgão alfandegário, no caso de veículo importado
§ 2º O veículo somente será considerado licenciado estan-
por pessoa física;
do quitados os débitos relativos a tributos, encargos e multas
III - pelo importador, no caso de veículo importado por
de trânsito e ambientais, vinculados ao veículo, independen-
pessoa jurídica.
temente da responsabilidade pelas infrações cometidas.
Parágrafo único. As informações recebidas pelo RENA-
§ 3º Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá compro-
VAM serão repassadas ao órgão executivo de trânsito respon-
var sua aprovação nas inspeções de segurança veicular e de
sável pelo registro, devendo este comunicar ao RENAVAM, tão controle de emissões de gases poluentes e de ruído, confor-
logo seja o veículo registrado. me disposto no art. 104.

Art. 126. O proprietário de veículo irrecuperável, ou defi- Art. 132. Os veículos novos não estão sujeitos ao licencia-
nitivamente desmontado, deverá requerer a baixa do registro, mento e terão sua circulação regulada pelo CONTRAN duran-
no prazo e forma estabelecidos pelo CONTRAN, sendo veda- te o trajeto entre a fábrica e o Município de destino.
da a remontagem do veículo sobre o mesmo chassi, de forma § 1o O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos
a manter o registro anterior. veículos importados, durante o trajeto entre a alfândega ou
Parágrafo único. A obrigação de que trata este artigo é da entreposto alfandegário e o Município de destino. (Renume-
companhia seguradora ou do adquirente do veículo destina- rado do parágrafo único pela Lei nº 13.103, de 2015)
do à desmontagem, quando estes sucederem ao proprietário. § 2o (Revogado pela Lei nº 13.154, de 2015)

Art. 127. O órgão executivo de trânsito competente só Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de Licencia-
efetuará a baixa do registro após prévia consulta ao cadastro mento Anual.
do RENAVAM. Parágrafo único. O porte será dispensado quando, no
Parágrafo único. Efetuada a baixa do registro, deverá ser momento da fiscalização, for possível ter acesso ao devido sis-
esta comunicada, de imediato, ao RENAVAM. tema informatizado para verificar se o veículo está licenciado.
(Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016)

19
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 134. No caso de transferência de propriedade, o pro- IV - não ter cometido nenhuma infração grave ou gravís-
prietário antigo deverá encaminhar ao órgão executivo de sima, ou ser reincidente em infrações médias durante os doze
trânsito do Estado dentro de um prazo de trinta dias, cópia últimos meses;
autenticada do comprovante de transferência de proprieda- V - ser aprovado em curso especializado, nos termos da
de, devidamente assinado e datado, sob pena de ter que se regulamentação do CONTRAN.
responsabilizar solidariamente pelas penalidades impostas e
suas reincidências até a data da comunicação. Art. 139. O disposto neste Capítulo não exclui a compe-
Parágrafo único. O comprovante de transferência de pro- tência municipal de aplicar as exigências previstas em seus
priedade de que trata o caput poderá ser substituído por do- regulamentos, para o transporte de escolares.
cumento eletrônico, na forma regulamentada pelo Contran.
CAPÍTULO XIII-A
(Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
DA CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE
Art. 135. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte Art. 139-A. As motocicletas e motonetas destinadas ao
individual ou coletivo de passageiros de linhas regulares ou transporte remunerado de mercadorias – moto-frete – so-
empregados em qualquer serviço remunerado, para registro, mente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo
licenciamento e respectivo emplacamento de característica órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do Dis-
comercial, deverão estar devidamente autorizados pelo poder trito Federal, exigindo-se, para tanto:
público concedente. I – registro como veículo da categoria de aluguel;
II – instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado
CAPÍTULO XIII no chassi do veículo, destinado a proteger o motor e a perna
DA CONDUÇÃO DE ESCOLARES do condutor em caso de tombamento, nos termos de regula-
mentação do Conselho Nacional de Trânsito – Contran;
Art. 136. Os veículos especialmente destinados à condu- III – instalação de aparador de linha antena corta-pipas,
ção coletiva de escolares somente poderão circular nas vias nos termos de regulamentação do Contran;
com autorização emitida pelo órgão ou entidade executivos IV – inspeção semestral para verificação dos equipamen-
de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tos obrigatórios e de segurança.
tanto: § 1o A instalação ou incorporação de dispositivos para
transporte de cargas deve estar de acordo com a regulamen-
I - registro como veículo de passageiros;
tação do Contran.
II - inspeção semestral para verificação dos equipamentos
§ 2o É proibido o transporte de combustíveis, produtos in-
obrigatórios e de segurança;
flamáveis ou tóxicos e de galões nos veículos de que trata este
III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com qua- artigo, com exceção do gás de cozinha e de galões contendo
renta centímetros de largura, à meia altura, em toda a exten- água mineral, desde que com o auxílio de side-car, nos termos
são das partes laterais e traseira da carroçaria, com o dístico de regulamentação do Contran.
ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de carro-
çaria pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas devem Art. 139-B. O disposto neste Capítulo não exclui a compe-
ser invertidas; tência municipal ou estadual de aplicar as exigências previstas
IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de em seus regulamentos para as atividades de moto-frete no
velocidade e tempo; âmbito de suas circunscrições.
V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas
nas extremidades da parte superior dianteira e lanternas de CAPÍTULO XIV
luz vermelha dispostas na extremidade superior da parte tra- DA HABILITAÇÃO
seira;
VI - cintos de segurança em número igual à lotação; Art. 140. A habilitação para conduzir veículo automotor
VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios esta- e elétrico será apurada por meio de exames que deverão ser
belecidos pelo CONTRAN. realizados junto ao órgão ou entidade executivos do Estado
ou do Distrito Federal, do domicílio ou residência do candida-
to, ou na sede estadual ou distrital do próprio órgão, devendo
Art. 137. A autorização a que se refere o artigo anterior
o condutor preencher os seguintes requisitos:
deverá ser afixada na parte interna do veículo, em local visível,
I - ser penalmente imputável;
com inscrição da lotação permitida, sendo vedada a condução II - saber ler e escrever;
de escolares em número superior à capacidade estabelecida III - possuir Carteira de Identidade ou equivalente.
pelo fabricante. Parágrafo único. As informações do candidato à habilita-
ção serão cadastradas no RENACH.
Art. 138. O condutor de veículo destinado à condução de
escolares deve satisfazer os seguintes requisitos: Art. 141. O processo de habilitação, as normas relativas à
I - ter idade superior a vinte e um anos; aprendizagem para conduzir veículos automotores e elétricos
II - ser habilitado na categoria D; e à autorização para conduzir ciclomotores serão regulamen-
III - (VETADO) tados pelo CONTRAN.

20
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 1º A autorização para conduzir veículos de propulsão a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo
humana e de tração animal ficará a cargo dos Municípios. há um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na
§ 2º (VETADO). categoria D; e
b) no mínimo há um ano na categoria C, quando preten-
Art. 142. O reconhecimento de habilitação obtida em ou- der habilitar-se na categoria E;
tro país está subordinado às condições estabelecidas em con- III - não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssi-
venções e acordos internacionais e às normas do CONTRAN. ma ou ser reincidente em infrações médias durante os últimos
doze meses;
Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas catego- IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de
rias de A a E, obedecida a seguinte gradação: treinamento de prática veicular em situação de risco, nos ter-
I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas mos da normatização do CONTRAN.
ou três rodas, com ou sem carro lateral; Parágrafo único. A participação em curso especializado
II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não previsto no inciso IV independe da observância do disposto
abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda no inciso III. (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (§ 2o (VETA-
a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda DO). (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015).
a oito lugares, excluído o do motorista;
III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utiliza- Art. 145-A. Além do disposto no art. 145, para conduzir
do em transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três ambulâncias, o candidato deverá comprovar treinamento es-
mil e quinhentos quilogramas; pecializado e reciclagem em cursos específicos a cada 5 (cin-
V - Categoria D - condutor de veículo motorizado utiliza- co) anos, nos termos da normatização do Contran.
do no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito
lugares, excluído o do motorista; Art. 146. Para conduzir veículos de outra categoria o con-
V - Categoria E - condutor de combinação de veículos em dutor deverá realizar exames complementares exigidos para
que a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e habilitação na categoria pretendida.
cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou arti-
culada tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de peso Art. 147. O candidato à habilitação deverá submeter-se
bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares. a exames realizados pelo órgão executivo de trânsito, na se-
guinte ordem:
§ 1º Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá
I - de aptidão física e mental;
estar habilitado no mínimo há um ano na categoria B e não ter
II - (VETADO);
cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser rein-
III - escrito, sobre legislação de trânsito;
cidente em infrações médias, durante os últimos doze meses.
IV - de noções de primeiros socorros, conforme regula-
§ 2o São os condutores da categoria B autorizados a con-
mentação do CONTRAN;
duzir veículo automotor da espécie motor-casa, definida nos
V - de direção veicular, realizado na via pública, em veícu-
termos do Anexo I deste Código, cujo peso não exceda a
lo da categoria para a qual estiver habilitando-se.
6.000 kg (seis mil quilogramas), ou cuja lotação não exceda a
§ 1º Os resultados dos exames e a identificação dos res-
8 (oito) lugares, excluído o do motorista.
pectivos examinadores serão registrados no RENACH.
§ 3º Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor da com-
§ 2º O exame de aptidão física e mental será preliminar e
binação de veículos com mais de uma unidade tracionada, in- renovável a cada cinco anos, ou a cada três anos para condu-
dependentemente da capacidade de tração ou do peso bruto tores com mais de sessenta e cinco anos de idade, no local de
total. residência ou domicílio do examinado.
§ 3o O exame previsto no § 2o incluirá avaliação psicológi-
Art. 144. O trator de roda, o trator de esteira, o trator mis- ca preliminar e complementar sempre que a ele se submeter
to ou o equipamento automotor destinado à movimentação o condutor que exerce atividade remunerada ao veículo, in-
de cargas ou execução de trabalho agrícola, de terraplena- cluindo-se esta avaliação para os demais candidatos apenas
gem, de construção ou de pavimentação só podem ser con- no exame referente à primeira habilitação.
duzidos na via pública por condutor habilitado nas categorias § 4º Quando houver indícios de deficiência física, mental,
C, D ou E. ou de progressividade de doença que possa diminuir a capa-
Parágrafo único. O trator de roda e os equipamentos au- cidade para conduzir o veículo, o prazo previsto no § 2º pode-
tomotores destinados a executar trabalhos agrícolas poderão rá ser diminuído por proposta do perito examinador.
ser conduzidos em via pública também por condutor habilita- § 5o O condutor que exerce atividade remunerada ao veí-
do na categoria B. (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015) culo terá essa informação incluída na sua Carteira Nacional de
Habilitação, conforme especificações do Conselho Nacional
Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para de Trânsito – Contran.
conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de es-
colares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato Art. 147-A. Ao candidato com deficiência auditiva é assegu-
deverá preencher os seguintes requisitos: rada acessibilidade de comunicação, mediante emprego de tec-
I - ser maior de vinte e um anos; nologias assistivas ou de ajudas técnicas em todas as etapas do
II - estar habilitado: processo de habilitação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)

21
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 1o O material didático audiovisual utilizado em aulas § 5o A reprovação no exame previsto neste artigo terá
teóricas dos cursos que precedem os exames previstos no art. como consequência a suspensão do direito de dirigir pelo
147 desta Lei deve ser acessível, por meio de subtitulação com período de 3 (três) meses, condicionado o levantamento da
legenda oculta associada à tradução simultânea em Libras. suspensão ao resultado negativo em novo exame, e vedada a
(Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) aplicação de outras penalidades, ainda que acessórias. (Incluí-
§ 2o É assegurado também ao candidato com deficiência do pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
auditiva requerer, no ato de sua inscrição, os serviços de in- § 6o O resultado do exame somente será divulgado para
térprete da Libras, para acompanhamento em aulas práticas e o interessado e não poderá ser utilizado para fins estranhos
teóricas. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) ao disposto neste artigo ou no § 6o do art. 168 da Consolida-
ção das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no
Art. 148. Os exames de habilitação, exceto os de direção 5.452, de 1o de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 13.103, de
veicular, poderão ser aplicados por entidades públicas ou 2015)
privadas credenciadas pelo órgão executivo de trânsito dos § 7o O exame será realizado, em regime de livre concor-
Estados e do Distrito Federal, de acordo com as normas esta- rência, pelos laboratórios credenciados pelo Departamento
belecidas pelo CONTRAN. Nacional de Trânsito - DENATRAN, nos termos das normas
§ 1º A formação de condutores deverá incluir, obrigato- do Contran, vedado aos entes públicos: (Incluído pela Lei nº
riamente, curso de direção defensiva e de conceitos básicos 13.103, de 2015) (Vigência)
de proteção ao meio ambiente relacionados com o trânsito. I - fixar preços para os exames; (Incluído pela Lei nº
§ 2º Ao candidato aprovado será conferida Permissão 13.103, de 2015) (Vigência)
para Dirigir, com validade de um ano. II - limitar o número de empresas ou o número de locais
§ 3º A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao em que a atividade pode ser exercida; e (Incluído pela Lei nº
condutor no término de um ano, desde que o mesmo não 13.103, de 2015)
tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou gra- III - estabelecer regras de exclusividade territorial. (Incluí-
víssima ou seja reincidente em infração média. do pela Lei nº 13.103, de 2015)
§ 4º A não obtenção da Carteira Nacional de Habilitação,
tendo em vista a incapacidade de atendimento do disposto Art. 149. (VETADO).
no parágrafo anterior, obriga o candidato a reiniciar todo o
processo de habilitação. Art. 150. Ao renovar os exames previstos no artigo an-
§ 5º O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN pode- terior, o condutor que não tenha curso de direção defensiva
rá dispensar os tripulantes de aeronaves que apresentarem e primeiros socorros deverá a eles ser submetido, conforme
o cartão de saúde expedido pelas Forças Armadas ou pelo normatização do CONTRAN.
Departamento de Aeronáutica Civil, respectivamente, da pres- Parágrafo único. A empresa que utiliza condutores con-
tação do exame de aptidão física e mental. tratados para operar a sua frota de veículos é obrigada a for-
necer curso de direção defensiva, primeiros socorros e outros
Art. 148-A. Os condutores das categorias C, D e E deve- conforme normatização do CONTRAN.
rão submeter-se a exames toxicológicos para a habilitação e
renovação da Carteira Nacional de Habilitação. (Incluído pela Art. 151. No caso de reprovação no exame escrito sobre
Lei nº 13.103, de 2015) legislação de trânsito ou de direção veicular, o candidato só
§ 1o O exame de que trata este artigo buscará aferir o poderá repetir o exame depois de decorridos quinze dias da
consumo de substâncias psicoativas que, comprovadamente, divulgação do resultado.
comprometam a capacidade de direção e deverá ter janela de
detecção mínima de 90 (noventa) dias, nos termos das normas Art. 152. O exame de direção veicular será realizado pe-
do Contran. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) rante comissão integrada por 3 (três) membros designados
§ 2o Os condutores das categorias C, D e E com Carteira pelo dirigente do órgão executivo local de trânsito. (Redação
Nacional de Habilitação com validade de 5 (cinco) anos deve- dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
rão fazer o exame previsto no § 1o no prazo de 2 (dois) anos § 1º Na comissão de exame de direção veicular, pelo me-
e 6 (seis) meses a contar da realização do disposto no caput. nos um membro deverá ser habilitado na categoria igual ou
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) superior à pretendida pelo candidato.
§ 3o Os condutores das categorias C, D e E com Carteira § 2º Os militares das Forças Armadas e os policiais e bom-
Nacional de Habilitação com validade de 3 (três) anos deve- beiros dos órgãos de segurança pública da União, dos Estados
rão fazer o exame previsto no § 1o no prazo de 1 (um) ano e e do Distrito Federal que possuírem curso de formação de
6 (seis) meses a contar da realização do disposto no caput. condutor ministrado em suas corporações serão dispensados,
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) para a concessão do documento de habilitação, dos exames
§ 4o É garantido o direito de contraprova e de recurso aos quais se houverem submetido com aprovação naquele
administrativo no caso de resultado positivo para o exame de curso, desde que neles sejam observadas as normas estabe-
que trata o caput, nos termos das normas do Contran. (Incluí- lecidas pelo Contran. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
do pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) 2016)

22
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 3º O militar, o policial ou o bombeiro militar interessado Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em
na dispensa de que trata o § 2º instruirá seu requerimento com modelo único e de acordo com as especificações do CON-
ofício do comandante, chefe ou diretor da unidade adminis- TRAN, atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste Códi-
trativa onde prestar serviço, do qual constarão o número do go, conterá fotografia, identificação e CPF do condutor, terá
registro de identificação, naturalidade, nome, filiação, idade e fé pública e equivalerá a documento de identidade em todo o
categoria em que se habilitou a conduzir, acompanhado de território nacional.
cópia das atas dos exames prestados. (Redação dada pela Lei § 1º É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da
nº 13.281, de 2016) Carteira Nacional de Habilitação quando o condutor estiver à
direção do veículo.
§ 4º (VETADO).
§ 2º (VETADO).
§ 3º A emissão de nova via da Carteira Nacional de Ha-
Art. 153. O candidato habilitado terá em seu prontuário
bilitação será regulamentada pelo CONTRAN.
a identificação de seus instrutores e examinadores, que serão § 4º (VETADO).
passíveis de punição conforme regulamentação a ser estabe- § 5º A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão
lecida pelo CONTRAN. para Dirigir somente terão validade para a condução de veí-
Parágrafo único. As penalidades aplicadas aos instrutores culo quando apresentada em original.
e examinadores serão de advertência, suspensão e cancela- § 6º A identificação da Carteira Nacional de Habilitação
mento da autorização para o exercício da atividade, conforme expedida e a da autoridade expedidora serão registradas no
a falta cometida. RENACH.
§ 7º A cada condutor corresponderá um único registro
Art. 154. Os veículos destinados à formação de conduto- no RENACH, agregando-se neste todas as informações.
res serão identificados por uma faixa amarela, de vinte cen- § 8º A renovação da validade da Carteira Nacional de
tímetros de largura, pintada ao longo da carroçaria, à meia Habilitação ou a emissão de uma nova via somente será rea-
altura, com a inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta. lizada após quitação de débitos constantes do prontuário
Parágrafo único. No veículo eventualmente utilizado para do condutor.
aprendizagem, quando autorizado para servir a esse fim, de- § 9º (VETADO).
verá ser afixada ao longo de sua carroçaria, à meia altura, § 10. A validade da Carteira Nacional de Habilitação está
condicionada ao prazo de vigência do exame de aptidão fí-
faixa branca removível, de vinte centímetros de largura, com
sica e mental.
a inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta.
§ 11. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida na
vigência do Código anterior, será substituída por ocasião do
Art. 155. A formação de condutor de veículo automotor vencimento do prazo para revalidação do exame de apti-
e elétrico será realizada por instrutor autorizado pelo órgão dão física e mental, ressalvados os casos especiais previstos
executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, per- nesta Lei.
tencente ou não à entidade credenciada.
Parágrafo único. Ao aprendiz será expedida autoriza- Art. 160. O condutor condenado por delito de trânsito
ção para aprendizagem, de acordo com a regulamentação deverá ser submetido a novos exames para que possa voltar
do CONTRAN, após aprovação nos exames de aptidão física, a dirigir, de acordo com as normas estabelecidas pelo CON-
mental, de primeiros socorros e sobre legislação de trânsito. TRAN, independentemente do reconhecimento da prescri-
ção, em face da pena concretizada na sentença.
Art. 156. O CONTRAN regulamentará o credenciamento § 1º Em caso de acidente grave, o condutor nele en-
para prestação de serviço pelas autoescolas e outras enti- volvido poderá ser submetido aos exames exigidos neste
dades destinadas à formação de condutores e às exigências artigo, a juízo da autoridade executiva estadual de trânsito,
necessárias para o exercício das atividades de instrutor e exa- assegurada ampla defesa ao condutor.
minador. § 2º No caso do parágrafo anterior, a autoridade exe-
cutiva estadual de trânsito poderá apreender o documento
de habilitação do condutor até a sua aprovação nos exames
Art. 157. (VETADO).
realizados.
Art. 158. A aprendizagem só poderá realizar-se:
CAPÍTULO XV
I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo órgão DAS INFRAÇÕES
executivo de trânsito;
II - acompanhado o aprendiz por instrutor autorizado. Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância
§ 1º Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utilizado de qualquer preceito deste Código, da legislação comple-
na aprendizagem poderá conduzir apenas mais um acompa- mentar ou das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator
nhante. sujeito às penalidades e medidas administrativas indicadas
§ 2o Parte da aprendizagem será obrigatoriamente reali- em cada artigo, além das punições previstas no Capítulo XIX.
zada durante a noite, cabendo ao CONTRAN fixar-lhe a carga Parágrafo único. As infrações cometidas em relação às
horária mínima correspondente. resoluções do CONTRAN terão suas penalidades e medidas
administrativas definidas nas próprias resoluções.

23
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 162. Dirigir veículo: Art. 164. Permitir que pessoa nas condições referidas nos
I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permis- incisos do art. 162 tome posse do veículo automotor e passe
são para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor: a conduzi-lo na via:
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Infração - as mesmas previstas nos incisos do art. 162;
Infração - gravíssima;(Redação dada pela Lei nº 13.281, Penalidade - as mesmas previstas no art. 162;
de 2016) Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do
Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei nº art. 162.
13.281, de 2016)
Medida administrativa - retenção do veículo até a apre- Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer
sentação de condutor habilitado; (Incluído pela Lei nº 13.281, outra substância psicoativa que determine dependência:
Infração - gravíssima;
de 2016)
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de
II - com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para
dirigir por 12 (doze) meses.
Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor cassada ou
Medida administrativa - recolhimento do documento de
com suspensão do direito de dirigir: (Redação dada pela Lei habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no §
nº 13.281, de 2016) 4o do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, Código de Trânsito Brasileiro.
de 2016) Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei nº caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) me-
13.281, de 2016) ses.
Medida administrativa - recolhimento do documento de
habilitação e retenção do veículo até a apresentação de con- Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame
dutor habilitado; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) clínico, perícia ou outro procedimento que permita certificar
III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão influência de álcool ou outra substância psicoativa, na forma
para Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja estabelecida pelo art. 277: (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
conduzindo: (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de
de 2016) dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
Penalidade - multa (duas vezes); (Redação dada pela Lei 2016)
Medida administrativa - recolhimento do documento de
nº 13.281, de 2016)
habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4º
Medida administrativa - retenção do veículo até a apre-
do art. 270. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
sentação de condutor habilitado; (Redação dada pela Lei nº
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
13.281, de 2016) caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) me-
IV - (VETADO) ses (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
V - com validade da Carteira Nacional de Habilitação ven-
cida há mais de trinta dias: Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa
Infração - gravíssima; que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não
Penalidade - multa; estiver em condições de dirigi-lo com segurança:
Medida administrativa - recolhimento da Carteira Nacio- Infração - gravíssima;
nal de Habilitação e retenção do veículo até a apresentação de Penalidade - multa.
condutor habilitado;
VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto
de audição, de prótese física ou as adaptações do veículo im- de segurança, conforme previsto no art. 65:
postas por ocasião da concessão ou da renovação da licença Infração - grave;
para conduzir: Penalidade - multa;
Infração - gravíssima; Medida administrativa - retenção do veículo até colocação
Penalidade - multa; do cinto pelo infrator.
Medida administrativa - retenção do veículo até o sanea-
Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor sem
mento da irregularidade ou apresentação de condutor habi-
observância das normas de segurança especiais estabelecidas
litado.
neste Código:
Infração - gravíssima;
Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa nas con- Penalidade - multa;
dições previstas no artigo anterior: Medida administrativa - retenção do veículo até que a irre-
Infração - as mesmas previstas no artigo anterior; gularidade seja sanada.
Penalidade - as mesmas previstas no artigo anterior; Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispen-
Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do sáveis à segurança:
artigo anterior. Infração - leve;
Penalidade - multa.

24
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam III - de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos
atravessando a via pública, ou os demais veículos: da polícia e da perícia;
Infração - gravíssima; IV - de adotar providências para remover o veículo do
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir; local, quando determinadas por policial ou agente da autori-
Medida administrativa - retenção do veículo e recolhi- dade de trânsito;
mento do documento de habilitação. V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar informa-
ções necessárias à confecção do boletim de ocorrência:
Art. 171. Usar o veículo para arremessar, sobre os pedes- Infração - gravíssima;
tres ou veículos, água ou detritos: Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito
Infração - média; de dirigir;
Penalidade - multa. Medida administrativa - recolhimento do documento de
habilitação.
Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou
substâncias: Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à vítima
Infração - média; de acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade e
Penalidade - multa. seus agentes:
Infração - grave;
Art. 173. Disputar corrida: Penalidade - multa.
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de Art. 178. Deixar o condutor, envolvido em acidente sem
dirigir e apreensão do veículo; vítima, de adotar providências para remover o veículo do lo-
Medida administrativa - recolhimento do documento de cal, quando necessária tal medida para assegurar a segurança
habilitação e remoção do veículo. e a fluidez do trânsito:
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no Infração - média;
caput em caso de reincidência no período de 12 (doze) meses Penalidade - multa.
da infração anterior.
Art. 179. Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na
Art. 174. Promover, na via, competição, eventos organi- via pública, salvo nos casos de impedimento absoluto de sua
zados, exibição e demonstração de perícia em manobra de remoção e em que o veículo esteja devidamente sinalizado:
veículo, ou deles participar, como condutor, sem permissão da I - em pista de rolamento de rodovias e vias de trânsito
autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via: rápido:
Infração - gravíssima; Infração - grave;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de Penalidade - multa;
dirigir e apreensão do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo;
Medida administrativa - recolhimento do documento de II - nas demais vias:
habilitação e remoção do veículo Infração - leve;
§ 1º As penalidades são aplicáveis aos promotores e aos Penalidade - multa.
condutores participantes.
§ 2º Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por falta de
caso de reincidência no período de 12 (doze) meses da infra- combustível:
ção anterior. Infração - média;
Penalidade - multa;
Art. 175. Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir Medida administrativa - remoção do veículo.
manobra perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem
ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus: Art. 181. Estacionar o veículo:
Infração - gravíssima; I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de alinhamento da via transversal:
dirigir e apreensão do veículo; Infração - média;
Medida administrativa - recolhimento do documento de Penalidade - multa;
habilitação e remoção do veículo. Medida administrativa - remoção do veículo;
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta
caput em caso de reincidência no período de 12 (doze) meses centímetros a um metro:
da infração anterior. Infração - leve;
Penalidade - multa;
Art. 176. Deixar o condutor envolvido em acidente com Medida administrativa - remoção do veículo;
vítima: III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um
I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo metro:
fazê-lo; Infração - grave;
II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido Penalidade - multa;
de evitar perigo para o trânsito no local; Medida administrativa - remoção do veículo;

25
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste XV - na contramão de direção:


Código: Infração - média;
Infração - média; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; XVI - em aclive ou declive, não estando devidamente freado
Medida administrativa - remoção do veículo; e sem calço de segurança, quando se tratar de veículo com peso
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das bruto total superior a três mil e quinhentos quilogramas:
vias de trânsito rápido e das vias dotadas de acostamento: Infração - grave;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo; XVII - em desacordo com as condições regulamentadas es-
VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de água pecificamente pela sinalização (placa - Estacionamento Regula-
ou tampas de poços de visita de galerias subterrâneas, des- mentado):
de que devidamente identificados, conforme especificação do Infração - grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) ;
CONTRAN: Penalidade - multa;
Infração - média; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa; XVIII - em locais e horários proibidos especificamente pela
Medida administrativa - remoção do veículo; sinalização (placa - Proibido Estacionar):
VII - nos acostamentos, salvo motivo de força maior: Infração - média;
Infração - leve; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo; XIX - em locais e horários de estacionamento e parada proi-
VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre bidos pela sinalização (placa - Proibido Parar e Estacionar):
ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou Infração - grave;
Penalidade - multa;
sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, mar-
Medida administrativa - remoção do veículo.
cas de canalização, gramados ou jardim público:
XX - nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou
Infração - grave;
idosos, sem credencial que comprove tal condição: (Incluído pela
Penalidade - multa;
Lei nº 13.281, de 2016)
Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - gravíssima; Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
IX - onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada des-
Penalidade - multa; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
tinada à entrada ou saída de veículos:
Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído pela
Infração - média;
Lei nº 13.281, de 2016)
Penalidade - multa;
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, a autoridade de trân-
Medida administrativa - remoção do veículo;
sito aplicará a penalidade preferencialmente após a remoção do
X - impedindo a movimentação de outro veículo: veículo.
Infração - média; § 2º No caso previsto no inciso XVI é proibido abandonar o
Penalidade - multa; calço de segurança na via.
Medida administrativa - remoção do veículo;
XI - ao lado de outro veículo em fila dupla: Art. 182. Parar o veículo:
Infração - grave; I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do
Penalidade - multa; alinhamento da via transversal:
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - média;
XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circu- Penalidade - multa;
lação de veículos e pedestres: II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta cen-
Infração - grave; tímetros a um metro:
Penalidade - multa; Infração - leve;
Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa;
XIII - onde houver sinalização horizontal delimitadora de III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um
ponto de embarque ou desembarque de passageiros de trans- metro:
porte coletivo ou, na inexistência desta sinalização, no interva- Infração - média;
lo compreendido entre dez metros antes e depois do marco Penalidade - multa;
do ponto: IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Có-
Infração - média; digo:
Penalidade - multa; Infração - leve;
Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa;
XIV - nos viadutos, pontes e túneis: V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias
Infração - grave; de trânsito rápido e das demais vias dotadas de acostamento:
Penalidade - multa; Infração - grave;
Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa;

26
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

VI - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, nas II - vias com sinalização de regulamentação de sentido
ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores de pista de rola- único de circulação:
mento e marcas de canalização: Infração - gravíssima;
Infração - leve; Penalidade - multa.
Penalidade - multa;
VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circula- Art. 187. Transitar em locais e horários não permitidos pela
ção de veículos e pedestres: regulamentação estabelecida pela autoridade competente:
Infração - média; I - para todos os tipos de veículos:
Penalidade - multa; Infração - média;
VIII - nos viadutos, pontes e túneis: Penalidade - multa;
Infração - média;
Penalidade - multa; Art. 188. Transitar ao lado de outro veículo, interrompen-
IX - na contramão de direção: do ou perturbando o trânsito:
Infração - média; Infração - média;
Penalidade - multa; Penalidade - multa.
X - em local e horário proibidos especificamente pela sina-
lização (placa - Proibido Parar): Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos precedidos
Infração - média; de batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de polícia,
Penalidade - multa. de operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias, quan-
do em serviço de urgência e devidamente identificados por
Art. 183. Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na mu- dispositivos regulamentados de alarme sonoro e iluminação
dança de sinal luminoso: vermelha intermitentes:
Infração - média; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
Art. 184. Transitar com o veículo:
Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, estando
I - na faixa ou pista da direita, regulamentada como de cir-
este com prioridade de passagem devidamente identificada
culação exclusiva para determinado tipo de veículo, exceto para
por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e ilumina-
acesso a imóveis lindeiros ou conversões à direita:
ção vermelha intermitentes:
Infração - leve;
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Penalidade - multa.
II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada como de
circulação exclusiva para determinado tipo de veículo:
Art. 191. Forçar passagem entre veículos que, transitando
Infração - grave;
Penalidade - multa. em sentidos opostos, estejam na iminência de passar um pelo
III - na faixa ou via de trânsito exclusivo, regulamentada outro ao realizar operação de ultrapassagem:
com circulação destinada aos veículos de transporte público Infração - gravíssima;
coletivo de passageiros, salvo casos de força maior e com au- Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de
torização do poder público competente: (Incluído pela Lei nº dirigir.
13.154, de 2015) Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze)
Penalidade - multa e apreensão do veículo; (Incluído pela meses da infração anterior.
Lei nº 13.154, de 2015)
Medida Administrativa - remoção do veículo. (Incluído pela Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança late-
Lei nº 13.154, de 2015) ral e frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em
relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a
Art. 185. Quando o veículo estiver em movimento, deixar velocidade, as condições climáticas do local da circulação e
de conservá-lo: do veículo:
I - na faixa a ele destinada pela sinalização de regulamen- Infração - grave;
tação, exceto em situações de emergência; Penalidade - multa.
II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de maior porte: Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
Infração - média; caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze)
Penalidade - multa. meses da infração anterior.

Art. 186. Transitar pela contramão de direção em: Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios,
I - vias com duplo sentido de circulação, exceto para ultra- passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamen-
passar outro veículo e apenas pelo tempo necessário, respeita- tos, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento, acos-
da a preferência do veículo que transitar em sentido contrário: tamentos, marcas de canalização, gramados e jardins públicos:
Infração - grave; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa; Penalidade - multa (três vezes).

27
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na distância ne- IV - parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras, cance-
cessária a pequenas manobras e de forma a não causar riscos las, cruzamentos ou qualquer outro impedimento à livre circulação;
à segurança: V - onde houver marcação viária longitudinal de divisão de
Infração - grave; fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou simples contí-
Penalidade - multa. nua amarela:
Infração - gravíssima;
Art. 195. Desobedecer às ordens emanadas da autoridade Penalidade - multa (cinco vezes).
competente de trânsito ou de seus agentes: Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
Infração - grave; caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) me-
Penalidade - multa. ses da infração anterior.

Art. 196. Deixar de indicar com antecedência, mediante Art. 204. Deixar de parar o veículo no acostamento à direi-
ta, para aguardar a oportunidade de cruzar a pista ou entrar à
gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do
esquerda, onde não houver local apropriado para operação de
veículo, o início da marcha, a realização da manobra de parar o
retorno:
veículo, a mudança de direção ou de faixa de circulação:
Infração - grave;
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 205. Ultrapassar veículo em movimento que integre
Art. 197. Deixar de deslocar, com antecedência, o veículo cortejo, préstito, desfile e formações militares, salvo com auto-
para a faixa mais à esquerda ou mais à direita, dentro da res- rização da autoridade de trânsito ou de seus agentes:
pectiva mão de direção, quando for manobrar para um desses Infração - leve;
lados: Penalidade - multa.
Infração - média;
Penalidade - multa. Art. 206. Executar operação de retorno:
I - em locais proibidos pela sinalização;
Art. 198. Deixar de dar passagem pela esquerda, quando II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e túneis;
solicitado: III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas, ajardina-
Infração - média; mento ou canteiros de divisões de pista de rolamento, refúgios
Penalidade - multa. e faixas de pedestres e nas de veículos não motorizados;
IV - nas interseções, entrando na contramão de direção da
Art. 199. Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo via transversal;
da frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal de V - com prejuízo da livre circulação ou da segurança, ainda
que vai entrar à esquerda: que em locais permitidos:
Infração - média; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.

Art. 200. Ultrapassar pela direita veículo de transporte co- Art. 207. Executar operação de conversão à direita ou à es-
letivo ou de escolares, parado para embarque ou desembar- querda em locais proibidos pela sinalização:
que de passageiros, salvo quando houver refúgio de seguran- Infração - grave;
Penalidade - multa.
ça para o pedestre:
Infração - gravíssima;
Art. 208. Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de
Penalidade - multa.
parada obrigatória:
Infração - gravíssima;
Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro Penalidade - multa.
e cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta:
Infração - média; Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou
Penalidade - multa. sem sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar de adentrar às
áreas destinadas à pesagem de veículos ou evadir-se para não
Art. 202. Ultrapassar outro veículo: efetuar o pagamento do pedágio:
I - pelo acostamento; Infração - grave;
II - em interseções e passagens de nível; Penalidade - multa.
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes). Art. 210. Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial:
Infração - gravíssima;
Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veículo: Penalidade - multa, apreensão do veículo e suspensão do
I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade suficiente; direito de dirigir;
II - nas faixas de pedestre; Medida administrativa - remoção do veículo e recolhi-
III - nas pontes, viadutos ou túneis; mento do documento de habilitação.

28
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 211. Ultrapassar veículos em fila, parados em razão Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima per-
de sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou qualquer mitida para o local, medida por instrumento ou equipamento
outro obstáculo, com exceção dos veículos não motorizados: hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e de-
Infração - grave; mais vias:
Penalidade - multa. I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20%
(vinte por cento):
Art. 212. Deixar de parar o veículo antes de transpor linha Infração - média;
férrea: Penalidade - multa;
Infração - gravíssima; II - quando a velocidade for superior à máxima em mais
Penalidade - multa. de 20% (vinte por cento) até 50% (cinquenta por cento):
Infração - grave;
Art. 213. Deixar de parar o veículo sempre que a respecti- Penalidade - multa;
va marcha for interceptada: III - quando a velocidade for superior à máxima em mais
I - por agrupamento de pessoas, como préstitos, passea- de 50% (cinquenta por cento):
tas, desfiles e outros: Infração - gravíssima;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa [3 (três) vezes], suspensão imediata do
Penalidade - multa. direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação.
II - por agrupamento de veículos, como cortejos, forma-
ções militares e outros: Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade inferior à
Infração - grave; metade da velocidade máxima estabelecida para a via, retar-
Penalidade - multa. dando ou obstruindo o trânsito, a menos que as condições de
tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo se estiver na
Art. 214. Deixar de dar preferência de passagem a pedes- faixa da direita:
tre e a veículo não motorizado: Infração - média;
I - que se encontre na faixa a ele destinada; Penalidade - multa.
II - que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra
sinal verde para o veículo; Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de for-
III - portadores de deficiência física, crianças, idosos e ma compatível com a segurança do trânsito:
gestantes: I - quando se aproximar de passeatas, aglomerações, cor-
Infração - gravíssima; tejos, préstitos e desfiles:
Penalidade - multa. Infração - gravíssima;
IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que não Penalidade - multa;
haja sinalização a ele destinada; II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controlado
V - que esteja atravessando a via transversal para onde se pelo agente da autoridade de trânsito, mediante sinais sono-
dirige o veículo:
ros ou gestos;
Infração - grave;
III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) ou
Penalidade - multa.
acostamento;
IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção não si-
Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem:
nalizada;
I - em interseção não sinalizada:
V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja cer-
a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou rota-
cada;
tória;
VI - nos trechos em curva de pequeno raio;
b) a veículo que vier da direita;
VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com advertên-
II - nas interseções com sinalização de regulamentação de
cia de obras ou trabalhadores na pista;
Dê a Preferência:
Infração - grave; VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes;
Penalidade - multa. IX - quando houver má visibilidade;
X - quando o pavimento se apresentar escorregadio, de-
Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar ade- feituoso ou avariado;
quadamente posicionado para ingresso na via e sem as pre- XI - à aproximação de animais na pista;
cauções com a segurança de pedestres e de outros veículos: XII - em declive;
Infração - média; XIII - ao ultrapassar ciclista:
Penalidade - multa. Infração - grave;
Penalidade - multa;
Art. 217. Entrar ou sair de fila de veículos estacionados XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, estações de
sem dar preferência de passagem a pedestres e a outros veí- embarque e desembarque de passageiros ou onde haja inten-
culos: sa movimentação de pedestres:
Infração - média; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.

29
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 221. Portar no veículo placas de identificação em de- Art. 228. Usar no veículo equipamento com som em volu-
sacordo com as especificações e modelos estabelecidos pelo me ou frequência que não sejam autorizados pelo CONTRAN:
CONTRAN: Infração - grave;
Infração - média; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para regu-
Medida administrativa - retenção do veículo para regula- larização.
rização e apreensão das placas irregulares.
Parágrafo único. Incide na mesma penalidade aquele que Art. 229. Usar indevidamente no veículo aparelho de alar-
confecciona, distribui ou coloca, em veículo próprio ou de me ou que produza sons e ruído que perturbem o sossego
terceiros, placas de identificação não autorizadas pela regu- público, em desacordo com normas fixadas pelo CONTRAN:
lamentação. Infração - média;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de aten- Medida administrativa - remoção do veículo.
dimento de emergência, o sistema de iluminação vermelha
intermitente dos veículos de polícia, de socorro de incêndio Art. 230. Conduzir o veículo:
e salvamento, de fiscalização de trânsito e das ambulâncias, I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou
ainda que parados: qualquer outro elemento de identificação do veículo violado
Infração - média; ou falsificado;
Penalidade - multa. II - transportando passageiros em compartimento de car-
ga, salvo por motivo de força maior, com permissão da auto-
Art. 223. Transitar com o farol desregulado ou com o fa- ridade competente e na forma estabelecida pelo CONTRAN;
cho de luz alta de forma a perturbar a visão de outro condutor: III - com dispositivo anti-radar;
Infração - grave; IV - sem qualquer uma das placas de identificação;
Penalidade - multa; V - que não esteja registrado e devidamente licenciado;
Medida administrativa - retenção do veículo para regu- VI - com qualquer uma das placas de identificação sem
larização.
condições de legibilidade e visibilidade:
Infração - gravíssima;
Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
providas de iluminação pública:
Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - leve;
VII - com a cor ou característica alterada;
Penalidade - multa.
VIII - sem ter sido submetido à inspeção de segurança
veicular, quando obrigatória;
Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir os
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este inefi-
demais condutores e, à noite, não manter acesas as luzes ex-
ciente ou inoperante;
ternas ou omitir-se quanto a providências necessárias para
X - com equipamento obrigatório em desacordo com o
tornar visível o local, quando:
I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou estabelecido pelo CONTRAN;
permanecer no acostamento; XI - com descarga livre ou silenciador de motor de explo-
II - a carga for derramada sobre a via e não puder ser são defeituoso, deficiente ou inoperante;
retirada imediatamente: XII - com equipamento ou acessório proibido;
Infração - grave; XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e de
Penalidade - multa. sinalização alterados;
XIV - com registrador instantâneo inalterável de velocida-
Art. 226. Deixar de retirar todo e qualquer objeto que te- de e tempo viciado ou defeituoso, quando houver exigência
nha sido utilizado para sinalização temporária da via: desse aparelho;
Infração - média; XV - com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de
Penalidade - multa. caráter publicitário afixados ou pintados no para-brisa e em
toda a extensão da parte traseira do veículo, excetuadas as
Art. 227. Usar buzina: hipóteses previstas neste Código;
I - em situação que não a de simples toque breve como XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por pelí-
advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos; culas refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas;
II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto; XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não autoriza-
III - entre as vinte e duas e as seis horas; das pela legislação;
IV - em locais e horários proibidos pela sinalização; XVIII - em mau estado de conservação, comprometendo
V - em desacordo com os padrões e frequências estabe- a segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de segu-
lecidas pelo CONTRAN: rança e de emissão de poluentes e ruído, prevista no art. 104;
Infração - leve; XIX - sem acionar o limpador de para-brisa sob chuva:
Penalidade - multa. Infração - grave;
Penalidade - multa;

30
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Medida administrativa - retenção do veículo para regu- Penalidade - multa acrescida a cada duzentos quilogra-
larização; mas ou fração de excesso de peso apurado, constante na se-
XX - sem portar a autorização para condução de escola- guinte tabela:
res, na forma estabelecida no art. 136: a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 (cin-
Infração - grave; co reais e trinta e dois centavos); (Redação dada pela Lei nº
Penalidade - multa e apreensão do veículo; 13.281, de 2016)
XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos quilo-
inscrições previstas neste Código; gramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos);
XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinaliza- (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
ção ou com lâmpadas queimadas: c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilogramas)
Infração - média; - R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito centavos); (Redação
Penalidade - multa. dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogramas)
art. 67-C, relativamente ao tempo de permanência do con- - R$ 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois centavos); (Re-
dação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
dutor ao volante e aos intervalos para descanso, quando se
e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil quilo-
tratar de veículo de transporte de carga ou coletivo de passa-
gramas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cinquenta e seis
geiros: (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015)
centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas) - R$
2015) 53,20 (cinquenta e três reais e vinte centavos); (Redação dada
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de pela Lei nº 13.281, de 2016) Medida administrativa - retenção
2015) do veículo e transbordo da carga excedente;
Medida administrativa - retenção do veículo para cumpri- VI - em desacordo com a autorização especial, expedida
mento do tempo de descanso aplicável. (Redação dada pela pela autoridade competente para transitar com dimensões
Lei nº 13.103, de 2015) excedentes, ou quando a mesma estiver vencida:
XXIV- (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (Vi- Infração - grave;
gência) Penalidade - multa e apreensão do veículo;
§ 1o Se o condutor cometeu infração igual nos últimos 12 Medida administrativa - remoção do veículo;
(doze) meses, será convertida, automaticamente, a penalidade VII - com lotação excedente;
disposta no inciso XXIII em infração grave. (Incluído pela Lei VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou
nº 13.103, de 2015) bens, quando não for licenciado para esse fim, salvo casos
§ 2o Em se tratando de condutor estrangeiro, a liberação de força maior ou com permissão da autoridade competente:
do veículo fica condicionada ao pagamento ou ao depósi- Infração - média;
to, judicial ou administrativo, da multa. (Incluído pela Lei nº Penalidade - multa;
13.103, de 2015) Medida administrativa - retenção do veículo;
IX - desligado ou desengrenado, em declive:
Art. 231. Transitar com o veículo: Infração - média;
I - danificando a via, suas instalações e equipamentos; Penalidade - multa;
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a via: Medida administrativa - retenção do veículo;
a) carga que esteja transportando; X - excedendo a capacidade máxima de tração:
b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando; Infração - de média a gravíssima, a depender da relação
c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente: entre o excesso de peso apurado e a capacidade máxima de
tração, a ser regulamentada pelo CONTRAN;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Penalidade - multa;
Medida Administrativa - retenção do veículo e transbordo
Medida administrativa - retenção do veículo para regu-
de carga excedente.
larização;
Parágrafo único. Sem prejuízo das multas previstas nos
III - produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis su- incisos V e X, o veículo que transitar com excesso de peso ou
periores aos fixados pelo CONTRAN; excedendo à capacidade máxima de tração, não computado
IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores aos o percentual tolerado na forma do disposto na legislação, so-
limites estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem au- mente poderá continuar viagem após descarregar o que ex-
torização: ceder, segundo critérios estabelecidos na referida legislação
Infração - grave; complementar.
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para regu- Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte
larização; obrigatório referidos neste Código:
V - com excesso de peso, admitido percentual de tolerân- Infração - leve;
cia quando aferido por equipamento, na forma a ser estabe- Penalidade - multa;
lecida pelo CONTRAN: Medida administrativa - retenção do veículo até a apre-
Infração - média; sentação do documento.

31
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo Art. 242. Fazer falsa declaração de domicílio para fins de
de trinta dias, junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as registro, licenciamento ou habilitação:
hipóteses previstas no art. 123: Infração - gravíssima;
Infração - grave; Penalidade - multa.
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para regula- Art. 243. Deixar a empresa seguradora de comunicar ao
rização. órgão executivo de trânsito competente a ocorrência de per-
da total do veículo e de lhe devolver as respectivas placas e
Art. 234. Falsificar ou adulterar documento de habilitação e documentos:
de identificação do veículo: Infração - grave;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa;
Penalidade - multa e apreensão do veículo; Medida administrativa - Recolhimento das placas e dos
Medida administrativa - remoção do veículo. documentos.

Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados: I - sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos
Infração - grave; de proteção e vestuário de acordo com as normas e especifi-
Penalidade - multa; cações aprovadas pelo CONTRAN;
Medida administrativa - retenção do veículo para trans- II - transportando passageiro sem o capacete de segu-
bordo. rança, na forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do
assento suplementar colocado atrás do condutor ou em carro
Art. 236. Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda, lateral;
salvo em casos de emergência: III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em
Infração - média; uma roda;
Penalidade - multa. IV - com os faróis apagados;
V - transportando criança menor de sete anos ou que não
Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo com as es- tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria
pecificações, e com falta de inscrição e simbologia necessárias segurança:
à sua identificação, quando exigidas pela legislação: Infração - gravíssima;
Infração - grave; Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Penalidade - multa; Medida administrativa - Recolhimento do documento de
Medida administrativa - retenção do veículo para regula- habilitação;
rização. VI - rebocando outro veículo;
VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo
Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito ou eventualmente para indicação de manobras;
a seus agentes, mediante recibo, os documentos de habilitação, VIII – transportando carga incompatível com suas espe-
de registro, de licenciamento de veículo e outros exigidos por cificações ou em desacordo com o previsto no § 2º do art.
lei, para averiguação de sua autenticidade: 139-A desta Lei;
Infração - gravíssima; IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em
Penalidade - multa e apreensão do veículo; desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as
Medida administrativa - remoção do veículo. normas que regem a atividade profissional dos moto taxistas:
Infração – grave;
Art. 239. Retirar do local veículo legalmente retido para re- Penalidade – multa; Medida administrativa – apreensão
gularização, sem permissão da autoridade competente ou de do veículo para regularização.
seus agentes: § 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e
Infração - gravíssima; VIII, além de:
Penalidade - multa e apreensão do veículo; a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento es-
Medida administrativa - remoção do veículo. pecial a ele destinado;
b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo
Art. 240. Deixar o responsável de promover a baixa do re- onde houver acostamento ou faixas de rolamento próprias;
gistro de veículo irrecuperável ou definitivamente desmontado: c) transportar crianças que não tenham, nas circunstân-
Infração - grave; cias, condições de cuidar de sua própria segurança.
Penalidade - multa; § 2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alínea b do
Medida administrativa - Recolhimento do Certificado de parágrafo anterior:
Registro e do Certificado de Licenciamento Anual. Infração - média;
§ 3o A restrição imposta pelo inciso VI do caput deste ar-
Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro do veí- tigo não se aplica às motocicletas e motonetas que tracionem
culo ou de habilitação do condutor: semi-reboques especialmente projetados para esse fim e de-
Infração - leve; vidamente homologados pelo órgão competente.
Penalidade - multa. Penalidade - multa.

32
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 245. Utilizar a via para depósito de mercadorias, ma- Art. 251. Utilizar as luzes do veículo:
teriais ou equipamentos, sem autorização do órgão ou entida- I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de
de de trânsito com circunscrição sobre a via: emergência;
Infração - grave; II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguintes
Penalidade - multa; situações:
Medida administrativa - remoção da mercadoria ou do a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a ou-
material. tro condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo;
Parágrafo único. A penalidade e a medida administrativa b) em imobilizações ou situação de emergência, como ad-
incidirão sobre a pessoa física ou jurídica responsável. vertência, utilizando pisca-alerta;
c) quando a sinalização de regulamentação da via determi-
Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre cir- nar o uso do pisca-alerta:
culação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da Infração - média;
via terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via indevida- Penalidade - multa.
mente:
Infração - gravíssima; Art. 252. Dirigir o veículo:
Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a crité- I - com o braço do lado de fora;
rio da autoridade de trânsito, conforme o risco à segurança. II - transportando pessoas, animais ou volume à sua esquer-
Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pessoa físi- da ou entre os braços e pernas;
ca ou jurídica responsável pela obstrução, devendo a autori- III - com incapacidade física ou mental temporária que
dade com circunscrição sobre a via providenciar a sinalização comprometa a segurança do trânsito;
de emergência, às expensas do responsável, ou, se possível, IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que com-
promover a desobstrução. prometa a utilização dos pedais;
V - com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer
sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo, ou
Art. 247. Deixar de conduzir pelo bordo da pista de rola-
acionar equipamentos e acessórios do veículo;
mento, em fila única, os veículos de tração ou propulsão hu-
VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a apare-
mana e os de tração animal, sempre que não houver acosta-
lhagem sonora ou de telefone celular;
mento ou faixa a eles destinados:
Infração - média;
Infração - média;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
VII - realizando a cobrança de tarifa com o veículo em mo-
vimento: (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
Art. 248. Transportar em veículo destinado ao transporte
Infração - média; (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
de passageiros carga excedente em desacordo com o estabe-
Penalidade - multa. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
lecido no art. 109:
Infração - grave; Art. 253. Bloquear a via com veículo:
Penalidade - multa; Infração - gravíssima;
Medida administrativa - retenção para o transbordo. Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo.
Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de po-
sição, quando o veículo estiver parado, para fins de embarque Art. 253-A. Usar qualquer veículo para, deliberadamente,
ou desembarque de passageiros e carga ou descarga de mer- interromper, restringir ou perturbar a circulação na via sem au-
cadorias: torização do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
Infração - média; sobre ela: (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016)
Penalidade - multa. Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão do direito de
Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento: dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
I - deixar de manter acesa a luz baixa: Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído pela
a) durante a noite; Lei nº 13.281, de 2016)
b) de dia, nos túneis providos de iluminação pública e nas § 1º Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) vezes aos
rodovias; (Redação dada pela Lei nº 13.290, de 2016) organizadores da conduta prevista no caput. (Incluído pela Lei
c) de dia e de noite, tratando-se de veículo de transporte nº 13.281, de 2016)
coletivo de passageiros, circulando em faixas ou pistas a eles § 2º Aplica-se em dobro a multa em caso de reincidência
destinadas; no período de 12 (doze) meses. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
d) de dia e de noite, tratando-se de ciclomotores; 2016)
II - deixar de manter acesas pelo menos as luzes de posi-
ção sob chuva forte, neblina ou cerração; § 3º As penalidades são aplicáveis a pessoas físicas ou jurí-
III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite; dicas que incorram na infração, devendo a autoridade com cir-
Infração - média; cunscrição sobre a via restabelecer de imediato, se possível, as
Penalidade - multa. condições de normalidade para a circulação na via. (Incluído
pela Lei nº 13.281, de 2016)

33
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 254. É proibido ao pedestre: § 1º Aos proprietários e condutores de veículos serão im-
I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto postas concomitantemente as penalidades de que trata este
para cruzá-las onde for permitido; Código toda vez que houver responsabilidade solidária em in-
II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou fração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo
túneis, salvo onde exista permissão; cada um de per si pela falta em comum que lhes for atribuída.
III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, sal- § 2º Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade
vo quando houver sinalização para esse fim; pela infração referente à prévia regularização e preenchimen-
IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de per- to das formalidades e condições exigidas para o trânsito do
turbar o trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo, es- veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas
porte, desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a características, componentes, agregados, habilitação legal e
devida licença da autoridade competente; compatível de seus condutores, quando esta for exigida, e ou-
V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aé- tras disposições que deva observar.
rea ou subterrânea; § 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infra-
ções decorrentes de atos praticados na direção do veículo.
VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica;
§ 4º O embarcador é responsável pela infração relativa
Infração - leve;
ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no
Penalidade - multa, em 50% (cinquenta por cento) do va-
peso bruto total, quando simultaneamente for o único reme-
lor da infração de natureza leve.
tente da carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura ou
VII (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
manifesto for inferior àquele aferido.
§ 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) § 5º O transportador é o responsável pela infração rela-
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) tiva ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) ou quando a carga proveniente de mais de um embarcador
ultrapassar o peso bruto total.
Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não seja § 6º O transportador e o embarcador são solidariamente
permitida a circulação desta, ou de forma agressiva, em desa- responsáveis pela infração relativa ao excesso de peso bruto
cordo com o disposto no parágrafo único do art. 59: total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto
Infração - média; for superior ao limite legal.
Penalidade - multa; § 7º Não sendo imediata a identificação do infrator, o pro-
Medida administrativa - remoção da bicicleta, mediante prietário do veículo terá quinze dias de prazo, após a notifica-
recibo para o pagamento da multa. ção da autuação, para apresentá-lo, na forma em que dispuser
o CONTRAN, ao fim do qual, não o fazendo, será considerado
CAPÍTULO XVI responsável pela infração.
DAS PENALIDADES § 8º Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não ha-
vendo identificação do infrator e sendo o veículo de proprie-
Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das compe- dade de pessoa jurídica, será lavrada nova multa ao proprie-
tências estabelecidas neste Código e dentro de sua circuns- tário do veículo, mantida a originada pela infração, cujo valor
crição, deverá aplicar, às infrações nele previstas, as seguintes é o da multa multiplicada pelo número de infrações iguais
penalidades: cometidas no período de doze meses.
I - advertência por escrito; § 9º O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o exime
II - multa; do disposto no § 3º do art. 258 e no art. 259.
III - suspensão do direito de dirigir;
Art. 258. As infrações punidas com multa classificam-se,
IV - (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016)
de acordo com sua gravidade, em quatro categorias:
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
I - infração de natureza gravíssima, punida com multa no
VI - cassação da Permissão para Dirigir;
valor de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais e quarenta
VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem.
e sete centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 1º A aplicação das penalidades previstas neste Código
II - infração de natureza grave, punida com multa no valor
não elide as punições originárias de ilícitos penais decorren- de R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três cen-
tes de crimes de trânsito, conforme disposições de lei. tavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 2º (VETADO). III - infração de natureza média, punida com multa no va-
§ 3º A imposição da penalidade será comunicada aos ór- lor de R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centavos);
gãos ou entidades executivos de trânsito responsáveis pelo (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
licenciamento do veículo e habilitação do condutor. IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor
de R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centavos). (Re-
Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor, ao dação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador, § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres 2016)
impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente men- § 2º Quando se tratar de multa agravada, o fator multipli-
cionados neste Código. cador ou índice adicional específico é o previsto neste Código.

34
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 3º (VETADO). II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito)


§ 4º (VETADO). meses, exceto para as infrações com prazo descrito no dispo-
Art. 259. A cada infração cometida são computados os sitivo infracional, e, no caso de reincidência no período de 12
seguintes números de pontos: (doze) meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) meses, respeitado o
I - gravíssima - sete pontos; disposto no inciso II do art. 263. (Incluído pela Lei nº 13.281,
II - grave - cinco pontos; de 2016)
III - média - quatro pontos; § 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a
IV - leve - três pontos. Carteira Nacional de Habilitação será devolvida a seu titular
§ 1º (VETADO). imediatamente após cumprida a penalidade e o curso de re-
§ 2º (VETADO). ciclagem.
§ 3o (VETADO). § 3o A imposição da penalidade de suspensão do direi-
§ 4o Ao condutor identificado no ato da infração será atri- to de dirigir elimina os 20 (vinte) pontos computados para
buída pontuação pelas infrações de sua responsabilidade, nos fins de contagem subsequente. (Incluído pela Lei nº 12.547,
termos previstos no § 3o do art. 257, excetuando-se aquelas de 2011)
praticadas por passageiros usuários do serviço de transpor- § 4o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012)
te rodoviário de passageiros em viagens de longa distância § 5º O condutor que exerce atividade remunerada em
transitando em rodovias com a utilização de ônibus, em linhas veículo, habilitado na categoria C, D ou E, poderá optar por
regulares intermunicipal, interestadual, internacional e aque- participar de curso preventivo de reciclagem sempre que, no
las em viagem de longa distância por fretamento e turismo ou período de 1 (um) ano, atingir 14 (quatorze) pontos, confor-
de qualquer modalidade, excetuadas as situações regulamen- me regulamentação do Contran. (Redação dada pela Lei nº
tadas pelo Contran a teor do art. 65 da Lei no 9.503, de 23 de 13.281, de 2016)
setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro. (Incluído § 6o Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5o,
pela Lei nº 13.103, de 2015) o condutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido
atribuídos, para fins de contagem subsequente. (Incluído pela
Art. 260. As multas serão impostas e arrecadadas pelo Lei nº 13.154, de 2015)
órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via § 7º O motorista que optar pelo curso previsto no § 5º
onde haja ocorrido a infração, de acordo com a competência não poderá fazer nova opção no período de 12 (doze) meses.
estabelecida neste Código. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 1º As multas decorrentes de infração cometida em uni- § 8o A pessoa jurídica concessionária ou permissionária
dade da Federação diversa da do licenciamento do veículo de serviço público tem o direito de ser informada dos pontos
serão arrecadadas e compensadas na forma estabelecida pelo atribuídos, na forma do art. 259, aos motoristas que integrem
CONTRAN. seu quadro funcional, exercendo atividade remunerada ao vo-
§ 2º As multas decorrentes de infração cometida em uni- lante, na forma que dispuser o Contran. (Incluído pela Lei nº
dade da Federação diversa daquela do licenciamento do veí- 13.154, de 2015)
culo poderão ser comunicadas ao órgão ou entidade respon- § 9º Incorrerá na infração prevista no inciso II do art. 162
sável pelo seu licenciamento, que providenciará a notificação. o condutor que, notificado da penalidade de que trata este
§ 3º (Revogado). artigo, dirigir veículo automotor em via pública. (Incluído pela
§ 4º Quando a infração for cometida com veículo licencia- Lei nº 13.281, de 2016)
do no exterior, em trânsito no território nacional, a multa res- § 10. O processo de suspensão do direito de dirigir refe-
pectiva deverá ser paga antes de sua saída do País, respeitado rente ao inciso II do caput deste artigo deverá ser instaurado
o princípio de reciprocidade. concomitantemente com o processo de aplicação da penali-
dade de multa. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 261. A penalidade de suspensão do direito de dirigir § 11. O Contran regulamentará as disposições deste arti-
será imposta nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº go. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
13.281, de 2016) (Vigência)
I - sempre que o infrator atingir a contagem de 20 (vinte) Art. 262. (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
pontos, no período de 12 (doze) meses, conforme a pontua-
ção prevista no art. 259; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 263. A cassação do documento de habilitação dar-
II - por transgressão às normas estabelecidas neste Códi- se-á:
go, cujas infrações preveem, de forma específica, a penalidade I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator condu-
de suspensão do direito de dirigir. (Incluído pela Lei nº 13.281, zir qualquer veículo;
de 2016) II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das
§ 1º Os prazos para aplicação da penalidade de suspen- infrações previstas no inciso III do art. 162 e nos arts. 163, 164,
são do direito de dirigir são os seguintes: (Redação dada pela 165, 173, 174 e 175;
Lei nº 13.281, de 2016) III - quando condenado judicialmente por delito de trân-
I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses a 1 (um) sito, observado o disposto no art. 160.
ano e, no caso de reincidência no período de 12 (doze) meses, § 1º Constatada, em processo administrativo, a irregulari-
de 8 (oito) meses a 2 (dois) anos; (Incluído pela Lei nº 13.281, dade na expedição do documento de habilitação, a autorida-
de 2016) de expedidora promoverá o seu cancelamento.

35
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 2º Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacio- VIII - transbordo do excesso de carga;
nal de Habilitação, o infrator poderá requerer sua reabilitação, IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou
submetendo-se a todos os exames necessários à habilitação, perícia de substância entorpecente ou que determine depen-
na forma estabelecida pelo CONTRAN. dência física ou psíquica;
X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas
Art. 264. (VETADO). vias e na faixa de domínio das vias de circulação, restituin-
do-os aos seus proprietários, após o pagamento de multas e
Art. 265. As penalidades de suspensão do direito de dirigir encargos devidos.
e de cassação do documento de habilitação serão aplicadas XI - realização de exames de aptidão física, mental, de
por decisão fundamentada da autoridade de trânsito com- legislação, de prática de primeiros socorros e de direção vei-
petente, em processo administrativo, assegurado ao infrator cular.
amplo direito de defesa. § 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas
administrativas e coercitivas adotadas pelas autoridades de
Art. 266. Quando o infrator cometer, simultaneamente, trânsito e seus agentes terão por objetivo prioritário a prote-
duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamen- ção à vida e à incolumidade física da pessoa.
te, as respectivas penalidades. § 2º As medidas administrativas previstas neste artigo não
elidem a aplicação das penalidades impostas por infrações es-
Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de advertência tabelecidas neste Código, possuindo caráter complementar a
por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de estas.
ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na § 3º São documentos de habilitação a Carteira Nacional
mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autori- de Habilitação e a Permissão para Dirigir.
dade, considerando o prontuário do infrator, entender esta § 4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inciso X
providência como mais educativa. o disposto nos arts. 271 e 328, no que couber.
§ 1º A aplicação da advertência por escrito não elide o
acréscimo do valor da multa prevista no § 3º do art. 258, im- Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos expressos
posta por infração posteriormente cometida. neste Código.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos pe- § 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local
destres, podendo a multa ser transformada na participação do da infração, o veículo será liberado tão logo seja regularizada
infrator em cursos de segurança viária, a critério da autoridade a situação.
de trânsito. § 2o Não sendo possível sanar a falha no local da in-
fração, o veículo, desde que ofereça condições de segurança
Art. 268. O infrator será submetido a curso de reciclagem, para circulação, poderá ser liberado e entregue a condutor
na forma estabelecida pelo CONTRAN: regularmente habilitado, mediante recolhimento do Certifica-
I - quando, sendo contumaz, for necessário à sua reedu- do de Licenciamento Anual, contra apresentação de recibo,
cação; assinalando-se prazo razoável ao condutor para regularizar a
II - quando suspenso do direito de dirigir; situação, para o que se considerará, desde logo, notificado.
III - quando se envolver em acidente grave para o qual (Redação dada pela Lei nº 13.160, de 2015)
haja contribuído, independentemente de processo judicial; § 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devolvido
IV - quando condenado judicialmente por delito de trân- ao condutor no órgão ou entidade aplicadores das medidas
sito; administrativas, tão logo o veículo seja apresentado à autori-
V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor dade devidamente regularizado.
está colocando em risco a segurança do trânsito; § 4º Não se apresentando condutor habilitado no local
VI - em outras situações a serem definidas pelo CON- da infração, o veículo será removido a depósito, aplicando-se
TRAN. neste caso o disposto no art. 271. (Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016)
CAPÍTULO XVII § 5º A critério do agente, não se dará a retenção imediata,
DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS quando se tratar de veículo de transporte coletivo transpor-
tando passageiros ou veículo transportando produto perigo-
Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na es- so ou perecível, desde que ofereça condições de segurança
fera das competências estabelecidas neste Código e dentro para circulação em via pública.
de sua circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas ad- § 6º Não efetuada a regularização no prazo a que se re-
ministrativas: fere o § 2o, será feito registro de restrição administrativa no
I - retenção do veículo; Renavam por órgão ou entidade executivo de trânsito dos Es-
II - remoção do veículo; tados e do Distrito Federal, que será retirada após comprova-
III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação; da a regularização. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir; § 7o O descumprimento das obrigações estabelecidas no
V - recolhimento do Certificado de Registro; § 2o resultará em recolhimento do veículo ao depósito, apli-
VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual; cando-se, nesse caso, o disposto no art. 271. (Incluído pela Lei
VII - (VETADO). nº 13.160, de 2015)

36
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 271. O veículo será removido, nos casos previstos Art. 272. O recolhimento da Carteira Nacional de Habili-
neste Código, para o depósito fixado pelo órgão ou entidade tação e da Permissão para Dirigir dar-se-á mediante recibo,
competente, com circunscrição sobre a via. além dos casos previstos neste Código, quando houver sus-
§ 1o A restituição do veículo removido só ocorrerá me- peita de sua inautenticidade ou adulteração.
diante prévio pagamento de multas, taxas e despesas com re-
moção e estada, além de outros encargos previstos na legisla- Art. 273. O recolhimento do Certificado de Registro dar-
ção específica. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) se-á mediante recibo, além dos casos previstos neste Código,
§ 2o A liberação do veículo removido é condicionada ao quando:
reparo de qualquer componente ou equipamento obrigatório I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
que não esteja em perfeito estado de funcionamento. (Incluído II - se, alienado o veículo, não for transferida sua proprie-
pela Lei nº 13.160, de 2015) dade no prazo de trinta dias.
§ 3º Se o reparo referido no § 2º demandar providência
que não possa ser tomada no depósito, a autoridade respon- Art. 274. O recolhimento do Certificado de Licenciamen-
sável pela remoção liberará o veículo para reparo, na forma to Anual dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos
transportada, mediante autorização, assinalando prazo para neste Código, quando:
reapresentação. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
§ 4º Os serviços de remoção, depósito e guarda de veículo II - se o prazo de licenciamento estiver vencido;
poderão ser realizados por órgão público, diretamente, ou por III - no caso de retenção do veículo, se a irregularidade
particular contratado por licitação pública, sendo o proprietá- não puder ser sanada no local.
rio do veículo o responsável pelo pagamento dos custos des-
ses serviços. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 275. O transbordo da carga com peso excedente é
§ 5o O proprietário ou o condutor deverá ser notificado, condição para que o veículo possa prosseguir viagem e será
no ato de remoção do veículo, sobre as providências necessá- efetuado às expensas do proprietário do veículo, sem prejuízo
rias à sua restituição e sobre o disposto no art. 328, conforme da multa aplicável.
Parágrafo único. Não sendo possível desde logo atender
regulamentação do CONTRAN. (Incluído pela Lei nº 13.160, de
ao disposto neste artigo, o veículo será recolhido ao depósito,
2015)
sendo liberado após sanada a irregularidade e pagas as des-
§ 6º Caso o proprietário ou o condutor não esteja presen-
pesas de remoção e estada.
te no momento da remoção do veículo, a autoridade de trân-
sito, no prazo de 10 (dez) dias contado da data da remoção,
Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de
deverá expedir ao proprietário a notificação prevista no § 5º,
sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às pena-
por remessa postal ou por outro meio tecnológico hábil que
lidades previstas no art. 165.
assegure a sua ciência, e, caso reste frustrada, a notificação
Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de to-
poderá ser feita por edital. (Redação dada pela Lei nº 13.281,
lerância quando a infração for apurada por meio de aparelho
de 2016) § 7o A notificação devolvida por desatualização do de medição, observada a legislação metrológica.
endereço do proprietário do veículo ou por recusa desse de
recebê-la será considerada recebida para todos os efeitos (In- Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em
cluído pela Lei nº 13.160, de 2015) acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito
§ 8o Em caso de veículo licenciado no exterior, a notifica- poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou ou-
ção será feita por edital. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) tro procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na
§ 9o Não caberá remoção nos casos em que a irregulari- forma disciplinada pelo Contran, permita certificar influência
dade puder ser sanada no local da infração. (Incluído pela Lei de álcool ou outra substância psicoativa que determine de-
nº 13.160, de 2015) pendência.
§ 10. O pagamento das despesas de remoção e estada § 1o (Revogado).
será correspondente ao período integral, contado em dias, em § 2o A infração prevista no art. 165 também poderá ser
que efetivamente o veículo permanecer em depósito, limitado caracterizada mediante imagem, vídeo, constatação de sinais
ao prazo de 6 (seis) meses. (ncluído pela Lei nº 13.281, de 2016) que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração
§ 11. Os custos dos serviços de remoção e estada presta- da capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras
dos por particulares poderão ser pagos pelo proprietário dire- provas em direito admitidas.
tamente ao contratado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) § 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas adminis-
§ 12. O disposto no § 11 não afasta a possibilidade de o trativas estabelecidas no art. 165-A deste Código ao condutor
respectivo ente da Federação estabelecer a cobrança por meio que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos
de taxa instituída em lei. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) previstos no caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº
§ 13. No caso de o proprietário do veículo objeto do re- 13.281, de 2016)
colhimento comprovar, administrativa ou judicialmente, que o
recolhimento foi indevido ou que houve abuso no período de Art. 278. Ao condutor que se evadir da fiscalização, não
retenção em depósito, é da responsabilidade do ente público a submetendo veículo à pesagem obrigatória nos pontos de
devolução das quantias pagas por força deste artigo, segundo pesagem, fixos ou móveis, será aplicada a penalidade prevista
os mesmos critérios da devolução de multas indevidas. (Incluí- no art. 209, além da obrigação de retornar ao ponto de evasão
do pela Lei nº 13.281, de 2016) para fim de pesagem obrigatória.

37
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Parágrafo único. No caso de fuga do condutor à ação po- Art. 282. Aplicada a penalidade, será expedida notificação
licial, a apreensão do veículo dar-se-á tão logo seja localizado, ao proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa postal
aplicando-se, além das penalidades em que incorre, as esta- ou por qualquer outro meio tecnológico hábil, que assegure a
belecidas no art. 210. ciência da imposição da penalidade.
§ 1º A notificação devolvida por desatualização do ende-
Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envolvendo veí- reço do proprietário do veículo será considerada válida para
culo equipado com registrador instantâneo de velocidade e todos os efeitos.
tempo, somente o perito oficial encarregado do levantamento § 2º A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de
pericial poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do repartições consulares de carreira e de representações de or-
registro. ganismos internacionais e de seus integrantes será remetida
ao Ministério das Relações Exteriores para as providências ca-
CAPÍTULO XVIII bíveis e cobrança dos valores, no caso de multa.
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO § 3º Sempre que a penalidade de multa for imposta a
Seção I condutor, à exceção daquela de que trata o § 1º do art. 259, a
Da Autuação notificação será encaminhada ao proprietário do veículo, res-
ponsável pelo seu pagamento.
Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação de § 4º Da notificação deverá constar a data do término do
trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual constará: prazo para apresentação de recurso pelo responsável pela in-
I - tipificação da infração; fração, que não será inferior a trinta dias contados da data da
II - local, data e hora do cometimento da infração; notificação da penalidade.
III - caracteres da placa de identificação do veículo, sua § 5º No caso de penalidade de multa, a data estabelecida
marca e espécie, e outros elementos julgados necessários à no parágrafo anterior será a data para o recolhimento de seu
sua identificação; valor.
IV - o prontuário do condutor, sempre que possível;
Art. 282-A. O proprietário do veículo ou o condutor au-
V - identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou
tuado poderá optar por ser notificado por meio eletrônico se
agente autuador ou equipamento que comprovar a infração;
o órgão do Sistema Nacional de Trânsito responsável pela au-
VI - assinatura do infrator, sempre que possível, valendo
tuação oferecer essa opção. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
esta como notificação do cometimento da infração.
2016)
§ 1º (VETADO).
§ 1º O proprietário ou o condutor autuado que optar pela
§ 2º A infração deverá ser comprovada por declaração
notificação por meio eletrônico deverá manter seu cadastro
da autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por
atualizado no órgão executivo de trânsito do Estado ou do
aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações
Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente disponí-
§ 2º Na hipótese de notificação por meio eletrônico, o
vel, previamente regulamentado pelo CONTRAN. proprietário ou o condutor autuado será considerado notifi-
§ 3º Não sendo possível a autuação em flagrante, o agen- cado 30 (trinta) dias após a inclusão da informação no sistema
te de trânsito relatará o fato à autoridade no próprio auto de eletrônico. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
infração, informando os dados a respeito do veículo, além dos § 3º O sistema previsto no caput será certificado digi-
constantes nos incisos I, II e III, para o procedimento previsto talmente, atendidos os requisitos de autenticidade, integri-
no artigo seguinte. dade, validade jurídica e interoperabilidade da Infraestrutura
§ 4º O agente da autoridade de trânsito competente para de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído pela Lei nº
lavrar o auto de infração poderá ser servidor civil, estatutário 13.281, de 2016)
ou celetista ou, ainda, policial militar designado pela autori-
dade de trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito de sua Art. 283. (VETADO).
competência.
Art. 284. O pagamento da multa poderá ser efetuado até
Seção II a data do vencimento expressa na notificação, por oitenta por
Do Julgamento das Autuações e Penalidades cento do seu valor.
§ 1º Caso o infrator opte pelo sistema de notificação ele-
Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da competên- trônica, se disponível, conforme regulamentação do Contran,
cia estabelecida neste Código e dentro de sua circunscrição, e opte por não apresentar defesa prévia nem recurso, reco-
julgará a consistência do auto de infração e aplicará a penali- nhecendo o cometimento da infração, poderá efetuar o pa-
dade cabível. gamento da multa por 60% (sessenta por cento) do seu valor,
Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu em qualquer fase do processo, até o vencimento da multa.
registro julgado insubsistente: (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
I - se considerado inconsistente ou irregular; § 2º O recolhimento do valor da multa não implica renún-
II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a cia ao questionamento administrativo, que pode ser realizado
notificação da autuação. a qualquer momento, respeitado o disposto no § 1º. (Incluído
pela Lei nº 13.281, de 2016)

38
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 3º Não incidirá cobrança moratória e não poderá ser a) em caso de suspensão do direito de dirigir por mais de
aplicada qualquer restrição, inclusive para fins de licencia- seis meses, cassação do documento de habilitação ou penali-
mento e transferência, enquanto não for encerrada a instância dade por infrações gravíssimas, pelo CONTRAN;
administrativa de julgamento de infrações e penalidades. (In- b) nos demais casos, por colegiado especial integrado
cluído pela Lei nº 13.281, de 2016) pelo Coordenador-Geral da JARI, pelo Presidente da Junta
§ 4º Encerrada a instância administrativa de julgamento de que apreciou o recurso e por mais um Presidente de Junta;
infrações e penalidades, a multa não paga até o vencimento II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou en-
será acrescida de juros de mora equivalentes à taxa referencial tidade de trânsito estadual, municipal ou do Distrito Federal,
do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para pelos CETRAN E CONTRANDIFE, respectivamente.
títulos federais acumulada mensalmente, calculados a partir Parágrafo único. No caso da alínea b do inciso I, quan-
do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do houver apenas uma JARI, o recurso será julgado por seus
do pagamento, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês próprios membros.
em que o pagamento estiver sendo efetuado. (Incluído pela
Lei nº 13.281, de 2016) Art. 290. Implicam encerramento da instância adminis-
trativa de julgamento de infrações e penalidades: (Redação
Art. 285. O recurso previsto no art. 283 será interposto dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
perante a autoridade que impôs a penalidade, a qual remetê I - o julgamento do recurso de que tratam os arts. 288 e
-lo-á à JARI, que deverá julgá-lo em até trinta dias. 289; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 1º O recurso não terá efeito suspensivo. II - a não interposição do recurso no prazo legal; e (Incluí-
§ 2º A autoridade que impôs a penalidade remeterá o do pela Lei nº 13.281, de 2016)
recurso ao órgão julgador, dentro dos dez dias úteis subse- III - o pagamento da multa, com reconhecimento da in-
quentes à sua apresentação, e, se o entender intempestivo, fração e requerimento de encerramento do processo na fase
assinalará o fato no despacho de encaminhamento. em que se encontra, sem apresentação de defesa ou recurso.
§ 3º Se, por motivo de força maior, o recurso não for jul- (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
gado dentro do prazo previsto neste artigo, a autoridade que
impôs a penalidade, de ofício, ou por solicitação do recorren- CAPÍTULO XIX
te, poderá conceder-lhe efeito suspensivo. DOS CRIMES DE TRÂNSITO
Seção I
Art. 286. O recurso contra a imposição de multa poderá Disposições Gerais
ser interposto no prazo legal, sem o recolhimento do seu va-
lor. Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos
§ 1º No caso de não provimento do recurso, aplicar-se-á automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas
o estabelecido no parágrafo único do art. 284. gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se
§ 2º Se o infrator recolher o valor da multa e apresentar este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei
recurso, se julgada improcedente a penalidade, ser-lhe-á de- nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.
volvida a importância paga, atualizada em UFIR ou por índice § 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal
legal de correção dos débitos fiscais. culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26
de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:
Art. 287. Se a infração for cometida em localidade diversa I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substân-
daquela do licenciamento do veículo, o recurso poderá ser cia psicoativa que determine dependência;
apresentado junto ao órgão ou entidade de trânsito da resi- II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou
dência ou domicílio do infrator. competição automobilística, de exibição ou demonstração
Parágrafo único. A autoridade de trânsito que receber o de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada
recurso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade que impôs pela autoridade competente;
a penalidade acompanhado das cópias dos prontuários ne- III - transitando em velocidade superior à máxima permi-
cessários ao julgamento. tida para a via em 50 km/h (cinquenta quilômetros por hora).
§ 2o Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá
Art. 288. Das decisões da JARI cabe recurso a ser inter- ser instaurado inquérito policial para a investigação da infra-
posto, na forma do artigo seguinte, no prazo de trinta dias ção penal.
contado da publicação ou da notificação da decisão.
§ 1º O recurso será interposto, da decisão do não provi- Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a per-
mento, pelo responsável pela infração, e da decisão de provi- missão ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode
mento, pela autoridade que impôs a penalidade. ser imposta isolada ou cumulativamente com outras penali-
dades.
Art. 289. O recurso de que trata o artigo anterior será
apreciado no prazo de trinta dias: Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de
I - tratando-se de penalidade imposta pelo órgão ou en- se obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo au-
tidade de trânsito da União: tomotor, tem a duração de dois meses a cinco anos.

39
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados
réu será intimado a entregar à autoridade judiciária, em qua- equipamentos ou características que afetem a sua segurança
renta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de ou o seu funcionamento de acordo com os limites de veloci-
Habilitação. dade prescritos nas especificações do fabricante;
§ 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanente-
obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo auto- mente destinada a pedestres.
motor não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de
condenação penal, estiver recolhido a estabelecimento pri- Art. 299. (VETADO).
sional.
Art. 300. (VETADO).
Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação
penal, havendo necessidade para a garantia da ordem pú- Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes
blica, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em
requerimento do Ministério Público ou ainda mediante re- flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral
presentação da autoridade policial, decretar, em decisão socorro àquela.
motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para
dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção. Seção II
Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão Dos Crimes em Espécie
ou a medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento
do Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo
efeito suspensivo. automotor:
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou
Art. 295. A suspensão para dirigir veículo automotor ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
veículo automotor.
proibição de se obter a permissão ou a habilitação será sem-
§ 1o No homicídio culposo cometido na direção de veículo
pre comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho Na-
automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade,
cional de Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito do Es-
se o agente:
tado em que o indiciado ou réu for domiciliado ou residente.
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Ha-
bilitação;
Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime pre-
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
visto neste Código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo
da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor,
sem risco pessoal, à vítima do acidente;
sem prejuízo das demais sanções penais cabíveis.
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver
conduzindo veículo de transporte de passageiros.
Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no § 2o (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016)
pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima,
ou seus sucessores, de quantia calculada com base no dis- Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veí-
posto no § 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que houver culo automotor:
prejuízo material resultante do crime. Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão
§ 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
do prejuízo demonstrado no processo. dirigir veículo automotor.
§ 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à
a 52 do Código Penal. metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1o do art. 302.
§ 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa repa-
ratória será descontado. Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do aci-
dente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo
Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as pe- fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio
nalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo da autoridade pública:
cometido a infração: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o
I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou fato não constituir elemento de crime mais grave.
com grande risco de grave dano patrimonial a terceiros; Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o
II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por
adulteradas; terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou
III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de com ferimentos leves.
Habilitação;
IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do
de categoria diferente da do veículo; acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe
V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados possa ser atribuída:
especiais com o transporte de passageiros ou de carga; Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

40
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade Art. 310-A. (VETADO).
psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de
outra substância psicoativa que determine dependência: Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segu-
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e sus- rança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de em-
pensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação barque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos,
para dirigir veículo automotor. ou onde haja grande movimentação ou concentração de pes-
§ 1o As condutas previstas no caput serão constatadas por: soas, gerando perigo de dano:
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de ál- Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
cool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama
de álcool por litro de ar alveolar; Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente au-
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Con- tomobilístico com vítima, na pendência do respectivo procedi-
tran, alteração da capacidade psicomotora. mento policial preparatório, inquérito policial ou processo pe-
§ 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obti- nal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a
da mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clíni- erro o agente policial, o perito, ou juiz:
co, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
em direito admitidos, observado o direito à contraprova. Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda
§ 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os dis- que não iniciados, quando da inovação, o procedimento prepa-
tintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de ca- ratório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.
racterização do crime tipificado neste artigo.
Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312
Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a substituição
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor im- de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos,
posta com fundamento neste Código: esta deverá ser de prestação de serviço à comunidade ou a enti-
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com dades públicas, em uma das seguintes atividades: (Incluído pela
nova imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou Lei nº 13.281, de 2016)
de proibição. I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado corpos de bombeiros e em outras unidades móveis especializa-
que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art. das no atendimento a vítimas de trânsito; (Incluído pela Lei nº
293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. 13.281, de 2016)
II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais
Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em da rede pública que recebem vítimas de acidente de trânsito e
via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística politraumatizados; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
não autorizada pela autoridade competente, gerando situação III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na
de risco à incolumidade pública ou privada: recuperação de acidentados de trânsito; (Incluído pela Lei nº
Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e 13.281, de 2016)
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilita- IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento
ção para dirigir veículo automotor. e recuperação de vítimas de acidentes de trânsito. (Incluído pela
§ 1o Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão Lei nº 13.281, de 2016)
corporal de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem
que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de CAPÍTULO XX
produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
(três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas
neste artigo. Art. 313. O Poder Executivo promoverá a nomeação dos
§ 2o Se da prática do crime previsto no caput resultar mor- membros do CONTRAN no prazo de sessenta dias da publica-
te, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o ção deste Código.
resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa
de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem Art. 314. O CONTRAN tem o prazo de duzentos e quarenta dias
prejuízo das outras penas previstas neste artigo. a partir da publicação deste Código para expedir as resoluções neces-
sárias à sua melhor execução, bem como revisar todas as resoluções
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a anteriores à sua publicação, dando prioridade àquelas que visam a di-
devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cas- minuir o número de acidentes e a assegurar a proteção de pedestres.
sado o direito de dirigir, gerando perigo de dano: Parágrafo único. As resoluções do CONTRAN, existentes até
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. a data de publicação deste Código, continuam em vigor naquilo
em que não conflitem com ele.
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo
automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada Art. 315. O Ministério da Educação e do Desporto, mediante
ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por proposta do CONTRAN, deverá, no prazo de duzentos e qua-
seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não renta dias contado da publicação, estabelecer o currículo com
esteja em condições de conduzi-lo com segurança: conteúdo programático relativo à segurança e à educação de
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. trânsito, a fim de atender o disposto neste Código.

41
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 316. O prazo de notificação previsto no inciso II do Art. 324. (VETADO)


parágrafo único do art. 281 só entrará em vigor após duzentos
e quarenta dias contados da publicação desta Lei. Art. 325. As repartições de trânsito conservarão por, no
mínimo, 5 (cinco) anos os documentos relativos à habilitação
Art. 317. Os órgãos e entidades de trânsito concederão de condutores, ao registro e ao licenciamento de veículos e
prazo de até um ano para a adaptação dos veículos de con- aos autos de infração de trânsito. (Redação dada pela Lei nº
dução de escolares e de aprendizagem às normas do inciso III 13.281, de 2016)
do art. 136 e art. 154, respectivamente. § 1º Os documentos previstos no caput poderão ser ge-
rados e tramitados eletronicamente, bem como arquivados e
Art. 318. (VETADO). armazenados em meio digital, desde que assegurada a au-
tenticidade, a fidedignidade, a confiabilidade e a segurança
Art. 319. Enquanto não forem baixadas novas normas das informações, e serão válidos para todos os efeitos legais,
pelo CONTRAN, continua em vigor o disposto no art. 92 do sendo dispensada, nesse caso, a sua guarda física. (Incluído
Regulamento do Código Nacional de Trânsito - Decreto nº pela Lei nº 13.281, de 2016)
62.127, de 16 de janeiro de 1968. § 2º O Contran regulamentará a geração, a tramitação, o
arquivamento, o armazenamento e a eliminação de documen-
Art. 319-A. Os valores de multas constantes deste Código tos eletrônicos e físicos gerados em decorrência da aplicação
poderão ser corrigidos monetariamente pelo Contran, res- das disposições deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
peitado o limite da variação do Índice Nacional de Preços ao 2016)
Consumidor Amplo (IPCA) no exercício anterior. (Incluído pela § 3º Na hipótese prevista nos §§ 1º e 2º, o sistema deverá
Lei nº 13.281, de 2016) ser certificado digitalmente, atendidos os requisitos de auten-
Parágrafo único. Os novos valores decorrentes do dispos- ticidade, integridade, validade jurídica e interoperabilidade da
to no caput serão divulgados pelo Contran com, no mínimo, Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). (In-
90 (noventa) dias de antecedência de sua aplicação. (Incluído
cluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
pela Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 326. A Semana Nacional de Trânsito será comemo-
rada anualmente no período compreendido entre 18 e 25 de
Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança das mul-
setembro.
tas de trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinalização,
engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e
Art. 327. A partir da publicação deste Código, somente
educação de trânsito.
poderão ser fabricados e licenciados veículos que obedeçam
§ 1º O percentual de cinco por cento do valor das mul-
aos limites de peso e dimensões fixados na forma desta Lei,
tas de trânsito arrecadadas será depositado, mensalmente, na
ressalvados os que vierem a ser regulamentados pelo CON-
conta de fundo de âmbito nacional destinado à segurança e
TRAN.
educação de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
2016) Parágrafo único. (VETADO)
§ 2º O órgão responsável deverá publicar, anualmente,
na rede mundial de computadores (internet), dados sobre a Art. 328. O veículo apreendido ou removido a qualquer tí-
receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsito e sua tulo e não reclamado por seu proprietário dentro do prazo de
destinação. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) sessenta dias, contado da data de recolhimento, será avaliado
e levado a leilão, a ser realizado preferencialmente por meio
Art. 320-A. Os órgãos e as entidades do Sistema Nacional eletrônico. (Redação dada pela Lei nº 13.160, de 2015)
de Trânsito poderão integrar-se para a ampliação e o apri- § 1o Publicado o edital do leilão, a preparação poderá ser
moramento da fiscalização de trânsito, inclusive por meio do iniciada após trinta dias, contados da data de recolhimento do
compartilhamento da receita arrecadada com a cobrança das veículo, o qual será classificado em duas categorias: (Incluído
multas de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) pela Lei nº 13.160, de 2015)
I – conservado, quando apresenta condições de seguran-
Art. 321. (VETADO) ça para trafegar; e (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
II – sucata, quando não está apto a trafegar. (Incluído pela
Art. 322. (VETADO) Lei nº 13.160, de 2015)
§ 2o Se não houver oferta igual ou superior ao valor da
Art. 323. O CONTRAN, em cento e oitenta dias, fixará a avaliação, o lote será incluído no leilão seguinte, quando será
metodologia de aferição de peso de veículos, estabelecendo arrematado pelo maior lance, desde que por valor não infe-
percentuais de tolerância, sendo durante este período sus- rior a cinquenta por cento do avaliado. (Incluído pela Lei nº
pensa a vigência das penalidades previstas no inciso V do art. 13.160, de 2015)
231, aplicando-se a penalidade de vinte UFIR por duzentos § 3o Mesmo classificado como conservado, o veículo que
quilogramas ou fração de excesso. for levado a leilão por duas vezes e não for arrematado será
Parágrafo único. Os limites de tolerância a que se refe- leiloado como sucata. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
re este artigo, até a sua fixação pelo CONTRAN, são aqueles § 4o É vedado o retorno do veículo leiloado como sucata
estabelecidos pela Lei nº 7.408, de 25 de novembro de 1985. à circulação. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)

42
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 5o A cobrança das despesas com estada no depósito § 14. Se identificada a existência de restrição policial ou
será limitada ao prazo de seis meses. (Incluído pela Lei nº judicial sobre o prontuário do veículo, a autoridade respon-
13.160, de 2015) sável pela restrição será notificada para a retirada do bem do
§ 6o Os valores arrecadados em leilão deverão ser uti- depósito, mediante a quitação das despesas com remoção
lizados para custeio da realização do leilão, dividindo-se os e estada, ou para a autorização do leilão nos termos deste
custos entre os veículos arrematados, proporcionalmente ao artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
valor da arrematação, e destinando-se os valores remanes- § 15. Se no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da no-
centes, na seguinte ordem, para: (Incluído pela Lei nº 13.160, tificação de que trata o § 14, não houver manifestação da
de 2015) autoridade responsável pela restrição judicial ou policial, es-
I – as despesas com remoção e estada; (Incluído pela Lei tará o órgão de trânsito autorizado a promover o leilão do
nº 13.160, de 2015) veículo nos termos deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.281,
II – os tributos vinculados ao veículo, na forma do § 10; de 2016)
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) § 16. Os veículos, sucatas e materiais inservíveis de bens
III – os credores trabalhistas, tributários e titulares de cré- automotores que se encontrarem nos depósitos há mais de 1
dito com garantia real, segundo a ordem de preferência es- (um) ano poderão ser destinados à reciclagem, independen-
tabelecida no art. 186 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de temente da existência de restrições sobre o veículo. (Incluído
1966 (Código Tributário Nacional); (Incluído pela Lei nº 13.160, pela Lei nº 13.281, de 2016)
de 2015) § 17. O procedimento de hasta pública na hipótese do
IV – as multas devidas ao órgão ou à entidade responsá- § 16 será realizado por lote de tonelagem de material ferro-
vel pelo leilão; (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) so, observando-se, no que couber, o disposto neste artigo,
V – as demais multas devidas aos órgãos integrantes do condicionando-se a entrega do material arrematado aos pro-
Sistema Nacional de Trânsito, segundo a ordem cronológica; cedimentos necessários à descaracterização total do bem e
e (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) à destinação exclusiva, ambientalmente adequada, à recicla-
VI – os demais créditos, segundo a ordem de preferência gem siderúrgica, vedado qualquer aproveitamento de peças
legal. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) e partes. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 7o Sendo insuficiente o valor arrecadado para quitar os § 18. Os veículos sinistrados irrecuperáveis queimados,
débitos incidentes sobre o veículo, a situação será comunica- adulterados ou estrangeiros, bem como aqueles sem possi-
da aos credores. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) bilidade de regularização perante o órgão de trânsito, serão
§ 8o Os órgãos públicos responsáveis serão comunicados destinados à reciclagem, independentemente do período
do leilão previamente para que formalizem a desvinculação em que estejam em depósito, respeitado o prazo previsto
dos ônus incidentes sobre o veículo no prazo máximo de dez no caput deste artigo, sempre que a autoridade responsável
dias. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) pelo leilão julgar ser essa a medida apropriada. (Incluído pela
§ 9o Os débitos incidentes sobre o veículo antes da alie- Lei nº 13.281, de 2016)
nação administrativa ficam dele automaticamente desvincula-
dos, sem prejuízo da cobrança contra o proprietário anterior. Art. 329. Os condutores dos veículos de que tratam os
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) arts. 135 e 136, para exercerem suas atividades, deverão
§ 10. Aplica-se o disposto no § 9o inclusive ao débito rela- apresentar, previamente, certidão negativa do registro de
tivo a tributo cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio distribuição criminal relativamente aos crimes de homicídio,
útil, a posse, a circulação ou o licenciamento de veículo. (In- roubo, estupro e corrupção de menores, renovável a cada
cluído pela Lei nº 13.160, de 2015) cinco anos, junto ao órgão responsável pela respectiva con-
§ 11. Na hipótese de o antigo proprietário reaver o veícu- cessão ou autorização.
lo, por qualquer meio, os débitos serão novamente vinculados
ao bem, aplicando-se, nesse caso, o disposto nos §§ 1o, 2o e Art. 330. Os estabelecimentos onde se executem refor-
3o do art. 271. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) mas ou recuperação de veículos e os que comprem, vendam
§ 12. Quitados os débitos, o saldo remanescente será de- ou desmontem veículos, usados ou não, são obrigados a pos-
positado em conta específica do órgão responsável pela rea- suir livros de registro de seu movimento de entrada e saída e
lização do leilão e ficará à disposição do antigo proprietário, de uso de placas de experiência, conforme modelos aprova-
devendo ser expedida notificação a ele, no máximo em trinta dos e rubricados pelos órgãos de trânsito.
dias após a realização do leilão, para o levantamento do valor § 1º Os livros indicarão:
no prazo de cinco anos, após os quais o valor será transferido, I - data de entrada do veículo no estabelecimento;
definitivamente, para o fundo a que se refere o parágrafo úni- II - nome, endereço e identidade do proprietário ou ven-
co do art. 320. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) dedor;
§ 13. Aplica-se o disposto neste artigo, no que couber, ao III - data da saída ou baixa, nos casos de desmontagem;
animal recolhido, a qualquer título, e não reclamado por seu IV - nome, endereço e identidade do comprador;
proprietário no prazo de sessenta dias, a contar da data de V - características do veículo constantes do seu certifica-
recolhimento, conforme regulamentação do CONTRAN. (In- do de registro;
cluído pela Lei nº 13.160, de 2015) VI - número da placa de experiência.

43
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 2º Os livros terão suas páginas numeradas tipografica- Art. 335. (VETADO).


mente e serão encadernados ou em folhas soltas, sendo que,
no primeiro caso, conterão termo de abertura e encerramen- Art. 336. Aplicam-se os sinais de trânsito previstos no
to lavrados pelo proprietário e rubricados pela repartição de Anexo II até a aprovação pelo CONTRAN, no prazo de trezen-
trânsito, enquanto, no segundo, todas as folhas serão autenti- tos e sessenta dias da publicação desta Lei, após a manifesta-
cadas pela repartição de trânsito. ção da Câmara Temática de Engenharia, de Vias e Veículos e
§ 3º A entrada e a saída de veículos nos estabelecimen- obedecidos os padrões internacionais.
tos referidos neste artigo registrar-se-ão no mesmo dia em
que se verificarem assinaladas, inclusive, as horas a elas cor- Art. 337. Os CETRAN terão suporte técnico e financeiro
respondentes, podendo os veículos irregulares lá encontrados dos Estados e Municípios que os compõem e, o CONTRANDI-
ou suas sucatas ser apreendidos ou retidos para sua completa FE, do Distrito Federal.
regularização.
§ 4º As autoridades de trânsito e as autoridades policiais Art. 338. As montadoras, encarroçadoras, os importadores
terão acesso aos livros sempre que o solicitarem, não poden- e fabricantes, ao comerciarem veículos automotores de qual-
do, entretanto, retirá-los do estabelecimento. quer categoria e ciclos, são obrigados a fornecer, no ato da
§ 5º A falta de escrituração dos livros, o atraso, a fraude comercialização do respectivo veículo, manual contendo nor-
ao realizá-lo e a recusa de sua exibição serão punidas com mas de circulação, infrações, penalidades, direção defensiva,
a multa prevista para as infrações gravíssimas, independente primeiros socorros e Anexos do Código de Trânsito Brasileiro.
das demais cominações legais cabíveis.
§ 6o Os livros previstos neste artigo poderão ser substi- Art. 339. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédi-
tuídos por sistema eletrônico, na forma regulamentada pelo to especial no valor de R$ 264.954,00 (duzentos e sessenta e
Contran. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) quatro mil, novecentos e cinquenta e quatro reais), em favor
do ministério ou órgão a que couber a coordenação máxima
Art. 331. Até a nomeação e posse dos membros que pas- do Sistema Nacional de Trânsito, para atender as despesas de-
sarão a integrar os colegiados destinados ao julgamento dos correntes da implantação deste Código.
recursos administrativos previstos na Seção II do Capítulo
XVIII deste Código, o julgamento dos recursos ficará a cargo Art. 340. Este Código entra em vigor cento e vinte dias
dos órgãos ora existentes. após a data de sua publicação.

Art. 332. Os órgãos e entidades integrantes do Sistema Art. 341. Ficam revogadas as Leis nºs 5.108, de 21 de se-
Nacional de Trânsito proporcionarão aos membros do CON- tembro de 1966, 5.693, de 16 de agosto de 1971, 5.820, de 10
TRAN, CETRAN e CONTRANDIFE, em serviço, todas as facili- de novembro de 1972, 6.124, de 25 de outubro de 1974, 6.308,
dades para o cumprimento de sua missão, fornecendo-lhes de 15 de dezembro de 1975, 6.369, de 27 de outubro de 1976,
as informações que solicitarem, permitindo-lhes inspecionar 6.731, de 4 de dezembro de 1979, 7.031, de 20 de setembro
a execução de quaisquer serviços e deverão atender pronta- de 1982, 7.052, de 02 de dezembro de 1982, 8.102, de 10 de
mente suas requisições. dezembro de 1990, os arts. 1º a 6º e 11 do Decreto-lei nº 237,
de 28 de fevereiro de 1967, e os Decretos-leis nºs 584, de 16
Art. 333. O CONTRAN estabelecerá, em até cento e vin- de maio de 1969, 912, de 2 de outubro de 1969, e 2.448, de
te dias após a nomeação de seus membros, as disposições 21 de julho de 1988.
previstas nos arts. 91 e 92, que terão de ser atendidas pelos
órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodo- ANEXO I
viários para exercerem suas competências. DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES
§ 1º Os órgãos e entidades de trânsito já existentes terão
prazo de um ano, após a edição das normas, para se ade- Para efeito deste Código adotam-se as seguintes defini-
quarem às novas disposições estabelecidas pelo CONTRAN, ções:
conforme disposto neste artigo.
§ 2º Os órgãos e entidades de trânsito a serem criados ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de
exercerão as competências previstas neste Código em cum- rolamento destinada à parada ou estacionamento de veículos,
primento às exigências estabelecidas pelo CONTRAN, con- em caso de emergência, e à circulação de pedestres e bicicle-
forme disposto neste artigo, acompanhados pelo respectivo tas, quando não houver local apropriado para esse fim.
CETRAN, se órgão ou entidade municipal, ou CONTRAN, se AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - pessoa, civil ou
órgão ou entidade estadual, do Distrito Federal ou da União, policial militar, credenciada pela autoridade de trânsito para o
passando a integrar o Sistema Nacional de Trânsito. exercício das atividades de fiscalização, operação, policiamen-
to ostensivo de trânsito ou patrulhamento.
Art. 334. As ondulações transversais existentes deverão AR ALVEOLAR - ar expirado pela boca de um indivíduo,
ser homologadas pelo órgão ou entidade competente no pra- originário dos alvéolos pulmonares.
zo de um ano, a partir da publicação deste Código, devendo AUTOMÓVEL - veículo automotor destinado ao transpor-
ser retiradas em caso contrário. te de passageiros, com capacidade para até oito pessoas, ex-
clusive o condutor.

44
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de ór- CONVERSÃO - movimento em ângulo, à esquerda ou à


gão ou entidade executivo integrante do Sistema Nacional de direita, de mudança da direção original do veículo.
Trânsito ou pessoa por ele expressamente credenciada. CRUZAMENTO - interseção de duas vias em nível.
BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano vertical DISPOSITIVO DE SEGURANÇA - qualquer elemento que
passando pelos centros das rodas traseiras extremas e o pon- tenha a função específica de proporcionar maior segurança
to mais recuado do veículo, considerando-se todos os ele- ao usuário da via, alertando-o sobre situações de perigo que
mentos rigidamente fixados ao mesmo. possam colocar em risco sua integridade física e dos demais
BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de usuários da via, ou danificar seriamente o veículo.
duas rodas, não sendo, para efeito deste Código, similar à ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos por tempo
motocicleta, motoneta e ciclomotor. superior ao necessário para embarque ou desembarque de
BICICLETÁRIO - local, na via ou fora dela, destinado ao passageiros.
estacionamento de bicicletas. ESTRADA - via rural não pavimentada.
BONDE - veículo de propulsão elétrica que se move sobre ETILÔMETRO - aparelho destinado à medição do teor al-
trilhos. coólico no ar alveolar.
BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser demar- FAIXAS DE DOMÍNIO - superfície lindeira às vias rurais,
cada por linhas longitudinais de bordo que delineiam a parte delimitada por lei específica e sob responsabilidade do órgão
da via destinada à circulação de veículos. ou entidade de trânsito competente com circunscrição sobre
CALÇADA - parte da via, normalmente segregada e em a via.
nível diferente, não destinada à circulação de veículos, reser- FAIXAS DE TRÂNSITO - qualquer uma das áreas longitu-
vada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implanta- dinais em que a pista pode ser subdividida, sinalizada ou não
ção de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins. por marcas viárias longitudinais, que tenham uma largura su-
CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor destinado a tra- ficiente para permitir a circulação de veículos automotores.
cionar ou arrastar outro. FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das
CAMINHONETE - veículo destinado ao transporte de car- normas estabelecidas na legislação de trânsito, por meio do
ga com peso bruto total de até três mil e quinhentos quilo- poder de polícia administrativa de trânsito, no âmbito de cir-
gramas. cunscrição dos órgãos e entidades executivos de trânsito e de
CAMIONETA - veículo misto destinado ao transporte de acordo com as competências definidas neste Código.
passageiros e carga no mesmo compartimento. FOCO DE PEDESTRES - indicação luminosa de permissão
CANTEIRO CENTRAL - obstáculo físico construído como ou impedimento de locomoção na faixa apropriada.
separador de duas pistas de rolamento, eventualmente subs- FREIO DE ESTACIONAMENTO - dispositivo destinado a
tituído por marcas viárias (canteiro fictício). manter o veículo imóvel na ausência do condutor ou, no caso
CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO - máximo peso que a de um reboque, se este se encontra desengatado.
unidade de tração é capaz de tracionar, indicado pelo fabri- FREIO DE SEGURANÇA OU MOTOR - dispositivo destina-
cante, baseado em condições sobre suas limitações de gera- do a diminuir a marcha do veículo no caso de falha do freio
ção e multiplicação de momento de força e resistência dos de serviço.
elementos que compõem a transmissão. FREIO DE SERVIÇO - dispositivo destinado a provocar a
CARREATA - deslocamento em fila na via de veículos au- diminuição da marcha do veículo ou pará-lo.
tomotores em sinal de regozijo, de reivindicação, de protesto GESTOS DE AGENTES - movimentos convencionais de
cívico ou de uma classe. braço, adotados exclusivamente pelos agentes de autoridades
CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana utilizado de trânsito nas vias, para orientar, indicar o direito de passa-
no transporte de pequenas cargas. gem dos veículos ou pedestres ou emitir ordens, sobrepon-
CARROÇA - veículo de tração animal destinado ao trans- do-se ou completando outra sinalização ou norma constante
porte de carga. deste Código.
CATADIÓPTRICO - dispositivo de reflexão e refração da GESTOS DE CONDUTORES - movimentos convencionais
luz utilizado na sinalização de vias e veículos (olho-de-gato). de braço, adotados exclusivamente pelos condutores, para
CHARRETE - veículo de tração animal destinado ao trans- orientar ou indicar que vão efetuar uma manobra de mudança
porte de pessoas. de direção, redução brusca de velocidade ou parada.
CICLO - veículo de pelo menos duas rodas a propulsão ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento,
humana. destinado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma inter-
CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada à seção.
circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização es- INFRAÇÃO - inobservância a qualquer preceito da legisla-
pecífica. ção de trânsito, às normas emanadas do Código de Trânsito,
CICLOMOTOR - veículo de duas ou três rodas, provido de do Conselho Nacional de Trânsito e a regulamentação estabe-
um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda lecida pelo órgão ou entidade executiva do trânsito.
a cinquenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e INTERSEÇÃO - todo cruzamento em nível, entroncamento
cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a cinquenta ou bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais cruzamen-
quilômetros por hora. tos, entroncamentos ou bifurcações.
CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de ciclos, INTERRUPÇÃO DE MARCHA - imobilização do veículo
separada fisicamente do tráfego comum. para atender circunstância momentânea do trânsito.

45
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

LICENCIAMENTO - procedimento anual, relativo a obri- OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - monitoramento técnico ba-
gações do proprietário de veículo, comprovado por meio de seado nos conceitos de Engenharia de Tráfego, das condições
documento específico (Certificado de Licenciamento Anual). de fluidez, de estacionamento e parada na via, de forma a re-
LOGRADOURO PÚBLICO - espaço livre destinado pela duzir as interferências tais como veículos quebrados, aciden-
municipalidade à circulação, parada ou estacionamento de tados, estacionados irregularmente atrapalhando o trânsito,
veículos, ou à circulação de pedestres, tais como calçada, par- prestando socorros imediatos e informações aos pedestres e
ques, áreas de lazer, calçadões. condutores.
LOTAÇÃO - carga útil máxima, incluindo condutor e passa- PARADA - imobilização do veículo com a finalidade e pelo
geiros, que o veículo transporta, expressa em quilogramas para tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou de-
os veículos de carga, ou número de pessoas, para os veículos de sembarque de passageiros.
passageiros. PASSAGEM DE NÍVEL - todo cruzamento de nível entre
LOTE LINDEIRO - aquele situado ao longo das vias urbanas uma via e uma linha férrea ou trilho de bonde com pista pró-
ou rurais e que com elas se limita. pria.
LUZ ALTA - facho de luz do veículo destinado a iluminar a via PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO - movimento de pas-
até uma grande distância do veículo. sagem à frente de outro veículo que se desloca no mesmo
LUZ BAIXA - facho de luz do veículo destinada a iluminar a sentido, em menor velocidade, mas em faixas distintas da via.
via diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou incômodo PASSAGEM SUBTERRÂNEA - obra de arte destinada à
injustificáveis aos condutores e outros usuários da via que ve- transposição de vias, em desnível subterrâneo, e ao uso de
nham em sentido contrário. pedestres ou veículos.
LUZ DE FREIO - luz do veículo destinada a indicar aos demais PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de
usuários da via, que se encontram atrás do veículo, que o condu- vias, em desnível aéreo, e ao uso de pedestres.
tor está aplicando o freio de serviço. PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, nes-
LUZ INDICADORA DE DIREÇÃO (pisca-pisca) - luz do veículo te último caso, separada por pintura ou elemento físico sepa-
destinada a indicar aos demais usuários da via que o condutor rador, livre de interferências, destinada à circulação exclusiva
tem o propósito de mudar de direção para a direita ou para a de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas.
esquerda. PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia Rodoviá-
LUZ DE MARCHA À RÉ - luz do veículo destinada a ilumi- ria Federal com o objetivo de garantir obediência às normas
nar atrás do veículo e advertir aos demais usuários da via que o de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando aciden-
veículo está efetuando ou a ponto de efetuar uma manobra de tes.
marcha à ré. PERÍMETRO URBANO - limite entre área urbana e área
LUZ DE NEBLINA - luz do veículo destinada a aumentar a ilu-
rural.
minação da via em caso de neblina, chuva forte ou nuvens de pó.
PESO BRUTO TOTAL - peso máximo que o veículo transmi-
LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada a indi-
te ao pavimento, constituído da soma da tara mais a lotação.
car a presença e a largura do veículo.
PESO BRUTO TOTAL COMBINADO - peso máximo trans-
MANOBRA - movimento executado pelo condutor para al-
mitido ao pavimento pela combinação de um caminhão-tra-
terar a posição em que o veículo está no momento em relação
tor mais seu semi-reboque ou do caminhão mais o seu rebo-
à via.
que ou reboques.
MARCAS VIÁRIAS - conjunto de sinais constituídos de linhas,
PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada em
marcações, símbolos ou legendas, em tipos e cores diversas,
caráter de advertência, destinada a indicar aos demais usuá-
apostos ao pavimento da via.
MICROÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo rios da via que o veículo está imobilizado ou em situação de
com capacidade para até vinte passageiros. emergência.
MOTOCICLETA - veículo automotor de duas rodas, com ou PISTA - parte da via normalmente utilizada para a circu-
sem side-car, dirigido por condutor em posição montada. lação de veículos, identificada por elementos separadores ou
MOTONETA - veículo automotor de duas rodas, dirigido por por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos
condutor em posição sentada. canteiros centrais.
MOTOR-CASA (MOTOR-HOME) - veículo automotor cuja PLACAS - elementos colocados na posição vertical, fixa-
carroçaria seja fechada e destinada a alojamento, escritório, co- dos ao lado ou suspensos sobre a pista, transmitindo mensa-
mércio ou finalidades análogas. gens de caráter permanente e, eventualmente, variáveis, me-
NOITE - período do dia compreendido entre o pôr-do-sol e diante símbolo ou legendas pré-reconhecidas e legalmente
o nascer do sol. instituídas como sinais de trânsito.
ÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com ca- POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função exer-
pacidade para mais de vinte passageiros, ainda que, em virtude cida pelas Polícias Militares com o objetivo de prevenir e repri-
de adaptações com vista à maior comodidade destes, transporte mir atos relacionados com a segurança pública e de garantir
número menor. obediência às normas relativas à segurança de trânsito, asse-
OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA - imobilização do veí- gurando a livre circulação e evitando acidentes.
culo, pelo tempo estritamente necessário ao carregamento ou PONTE - obra de construção civil destinada a ligar mar-
descarregamento de animais ou carga, na forma disciplinada gens opostas de uma superfície líquida qualquer.
pelo órgão ou entidade executivo de trânsito competente REBOQUE - veículo destinado a ser engatado atrás de um
com circunscrição sobre a via. veículo automotor.

46
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

REGULAMENTAÇÃO DA VIA - implantação de sinalização VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao transporte de


de regulamentação pelo órgão ou entidade competente com carga, podendo transportar dois passageiros, exclusive o con-
circunscrição sobre a via, definindo, entre outros, sentido de dutor.
direção, tipo de estacionamento, horários e dias. VEÍCULO DE COLEÇÃO - aquele que, mesmo tendo sido
REFÚGIO - parte da via, devidamente sinalizada e prote- fabricado há mais de trinta anos, conserva suas características
gida, destinada ao uso de pedestres durante a travessia da originais de fabricação e possui valor histórico próprio.
mesma. VEÍCULO CONJUGADO - combinação de veículos, sendo
RENACH - Registro Nacional de Condutores Habilitados. o primeiro um veículo automotor e os demais reboques ou
RENAVAM - Registro Nacional de Veículos Automotores. equipamentos de trabalho agrícola, construção, terraplena-
RETORNO - movimento de inversão total de sentido da gem ou pavimentação.
direção original de veículos. VEÍCULO DE GRANDE PORTE - veículo automotor desti-
RODOVIA - via rural pavimentada. nado ao transporte de carga com peso bruto total máximo
SEMI-REBOQUE - veículo de um ou mais eixos que se superior a dez mil quilogramas e de passageiros, superior a
apóia na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio de
vinte passageiros.
articulação.
VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao trans-
SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária
porte de pessoas e suas bagagens.
que se utilizam de placas, marcas viárias, equipamentos de
VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao trans-
controle luminosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos,
porte simultâneo de carga e passageiro.
destinados exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos
veículos e pedestres. VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e
SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e dispositi- animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento,
vos de segurança colocados na via pública com o objetivo de ilha e canteiro central.
garantir sua utilização adequada, possibilitando melhor flui- VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por
dez no trânsito e maior segurança dos veículos e pedestres acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível,
que nela circulam. sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de
SONS POR APITO - sinais sonoros, emitidos exclusiva- pedestres em nível.
mente pelos agentes da autoridade de trânsito nas vias, para VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em
orientar ou indicar o direito de passagem dos veículos ou pe- nível, geralmente controlada por semáforo, com acessibilida-
destres, sobrepondo-se ou completando sinalização existente de aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibili-
no local ou norma estabelecida neste Código. tando o trânsito entre as regiões da cidade.
TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o
carroçaria e equipamento, do combustível, das ferramentas e trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de
acessórios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio e trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro
do fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas. das regiões da cidade.
TRAILER - reboque ou semi-reboque tipo casa, com duas, VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em ní-
quatro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado à traseira de au- vel não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a
tomóvel ou camionete, utilizado em geral em atividades turís- áreas restritas.
ticas como alojamento, ou para atividades comerciais. VIA RURAL - estradas e rodovias.
TRÂNSITO - movimentação e imobilização de veículos, VIA URBANA - ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e simi-
pessoas e animais nas vias terrestres. lares abertos à circulação pública, situados na área urbana, ca-
TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS - passagem de um veículo de racterizados principalmente por possuírem imóveis edificados
uma faixa demarcada para outra.
ao longo de sua extensão.
TRATOR - veículo automotor construído para realizar tra-
VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES - vias ou conjunto de vias
balho agrícola, de construção e pavimentação e tracionar ou-
destinadas à circulação prioritária de pedestres.
tros veículos e equipamentos.
VIADUTO - obra de construção civil destinada a transpor
ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de
uma depressão de terreno ou servir de passagem superior.
outro veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor
velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e
retornar à faixa de origem.
UTILITÁRIO - veículo misto caracterizado pela versatilida-
de do seu uso, inclusive fora de estrada.
VEÍCULO ARTICULADO - combinação de veículos acopla-
dos, sendo um deles automotor.
VEÍCULO AUTOMOTOR - todo veículo a motor de propul-
são que circule por seus próprios meios, e que serve normal-
mente para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a
tração viária de veículos utilizados para o transporte de pes-
soas e coisas. O termo compreende os veículos conectados
a uma linha elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus
elétrico).

47
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 2° Os veículos adquiridos por autônomos e por em-


2. RESOLUÇÕES DO CONSELHO NACIONAL presas que prestam transportes de cargas e de passageiros,
DE TRÂNSITO (CONTRAN) E SUAS poderão efetuar serviços remunerados para os quais estão
ALTERAÇÕES: 4/98; 14/98; 16/98; 18/98; autorizados, atendida a legislação especifica, as exigências
dos poderes concedentes e das autoridades com jurisdição
22/98; 24/98; 26/98; 32/98; 61/98; 110/00;
sobre as vias públicas.
128/01; 168/04; 182/05; 187/06; 205/06; Art. 3° Os veículos consignados aos concessionários, para
210/06; 216/06; 224/06; 227/07; 231/07; comercialização. e os veículos adquiridos por pessoas físicas,
241/07; 242/07; 254/07; 258/07; 273/08; entidades privadas e públicas, a serem licenciados nas cate-
277/08; 286/08; 292/08; 300/08; 302/08; gorias “PARTICULAR e OFICIAL”, somente poderão transpor-
303/08; 304/08; 309/09; 310/09; 349/10; tar suas cargas e pessoas que tenham vínculo empregatício
356/10; 358/10; 360/10; 371/10; 372/11; com os mesmos.
432/13; 453/13; 466/13; 471/13; 508/14; Art. 4° Antes do registro e licenciamento. o veículo
541/15; 561/15; 573/15; 581/16; 622/16; novo. nacional ou importado que portara nota fiscal de com-
623/16; 624/16; 670/17. pra e venda ou documento alfandegário poderá transitar:
I - do pátio da Fábrica: da Industria Encarroçadora
ou concessionária: do posto Alfandegário. ao Órgão de
Trânsito do Município de destino. nos dois dias úteis se-
RESOLUÇÃO N° NC 004/98 guintes a expedição da Nota Fiscal ou documento Alfande-
gário correspondente;
RESOLUÇÃO N° NC 004/98 11 -do pátio da fábrica. da indústria encarroçadora ou
Dispõe sobre o trânsito de veículos novos nacionais ou concessionária. ao local onde vai ser embarcado como carga,
importados, antes do registro e licenciamento. por qualquer meio de transporte;
O Conselho Nacional de Trânsito- CONTRAN, usando da 111 - do local de descarga às concessionárias ou indus-
competência que lhe confere o Art. 12 da Lei 9.503 de 23 de trias encarroçadora,
setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasilei- IV - de um a outro estabelecimento da mesma
ro - CTB, e conforme Decreto n° 2.327, de 23 de setembro de montadora. encarroçadora ou concessionária ou pessoa ju-
1997, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional rídica interligada.
de Trânsito Art. 5° Pela inobservância desta Resolução. fica o condu-
Considerando que o veículo novo terá que ser registra- tor sujeito à penalidade constante do Artigo 230. inciso V, do
do e licenciado no Município de domicilio ou residência do Código de Trânsito Brasileiro.
adquirente; Art. 6° Esta Resolução entra em vigor na data de sua
Considerando que o concessionário ou revendedor auto- publicação, revogada a Resolução 612/83.
rizado pela indústria fabricante do veículo, poderá ser o pri-
meiro adquirente; RESOLUÇÃO Nº 14/98
Considerando a conveniência de ordem econômica para o
adquirente nos deslocamentos do veículo; RESOLUÇÃO Nº 14/98

Estabelece os equipamentos obrigatórios para a frota


RESOLVE
de veículos em circulação e dá outras providências.
Art. 1° Permitir o transporte de cargas e pessoas em
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando
veículos novos, antes do registro e licenciamento, adquiridos
da competência que lhe confere o inciso I, do art.12 ,da Lei
por pessoas físicas e jurídicas, por entidades públicas e priva-
9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código
das e os destinados aos concessionários para comercialização,
de Trânsito Brasileiro – CTB e conforme o Decreto 2.327,
desde que portem a “autorização especial” segundo o mode-
de 23 de setembro de 1997, que trata da coordenação do
lo constante do anexo I.
Sistema Nacional de Trânsito;
§ 1° A permissão estende-se aos veículos inacabados CONSIDERANDO o art. 105, do Código de Trânsito Bra-
(chassis), do pátio do fabricante ou do concessionário até o sileiro;
local da indústria encarroçadora. CONSIDERANDO a necessidade de proporcionar às au-
§ 2°. A “autorização especial” valida apenas para o des- toridades fiscalizadoras, as condições precisas para o exer-
locamento para o município de destino, será expedida para cício do ato de fiscalização;
o veículo que portar os Equipamentos Obrigatórios previstos CONSIDERANDO que os veículos automotores, em cir-
pelo CONTRAN (adequado ao tipo de veiculo), com base na culação no território nacional, pertencem a diferentes épo-
Nota Fiscal de Compra e Venda; com validade de (15) quinze cas de produção, necessitando, portanto, de prazos para a
dias transcorridos da data da emissão, prorrogável por igual completa adequação aos requisitos de segurança exigidos
período por motivo de força maior. pela legislação; resolve:
§ 3° A autorização especial sera Impressa em (3) três Art. 1º Para circular em vias públicas, os veículos deve-
vias, das quais. a primeira e a segunda serão coladas respec- rão estar dotados dos equipamentos obrigatórios relacio-
tivamente, no vidro dianteiro (pára-brisa), e no vidro traseiro, nados abaixo, a serem constatados pela fiscalização e em
e a terceira arquivada na repartição de trânsito expedidora. condições de funcionamento:

48
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

I) nos veículos automotores e ônibus elétricos: 7) lanternas indicadoras de direção traseiras, de cor
1) pára-hoques, dianteiro e traseiro; âmbar ou vermelha;
2) protetores das rodas traseiras dos caminhões; 8) pneus que ofereçam condições mínimas de segu-
3) espelhos retrovisores, interno e externo; rança;
4) limpador de pára-brisa; 9) lanternas delimitadoras e lanternas laterais, quando
5) lavador de pára-brisa; suas dimensões assim o exigirem.
6) pala interna de proteção contra o sol (pára-sol) para III) para os ciclomotores:
o condutor; 1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
7) faróis principais dianteiros de cor branca ou ama- 2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
rela; 3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
8) luzes de posição dianteiras (faroletes) de cor branca 4) velocímetro;
ou amarela; 5) buzina;
9) lanternas de posição traseiras de cor vermelha; 6) pneus que ofereçam condições mínimas de segu-
10) lanternas de freio de cor vermelha; rança;
11) lanternas indicadoras de direção: dianteiras de cor 7) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor.
âmbar e traseiras de cor âmbar ou vermelha; IV) para as motonetas, motocicletas e triciclos:
12) lanterna de marcha à ré, de cor branca; 1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
13) retrorefletores (catadióptrico) traseiros, de cor ver- 2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
melha; 3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
14) lanterna de iluminação da placa traseira, de cor 4) lanterna de freio, de cor vermelha
branca; 5) iluminação da placa traseira;
15) velocímetro, 6) indicadores luminosos de mudança de direção, dian-
16) buzina; teiro e traseiro;
17) freios de estacionamento e de serviço, com coman- 7) velocímetro;
dos independentes; 8) buzina;
18) pneus que ofereçam condições mínimas de segu- 9) pneus que ofereçam condições mínimas de segu-
rança;
rança;
10)dispositivo destinado ao controle de ruído do mo-
19) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora de
tor.
emergência, independente do sistema de iluminação do
V) para os quadricíclos:
veículo;
1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
20) extintor de incêndio;
2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
21) registrador instantâneo e inalterável de velocidade
3) lanterna, de cor vermelha na parte traseira;
e tempo, nos veículos de transporte e condução de es-
4) lanterna de freio, de cor vermelha;
colares, nos de transporte de passageiros com mais de dez 5) indicadores luminosos de mudança de direção, dian-
lugares e nos de carga com capacidade máxima de tração teiros e traseiros;
superior a 19t; 6) iluminação da placa traseira;
22) cinto de segurança para todos os ocupantes do veí- 7) velocímetro;
culo; 8) buzina;
23) dispositivo destinado ao controle de ruído do mo- 9) pneus que ofereçam condições mínimas de segu-
tor, naqueles dotados de motor a combustão; rança;
24) roda sobressalente, compreendendo o aro e o 10) dispositivo destinado ao controle de ruído do mo-
pneu, com ou sem câmara de ar, conforme o caso; tor;
25) macaco, compatível com o peso e carga do veículo; 11) protetor das rodas traseiras.
26) chave de roda; VI) nos tratores de rodas e mistos:
27) chave de fenda ou outra ferramenta apropriada 1) faróis dianteiros, de luz branca ou amarela;
para a remoção de calotas; 2) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha;
28) lanternas delimitadoras e lanternas laterais nos veí- 3) lanternas de freio, de cor vermelha;
culos de carga, quando suas dimensões assim o exigirem; 4) indicadores luminosos de mudança de direção, dian-
29) cinto de segurança para a árvore de transmissão teiros e traseiros;
em veículos de transporte coletivo e carga; 5) pneus que ofereçam condições mínimas de segu-
II) para os reboques e semireboques: rança;
1) pára-choque traseiro; 6) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor.
2) protetores das rodas traseiras; VII) nos tratores de esteiras:
3) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha; 1) faróis dianteiros, de luz branca ou amarela;
4) freios de estacionamento e de serviço, com coman- 2) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha;
dos independentes, para veículos com capacidade supe- 3) lanternas de freio, de cor vermelha;
rior a 750 quilogramas e produzidos a partir de 1997; 4) indicadores luminosos de mudança de direção, dian-
5) lanternas de freio, de cor vermelha; teiros e traseiros;
6) iluminação de placa traseira; 5) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor.

49
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Parágrafo único: Quando a visibilidade interna não per- Art. 6º. Os veículos automotores produzidos a partir de
mitir, utilizar-se-ão os espelhos retrovisores laterais. 1º de janeiro de 1999, deverão ser dotados dos seguintes
Art. 2º. Dos equipamentos relacionados no artigo an- equipamentos obrigatórios:
terior, não se exigirá: I - espelhos retrovisores externos, em ambos os lados;
I) lavador de pára-brisa: II - registrador instantâneo e inalterável de velocidade
a) em automóveis e camionetas derivadas de veículos e tempo, para os veículos de carga, com peso bruto total
produzidos antes de 1º de janeiro de 1974; superior a 4536 kg;
b) utilitários, veículos de carga, ônibus e microônibus III - encosto de cabeça, em todos os assentos dos au-
produzidos até 1º de janeiro de 1999; tomóveis, exceto nos assentos centrais;
II) lanterna de marcha à ré e retrorefletores, nos veí- IV - cinto de segurança graduável e de três pontos em
culos fabricados antes de 1º de janeiro de 1990; todos os assentos dos automóveis. Nos assentos centrais,
III) registrador instantâneo inalterável de velocidade e o cinto poderá ser do tipo sub-abdominal;
tempo: Parágrafo único: Os ônibus e microônibus poderão uti-
a) nos veículos de carga fabricados antes de 1991, ex- lizar cinto sub-abdominal para os passageiros.
cluídos os de transporte de escolares, de cargas perigosas Art. 7º. Aos veículos registrados e licenciados em ou-
e de passageiros (ônibus e microônibus), até 1° de janeiro tro país, em circulação no território nacional, aplicam-se
de 1999; as regras do art. 118 e seguintes do Código de Trânsito
b) nos veículos de transporte de passageiros ou de uso Brasileiro.
misto, registrados na categoria particular e que não reali- Art. 8º Ficam revogadas as Resoluções 657/85, 767/93,
zem transporte remunerado de pessoas; 002/98 e o art. 65 da Resolução 734/89.
IV) cinto de segurança: Art. 9º. Respeitadas as exceções e situações particula-
a) para os passageiros, nos ônibus e microônibus pro- res previstas nesta Resolução, os proprietários ou conduto-
duzidos até 1º de janeiro de 1999; res, cujos veículos circularem nas vias públicas desprovidos
b) até 1º de janeiro de 1999, para o condutor e tripu- dos requisitos estabelecidos, ficam sujeitos às penalidades
lantes, nos ônibus e microônibus; constantes do art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro, no
c) para os veículos destinados ao transporte de que couber.
passageiros, em percurso que seja
Art. 10. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
permitido viajar em pé.
publicação.
V) pneu e aro sobressalente, macaco e chave de roda:
a) nos veículos equipados com pneus capazes de trafe-
gar sem ar, ou aqueles equipados com dispositivo automá-
RESOLUÇÃO Nº 16/98
tico de enchimento emergencial;
b) nos ônibus e microônibus que integram o sistema de
Prezado Candidato, a referida resolução foi inteiramen-
transporte urbano de passageiros, nos municípios, regiões
te revogada pela de nº 599, conforme segue:
e microregiões metropolitanas ou conglomerados urbanos;
c) nos caminhões dotados de características específicas
para transporte de lixo e de concreto;
d) nos veículos de carroçaria blindada para transporte RESOLUÇÃO Nº 599 , DE 24 DE MAIO DE 2016.
de valores. Altera os modelos e especificações do Certificado de
VI) velocímetro, naqueles dotados de registrador ins- Registro de Veículo – CRV e do Certificado de Registro e
tantâneo e inalterável de velocidade e tempo, integrado. Licenciamento de Veículo – CRLV e sua produção e expe-
Parágrafo único: Para os veículos relacionados nas alí- dição.
neas “b”, “c”, e “d”, do inciso V, será reconhecida a excep- O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN,
cionalidade, somente quando pertencerem ou estiverem no uso das atribuições legais que lhe são conferidas pelo
na posse de firmas individuais, empresas ou organizações artigo 12, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que
que possuam equipes próprias, especializadas em troca de instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o De-
pneus ou aros danificados. creto n° 4711, de 29 de maio de 2003, que trata da coorde-
Art. 3º. Os equipamentos obrigatórios dos veículos nação do Sistema Nacional de Trânsito - SNT;
destinados ao transporte de produtos perigosos, bem Considerando a necessidade de modernização dos
como os equipamentos para situações de emergência se- modelos do Certificado de Registro de Veículo– CRV e do
rão aqueles indicados na legislação pertinente Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV;
Art. 4º. Os veículos destinados à condução de escola- Considerando a necessidade técnica de dar novas
res ou outros transportes especializados terão seus equi- características de segurança e controles na confecção do
pamentos obrigatórios previstos em legislação específica. Certificado de Registro de Veículo – CRV e do Certificado
Art. 5º. A exigência dos equipamentos obrigatórios de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV, a fim de
para a circulação de bicicletas, prevista no inciso VI, do torná-los mais eficazes e menos suscetíveis de adulteração
art. 105, do Código de Trânsito Brasileiro terá um prazo de e de falsificação;
cento e oitenta dias para sua adequação, contados da data Considerando o que consta do processo administrativo
de sua Regulamentação pelo CONTRAN. Nº 80000.015736/2012-63;

50
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

RESOLVE: §1º Os formulários a serem utilizados na expedição de


Art. 1° Alterar os modelos e especificações técnicas do CRV e CRLV de que trata este artigo serão produzidos por
Certificado de Registro de Veículo - CRV e do Certificado gráficas credenciadas pelo DENATRAN, na forma estabele-
de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV, conforme cida em portaria específica.
anexos I e II desta resolução. § 2º O processo de personalização eletrônica do CRV
Parágrafo único. Certificado de Registro e Licencia- e do CRLV de que trata este artigo deverá ser realizado di-
mento de Veículo – CRLV é o Certificado de Licenciamento retamente pelos órgãos executivos de trânsito dos Estados
Anual de que trata o Código de Trânsito Brasileiro. e do Distrito Federal ou, sendo necessária a terceirização
Art. 2° Manter o dígito verificador no número de série desse serviço, o órgão deverá informar ao DENATRAN a
do Certificado de Registro de Veículo – CRV e do Certifi- empresa contratada.
cado de Registro e Licenciamento de Veículos – CRLV, com §3º Na situação tratada no § 2º, o DENATRAN terá li-
doze dígitos (Número + DV). vre acesso às dependências da empresa contratada, e caso
Parágrafo único. Para o cálculo do dígito verificador de seja comprovado o descumprimento das exigências pre-
segurança, será utilizado o módulo 11, com peso de 2 a 9. vistas neste artigo, poderá suspender a liberação de novos
Art. 3º As informações impressas no campo “OBSERVA- formulários ao DETRAN contratante, até a comprovação da
ÇÕES” do CRV e do CRLV deverão seguir os normativos do solução da pendência identificada.
CONTRAN e DENATRAN. Art. 5º O DENATRAN publicará normativo sobre os da-
§1º Nos casos em que o órgão executivo de trânsito do dos de personalização dos documentos dispostos nesta
Estado ou do Distrito Federal necessite incluir informação Resolução.
que não consta nos normativos do CONTRAN ou DENA- Art. 6º Os anexos desta Resolução encontram-se dis-
TRAN, este deverá enviar solicitação ao DENATRAN para poníveis no sitio eletrônico www.denatran.gov.br.
aprovação e padronização. Art. 7º Esta Resolução entra em vigor no dia 1º de ja-
§2º A inclusão de informações sem a autorização do neiro de 2017.
DENATRAN poderá tornar o CRV/CRLV inválido. Art. 8º Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN nº
Art. 4º Os procedimentos relativos ao controle e expe- 664, de 1986, nº 766, de 1993, nº 16, de 06 de fevereiro de
dição do CRV e CRLV devem ser realizados, por meio com- 1998, nº 61, de 21 de maio de 1998, nº 187, de 25 de janei-
putadorizado, no âmbito dos órgãos executivos de trânsito ro de 2006, nº 512, de 10 de dezembro de 2014 e nº 539 de
dos Estados e do Distrito Federal, obedecidas as seguintes 23 de junho de 2015.
RESOLUÇÃO Nº 18/98
diretrizes:
I – A expedição do CRV e do CRLV corresponde à per-
sonalização eletrônica destes documentos, mediante a im-
RESOLUÇÃO Nº 18/98
pressão dos dados do proprietário e do veículo, em seu an-
verso, conforme ilustrado no Anexo III e na forma disposta
Recomenda o uso, nas rodovias, de farol baixo aceso
neste artigo;
durante o dia, e dá outras providências.
II – Os documentos de CRV e CRLV deverão ser ex-
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando
pedidos, obrigatoriamente, por processo de impressão por
da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei
impacto, ocasionando pressão e penetração da tinta no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código
papel, proporcionando maior segurança no processo de de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme Decreto nº 2.327,
personalização e dificultando a remoção e rasura do texto de 23 de setembro de 1997, que dispõe sobre a coordena-
impresso; ção do Sistema Nacional de Trânsito;
III – O ambiente de expedição deverá ser dotado de CONSIDERANDO que o sistema de iluminação é ele-
mecanismos de segurança que garantam a integridade das mento integrante da segurança ativa dos veículos;
atividades e procedimentos realizados, relativos à perso- CONSIDERANDO que as cores e as formas dos veículos
nalização dos documentos, de forma a coibir tentativas de modernos contribuem para mascará-los no meio ambien-
roubo ou furto; te, dificultando a sua visualização a uma distância efetiva-
VI – Os formulários de CRV e CRLV, sob custódia de mente segura para qualquer ação preventiva, mesmo em
cada DETRAN, deverão ser armazenados em local seguro, condições de boa luminosidade;
com controle de utilização, em termos de números de per- R E S O L V E:
sonalizados, inutilizados, cancelados e extraviados; Art.1º. Recomendar às autoridades de trânsito com cir-
VII – Para controle da distribuição dos formulários a cunscrição sobre as vias terrestres, que por meio de cam-
serem personalizados, todos os dados relativos aos proce- panhas educativas, motivem seus usuários a manter o farol
dimentos de controle e uso deverão ser, trimestralmente baixo aceso durante o dia , nas rodovias.
ou a pedido do DENATRAN, submetidos à Coordenação Art.2º. O DENATRAN acompanhará os resultados obti-
Geral de Informatização e Estatística do DENATRAN, por dos pelos órgãos que implementarem esta medida.
meio eletrônico, contendo as informações tratadas no in- Art.3º. Esta Resolução entrará em vigor 60 (sessenta)
ciso anterior. dias após sua publicação, ficando revogada a Resolução
VIII – O não atendimento ao inciso anterior, inviabiliza- 819/96.
rá a liberação de novos formulários ao Estado.

51
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

RESOLUÇÃO Nº 22/98 § 1º Além da gravação no chassi ou monobloco, os veí-


culos serão identificados, no mínimo, com os caracteres
RESOLUÇÃO Nº 22/98 VIS ( número sequencial de produção) previsto na NBR 3 nº
6066, podendo ser, a critério do fabricante, por gravação,
Estabelece, para efeito da fiscalização, forma para na profundidade mínima de 0,2 mm, quando em chapas ou
comprovação do exame de inspeção veicular a qual se re- plaqueta colada, soldada ou rebitada, destrutível quando
fere o art. 124, c.c. art. 230, inciso I do Código de Trânsito de sua remoção, ou ainda por etiqueta autocolante e tam-
Brasileiro. bém destrutível no caso de tentativa de sua remoção, nos
seguintes compartimentos e componentes:
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usan- I - na coluna da porta dianteira lateral direita;
do da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei II - no compartimento do motor;
9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código III - em um dos pára-brisas e em um dos vidros trasei-
de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme Decreto nº 2.327, ros, quando existentes;
de 23 de setembro de 1997, que dispõe sobre a coordena- IV - em pelo menos dois vidros de cada lado do veícu-
ção do Sistema Nacional de Trânsito; lo, quando existentes, excetuados os quebra-ventos.
CONSIDERANDO o art. 124, inciso IV e XI, c.c. art. 230, § 2º As identificações previstas nos incisos «III» e «IV»
inciso I e o art.131, § 3º que tratam da obrigação do pro- do parágrafo anterior, serão gravadas de forma indelével,
prietário do veículo de comprovar a inspeção de segurança sem especificação de profundidade e, se adulterados, de-
veicular; vem acusar sinais de alteração.
CONSIDERANDO a conveniência e a necessidade de § 3º Os veículos inacabados (sem cabina, com cabina
se fazer uma verificação ágil e segura dos documentos de incompleta, tais como os chassis para ônibus), terão as
porte obrigatório, quando da inspeção veicular; identificações previstas no § 1º, implantadas pelo fabrican-
te que complementar o veículo com a respectiva carroçaria.
R E S O L V E: § 4º As identificações, referidas no §2º, poderão ser fei-
Art.1º. Para efeito da fiscalização, o selo de uso obriga-
tas na fábrica do veículo ou em outro local, sob a responsa-
tório, que consta do art. 230, inciso I, comprovará a inspe-
bilidade do fabricante, antes de sua venda ao consumidor.
ção veicular, após regulamentação da referida inspeção, a
§ 5º No caso de chassi ou monobloco não metálico, a
qual estabelecerá, inclusive, a forma desse selo e o local de
numeração deverá ser gravada em placa metálica incorpo-
sua colocação.
rada ou a ser moldada no material do chassi ou monoblo-
co, durante sua fabricação.
Art.2º. Esta Resolução entra em vigor na data da sua
§ 6º Para fins do previsto no caput deste artigo, o déci-
publicação.
mo dígito do VIN, previsto na NBR 3 nº 6066, será obriga-
RESOLUÇÃO Nº 24, DE 21 DE MAIO DE 1998 toriamente o da identificação do modelo do veículo.
Art. 3º Será obrigatória a gravação do ano de fabrica-
RESOLUÇÃO Nº 24, DE 21 DE MAIO DE 1998 ção do veículo no chassi ou monobloco ou em plaqueta
destrutível quando de sua remoção, conforme estabelece
Estabelece o critério de identificação de veículos, a que o § 1° do art. 114 do Código de Trânsito Brasileiro.
se refere o art. 114 do Código de Trânsito Brasileiro. Art. 4º Nos veículos reboques e semi-reboques, as gra-
vações serão feitas, no mínimo, em dois pontos do chassi.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, Art. 5º Para fins de controle reservado e apoio das
usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso vistorias periciais procedidas pelos órgãos integrantes do
I, da Lei n.º 9.503, de 23 de setembro de 1997, que insti- Sistema Nacional de Trânsito e por órgãos policiais, por
tuiu o Código de Trânsito Brasileiro e, conforme o Decreto ocasião do pedido de código do RENAVAM, os fabricantes
n.º 2.327, de 23 de setembro de 1997, que dispõe sobre a depositarão junto ao órgão máximo executivo de trânsito
coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve: da União as identificações e localização das gravações, se-
Art. 1º Os veículos produzidos ou importados a partir gundo os modelos básicos.
de 1º de janeiro de 1999, para obterem registro e licencia- Parágrafo único. Todas as vezes que houver alteração
mento, deverão estar identificados na forma desta Reso- dos modelos básicos dos veículos, os fabricantes encami-
lução. nharão, com antecedência de 30 (trinta) dias, as localiza-
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo ções de identificação veicular.
os tratores, os veículos protótipos utilizados exclusivamen- Art. 6º As regravações e as eventuais substituições ou
te para competições esportivas e as viaturas militares ope- reposições de etiquetas e plaquetas, quando necessárias,
racionais das Forças Armadas. dependerão de prévia autorização da autoridade de trânsi-
Art. 2º A gravação do número de identificação veicular to competente, mediante comprovação da propriedade do
(VIN) no chassi ou monobloco, deverá ser feita, no mínimo, veículo, e só serão processadas por empresas credenciadas
em um ponto de localização, de acordo com as especifica- pelo órgão executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito
ções vigentes e formatos estabelecidos pela NBR 3 nº 6066 Federal.
da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em § 1º As etiquetas ou plaquetas referidas no caput deste
profundidade mínima de 0,2 mm. artigo deverão ser fornecidas pelo fabricante do veículo.

52
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 2º O previsto no caput deste artigo não se aplica às O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN,
identificações constantes dos incisos III e IV do § 1º do art. usando da competência que lhe confere o art.12, inciso I,
2º desta Resolução. da Lei nº9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o
Art. 7º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto nº 2.327,
do Distrito Federal não poderão registrar, emplacar e licen- de 23 de setembro de 1997, que dispõe sobre a coordena-
ciar veículos que estiverem em desacordo com o estabele- ção do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
cido nesta Resolução. Art. 1º Ficam aprovados os modelos de placa constantes
Art. 8º Fica revogada a Resolução 659/89 do CON- do Anexo à presente Resolução, para veículos de represen-
TRAN. tação dos Presidentes dos Tribunais Federais, dos Gover-
nadores, Prefeitos, Secretários Estaduais e Municipais, dos
Art. 9º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
Presidentes das Assembléias Legislativas e das Câmaras Mu-
publicação. nicipais, dos Presidentes dos Tribunais Estaduais e do Distrito
Federal, e do respectivo chefe do Ministério Público e ainda
dos Oficiais Generais das Forças Armadas.
RESOLUÇÃO Nº 26, DE 21 DE MAIO DE 1998 Art. 2º Poderão ser utilizados os mesmos modelos de
placas para os veículos oficiais dos Vice-Governadores e dos
Vice-Prefeitos, assim como para os Ministros dos Tribunais
RESOLUÇÃO Nº 26, DE 21 DE MAIO DE 1998 Federais, Senadores e Deputados, mediante solicitação dos
Presidentes de suas respectivas instituições.
Disciplina o transporte de carga em veículos destina- Art. 3º Os veículos de representação deverão estar regis-
dos ao transporte de passageiros a que se refere o art. 109 trados junto ao RENAVAM.
do Código de Trânsito Brasileiro. Art. 4º Esta Resolução entra em vigor 90 (noventa) dias
após a data de sua publicação.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I,
Resolução nº61/98
da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o
Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto Prezado Candidato, a referida resolução foi inteiramente
nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da coorde- revogada pela de nº 599, já abordada em tópicos anteriores.
nação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
Art. 1° O transporte de carga em veículos destinados
ao transporte de passageiros, do tipo ônibus, microônibus, RESOLUÇÃO No 110, DE 24 FEVEREIRO DE 2000
ou outras categorias, está autorizado desde que observa-
das as exigências desta Resolução, bem como os regula- RESOLUÇÃO No 110, DE 24 FEVEREIRO DE 2000
mentos dos respectivos poderes concedentes dos serviços.
Art. 2° A carga só poderá ser acomodada em compar- Fixa o calendário para renovação do Licenciamento
timento próprio, separado dos passageiros, que no ônibus Anual de Veículos e revoga a Resolução CONTRAN no 95/99.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN,
é o bagageiro.
usando da competência que lhe confere o art. 12 da Lei n o
Art. 3º Fica proibido o transporte de produtos conside-
9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de
rados perigosos conforme legislação específica, bem como Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto n o 2.327,
daqueles que, por sua forma ou natureza, comprometam a de 23 de setembro de 1997, que trata da Coordenação do
segurança do veículo, de seus ocupantes ou de terceiros. Sistema Nacional de Trânsito, e
Art. 4º Os limites máximos de peso e dimensões da Considerando que a Resolução CONTRAN no 95/99,
carga, serão os fixados pelas legislações existentes na es- apresenta incompatibilidade com os prazos estipulados por
fera federal, estadual ou municipal. alguns Estados para recolhimento do IPVA;
Art. 5º No caso do transporte rodoviário internacional Considerando que essa incompatibilidade obrigaria os
de passageiros serão obedecidos os Tratados, Convenções órgãos executivos dos Estados e do Distrito Federal a licen-
ou Acordos internacionais, enquanto vinculados à Repúbli- ciar veículos cujos proprietários ainda não tivessem recolhi-
ca Federativa do Brasil. do o IPVA; e
Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua Considerando que a alteração nos prazos fixados na Re-
publicação. solução CONTRAN no 95/99 não provoca prejuízos ao Re-
gistro Nacional de Veículos Automotores - RENAVAM, nem
à fiscalização da regularidade documental dos veículos, re-
RESOLUÇÃO Nº 32, DE 21 DE MAIO DE 1998 solve:
Art. 1o Os órgãos executivos de trânsito dos Estados
e do Distrito Federal estabelecerão prazos para renovação
RESOLUÇÃO Nº 32, DE 21 DE MAIO DE 1998 do Licenciamento Anual dos Veículos registrados sob sua
Estabelece modelos de placas para veículos de repre- circunscrição, de acordo com o algarismo final da placa de
sentação, de acordo com o art. 115, § 3° do Código de identificação, respeitados os limites fixados na tabela a se-
Trânsito Brasileiro. guir:

53
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Algarismo final da Prazo final para renovação Parágrafo único. Ficam vedados o registro e o licencia-
mento dos veículos de que trata o caput deste artigo que
placa
não atenderem ao disposto nesta Resolução.
1e2 Até setembro Art. 2o Os requisitos desta Resolução passam a fazer
3, 4 e 5 Até outubro parte da Inspeção de Segurança Veicular.
Art. 3o Os veículos militares ficam excluídos das exi-
6, 7 e 8 Até novembro gências constantes desta Resolução.
9e0 Até dezembro Art. 4o Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 2o As autoridades, órgãos, instituições e agentes Art. 5º Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN nos
de fiscalização de trânsito e rodoviário em todo o território 105 e 119, de 21 de dezembro de 1999 26 de julho de
nacional, para efeito de autuação e aplicação de penalida- 2000, respectivamente.
des, quando o veículo se encontrar fora da unidade da fe-
deração em que estiver registrado, deverão adotar os pra- RESOLUÇÃO Nº 168, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2004
zos estabelecidos nesta Resolução. (*)
Art. 3 o Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação, ficando revogada a Resolução CONTRAN no RESOLUÇÃO Nº 168, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2004 (*)
95/99.
Estabelece Normas e Procedimentos para a formação
de condutores de veículos automotores e elétricos, a
RESOLUÇÃO No 128 DE 06 DE AGOSTO DE 2001. realização dos exames, a expedição de documentos de
habilitação, os cursos de formação, especiali-
RESOLUÇÃO No 128 DE 06 DE AGOSTO DE 2001. zados, de reciclagem e dá outras providências.
Estabelece a obrigatoriedade de utilização de dispositi- O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN
vo de segurança para prover melhores condições de visibi-
usando da competência que lhe confere o artigo 12, inciso
lidade diurna e noturna em veículos de transporte de carga.
I e artigo 141, da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997,
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e, con-
usando da competência que lhe confere o art. 12 da Lei no
9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de forme o Decreto n° 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata
Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto no 2.327, de da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito,
23 de setembro de 1997, que dispõe sobre a coordenação RESOLVE:
do Sistema Nacional de Trânsito, e Art. 1º As normas regulamentares para o processo de
Considerando que uma sinalização eficiente nos veícu- formação, especialização e habilitação do condutor de veí-
los contribui de forma significativa para a redução de aci- culo automotor e elétrico, os procedimentos dos exames,
dentes, principalmente à noite e em condições climáticas cursos e avaliações para a habilitação, renovação, adição
adversas; e mudança de categoria, emissão de documentos de
Considerando que estudos indicam que veículos de habilitação, bem como do reconhecimento do docu-
carga são geralmente vistos muito tarde, ou não vistos pe- mento de habilitação obtido em país estrangeiro são
los motoristas, e que o delineamento dos contornos desses estabelecidas nesta Resolução.
veículos com material retrorefletido pode prevenir significa-
tivo número de acidentes, conforme demonstra a experiên- Do Processo de Habilitação do Condutor
cia de países que possuem legislação similar;
Considerando o resultado dos estudos técnicos reali- Art. 2º O candidato à obtenção da Autorização para
zados pela Câmara Temática de Assuntos Veiculares, pelo Conduzir Ciclomotor – ACC, da Carteira Nacional de Habi-
Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT/SP em conjunto litação – CNH, solicitará ao órgão ou entidade executivo de
com o Instituto de Pesquisas Rodoviárias – IPR, complemen- trânsito do Estado ou do Distrito Federal, do seu domicílio
tados por testes práticos em campo de prova, destinados a ou residência, ou na sede estadual ou distrital do próprio
se avaliar a possibilidade de redução da área de aplicação órgão ou entidade, a abertura do processo de habilitação
das películas refletidas, visando a redução de custos, sem para o qual deverá preencher os seguintes requisitos:
prejuízo da segurança de trânsito; I – ser penalmente imputável; II – saber ler e escrever;
Considerando, finalmente, a necessidade de iniciar a III – possuir documento de identidade;
utilização do dispositivo retrorefletor de forma gradativa ,
IV – possuir Cadastro de Pessoa Física – CPF.
visando sua extensão a todos os veículos, com base na ex-
§1º O processo de habilitação do condutor de que trata
periência obtida, resolve:
o caput deste artigo, após o devido cadastramento dos
Art. 1o Os veículos de transporte de carga com Peso
Bruto Total – PBT superior a 4.536 Kg, fabricados a partir fa- dados informativos do candidato no Registro Nacional
bricados a partir de 30 de abril de 2001, somente poderão de Condutores Habilitados – RENACH, deverá realizar Ava-
ser comercializados quando possuírem dispositivo de se- liação Psicológica, Exame de Aptidão Física e Mental, Curso
gurança afixado de acordo com as disposições constantes Teórico-técnico, Exame Teórico-técnico, Curso de Prática
do anexo desta Resolução. de Direção Veicular e Exame de Pratica de Direção Veicular,
nesta ordem.

54
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§2° O candidato poderá requerer simultaneamente a §1º Por ocasião da renovação da CNH o condutor que
ACC e habilitação na categoria “B”, bem como requerer ha- ainda não tenha frequentado o curso de Direção Defensiva
bilitação em “A” e “B” submetendo-se a um único Exame e de Primeiros Socorros, deverá cumprir o previsto no item
de Aptidão 4 do anexo II desta Resolução.
Física e Mental e Avaliação Psicológica, desde que con- §2º A Avaliação Psicológica será exigida quando da:
siderado apto para ambas. a) obtenção da ACC e da CNH;
§3º O processo do candidato à habilitação ficará ativo b) renovação caso o condutor exercer serviço remune-
no órgão ou entidade executivo de rado de transporte de pessoas ou bens;
trânsito do Estado ou do Distrito Federal, pelo prazo c) substituição do documento de habilitação obtido
de 12 (doze) meses, contados da data do requerimento do em país estrangeiro;
candidato. d) por solicitação do perito examinador.
§3° O condutor, com Exame de Aptidão Física e Mental
§4º A obtenção da ACC obedecerá aos termos e con-
vencido há mais de 5 (cinco) anos, contados a partir da
dições estabelecidos para a CNH nas categorias “A”, “B” e,
“A” e “B”. data de validade, deverá submeter-se ao Curso de Atuali-
Art. 3º Para a obtenção da ACC e da CNH o candidato zação para a Renovação da CNH.
devera submeter-se a realização de: I – Avaliação Psicoló- Da Formação do Condutor
gica; Art. 7º A formação de condutor de veículo automotor e
II – Exame de Aptidão Física e Mental; elétrico compreende a realização de Curso Teórico-técnico
III – Exame escrito, sobre a integralidade do conteú- e de Prática de Direção Veicular, cuja estrutura curricular,
do programático, desenvolvido em carga horária e especificações estão definidas no anexo II.
Curso de Formação para Condutor; Art. 8º Para a Prática de Direção Veicular, o candidato
IV – Exame de Direção Veicular, realizado na via pública, deverá estar acompanhado por um Instrutor de Prática de
em veículo da categoria para a qual esteja se habilitando. Direção Veicular e portar a Licença para Aprendizagem de
Art. 4º O Exame de Aptidão Física e Mental será preli- Direção Veicular – LADV expedida pelo órgão ou entidade
minar e renovável a cada cinco anos, ou a cada três anos executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, con-
para condutores com mais de sessenta e cinco anos de tendo no mínimo, as seguintes informações:
idade, no local de residência ou domicílio do examinado. I – identificação do órgão ou entidade executivo de
§1º O condutor que exerce atividade de transporte re- trânsito expedidor;
munerado de pessoas ou bens terá que se submeter ao II – nome completo, número do documento de identi-
Exame de Aptidão Física e Mental e a Avaliação Psicológica
dade, do Cadastro de Pessoa Física - CPF e do formulário
de acordo com os parágrafos 2º e 3º do Art. 147 do Código
RENACH do candidato;
de Trânsito Brasileiro.
§2º Quando houver indícios de deficiência física, men- III – categoria pretendida;
tal ou de progressividade de doença que possa diminuir a IV – nome do Centro de Formação de Condutores –
capacidade para conduzir veículo, o prazo de validade do CFC responsável pela instrução; V – prazo de validade.
exame poderá ser diminuído a critério do perito examina- §1º A LADV será expedida em nome do candidato com
dor. a identificação do CFC responsável e/ou do Instrutor, de-
§3º O condutor que, por qualquer motivo, adquira al- pois de aprovado nos exames previstos na legislação,
gum tipo de deficiência física para a condução de veícu- com prazo de validade que permita que o processo esteja
lo automotor, deverá apresentar-se ao órgão ou entidade concluído de acordo com o previsto no § 3º, do art 2º, des-
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal para ta Resolução.
submeter-se aos exames necessários. §2º A LADV será expedida mediante a solicitação do
Art. 5º Os tripulantes de aeronaves titulares de car- candidato ou do CFC ao qual o mesmo esteja vinculado
tão de saúde, devidamente atualizado, expedido pelas para a formação de prática de direção veicular e somente
Forças Armadas ou pelo Departamento de Aviação Civil produzirá os seus efeitos legais quando apresentada no
– DAC, ficam dispensados do exame de aptidão física e original, acompanhada de um documento de identidade
mental necessário à obtenção ou à renovação periódica e na Unidade da Federação em que tenha sido expedida.
da habilitação para conduzir veículo automotor, ressalva-
§3º Quando o candidato optar pela mudança de
dos os casos previstos no §4° do art. 147 e art. 160 do CTB.
CFC será expedida nova LADV,
Parágrafo único. O prazo de validade da habilitação,
com base na regulamentação constante no caput deste ar- considerando-se as aulas já ministradas.
tigo, contará da data da obtenção ou renovação da CNH, §4º O candidato que for encontrado conduzindo
pelo prazo previsto no §2° do artigo 147 do CTB. em desacordo com o disposto nesta
Art. 6º O Exame de Aptidão Física e Mental será exigido resolução terá a LADV suspensa pelo prazo de seis me-
quando da: ses.
I – obtenção da ACC e da CNH; Art. 9º A instrução de Prática de Direção Veicular será
II – renovação da ACC e das categorias da CNH; realizada na forma do disposto no art. 158 do CTB.
III – adição e mudança de categoria; Parágrafo único. Quando da mudança ou adição de ca-
IV – substituição do documento de habilitação obtido tegoria o condutor deverá cumprir as instruções previstas
em país estrangeiro. nos itens 2 ou 3 do Anexo II desta Resolução.

55
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Dos Exames §3º O Exame de Direção Veicular para os candidatos


Art. 10. O Exame de Aptidão Física e Mental e a Avalia- à ACC e à categoria “A” deverá ser realizado em área es-
ção Psicológica, estabelecidos no art. pecialmente destinada a este fim, que apresente os
147 do CTB, seus procedimentos, e critérios de creden- obstáculos e as dificuldades da via pública, de forma que
ciamento dos profissionais das áreas médica e psicológica, o examinado possa ser observado pelos examinadores du-
obedecerão ao disposto em Resolução específica. rante todas as etapas do exame, sendo que pelo
Art. 11. O candidato à obtenção da ACC ou da CNH, menos um dos membros deverá estar habilitado na
após a conclusão do curso de formação, será submetido a categoria “A”.
Exame Teórico-técnico, constituído de prova convencional
ou eletrônica de no mínimo 30 (trinta) questões, incluin- Art. 15. Para veículo de quatro ou mais rodas, o
do todo o conteúdo programático, proporcional à carga Exame de Direção Veicular deverá ser
horária de cada disciplina, organizado de forma individual, realizado:
única e sigilosa, devendo obter aproveitamento de, no mí- I - em locais e horários estabelecidos pelo órgão ou
nimo, 70% (setenta por cento) de acertos para aprovação. entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Fe-
Parágrafo único. O exame referido neste artigo será deral, em acordo com a autoridade responsável pela via;
aplicado pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do II - com veículo da categoria pretendida, com transmis-
Estado ou do Distrito Federal, ou por entidade pública ou são mecânica e duplo comando de freios; III – com veículo
privada por ele credenciada. identificado como “apreendiz em exame” quando não for
Art. 12. O Exame de Direção Veicular previsto no art. veículo destinado à formação de condutores.
3º desta Resolução será realizado pelo órgão ou entidade Parágrafo único. Ao veículo adaptado para portador
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal e de deficiência física, a critério médico não se aplica o inciso
aplicado pelos examinadores titulados no curso pre- II. (Alterado pela Resolução Contran 169/2005)
visto em regulamentação específica e devidamente Art. 16. O Exame de Direção Veicular, para veículo de
designados. quatro ou mais rodas, é composto de duas etapas:
Parágrafo único. Os examinadores responderão pe- I – estacionar em vaga delimitada por balizas removí-
los atos decorrentes, no limite de suas responsabilida- veis; II – conduzir o veículo em via pública, urbana ou rural.
des. (Alterado pela Resolução Contran 169/2005) §1º A delimitação da vaga balizada para o Exame Prá-
Art. 13. O candidato à obtenção da ACC, da CNH, adi- tico de Direção Veicular, em veículo de quatro ou mais
rodas, deverá atender as seguintes especificações, por
ção ou mudança de categoria, somente poderá prestar
tipo de veículo utilizado:
exame de Prática de Direção Veicular depois de cumprida
a) Comprimento total do veículo, acrescido de mais 40
a seguinte carga horária de aulas práticas:
(quarenta por cento) %;
I – obtenção da ACC: mínimo de 20 (vinte) horas/aula;
b) Largura total do veículo, acrescida de mais 40 (qua-
II – obtenção da CNH: mínimo de 20 (vinte) horas/aula
renta por cento) %.
por categoria pretendida;
§ 2º Caberá à autoridade de trânsito do órgão ou enti-
III – adição de categoria: mínimo de 15 (quinze) horas/
dade executivo de trânsito do Estado e do Distrito Federal
aula em veículo da categoria na qual esteja sendo adicio-
definir o tempo máximo para o estacionamento de veícu-
nada; los em espaço delimitado por balizas, para três tentativas,
IV – mudança de categoria: mínimo de 15 (quinze) ho- considerando as condições da via e respeitados os seguin-
ras/aula em veículo da categoria para a qual esteja mu- tes intervalos:
dando. a) para a categoria “B”: de dois a cinco minutos;
Parágrafo único. Deverão ser observados, em todos os b) para as categorias “C” e “D”: de três a seis minutos;
casos, 20% (vinte por cento) da carga horária cursada para c) para a categoria “E”: de cinco a nove minutos.
a prática de direção veicular no período noturno. (Alterado (Redação dada pela Resolução Contran 169/2005)
pela Resolução Contran 347/2010) Art. 17. O Exame de Direção Veicular, para veículo de
duas rodas, será realizado em área
Art. 14. O Exame de Direção Veicular será realizado especialmente destinada para tal fim em pista com lar-
perante uma comissão formada por três membros, desig- gura de 2m, e que deverá apresentar no mínimo os seguin-
nados pelo dirigente do órgão ou entidade executivo de tes obstáculos:
trânsito do Estado ou do Distrito Federal. I – ziguezague (slalow) com no mínimo quatro cones
§1º A comissão de que trata o caput deste artigo alinhados com distância entre eles de
poderá ser volante para atender às especificidades de 3,5m (três e meio metros);
cada Estado ou do Distrito Federal, a critério do respectivo II – prancha ou elevação com no mínimo oito metros
órgão ou entidade executivo de trânsito. de comprimento, com 30cm (trinta centímetros) de largura
§2º No Exame de Direção Veicular, o candidato deverá e 3cm (três centímetros) de altura com entrada chanfrada;
estar acompanhado, durante toda a prova, por no mínimo, III – sonorizadores com réguas de largura e espaça-
dois membros da comissão, sendo pelo menos um deles mento de 0,08m (oito centímetros) e altura de 0,025m (dois
habilitado na categoria igual ou superior à pretendida pelo centímetros e cinco milímetros), na largura da pista e com
candidato. 2,5m (dois e meio metros) de comprimento;

56
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

o
IV – duas curvas sequenciais de 90 (noventa graus) e) usar buzina sem necessidade ou em local proibido;
em “L” (ele); f) desengrenar o veículo nos declives;
V – duas rotatórias circulares que permitam manobra g) colocar o veículo em movimento, sem observar as
em formato de “8” (oito). cautelas necessárias;
Art. 18. O candidato será avaliado, no Exame de Dire- h) usar o pedal da embreagem, antes de usar o pedal
ção Veicular, em função da pontuação negativa por faltas de freio nas frenagens;
cometidas durante todas as etapas do exame, atribuin- i) entrar nas curvas com a engrenagem de tração do
do-se a seguinte pontuação: veículo em ponto neutro;
I – uma falta eliminatória: reprovação; j) engrenar ou utilizar as marchas de maneira incorre-
II – uma falta grave: 03 (três) pontos negativos; III – ta, durante o percurso;
uma falta média: 02 (dois) pontos negativos; IV – uma falta k) cometer qualquer outra infração de trânsito de na-
leve: 01 (um) ponto negativo. tureza média.
Parágrafo único. Será considerado reprovado na IV – Faltas Leves:
prova prática de direção veicular o candidato que come- a) provocar movimentos irregulares no veículo, sem
ter falta eliminatória ou cuja soma dos pontos negativos motivo justificado;
ultrapasse a 3 (três). b) ajustar incorretamente o banco de veículo destina-
Art. 19. Constituem faltas no Exame de Direção Veicu- do ao condutor;
lar, para veículos das categorias “B”, “C”, “D” e “E”: c) não ajustar devidamente os espelhos retrovisores;
I – Faltas Eliminatórias: d) apoiar o pé no pedal da embreagem com o veículo
a) desobedecer à sinalização semafórica e de parada engrenado e em movimento;
obrigatória; e) utilizar ou Interpretar incorretamente os instrumen-
b) avançar sobre o meio fio; tos do painel do veículo;
c) não colocar o veículo na área balizada, em no f) dar partida ao veículo com a engrenagem de tração
máximo três tentativas, no tempo estabelecido; ligada;
d) avançar sobre o balizamento demarcado quando do g) tentar movimentar o veículo com a engrenagem de
estacionamento do veículo na vaga; tração em ponto neutro;
e) transitar em contramão de direção; h) cometer qualquer outra infração de natureza leve.
f) não completar a realização de todas as etapas do Art. 20. Constituem faltas, no Exame de Direção Veicu-
exame; lar, para obtenção da ACC ou para veículos da categoria “A”:
g) avançar a via preferencial; I – Faltas Eliminatórias:
h) provocar acidente durante a realização do exame; a) iniciar a prova sem estar com o capacete devida-
i) exceder a velocidade regulamentada para a via; mente ajustado à cabeça ou sem viseira ou óculos de pro-
j) cometer qualquer outra infração de trânsito de na- teção;
tureza gravíssima. b) descumprir o percurso preestabelecido;
II – Faltas Graves: c) abalroar um ou mais cones de balizamento;
a) desobedecer a sinalização da via, ou ao agente da d) cair do veículo, durante a prova;
autoridade de trânsito; e) não manter equilíbrio na prancha, saindo lateral-
b) não observar as regras de ultrapassagem ou de mu- mente da mesma;
dança de direção; f) avançar sobre o meio fio ou parada obrigatória;
c) não dar preferência de passagem ao pedestre que g) colocar o(s) pé(s) no chão, com o veículo em mo-
estiver atravessando a via transversal para onde se dirige vimento;
o veículo, ou ainda quando o pedestre não haja concluído h) provocar acidente durante a realização do exame.
a travessia, mesmo que ocorra sinal verde para o veículo ; i) cometer qualquer outra infração de trânsito de
d) manter a porta do veículo aberta ou semi-aberta natureza gravíssima. (Incluído pela
durante o percurso da prova ou parte dele; Resolução Contran 169/2005)
e) não sinalizar com antecedência a manobra preten- II – Faltas Graves:
dida ou sinalizá-la incorretamente; a) deixar de colocar um pé no chão e o outro no freio
f) não usar devidamente o cinto de segurança; ao parar o veículo;
g) perder o controle da direção do veículo em movi- b) invadir qualquer faixa durante o percurso;
mento; c) fazer incorretamente a sinalização ou deixar de fa-
h) cometer qualquer outra infração de trânsito de na- zê-la;
tureza grave. III – Faltas Médias: d) fazer o percurso com o farol apagado;
a) executar o percurso da prova, no todo ou parte e) cometer qualquer outra infração de trânsito de na-
dele, sem estar o freio de mão inteiramente livre; tureza grave. (Alterado pela Resolução
b) trafegar em velocidade inadequada para as condi- Contran 169/2005)
ções adversas do local, da circulação, do veículo e do clima; III – Faltas Médias:
c) interromper o funcionamento do motor, sem justa a) utilizar incorretamente os equipamentos;
razão, após o início da prova; b) engrenar ou utilizar marchas inadequadas durante
d) fazer conversão incorretamente; o percurso;

57
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

c) não recolher o pedal de partida ou o suporte do Art.26. Os condutores de veículos automotores habi-
veículo, antes de iniciar o percurso; litados na categoria “B”, “C”, “D” ou “E”, que pretenderem
d) interromper o funcionamento do motor sem justa obter a categoria “A” e a ACC, deverão se submeter aos
razão, após o início da prova; Exames de Aptidão Física e Mental e de Prática de Direção
e) conduzir o veículo durante o exame sem segurar Veicular, comprovando a realização de, no mínimo, 15(
o guidom com ambas as mãos, salvo eventualmente para quinze) horas/aula de prática de direção veicular em
indicação de manobras; veículo classificado como ciclomotor.
f) cometer qualquer outra infração de trânsito de na- Art. 27. Os examinadores, para o exercício de suas ati-
tureza média. vidades, deverão ser designados pelo dirigente do órgão
IV – Faltas Leves: ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
a) colocar o motor em funcionamento, quando já en- Federal para o período de, no máximo, um ano, permitida
grenado; a recondução por um período de igual duração, devendo
b) conduzir o veículo provocando movimento irregular comprovar na data da sua designação e da recondução:
no mesmo sem motivo justificado; I – possuir CNH no mínimo há dois anos;
c) regular os espelhos retrovisores durante o percurso II – possuir certificado do curso específico, registrado
do exame; junto ao órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
d) cometer qualquer outra infração de trânsito de na- ou do Distrito Federal;
tureza leve. III – não ter cometido nenhuma infração de trânsito de
Art. 21. O Exame de Direção Veicular para candida- natureza gravíssima nos últimos doze meses;
to portador de deficiência física será considerado pro- IV – não estar cumprindo pena de suspensão do direito
va especializada e deverá ser avaliado por uma comissão de dirigir e, quando cumprida, ter decorrido doze meses;
especial, integrada por, no mínimo um examinador de V – não estar cumprindo pena de cassação do direito
trânsito, um médico perito examinador e um membro de dirigir e, quando cumprida, ter decorrido vinte e quatro
indicado pelo Conselho Estadual de Trânsito – CETRAN ou meses de sua reabilitação.
Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRADIFE, §1º São consideradas infrações do examinador, puní-
conforme dispõe o inciso VI do art. 14 do CTB.
veis pelo dirigente do órgão ou entidade
Parágrafo único. O veículo destinado à instrução e ao
executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Fede-
exame de candidato portador de deficiência física deve-
ral:
rá estar perfeitamente adaptado segundo a indicação da
a) induzir o candidato a erro quanto às regras de circu-
Junta Médica Examinadora podendo ser feito, inclusive, em
lação e conduta;
veículo disponibilizado pelo candidato.
b) faltar com o devido respeito ao candidato;
Art. 22. No caso de reprovação no Exame Teórico-téc-
c) praticar atos de improbidade contra a fé pública,
nico ou Exame de Direção Veicular, o
candidato só poderá repetir o exame depois de decor- contra o patrimônio ou contra a administração pública
ridos 15 (quinze) dias da divulgação do resultado, sendo ou privada.
dispensado do exame no qual tenha sido aprovado. §2º As infrações constantes do §1º serão apuradas em
Art. 23. Na Instrução e no Exame de Direção Veicular procedimentos administrativos, sendo assegurado o direi-
para candidatos às categorias “B”, C”, “D” e “E”, deverão ser to constitucional da ampla defesa e do contraditório que
atendidos os seguintes requisitos: determinarão em função da sua gravidade e independen-
I – Categoria “B” – veículo motorizado de quatro rodas, temente da ordem sequencial, as seguintes penalidades:
excetuando-se o quadriciclo; a) advertência por escrito;
II – Categoria “C” – veículo motorizado utilizado no b) suspensão das atividades por até 30 (trinta) dias;
transporte de carga, registrado com c) revogação da designação.
Peso Bruto Total (PBT) de, no mínimo, 6.000 kg; (Alteração dada pela Resolução Contran 169/2005)
III – Categoria “D” – veículo motorizado utilizado no Art. 28. O candidato a ACC e a CNH, cadastrado no
transporte de passageiros, registrado com capacidade mí- RENACH, que transferir seu domicilio ou
nima de vinte lugares; residência para outra Unidade da Federação, terá
IV – Categoria “E” – combinação de veículos, cujo ca- assegurado o seu direito de continuar o processo de
minhão trator deverá ser acoplado a um reboque ou semi habilitação na Unidade da Federação do seu novo domicí-
-reboque, registrado com Peso Bruto Total (PBT) de, no mí- lio ou residência, sem prejuízo dos exames nos quais tenha
nimo, 6.000kg ou veículo articulado cuja lotação exceda a sido aprovado.
vinte lugares. (Alterado pela Resolução Contran 169/2005) Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo apli-
Art. 24. Quando se tratar de candidato à categoria “A”, ca-se também, aos condutores que estiverem em processo
o Exame de Direção Veicular deverá ser realizado em veí- de adição ou mudança de categoria.
culo de duas rodas com cilindrada acima de 120 (cento e Do Candidato ou Condutor Estrangeiro
vinte) centímetros cúbicos. (Alterado pela Resolução Con- Dos Cursos Especializados
tran 169/2005) Art. 33. Os Cursos especializados serão destinados a
Art. 25. A aprendizagem e o Exame de Direção Veicular, condutores habilitados que pretendam conduzir veículo de
para a obtenção da ACC, deverão ser realizados em qual- transporte coletivo de passageiros, de escolares, de produ-
quer veículo de duas rodas classificado como ciclomotor. tos perigosos ou de emergência.

58
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§1º Os cursos especializados serão ministrados: I – o primeiro número de identificação nacional - Re-
a) pelos órgão ou entidade executivo de trânsito do gistro Nacional, será gerado pelo sistema informatizado
Estados e do Distrito Federal; da Base Índice Nacional de Condutores - BINCO, composto
b) por instituições vinculadas ao Sistema Nacional de de 9 (nove) caracteres mais 2 (dois) dígitos verificadores de
Formação de Mão-de-Obra. segurança, sendo único para cada condutor e o acompa-
§2º As instituições em funcionamento, vinculadas ao nhará durante toda a sua existência como condutor não
Sistema Nacional de Formação de Mão-de-Obra creden- sendo permitida a sua reutilização para outro condutor.
ciadas pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do II – o segundo número de identificação nacional -
Estado ou do Distrito Federal deverão ser recadastradas Número do Espelho da CNH) será formado por 8 (oito)
em até 180 (cento e oitenta) dias da data da publica- caracteres mais 1 (um) dígito verificador de segurança, au-
ção desta Resolução, com posterior renovação a cada dois torizado e controlado pelo órgão máximo executivo de trân-
anos. sito da União, e identificará cada espelho de CNH expedida;
§3º Os conteúdos e regulamentação dos cursos espe- III – o número de identificação estadual será o núme-
cializados constam dos anexos desta resolução. ro do formulário RENACH, documento de coleta de dados
§4º O órgão ou entidade executivo de trânsito do Esta- do candidato/condutor gerado a cada serviço, composto,
do ou do Distrito Federal registrará no RENACH, em campo
obrigatoriamente, por 11 (onze) caracteres, sendo as duas
específico da CNH, a aprovação nos cursos especializados,
primeiras posições formadas pela sigla da Unidade de Fe-
conforme codificação a ser definida pelo órgão máximo
deração expedidora, facultada a utilização da última
executivo de trânsito da União.
§ 5º As entidades que, quando da publicação da Reso- posição como dígito verificador de segurança.
lução nº. 168/04, se encontravam credenciadas para mi- §1º O número do formulário RENACH identificará a
nistrar exclusivamente cursos especializados, para con- Unidade da Federação onde o condutor foi habilitado ou
tinuidade do exercício de suas atividades, deverão efetuar realizou alterações de dados no seu prontuário pela última vez.
recadastramento, renovando-o a cada dois anos. §2º O Formulário RENACH que dá origem às informa-
(Acrescentado pela Resolução Contran 222/2007) ções na BINCO e autorização para a impressão da CNH,
Da Expedição da Carteira Nacional de Habilitação e da deverá ficar arquivado em segurança, no órgão ou entida-
Permissão Internacional para Dirigir Veículo de executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal.
Art. 34. A ACC e a CNH serão expedidas pelo órgão Art. 36. A expedição do documento único de habilitação
ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito dar-se-á:
Federal, em nome do órgão máximo executivo de trânsito I – na autorização para conduzir ciclomotores (ACC);
da União, ao condutor considerado apto nos termos desta II – na primeira habilitação nas categorias “A”, “B” e “A” e “B”;
resolução. III – após o cumprimento do período permissionário,
§ 1º Ao candidato considerado apto nas categorias “A”, atendendo ao disposto no §3º do art.
“B” ou “A” e “B”, será conferida Permissão para Dirigir com 148 do CTB;
validade de 01(um) ano e ao término desta, o condutor po- IV – na adição ou alteração de categoria;
derá solicitar a CNH definitiva, que lhe será concedida desde V – em caso de perda, dano ou extravio;
que tenha cumprido o disposto no §3° do art. 148 do CTB. VI – na renovação dos exames, atendendo ao disposto
§ 2º Ao candidato considerado apto para conduzir no art. 150 do CTB; VII – na aprovação dos exames do pro-
ciclomotores será conferida ACC provisória com validade cesso de reabilitação;
de 01(um) ano e, ao término desta, o condutor poderá so- VIII – na alteração de dados do condutor, exceto mu-
licitar a Autorização definitiva, que lhe será concedida desde dança de endereço; IX – no reconhecimento da Carteira de
que tenha cumprido o disposto no §3° do art. 148 do CTB.” Habilitação estrangeira.
§3° A CNH conterá as condições e especializações de Parágrafo Único. Nos processos de adição, mudança
cada condutor e terá validade em todo o Território Nacio-
de categoria ou renovação, estando ainda válida a CNH do
nal, equivalendo ao documento de identidade, produzindo
condutor, o órgão ou entidade executivo de trânsito do Es-
seus efeitos quando apresentada no original e dentro do
tado ou do Distrito Federal, deverá entregar a nova CNH,
prazo de validade.
§4° Quando o condutor possuir CNH, a ACC será inseri- mediante devolução da anterior para inutilização.
da em campo específico da mesma, utilizando-se para am- (Incluído pela Resolução Contran 169/2005)
o Art. 39. Compete ao órgão máximo executivo de trân-
bas, um único registro conforme dispõe o § 7 do art.159
do CTB. sito da União e ao órgão ou entidade executivo de trânsito
§5°. Para efeito de fiscalização, fica concedido ao con- do Estado ou do Distrito Federal, inspecionar o local de
dutor portador de Permissão para Dirigir, prazo idêntico ao emissão da CNH.
estabelecido no art. 162, inciso V, do CTB, aplicando-se a Art. 40. A Permissão Internacional para Dirigir será ex-
mesma penalidade e medida administrativa, caso este pedida pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do
prazo seja excedido. (Redação dada pela Resolução Estado ou Distrito Federal detentor do registro do condu-
Contran 169/2005) tor, conforme modelo definido no Anexo VII da Convenção
Art. 35. O documento de Habilitação terá 2 (dois) nú- de Viena, promulgada pelo Decreto nº 86.714, de 10 de
meros de identificação nacional e 1 (um) número de iden- dezembro de 1981, contendo os dados cadastrais do RE-
tificação estadual, que são: NACH.

59
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Parágrafo único. A expedição do documento re- 21 de maio de 1998;58 de 21 de maio de 1998; 67, de 23
ferido neste artigo dar-se-á após o cumprimento dos de setembro de 1998; 85, de 04 de maio de 1999; 90, de 04
requisitos mínimos exigidos em normas específicas, com de maio de 1999; 91, de 04 de maio de 1999; 93, de 04 de
prazo de validade igual ao do documento nacional. maio de 1999; 98, de 14 de julho de 1999 e 161, de 26 de
Art 40 A. O CONTRAN definirá, no prazo máximo de maio de 2004 e artigo 3º da resolução 700, de 04 de outu-
noventa dias da data publicação desta resolução, regula- bro de 1988 e incisos VIII, IX, X, XI, XII do artigo 12 e artigo
mentação especificando modelo único do documento de 13 da Resolução 74, de 19 de novembro de 1998.
ACC, Permissão para Dirigir e CNH. (Incluído pela Resolu-
ção Contran 169/2005)
Das Disposições Gerais RESOLUÇÃO N.º 182 DE 09 DE SETEMBRO DE 2005
Art. 41. A Base Índice Nacional de Condutores – BINCO
conterá um arquivo de dados onde será registrada toda e RESOLUÇÃO N.º 182 DE 09 DE SETEMBRO DE 2005
qualquer restrição ao direito de dirigir e de obtenção da
ACC e da CNH, que será atualizado pelos órgão ou entida- Dispõe sobre uniformização do procedimento admi-
de executivo de trânsito do Estado e do Distrito Federal. nistrativo para imposição das penalidades de suspensão
§1º O condutor, que for penalizado com a suspensão
do direito de dirigir e de cassação da Carteira Nacional de
ou cassação do direito de dirigir, terá o seu registro blo-
Habilitação.
queado pelo mesmo prazo da penalidade.
§2º O Registro Nacional do condutor de que trata o
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
artigo 35, que teve cassado o direito de dirigir, será desblo-
queado e mantido, quando da sua reabilitação. no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12,
§3º A suspensão do direito de dirigir ou a proibição de da Lei n.° 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o
se obter a habilitação, imputada pelo Poder Judiciário, será Código de Transito Brasileiro – CTB, e conforme Decreto n.°
registrada na BINCO. 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da Coordenação
Art. 41A. Para efeito desta resolução, os dados reque- do Sistema Nacional de Transito - SNT,
ridos para o processo de habilitação e os constantes do Considerando a necessidade de adoção de normas
RENACH são de propriedade do órgão máximo executivo complementares de uniformização do procedimento ad-
de trânsito da União. ministrativo adotado pelos órgãos e entidades de trânsito
(Incluído pela Resolução Contran 169/2005) de um sistema integrado;
Art. 42. O condutor que tiver a CNH cassada pode- Considerando a necessidade de uniformizar o procedi-
rá requerer sua reabilitação, após decorrido o prazo de mento relativo à imposição das penalidades de suspensão
dois anos da cassação. (Alterado pela Resolução Contran e de cassação da Carteira Nacional de Habilitação na forma
169/2005) do disposto nos Arts. 261 e 263 do CTB.
Art. 42A. A reabilitação de que trata o artigo anterior
dar-se-á após o condutor ser aprovado no curso de recicla- RESOLVE:
gem e nos exames necessários à obtenção de CNH da cate- I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
goria que possuía, ou de categoria inferior, preservada a  Art. 1º. Estabelecer o procedimento administrativo
data da primeira habilitação. (Incluído pela Resolução para aplicação das penalidades de suspensão do direito
Contran 169/2005) de dirigir e cassação da Carteira Nacional de Habilitação
Art. 43. Os candidatos poderão habilitar-se nas cate- – CNH.
gorias de “A” à “E”, obedecida a gradação prevista no Art. Parágrafo único. Esta resolução não se aplica à Permis-
143 do CTB e a no Anexo I desta resolução, bem como para são para Dirigir de que trata os §§ 3º e 4º do art. 148 do
a ACC. CTB.
Art. 43A. O processo de habilitação de candidato que Art. 2º. As penalidades de que trata esta Resolução
procedeu ao requerimento de sua abertura anterior à vi-
serão aplicadas pela autoridade de trânsito do órgão de
gência desta norma, permanecerá ativo no órgão ou en-
registro da habilitação, em processo administrativo, asse-
tidade executivo de trânsito do Estado ou Distrito Federal,
gurada a ampla defesa.
pelo prazo de doze meses a partir da data de publicação
Parágrafo único. Os órgãos e entidades do Sistema Na-
desta resolução.”
Art. 43B. Fica o órgão máximo executivo de trânsito da cional de Trânsito – SNT que aplicam penalidades deverão
União autorizado a baixar as instruções necessárias para o prover os órgãos de trânsito de registro da habilitação das
pleno funcionamento do disposto nesta resolução, obje- informações necessárias ao cumprimento desta resolução.
tivando sempre a Contran 169/2005) Art. 3º. A penalidade de suspensão do direito de dirigir
os será imposta nos seguintes casos:
Art. 44. Revogam-se as Resoluções N 412, de 21 de
janeiro de 1969; 491, de 19 de março de 1975; 520 de 19 de I - sempre que o infrator atingir a contagem de vinte
julho de 1977; 605, de 25 de novembro de 1982; 789, de 13 pontos, no período de 12 (doze) meses;
de novembro de 1994; 800, de 27 de junho de 1995; 804, II - por transgressão às normas estabelecidas no CTB,
de 25 de setembro de 1995; 07 de 23 de janeiro de 1998; cujas infrações prevêem, de forma específica, a penalidade
50, de 21 de maio de 1998; 55, de 21 de maio de 1998; 57, de suspensão do direito de dirigir.

60
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 4º. Esta Resolução regulamenta o procedimento Art. 10. A autoridade de trânsito competente para
administrativo para a aplicação da penalidade de cassação impor as penalidades de que trata esta Resolução deverá
da Carteira Nacional de Habilitação para os casos previstos expedir notificação ao infrator, contendo no mínimo, os se-
nos incisos I e II do artigo 263 do CTB. guintes dados:
Parágrafo único. A regra estabelecida no inciso III do a identificação do infrator e do órgão de registro da
Art. 263 só será aplicada após regulamentação específica habilitação;
do CONTRAN. a finalidade da notificação:
dar ciência da instauração do processo administrativo;
II – DA SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR estabelecer data do término do prazo para apresentação
SEÇÃO I – POR PONTUAÇÃO da defesa;
os fatos e fundamentos legais pertinentes da infra-
 Art. 5º. Para fins de cumprimento do disposto no inci- ção ou das infrações que ensejaram a abertura do pro-
so I do Art. 3º desta Resolução, a data do cometimento da cesso administrativo, informando sobre cada infração:
infração deverá ser considerada para estabelecer o período a) n.º do auto;
de 12(doze) meses. b) órgão ou entidade que aplicou a penalidade de multa;
Art. 6º. Esgotados todos os meios de defesa da infra- c) placa do veículo;
ção na esfera administrativa, os pontos serão considerados d) tipificação;
para fins de instauração de processo administrativo para e) data, local, hora;
aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir. f) número de pontos;
§ 1º. Os órgãos e entidades do SNT que aplicam pe- IV. somatória dos pontos, quando for o caso.
nalidades deverão comunicar aos órgãos de registro da § 1º. A notificação será expedida ao infrator por remessa
habilitação o momento em que os pontos provenientes postal, por meio tecnológico hábil ou por os outros meios
das multas por eles aplicadas poderão ser computados nos que assegurem a sua ciência;
§ 2º. Esgotados todos os meios previstos para notificar
prontuários dos infratores.
do infrator, a notificação dar-se-á por edital, na forma da lei;
§ 2º. Se a infração cometida for objeto de recurso em
§ 3º. A ciência da instauração do processo e da data do
tramitação na esfera administrativa ou de apreciação ju-
término do prazo para apresentação da defesa também po-
dicial, os pontos correspondentes ficarão suspensos até
derá se dar no próprio órgão ou entidade de trânsito, res-
o julgamento e, sendo mantida a penalidade, os mesmos
ponsável pelo processo.
serão computados, observado o período de doze meses,
§ 4º. Da notificação constará a data do término do prazo
considerada a data da infração.
para a apresentação da defesa, que não será inferior a quin-
Art. 7º. Será instaurado processo administrativo para ze dias contados a partir da data da notificação da instaura-
aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir ção do processo administrativo.
quando a soma dos pontos relativos às infrações cometi- § 5º. A notificação devolvida por desatualização do en-
das atingir, no período de doze meses, vinte pontos. dereço do infrator no RENACH, será considerada válida para
§ 1º. Será instaurado um único processo administrativo todos os efeitos legais.
para aplicação da penalidade de suspensão do direito de § 6º. A notificação a pessoal de missões diplomáticas,
dirigir mesmo que a soma dos pontos referida no caput de repartições consulares de carreira e de representações de
deste artigo ultrapasse vinte no período de doze meses. organismos internacionais e de seus integrantes será reme-
§ 2º. Os pontos relativos às infrações que prevêem, de tida ao Ministério das Relações Exteriores para as providên-
forma específica, a aplicação da penalidade de suspensão cias cabíveis, passando a correr os prazos a partir do seu
do direito de dirigir não serão computados para fins da conhecimento pelo infrator.
aplicação da mesma penalidade na forma prevista no inci-  
so I do artigo 3º desta Resolução. IV - DA DEFESA
SEÇÃO II – POR INFRAÇÃO  Art. 11. A defesa deverá ser interposta por escrito, no
Art. 8º. Para fins de cumprimento do disposto no inci- prazo estabelecido, contendo, no mínimo, os seguintes da-
so II do Art. 3º desta Resolução será instaurado processo dos:
administrativo para aplicação da penalidade de suspensão I - nome do órgão de registro da habilitação a que se
do direito de dirigir quando esgotados todos os meios de dirige;
defesa da infração na esfera administrativa. II - qualificação do infrator;
III - exposição dos fatos, fundamentação legal do pedi-
III - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO do, documentos que comprovem a alegação;
Art. 9º. O ato instaurador do processo administrativo IV - data e assinatura do requerente ou de seu repre-
conterá o nome, qualificação do infrator, a infração com sentante legal.
descrição sucinta do fato e indicação dos dispositivos le-  § 1º. A defesa deverá ser acompanhada de cópia de
gais pertinentes. identificação civil que comprove a assinatura do infrator;
Parágrafo Único. Instaurado o processo, far-se-á a  § 2º. O infrator poderá ser representado por procurador
respectiva anotação no prontuário do infrator, a qual não legalmente habilitado mediante apresentação de procura-
constituirá qualquer impedimento ao exercício dos seus di- ção, na forma da lei, sob pena de não conhecimento da
reitos. defesa.

61
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 12. Recebida a defesa, a instrução do processo far- Art. 17. Aplicada a penalidade, a autoridade notifica-
se-á através de adoção das medidas julgadas pertinentes, rá o infrator utilizando o mesmo procedimento dos §§ 1º
requeridas ou de ofício, inclusive quanto à requisição de e 2º do art. 10 desta Resolução, para interpor recurso ou
informações a demais órgãos ou entidades de trânsito. entregar sua CNH no órgão de registro da habilitação, até
Parágrafo único. Os órgãos e entidades do Sistema Na- a data do término do prazo constante na notificação, que
cional de Trânsito, quando solicitados, deverão disponibili- não será inferior a trinta dias contados a partir da data da
zar, em até trinta dias contados do recebimento da solicita- notificação da aplicação da penalidade.
ção, os documentos e informações necessários à instrução Art. 18. Da notificação da aplicação da penalidade
do processo administrativo. constarão no mínimo, os seguintes dados:
I.   identificação do órgão de registro da habilitação,
V - DO JULGAMENTO responsável pela aplicação da penalidade;
 Art. 13. Concluída a análise do processo administrati- II.     identificação do infrator e número do registro da
vo, a autoridade do órgão de registro da habilitação profe-
CNH;
rirá decisão motivada e fundamentada.
III.     número do processo administrativo;
Art. 14. Acolhida as razões de defesa, o processo será
IV.     a penalidade aplicada e sua fundamentação legal;
arquivado, dando-se ciência ao interessado.
Art. 15. Em caso de não acolhimento da defesa ou do I. data do término do prazo para interpor
seu não exercício no prazo legal, a autoridade de trânsito recurso junto à JARI.
aplicará a penalidade.
VII – DO CUMPRIMENTO DA PENALIDADE
VI – DA APLICAÇÃO DA PENALIDADE Art. 19. Mantida a penalidade pelos órgãos recursais
Art. 16. Na aplicação da penalidade de suspensão do ou não havendo interposição de recurso, a autoridade de
direito de dirigir a autoridade levará em conta a gravida- trânsito notificará o infrator, utilizando o mesmo procedi-
de da infração, as circunstâncias em que foi cometida e mento dos §§ 1º e 2º do art. 10 desta Resolução, para en-
os antecedentes do infrator para estabelecer o período da tregar sua CNH até a data do término do prazo constante
suspensão, na forma do art. 261 do CTB, observados os na notificação, que não será inferior a 48 (quarenta e oito)
seguintes critérios: horas, contadas a partir da notificação, sob as penas da lei.
I – Para infratores não reincidentes na penalidade de § 1º. Encerrado o prazo previsto no caput deste artigo,
suspensão do direito de dirigir no período de doze meses: a imposição da penalidade será inscrita no RENACH.
§ 2º. Será anotada no RENACH a data do início do efe-
a) de 01 (um) a 03 (três) meses, para penalidades de tivo cumprimento da penalidade.
suspensão do direito de dirigir aplicadas em razão de infra-
§ 3º. Sendo o infrator flagrado conduzindo veículo,
ções para as quais não sejam previstas multas agravadas;
encerrado o prazo para a entrega da CNH, será instaurado
processo administrativo de cassação do direito de dirigir,
b) de 02 (dois) a 07 (sete) meses, para penalidades de
suspensão do direito de dirigir aplicadas em razão de infra- nos termos do inciso I do artigo 263 do CTB.
ções para as quais sejam previstas multas agravadas com Art. 20. A CNH ficará apreendida e acostada aos autos
fator multiplicador de três vezes; e será devolvida ao infrator depois de cumprido o prazo de
suspensão do direito de dirigir e comprovada a realização
c) de 04 (quatro) a 12 (doze) meses, para penalidades do curso de reciclagem.
de suspensão do direito de dirigir aplicadas em razão de Art. 21. Decorridos dois anos da cassação da CNH, o
infrações para as quais sejam previstas multas agravadas infrator poderá requerer a sua reabilitação, submetendo-
com fator multiplicador de cinco vezes. se a todos os exames necessários à habilitação, na forma
estabelecida no § 2º do artigo 263 do CTB.
II - Para infratores reincidentes na penalidade de sus-  
pensão do direito de dirigir no período de doze meses: VIII – DA PRESCRIÇÃO
Art. 22. A pretensão punitiva das penalidades de sus-
a) de 06 (seis) a 10 (dez) meses, para penalidades de pensão do direito de dirigir e cassação de CNH prescreverá
suspensão do direito de dirigir aplicadas em razão de infra- em cinco anos, contados a partir da data do cometimento
ções para as quais não sejam previstas multas agravadas; da infração que ensejar a instauração do processo admi-
nistrativo.
b) de 08 (oito) a 16 (dezesseis) meses, para penalidades
Parágrafo único. O prazo prescricional será interrom-
de suspensão do direito de dirigir aplicadas em razão de
pido com a notificação estabelecida na forma do artigo 10
infrações para as quais sejam previstas multas agravadas
com fator multiplicador de três vezes; desta Resolução.
Art. 23. A pretensão executória das penalidades de sus-
c) de 12 (doze) a 24 (vinte e quatro) meses, para pe- pensão do direito de dirigir e cassação da CNH prescre-
nalidades de suspensão do direito de dirigir aplicadas em ve em cinco anos contados a partir da data da notificação
razão de infrações para as quais sejam previstas multas para a entrega da CNH, prevista no art. 19 desta Resolução.
agravadas com fator multiplicador de cinco vezes.  

62
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

IX – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS CONSIDERANDO o que disciplinam os artigos 133,


Art. 24. No curso do processo administrativo de que 141, 159 e 232 do CTB que tratam do Certificado de Re-
trata esta Resolução não incidirá nenhuma restrição no gistro e Licenciamento Anual - CRLV, da Autorização para
prontuário do infrator, inclusive para fins de mudança de Conduzir Ciclomotores, da Carteira Nacional de Habilitação
categoria da CNH, renovação e transferência para outra – CNH, da Permissão para Dirigir e do porte obrigatório de
unidade da Federação, até a notificação para a entrega da documentos;
CNH, de que trata o art. 19.
§ 1º. O processo administrativo deverá ser concluído CONSIDERANDO que o artigo 131 do CTB estabelece
no órgão executivo estadual de trânsito que o instaurou, que a quitação dos débitos relativos a tributos, encargos
mesmo que haja transferência do prontuário para outra e multas de trânsito e ambientais, entre outros, o Imposto
unidade da Federação. sobre Propriedade de Veículos Automotores - IPVA e do
§ 2º O órgão executivo estadual de trânsito que instau- Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veí-
rou o processo e aplicou a penalidade de suspensão do di- culos Automotores de Vias Terrestres – DPVAT, é condição
reito de dirigir ou cassação da CNH, deverá comunicá-la ao para o licenciamento anual do veículo;
órgão executivo estadual de trânsito para onde foi trans-
ferido o prontuário, para fins de seu efetivo cumprimento. CONSIDERANDO os veículos de transporte que
Art. 25. As defesas e os recursos não serão conhecidos transitam no país, com eventuais trocas de motoristas e
quando interpostos: em situações operacionais nas quais se altera o conjunto
I - fora do prazo; de veículos;
II - por quem não seja parte legítima.
Parágrafo único. O não conhecimento do recurso não CONSIDERANDO que a utilização de cópias reprográfi-
impede a autoridade de trânsito e as instâncias recursais cas do Certificado de
de reverem de ofício ato ilegal, desde que não ocorrida a Registro e Licenciamento Anual – CRLV dificulta a fis-
preclusão administrativa. calização,
Art. 26. Na contagem dos prazos, excluir-se-á o dia do Resolve:
início e incluir-se-á o do vencimento, e considerar-se-ão os Art. 1º. Os documentos de porte obrigatório do con-
dias consecutivos. dutor do veículo são:
Art. 27. A autenticação das cópias dos documentos exi- I – Autorização para Conduzir Ciclomotor - ACC, Per-
gidos poderá ser feita por servidor do órgão de trânsito, à missão para Dirigir ou Carteira Nacional de Habilitação -
vista dos originais.
CNH, no original;
Art. 28. Fica o órgão máximo executivo de trânsito da
II – Certificado de Registro e Licenciamento Anual -
União autorizado a expedir instruções necessárias para o
CRLV, no original;
pleno funcionamento do disposto nesta Resolução, obje-
tivando sempre a praticidade e a agilidade das operações,
§ 1º. Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do
em benefício do cidadão usuário dos serviços.
Distrito Federal deverão expedir vias originais do Certifica-
Art. 29. Os órgãos executivos de trânsito dos Estados
do de Registro e Licenciamento Anual – CRLV, desde que
e do Distrito Federal terão até o dia 01 de março de 2006
para adequarem seus procedimentos aos termos da pre- solicitadas pelo proprietário do veículo.
sente Resolução.  § 2º. Da via mencionada no parágrafo anterior deverá
Art. 30. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua constar o seu número de ordem, respeitada a cronologia
publicação, revogadas às disposições em contrário, em es- de sua expedição.
pecial a resolução n.º 54/98. Art. 2o. Sempre que for obrigatória a aprovação em
curso especializado, o condutor deverá portar sua com-
RESOLUÇÃO Nº 187/2006 provação até que essa informação seja registrada no RE-
NACH e incluída, em campo específico da CNH, nos termos
Prezado Candidato, a referida resolução foi inteiramen- do §4o do Art. 33 da Resolução do CONTRAN nº 168/2005.
te revogada pela de nº 599, resolução esta que já foi abor- Art. 3o. Cópia autenticada pela repartição de trânsito
dada no decorrer da matéria. do Certificado de Registro e Licenciamento Anual – CRLV
será admitida até 15 de abril de 2007.
RESOLUÇÃO Nº 205 DE 20 DE OUTUBRO DE 2006.
Art. 4º. Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e
Dispõe sobre os documentos de porte obrigatório e dá do Distrito Federal têm prazo até 15 de fevereiro de 2007
outras providências. para se adequarem ao disposto nesta Resolução.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CON- Art. 5º. O não cumprimento das disposições desta
TRAN, usando da competência que lhe confere o inciso I Resolução implicará nas sanções previstas no art. 232 do
do Art. 12, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que Código de Trânsito Brasileiro - CTB.
instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme Art. 6º. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua
o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe so- publicação, revogada a Resolução do CONTRAN nº 13/98,
bre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, respeitados os prazos previstos nos artigos 3º e 4º.
e

63
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

RESOLUÇÃO Nº 210 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006 § 3° O balanço dianteiro dos semi-reboques deve obe-
decer a NBR NM ISO 1726.
RESOLUÇÃO Nº 210 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006 § 4° Não é permitido o registro e licenciamento de veí-
culos, cujas dimensões excedam às fixadas neste artigo,
salvo nova configuração regulamentada pelo CONTRAN.
Estabelece os limites de peso e dimensões para veícu- Art. 2º Os limites máximos de peso bruto total e
los que transitem por vias terrestres e dá outras providên- peso bruto transmitido por eixo de veículo, nas superfícies
cias. das vias públicas, são os seguintes:
§1º – peso bruto total ou peso bruto total combinado,
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, respeitando os limites da capacidade máxima de tração -
no uso da competência que lhe confere o artigo 12, inciso CMT da unidade tratora determinada pelo fabricante:
I, da lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu a) peso bruto total para veículo não articulado: 29 t
o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto b) veículos com reboque ou semi-reboque, exceto ca-
no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da minhões: 39,5 t;
Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito. c) peso bruto total combinado para combinações de
veículos articulados com duas unidades, do tipo caminhão-
Considerando o que consta do Processo nº trator e semi-reboque, e comprimento total inferior a 16
80001.003544/2006-56; m: 45 t;
Considerando o disposto no art. 99, do Código de d) peso bruto total combinado para combinações de
Trânsito Brasileiro, que dispõe sobre peso e dimensões; e veículos articulados com duas unidades, do tipo caminhão-
Considerando a necessidade de estabelecer os limites trator e semi-reboque com eixos em tandem triplo e com-
de pesos e dimensões para a circulação de veículos, resol- primento total superior a 16 m: 48,5 t;
ve: e) peso bruto total combinado para combinações de
veículos articulados com duas unidades, do tipo caminhão-
Art. 1º As dimensões autorizadas para veículos, trator e semi-reboque com eixos distanciados, e compri-
com ou sem carga, são as seguintes: mento total igual ou superior a 16 m: 53 t;
f) peso bruto total combinado para combinações de
I – largura máxima: 2,60m;
veículos com duas unidades, do tipo caminhão e reboque,
II – altura máxima: 4,40m;
e comprimento inferior a 17,50 m: 45 t;
III – comprimento total:
g) peso bruto total combinado para combinações de
a) veículos não-articulados: máximo de 14,00 metros;
veículos articulados com duas unidades, do tipo caminhão
b) veículos não-articulados de transporte coletivo ur-
e reboque, e comprimento igual ou superior a 17,50 m: 57
bano de passageiros que possuam 3º eixo de apoio dire-
t;
cional: máximo de 15 metros;
h) peso bruto total combinado para combinações de
c) veículos articulados de transporte coletivo de passa- veículos articulados com mais de duas unidades e compri-
geiros: máximo 18,60 metros; mento inferior a 17,50 m: 45 t;
d) veículos articulados com duas unidades, do tipo ca- i) para a combinação de veículos de carga – CVC, com
minhão-trator e semi-reboque: máximo de 18,60 metros; mais de duas unidades, incluída a unidade tratora, o peso
e) veículos articulados com duas unidades do tipo ca- bruto total poderá ser de até 57 toneladas, desde que cum-
minhão ou ônibus e reboque: máximo de 19,80; pridos os seguintes requisitos:
f) veículos articulados com mais de duas unidades: má- 1 – máximo de 7 (sete) eixos;
ximo de 19,80 metros. 2 – comprimento máximo de 19,80 metros e mínimo
§ 1º Os limites para o comprimento do balanço traseiro de 17,50 metros;
de veículos de transporte de passageiros e de cargas são 3 – unidade tratora do tipo caminhão trator;
os seguintes: 4 – estar equipadas com sistema de freios conjugados
I – nos veículos não-articulados de transporte de carga, entre si e com a unidade tratora atendendo ao estabeleci-
até 60 % (sessenta por cento) da distância entre os dois do pelo CONTRAN;
eixos, não podendo exceder a 3,50m (três metros e cin- 5 –o acoplamento dos veículos rebocados deverá ser
quenta centímetros); do tipo automático conforme NBR 11410/11411 e estarem
II – nos veículos não-articulados de transporte de pas- reforçados com correntes ou cabos de aço de segurança;
sageiros: 6 – o acoplamento dos veículos articulados com pino
a) com motor traseiro: até 62% (sessenta e dois por -rei e quinta roda deverão obedecer ao disposto na NBR
cento) da distância entre eixos; NM ISO337.
b) com motor central: até 66% (sessenta e seis por cen- §2º – peso bruto por eixo isolado de dois pneumáticos:
to) da distância entre eixos; 6 t;
c) com motor dianteiro: até 71% (setenta e um por cen- §3º – peso bruto por eixo isolado de quatro pneumá-
to) da distância entre eixos. ticos: 10 t;
§ 2º À distância entre eixos, prevista no parágrafo an- §4º – peso bruto por conjunto de dois eixos direcio-
terior, será medida de centro a centro das rodas dos eixos nais, com distância entre eixos de no mínimo 1,20 metros,
dos extremos do veículo. dotados de dois pneumáticos cada: 12 t;

64
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§5º – peso bruto por conjunto de dois eixos em tan- a) nome e endereço do proprietário do veículo;
dem, quando à distância entre os dois planos verticais, que b) cópia do Certificado de Registro e Licenciamento do
contenham os centros das rodas, for superior a 1,20m e Veículo – CRLV;
inferior ou igual a 2,40m: 17 t; c) desenho do veículo, suas dimensões e excessos.
§6º – peso bruto por conjunto de dois eixos não em II – para os veículos cujas dimensões excedam os limi-
tandem, quando à distância entre os dois planos verticais, tes previstos no inciso I poderá ser concedida Autorização
que contenham os centros das rodas, for superior a 1,20m Específica, fornecida pela autoridade com circunscrição so-
e inferior ou igual a 2,40m: 15 t; bre a via e considerando os limites dessa via, com validade
§7º – peso bruto por conjunto de três eixos em tan- máxima de um ano e de acordo com o licenciamento, re-
dem, aplicável somente a novada até o sucateamento do veículo e obedecendo aos
semi-reboque, quando à distância entre os três planos seguintes parâmetros:
verticais, que contenham os centros das rodas, for superior a) volume de tráfego;
a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 25,5t; b) traçado da via;
§8º – peso bruto por conjunto de dois eixos, sendo um c) projeto do conjunto veicular, indicando dimensão de
dotado de quatro pneumáticos e outro de dois pneumáti- largura, comprimento e altura, número de eixos, distância
cos interligados por suspensão especial, quando à distân- entre eles e pesos.
cia entre os dois planos verticais que contenham os centros Art. 8º Para os veículos não-articulados registrados
das rodas for: e licenciados até 13 de novembro de 1996, com balanço
a) inferior ou igual a 1,20m; 9 t; traseiro superior a 3,50 metros e limitado a 4,20 metros,
b) superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 13,5 t. respeitados os 60% da distância entre os eixos, será conce-
Art. 3º Os limites de peso bruto por eixo e por dida Autorização Específica fornecida pela autoridade com
conjunto de eixos, estabelecidos no artigo anterior, só pre- circunscrição sobre a via, com validade máxima de um ano
valecem se todos os pneumáticos, de um mesmo conjunto e de acordo com o licenciamento e renovada até o suca-
de eixos, forem da mesma rodagem e calçarem rodas no teamento do veículo.
mesmo diâmetro. Parágrafo único §1º A Autorização Específica de que
Art. 4º Considerar-se-ão eixos em tandem dois ou mais trata este artigo, destinada aos veículos combinados, po-
eixos que constituam um conjunto integral de suspensão,
derá ser concedida mesmo quando o caminhão trator tiver
podendo qualquer deles ser ou não motriz.
sido registrado e licenciado após 13 de novembro de 1996.
§1º Quando, em um conjunto de dois ou mais eixos, a
Art. 9o A partir de 180 dias da data de publicação desta
distância entre os dois planos verticais paralelos, que con-
resolução, os semi-reboques das combinações com um ou
tenham os centros das rodas for superior a 2,40m, cada
mais eixos distanciados contemplados na alínea “e” do pa-
eixo será considerado como se fosse distanciado.
rágrafo 1º do Art. 2°, somente poderão ser homologados
§2º Em qualquer par de eixos ou conjunto de três ei-
e/ ou registrados se equipados com suspensão pneumática
xos em tandem, com quatro pneumáticos em cada, com
os respectivos limites legais de 17 t e 25,5t, a diferença de e eixo auto-direcional em pelo menos um dos eixos.
peso bruto total entre os eixos mais próximos não deverá § 1º - A existência da suspensão pneumática e do eixo
exceder a 1.700kg. auto-direcional deverá constar no campo das observações
Art. 5º Não será permitido registro e o licenciamento do Certificado de Registro (CRV) e do Certificado de Regis-
de veículos com peso excedente aos limites fixado nesta tro e Licenciamento (CRLV) do semi-reboque.
Resolução. § 2º Fica assegurado o direito de circulação até o su-
Art. 6º Os veículos de transporte coletivo com peso por cateamento dos semi-reboques, desde que homologados
eixo superior ao fixado nesta Resolução e licenciados antes e/ ou registrados até 180 dias da data de publicação desta
de 13 de novembro de 1996, poderão circular até o término Resolução, mesmo que não atendam as especificações do
de sua vida útil, desde que respeitado o disposto no art. caput deste artigo.
100, do Código de Trânsito Brasileiro e observadas as con- Art.10 O disposto nesta Resolução não se aplica aos
dições do pavimento e das obras de arte. veículos especialmente projetados para o transporte de
Art. 7º Os veículos em circulação, com dimensões exce- carga indivisível, conforme disposto no Art. 101 do Código
dentes aos limites fixados no art 1º, registrados e licencia- de Trânsito Brasileiro – CTB.
dos até 13 de novembro de 1996, poderão circular até seu Art.11 As Combinações de Veículos de Carga-
sucateamento, mediante Autorização Específica e segundo CVC de 57 t serão dotadas obrigatoriamente de tração du-
os critérios abaixo: pla do tipo 6X4 (seis por quatro), a partir de 21 de outubro
I – para veículos que tenham como dimensões máxi- de 2010.
mas, até 20,00 metros de comprimento; até 2,86 metros Parágrafo único: Fica assegurado o direito de circulação
de largura, e até 4,40 metros de altura, será concedida Au- das Combinações de Veículos de Carga – CVC com mais de
torização Específica Definitiva, fornecida pela autoridade duas unidades, sete eixos e Peso Bruto Total Combinado –
com circunscrição sobre a via, devidamente visada pelo PBTC de no máximo 57 toneladas, equipadas com unidade
proprietário do veículo ou seu representante credenciado, tratora de tração simples, dotado de 3º eixo, desde que
podendo circular durante as vinte e quatro horas do dia, respeitados os limites regulamentares e registradas e licen-
com validade até o seu sucateamento, e que conterá os ciadas até 5 (cinco) anos contados a partir de 21/10/2005.
seguintes dados: Art.12 O não cumprimento do disposto nesta Resolu-

65
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

ção implicará nas sanções previstas no art. 231 do Código de visão do condutor é a metade esquerda da região de
de Trânsito Brasileiro, no que couber. varredura das palhetas do limpador de pára-brisa.
Art. 13 Esta Resolução entrará em vigor na data de sua Parágrafo único. Nos pára-brisas dos veículos de que
publicação, produzindo efeito a partir de 01/01/2007. trata o caput deste artigo, são permitidos no máximo dois
Art. 14 Ficam revogadas, a partir de 01/01/2007, as danos, exceto nas regiões definidas no art. 3º, respeitando
Resoluções CONTRAN 12/98 e 163/04. os seguintes limites:
I – Trinca não superior a 10 centímetros de compri-
mento;
RESOLUÇÃO N° 216 DE 14 DE DEZEMBRO DE
2006 II – Fratura de configuração circular não superior a
4 centímetros de diâmetro.
RESOLUÇÃO N° 216 DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 Art. 6º. O descumprimento do disposto nesta Resolu-
Fixa exigências sobre condições de segurança e visibili- ção sujeita o infrator às sanções previstas no artigo 230,
dade dos condutores em pára-brisas em veículos automo- inciso XVIII c/c o artigo 270, § 2º, do Código de Trânsito
tores, para fins de circulação nas vias públicas. Brasileiro.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, Art. 7°. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
usando a competência que lhe confere o inciso I do Artigo publicação, revogadas as disposições em contrário.
12 da Lei 9503 de 23 de setembro de 1997, que instituiu o
Código de Trânsito Brasileiro – CTB e conforme o Decreto
N° 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da Coordenação RESOLUÇÃO Nº 224, DE 9 DE FEVEREIRO DE
do Sistema Nacional de Trânsito, e 2006
Considerando que a regulamentação da matéria con-
tribuirá para a unificação de entendimento no âmbito dos
RESOLUÇÃO Nº 224, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2006
órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de
Trânsito – SNT, para fins de inspeção e fiscalização; Estabelece requisitos de desempenho dos sis-
Considerando que os requisitos estabelecidos nas Nor- temas limpador e lavador do pára-brisa para fins de homo-
mas Brasileiras da ABNT objetivam fixar condições de segu- logação de veículos automotores
rança e requisitos mínimos para vidros de segurança insta- O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN,
lados em veículos automotores, reduzir os riscos de lesões usando da competência que lhe confere o inciso I do art.
aos seus ocupantes e assegurar visibilidade condutores de 12 da Lei nº 9503, de 23 de setembro de
veículos, resolve: 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB,
Art. 1°. Fixar requisitos técnicos e estabelecer exigên- e conforme o Decreto nº 4711, de
cias sobre as condições de segurança dos pára-brisas de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação
veículos automotores e de visibilidade do condutor para do Sistema Nacional de Trânsito, e
fins de circulação nas vias públicas. Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar
Art. 2º Para efeito desta Resolução, as trincas e fra- os requisitos de segurança para os veículos nacionais e im-
turas de configuração circular são consideradas dano ao
portados; resolve:
pára-brisa.
Art. 3º Na área crítica de visão do condutor e em uma Art. 1º - Para fins de homologação, os veícu-
faixa periférica de 2,5 centímetros de largura das bordas los automotores destinados ao transporte de passageiros
externas do pára-brisa não devem existir trincas e fraturas com até nove lugares sentados, incluindo o condutor, e
de configuração circular, e não podem ser recuperadas. os veículos destinados ao transporte de carga com peso
Art. 4° Nos pára-brisas dos ônibus, microônibus e ca- bruto não superior a 3,5 ton, tendo pelo menos 4 rodas e
minhões, a área crítica de visão do condutor conforme fi- uma velocidade máxima superior a 25 km/h. deverão estar
gura ilustrativa do anexo desta resolução é aquela situada a equipados com sistemas de limpador e lavador de pá-
esquerda do veículo determinada por um retângulo de 50 ra-brisas que atendam as características e os requisitos
centímetros de altura por 40 centímetros de largura, cujo de desempenho especificados no Anexo desta Resolução
eixo de simetria vertical é demarcado pela projeção da li- Art. 2º - Alternativamente se admitirá a homologação
nha de centro do volante de direção, paralela à linha de de veículos que cumpram com os sistemas de limpador e
centro do veículo, cuja base coincide com a linha tangente lavador do pára-brisa que atendam a Diretiva 78/318/EEC,
do ponto mais alto do volante.
emendada pela Diretiva 94/68/EEC, ou a norma FMVSS
Parágrafo único. Nos pára-brisas dos veículos de que
104, de 24 de setembro de 1998.
trata o caput deste artigo, são permitidos no máximo três
danos, exceto nas regiões definidas no art. 3º, respeitados Art. 3º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua
os seguintes limites: publicação, produzindo
I – Trinca não superior a 20 centímetros de compri- efeito 360 dias após, revogando as alíneas I e J do
mento; artigo 1º da Resolução 461/72 do
II – Fratura de configuração circular não superior a CONTRAN e o item 1 do parágrafo único do artigo 1º
4 centímetros de diâmetro. da Resolução 463/73 do CONTRAN.
Art. 5°. Nos demais veículos automotores, a área crítica ANEXO

66
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

A) Sistema Limpador de Pára-brisa do habitáculo é determinada por planos verticais longi-


1. Objetivo tudinais que passam pelos centros das mais extremas
Proporcionar ao condutor condições mínimas de visi- posições do assento previstas no assento dianteiro, e em
bilidade por meio da varredura da superfície externa do relação ao ponto R e o ângulo de inclinação previsto do
pára-brisa. encosto, que servem para verificar a conformidade com as
2. Aplicação exigências relativas ao campo de visão (ver Apêndice II).
2.1 Este Anexo aplica-se ao campo de visão em um 3.7. Ponto R ou ponto de referência do lugar
ângulo de 180º para a frente dos condutores dos os veícu- do assento (ver norma NBR 6055 para determinação do
los automotores destinados ao transporte de passageiros ponto H)
com até nove lugares sentados, incluindo o condutor, e os 3.8. Ponto H (ver norma NBR 6055 para determina-
veículos destinados ao transporte de carga com peso bruto ção do ponto H)
não superior a 3,5 ton, tendo pelo menos 4 rodas e uma 3.9. Pontos de referência do pára-brisa: são os pon-
velocidade máxima superior a 25 km/h. tos situados na intersecção com o pára- brisas das linhas
Tem por objetivo garantir uma boa visibilidade, nas que irradiam para a frente a partir dos pontos V até à su-
condições climáticas adversas, mediante a especificação perfície exterior do mesmo.
das prescrições relativas aos dispositivos de limpador e la- 3.10. Superfície transparente de um pára-brisa: é a
vador de pára-brisa. parte do mesmo cujo fator de transmissão luminosa, me-
3. Definições dido perpendicularmente à superfície, seja pelo menos de
3.1. Modelo de veículo no que diz respeito aos 70%.
limpadores e lavadores de pára-brisa: entende-se os veí- 3.11. Zona de regulagem horizontal do assento é
culos automotores que não apresentem entre si diferenças a zona das posições normais de condução previstas pelo
com relação aos seguintes elementos essenciais: fabricante do veículo para a regulagem do assento do con-
3.1.1. Formas e arranjos exteriores e interiores que, dutor na direção do eixo X (ver ítem 3.3).
na zona de visão “A “ definida no 3.12. Zona suplementar de deslocamento do assento:
é a zona prevista pelo fabricante do veículo para o deslo-
Apêndice II, Figura 1 , possam afetar a visibilidade.
camento do assento na direção do eixo X (ver ítem 3.3),
3.1.2. Forma e dimensões do pára-brisa e de sua fixa-
para além da zona das posições normais de condução
ção, quando haja probabilidade de que estes afetem às zo-
mencionadas no ítem 3.11, utilizada para a transforma-
nas de visão incluídas no Apêndice II;
ção dos assentos em camas ou para facilitar a entrada no
3.1.3. Características dos dispositivos do limpador de
veículo.
pára-brisa.
3.13. Dispositivo de limpador de pára-brisa: é o con-
3.2. Sistema de referência tridimensional: consiste
junto formado por um dispositivo que sirva para limpar a
em um plano vertical longitudinal x- z,um plano horizon- superfície exterior do pára-brisa e os acessórios e coman-
tal x-y, e um plano vertical transversal y-z (ver figura 2 do dos necessários para o acionamento e parada do disposi-
Apêndice I), que serve para determinar as distâncias re- tivo.
lativas entre a posição prevista dos pontos nos planos e 3.14. Área do limpador de pára-brisa: é a zona da
a sua posição real no veículo. No Apêndice I se indica o superfície exterior de um pára-brisa molhado varrida pelo
método que permite situar o veículo em relação aos três limpador de pára-brisa.
planos; todas as coordenadas em relação à origem no solo 3.15. Dispositivo do lavador de pára-brisa: é um dis-
devem ser calculadas relativas a um veículo em ordem de positivo que serve para armazenar e aplicar o líquido sobre
marcha, com um passageiro sentado no assento dianteiro, a superfície exterior do pára-brisa, junto com os comandos
cujo peso seja de 75 kg ± 1%. necessários para o acionamento e parada do dispositivo.
3.2.1. Os veículos equipados com uma suspensão que 3.16. Comando do lavador de pára-brisa: é um meio
permita regular a distância com relação ao solo serão en- ou um acessório de acionamento e parada do dispositivo
saiados nas condições normais de utilização especificadas do lavador de pára-brisa. O acionamento e a para-
pelo fabricante do veículo. da podem estar coordenados com o funcionamento do
3.3. Sinalizações primária: são os furos, superfícies, limpador de pára-brisa ou totalmente independentes deste
marcas e sinais de identificação na carroçaria do veícu- último.
lo. O fabricante deve indicar o tipo de sinalização utilizado 3.17. Bomba do lavador de pára-brisa: é um disposi-
e a posição de cada uma delas (em coordenadas x, y e z tivo que serve para levar o líquido do lavador de pára-brisa
do sistema de referência tridimensional), bem como a sua desde o reservatório até a superfície do pára-brisa.
distância em relação a um plano teórico que represente o 3.18. Pulverizador: é um dispositivo que direcione
solo. Essas sinalizações podem corresponder às utilizadas diretamente o líquido do lavador de pára- brisa sobre o
para a montagem da carroçaria. pára-brisa.
3.4. Ângulo real de inclinação do tronco (ver norma 3.19. Desempenho do dispositivo do lavador de pá-
NBR 6055 para determinação do ponto H) ra-brisa: é a capacidade de um dispositivo de lavador de
3.5. Ângulo previsto de inclinação do tronco (ver nor- pára-brisa não proporcionar escape ou separação de um
ma NBR 6055 para determinação do ponto H) tubo do lavador de pára-brisa quando o dispositivo for uti-
lizado normalmente.
3.6. Pontos V: são os pontos cuja posição no interior 4. ESPECIFICAÇÕES

67
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

4.1. Dispositivo de limpador de pára-brisa estar montado de modo que possa ser afastado do pára
4.1.1. Todo veículo deve estar equipado pelo menos -brisa para permitir a limpeza manual deste.
com um dispositivo de limpador de pára- brisa automá- Este requisito não se aplica aos dispositivos que em
tico, quer dizer, com um dispositivo que possa funcionar posição de repouso ocupem uma zona do pára-brisa ocul-
quando o motor do veículo girar, sem qualquer outra in- ta da visão por alguma peça do veículo (por exemplo o
tervenção do condutor que não seja a necessária para acio- capô, o painel de instrumentos, etc.).
nar e parar o limpador de pára-brisa. 4.1.11. O dispositivo de limpador de pára-brisa deve
4.1.2. A área varrida do limpador de pára-brisa deve ser capaz de funcionar durante dois
representar pelo menos 80 % da zona de visão B definida minutos sobre pára-brisa secos, quando a tempera-
no item 2.3 do Apêndice II. tura exterior for de -18 ± 3°C, nas condições descritas
4.1.2.1. Deve, além disso, representar pelo menos 98% no item 5.1.11.
da zona de visão A definida no item 2.2 do Apêndice II. 4.2. Dispositivo do lavador de pára-brisa
4.1.3. O limpador de pára-brisa deve ter pelo menos 4.2.1. Qualquer veículo deve estar equipado com um
duas frequências de varrimento. dispositivo de lavador de pára-brisa capaz de resistir às
4.1.3.1. Uma das frequências deve ser igual ou superior cargas geradas quando os pulverizadores estiverem obs-
a 45 ciclos por minuto, entendendo-se por ciclo o movi-
truídos e o sistema for acionado em conformidade com o
mento completo de ida e volta da palheta.
processo descrito nos itens 5.2.1 e 5.2.2.
4.1.3.2. Outra frequência deve ser no mínimo de 10 ci-
4.2.2. O funcionamento do lavador de pára-brisa não
clos e no máximo 55 ciclos por minuto.
deve ser perturbado pela exposição aos ciclos de tempera-
4.1.3.3. A diferença entre a frequência mais alta e pelo
menos uma das frequências mais baixas deve ser, pelo me- tura exigidos nos itens 5.2.3 e 5.2.4.
nos, de 15 ciclos por minuto. 4.2.3. O dispositivo de lavador de pára-brisa deve po-
4.1.4. As frequências referidas no item 4.1.3 devem ser der fornecer líquido em quantidade suficiente para desim-
obtidas como especificado nos itens pedir 60% da zona definida no item 2.2 do Apêndice II nas
5.1.1 a 5.1.6 e 5.1.8. condições descritas no item 5.2.5 do presente anexo.
4.1.5. Para cumprir com as prescrições do item 4.2.4. A capacidade do depósito de líquido não deve
4.1.3 poder-se-á utilizar dispositivos de limpador de pá- ser inferior a 1 litro.
ra-brisa de sistema intermitente, sempre que uma das fre-
quências cumpra as prescrições do ponto 4.1.3.1 e que 5. PROCEDIMENTO DE ENSAIO
uma das outras frequências obtidas por interrupção da 5.1. Dispositivo de limpador de pára-brisa
frequência principal possa atingir pelo menos 10 ciclos por 5.1.1. Exceto disposição em contrário, os ensaios a se-
minuto. guir descritos devem ser executados nas seguintes condi-
4.1.6. Quando, com a intervenção do comando, o dis- ções:
positivo de limpador de pára-brisas for parado, as palhetas 5.1.2. A temperatura ambiente não deve ser inferior a
devem voltar automaticamente à sua posição de repouso. 10°C nem superior a 40°C.
4.1.7. O dispositivo deve suportar um bloqueio de 15 5.1.3. O pára-brisas deve ser constantemente mantido
segundos. É permitida a utilização de dispositivos auto- molhado.
máticos de proteção do circuito, sempre que em caso de 5.1.4. Se tratar-se de um dispositivo de limpador de pá-
reinicialização não seja necessário acionar mais comandos ra-brisa elétrico, devem estar reunidas as seguintes condi-
que o comando do limpador de pára-brisas. O método e ções suplementares:
as condições de ensaio aparecem descritas no item 5.1.7. 5.1.4.1. A bateria deve estar completamente carregada.
4.1.8. A área do limpador de pára-brisa deve satisfazer 5.1.4.2. O motor deve girar a uma velocidade corres-
às exigências mínimas do item 4.1.2 quando os limpadores pondente a 30 % do regime de potência máxima.
de pára-brisas forem ensaiados com uma frequência que 5.1.4.3. Os faróis baixos devem estar acesos.
se ajuste às disposições do item 4.1.3.2 e nas condições
5.1.4.4. Os dispositivos de aquecimento e/ou ventila-
enunciadas no item 5.1.10.
ção, se existirem, devem funcionar em regime correspon-
4.1.9. Os efeitos aerodinâmicos ligados às dimensões e
dente a um consumo máximo de corrente.
à forma do pára-brisa e à eficiência do dispositivo do lim-
5.1.5. Os dispositivos de limpador de pára-brisa a ar
pador de pára-brisa devem ser determinados nas seguintes
condições: comprimido ou a vácuo devem poder funcionar de modo
4.1.9.1. Quando submetidos a um vento de velocidade contínuo com as frequências prescritas quaisquer que se-
relativa igual a 80 % da velocidade máxima do veículo, mas jam o regime e a carga do motor.
sem ultrapassar 120 km/h, os limpadores de pára-brisa, 5.1.6. As frequências de varrimento dos dispositivos
funcionando à frequência máxima, devem continuar var- de limpador de pára-brisa devem satisfazer as pres-
rendo uma zona como especificado no item 4.1.2.1, com a crições enunciadas no item 4.1.3 após um tempo de
mesma eficácia e nas mesmas condições estabelecidas no funcionamento preliminar do dispositivo de vinte minutos
item 5.1.10.2. sobre superfície molhada.
4.1.10. O braço do limpador de pára-brisa deve 5.1.7. As condições enunciadas no item 4.1.7 são

68
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

preenchidas quando os braços forem imobilizados na do dispositivo de lavador de pára-brisa deve corresponder
sua posição vertical durante um período ininterrupto de 15 às exigências previstas no item 4.2 e sub-itens.
segundos, estando o comando do dispositivo do limpador 5.2.2. Ensaio nº 2
de pára-brisa regulado na frequência de varrimento mais O dispositivo de lavador de pára-brisa deverá estar
alta. cheio de água, completamente vedado e exposto a uma
5.1.8. A superfície exterior do pára-brisa será desen- temperatura ambiente de - 18°C ± 3°C durante um perío-
gordurada totalmente com álcool ou um agente desengor- do mínimo de 4 horas. O comando será acionado 6 vezes
durante equivalente. Após secagem, aplicar uma solução em um minuto, exercendo a força descrita no item 5.2.1;
de amoníaco a 3 % no mínimo e 10 % no máximo, deixar cada período de funcionamento será pelo menos de 3 se-
secar e limpar a superfície do pára-brisas com um pano de gundos. O dispositivo será submetido a uma temperatura
algodão seco. ambiente de 20 ± 2°C até que o gelo esteja completamente
5.1.9. Aplicar na superfície exterior do pára-brisa uma derretido. Em seguida o funcionamento do dispositivo
camada uniforme de mistura do ensaio (ver Apêndice III), o de lavador de pára-brisa será verificado e se compro-
qual se deixará secar. vará o funcionamento do lavador de pára-brisa acionado
5.1.10. Para a medição do campo do dispositivo de lim- em conformidade com as prescrições do item 5.2.1.
pador de pára-brisa prescrito nos itens
4.1.2 e 4.1.2.1, a superfície exterior do pára-brisa será 5.2.3. Ensaio no 3 (ensaio de exposição a baixas tem-
submetida ao tratamento indicado nos itens 5.1.8 e 5.1.9 peraturas)
ou a outro tratamento equivalente. 5.2.3.1. O dispositivo de lavador de pára-brisa deverá
5.1.10.1. A área do limpador de pára-brisa será traçado estar cheio de água, completamente vedado e exposto a
e comparado com o traçado das zonas de visão especi- uma temperatura ambiente de - 18°C ± 3°C durante um
ficadas nos itens 4.1.2 e 4.1.2.1 para verificar se as tempo mínimo de 4 horas, certificando-se que toda a água
prescrições foram cumpridas. contida no dispositivo esteja congelada. Em seguida, o dis-
5.1.10.2. Quando a superfície exterior do pára-brisa positivo será submetido a uma temperatura ambiente de
tiver sido submetida às operações descritas nos itens 20 ± 2°C até que o gelo esteja completamente derretido,
5.1.8 e 5.1.9, o lavador de pára-brisa poderá ser utilizado mas em nenhuma circunstância durante mais de quatro
em todos os ensaios. horas. Este ciclo, de congelamento-descongelamento se
5.1.11. As prescrições do item 4.1.11 serão cumpridas repetirá seis vezes e se comprovará o funcionamento
quando o veículo tiver sido submetido a uma temperatura
do lavador de pára-brisa acionado em conformidade com
ambiente de - 18 ± 3°C durante um intervalo mínimo de
as prescrições do item 5.2.1.
tempo de 4 horas. Uma vez cumprida as condições do
5.2.3.2. O dispositivo de lavador de pára-brisa deverá
item 5.1.4, os limpadores de pára-brisa devem ser regu-
estar cheio com um líquido de limpa vidros para baixas
lados na posição de comando correspondente à frequên-
temperaturas, consistindo numa solução de 50% de me-
cia mais alta. Não se imporá nenhuma prescrição aplicável
tanol ou álcool isopropílico em água cuja dureza não seja
à zona varrida.
superior a 205 g/1000 kg.
5.2.3.2.1. O dispositivo será exposto a uma temperatura
5.2. Dispositivo de lavador de pára-brisa
5.2.1. Condições de ensaio ambiente de - 18°C ± 3°C durante um período mínimo de
5.2.1.1. Ensaio n° 1 4 horas. Se comprovará o funcionamento do lavador
O dispositivo de lavador de pára-brisa deverá estar de pára-brisas acionando em conformidade com as pres-
cheio de água, completamente vedado. Em seguida será crições do item 5.2.1.
exposto a uma temperatura ambiente de 20 ± 2°C durante 5.2.4. Ensaio nº 4 (ensaio de exposição a altas tempe-
um período mínimo de 4 horas. Todos os pulverizadores raturas)
serão obstruídos e o comando será acionado seis vezes em 5.2.4.1. O dispositivo de lavador de pára-brisa deverá
um minuto, sendo cada período de funcionamento de, estar cheio de água, completamente vedado e será expos-
pelo menos, 3 segundos. Se o dispositivo for acionado to a uma temperatura ambiente de 80°C ± 3°C durante um
pela energia muscular do condutor, a força prescrita será a tempo mínimo de 8 horas e depois a uma temperatura am-
indicada no quadro abaixo: biente de 20°C ± 2°C. Quando a temperatura se estabilizar
se comprovará o funcionamento do lavador de pára
-brisa acionando-o em conformidade com as prescrições
TIPO DE BOMBA PRESCRIÇÃO DA FORÇA do item 5.2.1.
5.2.4.2. Se uma parte do dispositivo de lavador
11 a 13,5 daN de pára-brisa estiver situada no compartimento motor,
DE MÃO DE PÉ
40 a 44,5 daN o dispositivo deve ser cheio de água, completamente veda-
do e exposto a uma temperatura ambiente de 80°C ± 3°C
5.2.1.2. No caso de bombas elétricas, a tensão de en- durante um período mínimo de 8 horas. Se comprovará o
saio não deverá ser inferior à tensão nominal sem contudo funcionamento do lavador de pára-brisa acionando-o em
ultrapassar esta última em mais de 2 volts. conformidade com as prescrições do item 5.2.1.
5.2.1.3. Uma vez efetuado o ensaio, o funcionamento 5.2.4.3. Se nenhuma parte do dispositivo de lavador

69
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

de pára-brisa se encontrar no compartimento motor, 2. MÉTODO PARA A DETERMINAÇÃO DAS RELAÇÕES


o dispositivo deverá estar cheio de água, completamente ENTRE O SISTEMA DE REFERÊNCIA E OS PONTOS DE RE-
vedado e exposto a uma temperatura ambiente de 60°C ± FERÊNCIA
3°C durante um intervalo mínimo de tempo de 8 horas. Para determinar estas relações, estabelece-se um plano
Se comprovará o funcionamento do lavador de pára de referência no solo, contendo eixos graduados dos x e
-brisa acionando-o em conformidade com as prescrições y. A figura 3 deste Apêndice será constituída por uma su-
do item 5.2.1. perfície dura, plana e horizontal sobre a qual se apoiará o
5.2.5. Ensaio nº 5 (ensaio de eficiência do dispositivo de veículo e qual estarão firmemente fixadas duas escalas de
medida graduadas em milímetros que deverão estar orien-
lavador de pára-brisa previsto no item 4.2.3)
tadas perpendicularmente entre si, tal como se indica na
5.2.5.1. O dispositivo de lavador de pára-brisa deverá figura 3 deste Apêndice. A interseção destas escalas será
estar cheio de água e completamente origem no solo.
vedado. Estando o veículo parado e sem influência sig- 3. CONTROLE DO PLANO DE REFERÊNCIA
nificativa de vento, o pulverizador ou pulverizadores, caso A fim de ter em conta as desigualdades de nível no
sejam ajustáveis, serão orientados para a zona-alvo da su- plano de referência ou superfície de ensaio, é indispensável
perfície exterior do pára-brisa. Se o dispositivo for aciona- medir os desvios em relação à origem no solo ao longo
do pela energia muscular do condutor, a força que se deve- das duas escalas das coordenadas x e y, a intervalos de 250
rá utilizar não deve ultrapassar a prevista no item 5.2.1.1. Se mm, e registar os resultados das medições a fim de fazer
o dispositivo for acionado por uma bomba elétrica, serão as correções adequadas requeridas do controle do veículo.
aplicáveis as prescrições do item 5.1.4. 4. POSIÇÃO REAL NO MOMENTO DO CONTROLE
A fim de compensar as pequenas variações de altura
5.2.5.2. A superfície exterior do pára-brisa será subme-
de suspensão, etc., é necessário dispor de um meio para
tida ao tratamento indicado nos itens levar os pontos de referência aos locais cujas coor-
5.1.8 e 5.1.9. denadas foram determinadas na fase dos estudos, antes
5.2.5.3. O dispositivo de lavador de pára-brisa será em de continuar as medições. Além disso, é necessário poder
seguida acionado conforme indicado pelo fabricante du- deslocar ligeiramente o veículo no sentido lateral e/ou
rante 10 ciclos de funcionamento automático do limpador longitudinal para o colocar corretamente em relação aos
de pára-brisa com a frequência mais alta, e determinar-se planos de referência.
-á a proporção da zona de visão definida no item 3.2 do 5. RESULTADOS
Apêndice II que tenha sido limpa desse modo. Estando o veículo colocado corretamente em relação
5.3. Todos ensaios do dispositivo de lavador de pára ao sistema de referência e na posição prevista na fase dos
-brisas descritos nos itens 5.2.1 a 5.2.4 serão efetuados em estudos, é fácil determinar a localização dos pontos reque-
ridos para o estudo das condições de visibilidade para a
um único dispositivo quer instalado em um veículo repre-
frente.
sentativo do modelo de veículo objeto de ensaio, ou não Para determinar essas condições, podem-se utilizar
instalado em um veículo. teodolitos, fontes luminosas ou sistemas de sombras pro-
jetadas, ou qualquer outro dispositivo cuja equivalência
APÊNDICE I possa ser garantida.
MÉTODO PARA A DETERMINAÇÃO DAS RELAÇÕES
DIMENSIONAIS ENTRE OS PONTOS DE REFERÊNCIA
PRIMÁRIOS DO VEICULO E O SISTEMA DE REFERÊN- RESOLUÇÃO Nº 227, DE 09 DE FEVEREIRO DE 2007
CIA TRIDIMENSIONAL
Estabelece requisitos referentes aos sistemas de
1. RELAÇÕES ENTRE O SISTEMA DE REFERÊNCIA E OS iluminação e sinalização de veículos.
PONTOS DE REFERÊNCIA PRIMÁRIOS DO VEÍCULO
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CON-
Tendo em vista controlar as dimensões características TRAN, usando da competência que lhe confere o inciso I
no interior e no exterior do veículo apresentado ao ensaio do art. 12 da Lei nº 9503, de 23 de setembro de 1997, que
em conformidade com o presente regulamento, e para en- institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o
contrar no veículo real, fabricado em conformidade com Decreto nº 4711, de 29 de maio de
os desenhos do fabricantes, os pontos específicos que 2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Na-
figuram nesses desenhos, deverão determinar com preci- cional de Trânsito, e
são as relações entre as coordenadas fixadas nas primei- Considerando que nenhum veículo poderá transitar
ras fases do estudo do veículo no âmbito do sistema nas vias terrestres abertas à circulação pública sem que
tridimensional, definido no item 3.3 do Anexo , e a ofereça as condições mínimas de segurança;
posição dos pontos de referência primários definidos no Considerando que a normalização dos sistemas de ilu-
minação e sinalização é de vital importância na manuten-
item 3.4 do Anexo.
ção da segurança do Trânsito;

70
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar § 6º Os veículos inacabados (chassi de caminhão com


os requisitos de segurança para os veículos nacionais e im- cabina incompleta ou sem cabina, chassi e plataforma
portados, resolve: para ônibus ou microônibus, com destino ao conces-
Art.1º - Os automóveis, camionetas, utilitários, sionário, encarroçador ou, ainda, a serem complementados
caminhonetes, caminhões, caminhão trator, ônibus, mi- por terceiros) não estão sujeitos ao cumprimento dos re-
croônibus, reboques e semi-reboques novos saídos de quisitos de iluminação e sinalização, quanto à posição
fábrica, nacionais e importados a partir de 01.01.2009, de- de montagem e prescrições fotométricas estabelecidas
verão estar equipados com sistema de iluminação veicular, na presente Resolução, para aqueles dispositivos lumino-
de acordo com as exigências estabelecidas por esta Reso- sos a serem substituídos ou modificados quando da sua
lução e seus Anexos. complementação.
§ 1º - Os dispositivos componentes dos sistemas de
iluminação e de sinalização veicular devem atender ao es- Art. 2º - Serão aceitas inovações tecnológicas ainda
tabelecido nos Anexos que fazem parte dessa Resolução: que não contempladas nos requisitos estabelecidos nos
Anexo 1 - Instalação de dispositivos de iluminação e Anexos, mas que comprovadamente assegurem a sua efi-
sinalização luminosa. cácia e segurança dos veículos, desde que devidamente
Anexo 2 – Faróis principais emitindo fachos assi- avaliadas e aprovadas pelo órgão máximo executivo de
métricos e equipados com lâmpadas de filamento. trânsito da União.
Anexo 3 – Faróis de neblina dianteiros.
Anexo 4 – Lanternas de marcha-a-ré. Art. 3º - Para fins de conformidade com o disposto
Anexo 5 – Lanternas indicadores de direção. nos Anexos da presente
Anexo 6 – Lanternas de posição dianteiras e traseiras, Resolução, serão aceitos os resultados de ensaios emi-
lanternas de freio e lanternas delimitadoras traseiras. tidos por órgão acreditado pelo INMETRO – Instituto Na-
Anexo 7 – Lanterna de iluminação da placa traseira. cional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.
Anexo 8 – Lanternas de neblina traseiras. Art. 4º - Fica a critério do órgão máximo executivo de
Anexo 9 – Lanternas de estacionamento. trânsito da União admitir, para efeito de comprovação do
Anexo 10 – Faróis principais equipados com fonte de atendimento das exigências desta Resolução, os resultados
luz de descarga de gás. Anexo 11 – Fonte de luz para uso de testes e ensaios obtidos por procedimentos similares de
em farol de descarga de gás. mesma eficácia, realizados no exterior.
Anexo 12 – Retrorrefletores. Art. 5º - Fica a critério do órgão máximo executivo de
Anexo 13 – Lanterna de posição lateral. Anexo 14 – Fa- trânsito da União homologar veículos que cumpram com
rol de rodagem diurna. os sistemas de iluminação que atendam integralmente à
Anexo 14 – Farol de rodagem diurna. norma Norte Americana FMVSS 108.
Art. 6º - Os Anexos desta Resolução encontram-se dis-
§ 2º Os veículos inacabados (chassi de caminhão com poníveis no sitio eletrônico www.denatran.gov.br.
cabina e sem carroçaria com destino ao concessionário, Art. 7º - Esta Resolução entra em vigor na data de
encarroçador ou, ainda, a serem complementados por ter- sua publicação, produzindo seus efeitos a partir de
ceiros), não estão sujeitos à aplicação dos dispositivos re- 01/01/2009, quando ficarão revogadas as Resoluções
lacionados abaixo: 680/87 e 692/88 do CONTRAN
a) lanternas delimitadoras traseiras;
b) lanternas laterais traseiras e intermediárias; RESOLUÇÃO 231
c) retrorrefletores laterais traseiros e intermediários.
§ 3º Os dispositivos mencionados no parágrafo Prezado Candidato, a referida resolução foi inteiramen-
anterior devem ser aplicados, conforme o caso, quando te revogada pela de nº 560/16, conforme segue:
da complementação do veículo.

§ 4º Os veículos inacabados (chassi de caminhão com RESOLUÇÃO N.º 590 , DE 24 DE MAIO 2016.
cabina incompleta ou sem cabina, chassi e plataforma para Estabelece sistema de Placas de Identificação de Veícu-
ônibus ou microônibus) com destino ao concessionário, los no padrão disposto na Resolução MERCOSUL do Grupo
encarroçador ou, ainda, a serem complementados por Mercado Comum nº. 33/14.
terceiros, não estão sujeitos à aplicação dos dispositivos O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN),
relacionados abaixo: no uso da competência que lhe confere o artigo 12, inciso
a) lanternas delimitadoras dianteiras e traseiras; b) I, da Lei n.º 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o
lanternas laterais e dianteiras, traseiras e intermediárias; c) Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e nos termos do dispos-
retrorrefletores laterais e dianteiros, traseiros e intermediá- to no Decreto n.º 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata
rios; d)lanternas de iluminação da placa traseira; e da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT);
e)lanterna de marcha-a-ré. Considerando disposto na Resolução MERCOSUL do
§ 5º Os dispositivos mencionados no parágrafo Grupo Mercado Comum nº. 33/14.
anterior devem ser aplicados, conforme o caso, quando Considerando o que consta do processo administrativo
da complementação do veículo. nº 80000.018845/2012-32;

71
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

RESOLVE: Parágrafo único. Considera-se empresa estampadora,


Art.1° Estabelecer o novo modelo de Placas de Identi- toda pessoa jurídica que se proponha a estampar placas
ficação Veicular, onde após o registro no Órgão Executivo veiculares produzidas e fornecidas pelos fabricantes de
de Trânsito dos Estados e do Distrito Federal, cada veículo Placa de Identificação Veicular credenciados pelos Depar-
será identificado por placa dianteira e traseira, no padrão tamentos Estaduais de Trânsito dos Estados e do Distrito
estabelecido para o MERCOSUL, de acordo com os requisi- Federal.
tos estabelecidos nesta Resolução. Art. 6º As atividades de fabricação e estampagem de
§ 1º Os reboques, semirreboques, motocicletas, trici- placas veiculares, são de natureza privada, e deverão aten-
clos, motonetas, ciclo elétricos, quadriciclos, ciclomotores der às normas pertinentes do Código de Trânsito Brasilei-
e tratores destinados a puxar ou arrastar maquinaria de ro (CTB), às disposições das portarias do Departamento
qualquer natureza ou a executar trabalhos agrícolas e de Nacional de Trânsito (DENATRAN), às disposições resolu-
construção, de pavimentação ou guindastes, estes quando tivas do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) e às
couber, serão identificados apenas por placa traseira. determinações editadas pelos Departamentos Estaduais de
§ 2º As Placas de Identificação Veicular de que trata o Trânsito dos Estados e do Distrito Federal.
caput deste artigo deverão: Art. 7° A placa de Identificação Veicular no padrão
I- Ter fundo branco com a margem superior azul, con- MERCOSUL deverá seguir o seguinte cronograma:
tendo ao lado esquerdo o logotipo do MERCOSUL, ao lado I- A partir de 1º de janeiro de 2017, veículos a serem
direito a Bandeira do Brasil e ao centro o nome BRASIL; registrados, em processo de transferência de município ou
II- Ser afixadas em primeiro plano, sem qualquer tipo de propriedade, ou quando houver a necessidade de subs-
de obstrução a sua visibilidade e legibilidade; tituição das placas, deverão ser identificados com Placas de
III- Conter 7 (sete) caracteres alfanuméricos estampa- Identificação Veicular com película microesférica conforme
dos em alto relevo, com combinação aleatória, a ser forne- Tabela II do Anexo desta Resolução, sendo facultada a an-
cida e controlada pelo DENATRAN. tecipação pelos Órgãos Executivos de Trânsito dos Estados
e do Distrito Federal, mediante autorização do DENATRAN.
§ 3º As especificações constam no Anexo desta Reso-
lução. II- Até 31 de dezembro de 2020, todos os veículos em
Art. 2° As Placas de Identificação Veicular deverão circulação deverão possuir Placas de Identificação Veicular
ser revestidas no seu anverso com película retrorrefletiva, no padrão MERCOSUL.
sendo recobertas nas áreas estampadas, da combinação
alfanumérica e bordas, com filme térmico aplicado por III- A partir de 1º de janeiro de 2021, caso a película
processo de estampagem por calor (hot stamp), contendo
microprismática esteja adequada tecnologicamente para o
inscrições das palavras “MERCOSUR BRASIL MERCOSUL”,
revestimento das Placas de Identificação Veicular, os veí-
nos termos do Anexo desta Resolução.
culos a serem registrados, em mudança de município ou
Parágrafo único. A cor dos caracteres alfanuméricos e
quando houver a necessidade de substituição das placas,
das bordas da placa de identificação veicular será determi-
deverão ser identificados com esta película, seguindo os
nada de acordo com a categoria dos veículos, nos termos
requisitos mínimos da Tabela III desta Resolução e norma-
da Tabela I constante do Anexo desta Resolução.
tivos do DENATRAN a serem publicados em conjunto com
Art. 3º Os fabricantes de Placas de Identificação Veicu-
o INMETRO.
lar serão credenciados pelos Departamentos Estaduais de
Trânsito dos Estados e do Distrito Federal, conforme pa- §1º Para os casos de antecipação, tratados no inciso I
drão estabelecido pelo Departamento Nacional de Trânsito deste artigo, considera-se a data fixada pelos Órgãos Exe-
(DENATRAN), através de portaria específica publicada no cutivos de Trânsito dos Estados e do Distrito Federal.
Diário Oficial da União. §2º Fica facultado ao proprietário do veículo que não
Parágrafo único. Considera-se fabricante de Placa de se enquadre nas situações dispostas nos incisos I e II deste
Identificação Veicular toda pessoa jurídica que se proponha artigo, a substituição da Placa de Identificação Veicular, a
a fabricar e fornecer placas para veículos, compreendendo qualquer tempo, mantendo os caracteres alfanuméricos de
ainda os serviços de logística, gerenciamento e distribui- identificação do veículo originalmente fornecidos.
ção, para fornecimento às empresas estampadoras creden- §3° Excepcionalmente o CONTRAN em comum acordo
ciadas pelos Órgãos Executivos de Trânsito dos Estados e com os demais países membros do MERCOSUL autorizará
do Distrito Federal. alterações dos caracteres alfanuméricos.
Art. 4º A película retrorrefletiva deverá ser homologa- Art. 8º No caso das placas especiais tratadas no Ane-
da pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) xo desta Resolução, o DENATRAN deverá providenciar as
conforme portaria específica, publicada no Diário Oficial da adequações nos sistemas RENAVAM e RENAINF de forma
União. a possibilitar o registro das infrações que venham a ser co-
Art. 5º As empresas estampadoras serão credenciadas metidas quando da circulação dos veículos com prerroga-
pelos Departamentos Estaduais de Trânsito dos Estados tiva de utilização dessas placas, nos termos de regulamen-
e do Distrito Federal, conforme padrão estabelecido pelo tação específica.
Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN, através Art. 9º O Anexo desta Resolução está disponível no sí-
de portaria específica publicada no Diário Oficial da União. tio www.denatran.gov.br.

72
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 10 Fica estabelecido período de transição entre a Art. 3º Fica proibida a instalação, em veiculo automo-
data da publicação desta Resolução e o cronograma de im- tor, de equipamento capaz de gerar imagens para fins de
plantação da Placa de Identificação Veicular constante nos entretenimento, salvo se:
itens I e II do Art. 7º desta Resolução. I -instalado na parte dianteira, possuir mecanismo au-
Art. 11 As Resoluções do CONTRAN nº 231, de 15 de tomático que o torne inoperante ou o comute para a fun-
março de 2007, nº 241, de 22 de junho de 2007, nº 372, ção de informação de auxílio à orientação do condutor, in-
de 18 de março de 2011, nº 309, de 06 de março de 2009 dependente da vontade do condutor e/ou dos passageiros,
e o § 2º do art. 1º da Resolução nº 286, de 29 de julho de quando o veículo estiver em movimento;
2008 ficarão definitivamente revogadas em 1ª de janeiro II – instalado de forma que somente os passageiros
de 2021, conforme cronograma de implantação da Placa ocupantes dos bancos traseiros possam visualizar as ima-
de Identificação Veicular constante nos itens I e II do Art. 7º gens.
desta Resolução. Art. 4º O descumprimento do disposto nesta Reso-
Art. 12 Esta Resolução entra em vigor na data de sua lução constitui-se em infração de trânsito prevista no art.
publicação, revogando a Resolução nº 510, de 27 de no- 230, inciso XII do Código de Trânsito Brasileiro.
vembro de 2014, do CONTRAN. Art. 5º Fica revogada a Resolução 190, de 16 de feverei-
ro de 2006, do CONTRAN.
Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
RESOLUÇÃO 241 publicação.
Prezado Candidato, a referida resolução foi inteiramen-
te revogada pela de nº 560/16, já abordada no decorrer da RESOLUÇÃO N.º 254 , DE 26 DE OUTUBRO
matéria. DE 2007

RESOLUÇÃO N.º 254 , DE 26 DE OUTUBRO


RESOLUÇÃO Nº 242 , DE 22 DE JUNHO DE 2007.
DE 2007
RESOLUÇÃO Nº 242 , DE 22 DE JUNHO DE 2007.
Estabelece requisitos para os vidros de segurança e
Dispõe sobre a instalação e utilização de equipa-
critérios para aplicação de inscrições, pictogramas e pelí-
mentos
Geradores de imagens nos veículos automotores. culas nas áreas envidraçadas dos veículos automotores,
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, de acordo com o inciso III, do artigo 111 do Código de
no uso da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, Trânsito Brasileiro – CTB
da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
Código de Trânsito Brasileiro, e tendo em vista o disposto usando das atribuições que lhe foram conferidas pelo inci-
no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe so I, do art. 12, da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997,
sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito. que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o
Considerando o constante dos Proces- Decreto n° 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre
sos: 80001.005795/2004-11, 80001.003132/2004-54, a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
80001.003142/2004-90 e 80001.014897/2006-81;
Considerando o disposto no art. 103 c/c § 2º do art. Considerando a necessidade de regulamentar o uso
105 da Lei nº 9.503/97; dos vidros de segurança e definir parâmetros que pos-
Considerando a necessidade de atualizar a legislação sibilitem atribuir deveres e responsabilidades aos fabri-
de trânsito em consonância com o desenvolvimento tec- cantes e/ou a seus representantes, através de fixação de
nológico dos sistemas de suporte à direção, resolve: requisitos mínimos de segurança na fabricação desses
Art. 1º Fica permitida a instalação e utilização de apa- componentes de veículos, para serem admitidos em circu-
relho gerador de imagem cartográfica com interface de lação nas vias públicas nacionais;
geo processamento destinado a orientar o condutor
quanto ao funcionamento do veiculo, a sua visualização in- Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar
terna e externa, sistema de auxílio à manobra e para auxiliar os requisitos de segurança para os veículos automotores
na indicação de trajetos ou orientar sobre as condições da nacionais e importados;
via, por intermédio de mapas, imagens e símbolos.
Art. 2º Os equipamentos de que trata o artigo an- Considerando a necessidade de estabelecer os mes-
terior poderão ser previstos pelo fabricante do veículo ou mos requisitos de segurança para vidros de segurança do-
utilizados como acessório de caráter provisório. tados ou não de películas, resolve:
§ 1º – Considera-se como instalação do equipamento
qualquer meio de fixação permanente ou provisória no in- Art. 1º Os veículos automotores, os reboques e semi
terior do habitáculo do veiculo. -reboques deverão sair de fábrica com as suas partes en-
§ 2º – Os equipamentos com instalação provisória de- vidraçadas equipadas com vidros de segurança que
vem estar fixados no pára- brisa ou no painel dianteiro, atendam aos termos desta Resolução e aos requisitos es-
quando o veiculo estiver em circulação. tabelecidos na NBR 9491 e suas normas complementares.

73
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§1º Esta exigência se aplica também aos vidros desti- minúscula acompanhada de um número representando o
nados a reposição. país emitente do certificado, inseridos em um retângu-
lo e, se dos Estados Unidos da América, simbolizado pela
Art. 2º Para circulação nas vias públicas do território na- sigla “DOT”.
cional é obrigatório o uso de vidro de segurança laminado no
pára-brisa de todos os veículos a serem admitidos e de vidro Art. 6º O fabricante, o representante e o importador do
de segurança temperado, uniformemente protendido, ou la- veículo deverão certificar-se de que seus produtos obede-
minado, nas demais partes envidraçadas. cem aos preceitos estabelecidos por esta Resolução, man-
tendo-se em condição de comprová-los, quando solicita-
Art. 3º A transmissão luminosa não poderá ser inferior a dos pelo Departamento Nacional de Trânsito -DENATRAN.
75% para os vidros incolores dos pára-brisas e 70% para os
pára-brisas coloridos e demais vidros indispensáveis à dirigi- Art. 7º A aplicação de película não refletiva nas áreas
bilidade do veículo. envidraçadas dos veículos automotores, definidas no art.
1°, será permitida desde que atendidas as mesmas condi-
§ 1º Ficam excluídos dos limites fixados no caput deste ções de transparência para o conjunto vidro-película esta-
artigo os vidros que não interferem nas áreas envidraçadas belecidas no Artigo 3° desta Resolução.
indispensáveis à dirigibilidade do veículo. Para estes vidros, a
transparência não poderá ser inferior a 28%. § 1° A marca do instalador e o índice de transmissão
luminosa existentes em cada conjunto vidro-película lo-
§ 2º Consideram-se áreas envidraçadas indispensáveis à calizadas nas áreas indispensáveis à dirigibilidade serão
dirigibilidade do veículo, conforme ilustrado no anexo desta gravados indelevelmente na película por meio de chancela,
resolução: devendo ser visíveis pelos lados externos dos vidros.

I - a área do pára-brisa, excluindo a faixa periférica de se- Art. 8º Fica proibida a aplicação de películas refletivas
rigrafia destinada a dar acabamento ao vidro e à área ocupa- nas áreas envidraçadas do veículo.
da pela banda degrade, caso existente, conforme estabelece
a NBR 9491; Art. 9° Fora das áreas envidraçadas indispensáveis à
II – as áreas envidraçadas situadas nas laterais dianteiras dirigibilidade do veículo, a aplicação de inscrições, picto-
do veículo, respeitando o campo de gramas ou painéis decorativos de qualquer espécie será
visão do condutor. permitida, desde que o veículo possua espelhos retrovi-
§ 3º Aplica-se ao vidro de segurança traseiro (vigia) o sores externos direito e esquerdo e que sejam atendidas
disposto no parágrafo primeiro, desde que o veículo esteja as mesmas condições de transparência para o conjunto vi-
dotado de espelho retrovisor externo direito, conforme a le- dro-pictograma/inscrição estabelecidas no § 1º do art. 3º
gislação vigente. desta Resolução.
Art.10 A verificação dos índices de transmitância lumi-
Art. 4º Os vidros de segurança a que se refere esta Re- nosa estabelecidos nesta Resolução
solução, produzidos no Brasil, deverão trazer marcação inde- será realizada na forma regulamentada pelo CON-
lével em local de fácil visualização contendo, no mínimo, a TRAN, mediante utilização de instrumento aprovado
marca do fabricante do vidro e o símbolo de conformidade pelo INMETRO e homologado pelo DENATRAN.
com a legislação brasileira, definido pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO. Art. 11 O disposto na presente Resolução não se aplica
a máquinas agrícolas, rodoviárias e florestais e aos veículos
Art. 5º Fica a critério do DENATRAN admitir, exclusivamen- destinados à circulação exclusivamente fora das vias públi-
te para os vidros de segurança, para efeito de comprovação cas e nem aos veículos incompletos ou inacabados.
do atendimento às exigências desta Resolução, os resultados
de testes e ensaios obtidos por procedimentos equivalentes, Art. 12 O não cumprimento do disposto nesta Re-
realizados no exterior. solução implicará na aplicação das penalidades previstas
no inciso XVI do art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro.
§ 1º Serão aceitos os resultados de ensaios admitidos por
órgãos reconhecidos pela Comissão ou Comunidade Euro- Art. 13 Esta Resolução entra em vigor na data de sua
peia e os Estados Unidos da América, em conformidade com publicação, revogadas as Resoluções
os procedimentos adotados por esses organismos. n.ºs 784/94, 73/98 e demais disposições em contrário.

§ 2º Nos casos previstos no § 1º deste artigo, a identi- RESOLUÇÃO Nº258. 30 DE NOVEMBRO DE 2007
ficação da conformidade dos vidros de segurança dar-se-á,
alternada ou cumulativamente, através de marcação indelével RESOLUÇÃO Nº258. 30 DE NOVEMBRO DE 2007
que contenha no mínimo a marca do fabricante e o sím-
bolo de conformidade da Comissão ou da Comunidade Regulamenta os artigos 231, X e 323 do Código
Europeia, constituídos pela letra “E” maiúscula acompanha- Trânsito Brasileiro, fixa metodologia de aferição de peso
da de um índice numérico, representando o país emitente de veículos, estabelece percentuais de tolerância e dá ou-
do certificado, inseridos em um círculo, ou pela letra “e” tras providências.

74
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO-CONTRAN, no Art. 4º. A fiscalização de peso dos veículos deve ser
uso das atribuições que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei feita por equipamento de pesagem (balança rodoviária) ou,
nº. 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código na impossibilidade, pela verificação de documento fiscal.
de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto nº. 4.711, de
29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do o
Art. 5 . Na fiscalização de peso dos veículos por ba-
Sistema Nacional de Trânsito; lança rodoviária será admitida à tolerância máxima de 5%
(cinco por cento) sobre os limites de pesos regulamentares,
Considerando a necessidade de regulamentar o inciso para suprir a incerteza de medição do equipamento, con-
X do artigo 231 e o artigo 323 do forme legislação metrológica.
Código de Trânsito Brasileiro;
Parágrafo único. No carregamento dos veículos, a tole-
Considerando o disposto nos artigos 99, 100 e o inciso rância máxima prevista neste artigo não deve ser incorpo-
V do artigo 231 do Código de rada aos limites de peso previstos em regulamentação
Trânsito Brasileiro; fixada pelo CONTRAN.
Considerando os limites de peso e dimensões para
Art. 6º. Quando o peso verificado for igual ou inferior
veículos estabelecidos pelo
ao PBT ou PBTC estabelecido para o veículo, acrescido da
CONTRAN, resolve:
tolerância de 5% (cinco por cento), mas ocorrer excesso de
o peso em algum dos eixos ou conjunto de eixos aplicar-se-á
Art. 1 . Para efeito desta Resolução e classificação do
veículo, o comprimento total é aquele medido do ponto multa somente sobre a parcela que exceder essa tolerância.
mais avançado da sua extremidade dianteira ao ponto mais o
avançado da sua extremidade traseira, inclusos todos os § 1 . A carga deverá ser remanejada ou ser efetuado
acessórios para os quais não esteja prevista uma exceção. transbordo, de modo a que os excessos por eixo sejam eli-
minados.
o
I - Na medição do comprimento dos veículos não se- § 2 . O veículo somente poderá prosseguir viagem de-
rão tomados em consideração os seguintes dispositivos: pois de sanar a irregularidade, respeitado o disposto no
a) limpador de pára-brisas e dispositivos de lava- artigo 9º desta Resolução sem prejuízo da multa aplicada.
gem do pára-brisas;
b) placas dianteiras e traseiras; Art. 7º. Quando o peso verificado estiver acima do PBT
c) dispositivos e olhais de fixação e amarração da ou PBTC estabelecido para o veículo, acrescido da tolerân-
carga, lonas e encerados; cia de 5% (cinco por cento), aplicar-se-á a multa somente
d) luzes; sobre a parcela que exceder essa tolerância.
e) espelhos retrovisores ou outros dispositivos Parágrafo único. O veículo somente poderá prosse-
similares; guir viagem depois de efetuar o transbordo, respeitado
f) tubos de admissão de ar; o disposto no artigo 9º desta Resolução.
g) batentes;
h) degraus e estribos de acesso; Art. 8º. O veículo só poderá prosseguir viagem
i) borrachas; após sanadas as irregularidades, observadas as condições
j) plataformas elevatórias, rampas de acesso, e de segurança.
outros equipamentos semelhantes, em ordem de marcha, § 1º Nos casos em que não for dispensado o remane-
desde que não constituam saliência superior a 200 mm; jamento ou transbordo da carga o veículo deverá ser re-
k) dispositivos de engate do veículo a motor.
colhido ao depósito, sendo liberado somente após sanada
a irregularidade e pagas todas as despesas de remoção e
Parágrafo Único - A medição do comprimento dos veí-
estada.
culos do tipo guindaste deverá
tomar como base, a ponta da lança e o suporte dos § 2º A critério do agente, observadas as condições de
contrapesos. segurança, poderá ser dispensado o remanejamento ou
transbordo de produtos perigosos, produtos perecíveis,
Art. 2º. Os instrumentos ou equipamentos utilizados cargas vivas e passageiros. passageiros.
para a medição de comprimento de veículos devem ter seu Art. 9º. Independentemente da natureza da sua carga,
modelo aprovado pelo Instituto Nacional de Metrologia, o veículo poderá prosseguir viagem sem remanejamento
Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO, de acordo ou transbordo, desde que os excessos aferidos sejam
com a legislação metrológica em vigor. simultaneamente inferiores a 5% (cinco por cento) do limi-
te para cada tipo de eixo, ou seja:
o I - 300 kg no eixo direcional;
Art.3 . Nenhum veículo ou combinação de veículos
poderá transitar com peso bruto total (PBT) ou com peso II - 500 kg no eixo isolado;
bruto total combinado (PBTC) com peso por eixo, superior III - 850 kg por conjuntos de eixos em tandem duplo, e;
ao fixado pelo fabricante, nem ultrapassar a capacidade IV - 1275 kg no conjunto de eixos em tandem triplo.
máxima de tração (CMT) da unidade tratora.

75
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 10. Os equipamentos fixos ou portáteis utilizados c) multiplicar o resultado de frações pelo valor previsto
na pesagem de veículos devem ter seu modelo aprovado para a faixa do excesso na tabela estabelecida no caput
pelo INMETRO, de acordo com a legislação metrológica em deste artigo.
vigor.
Art. 14. As infrações por exceder a Capacidade Máxima
Art. 11. A fiscalização dos limites de peso dos veículos, de Tração de que trata o inciso X do artigo 231 do CTB
por meio do peso declarado na Nota Fiscal, Conhecimento serão aplicadas a depender da relação entre o excesso de
ou Manifesto de carga poderá ser feita em qualquer tempo peso apurado e a CMT, da seguinte forma:
ou local, não sendo admitido qualquer tolerância sobre o a) até 600kg infração : média = R$ 85,13 (oitenta e
peso declarado. cinco reais e treze centavos);
o o b) entre 601 kg e 1.000kg infração : grave = R$ 127,69
Art. 12. Para fins dos parágrafos 4 e 6 do artigo 257 (cento e vinte e sete reais e sessenta e nove centavos);
do CTB, considera-se embarcador o remetente ou expedi- c) acima de 1.000kg infração : gravíssima = 191,54
dor da carga, mesmo se o frete for a pagar. (cento e noventa e um reais e cinquenta e quatro centa-
vos), aplicados a cada 500kg ou fração de excesso de peso
Art. 13. Para o calculo do valor da multa estabelecida
apurado.
no inciso V do art.231 do CTB serão aplicados os valores
Penalidade – Multa Medida Administrativa – Retenção
em Reais, para cada duzentos quilogramas ou fração,
do Veículo para Transbordo da carga.
conforme Resolução 136/02 do CONTRAN ou outra que
vier substituí-la. Art. 15. Cabe à autoridade com circunscrição sobre a
via disciplinar sobre a localização, a instalação e a opera-
Infração - média = R$ 85,13 (oitenta e cinco reais e ção dos instrumentos ou equipamentos de aferição de
treze centavos); peso de veículos assegurado o acesso à documentação
Penalidade - multa acrescida a cada duzentos quilo- comprobatória de atendimento a legislação metrológica.
gramas ou fração de excesso de peso apurado, na seguinte
forma: Art. 16. É obrigatória à presença da autoridade ou do
a) até seiscentos quilogramas = R$ 5,32 (cinco reais e agente da autoridade no local da aferição de peso dos veí-
trinta e dois centavos); culos, na forma prevista do § 4° do artigo 280 do CTB.
b) de seiscentos e um a oitocentos quilogramas = R$
10,64 (dez reais e sessenta e Art. 17. Fica permitida até 31 de dezembro de 2008 a
quatro centavos); tolerância máxima de 7,5% (sete e meio por cento) sobre
c) de oitocentos e um a um mil quilogramas = R$ 21,28 os limites de peso bruto transmitido por eixo de veículos a
(vinte e um reais e vinte e oito centavos); superfície das vias públicas.

d) de um mil e um a três mil quilogramas = R$ 31,92 Art. 18. Ficam revogadas as Resoluções do Contran nº
(trinta e um reais e noventa e dois centavos); 102, de 31 de agosto de 1999, nº
e) de três mil e um a cinco mil quilogramas = R$ 42,56 104, de 21 de dezembro de 1999, e nº 114, de 5 de
(quarenta e dois reais e cinquenta e seis centavos); maio de 2000.
f) acima de cinco mil e um quilogramas = R$ 53,20 Art. 19. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
(cinquenta e três reais e vinte centavos). publicação.
Medida Administrativa – Retenção do Veículo e trans-
bordo da carga excedente.
o RESOLUÇÃO Nº. 273, DE 04 DE ABRIL DE 2008
§ 1 . Mesmo que haja excessos simultâneos nos pesos
por eixo ou conjunto de eixos e no PBT ou PBTC, a multa de
RESOLUÇÃO Nº. 273, DE 04 DE ABRIL DE 2008
R$ 85,13 (oitenta e cinco reais e treze centavos) prevista no
inciso V do artigo 231 do CTB será aplicada uma única vez.
Regulamenta a utilização de semi-reboques por
o motocicletas e motonetas, define características, esta-
§ 2 Quando houver excessos tanto no peso por eixo
quanto no PBT ou PBTC, os valores dos acréscimos à multa belece critérios e dá outras providências.
serão calculados isoladamente e somados entre si, sendo O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CON-
adicionado ao resultado o valor inicial de R$ 85,13 (oitenta TRAN, usando da competência que lhe confere o inciso I
e cinco reais e treze centavos). do art. 12 da Lei nº. 9.503, de 23 de setembro de
o 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e,
§ 3 . O valor do acréscimo à multa será calculado da
seguinte maneira: conforme o Decreto nº. 4.711, de 29 de maio de 2003, que
a) enquadrar o excesso total na tabela progressiva pre- trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito.
vista no caput deste artigo;
b) dividir o excesso total por 200 kg, arredondando-se Considerando a necessidade de regulamentar o pará-
o valor para o inteiro superior, resultando na quantidade grafo 3º, do artigo 244 do Código Brasileiro de Trânsito,
de frações, e; com a redação dada pela Lei 10.517 de 11 de julho de 2002.

76
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

RESOLVE: Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua


Art. 1º - Motocicletas e motonetas dotadas de motor publicação, produzindo efeitos 90 (noventa) dias após a
com mais de 120 centímetros cúbicos poderão tracionar data de sua publicação.
semi-reboques, especialmente projetados e para uso ex-
clusivo desses veículos, devidamente homologados pelo
órgão máximo executivo de trânsito da União, observados RESOLUÇÃO N.º 277 , DE 28 DE MAIO DE 2008
os limites de capacidade máxima de tração, indicados pelo
fabricante ou importador da motocicleta ou da motoneta. RESOLUÇÃO N.º 277 , DE 28 DE MAIO DE 2008

Parágrafo único: A capacidade máxima de tração - CMT Dispõe sobre o transporte de menores de 10 anos e a
de que trata o caput deste artigo deverá constar no campo utilização do dispositivo de retenção para o transporte de
observação do CRLV. crianças em veículos.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
Art.2º Os engates utilizados para tracionar os semi no uso das atribuições legais que lhe confere o Art. 12, in-
-reboques de que trata esta resolução, devem cumprir ciso I, da Lei 9503, de 23 de setembro de 1997 que institui
com todas as exigências da Resolução nº 197, do CON- o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto 4711
TRAN, de de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do Siste-
25 de julho de 2006, a exceção do seu artigo 6°. ma Nacional de Trânsito, e
Considerando a necessidade de aperfeiçoar a regula-
Art.3º Os semi-reboques tracionados por motocicletas mentação dos artigos 64 e 65, do
e motonetas devem ter as seguintes características: Código de Trânsito Brasileiro;
Considerando ser necessário estabelecer as condições
§ 1º Elementos de Identificação: mínimas de segurança para o transporte de passageiros
I) Número de identificação veicular - VIN gravado com idade inferior a dez anos em veículos, resolve:
na estrutura do semi- reboque Art.1° Para transitar em veículos automotores, os me-
II) Ano de fabricação do veículo gravado em 4 dígitos nores de dez anos deverão ser transportados nos bancos
III) Plaqueta com os dados de identificação do fabri- traseiros usando individualmente cinto de segurança ou
sistema de retenção equivalente, na forma prevista no Ane-
cante, Tara, Lotação, PBT e
xo desta Resolução.
dimensões ( altura, comprimento e largura).
§1º. Dispositivo de retenção para crianças é o conjunto
§ 2° Equipamentos Obrigatórios: I) Pára-choque
de elementos que contém uma combinação de tiras com
traseiro;
fechos de travamento, dispositivo de ajuste, partes de fixa-
II) Lanternas de posição traseira, de cor vermelha;
ção e, em certos casos, dispositivos como: um berço por-
III) Protetores das rodas traseiras; IV) Freio de ser-
tátil porta-bebê, uma cadeirinha auxiliar ou uma proteção
viço;
anti-choque que devem ser fixados ao veículo, mediante a
V) Lanternas de freio, de cor vermelha; VI) Ilumina- utilização dos cintos de segurança ou outro equipamento
ção da placa traseira; apropriado instalado pelo fabricante do veículo com tal
VII) Lanternas indicativas de direção traseira, de cor finalidade.
âmbar ou vermelha; VIII) Pneu que ofereça condições de §2º. Os dispositivos mencionados no parágrafo ante-
segurança. rior são projetados para reduzir o risco ao usuário em casos
IX) Elementos retrorefletivos aplicados nas laterais e de colisão ou de desaceleração repentina do veículo, limi-
traseira, conforme anexo. tando o deslocamento do corpo da criança com idade até
sete anos e meio.
§ 3º Dimensões, com ou sem carga: § 3º As exigências relativas ao sistema de retenção, no
I) Largura máxima: 1,15 m; II) Altura máxima: 0,90m; transporte de crianças com até sete anos e meio de idade,
III) Comprimento total máximo (incluindo a lança de não se aplicam aos veículos de transporte coletivo, aos de
acoplamento): 2,15 m; aluguel, aos de transporte autônomo de passageiro (táxi),
aos veículos escolares e aos demais veículos com peso bru-
Art. 4º Cabe à autoridade de trânsito decidir sobre a to total superior a 3,5t.
circulação de motocicleta e de motoneta com semi-rebo- Art. 2º Na hipótese de a quantidade de crianças com
que acoplado, na via sob sua circunscrição. idade inferior a dez anos exceder a capacidade de lotação
do banco traseiro, será admitido o transporte daquela de
Art.5º O descumprimento das disposições desta Reso- maior estatura no banco dianteiro, utilizando o cinto de
lução sujeitará ao infrator às penalidades do artigo 244 do segurança do veículo ou dispositivo de retenção adequado
Código de Trânsito Brasileiro. ao seu peso e altura.
Parágrafo único. Excepcionalmente, nos veículos do-
Parágrafo único. Dirigir ou conduzir veiculo fora das tados exclusivamente de banco dianteiro, o transporte de
especificações contidas no anexo desta Resolução, incidirá crianças com até dez anos de idade poderá ser realizado
o condutor nas penalidades do inciso X do art. 230 do Có- neste banco, utilizando-se sempre o dispositivo de reten-
digo de Trânsito Brasileiro. ção adequado ao peso e altura da criança.

77
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 3°. Nos veículos equipados com dispositivo suple- verão remeter ao órgão executivo de trânsito da União,
mentar de retenção (airbag), para o passageiro do banco informações e estatísticas sobre a aplicação desta Re-
dianteiro, o transporte de crianças com até dez anos de solução, seus benefícios, bem como sugestões para aper-
idade neste banco, conforme disposto no Artigo 2º e feiçoamento das medidas ora adotadas.
seu parágrafo, poderá ser realizado desde que utilizado Art. 9º O não cumprimento do disposto nesta Resolu-
o dispositivo de retenção adequado ao seu peso e altura e ção sujeitará os infratores às penalidades prevista no art.
observados os seguintes requisitos: 168 do CTB.
I – É vedado o transporte de crianças com até sete anos Art.10º Fica revogada a Resolução n.º 15, de 06 de ja-
e meio de idade, em dispositivo de retenção posicionado neiro de 1998, do CONTRAN
em sentido contrário ao da marcha do veículo.
II – É permitido o transporte de crianças com até sete
anos e meio de idade, em dispositivo de retenção posi- RESOLUÇÃO N.º 286 DE 29 DE JULHO DE 2008
cionado no sentido de marcha do veículo, desde que não
possua bandeja, ou acessório equivalente, incorporado ao RESOLUÇÃO N.º 286 DE 29 DE JULHO DE 2008
dispositivo de retenção;
III - Salvo instruções específicas do fabricante do veí- Estabelece placa de identificação e define procedi-
culo, o banco do passageiro dotado de airbag deverá ser mentos para o registro, emplacamento e licenciamento,
ajustado em sua última posição de recuo, quando ocorrer pelos órgãos de trânsito em conformidade com o Registro
o transporte de crianças neste banco. Nacional de Veículos Automotores – RENAVAM, de veí-
Art. 4º. Com a finalidade de ampliar a segurança dos culos automotores pertencentes às Missões Diplomá-
ocupantes, adicionalmente às prescrições desta Resolução, ticas e às Delegações Especiais, aos agentes diplomáticos,
o fabricante e/ou montador e/ou importador do veículo às Repartições Consulares de Carreira, aos agentes con-
poderá estabelecer condições e/ou restrições específicas sulares de carreira, aos Organismos Internacionais e seus
para o uso do dispositivo de retenção para crianças com funcionários, aos Funcionários Estrangeiros Administrati-
até sete anos e meio de idade em seus veículos, sendo que vos e Técnicos das Missões Diplomáticas, de Delegações
tais prescrições deverão constar do manual do proprietário. Especiais e de Repartições Consulares de Carreira e aos
Parágrafo único. Na ocorrência da hipótese prevista
Peritos Estrangeiros de Cooperação Internacional.
no caput deste artigo, o fabricante ou importador deverá
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CON-
comunicar a restrição ao DENATRAN no requerimento de
TRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12,
concessão da marca/modelo/versão ou na atualização do
inciso I, da Lei nº 9.503 de 23 de setembro de 1997, que
Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT)
instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o De-
Art. 5º. Os manuais dos veículos automotores, em ge-
creto n° 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a
ral, deverão conter informações a respeito dos cuidados no
coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e;
transporte de crianças, da necessidade de dispositivos de
retenção e da importância de seu uso na forma do artigo
338 do CTB. Considerando as proposições apresentadas pelo Mi-
Art 6º. O transporte de crianças em desatendimento nistério das Relações Exteriores e a necessidade do regis-
ao disposto nesta Resolução sujeitará os infratores às san- tro e licenciamento dos veículos automotores pertencentes
ções do artigo 168, do Código de Trânsito Brasileiro. às Missões Diplomáticas, Delegações Especiais, Reparti-
Art 7º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua ções Consulares de Carreira e de Representações de Orga-
publicação, produzindo efeito nos seguintes prazos: nismos Internacionais;
I – a partir da data da publicação desta Resolução as
autoridades de trânsito e seus agentes deverão adotar RESOLVE:
medidas de caráter educativo para esclarecimento dos Considerando o que consta no processo n.º
usuários dos veículos quanto à necessidade do atendi- 80001.024239/2006-06,
mento das prescrições relativas ao transporte de crianças;
II - a partir de 360 ( trezentos e sessenta ) dias após Art. 1º Os veículos automotores pertencentes às Mis-
a publicação desta Resolução, os órgãos e entidades com- sões Diplomáticas e às Delegações Especiais, aos agentes
ponentes do Sistema Nacional de Trânsito deverão iniciar diplomáticos, às Repartições Consulares de Carreira, aos
campanhas educativas para esclarecimento dos condu- agentes consulares de carreira, aos Organismos Inter-
tores dos veículos no tocante aos requisitos obrigatórios nacionais e seus funcionários, aos Funcionários Estran-
relativos ao transporte de crianças; geiros Administrativos e Técnicos das Missões Diplomá-
III - Em 730 dias, após a publicação desta Resolução, ticas, de Delegações Especiais e de Repartições Consulares
os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacio- de Carreira e aos Peritos Estrangeiros de Cooperação In-
nal de Trânsito fiscalizarão o uso obrigatório do sistema ternacional, serão registrados, emplacados e licenciados
de retenção para o transporte de crianças ou equivalente. pelos órgãos de trânsito em conformidade com o Registro
Art. 8º Transcorrido um ano da data da vigência plena Nacional de Veículos Automotores - RENAVAM.
desta Resolução, os órgãos executivos de trânsito dos § 1º Os documentos de registro e de licenciamento dos
Estados e do Distrito Federal, bem como as entidades veículos a que se refere o caput do artigo são os previstos
que acompanharem a execução da presente Resolução, de- na legislação pertinente.

78
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 2º As placas de identificação dos veículos de que tra- Parágrafo único. O licenciamento anual somente
ta esta Resolução são as previstas na Resolução do CON- será efetivado quando não houver restrição por parte do
TRAN nº 231/07, alterada pela Resolução nº 241/07, terão Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores.
o fundo na cor azul e os caracteres na cor branca e as com- Art. 5º O Departamento Nacional de Trânsito - DENA-
binações alfanuméricas obedecerão a faixas específicas do TRAN deverá providenciar até 31 de dezembro de 2008,
RENAVAM distribuídas para cada unidade de federação, e todos os aplicativos necessários no RENAVAM para o seu
deverão conter as seguintes gravações estampadas na funcionamento adequado ao disposto nesta Resolução
parte central superior da placa (tarjeta), substituindo-se e para viabilizar o acesso do Cerimonial do Ministério
a identificação do Município: das Relações Exteriores.
I - CMD, para os veículos de uso de Chefes de Missão Art. 6º Os veículos de que trata esta Resolução, já em
Diplomática e de Delegações Especiais; circulação, deverão estar registrados, emplacados e licen-
ciados pelos órgãos de trânsito nos termos desta resolução
II - CD, para os veículos pertencentes a Missão Diplo- até o dia 31 de dezembro de 2009.
mática, a Delegações Especiais e a agentes diplomáticos; Art. 7º Esta Resolução entra em vigor a partir de 1° de
III - CC, para os veículos pertencentes a Repartições janeiro de 2009, revogando a Resolução nº 835/97.
Consulares de Carreira e a agentes consulares de carreira;
IV - OI, para os veículos pertencentes às Represen-
tações de Organismos RESOLUÇÃO Nº 292, DE 29 DE AGOSTO DE
Internacionais, aos Organismos Internacionais com 2008
sede no Brasil e a seus representantes;
V - ADM, para os veículos pertencentes a funcioná- RESOLUÇÃO Nº 292, DE 29 DE AGOSTO DE 2008
rios administrativos e técnicos estrangeiros de Missões Di-
plomáticas, Delegações Especiais, Repartições Consulares Dispõe sobre modificações de veículos previstas nos
de Carreira, Representações de Organismos Internacionais arts.
e Organismos Internacionais com sede no Brasil; 98 e 106 da Lei nº 9503, de 23 de setembro de 1997,
VI - CI, para os veículos pertencentes a peritos estran- que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e dá ou-
geiros, sem residência permanente, que venham ao Brasil tras providências.
no âmbito de Acordo de Cooperação Internacional. O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
Art. 2º O registro do veículo, a expedição do Certificado usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I,
de Registro e a designação da combinação alfanumérica da da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o
placa de identificação serão realizadas pelos órgãos execu- Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme Decreto n
tivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal mediante 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do
a apresentação de autorização expedida pelo Cerimonial Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
do Ministério das Relações Exteriores.
§ 1º Além da expedição da autorização de que trata o Art. 1º Estabelecer as modificações permitidas em
caput deste artigo, o Cerimonial do Ministério das Relações veículo registrado no Órgão
Exteriores providenciará o pré-cadastro do veículo no RE- Executivo de Trânsito dos Estados ou do Distrito Fe-
NAVAM com as informações necessárias para o registro do deral.
veículo nas repartições de trânsito.
§ 2º Os veículos de que trata esta Resolução serão re- Parágrafo único: Os veículos e sua classificação quanto
gistrados conforme a categoria indicada na letra “b” do in- à espécie, tipo e carroçaria estão descritos no Anexo I da
ciso III do art. 96 do Código de Trânsito Brasileiro. Resolução 291/08–CONTRAN
Art. 3º Todo ato translativo de propriedade e a mudan-
ça de categoria dos veículos de que trata esta Resolução Art. 2º As modificações permitidas em veículos, bem
serão procedidos pelos órgãos executivos de trânsito dos como a exigência para cada modificação e a nova classi-
Estados e do Distrito Federal com as seguintes exigências: ficação dos veículos após modificados, quanto ao tipo/
I - autorização expedida pelo Cerimonial do Ministério espécie e carroçaria, para fins de registro e emissão de
das Relações Exteriores; CRV/CRLV, constam no Anexo desta Resolução.
II - indicação da liberação da transação no RENAVAM,
que deverá ser procedida pelo Cerimonial do Ministério Parágrafo único: Além das modificações previstas
das Relações Exteriores; nesta Resolução, também são permitidas as transforma-
III - o veículo deverá estar adequado à legislação de ções em veículos previstas no Anexo II da Resolução
trânsito vigente. n 291/08 – CONTRAN, as quais devem ser precedidas de
Art. 4º Os veículos registrados e emplacados conforme obtenção de código de marca/modelo/versão nos termos
dispõe esta Resolução deverão ser licenciados anualmen- nela estabelecidos.
te, observando-se os casos de imunidade e isenções
previstos na legislação e nos atos internacionais em Art. 3º As modificações em veículos devem ser prece-
vigor, devidamente declarados por intermédio do Cerimo- didas de autorização da autoridade responsável pelo regis-
nial do Ministério das Relações Exteriores. tro e licenciamento.

79
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Parágrafo único: A não observância do disposto no I - Certificado de Segurança Veicular – CSV expedido
caput deste artigo incorrerá nas penalidades e medidas por Instituição Técnica Licenciada pelo DENATRAN e acre-
administrativas previstas no art. 230, inciso VII, do Código ditada pelo INMETRO, conforme regulamentação especí-
de Trânsito Brasileiro. fica, onde conste a identificação do instalador registrado
pelo INMETRO, que executou o serviço.
Art. 4º Quando houver modificação exigir-se-á reali-
zação de inspeção de segurança veicular para emissão do II – O Certificado Ambiental para uso de Gás Natural
Certificado de Segurança Veicular – CSV, conforme regula- em Veículos Automotores – CAGN, expedido pelo Instituto
mentação específica do INMETRO, expedido por Insti- Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Re-
nováveis – IBAMA, ou aposição do número do mesmo no
tuição Técnica Licenciada pelo DENATRAN, respeitadas
CSV.
as disposições constantes na tabela do Anexo desta Reso-
lução. § 3º Anualmente, para o licenciamento dos veículos
que utilizam o Gás Natural Veicular como combustível será
Parágrafo único: O número do Certificado de Seguran- exigida a apresentação de novo Certificado de Segurança
ça Veicular – CSV, deve ser registrado no campo das ob- Veicular – CSV.
servações do Certificado de Registro de Veículos – CRV e
do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos – Art. 8º Ficam proibidas:
CRLV, enquanto que as modificações devem ser registra- I - A utilização de rodas/pneus que ultrapassem os li-
das nos campos específicos e, quando estes não existirem, mites externos dos pára-lamas do veículo;
no campo das observações do CRV/CRLV II - O aumento ou diminuição do diâmetro externo do
conjunto pneu/roda;
Art. 5º Somente serão registrados, licenciados e em- III – A substituição do chassi ou monobloco de veículo
por outro chassi ou monobloco, nos casos de modifica-
placados com motor alimentado a óleo diesel, os veícu-
ção, furto/roubo ou sinistro de veículos, com exceção
los autorizados conforme a Portaria nº 23, de 6 de junho
de sinistros em motocicletas e assemelhados
de 1994, baixada pelo extinto Departamento Nacional de IV – A alteração das características originais das molas
Combustíveis – DNC, do Ministério de Minas e Energia e do veículo, inclusão, exclusão ou modificação de dispositi-
regulamentação especifica do DENATRAN. vos da suspensão.
Art. 9º O Instituto Nacional de Metrologia, Normaliza-
Parágrafo único: Fica proibida a modificação da estru- ção e Qualidade Industrial – INMETRO deverá estabelecer
tura original de fábrica dos veículos programa de avaliação da conformidade para os seguintes
para aumentar a capacidade de carga, visando o uso produtos:
do combustível Diesel a) eixo veicular para caminhão, caminhão-trator, ôni-
Art. 6º Na troca do sistema de suspensão não bus, reboques e semi-reboques;
será permitida a utilização de sistemas de suspensão b) eixo direcional para caminhões, caminhões-tratores,
com regulagem de altura ônibus, reboques e semi-reboques;
c) eixo auto-direcional traseiro para caminhões, cami-
nhões-tratores, ônibus, reboques e semi-reboques
Parágrafo único: Para os veículos que tiverem sua sus-
§ 1º: Para as modificações previstas nas alíneas deste
pensão modificada, deve-se fazer constar no campo das artigo, será exigido o Certificado de
observações do Certificado de Registro de Veículo - CRV Segurança Veicular – CSV, a Comprovação de atendi-
e do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo mento à regulamentação do INMETRO e Nota Fiscal do
- CRLV a nova altura do veículo medida verticalmente do eixo, o qual deverá ser sem uso.
solo ao ponto do farol baixo (original) do veículo. § 2º: Enquanto o INMETRO não estabelecer o progra-
ma de avaliação da conformidade dos produtos elencados
Art. 7º É permitido, para fins automotivos, exceto neste artigo, os DETRANs deverão exigir, para fins de
para ciclomotores, motonetas, motocicletas e triciclos, o registro das alterações, o Certificado de Segurança Vei-
uso do Gás Natural Veicular – GNV como combustível. cular – CSV, a Nota Fiscal do eixo sem uso, Anotação de
Responsabilidade Técnica para a adaptação, emitida por
§1º Os componentes do sistema devem estar certifi- profissional legalmente habilitado e, no caso de eixos dire-
cados no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da cionais ou auto-direcionais, notas fiscais dos componentes
de direção, os quais deverão ser sem uso.
Conformidade, conforme regulamentação específica do
Art. 10 Dos veículos que sofrerem modificações para
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Quali- viabilizar a condução por pessoa com deficiência ou para
dade Industrial – INMETRO. aprendizagem em centros de formação de condutores
deve ser exigido o CSV - Certificado de Segurança Veicular.
§2º Por ocasião do registro será exigido dos veículos Art.11 Os veículos pré-cadastrados, cadastrados ou
automotores que utilizarem como combustível o Gás Na- modificados a partir da data de entrada em vigor desta Re-
tural Veicular – GNV: solução devem ser classificados conforme a tabela cons-
tante no Anexo.

80
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 12 Em caso de complementação de veículo O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN,


inacabado tipo caminhão, com carroçaria aberta ou fe- no uso das atribuições legais que lhe confere o art. 12, in-
chada, os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do ciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que
Distrito Federal devem registrar no Certificado de Regis- instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme
tro de Veículos - CRV e Certificado de Registro e Licen- o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe so-
ciamento de Veículos – CRLV o comprimento da carroçaria. bre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
Art. 13 Fica garantido o direito de circulação, até o
sucateamento, aos veículos modificados antes da entrada Considerando a necessidade de estabelecer os exa-
em vigor desta Resolução, desde que os seus proprietários mes exigidos no artigo 160 e seus parágrafos do Código
tenham cumprido todos os requisitos exigidos para a de Trânsito Brasileiro;
sua regularização, mediante comprovação no Certificado
Considerando para fins da aplicação do art. 160, § 1º, o
de Registro de Veículo – CRV e no Certificado de Registro e
Princípio da Segurança do Trânsito, onde deverá ser avalia-
Licenciamento de Veículo – CRLV. da a aptidão física, mental e psicológica e a forma de dirigir
Art. 14 Serão consideradas alterações de cor aquelas do condutor envolvido em acidente grave;
realizadas através de pintura ou adesivamento em área su-
perior a 50% do veículo, excluídas as áreas envidraçadas. Considerando a necessidade de adoção de normas
Parágrafo único: será atribuída a cor fantasia quando complementares de padronização do processo administra-
for impossível distinguir uma cor predominante no veículo. tivo adotado pelos órgãos e entidades de trânsito de um sis-
Art. 15 Na substituição de equipamentos veicula- tema integrado para fins de aplicação do art. 160 do CTB; e
res, em veículos já registrados, os Órgãos Executivos de
Trânsito dos Estados e do Distrito Federal devem exigir a Considerando o conteúdo do processo nº
apresentação dos seguintes documentos em relação ao 80001.011947/2008-31, RESOLVE: Disposições Preliminares
equipamento veicular: Art. 1º Estabelecer o procedimento administrativo
I - Equipamento veicular novo ou fabricado após a en- para submissão do condutor a novos exames para que
trada em vigor da Portaria nº 27 do DENATRAN, de 07 de possa voltar a dirigir quando for condenado por crime de
maio de 2002: trânsito, ou quando envolvido em acidente grave.
a) CSV;
b) CAT; Art. 2º Os procedimentos de que trata esta Resolução
serão adotados pela autoridade do órgão executivo de
c) Nota Fiscal;
trânsito de registro da habilitação, em processo adminis-
II - Equipamento veicular usado ou reformado fabrica-
trativo, assegurada a ampla defesa, no caso de condutor
do antes da entrada em vigor da envolvido em acidente grave.
Portaria nº 27 do DENATRAN, de 07 de maio de 2002:
a) CSV, Parágrafo único. Os órgãos e entidades do Sistema Na-
b) comprovação da procedência, através de nota fiscal cional de Trânsito – SNT deverão prover os órgãos executi-
original de venda ou mediante declaração do proprietário, vos de trânsito de registro da habilitação das informações
responsabilizando-se civil e criminalmente pela procedên- necessárias ao cumprimento desta Resolução.
cia lícita do equipamento veicular.
Art. 16 O órgão máximo executivo de trânsito da União Seção I
- DENATRAN poderá mediante estudos técnicos elabora- Do condutor condenado por delito de trânsito
dos pela Coordenação Geral de Infra-Estrutura de Trânsito
alterar a tabela constante do Anexo. Art. 3º O condutor condenado por delito de trânsito
Art. 17 Esta Resolução entra em vigor na data de sua deverá ser submetido e aprovado nos seguintes exames:
publicação, ficando revogada a I - de aptidão física e mental; II - avaliação psicológica;
Resolução nº 262/07– CONTRAN. III - escrito, sobre legislação de trânsito; e

IV - de direção veicular, realizado na via pública, em


veículo da categoria para a qual estiver habilitado.
RESOLUÇÃO Nº 300, DE 04 DE DEZEMBRO DE
2008. Art. 4º O disposto no artigo 3º só poderá ser aplicado
após o trânsito em julgado da sentença condenatória.
RESOLUÇÃO Nº 300, DE 04 DE DEZEMBRO DE
2008. Art. 5º A autoridade de trânsito, após ser cientificada
da decisão judicial, deverá notificar o condutor para entre-
gar seu documento de habilitação (Autorização/Permissão/
Estabelece procedimento administrativo para submis- Carteira Nacional de Habilitação) fixando prazo não inferior
são do condutor a novos exames para que possa voltar a quarenta e oito horas, contadas a partir do recebimento.
a dirigir quando condenado por crime de trânsito, ou
quando envolvido em acidente grave, regulamentando o § 1º Encerrado o prazo previsto no caput deste artigo,
art. nº 160 do Código de Trânsito Brasileiro. deverá ser efetuado o bloqueio no RENACH.

81
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 2º Se o condutor for flagrado conduzindo veículo, § 5º A notificação devolvida por desatualização do en-
após encerrado o prazo da entrega do documento de ha- dereço do condutor no RENACH será considerada válida
bilitação, este será recolhido e encaminhado ao órgão de para todos os efeitos legais.
trânsito do registro da habilitação.
§ 6º A notificação a pessoal de missões diplomáticas,
Art. 6º O documento de habilitação ficará apreendido de repartições consulares de carreira e de representações de
e após o cumprimento da decisão judicial e de submissão a organismos internacionais e de seus integrantes será reme-
novos exames, com a devida aprovação nos mesmos, será tida ao Ministério das Relações Exteriores para as providên-
emitido um novo documento de habilitação mantendo-se cias cabíveis, passando a correr os prazos a partir do seu
o mesmo registro. conhecimento pelo condutor.

Seção II Art. 10. A defesa deverá ser interposta por escrito, no


Do condutor envolvido em acidente grave prazo estabelecido, contendo, no mínimo, os seguintes da-
dos:
Art. 7º O disposto no parágrafo 1º do art. 160 tem por
finalidade reavaliar as condições do condutor envolvido I - nome do órgão de registro da habilitação a que se
em acidente grave nos aspectos físico, mental, psicoló- dirige; II - qualificação do condutor;
gico e demais circunstâncias que revelem sua aptidão para III - exposição dos fatos, fundamentação legal do pedi-
continuar a conduzir veículos automotores. do, documentos que comprovem a alegação; e
Art. 8º O ato instaurador do processo administrativo IV - data e assinatura do requerente ou de seu represen-
conterá a qualificação do condutor, descrição sucinta do tante legalmente habilitado, mediante procuração, na forma
fato e indicação dos dispositivos legais pertinentes. da lei, sob pena de não conhecimento da defesa. .
Parágrafo único. Instaurado o processo, far-se-á a res- Parágrafo único A defesa deverá ser acompanhada de
pectiva anotação no prontuário do condutor, a qual não cópia de identificação civil que comprove a assinatura do
constituirá qualquer impedimento ao exercício dos seus condutor.
direitos.
Art. 11. Recebida a defesa, a instrução do processo far-
Art. 9º A autoridade de trânsito competente para de-
se-á através de adoção das medidas julgadas pertinentes,
terminar a submissão a novos exames deverá expedir no-
requeridas ou de ofício, inclusive quanto à requisição de in-
tificação ao condutor, contendo no mínimo, os seguintes
formações a demais órgãos ou entidades de trânsito.
dados:
I - a identificação do condutor e do órgão de registro
Parágrafo único. Os órgãos e entidades do Sistema Na-
da habilitação;
II - os fatos e fundamentos legais que ensejaram a cional de Trânsito, quando solicitados, deverão disponibili-
abertura do processo administrativo; e zar, em até trinta dias contados do recebimento da solicita-
III - a finalidade da notificação: ção, os documentos e informações necessários à instrução
do processo administrativo.
a) dar ciência da instauração do processo administra-
tivo; e Art.12. Concluída a análise do processo administrativo,
a autoridade do órgão executivo de trânsito de registro da
b) estabelecer data do término do prazo para apresen- habilitação proferirá decisão motivada e fundamentada.
tação da defesa.
§ 1º A notificação será expedida ao condutor por re- Art. 13. Acolhida as razões de defesa, o processo será
messa postal, por meio tecnológico hábil ou por os outros arquivado, dando-se ciência ao interessado.
meios que assegurem a sua ciência.
Art. 14. Em caso de não acolhimento da defesa, ou do
§ 2º Esgotados todos os meios previstos para notificar seu não exercício no prazo legal, a autoridade de trânsito
o condutor, a notificação dar-se-á por edital, na forma da determinará ao condutor a submissão aos seguintes exames:
lei. I - de aptidão física e mental; II - avaliação psicológica;
III - escrito, sobre legislação de trânsito; IV - noções de
§ 3º A ciência da instauração do processo e da data primeiros socorros; e
do término do prazo para apresentação da defesa também V - de direção veicular, realizado na via pública, em veí-
poderá se dar no próprio órgão ou entidade de trânsito culo da categoria para a qual estiver habilitado.
responsável pelo processo.
Art. 15. A autoridade de trânsito após determinar a sub-
§ 4º Da notificação constará a data do término do pra- missão a novos exames notificará o condutor, utilizando os
zo para a apresentação da defesa, que não será inferior a mesmos procedimentos dos §§ 1º, 2º e 5º do art. 9º desta
trinta dias contados a partir da data da notificação da ins- Resolução, e contendo no mínimo os seguintes dados:
tauração do processo administrativo.

82
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

I - prazo de no mínimo quarenta e oito horas, a con- Considerando que as questões de estacionamento
tar do seu recebimento, para a entrega do documento de de veículo são de interesse estratégico para o trânsito e
habilitação, quando determinada a sua apreensão pela au- para a ordenação dos espaços públicos;
toridade executiva estadual de trânsito, nos termos do pa-
rágrafo 2º do artigo 160, do CTB. Considerando a necessidade de definir e regulamentar
os diversos tipos de áreas de estacionamentos específicos
II - identificação do órgão de registro da habilitação; de veículos e área de segurança de edificação pública, re-
solve:
III - identificação do condutor e número do registro do
documento de habilitação; IV - número do processo ad- Art.1º As áreas destinadas ao estacionamento específi-
ministrativo; e co, regulamentado em via pública aberta à circulação, são
V - a submissão a novos exames e sua fundamentação estabelecidas e regulamentadas pelo órgão ou entidade
legal. executiva de trânsito com circunscrição sobre a via,
nos termos desta Resolução.
Art. 16. Encerrado o prazo para a entrega do docu-
mento de habilitação à Autoridade de Art.2º Para efeito desta Resolução são definidas as se-
Trânsito, a decisão será inscrita no RENACH. guintes áreas de estacionamentos específicos:
Disposições Finais
Art. 17. No curso do processo administrativo de que I – Área de estacionamento para veículo de aluguel é
trata esta Resolução não incidirá nenhuma restrição no a parte da via sinalizada para o estacionamento exclusivo
prontuário do condutor, inclusive para fins de mudança de de veículos de categoria de aluguel que prestam serviços
categoria do documento de habilitação, renovação e trans- públicos mediante concessão, permissão ou autorização
ferência para outra unidade da Federação, até a ciência da do poder concedente.
notificação de que trata o art. 15.
§ 1º O processo administrativo deverá ser concluído no II - Área de estacionamento para veículo de portador
órgão executivo estadual de trânsito de deficiência física é a parte da via sinalizada para o
que o instaurou, mesmo que haja transferência do estacionamento de veículo conduzido ou que transporte
prontuário para outra unidade da Federação. portador de deficiência física, devidamente identificado e
§ 2º O órgão executivo estadual de trânsito que com autorização conforme legislação específica.
instaurou o processo e determinou a
submissão a novos exames, deverá comunicá-la ao ór- III - Área de estacionamento para veículo de idoso é a
gão executivo estadual de trânsito para onde foi transferi- parte da via sinalizada para o estacionamento de veículo
do o prontuário, para fins de seu efetivo cumprimento. conduzido ou que transporte idoso, devidamente iden-
Art. 18. O curso de reciclagem previsto no art. 268 III e tificado e com autorização conforme legislação específica.
IV do CTB e os exames descritos nesta resolução deverão
ser realizados pelo órgão executivo de trânsito responsável IV - Área de estacionamento para a operação de carga
pelo prontuário do condutor ou por entidade credencia- e descarga é a parte da via sinalizada para este fim, confor-
da, por ele indicada, exceto o exame de prática de direção me definido no Anexo I do CTB.
veicular que é realizado exclusivamente por aquele órgão.
Parágrafo único. O órgão executivo de trânsito poderá V - Área de estacionamento de ambulância é a parte da
autorizar em caráter excepcional a realização dos exames e via sinalizada, próximo a hospitais, centros de atendimen-
da reciclagem em outra unidade da Federação. tos de emergência e locais estratégicos para o
Art. 19. Esta Resolução entra em 1º de julho de 2009. estacionamento exclusivo de ambulâncias devidamen-
te identificadas.

RESOLUÇÃO 302 DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008 VI - Área de estacionamento rotativo é a parte da via


sinalizada para o estacionamento de veículos, gratuito
RESOLUÇÃO 302 DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008 ou pago, regulamentado para um período determinado
pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.

Define e regulamenta as áreas de segurança e de VII - Área de estacionamento de curta duração é a par-
estacionamentos específicos de veículos. te da via sinalizada para estacionamento não pago, com
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando uso obrigatório do pisca-alerta ativado, em período de
da competência que lhe confere o artigo 12, inciso I da Lei tempo determinado e regulamentado de até 30 minutos.
9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de
Trânsito Brasileiro - CTB e conforme Decreto nº 4.711 de VIII - Área de estacionamento de viaturas policiais é a
29 de maio de 2003, que dispõe sobre a Coordenação do parte da via sinalizada, limitada à testada das insti-
Sistema Nacional de Trânsito; tuições de segurança pública, para o estacionamento
exclusivo de viaturas policiais devidamente caracterizadas.

83
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 3º. As áreas de estacionamento previstas no Considerando a necessidade de uniformizar, em âmbi-


art. 2º devem ser sinalizadas conforme padrões e critérios to nacional, os procedimentos para sinalização e fiscaliza-
estabelecidos pelo CONTRAN. ção do uso de vagas regulamentadas para estacionamento
exclusivo de veículos utilizados por idosos;
Art. 4º. Não serão regulamentadas as áreas de estacio-
namento específico previstas no art. 2º, incisos II, IV, V e VIII Considerando a Lei Federal nº 10.741, de 1º de outubro
desta Resolução quando a edificação dispuser de área de de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso, que em
estacionamento interna e/ou não atender ao disposto no seu art. 41 estabelece a obrigatoriedade de se destinar 5%
art. 93 do CTB. (cinco por cento) das vagas em estacionamento regula-
mentado de uso público para serem utilizadas exclusi-
Art. 5º. Área de Segurança é a parte da via necessária à vamente por idosos, resolve:
segurança das edificações públicas ou consideradas espe-
ciais, com extensão igual à testada do imóvel, nas quais a Art. 1º As vagas reservadas para os idosos serão sina-
parada e o estacionamento são proibidos, sendo vedado o lizadas pelo órgão ou entidade de trânsito com cir-
seu uso para estacionamento por qualquer veículo. cunscrição sobre a via utilizando o sinal de regu-
lamentação R-6b “Estacionamento regulamentado” com
§ 1º Esta área é estabelecida pelas autorida- informação complementar e a legenda “IDOSO”, conforme
des máximas locais representativas da União, dos Estados, Anexo I desta Resolução e os padrões e critérios estabele-
Distrito Federal e dos Municípios, vinculados à Segurança cidos pelo CONTRAN.
Pública;
Art. 2º Para uniformizar os procedimentos de fiscaliza-
§ 2º O projeto, implantação, sinalização e fisca- ção deverá ser adotado o modelo da credencial previsto no
lização da área de segurança são de competência do Anexo II desta Resolução.
órgão ou entidade executivo de trânsito com circunscri-
ção sobre a via, decorrente de solicitação formal, caben- § 1º A credencial confeccionada no modelo defini-
do por esta Resolução terá validade em todo o território
do-lhe aplicar as penalidades e medidas administrativas
nacional.
previstas no Código de Trânsito Brasileiro;
§ 2º A credencial prevista neste artigo será emitida pelo
§ 3º A área de segurança deve ser sinalizada com
órgão ou entidade executiva de trânsito do Município de
o sinal R-6c “Proibido Parar e Estacionar”, com a informa-
domicílio da pessoa idosa a ser credenciada.
ção complementar “Área de Segurança”.
§ 3º Caso o Município ainda não esteja integrado ao
Art. 6º. Fica vedado destinar parte da via para estacio- Sistema Nacional de Trânsito, a credencial será expedida
namento privativo de qualquer veículo em situações de uso pelo órgão ou entidade executiva de trânsito do Estado.
não previstas nesta Resolução.
Art. 3º Os veículos estacionados nas vagas reservadas
Art. 7º. Os órgãos ou entidades com circunscrição so- de que trata esta Resolução deverão exibir a credencial a
bre a via têm o prazo de até 360 (trezentos e sessenta) que se refere o art. 2º sobre o painel do veículo, com a
dias, a partir da data de publicação desta Resolução, para frente voltada para cima.
adequar as áreas de estacionamento específicos existentes
ao disposto nesta Resolução. Art. 4º O uso de vagas destinadas às pessoas idosas
Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na data da em desacordo com o disposto nesta Resolução caracteriza
sua publicação, revogada a Resolução nº 592/82 e as de- infração prevista no art. 181, inciso XVII do CTB.
mais disposições em contrário.
Art. 5º A autorização poderá ser suspensa ou cassada,
RESOLUÇÃO Nº 303, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008 a qualquer tempo, a critério do órgão emissor, se verificada
(*) quaisquer das seguintes irregularidades na credencial:

I - uso de cópia efetuada por qualquer processo;


RESOLUÇÃO Nº 303, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008 (*) II - rasurada ou falsificada;
III - em desacordo com as disposições contidas nesta
Dispõe sobre as vagas de estacionamento de veículos Resolução, especialmente se constatada que a vaga espe-
destinadas exclusivamente às pessoas idosas. cial não foi utilizada por idoso.
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando
da competência que lhe confere o artigo 12, inciso I da Lei Art. 6º Os órgãos ou entidades com circunscrição sobre
nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código a via têm o prazo de até 360 (trezentos e sessenta) dias, a
de Trânsito Brasileiro - CTB e conforme Decreto nº 4.711, partir da data de publicação desta Resolução, para adequar
de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a Coordenação as áreas de estacionamento específicos existentes ao dis-
do Sistema Nacional de Trânsito; posto nesta Resolução.

84
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Alfredo Peres da Silva - Presidente


Marcelo Paiva dos Santos - Ministério da Justiça Rui César da Silveira Barbosa - Ministério da Defesa Edson Dias Gon-
çalves - Ministério dos Transportes
Jose Antonio Silvério - Ministério da Ciência e Tecnologia

Carlos Alberto Ferreira dos Santos - Ministério do Meio Ambiente

Valter Chaves Costa - Ministério da Saúde


(*) Republicada por ter saído com incorreção, do original, no DOU, de 22 de dezembro de 2008, Seção I, pág. 292.

85
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

86
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

RESOLUÇÃO 304 DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008

Dispõe sobre as vagas de estacionamento destinadas exclusivamente a veículos que transportem pessoas portadoras de
deficiência e com dificuldade de locomoção.
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando da competência que lhe confere o artigo 12, inciso I da Lei 9.503, de
23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro - CTB e conforme Decreto nº 4.711 de 29 de maio de 2003,
que dispõe sobre a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;

Considerando a necessidade de uniformizar, em âmbito nacional, os procedimentos para sinalização e fiscalização do uso de
vagas regulamentadas para estacionamento exclusivo de veículos utilizados no transporte de pessoas portadoras de deficiên-
cia e com dificuldade de locomoção;

Considerando a Lei Federal nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que dispõe sobre normas gerais e critérios básicos para a
promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência e com dificuldade de locomoção, que, em seu art. 7°, estabe-
lece a obrigatoriedade de reservar 2 % (dois por cento) das vagas em estacionamento regulamentado de uso público para serem
utilizadas exclusivamente por veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência ou com dificuldade de locomoção;

Considerando o disposto no Decreto n° 5.296, de 02 de dezembro de 2004, que regulamenta a Lei n° 10.098/00, para, no
art. 25, determinar a reserva de 2 % (dois por cento) do total de vagas regulamentadas de estacionamento para veículos que
transportem pessoas portadoras de deficiência física ou visual, desde que devidamente identificados, resolve:

Art. 1º As vagas reservadas para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência e com dificuldade de locomo-
ção serão sinalizadas pelo órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via utilizando o sinal de regulamentação
R-6b “Estacionamento regulamentado” com a informação complementar conforme Anexo I desta Resolução.

Art. 2º Para uniformizar os procedimentos de fiscalização deverá ser adotado o modelo da credencial previsto no Anexo II
desta Resolução.

§ 1º A credencial confeccionada no modelo proposto por esta Resolução terá validade em todo o território nacional.

§ 2º A credencial prevista neste artigo será emitida pelo órgão ou entidade executiva de trânsito do município de domicílio
da pessoa portadora de deficiência e/ou com dificuldade de locomoção a ser credenciada.
§ 3º A validade da credencial prevista neste artigo será definida segundo critérios definidos pelo órgão ou entidade
executiva do município de domicílio da pessoa portadora de deficiência e/ou com dificuldade de locomoção a ser creden-
ciada.

87
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 4º Caso o município ainda não esteja integrado ao Sistema Nacional de Trânsito, a credencial será expedida pelo
órgão ou entidade executiva de trânsito do Estado.

Art. 3º Os veículos estacionados nas vagas reservadas de que trata esta Resolução deverão exibir a credencial que trata
o art. 2º sobre o painel do veículo, ou em local visível para efeito de fiscalização.

Art. 4º O uso de vagas destinadas às pessoas portadoras de deficiência e com dificuldade de locomoção em desacordo
com o disposto nesta Resolução caracteriza infração prevista no Art. 181, inciso XVII do CTB.

Art. 5º. Os órgãos ou entidades com circunscrição sobre a via têm o prazo de até 360 (trezentos e sessenta) dias, a
partir da data de publicação desta Resolução, para adequar as áreas de estacionamento específicos existentes ao disposto
nesta Resolução.

Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

88
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

RESOLUÇÃO 309/09
Prezado Candidato, a referida resolução foi inteiramente revogada pela de nº 590/16, já abordada no decorrer da ma-
téria.

RESOLUÇÃO Nº 310 , DE 06 DE MARÇO DE 2009


RESOLUÇÃO Nº 310 , DE 06 DE MARÇO DE 2009

Altera os modelos e especificações dos Certificados de Registro de Veículos– CRV e de Licenciamento de Veículos
– CRLV.
O Conselho Nacional de Trânsito CONTRAN, usando da competência que lhe confere o artigo 12, inciso X da
Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro - CTB e conforme Decreto nº 4.711 de 29
de maio de 2003, que dispõe sobre a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito; e

89
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Considerando a necessidade de adequar o documento RESOLUÇÃO Nº 356, DE 02 DE AGOSTO DE 2010


afim de torná-lo mais eficaz e na busca do esclarecimento
e proteção ao cidadão, resolve: RESOLUÇÃO Nº 356, DE 02 DE AGOSTO DE 2010

Art. 1º Fica referendada a Deliberação nº 76, de 29 de Estabelece requisitos mínimos de segurança para o
dezembro de transporte remunerado de passageiros (mototáxi) e de car-
2008, publicada no DOU de 31 de dezembro de 2008. gas (motofrete) em motocicleta e motoneta, e dá outras
providências.
Art. 2º. O verso do Certificado de Registro de Veículos – O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso da
CRV, que é a autorização para transferência de propriedade competência que lhe confere o artigo 12, inciso I, da lei nº
de veículo – ATPV, passa a vigorar conforme modelo do 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de
anexo I desta Resolução. Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no Decreto nº
4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da Coordenação do
Sistema Nacional de Trânsito,
Art. 3º. No Certificado de Registro e Licenciamento de
Veículos – CRLV, no campo destinado ao nome e endereço
Considerando a necessidade de fixar requisitos mí-
deverá constar apenas o nome, não sendo mais impresso o nimos de segurança para o transporte remunerado de
endereço do proprietário. passageiros e de cargas em motocicleta e motoneta, na
categoria aluguel, para preservar a segurança do trânsito, dos
Art. 4º. Os formulários CRV e CRLV já distribuídos aos condutores e dos passageiros desses veículos;
DETRAN’s poderão ser utilizados até 30 de julho de 2009. Considerando a necessidade de regulamentar a Lei nº
12.009, de 29 de julho de 2009; Considerando a necessidade
Pagina 02 da resolução 310, de 06 de março de 2009 de estabelecer requisitos mínimos de segurança para o trans-
Art. 5º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua porte não remunerado de carga; e
publicação, revogadas todas as disposições em contrário. Considerando o que consta do processo nº
80000.022300/2009-25,
ANEXO RESOLVE:
AUTORIZAÇÃO PARA TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDA-
DE DE VEICULO ·ATPV AUTORIZO O DEPARTAMENTO ES- CAPÍTULO I
TADUAL DE TRÂNSITO-DETRAN, TRANSFERIR O Das disposições gerais
REGISTRO DESTE VEÍCULO, PARA:
Art. 1º Os veículos tipo motocicleta ou motoneta, quando
VALOR R$ autorizados pelo poder concedente para transporte remune-
NOME DO COMPRADOR: rado de cargas (motofrete) e de passageiros (mototáxi), deve-
RG: rão ser registrados pelo Órgão Executivo de Trânsito do Esta-
CPF/CNPJ: do e do Distrito Federal na categoria de aluguel, atendendo
ENDEREÇO: ao disposto no artigo 135 do CTB e legislação complementar.
LOCAL E DATA:
Art. 2º Para efeito do registro de que trata o artigo ante-
ASSINATURA DO PROPRIETÁRIO (VENDEDOR) rior, os veículos deverão ter:

I - dispositivo de proteção para pernas e motor em caso


a) O vendedor tem a obrigação legal de comunicar a
de tombamento do veículo, fixado em sua estrutura, confor-
venda do veículo ao DETRAN no prazo máximo de 30 dias,
me Anexo IV, obedecidas as especificações do fabricante do
sob pena de ter que se responsabilizar solidariamente pe- veículo no tocante à instalação;
las penalidades impostas e suas reincidências até a data da II - dispositivo aparador de linha, fixado no guidon do
º
comunicação (Lei Federal n. 9.503 - Art. 134 - Código de veículo, conforme Anexo IV; e
Trânsito Brasileiro- CTB). III - dispositivo de fixação permanente ou removível, de-
b) O adquirente terá prazo máximo de 30 (trinta) dias, vendo, em qualquer hipótese,
contados da data da aquisição, para providenciar a trans- ser alterado o registro do veículo para a espécie passa-
ferência do veículo para o seu nome, sob pena de incorrer geiro ou carga, conforme o caso, vedado o uso do mesmo
em infração de trânsito (Art. 233 do CTB). veículo para ambas as atividades.
c) É obrigatório o reconhecimento de firmas do adqui-
rente e do vendedor, exclusivamente na modalidade por Art. 3º Os pontos de fixação para instalação dos equi-
AUTENTICIDADE. pamentos, bem como a capacidade máxima admissível
DE ACORDO: de carga, por modelo de veículo serão comunicados ao
ASSINATURA DO COMPRADOR DENATRAN, pelos fabricantes, na ocasião da obtenção do
RECONHECIMENTO DE FIRMA DO PROPRIETÁRIO Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT),
(VENDEDOR) para os novos modelos, e mediante complementação
CONFORME ART. 369 C.P.C. de informações do registro marca/modelo/versão, para a
frota em circulação.

90
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 1º As informações do caput serão disponibilizadas no Art. 9º Os dispositivos de transporte de cargas em mo-


manual do proprietário ou boletim técnico distribuído nas tocicleta e motoneta poderão ser do tipo fechado (baú) ou
revendas dos veículos e nos sítios eletrônicos dos fabricantes, aberto (grelha), alforjes, bolsas ou caixas laterais, desde que
em texto de fácil compreensão e sempre que possível auxilia- atendidas as dimensões máximas fixadas nesta Resolução
do por ilustrações. e as especificações do fabricante do veículo no tocante à
instalação e ao peso máximo admissível.
§ 2º As informações do parágrafo anterior serão dispo- § 1º Os alforjes, as bolsas ou caixas laterais devem aten-
nibilizadas no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da publi- der aos seguintes limites máximos externos:
cação desta Resolução para os veículos lançados no mercado I - largura: não poderá exceder as dimensões má-
nos últimos 5 (cinco) anos, e em 180 (cento e oitenta) ximas dos veículos, medida entre a extremidade do
dias passarão a constar do manual do proprietário, para guidon ou alavancas de freio à embreagem, a que for
os veículos novos nacionais ou importados. maior, conforme especificação do fabricante do veículo;
II - comprimento: não poderá exceder a extremidade
§ 3º A capacidade máxima de tração deverá constar no traseira do veículo; e
Certificado de Registro (CRV) e no Certificado de Registro e III - altura: não superior à altura do assento em seu li-
Licenciamento do Veículo (CRLV). mite superior.
§ 2º O equipamento fechado (baú) deve atender aos
Art. 4º Os veículos de que trata o art. 1º deverão subme- seguintes limites máximos externos:
ter-se à inspeção semestral para verificação dos equipamen- I - largura: 60 (sessenta) cm, desde que não exceda a
tos obrigatórios e de segurança. distância entre as extremidades internas dos espelhos re-
trovisores;
Art. 5º Para o exercício das atividades previstas nesta Re- II - comprimento: não poderá exceder a extremidade
solução, o condutor deverá: I - ter, no mínimo, vinte e um traseira do veículo; e
anos de idade; III - altura: não poderá exceder a 70 (setenta) cm de sua
II - possuir habilitação na categoria “A”, por pelo menos base central, medida a partir do assento do veículo.
dois anos, na forma do artigo 147 do CTB; § 3º O equipamento aberto (grelha) deve atender aos
III - ser aprovado em curso especializado, na forma regu- seguintes limites máximos externos:
lamentada pelo CONTRAN; e I - largura: 60 (sessenta) cm, desde que não exceda a
IV - estar vestido com colete de segurança dotado de dis- distância entre as extremidades internas dos espelhos re-
positivos retrorrefletivos, nos termos do Anexo III desta Reso- trovisores;
lução. II - comprimento: não poderá exceder a extremidade
traseira do veículo; e
Parágrafo único. Para o exercício da atividade de moto- III - altura: a carga acomodada no dispositivo não pode-
táxi o condutor deverá atender aos requisitos previstos no rá exceder a 40 (quarenta) cm de sua base central, medida a
Art. 329 do CTB. partir do assento do veículo.
§ 4º No caso do equipamento tipo aberto (grelha), as
Art. 6º Na condução dos veículos de transporte dimensões da carga a ser transportada não podem extra-
remunerado de que trata esta Resolução, o condutor e polar a largura e comprimento da grelha.
o passageiro deverão utilizar capacete motociclístico, com § 5º Nos casos de montagem combinada dos dois tipos
viseira ou óculos de proteção, nos termos da Resolução de equipamento, a caixa fechada (baú) não pode exceder as
203, de 29 de setembro de 2006, dotado de dispositivos dimensões de largura e comprimento da grelha, admitida
retrorrefletivos, conforme Anexo II desta Resolução. a altura do conjunto em até 70 cm da base do assento do
veículo.
CAPÍTULO II § 6º Os dispositivos de transporte, assim como as car-
Do transporte de passageiros (mototáxi) gas, não poderão comprometer a eficiência dos espelhos
retrovisores.
Art. 7º Além dos equipamentos obrigatórios para moto- Art. 10. As caixas especialmente projetadas para a aco-
cicletas e motonetas e dos previstos no art. 2º desta Resolu- modação de capacetes não estão sujeitas às prescrições
ção, serão exigidas para os veículos destinados aos serviços desta Resolução, podendo exceder a extremidade traseira
de mototáxi alças metálicas, traseira e lateral, destinadas a do veículo em até 15 cm.
apoio do passageiro. Art.11. O equipamento do tipo fechado (baú) deve
conter faixas retrorrefletivas conforme especificação no
Capítulo III Anexo I desta Resolução, de maneira a favorecer a visua-
Do transporte de cargas (motofrete) lização do veículo durante sua utilização diurna e noturna.

Art. 8º As motocicletas e motonetas destinadas ao Art. 12. É proibido o transporte de combustíveis infla-
transporte remunerado de mercadorias - motofrete - so- máveis ou tóxicos, e de galões nos veículos de que trata a
mente poderão circular nas vias com autorização emitida Lei 12.009 de 29 de julho de 2009, com exceção de botijões
pelo órgão executivo de trânsito do Estado e do Distrito de gás com capacidade máxima de 13 kg e de galões con-
Federal. tendo água mineral, com capacidade máxima de 20 litros,
desde que com auxílio de sidecar.

91
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 13. O transporte de carga em sidecar ou semirre- Considerando a necessidade de estabelecer procedi-
boques deverá obedecer aos limites estabelecidos pelos mentos uniformes, propor medidas administrativas, téc-
fabricantes ou importadores dos veículos homologados nicas e legislativas e editar normas sobre o funcionamento
pelo DENATRAN, não podendo a altura da carga exceder das instituições e entidades credenciadas pelos órgãos ou
o limite superior o assento da motocicleta e mais de 40 entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
(quarenta) cm. Federal e registradas no Órgão Máximo Executivo de Trân-
Parágrafo único. É vedado o uso simultâneo de sidecar sito da União;
e semirreboque.
Art. 14. Aplicam-se as disposições deste capítulo Considerando a necessidade de aperfeiçoar os pro-
ao transporte de carga não remunerado, com exceção cessos de formação, qualificação, atualização, recicla-
do art. 8º. gem e avaliação dos candidatos e condutores, priorizando
a defesa da vida e a segurança de todos os usuários do
Capítulo IV trânsito;
Das disposições finais
Considerando que a eficiência da instrução e for-
Art. 15. O descumprimento das prescrições desta mação depende dos meios didático- pedagógicos e
Resolução, sem prejuízo da responsabilidade solidária preparo adequado dos educadores integrantes das
de outros intervenientes nos contratos de prestação de instituições e entidades credenciadas;
serviços instituída pelos artigos 6º e 7º da Lei nº 12.009, de
29 de julho de 2009, e das sanções impostas pelo Poder Considerando a necessidade de promover a articula-
Concedente em regulamentação própria, sujeitará o infra- ção e a integração entre as instituições e entidades res-
tor às penalidades e medidas administrativas previstas nos ponsáveis por todas as fases do processo de capacitação,
seguintes artigos do Código de Trânsito Brasileiro, confor- qualificação e atualização de recursos humanos e da for-
me o caso: art. 230, V, IX, X e XII; art. 231, IV, V, VIII, X; art. mação, qualificação, atualização e reciclagem de candida-
232; e art. 244, I, II, VIII e IX. tos e condutores;
Art. 16. Os Municípios que regulamentarem a presta- RESOLVE
ção de serviços de mototáxi ou motofrete deverão fa- Art.1º O credenciamento de instituições ou enti-
zê-lo em legislação própria, atendendo, no mínimo, dades públicas ou privadas para o processo de capa-
ao disposto nesta Resolução, podendo estabelecer nor- citação, qualificação e atualização de profissionais, e
mas complementares, conforme as peculiaridades locais, processo de formação, qualificação, atualização e recicla-
garantindo condições técnicas e requisitos de segurança, gem de candidatos e condutores obedecerá ao estabele-
higiene e conforto dos usuários dos serviços, na forma do cido nesta
disposto no art. 107 do CTB. Resolução.
Art. 17. Esta Resolução entra em vigor na data de sua § 1º As atividades exigidas para o processo de forma-
publicação, produzindo efeitos no prazo de trezentos e ção de condutores serão realizadas exclusivamente pelos
sessenta e cinco dias contados da data de sua publicação, órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e
quando ficará revogada a Resolução CONTRAN nº 219, de do Distrito Federal, ou por instituições ou entidades públi-
11 de janeiro de 2007. cas ou privadas por estes credenciadas para:

I - Processo de capacitação, qualificação e atualiza-


ção de profissional para atuar no processo de habilitação
RESOLUÇÃO Nº 358. DE 13 DE AGOSTO DE 2010 de condutores – Entidades credenciadas com a finalida-
de de capacitar diretor geral, diretor de ensino e instrutor
Regulamenta o credenciamento de instituições ou de trânsito para os Centros de Formação de Condutores
entidades públicas ou privadas para o processo de capaci- - CFC, conforme definido no art. 7º desta Resolução, e exa-
tação, qualificação e atualização de profissionais, e de minador de trânsito, através de cursos específicos teórico-
formação, qualificação, atualização e reciclagem de candi- técnico e de prática de direção;
datos e condutores e dá outras providências. II - Processo de formação de condutores de veículos
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN automotores e elétricos – Centros de Formação de Con-
usando da competência que lhe conferem os artigos 12, dutores – CFC e Unidades das Forças Armadas e Auxiliares
incisos I e X, e 156 da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de que possuírem cursos de formação dirigidos exclusiva-
1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB mente para os militares dessas corporações;
e, conforme o Decreto 4.711, de 29 de maio de 2003, que III - Processo de atualização e reciclagem de con-
trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito; dutores de veículos automotores e elétricos – Centros de
Formação de Condutores – CFC;
Considerando o que dispõe o inciso VI do Artigo 19 e IV - Processo de qualificação de condutores em
inciso II do Artigo 22 do Código de Trânsito Brasileiro, e a cursos especializados e respectiva atualização – Serviço
Lei nº 12.302 de 2 de agosto de 2010; Nacional de Aprendizagem – Sistema “S”.

92
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 2º O credenciamento das instituições e entidades, b) selecionar o material, equipamentos e ação didática


referidas no parágrafo anterior, é específico para cada en- a serem utilizados;
dereço, intransferível e renovável conforme estabelecido VIII - estabelecer os procedimentos pertinentes às ati-
pelo órgão executivo de trânsito dos Estados ou do Dis- vidades dos credenciados;
trito Federal. IX - apurar irregularidades praticadas por instituições
ou entidades e pelos profissionais credenciados, por meio
DOS ÓRGÃOS OU ENTIDADES EXECUTIVOS DE de processo administrativo, aplicando as penalidades cabí-
TRÂNSITO DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL veis previstas nesta Resolução;
X - elaborar estatísticas para o acompanhamento dos
Art. 2º Compete ao órgão ou entidade executivo de cursos e profissionais das entidades credenciadas;
trânsito dos Estados e do Distrito Federal credenciar ins- XI - controlar o número total de candidatos por turma
tituições ou entidades para a execução de atividades pre- proporcionalmente ao tamanho da sala e à frota de veícu-
los do CFC, por meio de sistemas informatizados;
vistas na legislação de trânsito, na forma estabelecida pelo
XII - manter controle dos registros referentes a conteú-
CONTRAN.
dos, frequência e acompanhamento do desempenho dos
candidatos e condutores nas aulas teóricas e práticas, con-
Parágrafo único. Os órgãos ou entidades executivos de tendo no mínimo as seguintes informações:
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, por delegação a) cursos teóricos: conteúdo, turma, datas e horários
do Departamento Nacional de Trânsito, são os responsá- iniciais e finais das aulas, nome e identificação do instrutor,
veis, no âmbito de sua circunscrição, pelo cumprimento lista de presença com assinatura do candidato ou verifica-
dos dispositivos do CTB e das exigências da legislação vi- ção eletrônica de presença;
gente, devendo providenciar condições organizacionais, b) cursos práticos: quilometragem inicial e final da aula,
operacionais, administrativas e pedagógicas, em sistema horário de início e término, placa do veículo, nome e iden-
informatizado, por meio de rede nacional, para permitir tificação do instrutor, ficha de acompanhamento do candi-
o registro, acompanhamento e controle no exercício dato com assinatura ou verificação eletrônica de presença.
das funções exigidas nesta Resolução, conforme pa- Parágrafo único. Os órgãos ou entidades executivos de
drão tecnológico estabelecido pelo Órgão Máximo Exe- trânsito dos Estados e do Distrito Federal poderão esta-
cutivo de Trânsito. belecer exigências complementares para o processo de
Art. 3º Constituem atribuições dos órgãos e entidades credenciamento, acompanhamento e controle, desde que
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, respeitadas as disposições desta Resolução.
para o processo de credenciamento, acompanhamento e
controle dos entes credenciados: DO CREDENCIAMENTO DE INSTITUIÇÕES E ENTI-
I - elaborar e revisar periodicamente a distribuição DADES
geográfica dos credenciados; Art. 4º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados
II - credenciar as instituições e entidades que cumpri- e do Distrito Federal poderão credenciar entidades, com
rem as exigências estabelecidas nesta capacidade técnica comprovada, para exercerem as ativida-
Resolução; des de formação de diretor geral, diretor de ensino e instrutor
III - credenciar os profissionais que atuam nas de trânsito para CFC, e de examinador de trânsito, através de
referidas instituições ou entidades credenciadas, vincu- cursos específicos teórico-técnico e de prática de direção.
lando-os a estas e disponibilizando-lhes senhas pessoais § 1º As entidades referidas no caput deste artigo
serão credenciadas por período determinado, podendo
e intransferíveis, de acesso aos sistemas informatizados do
ser renovado, desde que atendidas as disposições desta
órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Fe-
Resolução.
deral;
§ 2º As entidades, já autorizadas anteriormente pelo
IV - garantir, na esfera de sua competência, o suporte DENATRAN até a data de 25 de julho de 2006, em caráter
técnico ao sistema informatizado disponível aos creden- provisório, com a finalidade de capacitar diretor geral, dire-
ciados; tor de ensino e instrutor de trânsito para CFC, e exami-
V - auditar as atividades dos credenciados, objetivando nador de trânsito, poderão continuar normalmente suas
o fiel cumprimento das normas legais e dos compromissos atividades, exclusivamente na localidade da autorização,
assumidos, mantendo supervisão administrativa e pedagó- submetendo-se às exigências do Órgão
gica; Executivo de Trânsito do Estado ou do Distrito Federal
VI - estabelecer as especificações mínimas de equi- e as disposições desta Resolução.
pamentos e conectividade para integração dos creden- Art. 5º São exigências mínimas para o credenciamento:
ciados aos sistemas informatizados do órgão executivo de I - requerimento da unidade da instituição dirigido ao
trânsito do Estado ou do Distrito Federal; órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
VII - definir referências mínimas para: Distrito Federal;
a) identificação dos Centros de Formação de Condu- II - infraestrutura física e recursos instrucionais
tores e dos veículos de aprendizagem, devendo a expres- necessários para a realização do(s) curso(s) proposto(s);
são “Centro de Formação de Condutores“ ou a sigla “CFC” III - estrutura administrativa informatizada para in-
constar na identificação visual; terligação com o sistema de informações do órgão ou en-
tidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal;

93
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

IV - relação do corpo docente com a titulação exigida § 2º Os CFC serão credenciados pelo órgão ou entida-
no art.18 desta Resolução; de executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal
V - apresentação do plano de curso em conformidade por período determinado, podendo ser renovado por igual
com a estrutura curricular contida no Anexo desta Resolu- período, desde que atendidas as disposições desta Reso-
ção; lução.
VI - vistoria para comprovação do cumprimento das
exigências pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do § 3º Para efeito de credenciamento pelo órgão de trân-
Estado ou do Distrito Federal; sito competente, os CFC terão a seguinte classificação:
VII - publicação do ato de credenciamento e I – “A” – ensino teórico técnico;
registro da unidade no sistema informatizado do órgão
ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito II – “B” – ensino prático de direção; e
Federal; III – “AB” – ensino teórico técnico e de prática de dire-
VIII - participação dos representantes do corpo funcio-
ção.
nal, em treinamentos efetivados pelo órgão ou entidade
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, para
desenvolver unidade de procedimentos pedagógicos e § 4º Cada CFC poderá se dedicar ao ensino teórico téc-
para operar os sistemas informatizados, com a devida li- nico ou ao ensino prático de direção veicular, ou ainda a
beração de acessos mediante termo de uso e responsabi- ambos, desde que certificado e credenciado para tal.
lidades.
Parágrafo único. O credenciamento das entidades § 5º O CFC só poderá preparar o aluno para o exame
credenciadas com a finalidade de capacitar diretor geral, de direção veicular se dispuser de veículo automotor da
diretor de ensino e instrutor de trânsito para CFC, e exami- categoria pretendida pelo candidato.
nador de trânsito é específico para cada endereço, sendo
expedido pelo órgão executivo de trânsito do Estado ou do § 6º As dependências físicas do CFC deverá ter uso ex-
Distrito Federal da circunscrição em que esteja instalado, clusivo para o seu fim.
que o cadastrará no Órgão Executivo de Trânsito da União.
Art. 6º São atribuições das entidades credenciadas com Art. 8º São exigências mínimas para o credenciamento
a finalidade de capacitar diretor geral, diretor de ensino e de CFC: I – Infraestrutura física:
instrutor de trânsito para CFC, e examinador de trânsito, a) acessibilidade conforme legislação vigente;
através de cursos específicos teórico-técnico e de prática b) se para ensino teórico-técnico: sala específica para
de direção: 2
aula teórica, obedecendo ao critério de 1,20 m (um metro
I - atender às exigências das normas vigentes;
e vinte centímetros quadrados) por candidato, e 6 m² (seis
II - manter atualizado e em perfeitas condições de uso
o material didático-pedagógico e acervo bibliográfico; metros quadrados) para o instrutor, com medida total
2
III - promover a atualização do seu quadro docente; mínima de 24m (vinte e quatro metros quadrados)
IV - atender às convocações do órgão ou entidade exe- correspondendo à capacidade de 15 (quinze) candidatos,
cutivo de trânsito do Estado ou do sendo que a capacidade total máxima não poderá exceder
Distrito Federal; a 35 (trinta e cinco) candidatos por sala, respeitados
V - manter atualizadas as informações dos cursos os critérios estabelecidos; mobiliada com carteiras indi-
oferecidos e do respectivo corpo docente e discente, no viduais, em número compatível com o tamanho da sala,
sistema informatizado do órgão ou entidade executivo de adequadas para destro e canhoto, além de cadeira e mesa
trânsito do Estado ou do Distrito Federal; para instrutor.
VI - manter o arquivo dos documentos pertinentes ao c) espaços destinados à Diretoria Geral, Diretoria de
corpo docente e discente por 5 (cinco) anos conforme le- Ensino, Secretaria e Recepção;
gislação vigente; d) 2 (dois) sanitários, sendo um feminino e outro mas-
VII - emitir certificado de conclusão do curso. culino, com acesso independente da sala de aula, constan-
te da estrutura física do CFC;
DAS INSTITUIÇÕES CREDENCIADAS PARA FORMA- e) área específica de treinamento para prática de dire-
ÇÃO, ATUALIZAÇÃO E RECICLAGEM DE CONDUTORES ção em veículo de 2 (duas) ou 3 (três) rodas em conformi-
- CENTROS DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES - CFC
dade com as exigências da norma legal vigente, podendo
ser fora da área do CFC, bem como de uso compartilhado,
Art. 7º As auto-escolas a que se refere o art. 156 do
CTB, denominadas Centros de desde que no mesmo município;
Formação de Condutores – CFC são empresas parti- f) fachada do CFC atendendo às diretrizes de identida-
culares ou sociedades civis, constituídas sob qualquer das de visual, conforme regulamentação específica do órgão
formas previstas na legislação vigente. ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
Federal;
§ 1º Os CFC devem ter como atividade exclusiva o en- g) infraestrutura tecnológica para conexão com o sis-
sino teórico e/ou prático visando a formação, atualização tema informatizado do órgão ou entidade executivo de
e reciclagem de candidatos e condutores de veículos au- trânsito do Estado ou do Distrito Federal.
tomotores;

94
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

II - Recursos Didático-pedagógicos: § 5º Os veículos de aprendizagem das categorias B, C,


a) quadro para exposição escrita com, no mínimo, 2m D e E, devem estar identificados por uma faixa amarela de
x 1,20m; 20 (vinte) centímetros de largura, pintada na lateral ao lon-
b) material didático ilustrativo; go da carroceria, a meia altura, com a inscrição “AUTO-ES-
c) acervo bibliográfico sobre trânsito, disponível aos COLA” na cor preta, sendo que, nos veículos de cor amare-
candidatos e instrutores, tais como Código de Trânsito la, a faixa deverá ser emoldurada por um filete de cor
Brasileiro, Coletânea de Legislação de Trânsito atualizada preta, de no mínimo 1 cm (um centímetro) de largura.
e publicações doutrinárias sobre trânsito;
d) recursos audiovisuais necessários por sala de aula; § 6º Os veículos de aprendizagem devem conter
e) manuais e apostilas para os candidatos e condutores; identificação do CFC atendendo às diretrizes de identi-
dade visual, conforme regulamentação específica do órgão
III - Veículos e equipamentos de aprendizagem: ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
a) para a categoria “A” - dois veículos automotores de Federal, vedada a utilização de qualquer outro motivo
duas rodas, de no mínimo 120cc (cento e vinte centíme-
de inscrição ou informação.
tros cúbicos), com câmbio mecânico, não sendo admi-
tida alteração da capacidade estabelecida pelo fabricante,
§ 7º Os veículos destinados à aprendizagem devem ser
com, no máximo, cinco anos de fabricação;
b) para categoria “B” - dois veículos automotores de de propriedade do CFC e estar devidamente registrados
quatro rodas, exceto quadriciclo, com câmbio mecânico, e licenciados no município-sede do CFC, admitindo-se
com no máximo oito anos de fabricação; contrato de financiamento devidamente registrado.
c) para categoria “C” - um veículo de carga com Peso
Bruto Total - PBT de no mínimo § 8º O CFC é responsável pelo uso do veículo destinado
6.000Kg, não sendo admitida alteração da capacidade à aprendizagem, ainda que fora do horário autorizado para
estabelecida pelo fabricante, com no máximo quinze anos a prática de direção veicular.
de fabricação;
d) para categoria “D” - um veículo motorizado, classi- § 9º O Diretor-Geral poderá estar vinculado a
ficado de fábrica, tipo ônibus, com no mínimo 7,20m (sete no máximo dois CFC, mediante autorização do órgão
metros e vinte centímetros) de comprimento, utilizado no ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
transporte de passageiros, com no máximo quinze anos de Federal, desde que não haja prejuízo em suas atribuições.
fabricação;
e) para categoria “E” - uma combinação de veículos § 10. O Diretor de Ensino deverá estar vinculado apenas
onde o veículo trator deverá ser acoplado a um reboque ou a um CFC.
semi-reboque registrado com PBT de no mínimo 6.000Kg e
comprimento mínimo de 11m (onze metros), com no máxi- Art. 9º O processo para o credenciamento de
mo quinze anos de fabricação; Centro de Formação de Condutores constituir-se-á das
f) um simulador de direção ou veículo estático. seguintes etapas:
IV – Recursos Humanos:
a) um Diretor-Geral; I - Apresentação da seguinte documentação:
b) um Diretor de Ensino; a) requerimento do interessado dirigido ao órgão ou
c) dois Instrutores de Trânsito. entidade executivo de trânsito do
§ 1º As dependências do CFC devem possuir meios Estado ou do Distrito Federal, acompanhado dos se-
que atendam aos requisitos de segurança, conforto e
guintes documentos:
higiene, às exigências didático-pedagógicas, assim como
- Carteira de Identidade e CPF (fotocópia autenticada);
às posturas municipais vigentes.
- Certidão negativa da Vara de Execução Penal do
§ 2º Qualquer alteração nas instalações internas Município sede do CFC e do
do CFC credenciado deve ser previamente autorizada Município onde reside;
pelo órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito - Certidão negativa do registro de distribuição e de
Federal, após vistoria para aprovação. execuções criminais referentes à prática de crimes contra
os costumes, a fé pública, o patrimônio, à administração
§ 3º Os veículos de aprendizagem devem estar equipa- pública, privada ou da justiça e os previstos na lei de en-
dos com duplo comando de freio e embreagem e retrovisor torpecentes, expedidas no local de seu domicílio ou resi-
interno extra para uso do instrutor e examinador, além dos dência;
equipamentos obrigatórios previstos na legislação. - Certidão negativa expedida pelo cartório de distribui-
ções cíveis, demonstrando não estar impossibilitado para o
§ 4º Os veículos de aprendizagem da categoria “A” de- pleno exercício das atividades comerciais (insolvência, fa-
vem estar identificados por uma placa de cor amarela lência, interdição ou determinação judicial etc.), expedidas
com as dimensões de 30 (trinta) centímetros de largu- no local de seu domicílio ou residência;
ra e 15(quinze) centímetros de altura, fixada na parte - Comprovante de residência.
traseira, em local visível, contendo a inscrição “MOTO b) contrato social, devidamente registrado, com
ESCOLA” em caracteres pretos. capital social compatível com os investimentos;

95
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

c) certidões negativas de débitos federais, estaduais e I - realizar as atividades necessárias ao desenvolvimento


municipais; dos conhecimentos técnicos, teóricos e práticos com ênfa-
d) certidões negativas do FGTS e do INSS; se na construção de comportamento seguro no trânsito,
e) cartão do CNPJ, Inscrição Estadual e Inscrição Mu- visando a formação, atualização e reciclagem de condutores
nicipal; de veículos automotores, nos termos do CTB e legislação per-
f) declaração do (s) proprietário (s) do CFC de que irá tinente;
dispor de: II - buscar a caracterização do CFC como uma uni-
- infraestrutura física conforme exigência desta Resolu- dade de ensino, atendendo integralmente aos padrões
ção e de normas vigentes; estabelecidos pela legislação vigente quanto às instalações
- recursos didático-pedagógicos, com a devida lista- físicas, recursos humanos e didáticos, identidade visual, siste-
gem dos mesmos; ma operacional, equipamentos e veículos;
- veículos de aprendizagem conforme exigência desta III - cadastrar seus veículos automotores, destinados
Resolução; à instrução prática de direção veicular junto ao órgão ou
- recursos humanos exigidos nesta Resolução, lista- entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
dos nominalmente com a devida titulação. Federal, submetendo-se às determinações estabelecidas nes-
II - Cumpridas as exigências do item I, o interessado ta Resolução e normas vigentes;
será convocado para que, num prazo de até 150 (cento e IV - manter o Diretor-Geral e/ou o Diretor de Ensino pre-
cinquenta dias), apresente a documentação e as exigên- sente nas dependências do CFC, durante o horário de funcio-
cias técnicas abaixo relacionadas para a realização da vis- namento;
toria técnica pelo órgão ou entidade executivo de trânsito V - promover a qualificação e atualização do quadro pro-
do Estado ou do Distrito Federal: fissional em relação à legislação de trânsito vigente e às prá-
a) alvará de localização e funcionamento fornecido ticas pedagógicas;
pelo órgão competente; VI - divulgar e participar de campanhas institucionais
b) cópia da planta baixa do imóvel; educativas de trânsito promovidas ou apoiadas pelo órgão
c) cópia da RAIS da empresa, ou CTPS do corpo fun- ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
cional; Federal;
d) atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros; VII - contratar, para exercer as funções de Diretor-Geral,
e) relação do (s) proprietário(s); Diretor de Ensino e Instrutor de Trânsito, somente profissio-
f) comprovação da titulação exigida de formação e nais credenciados junto ao órgão ou entidade executivo de
qualificação do corpo diretivo e instrutores; trânsito do Estado ou do Distrito Federal, providenciando a
g) apresentação da frota dos veículos identificados sua vinculação ao CFC;
conforme art. 154 do CTB e referências mínimas para VIII - manter atualizado o planejamento dos cursos de
identificação estabelecidas pelo órgão executivo de trânsi- acordo com as orientações do órgão ou entidade executivo
to do Estado ou do Distrito Federal, com os respectivos de trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
certificados de segurança veicular – CSV, referentes à IX - manter atualizado o banco de dados do órgão execu-
transformação de duplo comando de freios e embreagem tivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, conforme
para autorização da mudança de categoria; o artigo 3º, inciso XII desta Resolução;
h) laudo da vistoria de comprovação do cumpri- X - manter o arquivo dos documentos pertinentes ao
mento das exigências para o credenciamento, realizada corpo docente e discente por 5 (cinco) anos conforme legis-
pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou lação vigente.
do Distrito Federal.
Art. 11. Para a renovação do credenciamento, o CFC
III - Assinatura do termo de credenciamento após o deverá apresentar índices de aprovação de seus candidatos
cumprimento das etapas anteriores, com a devida aprova- de, no mínimo, 60% (sessenta por cento) nos exames teó-
ção da vistoria pelo órgão ou entidade executivo de trânsi- ricos e práticos, respectivamente, referentes aos 12 (doze)
to do Estado ou do Distrito Federal. meses anteriores ao mês da renovação do credenciamento.

IV - Publicação do ato de credenciamento e registro do § 1º Para os efeitos da operacionalização do caput deste


CFC no sistema informatizado do órgão ou entidade exe- artigo, o órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
cutivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal. ou do Distrito Federal deve estabelecer ações de acompanha-
mento, controle e avaliação das atividades e dos resultados de
V - Participação do corpo funcional do CFC em trei- cada CFC, de forma sistemática e periódica, emitindo relatórios
namentos efetivados pelo órgão ou entidade executivo de e oficiando aos responsáveis pelas entidades credenciadas.
trânsito do Estado ou do Distrito Federal, para padronizar
procedimentos pedagógicos e operar o sistema informati- § 2º Quando o CFC não atingir o índice mínimo estabele-
zado, com a devida liberação de acesso mediante termo de cido no caput deste artigo, em períodos que não ultrapassem
uso e responsabilidade. 3 (três) meses, o órgão ou entidade executivo de trânsito do
Estado ou do Distrito Federal deverá solicitar ao Diretor de
Art. 10. Compete a cada CFC credenciado para mi- Ensino do CFC uma proposta de planejamento para alte-
nistrar os cursos de formação, atualização e reciclagem ração dos resultados, sanando possíveis deficiências no
de condutores: processo pedagógico.

96
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 3º Persistindo o índice de aprovação inferior ao es- I - atender às exigências das normas vigentes, no que
tabelecido no caput deste artigo, após decorridos 3 (três) se refere ao curso de formação de condutores;
meses, os instrutores e os diretores do CFC deverão partici- II - manter atualizado o acervo bibliográfico e de mate-
par de treinamento de reciclagem e atualização extraordi- rial didático-pedagógico;
nários sob a responsabilidade do órgão ou entidade execu- III - promover a atualização técnico-pedagógica do seu
tivos de trânsito do Estado ou do Distrito Federal. quadro docente;
IV - disponibilizar veículos automotores compatíveis
DAS UNIDADES DAS FORCAS ARMADAS E AUXI- com a categoria a que se destina o curso;
LIARES QUE POSSUÍREM CURSOS DE FORMAÇÃO DE
CONDUTORES V - manter atualizadas as informações dos cursos ofe-
recidos e dos respectivos corpos docente e discente, no
Art. 12. As unidades das Forças Armadas e Auxiliares sistema do órgão ou entidade executivo de trânsito do Es-
que possuírem cursos de formação de condutores, confor- tado ou do Distrito Federal;
me previsto no §2º do artigo 152 do CTB, para ministrar
estes cursos, deverão credenciar-se junto ao órgão ou en-
VI - manter o arquivo dos documentos pertinentes ao
tidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Fede-
corpo docente e discente por 5 (cinco) anos conforme le-
ral, no âmbito de sua circunscrição, que a registrará junto
ao Órgão Máximo Executivo de Trânsito da gislação vigente.
União, atendendo às exigências estabelecidas nesta
Resolução. DAS INSTITUIÇÕES CREDENCIADAS PARA A QUA-
Art. 13. São exigências mínimas para o credencia- LIFICAÇÃO DE CONDUTORES EM CURSOS ESPECIALI-
mento das unidades das Forças ZADOS
Armadas e Auxiliares: INSTITUIÇÕES DO SERVIÇO NACIONAL DE APREN-
I - requerimento da unidade interessada em ministrar DIZAGEM SISTEMA “S”
cursos de formação de condutores, dirigido ao órgão ou
entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Fe- Art. 15. As instituições do Serviço Nacional de Aprendi-
deral; zagem, credenciadas pelos órgãos e entidades executivos
II - infraestrutura física e recursos instrucionais neces- de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, promoverão
sários para a realização do curso proposto; a qualificação de condutores e sua respectiva atualização,
por meio da oferta de cursos especializados para conduto-
III - estrutura administrativa informatizada para res de veículos de:
interligação com o sistema de informações do órgão a) Transporte de escolares;
ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito b) Transporte de produtos perigosos;
Federal; c) Transporte coletivo de passageiros;
IV - relação dos recursos humanos: instrutores de d) Transporte de emergência;
trânsito, coordenadores geral e de ensino da Corporação, e) Outros transportes especializados, na forma regula-
devidamente capacitados nos cursos de instrutor de trân- mentada pelo CONTRAN.
sito e diretor geral e de ensino, credenciados pelo órgão Parágrafo único. As instituições referidas no caput des-
ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito te artigo serão credenciadas por período determinado, po-
Federal; dendo ser renovado, desde que atendidas as disposições
desta Resolução.
V - apresentação do plano de curso em conformidade
com a legislação vigente;
Art. 16. São exigências mínimas para o credencia-
VI - realização de vistoria para comprovação do cum-
mento das instituições do Serviço Nacional de Apren-
primento das exigências pelo órgão ou entidade executivo
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal; dizagem:
VII - emissão do ato de credenciamento; I - requerimento da unidade da Instituição dirigido ao
VIII - publicação do ato de credenciamento e regis- órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
tro da unidade militar no sistema informatizado do órgão Distrito Federal;
ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito II - infraestrutura física e recursos instrucionais
Federal; necessários para a realização do(s) curso(s) proposto(s);
IX - participação do corpo funcional da unidade militar III - estrutura administrativa informatizada para
em treinamentos efetivados pelo órgão ou entidade exe- interligação com o sistema de informações do órgão
cutivos de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, para ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
padronização de procedimentos pedagógicos e operacio- Federal;
nais e do sistema informatizado, com a liberação de acesso IV - relação do corpo docente com a titulação exigida
mediante termo de uso e responsabilidades. no artigo 22 desta Resolução, e do coordenador geral dos
cursos;
Art. 14. São atribuições da unidade das Forças Armadas V - apresentação do plano de curso em conformidade
e Auxiliares, credenciada para ministrar o curso: com a estrutura curricular exigida nesta Resolução;

97
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

VI - realização de vistoria para comprovação do cum- II – Instrutor de Trânsito:


primento das exigências pelo órgão ou entidade executivo a) no mínimo 21 (vinte e um) anos de idade;
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal; b) curso de ensino médio completo;
VII - emissão do ato de credenciamento; c) no mínimo um ano na categoria “D”;
VIII - publicação do ato de credenciamento e registro d) não ter sofrido penalidade de cassação de CNH;
da unidade do Sistema “S” no sistema informatizado do e) não ter cometido nenhuma infração de trânsito de
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do natureza gravíssima nos últimos 60 (sessenta) dias;
Distrito Federal; f) curso de capacitação específica para a atividade
IX - participação do corpo funcional em treinamentos e curso de direção defensiva e primeiros socorros.
efetivados pelo órgão ou entidade executivo de trânsito
do Estado ou do Distrito Federal, para padronização Parágrafo único. Para credenciamento junto ao órgão
de procedimentos pedagógicos e operacionais do sistema ou entidade executivo de trânsito do
informatizado, com a devida liberação de acesso mediante Estado ou do Distrito Federal, os profissionais referidos
termo de uso e responsabilidade. neste artigo deverão apresentar:

a) Carteira Nacional de Habilitação válida;


Art. 17. São atribuições de cada unidade das Insti-
b) Cadastro de Pessoa Física - CPF;
tuições do Serviço Nacional de
c) Diploma ou certificado de escolaridade expedido
Aprendizagem, credenciada para ministrar cursos es- por instituição de ensino devidamente credenciada pelo
pecializados: órgão competente;
d) certificado de conclusão do curso específico de ca-
I - atender às exigências das normas vigentes; pacitação para a atividade;
II - manter atualizado o acervo bibliográfico e de ma- e) comprovante de residência;
terial didático-pedagógico; III - promover a atualização do f) contrato de trabalho com o CFC devidamente
seu quadro docente; anotado na Carteira de Trabalho e
IV - atender às convocações do órgão ou entidade exe- Previdência Social;
cutivo de trânsito do Estado ou do g) certidão negativa do registro de distribuição e de
Distrito Federal; execuções criminais referentes às práticas de crimes contra
V - manter atualizadas as informações dos cursos ofe- os costumes, fé pública, patrimônio, à administração públi-
recidos e dos respectivos corpos docente e discente, no ca, privada ou da justiça e os previstos na lei de entorpe-
sistema informatizado do órgão ou entidade executivo de centes, expedidas no local de seu domicílio ou residência.
trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
VI - manter o arquivo dos documentos pertinentes aos DAS UNIDADES DAS FORÇAS ARMADAS E AUXI-
corpos docente e discente por 5 (cinco) anos conforme le- LIARES
gislação vigente.
Art. 20. As exigências para o exercício da atividade
DOS PROFISSIONAIS DAS ENTIDADES CRE- de instrutor de trânsito e de Coordenadores Geral e de
DENCIADAS COM A FINALIDADE DE CAPACITAR Ensino e respectiva documentação para credenciamento
DIRETOR GERAL, DIRETOR DE ENSINO E INS- junto ao órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
TRUTOR DE TRÂNSITO PARA OS CFC, E EXAMINADOR ou do Distrito Federal são as referidas nos incisos I e II, do
DE TRÂNSITO art.19 desta Resolução.
Art. 18. São exigências para os profissionais destas ins-
DOS INSTRUTORES NÃO VINCULADOS A UM CEN-
tituições:
TRO DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES
I - Curso superior completo, pós-graduação lato-sen-
Art. 21. A instrução de prática de direção veicular para
su e experiência na área de trânsito, quando Coordenador
obtenção da CNH poderá ser realizada por instrutores de
Geral. trânsito não vinculados a um CFC, mediante prévia auto-
II - Curso superior completo, cursos relacionados ao rização do órgão executivo de trânsito do Estado ou do
tema de sua disciplina e curso específico na área do trân- Distrito Federal, nas localidades que não contarem com um
sito, quando membro do corpo docente. CFC.
§ 1º O instrutor não vinculado deverá atender às exi-
DOS CENTROS DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES – gências previstas para o instrutor de trânsito, conforme in-
CFC ciso II do art.19.
§ 2º O instrutor de prática de direção veicular não vin-
Art. 19. São exigências para o exercício das ativi- culado só poderá instruir 1 (um) candidato a cada período
dades dos profissionais destas instituições: de 6 (seis) meses.
I – Diretor Geral e Diretor de Ensino: § 3º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados ou
a) no mínimo 21 (vinte e um) anos de idade; do Distrito Federal devem conceder a autorização para ins-
b) curso superior completo; trutor não vinculado, por candidato, com vistas ao registro
c) curso de capacitação específica para a atividade; e à emissão da Licença para Aprendizagem de Direção Vei-
d) no mínimo dois anos de habilitação. cular – LADV.

98
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 4º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados ou § 2º As entidades que, quando da publicação da Reso-
do Distrito Federal devem manter atualizados os cadastros lução nº 168/04, se encontravam credenciadas para minis-
de instrutores de direção veicular não vinculados, em trar exclusivamente cursos especializados, têm assegurada
suas respectivas circunscrições. a continuidade do exercício de suas atividades, devendo:
§ 5º O veículo eventualmente utilizado pelo instrutor a) efetuar recadastramento junto ao órgão executivo
não vinculado, quando autorizado, deverá observar o dis- de trânsito do Estado ou do Distrito
posto no parágrafo único do art. 154 do CTB. Federal, renovando-o a cada dois anos;
b) cumprir as exigências previstas nos artigos 22 e 23
DAS INSTITUIÇÕES DO SERVIÇO NACIONAL DE desta Resolução.
APRENDIZAGEM SISTEMA “S”
Art. 22. São exigências para os profissionais destas Insti- DOS EXAMINADORES DE TRÂNSITO
tuições: I – Quando na função de Coordenador Geral:
a) mínimo de 21 (vinte e um) anos de idade; Art. 24. São exigências mínimas para o exercício da ati-
b) curso superior completo; vidade de examinador de trânsito, observadas as disposi-
c) curso de capacitação específico exigido para Diretor ções contidas no art. 152 do CTB:
Geral de CFC;
I - No mínimo 21(vinte e um) anos de idade; II - Curso
d) dois anos de habilitação.
superior completo;
II – Quando na função de Coordenador de Ensino: a)
III - Dois anos de habilitação compatível com a catego-
mínimo de 21 (vinte e um) anos de idade; b) curso superior
completo; ria a ser examinada;
c) curso de capacitação específico exigido para Diretor IV - Não ter sofrido penalidade de suspensão do di-
de Ensino de CFC; reito de dirigir ou cassação de CNH e não ter cometido
d) dois anos de habilitação. nenhuma infração de trânsito de natureza gravíssima nos
últimos 12 (doze) meses;
Parágrafo único. Para credenciamento junto ao órgão V - Curso para examinador de trânsito.
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, os
Coordenadores, Geral e de Ensino, deverão apresentar: § 1º Para serem designados pela autoridade executiva
a) Carteira de Identidade; de trânsito do Estado ou do Distrito
b) Cadastro de Pessoa Física – CPF; Federal, os profissionais referidos neste artigo deverão
c) documento comprobatório de conclusão de curso apresentar:
superior devidamente reconhecido pelo Ministério da Edu- a) Carteira Nacional de Habilitação válida;
cação; b) Cadastro de Pessoa Física - CPF;
d) certificado de conclusão de curso de Diretor Geral c) Certificado de conclusão de curso superior devida-
ou de Diretor de Ensino em Instituição credenciada pelo mente reconhecido pelo Ministério da Educação;
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou d) Certificado de conclusão do curso específico de ca-
do Distrito Federal; pacitação para a atividade;
e) Comprovante de residência;
e) CNH válida. f) Certidão Negativa da Vara de Execução Criminal do
Art. 23. São exigências para os Instrutores de Cursos Município onde reside e do local onde pretende atuar.
Especializados previstos na legislação vigente: § 2º As exigências para o exercício da atividade de exa-
I - No mínimo 21 (vinte e um) anos de idade; II – Nível minador de trânsito nas unidades das Forças Armadas e
médio completo; Auxiliares e respectiva documentação para credenciamento
III – Curso de capacitação para instrutor especializado; junto ao órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
IV - Um ano de habilitação em categoria compatível
ou do Distrito Federal, são as referidas no § 1º deste artigo.
com as exigidas para o curso especializado em que atuam;
V - Não ter sofrido penalidade de suspensão do direito
DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NOS PROCES-
de dirigir ou cassação de CNH e não ter cometido nenhuma
infração de trânsito de natureza gravíssima nos últimos 12 SOS DE CAPACITAÇÃO, FORMAÇÃO, QUALIFICAÇÃO,
(doze) meses. ESPECIALIZAÇÃO, ATUALIZAÇÃO E RECICLAGEM DE
CANDIDATOS A CNH E CONDUTORES
§ 1º Para credenciamento junto ao órgão ou entidade
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, o ins- Art. 25. São atribuições dos profissionais que atuam
trutor de curso especializado deverá apresentar: nos processos de capacitação, formação, qualificação,
a) Carteira Nacional de Habilitação válida; especialização, atualização e reciclagem de recursos huma-
b) Cadastro de Pessoa Física - CPF; nos, candidatos e condutores:
c) Certificado de conclusão de curso médio devidamen- I - O Instrutor de trânsito é o responsável direto pela
te reconhecido; formação, atualização e reciclagem de candidatos e de con-
d) Certificado de conclusão do curso de instrutor espe- dutores e o Instrutor de cursos especializados, pela qualifi-
cializado na área de atuação; cação e atualização de condutores, competindo-lhes:
e) Certidão Negativa da Vara de Execução Criminal do a) transmitir aos candidatos os conteúdos teóricos e
Município onde residem e do local onde pretendem atuar. práticos exigidos pela legislação vigente;

99
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

b) tratar os candidatos com urbanidade e respeito; III - O Diretor de Ensino é o responsável pelas ati-
c) cumprir as instruções e os horários estabelecidos no vidades escolares da instituição, competindo-lhe, dentre
quadro de trabalho da instituição; outras atribuições determinadas pelo órgão ou entidade
d) utilizar crachá de identificação com foto, quando no executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal:
exercício da função que será fornecido pelo órgão executi- a) orientar os instrutores no emprego de métodos, téc-
vo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal; nicas e procedimentos didático- pedagógicos, dedicando-
e) frequentar cursos de aperfeiçoamento ou de se à permanente melhoria do ensino;
atualização determinados pelo órgão executivo de trân- b) disponibilizar informações dos cursos e dos respec-
tivos corpos docente e discente nos sistemas informati-
sito do Estado ou do Distrito Federal;
zados do órgão ou entidade executivos do Estado ou do
f) acatar as determinações de ordem administrativa
Distrito Federal;
e pedagógica estabelecidas pela Instituição; c) manter e arquivar documentos pertinentes aos cor-
g) Avaliar se o candidato está apto a prestar exame pos docente e discente por 05 (cinco) anos;
de direção veicular após o cumprimento da carga horária
estabelecida. d) organizar o quadro de trabalho a ser cumprido pelos
II - O Diretor Geral é o responsável pela administração Instrutores;
e o correto funcionamento da Instituição, competindo-lhe, e) acompanhar, controlar e avaliar as atividades dos
além de outras atribuições determinadas pelo Órgão instrutores a fim de assegurar a eficiência do ensino;
Máximo Executivo de Trânsito da União: f) representar o Diretor Geral junto ao órgão ou entida-
a) estabelecer e manter as relações oficiais com os de executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal,
órgãos ou entidades do Sistema quando este se encontrar impedido por quaisquer mo-
Nacional de Trânsito; tivos, desde que previamente comunicado a estes órgãos;
b) administrar a instituição de acordo com as nor- g) ministrar aulas teóricas, em casos excepcionais,
mas estabelecidas pelo órgão ou entidade executivo de quando da substituição de instrutores, mediante autoriza-
trânsito do Estado ou do Distrito Federal; ção do órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
c) decidir, em primeira instância, sobre os recursos in- ou do Distrito Federal;
terpostos ou reclamações feitas por candidato ou condutor h) frequentar cursos de aperfeiçoamento ou de atuali-
zação determinados pelo órgão ou entidade executivo de
contra qualquer ato julgado prejudicial, praticado nas ati-
trânsito do Estado ou do Distrito Federal.
vidades escolares;
d) dedicar-se à permanente melhoria do ensino, visan- IV - O Examinador de Trânsito é o responsável pela rea-
do à conscientização das pessoas que atuam no complexo lização dos exames previstos na legislação, competindo-
do trânsito; lhe:
e) praticar todos os atos administrativos necessários à a) avaliar os conhecimentos e as habilidades dos can-
consecução das atividades que lhe são próprias e possam didatos e condutores para a condução de veículos auto-
contribuir para a melhoria do funcionamento da institui- motores;
ção; b) tratar os candidatos e condutores com urbanidade
f) assinar, em conjunto com o Diretor de Ensino, os cer- e respeito;
tificados de conclusão de cursos de formação, atualização c) cumprir as instruções e os horários estabelecidos
e reciclagem, com a identificação da assinatura; pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou
g) aplicar as penalidades administrativas ao pessoal do Distrito Federal;
que lhe é subordinado, nos termos desta Resolução; d) utilizar crachá de identificação com foto, emitido
h) manter, em local visível, tabela de preços dos servi- pela autoridade responsável do órgão ou entidade execu-
ços oferecidos; tivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, quando
i) comunicar, por escrito, ao órgão ou entidade execu- no exercício da função;
tivo de trânsito do Estado ou do e) frequentar cursos de aperfeiçoamento ou de atuali-
zação determinados pelo órgão ou entidade executivo de
Distrito Federal ausências e impedimentos, por motivo
trânsito do Estado ou do Distrito Federal.
de força maior, podendo ser autorizada a sua substituição
pelo Diretor de Ensino, por um prazo de até 30 (trinta) dias; DO FUNCIONAMENTO DAS ENTIDADES CREDEN-
j) ministrar aulas, em casos excepcionais, quando da CIADAS
substituição de instrutores, mediante autorização do órgão
ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Art. 26. Todas as entidades credenciadas devem ce-
Federal; lebrar contrato de prestação de serviços, com o candida-
k) comunicar, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, to, contendo as especificações do curso quanto a período,
ao órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou horário, condições, frequência exigida, prazo de validade
do Distrito Federal o desligamento de qualquer um de seus do processo, valores e forma de pagamento.
instrutores ou diretores;
l) frequentar cursos de aperfeiçoamento ou de atuali- Parágrafo único. A exigência de celebração do contrato
zação determinados pelo órgão ou entidade executivo de de prestação de serviço não se aplica às unidades das For-
trânsito do Estado ou do Distrito Federal. ças Armadas e Auxiliares.

100
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 27. Os horários de realização das aulas serão regu- I - negligência na orientação e fiscalização das ativi-
lamentados pelo órgão ou entidade executivo de trânsito dades dos instrutores, nos serviços administrativos de sua
do Estado ou do Distrito Federal. responsabilidade direta, bem como no cumprimento das
atribuições previstas nesta Resolução e normas comple-
Parágrafo único. A carga horária diária máxima permiti- mentares dos órgãos ou entidades executivos de trân-
da nos cursos teóricos é de 10 (dez) horas/aula e, no curso sito dos Estados e do Distrito Federal;
de prática de direção veicular, 3 (três) horas/aula, sendo, II - deficiência no cumprimento da programação esta-
no máximo, duas aulas práticas consecutivas por candidato belecida para o(s) curso(s);
ou condutor. III - prática de ato de improbidade contra a fé pública,
contra o patrimônio ou contra a administração pública ou
Art. 28. As entidades que permanecerem inativas por privada.
um período superior a 90 (noventa) dias poderão ter o cre- Art. 33. As infrações previstas para os coordenadores
denciamento cancelado pelo órgão ou entidade executivo das entidades públicas ou privadas,
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, excetuando-se das unidades do Serviço Nacional de Aprendiza-
gem e das unidades das Forças Armadas e Auxiliares,
as unidades das Forças Armadas e Auxiliares.
credenciadas para ministrar os cursos referidos nesta
Resolução, são as mesmas constantes dos artigos 31 e 32,
Parágrafo único. A instituição ou entidade que tiver
respectivamente.
seu credenciamento cancelado, somente poderá retornar
às atividades, mediante um novo processo de credencia- Art. 34. São consideradas infrações de responsabili-
mento. dade específica do instrutor e do examinador:
I - negligência na transmissão das normas constantes
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES da legislação de trânsito, conforme estabelecido no qua-
dro de trabalho, bem como o cumprimento das atribui-
Art. 29. Compete aos órgãos e entidades executivos ções previstas nesta Resolução e normas complementares
de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito do órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados ou
de suas circunscrições, fiscalizar as entidades públicas ou do Distrito Federal;
privadas por eles credenciadas. II - falta de respeito aos candidatos;
III - deixar de orientar corretamente os candidatos no
Art. 30. As irregularidades deverão ser apuradas por processo de aprendizagem;
meio de processo administrativo, e penalizadas de acordo IV - deixar de portar o crachá de identificação como
com o estabelecido nesta Resolução. instrutor ou examinador habilitado, quando a serviço;
V - prática de ato de improbidade contra a fé pública,
Art. 31. São consideradas infrações de responsabilida- contra o patrimônio ou contra a administração pública ou
de das instituições ou entidades e do Diretor Geral, cre- privada;
denciados pelos órgãos ou entidades executivos de VI – realizar propaganda contrária à ética profissional;
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no que couber: VII – obstar ou dificultar a fiscalização do órgão execu-
tivo de trânsito estadual ou do
I - negligência na fiscalização das atividades dos ins- Distrito Federal.
trutores, nos serviços administrativos de sua responsabi-
lidade direta, bem como no cumprimento das atribuições Art. 35. As penalidades serão aplicadas pelo órgão ou
previstas nesta Resolução e normas complementares do entidade executivo de trânsito do
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Estado ou do Distrito Federal responsável pelo creden-
ciamento, após decisão fundamentada.
Distrito Federal;
Art. 36. As instituições e entidades e os profis-
II - deficiência técnico-didática da instrução teórica ou
sionais credenciados que agirem em desacordo com
prática;
os preceitos desta Resolução estarão sujeitos às seguintes
III - aliciamento de candidatos por meio de repre- penalidades, conforme a gravidade da infração:
sentantes, corretores, prepostos e similares; e publici- I - advertência por escrito;
dade em jornais e outros meios de comunicação, me- II - suspensão das atividades por até 30 (trinta) dias;
diante oferecimento de facilidades indevidas e/ou ilícitas. III - suspensão das atividades por até 60 (sessenta)
IV - prática de ato de improbidade contra a fé pública, dias; IV - cassação do credenciamento.
contra o patrimônio ou contra a administração pública ou
privada; § 1º A penalidade de advertência por escrito será apli-
cada no primeiro cometimento das infrações referidas nos
Art. 32. Será considerada infração de responsabilidade incisos I e II do art. 31, incisos I e II do art. 32 e incisos I, II,
específica do Diretor de Ensino: III e IV do art. 34.

101
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§2º A penalidade de suspensão por até 30 (dias) será Art. 41. Aplicam-se subsidiariamente ao processo
aplicada na reincidência da prática de qualquer das infra- administrativo, no que couber, as disposições da Lei nº
ções previstas nos incisos I e II do art. 31, incisos I e II do art. 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
32 e incisos I, II, III e IV do art. 34 ou quando do primeiro
cometimento da infração tipificada no inciso III do art. 31. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

§ 3º A penalidade de suspensão por até 60 (sessenta) Art. 42. As diretrizes, disposições gerais e estrutura cur-
dias será imposta quando já houver sido aplicada a pena- ricular básica dos cursos para a capacitação e atualização
lidade prevista no parágrafo anterior nos últimos 5 (cinco) dos profissionais para atuar na formação, atualização,
anos. qualificação e reciclagem de candidatos e condutores fa-
zem parte do Anexo desta Resolução.
§ 4º O período de suspensão será aplicado proporcio-
nalmente à natureza e à gravidade da falta cometida. Art. 43. É vedada a todas as entidades credenciadas a
transferência de responsabilidade ou a terceirização das
§ 5º Durante o período de suspensão, a entidade e os atividades para as quais foram credenciadas.
profissionais credenciados que forem penalizados não po-
derão realizar suas atividades. Art. 44. As informações sobre o processo de formação
§ 6º A penalidade de cassação será imposta quando dos profissionais, dos candidatos e condutores referidos
já houver sido aplicada a penalidade prevista no § 3º e/ou nesta Resolução, deverão estar contempladas em módulo
quando do cometimento das infrações tipificadas no inciso do Registro Nacional de Condutores Habilitados - RENA-
IV do art. 31, inciso III do art. 32 e inciso V do art. 34. CH, no prazo de até 360 dias, a partir da data de entrada
em vigor desta Resolução.
§ 7º Decorridos cinco anos da aplicação da penalidade Art. 45. O Órgão Máximo Executivo de Trânsito da
ao credenciado, esta não surtirá mais efeitos como registro União estabelecerá os procedimentos para operacionaliza-
ção da integração dos órgãos ou entidades executivos de
de reincidência para novas penalidades.
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, com as seguintes
finalidades:
§ 8º Na hipótese de cancelamento do credenciamento
por aplicação da penalidade de cassação, somente após 5
I - definir padrões de qualidades e procedimentos de
(cinco) anos, poderá a entidade requerer um novo creden-
monitoramento e avaliação dos processos de capacitação,
ciamento
qualificação e atualização de profissionais, e de formação,
qualificação, atualização e reciclagem de candidatos e con-
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO dutores;
Art. 37. O processo administrativo será iniciado pela II – permitir a disseminação de praticas e experiências
autoridade de trânsito, de oficio ou mediante representa- bem sucedidas na área de educação de trânsito;
ção, visando à apuração de irregularidades praticadas
pelas instituições e profissionais credenciados pelo órgão III – padronizar e desenvolver os procedimentos didá-
ou entidade executivo de trânsito dos Estados ou do Dis- ticos básicos, assegurando a boa formação do condutor;
trito Federal, observando o principio da ampla defesa e do
contraditório. IV – integrar todos os procedimentos e as informações
quanto à formação, habilitação e desempenho de candi-
§ 1º Em caso de risco iminente, a Administração Pública datos, permitindo, simultaneamente, o acompanhamento
poderá motivadamente adotar providências acauteladoras das entidades e organizações formadoras e fiscalizadoras.
sem a prévia manifestação do interessado.
Art. 46. É assegurado o direito ao exercício da profissão
§ 2º O representado será notificado da instauração do aos instrutores de trânsito que já estejam credenciados
processo administrativo. nos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos
Estados e do Distrito Federal até a entrada em vigor da Lei
Art. 38. A autoridade, de ofício ou a requerimento do nº 12.302, de 2 de agosto de 2010.
representado, poderá determinar a realização de perícias
ou de quaisquer outros atos necessários à elucidação dos §1º. Os demais profissionais que já estejam credencia-
fatos investigados. dos junto aos órgãos ou entidades executivos de trânsito
dos Estados e do Distrito Federal terão o prazo de 5
Art. 39. Concluída a instrução o representado terá (cinco) anos para adequação às exigências estabelecidas
o prazo de 10 (dez) dias para apresentar defesa escrita, nesta Resolução, observado o disposto no art. 152 do CTB.
contados do recebimento da notificação.
Art. 40. Após o julgamento, a autoridade de trânsito §2º Para fins de credenciamento junto ao órgão ou
notificará o representado da decisão. Parágrafo único. Da entidade executivo de trânsito do Estado e do Distrito Fe-
decisão da autoridade de trânsito caberá recurso à deral, serão aceitos os certificados de cursos concluídos até
autoridade superior no prazo de 30 (trinta) dias. a data da entrada em vigor desta Resolução.

102
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 47. As instituições ou entidades já credenciadas § 3° O condutor de que trata o caput deste arti-
pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Es- go deverá portar a carteira de habilitação estrangeira,
tados e do Distrito Federal terão o prazo de até 1 (um) ano dentro do prazo de validade, acompanhada do seu
para adequação às exigências de infraestrutura física esta- documento de identificação.
belecidas nesta Resolução.
§ 4° O condutor estrangeiro, após o prazo de 180 (cen-
Art. 48. Os Instrutores e Examinadores de Trânsito, to e oitenta) dias de estada regular no Brasil, pretendendo
credenciados pelos órgãos ou entidades executivos de continuar a dirigir veículo automotor no âmbito terri-
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, serão periodica- torial brasileiro, deverá submeter-se aos Exames de aptidão
mente avaliados em exame nacional, na forma da Resolu- Física e Mental e
ção nº 321/09 do CONTRAN. Avaliação Psicológica, nos termos do artigo 147 do
CTB, respeitada a sua categoria, com vistas à obtenção da
Art. 49. Esta Resolução entra em vigor na data de sua Carteira Nacional de Habilitação.
publicação, ficando revogadas as Resoluções nos 74/1998
e 198/2006 do CONTRAN e as disposições contrárias. § 5º Na hipótese de mudança de categoria deverá ser
obedecido o estabelecido no artigo 146 do Código de
Trânsito Brasileiro.
RESOLUÇÃO Nº 360, DE 29 DE SETEMBRO DE
2010 § 6° O disposto nos parágrafos anteriores não terá ca-
ráter de obrigatoriedade aos diplomatas ou cônsules de
Dispõe sobre a habilitação do candidato ou carreira e àqueles a eles equiparados.
condutor estrangeiro para direção de veículos em território
nacional. Art. 2º. O condutor de veículo automotor, oriundo
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, de país estrangeiro e nele habilitado, em estada regu-
no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Art. 12, lar, desde que penalmente imputável no Brasil, detentor
inciso I e X, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, de habilitação não reconhecida pelo Governo brasileiro,
que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e, conforme o poderá dirigir no Território Nacional mediante a troca da
Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre sua habilitação de origem pela equivalente nacional junto
a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito e, ao órgão ou entidade executiva de trânsito dos Estados ou
do Distrito Federal e ser aprovado nos Exames de Aptidão
CONSIDERANDO o inteiro teor dos Processos de nú- Física e Mental, Avaliação Psicológica e de Direção Veicular,
meros 80001.006572/2006-25, respeitada a sua categoria, com vistas à obtenção da Car-
80001.003434/2006-94, 80001.035593/2008-10 e teira Nacional de Habilitação.
80000.028410/2009-09;
Art. 3°. Ao cidadão brasileiro habilitado no exterior
CONSIDERANDO a necessidade de uma melhor unifor- serão aplicadas as regras estabelecidas nos artigos 1°
mização operacional acerca do condutor estrangeiro; e, ou 2°, respectivamente, comprovando que mantinha resi-
dência normal naquele País por um período não inferior
CONSIDERANDO a necessidade de compatibilizar a 06 (seis) meses quando do momento da expedição da
as normas de direito internacional de com as diretrizes habilitação.
da legislação de trânsito brasileira em vigor s, resolve:
Art. 4°. O estrangeiro não habilitado, com estada regu-
Art. 1º. O condutor de veículo automotor, oriundo lar no Brasil, pretendendo habilitar-se para conduzir veículo
de país estrangeiro e nele habilitado, desde que pe- automotor no Território Nacional, deverá satisfazer todas
nalmente imputável no Brasil, poderá dirigir no Território as exigências previstas na legislação de trânsito brasileira
Nacional quando amparado por convenções ou acordos em vigor.
internacionais, ratificados e aprovados pela República
Federativa do Brasil e, igualmente, pela adoção do Princí- Art. 5°. Quando o condutor habilitado em país es-
pio da Reciprocidade, no prazo máximo de 180 (cento e oi- trangeiro cometer infração de trânsito, cuja penalidade im-
tenta) dias, respeitada a validade da habilitação de origem. plique na proibição do direito de dirigir, a autoridade de
trânsito competente tomará as seguintes providências
§ 1° O prazo a que se refere o caput deste artigo ini- com base no artigo 42 da Convenção sobre Trânsito
ciar-se-á a partir da data de entrada no âmbito territorial Viário, celebrada em Viena e promulgada pelo Decreto n°
brasileiro. 86.714, de 10 de dezembro de 1981:

§ 2º O órgão máximo Executivo de Trânsito da União I – recolher e reter o documento de habilitação, até que
informará aos demais órgãos ou entidades do Sistema Na- expire o prazo da suspensão do direito de usá-la, ou até
cional de Trânsito a que países se aplica o disposto neste que o condutor saia do território nacional, se a saída ocor-
artigo. rer antes de expirar o prazo;

103
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

II – comunicar à autoridade que expediu ou em cujo RESOLVE:


nome foi expedido o documento de habilitação, a suspen- Art.1º Aprovar o Manual Brasileiro de Fiscalização de
são do direito de usá-la, solicitando que notifique ao inte- Trânsito – MBFT, Volume I – Infrações de competência mu-
ressado da decisão tomada; nicipal, incluindo as concorrentes dos órgãos e entidades
III – indicar no documento de habilitação, que o mes- estaduais de trânsito, e rodoviários, a ser publicado pelo
mo não é válido no território nacional, quando se tratar de órgão máximo executivo de trânsito da União.
documento de habilitação com validade internacional.
Parágrafo único. Quando se tratar de missão di- Art. 2º Compete ao órgão máximo executivo de trân-
plomática, consular ou a elas equiparadas, as medidas sito da União:
cabíveis deverão ser tomadas pelo Ministério das Relações I – Atualizar o MBFT, em virtude de norma pos-
Exteriores. terior que implique a necessidade de alteração de seus
Art.6°. O condutor com Habilitação Internacional para procedimentos.
Dirigir, expedida no Brasil, que cometer infração de trânsi- II – Estabelecer os campos das informações mínimas
to cuja penalidade implique na suspensão ou cassação do que devem constar no
Recibo de Recolhimento de Documentos.
direito de dirigir, terá o recolhimento e apreensão desta,
juntamente com o documento de habilitação nacional, ou
Art. 3º Os órgãos e entidades que compõem o Sistema
pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou
Nacional de Trânsito deverão adequar seus procedimentos
do Distrito Federal.
até a data de 30 de junho de 2011.
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
Parágrafo único. A Carteira Internacional expedida pelo publicação.
órgão ou entidade executiva de trânsito do Estado ou do
Distrito Federal não poderá substituir a CNH. RESOLUÇÃO N.º 372, DE 18 DE MARÇO DE 2011
Art. 7°. Ficam revogadas as Resoluções n° 193/2006 e
n° 345/2010 – CONTRAN e os artigos 29, 30,31 e 32 da Re- Altera a Resolução CONTRAN n.º 231/2007, que esta-
solução n° 168/2004 e as disposições em contrário. belece o sistema de placas de identificação de veículos.
Art. 8°. Esta Resolução entra em vigor na data de sua O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN,
publicação. no uso da competência que lhe confere o artigo 12, inciso
I, da Lei n.º 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui
o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto
RESOLUÇÃO Nº 371, DE 10 DE DEZEMBRO DE no Decreto n.º 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da
2010. Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito,
RESOLVE:
Aprova o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trân- Art. 1º O Parágrafo único do art. 6º, da Resolução n.º
sito, Volume I – Infrações de competência municipal, 231, de 15 de março de 2007, passa a vigorar com a se-
incluindo as concorrentes dos órgãos e entidades esta- guinte redação:
duais de trânsito, e rodoviários. “Parágrafo único. Os demais veículos, fabricados a
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, partir de 1º de janeiro de 2012, deverão utilizar obrigato-
usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, riamente placas e tarjetas confeccionadas com películas
da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de refletivas, atendidas as especificações do Anexo desta Re-
1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e solução”
conforme Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que Art. 2º O art. 7º, da Resolução n.º 231, de 15 de março
dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trân- de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 7º Os veículos com placa de identificação em de-
sito – SNT, e
sacordo com as especificações de dimensão, película re-
fletiva, cor e tipologia deverão adequar-se quando da mu-
Considerando a necessidade de padronização de pro-
dança de município.”
cedimentos referentes à fiscalização de trânsito no âmbito
Art.3° Acrescentar o item 3.1 ao Anexo da Resolução
de todo território nacional; nº. 231, de 15 de março de 2007, com a seguinte redação:
“3.1 - motocicleta, motoneta, ciclomotor e triciclos mo-
Considerando a necessidade da adoção de um torizados, fabricados ou quando da mudança de município,
manual destinado à instrumentalização da atuação dos a partir de 1º de janeiro de 2012, serão identificados nas
agentes das autoridades de trânsito, nas esferas de suas formas e dimensões da figura n.° 2 deste Anexo.
respectivas competências; a) dimensões da placa em milímetros: h = 170; c = 200
b) Altura do corpo dos caracteres da placa em milíme-
Considerando os estudos desenvolvidos por Gru- tros: h = 53;
po Técnico e por Especialistas da Câmara Temática de Art.4° O item 5.2 do Anexo da Resolução nº. 231, de 15
Esforço Legal do CONTRAN, de março de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação:

104
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

“5.2 Sistema de Pintura:


Utilização de tinta exclusivamente na cobertura dos caracteres alfanuméricos das placas e tarjetas veiculares, podendo
ser substituída por produtos adesivos com aplicação por calor para a mesma finalidade.”

Art. 5º O subitem III do item 10 do Anexo da Resolução n.º 231, de 15 de março de 2007, passa a vigorar com a seguinte
redação:

“III – Uso de películas A película refletiva deverá cobrir a superfície da placa, excluindo a sua borda, sendo flexível com
adesivo sensível à pressão, conformável para suportar elongação necessária no processo produtivo de placas estampadas.
Os valores mínimos de refletividade da película, conforme norma ASTM E-810, devem estar de acordo com a tabela abaixo
e não poderão exceder o limite máximo de refletividade de 150 cd/lux/m2 no ângulo de observação de 1,5º, para os ângu-
los de entrada de - 5º e +5º, -30º e +30º, -45º e +45º:
(...)

Art. 6º O item 11 do Anexo da Resolução nº. 231, de 15 de março de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação:

“11- Codificação das cores dos caracteres alfa-numéricos:

COR CÓDIGO RAL


BRANCA 9010
PRETA 9011

Art. 7º Fica alterada a Figura II do item 12 do Anexo da Resolução nº 231, de 15 de março de 2007, que passa a ser a
seguinte:

105
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

FIGURA II

Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

432/13;

RESOLUÇÃO Nº 432, DE 23 DE JANEIRO DE 2013.


Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas autoridades de trânsito e seus agentes na fiscalização do con-
sumo de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, para aplicação do disposto nos arts. 165,
276, 277 e 306 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de 23
de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e nos termos do disposto no Decreto nº 4.711, de 29 de
maio de 2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito.
CONSIDERANDO a nova redação dos art. 165, 276, 277 e 302, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, dada pela
Lei nº 12.760, de 20 de dezembro de 2012;
CONSIDERANDO o estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, ABRAMET, acerca dos procedimentos médi-
cos para fiscalização do consumo de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência pelos condutores; e
CONSIDERANDO o disposto nos processos nºs 80001.005410/2006-70, 80001.002634/2006-20 e 80000.000042/2013-11;

RESOLVE,
Art. 1º Definir os procedimentos a serem adotados pelas autoridades de trânsito e seus agentes na fiscalização do
consumo de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, para aplicação do disposto nos arts. 165,
276, 277 e 306 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Art. 2º A fiscalização do consumo, pelos condutores de veículos automotores, de bebidas alcoólicas e de outras subs-
tâncias psicoativas que determinem dependência deve ser procedimento operacional rotineiro dos órgãos de trânsito.
Art. 3º A confirmação da alteração da capacidade psicomotora em razão da influência de álcool ou de outra substância
psicoativa que determine dependência dar-se-á por meio de, pelo menos, um dos seguintes procedimentos a serem reali-
zados no condutor de veículo automotor:

106
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

I – exame de sangue; II – teste de etilômetro com medição realizada igual ou


II – exames realizados por laboratórios especializados, superior a 0,05 miligrama de álcool por litro de ar alveolar
indicados pelo órgão ou entidade de trânsito competente expirado (0,05 mg/L), descontado o erro máximo admis-
ou pela Polícia Judiciária, em caso de consumo de outras sível nos termos da “Tabela de Valores Referenciais para
substâncias psicoativas que determinem dependência; Etilômetro” constante no Anexo I;
III – teste em aparelho destinado à medição do teor III – sinais de alteração da capacidade psicomotora ob-
alcoólico no ar alveolar (etilômetro); tidos na forma do art. 5º.
IV – verificação dos sinais que indiquem a alteração da Parágrafo único. Serão aplicadas as penalidades e me-
capacidade psicomotora do condutor. didas administrativas previstas no art. 165 do CTB ao con-
§ 1º Além do disposto nos incisos deste artigo, tam- dutor que recusar a se submeter a qualquer um dos pro-
bém poderão ser utilizados prova testemunhal, imagem, ví- cedimentos previstos no art. 3º, sem prejuízo da incidência
deo ou qualquer outro meio de prova em direito admitido. do crime previsto no art. 306 do CTB caso o condutor apre-
§ 2º Nos procedimentos de fiscalização deve-se priori- sente os sinais de alteração da capacidade psicomotora.
zar a utilização do teste com etilômetro.
§ 3° Se o condutor apresentar sinais de alteração da DO CRIME
capacidade psicomotora na forma do art. 5º ou haja com- Art. 7º O crime previsto no art. 306 do CTB será carac-
provação dessa situação por meio do teste de etilômetro terizado por qualquer um dos procedimentos abaixo:
e houver encaminhamento do condutor para a realização I – exame de sangue que apresente resultado igual ou
do exame de sangue ou exame clínico, não será necessário superior a 6 (seis) decigramas de álcool por litro de sangue
aguardar o resultado desses exames para fins de autuação (6 dg/L);
administrativa. II - teste de etilômetro com medição realizada igual ou
superior a 0,34 miligrama de álcool por litro de ar alveolar
DO TESTE DE ETILÔMETRO expirado (0,34 mg/L), descontado o erro máximo admis-
Art. 4º O etilômetro deve atender aos seguintes requi- sível nos termos da “Tabela de Valores Referenciais para
sitos: Etilômetro” constante no Anexo I;
I – ter seu modelo aprovado pelo INMETRO; III – exames realizados por laboratórios especializados,
II – ser aprovado na verificação metrológica inicial, indicados pelo órgão ou entidade de trânsito competente
eventual, em serviço e anual realizadas pelo Instituto Na- ou pela Polícia Judiciária, em caso de consumo de outras
cional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO substâncias psicoativas que determinem dependência;
ou por órgão da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qua- IV – sinais de alteração da capacidade psicomotora ob-
lidade - RBMLQ; tido na forma do art. 5º.
Parágrafo único. Do resultado do etilômetro (medição § 1º A ocorrência do crime de que trata o caput não
realizada) deverá ser descontada margem de tolerância, elide a aplicação do disposto no art. 165 do CTB.
que será o erro máximo admissível, conforme legislação § 2º Configurado o crime de que trata este artigo, o
metrológica, de acordo com a “Tabela de Valores Referen- condutor e testemunhas, se houver, serão encaminhados à
ciais para Etilômetro” constante no Anexo I. Polícia Judiciária, devendo ser acompanhados dos elemen-
tos probatórios.
DOS SINAIS DE ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE PSICO-
MOTORA DO AUTO DE INFRAÇÃO
Art. 5º Os sinais de alteração da capacidade psicomo- Art. 8º Além das exigências estabelecidas em regula-
tora poderão ser verificados por: mentação específica, o auto de infração lavrado em de-
I – exame clínico com laudo conclusivo e firmado por corrência da infração prevista no art. 165 do CTB deverá
médico perito; ou II – constatação, pelo agente da Auto- conter:
ridade de Trânsito, dos sinais de alteração da capacidade I – no caso de encaminhamento do condutor para exa-
psicomotora nos termos do Anexo II. me de sangue, exame clínico ou exame em laboratório es-
§ 1º Para confirmação da alteração da capacidade psi- pecializado, a referência a esse procedimento;
comotora pelo agente da Autoridade de Trânsito, deverá II – no caso do art. 5º, os sinais de alteração da capaci-
ser considerado não somente um sinal, mas um conjunto dade psicomotora de que trata o Anexo II ou a referência
de sinais que comprovem a situação do condutor. ao preenchimento do termo específico de que trata o § 2º
§ 2º Os sinais de alteração da capacidade psicomotora do art. 5º;
de que trata o inciso II deverão ser descritos no auto de III – no caso de teste de etilômetro, a marca, modelo e
infração ou em termo específico que contenha as informa- nº de série do aparelho, nº do teste, a medição realizada, o
ções mínimas indicadas no Anexo II, o qual deverá acom- valor considerado e o limite regulamentado em mg/L;
panhar o auto de infração. IV – conforme o caso, a identificação da (s) testemunha
(s), se houve fotos, vídeos ou outro meio de prova comple-
DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA mentar, se houve recusa do condutor, entre outras informa-
Art. 6º A infração prevista no art. 165 do CTB será ca- ções disponíveis.
racterizada por: § 1º Os documentos gerados e o resultado dos exames
I – exame de sangue que apresente qualquer concen- de que trata o inciso I deverão ser anexados ao auto de
tração de álcool por litro de sangue; infração.

107
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 2º No caso do teste de etilômetro, para preenchimen- Resolve:


to do campo “Valor Considerado” do auto de infração, de- Art. 1º É obrigatório, para circular nas vias públicas, o
ve-se observar as margens de erro admissíveis, nos termos uso de capacete motociclístico pelo condutor e passageiro
da “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro” constan- de motocicleta, motoneta, ciclomotor, triciclo motorizado
te no Anexo I. e quadriciclo motorizado, devidamente afixado à cabeça
pelo conjunto formado pela cinta jugular e engate, por de-
DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS baixo do maxilar inferior.
Art. 9° O veículo será retido até a apresentação de con- Parágrafo único. Ocapacete motociclístico deve estar
dutor habilitado, que também será submetido à fiscalização. certificado por organismo acreditado pelo Instituto Na-
Parágrafo único. Caso não se apresente condutor habi- cional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
litado ou o agente verifique que ele não está em condições –INMETRO, de acordo com regulamento de avaliação da
de dirigir, o veículo será recolhido ao depósito do órgão ou conformidade por ele aprovado.
entidade responsável pela fiscalização, mediante recibo. Art. 2º Para fiscalização do cumprimento desta Reso-
Art. 10. O documento de habilitação será recolhido pelo lução, as autoridades de trânsito ou seus agentes devem
agente, mediante recibo, e ficará sob custódia do órgão ou
observar:
entidade de trânsito responsável pela autuação até que o
I -Se o capacete motociclístico utilizado é certificado
condutor comprove que não está com a capacidade psico-
pelo INMETRO;
motora alterada, nos termos desta Resolução.
§ 1º Caso o condutor não compareça ao órgão ou en- II -Se o capacete motociclístico está devidamente afi-
tidade de trânsito responsável pela autuação no prazo de xado à cabeça;
5 (cinco) dias da data do cometimento da infração, o do- III –A aposição de dispositivo retror refletivo de segu-
cumento será encaminhado ao órgão executivo de trânsito rança nas partes laterais e traseira do capacete motociclís-
responsável pelo seu registro, onde o condutor deverá bus- tico, conforme especificado no item I do Anexo;
car seu documento. IV -A existência do selo de identificação da conformi-
§ 2º A informação de que trata o § 1º deverá constar no dade do INMETRO, ou etiqueta interna com a logomarca
recibo de recolhimento do documento de habilitação. do INMETRO, especificada na norma NBR7471, podendo
esta ser afixada no sistema de retenção;
DISPOSIÇÕES GERAIS V -O estado geral do capacete, buscando avarias ou
Art. 11. É obrigatória a realização do exame de alcoole- danos que identifiquem a sua inadequação para o uso;
mia para as vítimas fatais de acidentes de trânsito. Parágrafo único. Os requisitos descritos nos incisos III
Art. 12. Ficam convalidados os atos praticados na vigên- eIV deste artigo aplicam-se aos capacetes fabricados a par-
cia da Deliberação CONTRAN nº 133, de 21 de dezembro tir de 1º de agosto de 2007.
de 2012, com o reconhecimento da margem de tolerância Art. 3º O condutor e o passageiro de motocicleta, mo-
de que trata o art. 1º da Deliberação CONTRAN referida no toneta, ciclomotor, triciclo motorizado e quadriciclo moto-
caput (0,10 mg/L) como limite regulamentar. rizado, para circular na via pública, deverão utilizar capace-
Art. 13. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN nº te com viseira, ou na ausência desta, óculos de proteção,
109, de 21 de Novembro de 1999, e nº 206, de 20 de ou- em boas condições de uso.
tubro de 2006, e a Deliberação CONTRAN nº 133, de 21 de § 1º Entende-se por óculos de proteção, aquele que
dezembro de 2012. permite ao usuário a utilização simultânea de óculos cor-
Art. 14. Esta Resolução entra em vigor na data de sua retivos ou de sol.
publicação. § 2º Fica proibido o uso de óculos de sol, óculos corre-
tivos ou de segurança do trabalho (EPI) de forma singular,
453/13;
em substituição aos óculos de proteção.
§ 3º Quando o veículo estiver em circulação, a viseira
RESOLUÇÃO 453,DE 26DE SETEMBRODE 2013
ou óculos de proteção deverão estar posicionados de for-
Disciplina o uso de capacete para condutor e passagei- ma a dar proteção total aos olhos, observados os seguintes
ro de motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos moto- critérios:
rizados e quadriciclos motorizados. I -quando o veículo estiver imobilizado na via, inde-
pendentemente do motivo, a viseira poderá ser totalmente
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO -CONTRAN, no levantada, devendo ser imediatamente restabelecida a po-
uso da atribuição que lhe confere o art.12, da Lei 9.503, de sição frontal os olhos quando o veículo for colocado em
23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito movimento;
Brasileiro, e conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de II -a viseira deverá estar abaixada de tal forma possi-
2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional bilite a proteção total frontal os olhos, considerando-se
de Trânsito, um plano horizontal, permitindo-se, no caso dos capacetes
Considerando o disposto no inciso I dos artigos 54 e com queixeira, pequena abertura de forma a garantir a cir-
55 e os incisos I e II do artigo 244 do Código de Transito culação de ar;
Brasileiro, III- no caso dos capacetes modulares, além da visei-
Considerando o inteiro teor do processo nº ra, conforme inciso II, a queixeira deverá estar totalmente
80000.028782/2013-11 abaixada e travada.

108
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 4º No período noturno, é obrigatório o uso de viseira Os coeficientes de retrorefletividade não deverão ser
no padrão cristal. inferiores aos valores mínimos especificados. As medições
§ 5º É proibida a aposição de película na viseira do ca- serão feitas de acordo com o método ASTME-810. Todos
pacete e nos óculos de proteção. os ângulos de entrada deverão ser medidos nos ângulos
Art. 4º Dirigir ou conduzir passageiro em descumpri- de observação de 0,2° e 0,5°. A orientação 90° é definida
mento às disposições contidas nesta Resolução implicará com a fonte de luz girando na mesma direção em que o
nas sanções previstas no CTB, conforme abaixo: dispositivo será afixado no capacete.
I -com o capacete fora das especificações contidas no
art. 2º, exceto inciso II, combinado com o Anexo: art. 230, II –DEFINIÇÕES
inciso X, do CTB; A -CAPACETE MOTOCICLISTICO
II -utilizando viseira ou óculos de proteção em des- Tem a finalidade de proteger a calota craniana, o qual
cumprimento ao disposto no art. 3º ou utilizando capacete deve ser calçado e fixado na cabeça do usuário, de forma
não afixado na cabeça conforme art. 1º: art. 169 do CTB; que fique firme, com o tamanho adequado, encontrados
III –não uso de capacete motociclístico, capacete não nos tamanhos, desde o 50 até o 64.
encaixado na cabeça ou uso de capacete indevido, con-
forme Anexo: incisos I ou II do art. 244 do CTB, conforme B -CAPACETE CERTIFICADO
o caso. Capacete que possui aplicado as marcações (selo de
Art. 5º As especificações dos capacetes motociclísticos, certificação holográfico/etiquetainterna), com a marca do
viseiras, óculos de proteção e acessórios estão contidas no Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade-SBAC,
Anexo desta Resolução. comercializado, após o controle do processo de fabricação
Art. 6º O Anexo desta Resolução encontram-se dispo- e ensaios específicos, de maneira a garantir que os requisi-
níveis no sitio eletrônico www.denatran.gov.br. tos técnicos, definidos na norma técnica, foram atendidos.
Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua Os modelos de capacetes certificados estão descritos abai-
publicação. xo nos desenhos legendados de 01 a 07:
Art. 8º Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN nº
203, de 29 de setembro de 2006, nº257, de 30 de novem-
bro de 2007e nº 270, de 15 de fevereiro de 2008.

ANEXO
(Resolução CONTRAN nº XXX, de XXXXXXXXX)
I -DISPOSITIVO RETRORREFLETIVO DE SEGURAN-
ÇA

O capacete deve contribuir para a sinalização do usuá-


rio diuturnamente, em todas as direções, através de ele-
mentos retrorrefletivos, aplicados na parte externa do cas-
co.
O elemento retrorrefletivo deve ter uma superfície de
pelo menos 18 cm² (dezoito centímetros quadrados) e as-
segurar a sinalização em cada lado do capacete: frente,
atrás, direita e esquerda. Em cada superfície de 18 cm²,
deve ser possível traçar um círculo de 4,0 cm de diâme-
tro ou um retângulo de superfície de, no mínimo, 12,5 cm²
com uma largura mínima de 2,0 cm.
Cada uma destas superfícies deve estar situada o mais
próximo possível do ponto de tangência do casco com um
plano vertical paralelo ao plano vertical longitudinal de si-
metria, à direita e à esquerda, e do plano de tangência do
casco com um plano vertical perpendicular ao plano longi-
tudinal de simetria, à frente e para trás.
A cor do material iluminado pela fonte padrão A da CIE
deve estar dentro da zona de coloração definida pelo CIE
para branco retrorrefletivo.
As cores e as especificações técnicas dos retrorrefle-
tivos a serem utilizados no transporte remunerado serão
definidas em resolução própria.
Especificação do coeficiente mínimo de retro re-
fletividade em candelas por Lux pometro quadrado
(orientação 0 e 90°):

109
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

110
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

C -ÓCULOS DE PROTEÇÃO MOTOCICLISTICA

São óculos que permitem aos usuários a utilização simultânea de óculos corretivos ou de sol (figura 8), cujo uso é obri-
gatório para os capacetes que não possuem viseiras, casos específicos das figuras 02, 05 e 06.

Figura 08

D -PRINCIPAIS COMPONENTES DE UM CAPACETE CERTIFICADO:


CASCO EXTERNO: O casco pode ser construído em plásticos de engenharia, como o ABS e o Policarbonato (PC), atra-
vés do processo de injeção, ou, pelo processo de multilaminação de fibras (vidro, aramídicas, carbono e polietileno), com
resinas termofixas.
CASCO INTERNO: Confeccionado em materiais apropriados, onde o mais conhecido é poliestireno expansível (isopor),
devido a sua resiliência, forrado com espumas dubladas com tecido, item que em conjunto com o casco externo, fornece a
proteção à calota craniana, responsável pela absorção dos impactos.
VISEIRA: Destinada à proteção dos olhos e das mucosas, é construída em plásticos de engenharia, com transparência,
fabricadas nos padrões: cristal, fume light, fume e metalizadas. As viseiras que não sejam do padrão cristal devem ter apli-
cação da seguinte orientação na sua superfície, em alto ou baixo relevo, sendo:
Idioma português: USO EXCLUSIVO DIURNO (podendo estar acompanhada com a informação em outro idioma)
Idioma ingles: DAY TIME USE ONLY
SISTEMA DE RETENÇÃO: (figura 9) sistema é composto de:

111
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

CINTA JUGULAR: Confeccionada em materiais sintéticos, fixadas ao casco de forma apropriada, cuja finalidade é a de
fixar firmemente (sem qualquer folga aparente) o capacete à calota craniana, por debaixo do maxilar inferior do usuário, e;
ENGATES: tem a finalidade de fixar as extremidades da cinta jugular, após a regulagem efetuada pelo usuário, não
deixando qualquer folga, e, podem ser no formato de Duplo “D”, que são duas argolas estampadas em aço ou através de
engates rápidos, nas suas diversas configurações.

ACESSÓRIOS: são componentes que podem, ou não, fazer parte de um capacete certificado, como palas, queixeiras
removíveis, sobreviseiras e máscaras (figura 10).

A relação dos capacetes certificados pelo INMETRO, com a descrição do fabricante ou importador, do modelo, dos
tamanhos, da data da certificação, estão disponibilizados no site do INMETRO: www.inmetro.gov.br.

E -CAPACETES INDEVIDOS
Uso terminantemente proibido, nas vias públicas, por não cumprirem com os requisitos estabelecidos na norma técnica
(figura 11):

112
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

466/13; I -a autenticidade da identificação do veículo e da sua


documentação;
RESOLUÇÃO Nº 466DE11DE DEZEMBRO DE2013 II -a legitimidade da propriedade;
III -se os veículos dispõem dos equipamentos obriga-
Estabelece procedimentos para o exercício da ativida- tórios, e se estes estão funcionais;
de de vistoria de identificação veicular. IV -se as características originais dos veículos e seus
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO -CONTRAN, agregados foram modificado se, caso constata da alguma
usando da competência que lhe conferemos incisos I e X, alteração, se esta foi autorizada, regularizada e se consta
do artigo 12 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, no prontuário do veículo na repartição de trânsito.
que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro -CTB, e confor- §3º Os equipamentos obrigatórios são aqueles previs-
me o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe tos pelo Código de Trânsito Brasileiro-CTB, Resoluções do
sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito -SNT, CONTRAN e Portarias do DENATRAN.
Considerando o disposto no inciso III do art. 22, nos §4º É vedada a realização de vistoria de identificação
incisos I e II do art. 123 e do inciso V do art. 124, da Lei nº veicular em veículo sinistrado com laudo pericial de perda
9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de total.
Trânsito Brasileiro. Art. 3º Havendo habilitação de pessoa jurídica pelos
Considerando a conveniência técnica e administrativa órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e
de que as vistorias de veículos obedeçam a critérios e pro- do Distrito Federal, para a realização de vistoria de iden-
cedimentos uniformes em todo o país; tificação veicular, deverá o DENATRAN conceder o acesso
Considerando as proposições do Grupo de Trabalho ao SISCSV.
instituído pela Portaria DENATRAN nº 246/2012, nos ter- §1º O acesso de que trata este artigo será realizado
mos da Deliberação nº 126/2012 do CONTRAN; por intermédio do órgão ou entidade executivo de trânsito
Considerando o disposto no art.311 do Código Penal; do Estado e do Distrito Federal contratante, que ressarcirá
Considerando o que consta nos Processos Adminis- ao DENATRAN os custos referentes aos acessos à base de
trativos nos80000.045476/2010-99, 80000.045316/2012- dados do Registro Nacional de Veículos Automotores -RE-
10, 80000.044196/2012-25, 80000.012971/2013-64 e NAVAM pelo SISCSV, nos termos da regulamentação a ser
80020.001532/2013-98, editada pelo DENATRAN.
RESOLVE: § 2º A pessoa jurídica habilitada pelos órgãos e enti-
Art. 1º Esta Resolução estabelece procedimentos para dades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Fe-
o exercício da atividade de vistoria de identificação veicu- deral somente poderá operar em vistoria de identificação
lara ser realizada pelos órgão se entidades executivos de veicular após a concessão do acesso ao SISCSV, cabendo
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, ou por pessoa ao órgão ou entidade responsável pelo credenciamento a
jurídica de direito público ou privado, habilitada para a fiscalização da conformidade dos serviços prestados.
prestação dos serviços de vistoria veicular.
§1ºAhabilitaçãoparaa realização do serviço de que trata Capítulo II
esta Resolução constitui atribuição dos órgãos e entidades Dos requisitos para habilitação do exercício dos
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal. serviços de vistoria de identificação veicular
§2ºOsórgãos e entidades executivos de trânsito dos Es-
tados e do Distrito Federal poderão exercer diretamente a Art. 4º Os órgãos e entidades executivos de trânsito
atividade de vistoria de veículos automotores por meio de dos Estados e do Distrito Federal promoverão a habilita-
servidores públicos especialmente designados. ção da pessoa jurídica de direito público ou privado para o
exercício da atividade de vistoria de identificação veicular,
Capítulo I mediante cumprimento dos seguintes requisitos:
Das disposições preliminares I -documentação relativa à habilitação jurídica:
a) ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vi-
Art. 2º A vistoria de identificação veicular, por ocasião gor, devidamente registrado, e, no caso de sociedades por
da transferência de propriedade ou de domicilio intermu- ações, acompanhado de documentos da eleição de seus
nicipal ou interestadual do proprietário do veículo, é de administradores, devendo constar do objeto social a ati-
responsabilidade dos órgãos e entidades executivos de vidade exclusiva de vistoria de identificação veicular, exce-
trânsito dos Estados ou do Distrito Federal e poderá ser tuando-se as pessoas jurídicas de direito público que se
realizada por pessoa jurídica de direito público ou privado dediquemà atividade de ensino e pesquisa técnico-cien-
previamente habilitada. tífica;
§1º A emissão do laudo único de vistoria de identifi- b) decreto de autorização, em se tratando de empresa
cação veicular será realizada exclusivamente por meio ele- ou sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato
trônico e só terá validade no âmbito do Sistema Nacional de registro ou autorização para funcionamento expedido
de Trânsito se registrado no Sistema de Certificação de pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir;
Segurança Veicular e Vistorias -SISCSV, mantido pelo DE- c) cópia da lei de criação, em se tratando de pessoa
NATRAN. jurídica de direito público.
§2º A vistoria de identificação veicular tem como obje- II -documentação relativa à regularidade fiscal, traba-
tivo verificar: lhista e econômico-financeira:

113
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

a) prova de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas desenvolvimento das vistorias de identificação veicular ao
Jurídicas -CNPJ; abrigo das intempéries, sendo vedado o uso de estruturas
b) prova de inscrição no cadastro de contribuintes es- provisórias. No caso de veículos pesados, com peso bruto
tadual e municipal, se houver, relativo à sede da pessoa ju- total superior 4.536 Kg, as vistorias de identificação veicu-
rídica, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível lar poderão ser realizadas em área descoberta no pátio da
com o objeto contratual ou estatutário; empresa;
c) prova de regularidade para com a Fazenda Federal, b) deter controle informatizado através de tecnologia
Estadual e Municipal da sede da pessoa jurídica, na forma de biometria para a emissão do laudo único padronizado
da lei; pelo SISCSV e demais exigências técnicas determinadas
d) prova de regularidade relativa à Seguridade Social por regulamentação específica do DENATRAN e descritas
e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), de- no manual do sistema, em especial relativas à segurança,
monstrando situação regular no cumprimento dos encar- identificação e rastreabilidade;
gos sociais instituídos por lei; c) Certificado de Sistema de Qualidade, padrão ISO
e) comprovação, na forma da lei, de regularidade na 9001:2008, com validade atestada pela entidade certifica-
entrega da Relação Anual de Informações Sociais -RAIS ao dora, acreditada pelo INMETRO ou signatária de acordos
Ministério do Trabalho e Emprego-MTE; internacionais de reconhecimento mútuo no campo da
f) prova de inexistência de débitos inadimplidos pe- acreditação.
rante a Justiçado Trabalho, mediante a apresentação de §1º A Apólice de Seguro de Responsabilidade Civil Pro-
certidão negativa, nos termos do título VII-A da Consoli- fissional e o Certificado ISO 9001:2008 devem ter caráter
dação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n.º individual e intransferível, não sendo aceitos apólices de
5.452/1943; seguros e certificados coletivos.
g) certidão negativa de falência, expedida pelo distri- §2ºCaberá ao órgão ou entidade executivo de trânsito
buidor da sede da pessoa jurídica, com data inferior a 60 dos Estados e do Distrito Federal regulamentar as demais
(sessenta) dias, contados da data do início do processo características de infraestrutura técnico-operacional, em
administrativo de habilitação, acompanhada de prova da relação ao disposto no inciso IV deste artigo.
competência expedida por cartório distribuidor. §3ºOs órgãos e entidades executivos de trânsito dos
III -documentação relativa à qualificação técnica: Estados ou do Distrito Federal, no ato da habilitação da
a) comprovação de possuir em seu quadro de pessoal pessoa jurídica de direito público, poderão dispensar o
permanente, vistoriadores com qualificação comprovada
cumprimento dos requisitos dispostos neste artigo, com
por meio de certificado ou diploma de conclusão de curso
exceção da documentação descrita na alínea “d” do inciso
de treinamento em vistoria de identificação veicular, regu-
I, na alínea “a” do inciso II, nas alíneas “b”, “c” e “g” do inciso
lamentado pelo DENATRAN;
III e nas alíneas “a” e “b” do inciso IV, do presente artigo.
b) Licença ou Alvará de Funcionamento, com data de
§4ºOs órgãos e entidades executivos de trânsito dos
validade em vigor, expedido pela Prefeitura do Município
Estados e do Distrito Federal poderão deixar de exigir o
ou pelo Governo do Distrito Federal;
disposto no inciso III, alínea “f” deste artigo quando a ha-
c) comprovação de canal aberto de ouvidoria ou servi-
bilitação referir-se à pessoa jurídica de direito privado sem
ço de atendimento ao consumidor;
Apólice de Seguro de Responsabilidade Civil Profissio- fins lucrativos.
nal, segurada no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil § 5ºÉ proibida a participação de sócio ou proprietário
reais), e em vigor durante o prazo de validade do contrato de pessoa jurídica habilitada para a prestação de serviços
de exercício dos serviços de vistoria de identificação vei- de vistoria veicular, que exerça outra atividade empresarial
cular, em nome da contratada, para eventual cobertura de regulamentada pelo CONTRAN ou DENATRAN.
danos causados ao consumidor pela pessoa jurídica habi- Art. 5ºA área de atuação para o exercício da atividade
litada; de vistoria de identificação veicular será determinada pelo
e) comprovante de quitação do seguro contratado; órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do
f) comprovação da atuação exclusiva no mercado de Distrito Federal, observado o município sede da pessoa ju-
vistoria de identificação veicular, mediante certidão emitida rídica e as Circunscrições Regionais de Trânsito -CIRETRAN.
pelo órgão competente e cópia do contrato social vigente; Parágrafo único. O órgão ou entidade executivo de
g) declaração de abster-se de envolvimentos comer- trânsito do Estado ou do Distrito Federal poderá, a seu cri-
ciais que possam comprometer a isenção no exercício da tério, estender, precariamente, quando solicitado, o âmbi-
atividade de vistoria de identificação veicular, assinada pelo to de atuação da pessoa jurídica habilitada para município
representante legal da pessoa jurídica. ou região de determinada CIRETRAN que não disponha de
IV -documentação relativa à infraestrutura técnico meios próprios para o exercício da atividade de vistoria de
-operacional: identificação veicular ou na qual não haja pessoa jurídica
a) projeto atual aprovado e registrado pelo Município e habilitada para a localidade, desde que a CIRETRAN este-
fotos atualizadas do estabelecimento identificando a exis- ja vinculada à mesma autoridade executiva de trânsito. A
tência de local adequado para estacionamento de veículos, extensão da área de atuação perde efeito quando ocorrer
com dimensões compatíveis para realizar as vistorias de habilitação de pessoa jurídica para o Município.
identificação veicular em áreas cobertas, possibilitando o

114
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Capítulo III II-cumprir e fazer cumprir as disposições regulamenta-


Das Competências res da atividade de vistoria de identificação veicular;
III-fiscalizar, quando motivado e a qualquer tempo, a
Art. 6ºCompete aos órgãos e entidades executivos de atividade de vistoria de identificação veicular, no que se
trânsito dos Estados e do Distrito Federal: refere ao acesso ao SISCSV, independentemente de noti-
I -publicar no Diário Oficial do Estado ou Distrito Fede- ficação judicial ou extrajudicial, podendo, para isso, firmar
ral o extrato do contrato de prestação de serviços de visto- convênios ou acordos de cooperação técnica e informar
ria de identificação veicular celebrado com pessoa jurídica aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados
de direito público ou privado; e do Distrito Federal caso haja a constatação de infração
II–disponibilizar, permanentemente e em desta que, no passível de punição ou qualquer irregularidade;
seu sítio eletrônico, a relação atualizada das pessoas jurídi- Art. 8ºCompete à pessoa jurídica de direito público ou
cas habilitadas para a atividade de vistoria de identificação privado habilitada para o exercício da atividade de vistoria
veicular, incluindo nome, endereço, telefones para conta- de identificação veicular:
to, CNPJ, área geográfica de atuação, prazo de vigência do I -prestar serviço adequado, na forma prevista nas re-
contrato e nome do preposto responsável; soluções, normas e regulamentos técnicos aplicáveis à vis-
III -informar ao DENATRA Na relação de empresas que toria de identificação veicular;
podem executar a atividade de vistoria de identificação II -atualizar o inventário e o registro dos bens vincula-
veicular, com nome, endereço, CNPJ, prazo de vigência do dos à contratação da pessoa jurídica;
contrato e nome do preposto responsável; III -cumprir as normas técnicas pertinentes à atividade
IV-monitorar e controlar todo o processo de vistoria de de vistoria de identificação veicular;
identificação veicular, inclusive a emissão do laudo e qual- IV -permitir aos encarregados da fiscalização livre aces-
quer documento eletrônico disponível na central SISCSV, so, em qualquer época, aos equipamentos e às instalações
seja quando realizada por meios próprios ou por meio de integrantes da vistoria de identificação veicular, aos regis-
pessoa jurídica de direito público ou privado, utilizando-se tros operacionais e aos registros de seus empregados.
de tecnologia da informação adequada que realize a inte- V -manter atualizada a documentação relativa à regu-
gração dos dados necessários, conforme regulamentação
laridade fiscal, nas esferas municipal, estadual e federal,
específica do DENATRAN;
permitindo aos encarregados da fiscalização livre acesso
V –fiscalizar, anualmente, a pessoa jurídica habilitada
aos documentos comprobatórios;
no exercício da atividade de vistoria de identificação veicu-
VI -comunicar previamente ao órgão ou entidade exe-
lar, “in loco” e por meio do SISCSV, independentemente de
cutivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal qual-
solicitação do DENATRAN ou de notificação judicial ou ex-
quer alteração, modificação ou introdução técnica capaz de
trajudicial, podendo requisitar documentos, esclarecimen-
interferir na execução da atividade de vistoria de identifica-
tos, e ter livre acesso a todas as instalações da empresa;
ção veicular, e ainda, referente aos seus instrumentos cons-
VI-zelar pela uniformidade e qualidade das vistorias de
identificação veicular; titutivos, bem como a decretação do regime de falência;
VII-advertir, suspender ou cassar a pessoa jurídica ha- VII -informar ao órgão ou entidade executivo de trân-
bilitada nos casos de irregularidades previstas nesta Reso- sito do Estado ou do Distrito Federal as falhas constatadas
lução, informando antecipadamente ao DENATRAN, por na emissão dos laudos de vistoria de identificação veicular;
meio de ofício, a data de início e término da imposição da VIII -responder civil e criminalmente por prejuízos cau-
penalidade; sados em decorrência das informações e interpretações in-
VIII -celebrar o instrumento jurídico necessário, com seridas no laudo de vistoria de identificação veicular, salvo
a autoridade policial competente, para acesso às informa- aquelas oriundas do banco de dados BIN/RENAVAM/RE-
ções registradas no SISCSV e prover os meios para disponi- NAMO, independentemente do limite da apólice de seguro
bilização dessas informações eletronicamente; prevista no art. 4º, desta Resolução;
IX –Comunicar à Polícia Civil do Estado e do Distrito IX -comunicar imediatamente à autoridade policial
Federal qualquer identificação veicular suspeita de fraude quando detectar veículo cuja identificação seja suspeita de
ou irregularidades, na forma do disposto no art. 311 do fraude ou irregularidades insanáveis, para fins de apuração
Código Penal; criminal.
X-cumprir e fazer cumprir as disposições regulamenta- X –comprovar, anualmente, perante o órgão ou entida-
res da atividade de vistoria de identificação veicular. de executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal,
Art. 7ºCompete ao DENATRAN, depois de informado o cumprimento dos requisitos de habilitação fixados nesta
pelos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Es- norma.
tados e do Distrito Federal, o rol de empresas habilitadas §1º O serviço adequado previsto no inciso I deste arti-
aptas a executar a atividade de vistoria de identificação vei- go corresponde àquele que satisfaz as condições de regu-
cular: laridade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade e
I-disponibilizar, em sítio eletrônico, a relação atualizada cortesia na sua prestação.
de pessoas jurídicas habilitadas para a atividade de vistoria §2ºA atualidade compreende a modernidade das téc-
de identificação veicular, com nome, endereço, CNPJ, prazo nicas, dos equipamentos e das instalações e a sua conser-
de vigência do contrato e nome do preposto responsável; vação, bem como a melhoria e expansão do serviço.

115
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§3ºA pessoa jurídica de direito público ou privado ha- VI -deixar de armazenar em meio eletrônico registro de
bilitada somente poderá emitir laudos de vistoria de iden- vistoria de identificação veicular, não manter em funciona-
tificação veicular referentes às placas de veículos dos mu- mento o sistema de biometria e outros meios eletrônicos
nicípios abrangidos por sua habilitação, ou a serem trans- previstos;
feridos para os respectivos municípios. VII -deixar de emitir ou emitir documento fiscal de for-
ma incorreta;
Capítulo IV VIII -utilizar quadro técnico de funcionários sem a qua-
Das sanções administrativas aplicáveis às empresas lificação requerida;
habilitadas IX -deixar de utilizar equipamento indispensável à rea-
lização da vistoria de identificação veicular ou utilizar equi-
Art. 9ºA pessoa jurídica de direito público ou priva- pamento inadequado ou de forma inadequada;
do habilitada para o exercício da atividade de vistoria de X -deixar de conceder, a qualquer tempo, livre acesso
identificação veicular sujeitar-se-á às seguintes sanções às autoridades de trânsito e ao DENATRAN às suas instala-
administrativas, conforme a gravidade da infração e sua re- ções, registros e outros meios vinculados à habilitação, por
incidência, aplicadas pelo órgão executivo de trânsito dos meio físico ou eletrônico;
Estados e do Distrito Federal a que estiver vinculada, ob- XI -utilizar pessoal subcontratado para serviços de vis-
servada a ampla defesa e o contraditório: toria de identificação veicular;
I -advertência por escrito; XII -deixar de manter o Seguro de Responsabilidade
II -suspensão das atividades por 30, 60 ou 90 dias; Civil Profissional.
III -cassação do credenciamento. Art. 12.Constituem infrações passíveis de cassação do
§1º A aplicação das sanções de suspensão das ativi- habilitado:
dades por 30, 60 ou 90 dias acarretará, automaticamente, I -reincidência da irregularidade punida com aplicação
a suspensão do acesso ao SISCSV pelo respectivo tempo. de sanção administrativa de suspensão das atividades por
§ 2ºAs irregularidades serão apuradas junto aos órgãos 90 (noventa) dias;
e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito II -realizar vistoria de identificação veicular fora das ins-
Federal, mediante processo administrativo, observando-se talações da pessoa jurídica habilitada;
a legislação aplicável, bem como o direito à ampla defesa III -fraudar o laudo de vistoria de identificação veicular;
e ao contraditório. IV -emitir laudo de vistoria de identificação veicular
Art. 10.Constituem infrações passíveis de advertência sem a realização da vistoria;
por escrito: V -manipular os dados contidos no arquivo de sistema
I -apresentar, culposamente, informações não verda- de imagens.
deiras às autoridades de trânsito e ao DENATRAN; VI-repassar a terceiros, a qualquer título, as informa-
II -registrar laudo de vistoria de identificação veicular ções sobre veículos e proprietários objeto de vistoria.
de forma ilegível ou sem oferecer evidência nítida; Art. 13.Além das infrações e penalidades previstas nos
III -preencher laudos em desacordo com o documento artigos anteriores, será considerada infração administra-
de referência; tiva passível de cassação do habilitado, qualquer ato que
IV -deixar de prover informações que sejam devidas às configure crime contra a fé pública, a administração pú-
autoridades de trânsito e ao DENATRAN; blica e a administração da justiça, previstos no Decreto-Lei
V -manter não-conformidade crítica aberta por tempo 2.848/40, e atos de improbidade administrativa previstos
superior a 30 (trinta) dias ou outro prazo acordado com as na Lei nº 8.429/92, em especial a ofensa aos princípios
autoridades de trânsito e com o DENATRAN; constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade,
VI -deixar de registrar informações ou de tratá-las; publicidade e interesse público.
VII-praticar condutas incompatíveis com a atividade de Art. 14.Osórgãos e entidades executivos de trânsito dos
vistoria de identificação veicular. Estados e do Distrito Federal poderão suspender cautelar-
Art. 11.Constituem infrações passíveis de suspensão mente, sem prévia manifestação do interessado, as ativida-
das atividades por 30 (trinta) dias na primeira ocorrência, des de vistoria de identificação veicular da pessoa jurídica
de 60 (sessenta) dias na segunda ocorrência e de 90 (no- de direito público ou privado, motivadamente, em caso de
venta) dias na terceira ocorrência: risco iminente, nos termos do art. 45, da Leinº9.784/99.
I -reincidência de infração punida com aplicação de ad- Art. 15.A pessoa jurídica cassada poderá requerer sua
vertência por escrito; reabilitação para o exercício da atividade de vistoria de
II -deixar de exigir do cliente a apresentação de do- identificação veicular depois de decorridos 2 (dois) anos da
cumentos obrigatórios previstos na legislação de trânsito; aplicação da penalidade.
III -emitir laudo de vistoria de identificação veicular em Art. 16.As sanções aplicadas às pessoas jurídicas habi-
desacordo com o respectivo regulamento técnico; litadas são extensíveis os sócios, sendo vedada a partici-
IV -realizar vistoria de identificação veicular em desa- pação destes na composição societária de outras pessoas
cordo com o respectivo regulamento técnico; jurídicas que realizem as atividades de que trata esta Re-
V -emitir laudos assinados por profissional não habi- solução.
litado;

116
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Capítulo V CONSIDERANDO a necessidade de intensificar a fisca-


Das disposições finais e transitórias lização nas vias públicas para inibir a prática de condutas
infratoras que não raras vezes ceifam vidas em acidentes
Art. 17.No caso de alteração de endereço das insta- de trânsito;
lações da pessoa jurídica habilitada, esta somente poderá CONSIDERANDO o contido no processo nº
voltar a operar após a vistoria prévia do órgão ou entidade 80000.016352/2013-49;
executivo de trânsito do Estado e do Distrito Federal. RESOLVE:
Art. 18.Os modelos de requerimento e os demais for- Art. 1º Regulamentar a utilização de sistemas de video-
mulários necessários à instrução do processo administrati- monitoramento para fiscalização de trânsito em estradas e
vo de habilitação da pessoa jurídica serão padronizados em rodovias, nos termos do § 2º do artigo 280 do Código de
ato específico do órgão ou entidade executivo de trânsito Trânsito Brasileiro.
do Estado ou do Distrito Federal. Art. 2ºA autoridade ou o agente da autoridade de trân-
Art. 19.O Laudo de Vistoria de identificação veicular sito, exercendo a fiscalização remota por meio de sistemas
terá validade somente se emitido, monitorado e controla- de videomonitoramento, poderão autuar condutores e
do por meio do SISCSV, nos termos da legislação vigente e veículos, cujas infrações por descumprimento das normas
atendidos os requisitos técnicos e funcionais especificados gerais de circulação e conduta tenham sido detectadas“
em Portaria do DENATRAN. online” por esses sistemas.
Parágrafo único. Os órgãos e entidades executivos de Parágrafo único. A autoridade ou o agente da auto-
trânsito dos Estados e do Distrito Federal promoverão sua ridade de trânsito, responsável pela lavratura do auto de
inscrição no DENATRAN para integração das pessoas jurí- infração, deverá informar no campo “observação” a forma
dicas habilitadas com o SISCSV, conforme regulamentação com que foi constatado o cometimento da infração.
específica do DENATRAN. Art. 3º A fiscalização de trânsito mediante sistema de
Art. 20.As Empresas Credenciadas em Vistoria de Veí- videomonitoramento somente poderá ser realizada nas
culos – ECVs e as Unidades de Gestão Central – UGC, cre- vias que estejam devidamente sinalizadas para esse fim.
denciadas pelo DENATRAN, permanecerão habilitadas no Art. 4ºEsta Resolução entra em vigor na data de sua
SISCSV até a data da entrada em vigor desta Resolução, publicação.
ou até o termino do prazo de vigência do credenciamento,
508/14;
vedada a prorrogação, ou o que ocorrer primeiro.
Parágrafo único. As empresas credenciadas como Uni-
RESOLUÇÃO Nº 508 DE 27 DE NOVEMBRO DE 2014
dades de Gestão Central –UGC pelo DENATRAN, no curso
da vacatio legis desta Resolução, somente poderão exercer
Dispõe sobre os requisitos de segurança para a circu-
suas atividades junto às Empresas Credenciadas em Visto-
lação, a título precário, de veículo de carga ou misto trans-
rias de Veículos –ECVs credenciadas pelo DENATRAN.
portando passageiros no compartimento de cargas.
Art. 21.Esta Resolução entra em vigor em 1º de julho
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CON-
de 2014, quando ficará revogada a Resolução CONTRAN nº
TRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12,
5, de 23 de janeiro de 1998 e o art. 1º da Resolução CON- inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que
TRAN nº 282, de 26 de julho de 2008. instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme
o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da
471/13; coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
Considerando o disposto no art. 108, da Lei nº 9.503,
RESOLUÇÃO Nº 471DE 18 DE DEZEMBRO DE de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trân-
2013 sito Brasileiro - CTB
Considerando o que consta do Processo Administrati-
Regulamenta a fiscalização de trânsito por intermédio vo nº 80001.003050/2006-71;
de videomonitoramento em estradas e rodovias, nos ter-
mos do § 2º do artigo 280 do Código de Trânsito Brasileiro. RESOLVE:
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO -CONTRAN, Art. 1º A autoridade com circunscrição sobre a via po-
no uso da atribuição que lhe confere o art. 12, da Lei nº derá autorizar, eventualmente e a título precário, a circula-
9.507, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de ção de veículo de carga ou misto transportando passagei-
Trânsito Brasileiro, e conforme Decreto nº 4.711, de 29 de ros no compartimento de cargas, desde que sejam cumpri-
maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema dos os requisitos estabelecidos nesta Resolução.
Nacional de Trânsito; §1º A autorização será expedida pelo órgão com cir-
CONSIDERANDO o disposto no § 2º do artigo 280 do cunscrição sobre a via não podendo ultrapassar o prazo
Código de Trânsito Brasileiro; previsto no parágrafo único do Art. 108 do CTB.
CONSIDERANDO que os sistemas de videomonitora- §2º Em trajeto que utilize mais de uma via com autori-
mento empregados para policiar vias públicas e operar o dades de trânsito com circunscrição diversa, a autorização
trânsito podem se converter em importantes ferramentas deve ser concedida por cada uma das autoridades para o
para a fiscalização do trânsito; respectivo trecho a ser utilizado.

117
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 2º A circulação de que trata o artigo 1º só po- III. transportar cargas no mesmo ambiente dos passa-
derá ser autorizada entre localidades de origem e destino geiros;
que estiverem situadas em um mesmo município ou entre IV. utilizar veículos de carga tipo basculante e boiadeiro;
municípios limítrofes, quando não houver linha regular de V. utilizar combinação de veículos.
ônibus.
Art. 3º Os veículos a serem utilizados no transporte de VI. transportar passageiros nas partes externas.
que trata esta Resolução devem ser adaptados, no mínimo, Art. 6º Para a circulação de veículos de que trata o arti-
com: go 1º, o condutor deve estar habilitado:
I. bancos, na quantidade suficiente para todos os pas- I. na categoria B, se o transporte for realizado em veícu-
sageiros, revestidos de espuma, com encosto e cinto de lo cujo peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos
segurança, fixados na estrutura da carroceria; quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares, ex-
II. carroceria com cobertura, barra de apoio para as cluído o do condutor;
mãos, proteção lateral rígida, com dois metros e dez centí- II. na categoria C, se o transporte for realizado em veí-
metros de altura livre, de material de boa qualidade e resis- culo cujo peso bruto total exceda a três mil e quinhentos
quilogramas;
tência estrutural, que evite o esmagamento e a projeção de
III. na categoria D e ter o curso especializado para o
pessoas em caso de acidente com o veículo;
transporte coletivo de passageiros, se o transporte for reali-
III. escada para acesso, com corrimão;
zado em veículo cuja lotação exceda a oito lugares, excluído
o do condutor;
IV. cabine e carroceria com ventilação, garantida a co-
municação entre motorista e passageiros; Parágrafo único. Para determinação da lotação de que
V. compartimento resistente e fixo para a guarda das tratam os incisos deste artigo deverá ser considerada, além
ferramentas e materiais, separado dos passageiros, no caso da lotação do compartimento de passageiros, a lotação do
de transporte de trabalhadores; compartimento de carga após a adaptação.
VI. sinalização luminosa, na forma do inciso VIII do ar- Art. 7º As autoridades com circunscrição sobre as vias
tigo 29 do CTB e da Resolução nº 268, de 15 de fevereiro a serem utilizadas no percurso pretendido são competentes
de 2008, no caso de transporte de pessoas vinculadas à para autorizar, permitir e fiscalizar esse transporte por meio
prestação de serviço em obras na via. de seus órgãos próprios.
Parágrafo único. Os veículos referidos neste artigo só Art. 8º Pela inobservância ao disposto nesta Resolução,
poderão ser utilizados após expedição do Certificado de fica o proprietário ou o condutor do veículo, nos termos do
Segurança Veicular - CSV, expedido por Instituição Técnica artigo 257 do CTB, independentemente das demais penali-
Licenciada - ITL, e vistoria da autoridade competente para dades previstas e outras legislações, sujeitos às penalidades
conceder a autorização de trânsito. e medidas administrativas previstas nos seguintes artigos:
Art. 4º Satisfeitos os requisitos enumerados no artigo I. art. 230, inciso II, do CTB:
anterior, a autoridade com circunscrição sobre a via, decla- a) transporte de passageiro em compartimento de car-
rando a não existência de linha regular de ônibus, estabele- ga sem autorização ou com a autorização vencida;
cerá no documento de autorização os seguintes elementos b) inobservância do itinerário;
técnicos: c) se o veículo não estiver devidamente adaptado na
I. identificação do órgão de trânsito e da autoridade; forma estabelecida no artigo 3º desta Resolução;
II. marca, modelo, espécie, ano de fabricação, placa e d) utilização dos veículos previstos nos incisos V e VI do
UF do veículo; art. 5º; transportar passageiros em pé.
III. identificação do proprietário do veículo; II. art. 231, inciso VII, do CTB, por exceder o número de
passageiros autorizado pela autoridade competente;
IV. o número de passageiros (lotação a ser transpor-
III. art. 168 do CTB, se o (s) passageiro(s) transportado
tado;
no compartimento de carga for menor de 10 (dez) anos; e
V. o local de origem e de destino do transporte;
VI. o itinerário a ser percorrido; e IV. art. 162, inciso III, do CTB, se o condutor possuir
VII. o prazo de validade da autorização. habilitação de categoria diferente da do veículo que esteja
conduzindo, conforme art. 6º;
§1º O número máximo de pessoas admitidas no trans- V. artigo 232 do CTB, combinado com o artigo 2º da
porte será calculado na base de 35dm2 (trinta e cinco decí- Resolução nº 205, de 20 de outubro de 2006, se o condutor
metros quadrados) do espaço útil da carroceria por pessoa, não possuir o curso especializado para o transporte coletivo
incluindo-se o encarregado da cobrança de passagem e de passageiros, conforme inciso II do art. 6º, e se não portar
atendimento aos passageiros. a autorização de trânsito.
§2º A autorização de que trata este artigo é de porte VI. artigo 235 do CTB, por transportar passageiros, ani-
obrigatório. mais ou cargas nas partes externas dos veículos.
Art. 5º Além das exigências estabelecidas nos demais Art. 9º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
artigos desta Resolução, para o transporte de passageiros publicação.
em veículos de carga ou misto, é vedado: Art. 10 Fica revogada a Resolução CONTRAN nº
I. transportar passageiros com idade inferior a 10 anos; 82/1998
II. transportar passageiros em pé;

118
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

541/15; Art. 2º Compete ao órgão máximo executivo de trân-


sito da União atualizar o MBFT–Volume II, em virtude de
RESOLUÇÃO Nº 541, DE 15 DE JULHO DE 2015 norma posterior que implique a necessidade de alteração
de seus procedimentos.
Acrescenta o § 4º ao art. 1º da Resolução CONTRAN nº Art. 3º Os órgãos e entidades executivos estaduais
277, de 28 de maio de 2008, de forma a tornar obrigatória de trânsito e rodoviários componentes do Sistema Nacio-
a utilização do dispositivo de retenção para o transporte de nal de Trânsito deverão adequar seus procedimentos em
crianças nos veículos escolares. até90(noventa)dias, a contar da data de publicação desta
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, no uso Resolução.
das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 12, da Art. 4º O Anexo desta Resolução se encontra disponível
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o no sítio eletrônico www.denatran.gov.br.
Código de Trânsito Brasileiro- CTB, e conforme o Decreto Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da Coordenação publicação.
do Sistema Nacional de Trânsito – SNT; e
Considerando o que consta dos Processos Administra-
Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito
tivos nos 80001.001777/2003-71, 80000.023423/2013-60 e
80000.021372/2014-12,
1. APRESENTAÇÃO
RESOLVE:
Art. 1º Acrescentar o § 4º ao art. 1º da Resolução CON- O Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito con-
TRAN nº 277, de 28 de maio de 2008, com a seguinte re- templa os procedimentos gerais a serem observados pelos
dação: agentes de trânsito, conceitos e definições e está estrutu-
“Art. 1º .......................................................... rado em fichas individuais, classificadas por código de en-
§ 1º ................................................................. quadramento das infrações e seus respectivos desdobra-
§ 2º ................................................................. mentos.
§ 3º ................................................................. As fichas são compostas dos campos, abaixo descritos,
§ 4º Todo veículo utilizado no transporte escolar, inde- destinados ao detalhamento das infrações com seus res-
pendentemente de sua classificação, categoria e do peso pectivos amparos legais e procedimentos:
bruto total - PBT do veículo, deverá utilizar o dispositivo de Tipificação resumida–descreve a conduta infracional
retenção adequado para o transporte de crianças com até de acordo com Portaria do Denatran.
sete anos e meio de idade.” Código do enquadramento–indica o código da infra-
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor no dia 1º de fe- ção e seu desdobramento.
vereiro de 2016. Amparo Legal–indica o artigo, inciso e alínea do CTB.
Tipificação do Enquadramento-descreve a conduta
561/15; infracional de acordo com o CTB.
Natureza –informa a classificação da infração de acor-
RESOLUÇÃONº561, DE 15DE OUTUBRODE2015. do com a sua gravidade.
Penalidade–informa a sanção aplicada a cada conduta
Aprova o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, infracional.
Volume II–Infrações de competência dos órgãos e entida- Medida Administrativa–indica o procedimento apli-
des executivos estaduais de trânsito e rodoviários. cável à conduta infracional.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO -CONTRAN, Infrator–informa o responsável pelo cometimento da
usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, infração.
da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o
Competência–indica o órgão ou entidade de trânsito
Código de Trânsito Brasileiro, e conforme Decreto nº 4.711,
com competência para autuar.
de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação
Pontuação–informa o número de pontos computados
do Sistema Nacional de Trânsito –SNT;
Considerando a necessidade de padronização de pro- ao infrator.
cedimentos referentes à fiscalização de trânsito no âmbito Pode configurar crime–informa a previsão de even-
de todo território nacional; tual ilícito criminal.
Considerando a necessidade da adoção de um manual Sinalização–informa a necessidade da sinalização
destinado à instrumentalização da atuação dos agentes para configurar a infração.
das autoridades de trânsito, nas esferas de suas respectivas Constatação da infração–indica as situações nas quais
competências; a abordagem é necessária para a constatação da infração.
Considerando os estudos desenvolvidos por Grupo Quando Autuar–indica as situações que configuram a
Técnico e por Especialistas da Câmara Temática de Esforço infração tipificada na respectiva ficha.
Legal do CONTRAN, Não Autuar–indica as situações que não configuram
RESOLVE: a infração tipificada na respectiva ficha ou remete a outros
Art.1º Aprovar o Manual Brasileiro de Fiscalização de enquadramentos.
Trânsito –MBFT, Volume II–Infrações de competência dos Definições e Procedimentos–menciona dispositivos
órgãos e entidades executivos estaduais de trânsito e ro- legais, estabelece definições e indica procedimentos espe-
doviários. cíficos.

119
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Campo ‘Observações’ - indica ou sugere informações 3. INTRODUÇÃO


a serem registradas no campo ‘observações’ do auto de A fiscalização, conjugada às ações de operação de
infração. trânsito, de engenharia de tráfego e de educação para o
Regulamentação–relaciona as normas aplicáveis. trânsito, é uma ferramenta de suma importância na busca
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas de uma convivência pacífica entre pedestres e condutores
ACC: Autorização para Conduzir Ciclomotor de veículos.
AE: Autorização Especial As ações de fiscalização influenciam diretamente na
AGETRAN: Agência Municipal de Transporte e Trânsito segurança e fluidez do trânsito, contribuindo para a efetiva
AIT: Auto de Infração de Trânsito mudança de comportamento dos usuários da via, e de for-
Art: Artigo ma específica, do condutor infrator, através da imposição
CF: Constituição Federal de sanções, propiciando a eficácia da norma jurídica.
CLA: Certificado de Licenciamento Anual Nesse contexto, o papel do agente de trânsito é desen-
CMT: Capacidade Máxima de Tração volver atividades voltadas à melhoria da qualidade de vida
CNH: Carteira Nacional de Habilitação da população, atuando como facilitador da mobilidade
CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica urbana ou rural sustentáveis, norteando-se, dentre outros,
CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente pelos princípios constitucionais da legalidade, impessoali-
CONTRAN: Conselho Nacional de Trânsito dade, moralidade, publicidade e eficiência.
CP: Código Penal Desta forma o presente Manual tem como objetivo
CPF: Cadastro de Pessoa Física uniformizar procedimentos, de forma a orientar os agentes
CRLV: Certificado de Registro e Licenciamento de Veí- de trânsito nas ações de fiscalização.
culo
CRV: Certificado de Registro de Veículo 4. AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO
CSV: Certificado de Segurança Veicular O agente da autoridade de trânsito competente para
CTB: Código de Trânsito Brasileiro lavrar o auto de infração de trânsito (AIT) poderá ser ser-
CTV: Combinação para Transporte de Veículos vidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda, policial militar
CTVV: Convenção de Trânsito Viário de Viena designado pela autoridade de trânsito com circunscrição
CVC: Combinação de Veículos de Carga sobre a via no âmbito de sua competência.
Dec.: Decreto Para que possa exercer suas atribuições como agen-
te da autoridade de trânsito, o servidor ou policial militar
DENATRAN: Departamento Nacional de Trânsito
deverá ser credenciado, estar devidamente uniformizado,
DER: Departamento de Estradas de Rodagem
conforme padrão da instituição, e no regular exercício de
DETRAN: Departamento Estadual de Trânsito
suas funções.
DNIT: Departamento Nacional de Infraestrutura de
O veículo utilizado na fiscalização de trânsito deverá
Transportes
estar caracterizado.
DPRF: Departamento de Polícia Rodoviária Federal
O agente de trânsito, ao constatar o cometimento da
Ex.: Exemplo
infração, lavrará o respectivo auto e aplicará as medidas
GLP: Gás Liquefeito de Petróleo administrativas cabíveis.
GNV: Gás Natural Veicular É vedada a lavratura do AIT por solicitação de tercei-
INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia Normali- ros, excetuando-se o caso em que o órgão ou entidade de
zação e Qualidade Industrial. trânsito realize operação (comando) de fiscalização de nor-
IPVA: Imposto sobre Propriedades de Veículos Auto- mas de circulação e conduta, em que um agente de trân-
motores sito constate a infração e informe ao agente que esteja na
ITL: Instituições Técnica Licenciadas abordagem; neste caso, o agente que constatou a infração
ITT: Instituto Tecnológico de Transporte e Trânsito deverá convalidar a autuação no próprio auto de infração
ITV: Inspeção Técnica Veicular ou na planilha da operação (comando), a qual deverá ser
LCP: Lei das Contravenções Penais arquivada para controle e consulta.
NBR: Normas Técnicas Brasileiras O AIT traduz um ato vinculado na forma da Lei, não
PBT: Peso Bruto Total havendo discricionariedade com relação a sua lavratura,
PBTC: Peso Bruto Total Combinado conforme dispõe o artigo 280 do CTB.
PM: Polícia Militar O agente de trânsito deve priorizar suas ações no sen-
PPD: Permissão para Dirigir tido de coibir a prática das infrações de trânsito, devendo
RBMLQ: Rede Brasileira de Metrologia Legal e Quali- tratar a todos com urbanidade e respeito, sem, contudo,
dade omitir-se das providências que a lei lhe determina.”
RENACH: Registro Nacional de Condutores Habilita-
dos 5. INFRAÇÃO DE TRÂNSITO
RENAVAM: Registro Nacional de Veículos Automoto- Constitui infração a inobservância a qualquer preceito
res da legislação de trânsito, às normas emanadas do Código
RNE: Registro Nacional de Estrangeiro de Trânsito, do Conselho Nacional de Trânsito e a regula-
Res.: Resolução mentação estabelecida pelo órgão ou entidade executiva
SNT: Sistema Nacional de Trânsito do trânsito.

120
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

O infrator está sujeito às penalidades e medidas admi- As infrações podem ser concorrentes ou concomitan-
nistrativas previstas no CTB. tes:
As infrações classificam-se, de acordo com sua gravi- São concorrentes aquelas em que o cometimento de
dade, em quatro categorias, computados, ainda, os seguin- uma infração tem como pressuposto o cometimento de
tes números de pontos: outra.
I -infração de natureza gravíssima, 7 pontos; Por exemplo: veículo sem as placas (art. 230, IV), por
II -infração de natureza grave, 5 pontos; falta de registro(art. 230, V).
III -infração de natureza média, 4 pontos; Nesses casos, o agente deverá lavrar um único AIT,
IV -infração de natureza leve, 3 pontos. com base no art. 230, V.
São concomitantes aquelas em que o cometimento
6. RESPONSABILIDADE PELA INFRAÇÃO de uma infração não implica o cometimento de outra, na
As penalidades serão impostas ao condutor ou ao pro-
forma do art. 266 do CTB.
prietário do veículo, salvo os casos de descumprimento de
Por exemplo: dirigir veículo com a CNH vencida há
obrigações e deveres impostos a pessoas físicas ou jurídi-
cas expressamente mencionadas no CTB. mais de trinta dias (art. 162, V)e de categoria diferente para
a qual é habilitado(art. 162,III).
6.1 Proprietário Nesses casos, o agente deverá lavrar os dois AIT.
Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela O agente de trânsito, sempre que possível, deverá
infração referente à prévia regularização e preenchimento abordar o condutor do veículo para constatar a infração,
das formalidades e condições exigidas para o trânsito do ressalvados os casos nos quais a infração poderá ser com-
veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de provada sem a abordagem. Para esse fim, o Manual estabe-
suas características, componentes, agregados, habilitação lece as seguintes situações:
legal e compatível de seus condutores, quando esta for exi- • Caso 1: “possível sem abordagem” -significa que
gida, e outras disposições que deva observar. a infração pode ser constatada sem a abordagem do con-
dutor.
6.2 Condutor • Caso 2: “mediante abordagem” –significa que a in-
Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações fração só pode ser constatada se houver a abordagem do
decorrentes de atos praticados na direção do veículo. condutor.
• Caso 3: “vide procedimentos” -significa que, em
6.3 Pessoa Física ou Jurídica expressamente men- alguns casos, há situações específicas para abordagem do
cionada no CTB
condutor.
A pessoa física ou jurídica é responsável por infração
O AIT deverá ser impresso em, no mínimo, duas vias,
de trânsito, não vinculada a veículo ou à sua condução, ex-
pressamente mencionada no CTB. exceto o registrado em equipamento eletrônico.
Uma via do AIT será utilizada pelo órgão ou entidade
7. AUTUAÇÃO de trânsito para os procedimentos administrativos de apli-
Autuação é ato administrativo da Autoridade de Trân- cação das penalidades previstas no CTB. A outra via deverá
sito ou de seus agentes quando da constatação do come- ser entregue ao condutor, quando se tratar de autuação
timento de infração de trânsito, devendo ser formalizado com abordagem, ainda que este se recuse a assiná-lo.
por meio da lavratura do AIT. Nas infrações cometidas com combinação de veículos,
O AIT é peça informativa que subsidia a Autoridade de preferencialmente será autuada a unidade tratora. Na im-
Trânsito na aplicação das penalidades e sua consistência possibilidade desta, a unidade tracionada.
está na perfeita caracterização da infração, devendo ser
preenchido de acordo com as disposições contidas no ar- 8. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
tigo 280 do CTB e demais normas regulamentares, com re- Medidas administrativas são providências de caráter
gistro dos fatos que fundamentaram sua lavratura. complementar, exigidas para a regularização de situações
O AIT não poderá conter rasura, emenda, uso de corre- infracionais, sendo, em grande parte, de aplicação momen-
tivo, ou qualquer tipo de adulteração. O seu preenchimen- tânea, e têm como objetivo prioritário impedir a continui-
to se dará com letra legível, preferencialmente, com caneta
dade da prática infracional, garantindo a proteção à vida
esferográfica de tinta azul.
e à incolumidade física das pessoas, e não se confundem
Poderá ser utilizado o talão eletrônico para o registro
da infração conforme regulamentação específica. com penalidades.
O agente só poderá registrar uma infração por auto e, Compete à autoridade de trânsito com circunscrição
no caso da constatação de infrações em que os códigos in- sobre a via e seus agentes aplicar as medidas administra-
fracionais possuam a mesma raiz (os três primeiros dígitos), tivas, considerando a necessidade de segurança e fluidez
considerar-se-á apenas uma infração. do trânsito.
Exemplo: veículo sem equipamento obrigatório e com A impossibilidade de aplicação de medida administra-
equipamento obrigatório ineficiente/inoperante, utilizar o tiva prevista para infração não invalidará a autuação pela
código 663-71e descrever no campo ‘Observações’ a si- infração de trânsito, nem a imposição das penalidades pre-
tuação constatada (ex: sem o estepe e com o extintor de vistas.
incêndio vazio).

121
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

8.1-Retenção do Veículo 8.3 -Recolhimento do Documento de Habilitação


Consiste na sua imobilização no local da abordagem, O recolhimento do documento de habilitação tem por
para a solução de determinada irregularidade. objetivo imediato impedir a condução de veículos nas vias
A retenção se dará nas infrações em que esteja prevista públicas enquanto perdurar a irregularidade constatada.
esta medida administrativa. O documento de habilitação será recolhido pelo agen-
Quando a irregularidade puder ser sanada no local onde te, mediante recibo, sendo uma das vias entregue, obriga-
for constatada a infração, o veículo será liberado tão logo seja toriamente, ao condutor, e ficará sob custódia do órgão ou
regularizada a situação. entidade de trânsito responsável pela autuação até que o
Na impossibilidade de sanar a falha no local da infração, condutor comprove que a irregularidade foi sanada.
o veículo poderá ser retirado por condutor regularmente ha- Caso o condutor não compareça ao órgão ou entidade
bilitado, desde que não ofereça risco à segurança do trânsi- de trânsito responsável pela autuação em até 5 (cinco) dias
to, mediante recolhimento do Certificado de Licenciamento da data do cometimento da infração, o documento será
Anual-CLA/CRLV, contra recibo, notificando o condutor do encaminhado ao órgão executivo de trânsito responsável
prazo para sua regularização. pelo seu registro.
Não se apresentando condutor habilitado no local da in- Sanada a irregularidade, a restituição do documento
fração, o veículo será recolhido ao depósito.
de habilitação se dará sem qualquer outra exigência.
No prazo assinalado no recibo, o infrator deverá provi-
O recibo expedido pelo agente não autoriza a condu-
denciar a regularização do veículo e apresentá-lo no local in-
ção do veículo.
dicado, onde, após submeter-se à vistoria, terá seu CLA/CRLV
restituído.
No caso de não observância do prazo estabelecido para a 8.4 -Recolhimento do Certificado de Licenciamento
regularização, o agente da autoridade de trânsito deverá en- Anual (CLA/CRLV)
caminhar o documento ao órgão ou entidade de trânsito de Consiste no recolhimento do documento que certifica
registro do veículo. o licenciamento do veículo com o objetivo de garantir que
Havendo comprometimento da segurança do trânsito e/ o proprietário promova a regularização da infração cons-
ou no caso do condutor sinalizar que não regularizará a situa- tatada.
ção, a retenção do veículo poderá ser transferida para local Será aplicada quando não for sanada a irregularidade,
mais adequado ou para o depósito do órgão ou entidade de nos casos em que esteja prevista a medida administrativa
trânsito. de retenção do veículo ou a penalidade de apreensão do
Quando se tratar de transporte coletivo conduzindo pas- veículo;
sageiros ou de veículo transportando produto perigoso ou Quando houver fundada suspeita quanto à inautentici-
perecível, desde que o veículo ofereça condições de seguran- dade ou adulteração, deverão ser adotadas as medidas de
ça para circulação em via pública, a retenção pode deixar de polícia judiciária.
ser aplicada imediatamente. De acordo com a Resolução do CONTRAN nº 61/1998,
o CLA é o Certificado de Registro e Licenciamento de Veí-
8.2 -Remoção do Veículo culos (CRLV).
A remoção do veículo consiste em deslocar o veículo para Todo e qualquer recolhimento de CLA deve ser docu-
o depósito fixado pela autoridade de trânsito com circunscri- mentado por meio de recibo, sendo que uma das vias será
ção sobre a via. Tem por finalidade restabelecer as condições entregue, obrigatoriamente, ao condutor.
de segurança, fluidez da via, garantir a boa ordem adminis- Após o recolhimento do documento pelo agente, a
trativa, dentre outras hipóteses estabelecidas pela legislação. Autoridade de Trânsito do órgão autuador deverá adotar
A medida administrativa de remoção é independente da medidas destinadas ao registro do fato no RENAVAM.
penalidade de apreensão e não se caracteriza como medida
antecipatória desta.
9.HABILITAÇÃO
A remoção deve ser feita por meio de veículo destinado
Para a condução de veículos automotores é obrigatório
para esse fim ou, na falta deste, valendo-se da própria capaci-
o porte do documento de habilitação, apresentado no ori-
dade de movimentação do veículo a ser removido, desde que
haja condições de segurança para o trânsito. ginal e dentro da data de validade.
A remoção do veículo não será aplicada se o condutor, re- O documento de habilitação não pode estar plastifica-
gularmente habilitado, sanar a irregularidade no local, desde do para que sua autenticidade possa ser verificada.
que isso ocorra antes que a operação de remoção tenha sido São documentos de habilitação:
iniciada, ou quando o agente avaliar que a operação de remo- -Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC) -habi-
ção trará ainda mais prejuízo à segurança e/ou fluidez da via. lita o condutor somente para conduzir ciclomotores e ciclo
Este procedimento somente se aplica para o veículo devi- elétricos
damente licenciado e que esteja em condições de segurança -Permissão para Dirigir (PPD) -categorias Ae B
de circulação. -Carteira Nacional de Habilitação (CNH) -categorias A,
A restituição dos veículos removidos só ocorrerá após B, C, D e E.
o pagamento das multas, taxas e despesas com remoção
e estada, além de outros encargos previstos na legislação
especifica.

122
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

CATEGORIA ESPECIFICAÇÃO
• Todos os veículos automotores e elétricos, de duas ou três rodas, com ou
sem carro lateral.
• Ciclomotor, caso o condutor não possua ACC.
• Não se aplica a quadriciclos, cuja categoria é a B.
• Veículos automotores e elétricos, de quatro rodas cujo Peso Bruto Total
(PBT) não exceda a 3.500 kg e cuja lotação não exceda a oito lugares,
excluído o do motorista, contemplando a combinação de unidade
acoplada, reboque, semi-reboque ou articulada, desde que atenda a
lotação e capacidade de peso para a categoria.
• Veículo automotor da espécie motor-casa, cujo peso não exceda a 6.000
kg, ou cuja lotação não exceda a 8 lugares, excluído o do motorista.
• O trator de roda e os equipamentos automotores destinados a executar
trabalhos agrícolas, quando conduzidos em via pública.
• Todos os veículos automotores e elétricos utilizados em transporte de
carga, cujo PBT exceda a 3.500 kg.
• Tratores, máquinas agrícolas e de movimentação de cargas, motor-casa,
combinação de veículos em que a unidade acoplada, reboque, semi-
reboque ou articulada, não exceda a 6.000 kg de PBT.
• Todos os veículos abrangidos pela categoria “B”.
• Veículos automotores e elétricos utilizados no transporte de passageiros,
cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do condutor.
D
• Veículos destinados ao transporte de escolares independente da lotação.
• Todos os veículos abrangidos nas categorias “B” e “C”.
Combinação de veículos em que a unidade tratora se enquadre nas Categorias B, C
ou D e:
• A unidade acoplada, reboque, semirreboques, trailer ou articulada, tenha
6.000 Kg ou mais de PBT.
E
• A lotação da unidade acoplada exceda a 8 lugares.
• Seja uma combinação de veículos com mais de uma unidade tracionada,
independentemente da capacidade de tração ou do PBT.
• Todos os veículos abrangidos nas categorias “B”, “C” e “D”.

9.1 Condutor oriundo de país Estrangeiro


O condutor de veículo automotor, oriundo de país estrangeiro e nele habilitado, poderá dirigir portando Permissão
Internacional para Dirigir (PID) ou documento de habilitação estrangeira, acompanhados de documento de identificação,
quando o país de origem do condutor for signatário de Acordos ou Convenções Internacionais, ratificados pelo Brasil, res-
peitada a validade da habilitação de origem e o prazo máximo de 180 dias da sua estada regular no Brasil.

10. DISPOSIÇÕES FINAIS:


O condutor demotocicleta, motoneta e ciclomotor, quando desmontado e puxando ou empurrando o veículo nas vias
públicas, não se equipara ao pedestre, estando sujeito às infrações previstas no CTB.
O conteúdo dos itens do Sumário deste Manual se aplica, no que couber, à fiscalização das infrações previstas no Ma-
nual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito –Volume I.
Este Manual recepcionará tacitamente as eventuais alterações da legislação de trânsito.

11. FICHAS INDIVIDUAIS DOS ENQUADRAMENTOS


Ver arquivos anexos

573/15;

RESOLUÇÃO Nº 573, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2015

Estabelece os requisitos de segurança e circulação de veículos automotores denominados quadriciclos.


O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), usando da competência que lhe confere o inciso I do Art. 12 da
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto nº 4.711,
de 29 de maio de 2003, dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT), e

123
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Considerando que nenhum veículo poderá transitar I - Veículos enquadrados no inciso I do Art. 2º desta
nas vias terrestres abertas à circulação pública sem que Resolução devem possuir obrigatoriamente:
ofereça as condições mínimas de segurança; a) Comando do sistema acionado através de guidão;
Considerando a existência de produção, importação e b) Assentos para condução e transporte de passageiro
comercialização, no Brasil, de veículos com características na posição montada;
similares às motocicletas, porém dotados de quatro rodas; c) Eixo de tração com dispositivo que permita suas
Considerando a produção, importação e comercializa- duas rodas girarem em velocidades angulares diferentes;
ção, no Brasil, de veículos elétricos ultracompactos, para d) Pneus de alta pressão, com banda de rodagem para
circulação exclusivamente urbana, com cabine fechada e pista pavimentada, e certificados pelo INMETRO;
volante; e) Sistema de suspensão independente para cada roda
Considerando a Resolução CONTRAN nº 14, de 06 de do eixo dianteiro e traseiro;
fevereiro de 1998; f) Freios em cada uma das rodas do veículo, devendo
Considerando os artigos 96, 97, 103 e 105 da Lei nº estar em acordo com as normas vigentes;
9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de g) Equipamentos obrigatórios previstos no item V do
Trânsito Brasileiro (CTB);
Art. 1º da Resolução nº 14, de 06 de fevereiro de 1998.
Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar
II - Veículos enquadrados no inciso II do Art. 2º desta
a classificação e os requisitos de segurança destes veículos
Resolução:
nacionais e importados;
Considerando o que consta nos processos a) Comando do sistema acionado através de volante;
n.ºˢ: 80000.026291/2011-66, 80000.021069/2012- b) Assentos para condução e transporte de passageiro
58, 80001.05626/2008-13, 80000.037712/2010-01, na posição sentada;
800001.035426/2008-79, 80000.022349/2010-11, c) Eixo de tração com dispositivo que permita suas
80000.054858/2010-11, 800001.007121/2008-77, duas rodas girarem em velocidades angulares diferentes;
80000.025667/2012-04, 80000.021118/2010-91, d) Pneus de alta pressão, com banda de rodagem para
80000.015062/2008-11, 80000.005211/2012-10 e pista pavimentada, e certificados pelo INMETRO;
80000.038633/2013-52. e) Sistema de suspensão independente para cada roda
RESOLVE: do eixo dianteiro e traseiro;
Art. 1º Esta Resolução estabelece os requisitos de cir- f) Freios em cada uma das rodas do veículo, devendo
culação e de segurança obrigatórios para os veículos auto- estar em acordo com as normas vigentes;
motores denominados quadriciclos, de fabricação nacional g) Equipamentos obrigatórios previstos no item V do
ou importados. Art. 1º da Resolução nº 14, de 06 de fevereiro de 1998;
§ 1º Todos os veículos novos devem possuir código de h) Cinto de segurança de três ou quatro pontos para
marca/modelo/versão e Certificado de Adequação a Legis- condutor e passageiros;
lação de Trânsito (CAT), conforme procedimento estabe- i) Assentos com apoio de cabeça;
lecido pelo DENATRAN por meio da Portaria DENATRAN j) Equipamento suplementar de segurança passiva –
nº 190, de 30 de junho de 2009, para fins de registro e AIR BAG frontal.
licenciamento junto aos órgãos executivos de trânsito dos Art. 4º Devem ser observados os seguintes requisitos
Estados e do Distrito Federal. de circulação nas vias públicas para os veículos previstos no
§ 2º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior aos veí- Art. 3º desta Resolução:
culos de que trata o caput deste artigo fabricados antes da I - Placas de identificação traseira, com dimensões
entrada em vigor desta Resolução. idênticas às de motocicleta e que atendam à legislação vi-
Art. 2º Para os efeitos desta Resolução, entende-se gente;
como quadriciclos:
II - Lanterna de marcha à ré na cor branca quando o
I - o veículo automotor com estrutura mecânica similar
veículo permitir este tipo de deslocamento;
às motocicletas, possuindo eixo dianteiro e traseiro, dotado
III – Transporte apenas de passageiro maior de 7 anos.
de quatro rodas, com massa em ordem de marcha não su-
perior a 400kg, ou 550kg no caso do veículo destinado ao IV – Circulação restrita às vias urbanas, sendo proibida
transporte de cargas, excluída a massa das baterias no caso sua circulação em rodovias federais, estaduais e do Distrito
de veículos elétricos, cuja potência máxima do motor não Federal;
seja superior a 15kW. Art. 5º Devem ser observados os seguintes requisitos
II - o veículo automotor elétrico com cabine fecha- para condução do quadriciclo nas vias públicas:
da, possuindo eixo dianteiro e traseiro, dotado de quatro I - O condutor e o passageiro devem utilizar capacete
rodas, com massa em ordem de marcha não superior a de segurança, com viseira ou óculos protetores, em acordo
400kg, ou 550kg no caso do veículo destinado ao transpor- com a legislação vigente aplicável às motocicletas, para os
te de cargas, excluída a massa das baterias, cuja potência veículos enquadrados no inciso I do Art. 2º desta Resolu-
máxima do motor não seja superior a 15kW. ção.
Art. 3º O quadriciclo deve atender aos requisitos de II - A Carteira Nacional de Habilitação do condutor será
segurança especificados para os triciclos e, para concessão do tipo B.
do código Marca/Modelo/Versão e emissão de Certificado Art. 6º A identificação dos quadriciclos se dará por
de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT), atender ainda meio da gravação do Número de Identificação do Veículo
aos seguintes requisitos: (VIN), em acordo com as normas e especificações vigentes.

124
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 7º Ficam proibidos: 622/16;


I - O uso de cabine fechada nos veículos enquadrados
no inciso I do Art. 2º desta Resolução. RESOLUÇÃO Nº 622, DE 6 DE SETEMBRO DE 2016.
II - A transformação de outros tipos de veículos em qua-
driciclos. Estabelece o Sistema de Notificação Eletrônica.
III - A circulação em vias públicas de veículos similares O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN,
sem homologação. no uso da competência que lhe confere o artigo 12, inciso
Art. 8º Os veículos enquadrados no inciso II do Art. 2º I, da lei nº 9.503, de 23 de setembro de1997, que instituiu
desta Resolução estão isentos das exigências previstas na Re- o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto
solução CONTRAN nº 509, de 27 de novembro de 2014. no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da
Art. 9º Fica revogada a Resolução CONTRAN nº 700, de Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
04 de outubro de 1988. Considerando o disposto no caput do art. 282 do CTB
Art. 10. Esta Resolução entra em vigor na data de sua pu- acerca da possibilidade de utilização de meios tecnológi-
blicação. cos hábeis para assegurar a ciência das notificações das
infrações de trânsito;
581/16; Considerando o disposto no §1º do art. 284 do CTB,
com redação dada pela Lei nº 13.281, de 4 de maio de
RESOLUÇÃO Nº 581 , DE 23 DE MARÇO DE 2016 2016, acerca da possibilidade de o infrator efetuar o paga-
mento da multa por 60% (sessenta por cento) do seu valor,
Altera a Resolução CONTRAN nº 24, de 21 de maio de 1998. em qualquer fase do processo, até o vencimento da multa,
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), no uso caso opte pelo Sistema de Notificação Eletrônica, e opte
das atribuições que lhe são conferidas pelo Art. 12, da Lei nº por não apresentar defesa prévia nem recurso, reconhe-
9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de cendo o cometimento da infração;
Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto nº 4.711, de Considerando que os meios de comunicação via in-
29 de maio de 2003, que trata da Coordenação do Sistema ternet possibilitam o conhecimento, por parte do cidadão,
Nacional de Trânsito (SNT); e dos atos administrativos de forma ágil e eficiente, observa-
CONSIDERANDO o constante nos processos: nº dos os princípios do devido processo legal, ampla defesa
80000.014371/2014-11, nº 80000.035963/2014-77 e nº e contraditório;
80000.006916/2014-16. Considerando a necessidade de instituição de um sis-
RESOLVE: tema nacional que garanta a plena efetividade do disposto
Art. 1º Alterar a Resolução CONTRAN nº 24, de 21 de no art. 282-A e no §1º do art. 284, do CTB; e
maio de 1998, que estabelece o critério de identificação de Considerando o constante dos autos do processo nº
veículos, a que se refere o Art. 114, do CTB. 80000.044796/2013-74, resolve:
Art. 2º Acrescentar os parágrafos 7º e 8º, ao art. 2º da
Resolução CONTRAN nº 24, de 21 de maio de 1998, com a CAPÍTULO I
seguinte redação: DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
“Art. 2º (...)
§ 7º para os fins previstos no caput deste artigo, o décimo Art. 1º Fica instituído o Sistema de Notificação Eletrôni-
dígito do VIN, estabelecido pela NBR nº 6066, poderá ser alfa- ca, sob a coordenação do Departamento Nacional de Trân-
numérico. sito – DENATRAN.
§ 8º Para os veículos tipo ciclomotores, motonetas, moto- (Alterado pela Resolução CONTRAN nº 636, de 30 de
cicletas e deles derivados, a altura dos caracteres da gravação novembro de 2016.)
de identificação veicular (VIN) deve ter no mínimo 4,0 (quatro) Art. 2º O Sistema de Notificação Eletrônica é o único
milímetros.” meio tecnológico hábil, de que trata o caput do art. 282, do
Art. 3º Acrescentar os parágrafos 3° 4º, ao art. 6°, da Re- Código de Trânsito Brasileiro - CTB, admitido para assegu-
solução CONTRAN nº 24, de 21 de maio de 1998, com a se- rar a ciência das notificações de infrações de trânsito e será
guinte redação: certificado digitalmente, atendidos os requisitos de auten-
“Art.6º (...) ticidade, integridade, validade jurídica e interoperabilidade
§ 3º A regravação do número de identificação veicular da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.
(VIN) no chassi ou monobloco, previsto no caput deste arti- Art. 3º Compete ao DENATRAN:
go, deverá ser feita, de acordo com as especificações vigentes I - organizar e manter o Sistema de Notificação Eletrô-
e formatos estabelecidos pela NBR 15180/2004 da Associação nica;
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e suas alterações, em II - desenvolver e padronizar os procedimentos opera-
profundidade mínima de 0,2 (dois décimos) milímetros. cionais do Sistema de Notificação Eletrônica;
§ 4º A empresa credenciada para remarcação de chassis III - assegurar a correta gestão do Sistema de Notifica-
deverá encaminhar registro fotográfico do resultado da re- ção Eletrônica;
marcação ao departamento de trânsito de registro do veículo, IV - definir as atribuições operacionais dos órgãos e
mediante regulamentação do órgão executivo de trânsito do entidades integradas;
Estado ou do Distrito Federal” V - cumprir e fazer cumprir esta Resolução e as instru-
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua ções complementares;
publicação. VI - arbitrar conflitos entre os participantes.

125
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

CAPÍTULO II Art. 7º A adesão dos órgãos do SNT ao Sistema de No-


DO SISTEMA DE NOTIFICAÇÃO ELETRÔNICA tificação Eletrônica poderá ser realizada junto aos Órgãos
e Entidades Executivos de Trânsito dos Estados e do Distri-
Art. 4º O Sistema de Notificação Eletrônica é um meio to Federal, quando disponível, ou via outros mecanismos
de comunicação virtual, disponibilizado pelo DENATRAN a serem especificados, abrangendo a possibilidade de co-
aos órgãos e entidades integrados ao SNT e aos proprie- municação de outros órgãos e entidades do SNT referente
tários de veículos e condutores habilitados, que permite a veículos e condutores neles registrados.
receber e enviar informativos, comunicados e documentos Art. 7-A. A adesão dos proprietários e condutores ao
em formato digital, mediante adesão prévia. Sistema de Notificação Eletrônica poderá ser realizada jun-
(Alterado pela Resolução CONTRAN nº 636, de 30 de to aos Órgãos e Entidades Executivos de Trânsito dos Esta-
novembro de 2016.) dos e do Distrito Federal, quando disponível, ou via outros
Art. 5º Os órgãos e entidades integrados ao SNT po- mecanismos disponibilizados.
derão disponibilizar e receber, no Sistema de Notificação Art. 7-B. O cancelamento do acesso ao Sistema de No-
Eletrônica, informativos, comunicados e documentos, rela- tificação Eletrônica dar-se-á:
tivos a: I - por livre iniciativa do usuário; ou
I - notificação de autuação; II - a critério do órgão ou entidade do SNT detentor do
II - notificação de penalidade de multa; meio tecnológico disponibilizado, desde que justificado.
III - notificação de penalidade de advertência por es- § 1º Após a comunicação de venda ou a transferência
crito; de propriedade de veículo cadastrado no SNE, o vínculo
IV - interposição de defesa da autuação; entre o proprietário anterior aderente ao SNE e o veículo
V - interposição de recursos administrativos de infra- será cancelado.
ções de trânsito; § 2º As notificações disponibilizadas no Sistema de No-
VI - resultado de julgamentos; tificação Eletrônica até o dia do cancelamento do acesso
VII - indicação de condutor infrator; permanecerão válidas para fins de comprovação da notifi-
VIII - resultado da identificação do condutor infrator; cação do infrator.
IX - campanhas educativas de trânsito; Art. 8º Os órgãos e entidades integrantes do SNT, para
X - outros documentos e informes de suas competên- arrecadarem multas de trânsito de sua competência ou de
cias. terceiros, por meio do Sistema de Notificação Eletrônica,
§ 1º O acesso ao Sistema de Notificação Eletrônica será deverão utilizar o documento próprio de arrecadação de
disponibilizado mediante controle de segurança para ga- multas de trânsito estabelecido pelo DENATRAN, com vis-
rantir a inviolabilidade da informação. tas a garantir o repasse automático dos valores relativos
§ 2º É de exclusiva responsabilidade do usuário o aces- ao Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito
so ao Sistema de Notificação Eletrônica, respondendo este - FUNSET.
por todos os atos praticados. § 1º Os documentos de arrecadação de multas de trân-
§ 3º O proprietário ou o condutor autuado que optar sito serão gerados pelos órgãos autuadores, e disponibili-
pela notificação por meio eletrônico deverá manter seu ca- zados pelo Sistema de Notificação Eletrônica, na seguinte
dastro atualizado no órgão executivo de trânsito do Estado forma:
ou do Distrito Federal. I – com desconto de 40% nas condições estabelecidas
§ 4º No cadastrado de que trata o § 3º deverá constar pelo § 1º do art. 284 do CTB;
o endereço eletrônico e telefone celular do proprietário ou II – com desconto de 20%, até o vencimento, nos ter-
condutor autuado para receber alertas a respeito de possí- mos do caput do art. 284 do CTB, facultando a possibilida-
veis notificações em seu nome. de do infrator apresentar defesa ou recurso.
§ 5º Na hipótese de notificação por meio eletrônico, o III – acrescido de juros de mora, nos termos do § 4º do
proprietário ou o condutor autuado será considerado no- art. 284 do CTB e conforme Resolução CONTRAN nº 619,
tificado 30 (trinta) dias após a inclusão da informação no de 6 de setembro de 2016.
sistema eletrônico. § 2º O recolhimento do percentual de 5% (cinco por
§ 6º Independentemente do acesso regular ao Sistema, cento) do valor arrecadado das multas de trânsito à conta
prevalecem, para todos os efeitos, os prazos estabelecidos do FUNSET é de responsabilidade do órgão de trânsito ar-
nas notificações, informativos, comunicados e documentos recadador.
nele disponibilizados. § 3º O pagamento das multas de trânsito será efetuado
§ 7º A utilização do Sistema de Notificação Eletrônica na rede bancária arrecadadora.
substitui qualquer outra forma de notificação para todos § 4º O Sistema de Notificação Eletrônica não permitirá
os efeitos legais. o parcelamento das multas de trânsito.
Art. 6º Considera-se expedida a notificação de autua- Art. 9º Os valores pelo recebimento e envio de infor-
ção, para fins de cumprimento do prazo de 30 (trinta) dias mativos, comunicados e documentos em formato digital
de que trata o inciso II do parágrafo único do art. 281 do serão cobrados dos órgãos e integrantes do SNT, que ade-
CTB, com a efetiva disponibilização da notificação no Siste- rirem ao Sistema de Notificação Eletrônica, na forma es-
ma de Notificação Eletrônica, devendo essa informação ser tabelecida pelas instruções complementares emitidas pelo
registrada no sistema. DENATRAN.

126
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

CAPÍTULO III CAPÍTULO I


DAS DISPOSIÇÕES GERAIS DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. (Revogado pela Resolução CONTRAN nº 636, de Art. 1º Os procedimentos administrativos quanto à re-
30 de novembro de 2016) moção e custódia de veículos em decorrência de penalida-
Art. 11. O Sistema de Notificação Eletrônica disponibi- de aplicada ou medida administrativa adotada por infração
lizará o Formulário de Identificação do Condutor Infrator, à Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, na forma previs-
referente às notificações de autuação informadas eletro- ta em seu artigo 271 e para a realização de leilão de veícu-
nicamente. los removidos ou recolhidos a qualquer título, por órgãos
Art. 12. As unidades de tecnologia da informação dos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito
órgãos e entidades componentes do SNT deverão manter – SNT, nos termos do art. 328 do CTB, e alterações promo-
sistema de segurança de acesso que garanta a preservação vidas pela Lei 13.160, de 25 de agosto de 2015, e pela Lei
e a integridade dos dados publicados eletronicamente, por nº 13.281, de 4 de maio de 2016, combinada com a Lei nº
um prazo mínimo de 5 (cinco) anos. 8.666, de 21 de junho de 1993, deverão ser realizados de
Art. 13. O DENATRAN regulamentará a presente Reso- acordo com o estabelecido nesta Resolução.
lução no tocante às especificações técnicas do Sistema de
Notificação Eletrônica. Seção I
Art. 14. Aplicam-se as disposições contidas em outros Das Definições
normativos do CONTRAN relacionadas ao processo de no-
tificação, naquilo que não conflitem com a presente Reso- Art. 2º Para os fins previstos nesta Resolução, entende-
lução. se por:
Art. 15. Fica revogada a Resolução CONTRAN nº 488, I - remoção de veículos: medida administrativa aplica-
de 7 de maio de 2014. da pelo agente da Autoridade de Trânsito, quando da cons-
Art. 16. Esta Resolução entra em vigor no dia 1º de no- tatação da infração de trânsito que caracterize a necessi-
vembro de 2016. dade de se retirar o veículo do trânsito, que será recolhido
em local apropriado, conforme o estabelecido no art. 271
do CTB.
623/16;
II - recolhimento: ato de encaminhamento do veículo
ao pátio de custódia a qualquer título, decorrente de remo-
RESOLUÇÃO Nº 623, DE 6 DE SETEMBRO DE 2016
ção, retenção, abandono ou acidente, realizado por órgão
público ou por particular contratado por licitação pública,
Dispõe sobre a uniformização dos procedimentos
inclusive por meio de pregão.
administrativos quanto à remoção, custódia e para a rea-
III - custódia de veículos: procedimento administrativo
lização de leilão de veículos removidos ou recolhidos a de guarda e zelo de veículo recolhido a local apropriado di-
qualquer título, por órgãos e entidades componentes do retamente por órgão público responsável pelo recolhimen-
Sistema Nacional de Trânsito – SNT, nos termos dos arts. to, por órgão público conveniado, por particular contrata-
271 e 328, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que do por licitação, inclusive por meio de pregão, ou mediante
instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e dá outras credenciamento.
providências. IV - leilão: modalidade de licitação entre quaisquer in-
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CON- teressados para a venda de veículos removidos ou recolhi-
TRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo dos a qualquer título a quem oferecer o maior lance, igual
art. 12, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que ou superior ao valor da avaliação.
instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e conforme
o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da CAPÍTULO II
Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, DOS PROCEDIMENTOS DE CUSTÓDIA
Considerando a necessidade de adequar e integrar os
procedimentos administrativos quanto à remoção, custódia Art. 3º Os procedimentos e os prazos de custódia dos
e realização de leilão de veículos removidos ou recolhidos veículos recolhidos em razão de penalidade ou medida ad-
a qualquer título, por Órgãos e Entidades componentes do ministrativa aplicada por inobservância a preceito do CTB e
Sistema Nacional de Trânsito – SNT, nos termos dos arts. legislação complementar, abandono ou acidentes de trân-
271 e 328, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, com sito, obedecerão ao disposto nesta Resolução.
redação dada pela Lei nº 13.160, de 25 de agosto de 2015, Parágrafo único. A remoção de veículo, a qualquer tí-
e da Lei nº 13.281, de 4 de maio de 2016, que dispõem tulo conforme o estabelecido no CTB deverá ser instruída
sobre retenção, remoção e leilão de veículo, por meio de processo administrativo, devidamente proto-
Considerando o que dispõe a Lei nº 12.977, de 20 de colizado pelo órgão responsável por sua custódia, onde
maio de 2014, que regula e disciplina a atividade de des- serão anexados os documentos em ordem cronológica, a
montagem de veículos automotores terrestres, quanto aos partir do Termo de Remoção ou documento equivalente,
veículos classificados como sucatas. obrigatoriamente emitido e inclusive a cópia do prontuário
Considerando o disposto no Processo Administrativo do veículo recolhido, onde conste a situação atualizada de
nº 80000.031542/2014-77, resolve: seu registro.

127
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Seção I § 7º O agente de trânsito recolherá o Certificado de


Do Registro e Notificação de Recolhimento Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV, contra entre-
ga de recibo ao proprietário ou condutor, ou informará, no
Art. 4º Caberá ao agente da Autoridade de Trânsito, termo de recolhimento ou documento equivalente, o moti-
responsável pelo recolhimento do veículo, emitir a notifi- vo pelo qual não foi recolhido.
cação por meio do termo de recolhimento de veículo ou § 8º Para os veículos com restrição judicial ou policial,
documento equivalente, mediante identificação e assinatu- a autoridade responsável pela restrição será notificada, o
ra, ou por meio de sistema informatizado que possibilite a que implica ciência de que o veículo poderá ser levado à
identificação do responsável, que discriminará: leilão caso não seja regularizado e liberado, no prazo de 60
I - os objetos deixados no veículo por conveniência e (sessenta) dias.
inteira responsabilidade do condutor; Art. 5º O órgão ou entidade responsável pela custódia,
II - os equipamentos obrigatórios ausentes; além da expedição da via do termo de recolhimento ou do-
III - o estado geral da lataria, pintura e pneus; cumento equivalente, decorrido o prazo de 30 (trinta) dias
IV - os danos do veículo causados por acidente e a sua sem a retirada do veículo, expedirá edital de notificação de
condição de trafegar em vias públicas; retirada do veículo.
V - identificação do proprietário e do condutor, sempre §1° O edital de notificação de retirada do veículo será
que possível; publicado em portal na Internet do próprio órgão ou afi-
VI - dados que permitam a precisa identificação do veí- xado nas dependências do órgão em local de livre acesso
culo, registrado a termo, se irregular; ao público, pelo prazo de 10 (dez) dias, para que o veículo
VII - o prazo para a retirada do veículo, sob pena de ser seja retirado com a devida quitação dos débitos a ele vin-
levado a leilão. culados e regularizado, sob pena de ser incluído em pro-
§ 1º O termo de recolhimento de veículo ou documen- cedimento de alienação por leilão, decorrido o prazo legal.
to equivalente será preenchido em, no mínimo, duas vias, § 2° A notificação por edital deverá conter:
admitida a hipótese de uso de arquivos informatizados que I - o nome do proprietário do veículo;
permitam sua impressão e utilização em processos instruí- II - o nome do agente financeiro, ou do arrendatário do
dos, sendo: veículo, ou da entidade credora, ou de quem se sub-rogou
I - a primeira destinada ao proprietário ou condutor do nos direitos, quando for o caso;
veículo recolhido, a qualquer título; III - os caracteres da placa de identificação e do chassi
II - a segunda destinada ao órgão ou entidade respon- do veículo, quando houver;
sável pela custódia do veículo, que instruirá o devido pro- IV - a marca e o modelo do veículo.
cesso administrativo; § 3º O edital deverá ser encaminhado por meio de co-
III - a terceira, se necessário, à entidade contratada municação eletrônica ao agente financeiro, arrendador do
ou conveniada pelo acolhimento do veículo em depósito, bem, entidade credora ou a quem tenha se sub-rogado aos
quando for o caso; e direitos do veículo, caso o endereço conste no prontuário
IV - a quarta, se necessário, ao agente de trânsito res- ao qual o veículo esteja vinculado.
ponsável pelo recolhimento. § 4º Para o caso de notificação postal, decorrente de
§ 2º O condutor do veículo flagrado, mesmo que não gravames financeiros registrados no prontuário do veículo,
habilitado e ainda que não seja o proprietário que cons- poderão ser agrupados em um mesmo documento todos
te do registro, poderá ser notificado e receber o termo de os veículos que contenham gravames em favor do mesmo
recolhimento ou documento equivalente, com eficácia de agente financeiro, sendo válidas as notificações postais por
notificação. comunicação eletrônica.
§ 3º Considera-se notificado o proprietário ou condu-
tor presente no momento do recolhimento, ainda que se Seção II
recuse a assinar o termo de recolhimento. Das Disposições Complementares Intermediárias
§ 4º Caso o proprietário ou condutor não estejam pre-
sentes no momento do recolhimento do veículo, a auto- Art. 6º Em caso de veículo transportando carga de
ridade competente deverá expedir notificação de recolhi- produto perigoso ou perecível e de transporte coletivo de
mento, no prazo de 10 (dez) dias, contados do fato, por passageiros, a remoção imediata poderá não ocorrer, a cri-
remessa postal ou qualquer outro meio tecnológico hábil, tério do agente, verificadas as condições de segurança para
em nome e para o endereço de quem constar no registro circulação, nos termos do § 5º do art. 270 do CTB.
do veículo para que seja retirado no prazo de 60 (sessenta) Art. 7º O veículo sob custódia que não puder ser iden-
dias a contar da data de recolhimento ou remoção. tificado, ou que tiver sua identificação adulterada, terá as-
§ 5º A notificação devolvida por desatualização do en- segurado os seguintes procedimentos de verificação, inclu-
dereço do proprietário do veículo ou por recusa desse de sive como condição para ser levado à Leilão:
recebê-la será considerada recebida para todos os efeitos. I - emissão de laudo pericial oficial ou laudo de vistoria
§ 6º Caso restem frustradas as tentativas de notificação do órgão ou entidade responsável pela custódia do veí-
presencial, postal ou por qualquer outro meio tecnológico culo, visando à busca da autenticidade de seus caracteres,
hábil, a notificação poderá ser feita por edital, a partir do da sua documentação, bem como a legitimidade da pro-
qual passará a contar os 60 (sessenta) dias para a alienação priedade, enquadrando-se o veículo em uma das seguintes
por leilão. situações:

128
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

a) veículo com identificação não reconhecida ou não §2° A despesa de remoção e estada será devida inte-
assegurada: leiloar como sucata inservível, qualquer que gralmente, por período contado em dias, a partir do reco-
seja seu estado de conservação; lhimento do veículo, limitado ao prazo máximo de 6 (seis)
b) veículo de identificação alterada com confirmação meses.
de sua identificação correta, com restrições judiciais, admi- Art. 9º Cumpridas todas as exigências e decorridos os
nistrativas ou policiais: notificar a autoridade responsável prazos previstos nesta Resolução, os processos adminis-
pela restrição para proceder à retirada do veículo em depó- trativos de recolhimento de veículos serão concluídos por
sito, desde que pagas as despesas com remoção e estada, termo final e conservados por cinco anos.
ou para a autorização do leilão, que poderá ocorrer se não
houver manifestação da autoridade no prazo de 60 (ses- CAPÍTULO III
senta) dias a contar da notificação; DA ALIENAÇÃO POR MEIO DE LEILÃO
c) veículo de identificação alterada com confirmação
de sua identificação correta, assegurada por dados verda- Art. 10. Constatada a permanência do veículo recolhido
deiros, sem restrições judiciais, administrativas ou policiais: em depósito do órgão público responsável, do órgão pú-
emitir notificação ao proprietário e/ou agente financeiro blico conveniado, do particular contratado por licitação, in-
que constem do registro do veículo, exigindo a regulariza- clusive por meio de pregão, ou mediante credenciamento,
ção de dados por remarcação de caracteres e nova emissão não reclamado por seu proprietário, por período superior
de documentos, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias a ao previsto no caput art. 328 do CTB, este será levado à
contar do recolhimento, que se não atendido será incluído alienação por meio de Leilão.
em procedimento de Leilão;
d) veículo com identificação duplicada, sem confirma- Seção I
ção de sua identificação correta, com alertas e restrições no Da Competência
registro do veículo original: notificar as autoridades que in-
seriram as anotações no Sistema Registro Nacional de Veí- Art. 11. O órgão ou entidade responsável pelo envio do
culos Automotores – RENAVAM, solicitando que efetuem veículo ao depósito é competente para realização do leilão,
a exclusão de tais dados, para que o veículo recolhido seja devendo o seu dirigente máximo autorizar expressamente
a abertura do processo administrativo, bem como designar
levado a Leilão como sucata;
o leiloeiro.
e) veículo com identificação duplicada, com confirma-
Parágrafo único. A realização do leilão poderá ocorrer
ção de sua identificação correta, com ou sem alertas ou
diretamente pelo órgão, por órgão público conveniado, ou
restrições no registro do veículo original: notificar as au-
leiloeiro, podendo ainda ser designada comissão de leilão
toridades que inseriram as observações no Sistema RENA-
para a realização de atos instrumentais que auxiliem a sua
VAM, solicitando que efetuem a exclusão de tais dados, em
realização e sua execução.
razão da correta identificação do veículo, de seu legítimo Art. 12. Os órgãos ou entidades de trânsito componen-
proprietário e agente financeiro, se houver, que serão noti- tes do SNT e regularmente habilitados junto aos sistemas
ficados a efetuar a regularização de dados por remarcação RENAVAM e Registro Nacional de Infrações de Trânsito –
de caracteres e reemissão de documentos, no prazo máxi- RENAINF poderão realizar leilão de forma compartilhada,
mo de 60 (sessenta) dias do recolhimento do veículo, que cujos ajustes serão definidos em comum acordo, nos ter-
se não atendido será incluído em procedimento de Leilão; mos desta Resolução.
II - não demonstrada a autenticidade da identificação Parágrafo único. O leilão compartilhado será realizado
do veículo recolhido ou a legitimidade da sua propriedade, conforme ajuste firmado entre os órgãos e entidades coo-
o veículo será incluído em procedimento de leilão como perantes, recomendando-se que este instrumento preveja
sucata inservível, qualquer que seja seu estado de conser- que seja realizado em único procedimento, com mesmo
vação, registrando-se a termo que tal alienação não cons- edital e leiloeiro, com veículos ofertados em lotes separa-
tará do Sistema RENAVAM – Módulo Leilão, por ausência dos e com arremates depositados em contas bancárias dis-
de identificação. tintas, sob controle e conciliação de cada órgão específico.
III - o recurso obtido com leilão de veículo para o qual
seja autorizada a sua alienação antecipada será integral- Seção II
mente revertido a crédito da conta indicada no seu res- Das Providências que Antecedem a Realização do
pectivo termo autorizatório de venda, com seus débitos Leilão
desvinculados, na forma preconizada em Lei.
Art. 8º A restituição do veículo sob custódia somente Art. 13. O órgão ou entidade responsável pelo leilão,
ocorrerá mediante prévio pagamento de todos os débitos durante os procedimentos preparatórios de sua realização,
incidentes devidos, bem como o reparo de qualquer com- deverá verificar a situação de cada veículo junto ao órgão
ponente ou equipamento obrigatório que não esteja em executivo de trânsito responsável pelo registro, para de-
perfeito estado de funcionamento. tectar:
§ 1° Se o reparo exigido no caput demandar providên- I - restrição judicial ou policial;
cia que não possa ser tomada no depósito, a autoridade II - registro de gravames financeiros;
responsável pela remoção liberará o veículo para reparo, III - débitos relativos a tributos, encargos e multas de
na forma transportada, mediante autorização, assinalando trânsito e ambientais, identificando os respectivos credo-
prazo para reapresentação. res.

129
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 1° O veículo que apresentar restrição judicial ou po- IV - veículo artesanal sem registro; ou
licial poderá ser retirado pela autoridade responsável pela V - veículo registrado no exterior e não licenciável no
restrição, desde que a manifestação ocorra no prazo de Brasil.
60 (sessenta) dias de sua notificação e que sejam pagas as § 2º Os veículos classificados como sucata são dividi-
despesas com remoção e estada do veículo. dos em:
§ 2° O leilão de veículo que apresentar restrição judicial I - sucatas aproveitáveis: aquelas cujas peças poderão
ou policial ocorrerá após a autorização da autoridade res- ser reaproveitadas em outro veículo, com inutilização de
ponsável pela restrição ou em caso de descumprimento do placas e chassi em que conste o Número de Identificação
estabelecido no § 1°. do Veículo – registro VIN;
§ 3° As instituições financeiras poderão habilitar-se aos II - sucatas inservíveis: aquelas transformadas em far-
créditos remanescentes, após deduzidos os valores dos en- dos metálicos, por processo de prensagem ou trituração,
cargos legais do montante obtido no leilão. sendo desnecessária a inutilização de placas e numeração
§ 4º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos do chassi quando a prensagem ocorrer em local supervi-
Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua circunscri- sionado pelo órgão responsável pelo leilão;
ção, deverão fornecer aos órgãos e entidades executivos III - sucatas aproveitáveis com motor inservível: aquelas
e rodoviários de trânsito da União, dos Estados e Muni- cujas peças poderão ser reaproveitadas em outro veículo,
cípios, que não sejam operadores das rotinas do Sistema com exceção da parte do motor que conste sua numeração,
RENAVAM, o acesso ao referido sistema, para consulta da devendo ser inutilizadas as placas e chassi em que conste o
situação do veículo. Número de Identificação do Veículo – registro VIN.
§ 5º Serão disponibilizadas aos órgãos e entidades exe- § 3º Os veículos definidos como sucatas e inseridos em
cutivos e rodoviários de trânsito de que trata o § 4° todas as processos de leilão somente poderão ser vendidos como
rotinas referentes a leilão do Sistema RENAVAM. destinação final e sem direito à documentação, como su-
Art. 14. Esgotados os prazos de notificações previstos catas prensadas para empresas regulares do ramo de si-
nesta Resolução e não tendo comparecido nenhum dos derurgia ou fundição, ou como sucatas aproveitáveis para
notificados para a quitação dos débitos e retirada do veí- empresas do ramo do comércio de peças usadas reguladas
culo, será feita a verificação final das condições de cada pela Lei n° 12.977, de 20 de maio de 2014, e normativos do
veículo, para fins de avaliação. CONTRAN.
Art. 15. A avaliação dos veículos será feita pelo órgão § 4º Os veículos, sucatas e materiais inservíveis de bens
ou entidade responsável pelo procedimento de leilão, pela automotores que se encontrarem recolhidos há mais de 1
comissão de leilão, ou ainda por profissional terceirizado, (um) ano poderão ser destinados à reciclagem como mate-
devidamente autorizado e habilitado, que deverá: rial ferroso, independentemente da existência de restrições
I - identificar os veículos conservados, que se encon- sobre o veículo.
tram em condições de segurança para trafegar em via § 5º A alienação prevista no § 4º será realizada por to-
aberta ao público, e os veículos que deverão ser leiloados nelagem de material ferroso, condicionando-se a entrega
como sucata; do material arrematado à realização dos procedimentos
II - estabelecer os lotes de sucata a serem leiloados; necessários de descaracterização total do bem, à destina-
III - proceder à avaliação de cada veículo e de cada lote ção exclusiva para a reciclagem siderúrgica e à captação
de sucata, estabelecendo o lance mínimo para arrematação ambientalmente correta de fluídos, combustíveis e demais
de cada item; e materiais e substâncias reconhecidos como contaminantes
IV - atribuir a cada veículo identificado como sucata do meio ambiente.
um valor proporcional ao valor total do lote no qual esteja Art. 17. Para os veículos avaliados como sucata, o ór-
incluído. gão ou entidade responsável pelo procedimento de leilão
Parágrafo único. O órgão ou entidade responsável pelo deverá:
leilão poderá reclassificar a avaliação do veículo, realizada I - inutilizar a identificação gravada no chassi que con-
por profissional terceirizado, levando em conta os princí- têm o registro VIN e suas placas, nas hipóteses de sucatas
pios da economicidade, celeridade processual e eficiência. aproveitáveis ou de sucatas aproveitáveis com motor in-
Art. 16. São considerados como sucata os veículos que servível;
estão impossibilitados de voltar a circular ou cuja autentici- II - solicitar a baixa ao órgão executivo de trânsito de
dade de identificação ou legitimidade da propriedade não registro do veículo, após a realização da venda e do reco-
restar demonstrada, não tendo direito à documentação. lhimento dos débitos pendentes, quitados com os recursos
§ 1º São critérios mínimos para classificação de veícu- do leilão, antes da entrega ao arrematante.
los como sucata: III - emitir ou solicitar ao órgão de registro do veículo a
I - danos de grande monta; certidão de baixa de veículo, para entrega ao arrematante,
II - impossibilidade de reparo gerando causa impediti- com cópia juntada a processo vinculado ao do leilão, que
va à circulação; reúna as certidões ou solicitações de todas as sucatas lei-
III - motor cuja numeração não seja possível confirmar, loadas no respectivo procedimento.
por motivo de corrosão, inexistência ou divergência de ca- Art. 18. O órgão ou entidade responsável pelo proce-
dastro nos sistemas Base Índice Nacional e Base Estadual dimento de leilão, após a publicação de seu edital, deverá
do RENAVAM, ilegibilidade ou qualquer outro motivo que registrar no sistema RENAVAM a indicação de que o veículo
impossibilite a identificação, desde que não caracterize será levado a leilão, exceto no caso de sucatas com ausên-
fraude; cia de sua identificação.

130
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 1º No caso de inoperância do Sistema RENAVAM, o f) endereços e formas de acesso às informações à dis-


órgão ou entidade responsável pelo procedimento de lei- tância, para o fornecimento de elementos e esclarecimen-
lão deverá emitir comunicado oficial ao órgão detentor do tos sobre o leilão;
registro do veículo de que este será leiloado, bastando tais g) local, data e horário de realização do leilão;
informações para que o órgão de registro do veículo adote h) a indicação do leiloeiro;
todos os procedimentos devidos. i) o valor inicial dos lotes e a forma de pagamento dos
§ 2º Atendido o disposto no caput, o órgão executivo arremates;
de trânsito responsável pelo registro do veículo deverá in- j) critério para julgamento dos lances ofertados;
formar, no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis, a existência k) sanções para o caso de inadimplemento;
de débitos, restrições ou outros encargos incidentes sobre l) instruções e normas para os recursos previstos em lei;
o prontuário do veículo, ao órgão ou entidade de trânsito m) condições e locais para a retirada dos veículos su-
preparador do leilão, devendo alertar sobre fato impeditivo catas arrematados; e
à alienação. n) outras indicações específicas ou peculiares da alie-
nação.
Seção III III - para a alienação de sucatas inservíveis, transforma-
Da Realização do Leilão das em fardos metálicos:
a) objeto da alienação por leilão, indicando tratar-se de
Art. 19. Cumpridas todas as exigências para a realização sucatas inservíveis;
da alienação, o órgão ou entidade responsável, por meio b) locais, datas e horários onde poderão ser examina-
do leiloeiro designado, expedirá o edital de leilão, listando dos os lotes dos veículos relacionados;
todos os veículos em lotes, como conservados ou sucatas. c) condições específicas para a participação do leilão e
§ 1º O edital de leilão deverá conter, no mínimo: as restrições legais;
I - para a alienação de veículos conservados, destina- d) exigências de comprovação do ramo de atividade,
dos à circulação: de siderurgia ou reciclagem, exercida pelo interessado;
a) objeto da alienação por leilão, com descrição sucinta e) exigências de preparação, retirada de fluídos e pren-
e clara, indicação de marca, modelo, ano de fabricação, nú- sagem dos veículos sucatas inservíveis;
mero do motor e cor predominante dos veículos ofertados; f) endereços e formas de acesso às informações à dis-
b) locais, datas e horários onde poderão ser examina- tância, para o fornecimento de elementos e esclarecimen-
dos os lotes dos veículos relacionados; tos sobre o leilão;
c) condições para a participação no leilão e as restri- g) local, data e horário de realização do leilão;
ções legais; h) a indicação do leiloeiro;
d) endereços e formas de acesso às informações à dis- i) o valor inicial por quilo e total do peso estimado;
tância, para o fornecimento de elementos e esclarecimen- j) critério para julgamento dos lances ofertados;
tos sobre o leilão; k) sanções para o caso de inadimplemento;
e) local, data e horário de realização do leilão; l) instruções e normas para os recursos previstos em lei;
f) a indicação do leiloeiro; m) condições e locais para a retirada das sucatas pren-
g) o valor inicial dos lotes e a forma de pagamento dos sadas; e
arremates; n) outras indicações específicas ou peculiares da alie-
h) critério para julgamento dos lances ofertados; nação.
i) sanções para o caso de inadimplemento; § 2º Para os veículos definidos como sucatas aproveitá-
j) instruções e normas para os recursos previstos em lei; veis para comércio de suas partes, o edital conterá apenas
k) condições e locais para a retirada dos veículos arre- os dados necessários de avaliação, que permitam distinção
matados; da marca, modelo, ano de fabricação, número do motor e
l) outras indicações específicas ou peculiares da alie- cor predominante, considerando a inutilização obrigatória
nação. de seus dados identificadores.
II - para a alienação de sucatas aproveitáveis e sucatas § 3º Os editais de leilão deverão indicar que aqueles
aproveitáveis com motor inservível destinadas ao comércio que tiverem crédito sobre o veículo poderão requerer a sua
de peças e componentes: habilitação para exercer direito sobre o crédito identificado,
a) objeto da alienação por leilão, indicando marca, mo- obedecida a ordem de prevalência legal, sendo considera-
delo, ano de fabricação, número do motor e cor predomi- dos notificados desde a publicação do edital.
nante dos veículos ofertados; Art. 20. O edital de leilão será publicado com a antece-
b) locais, datas e horários onde poderão ser examina- dência mínima de 15 (quinze) dias da sua realização, obser-
dos os lotes dos veículos relacionados; vadas as seguintes condições:
c) condições para a participação do leilão e as restri- I - o Aviso de Leilão, sintetizando as características
ções legais; do leilão, o local, data e hora de sua realização, os tipos
d) exigências de comprovação do ramo de atividade de veículos ofertados, se destinados à circulação, sucatas
de comércio de peças usadas, conforme previsto na Lei nº aproveitáveis, sucatas aproveitáveis com motor inservível
12.977, de 2014, e normativos do CONTRAN; ou sucatas inservíveis, e os endereços e meios para a ob-
e) exigências para a retirada dos veículos sucatas; tenção do edital completo, será publicado:

131
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

a) no Diário Oficial; e §5º Para os veículos leiloados como conservados, o ar-


b) em jornal de grande circulação no Estado ou na re- rematante terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias para o
gião em que ocorrerá o leilão. registro perante o órgão executivo de trânsito, contados a
II - o edital completo, até a data de sua realização, terá partir de sua liberação pelo órgão ou entidade responsável
a sua publicação: pelo leilão.
a) afixada em dependências do órgão ou entidade de Art. 26. O veículo conservado, destinado à circulação,
trânsito, suas unidades descentralizadas e no local desig- será entregue ao arrematante, livre e desembaraçado de
nado para a sua realização; e quaisquer ônus, ficando este responsável pela regulariza-
b) disponível no sítio eletrônico na Internet do órgão ção e transferência de propriedade perante o órgão ou en-
ou entidade responsável pelo leilão. tidade executivo de trânsito detentor de seu registro.
Art. 21. Na data e hora previstas será promovido o lei- Art. 27. Ao arrematante de veículo leiloado como su-
lão, conduzido por leiloeiro designado formalmente pelo cata será fornecida a certidão de baixa do registro prevista
órgão responsável e que constará do edital, sendo oferta- no art. 4º do Decreto nº 1.305, de 9 de novembro 1994, e
dos os lotes a interessados. art. 7º da Lei 12.977, de 2014, atestando sua baixa, que será
Art. 22. Os lotes arrematados serão descritos em nota emitida pelo órgão detentor do registro do veículo.
de arremate ou documento equivalente, emitida pelo lei-
loeiro ou órgão ou entidade responsável pelo leilão, que
CAPÍTULO IV
conterá o número do lote, o valor do arremate, nome, CPF
DOS REGISTROS FINANCEIROS E CONTROLES DO
ou CNPJ do arrematante e, no caso de leiloeiro oficial, o
valor da comissão. PROCEDIMENTO
Art. 23. Os valores oriundos dos arremates serão de-
positados em conta do Tesouro Público ou em conta es- Art. 28. Os órgãos ou entidades que não realizam con-
pecífica na agência bancária em que o órgão detenha suas trole contábil nos sistemas oficiais do Governo Federal de-
movimentações regulares em conformidade com a Lei, sob verão manter todos os controles financeiros demonstrados
a responsabilidade de quem detenha a autorização de mo- por documentos inseridos nos respectivos processos admi-
vimentação das contas bancárias do órgão ou entidade. nistrativos, autuados e devidamente instruídos.
Art. 24. O veículo poderá ser restituído ao proprietário Art. 29. Os recursos administrativos demandados con-
até o último dia útil anterior à realização da sessão do lei- tra atos do leiloeiro ou da Comissão de Avaliação, formal-
lão, desde que quitados os débitos e regularizado. mente designados, serão resolvidos pela autoridade de
Parágrafo único. Na hipótese de o antigo proprietário instância superior à que se subordinam, e, sobre a decisão
reaver o veículo a qualquer tempo, por qualquer meio, os desta, os recursos serão apreciados pela autoridade com-
débitos serão novamente vinculados ao bem. petente.
Parágrafo único. Em qualquer fase recursal é facultada
Seção IV a assistência jurídica.
Da Entrega ao Arrematante Art. 30. O procedimento de Leilão será homologado
por termo próprio, assinado pela autoridade competente,
Art. 25 Realizado o leilão, o órgão ou entidade respon- após a confirmação de atendimento de todas as exigências
sável por este procedimento providenciará o registro no normativas.
sistema RENAVAM do extrato do leilão, conforme dispuser Art. 31. Os processos de leilão serão instruídos com os
o manual do referido sistema ou, em caso de inoperância seguintes documentos:
do sistema, comunicará oficialmente o fato ao órgão ou I - autorização para a realização do procedimento;
entidade executivo de trânsito de registro do veículo. II - despacho de autorização de realização do proce-
§1º O órgão ou entidade executivo de trânsito de re- dimento;
gistro do veículo, confirmada a realização do procedimen-
III - documento oficial, designando a Comissão de Ava-
to, deverá proceder à desvinculação dos débitos e demais
liação, se for o caso;
ônus incidentes sobre o prontuário do veículo leiloado
IV - indicação de leiloeiro oficial ou designação de lei-
existentes até a data do leilão e não quitados com os re-
cursos obtidos na alienação, no prazo máximo de 10 (dez) loeiro;
dias. V - termo de compromisso firmado com o leiloeiro;
§2º Para a desvinculação obrigatória das multas de veí- VI - cópia do aviso de leilão e comprovante de sua pu-
culos leiloados, devem ser seguidas as rotinas previstas no blicação;
Sistema RENAINF no prazo máximo de 10 (dez) dias. VII - parecer jurídico emitido sobre o leilão;
§3º Para veículo leiloado como sucata, o órgão deten- VIII - edital de leilão contendo a relação dos veículos,
tor do seu registro deverá efetivar a baixa e expedir a res- em anexo, com:
pectiva certidão, na forma da Lei nº 8.722, de 27 de outu- a) lote ao qual pertence o veículo;
bro de 1993. b) marca e modelo;
§4º O arrematante de veículo destinado à circulação c) placa ou chassi, se houver;
será responsável unicamente pelo pagamento dos tributos d) lance mínimo;
incidentes sobre o veículo arrematado a partir da aquisição, e) avaliação do veículo
a ser calculado de forma proporcional, a contar do mês da IX - termo de ocorrências do leilão e prestação de con-
realização do leilão. tas do leiloeiro;

132
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

X - relatório financeiro do leilão; § 3º As multas de trânsito devidas a outros órgãos de


XI - notificações aos ex-proprietários sobre os saldos trânsito serão quitadas após aquelas de direito do próprio
credores, se houver; órgão realizador do leilão, obedecida à ordem cronológica
XII - termo de encerramento ou ata de realização do de imputação das mesmas, podendo o órgão realizador do
leilão, assinado pelo leiloeiro ou pela comissão designada, leilão adotar o critério de recolher a maior quantidade de
se houver; multas que o recurso destinado permitir.
XIII - termo de homologação do leilão, assinado pela Art. 33. Aqueles que tiverem crédito sobre o veículo
autoridade competente do órgão. poderão requerer a habilitação nos termos desta Resolu-
ção, a partir do lançamento do edital até o encerramento
Seção I da sessão de lances, sendo que o pagamento se dará após
Do Rateio dos Valores Arrecadados e Rendimentos a quitação dos débitos previstos nos incisos I a VIII do art.
Auferidos 32, se houver saldo, e obedecida a ordem cronológica de
habilitação.
Art. 32. O valor integral arrecadado com os arremates Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, o edi-
no leilão será depositado em conta bancária do órgão ou
tal de leilão é considerado a notificação para todos os ha-
entidade responsável por sua realização, cujos valores arre-
bilitados.
cadados deverão ter a seguinte ordem de prevalência:
Art. 34. Os rendimentos auferidos em razão da aplica-
I - os custos necessários ao ressarcimento com o pro-
cedimento licitatório, em montante a ser definido na forma ção financeira dos arremates em conta específica do órgão
indicada no §1º; responsável pela realização do leilão desde a sua realização
II - despesas com remoção e estada; até a promoção das providências indicadas nesta Seção, se
III - tributos vinculados ao veículo: houver, serão rateados proporcionalmente utilizando-se o
a) taxas de licenciamento; e coeficiente de percentual disposto no Inciso I do § 1° do
b) imposto sobre a propriedade de veículos automo- art. 32 desta Resolução.
tores – IPVA.
IV - os credores trabalhistas, tributários e titulares de Seção II
crédito com garantia real, segundo a ordem de preferência Dos Saldos Credores
estabelecida no art. 186 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro
de 1966. Art. 35. Restando saldo do produto apurado na venda
V - multas de trânsito devidas ao órgão responsável de cada veículo, quitados os débitos e as despesas pre-
pelo Leilão; vistas nesta Resolução, este deverá ser mantido em conta
VI - multas de trânsito devidas aos demais órgãos inte- remunerada na agência bancária pública ou privada que o
grantes do SNT, segundo a ordem cronológica da aplicação órgão detenha suas movimentações regulares.
da penalidade; §1º O órgão ou entidade responsável pelo Leilão no
VII - Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados prazo de até 30 (trinta) dias, contados da sua realização,
por veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga, deverá notificar o ex-proprietário para que realize o levan-
a pessoas transportadas ou não – Seguro DPVAT; tamento do saldo.
VIII - multas ambientais; e §2º Comparecendo o interessado para o recebimento
IX - demais créditos, segundo a ordem de preferência do saldo credor registrado em seu nome, o órgão respon-
legal. sável acatará o requerimento por meio de processo admi-
§ 1º O montante dos custos do procedimento a ser res- nistrativo autuado, que terá anexados os seguintes docu-
sarcido será demonstrado em planilha anexada ao proces- mentos:
so do leilão e as parcelas proporcionais a serem deduzidas
I - requerimento de retirada do saldo registrado com
do valor de arremate de cada veículo serão definidas da
indicação da conta bancária a ser creditada;
seguinte forma:
II - no caso de pessoa física, cópia de documento de
I - pela aplicação da fórmula de proporção simples
para obtenção do coeficiente de percentual, que será ob- identidade e do CPF, ou, no caso de pessoa jurídica, cópia
tido multiplicando-se por 100 o valor de arremate de cada do contrato social e do CNPJ;
veículo, dividindo-se o resultado pelo valor total dos arre- III - comprovante de quitação do financiamento anota-
mates do leilão, onde: sendo CP = Coeficiente de propor- do no registro do veículo, se for o caso;
cionalidade; VAV = Valor de Arremate do Veículo e VTA = § 3º Os saldos credores não reclamados serão manti-
valor total dos arremates, se obterá a seguinte expressão: dos em registros e contas bancárias do órgão ou entidade
CP = (VAV x 100) / VTA. realizadora do leilão, pelo prazo de 5 (cinco) anos, a contar
II - O coeficiente de percentual de cada veículo assim da data do Termo de Homologação do Leilão, findo o qual
obtido será aplicado sobre o valor total dos custos de- serão recolhidos ao Fundo Nacional de Segurança e Edu-
monstrados, cujo resultado será a parcela do ressarcimento cação de Trânsito – FUNSET, conforme previsão contida no
relativa a cada um desses veículos. art. 6º, inciso VII da Lei nº 9.602, de 21 de janeiro de 1998,
§ 2º Os recursos arrecadados com a alienação de veícu- sendo que o repasse deverá ser realizado por meio de Guia
los sucatas, que não tiveram sua identificação confirmada, de Recolhimento da União – GRU, a ser disciplinado pelo
serão destinadas exclusivamente ao órgão ou entidade res- Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN.
ponsável pela realização do Leilão.

133
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Seção III Art. 43. É vedado o retorno do veículo leiloado como


Da Cobrança dos Débitos Remanescentes sucata à circulação.
Parágrafo único. O veículo leiloado como sucata que
Art. 36. Havendo insuficiência de recursos para quita- for recolhido em circulação será novamente levado à leilão
ção dos débitos e despesas previstas, o órgão ou entidade pelo órgão.
responsável pelo leilão deverá comunicar aos demais ór- Art. 44. Aplicam-se aos veículos licenciados no exterior
gãos e entidades de trânsito credores, para que promovam as disposições desta Resolução.
à desvinculação de tais débitos do registro do veículo. Art. 45. Aplicam-se aos animais recolhidos as disposi-
Art. 37. Os débitos que não forem cobertos pelo valor ções desta Resolução, no que couber.
alcançado com a alienação do veículo, poderão ser cobra- Art. 46. Os leilões com editais publicados até a entrada
dos pelos credores na forma da legislação em vigor, por em vigor desta Resolução não se sujeitam às regras nela
meio de ação própria e inclusão em Dívida Ativa em nome estabelecidas.
dos ex-proprietários. Art. 47. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN:
I - nº 53, de 23 de maio de 1998;
CAPÍTULO V II - nº 331, de 14 de agosto de 2009; e
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS III - nº 449, de 25 de julho de 2013.
Art. 48. Esta Resolução entra em vigor:
Art. 38. Os órgãos e entidades componentes do SNT, I - no dia 1º de novembro de 2016, em relação:
no âmbito de suas competências ou nas de suas unidades a) ao § 8º do art. 4º;
federativas, poderão utilizar de normas complementares, b) à alínea “b” do inciso I do art. 7º; e
versando sobre matérias necessárias à boa prática na reali- c) aos §§ 1º e 2º do art. 13.
zação de leilões de veículos recolhidos. II - na data de sua publicação em relação aos demais
Art. 39. A retirada do veículo leiloado do depósito do dispositivos.
órgão ou entidade de trânsito deverá ser realizada no pra-
zo máximo de 30 (trinta) dias úteis, contados a partir da
624/16;
data da realização do leilão, sob pena de caracterização de
abandono pelo arrematante, com a perda do valor desem-
RESOLUÇÃO Nº 624, DE 19 DE OUTUBRO DE 2016.
bolsado.
Parágrafo único. Observadas as razões apresentadas
Regulamenta a fiscalização de sons produzidos por
ou circunstanciais, o órgão responsável pelo leilão poderá
equipamentos utilizados em veículos, a que se refere o art.
prorrogar o prazo de retirada de veículo arrematado por
228, do Código de Trânsito Brasileiro - CTB
igual prazo.
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, no uso
Art. 40. O órgão ou entidade responsável pelo leilão,
cumpridas as exigências e decorridos os prazos previstos da competência que lhe confere o artigo 12, inciso I, da
para a alienação por meio de leilão, deverá manter sob re- lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o
gistro e arquivo toda a documentação referente ao proce- Código de Trânsito Brasileiro, e nos termos do disposto
dimento de leilão para eventuais consultas de interessados no Decreto n° 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da
na forma da Lei, pelo prazo de 5 (cinco) anos, contados do Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
fim do exercício de realização do leilão, podendo ser mi- Considerando as dificuldades de aplicabilidade ope-
crofilmados ou armazenados em meio magnético, óptico, racional da fiscalização da infração do art. 228 do CTB,
digital ou eletrônico para todos os efeitos legais. no rito definido pela legislação vigente e, em decorrência
Art. 41. Os órgãos e entidades componentes do SNT, disso, a crescente impunidade dos infratores;
que detenham em seus pátios ou depósitos veículos man- Considerando o que consta do Processo Administrati-
tidos em condições deterioradas sem providências de alie- vo 80000.008618/2013-80,
nação, potencializando possíveis riscos ambientais ou de
saúde pública, promoverão revisões e reexames de suas RESOLVE:
condições, buscando a solução de seus casos em conformi- Art. 1° Fica proibida a utilização, em veículos de qual-
dade com esta Resolução, enquadrando os procedimentos quer espécie, de equipamento que produza som audível
de possíveis providências, de acordo com o disposto neste pelo lado externo, independentemente do volume ou fre-
normativo, inclusive acionando as autoridades que possam quência, que perturbe o sossego público, nas vias terres-
ser responsáveis pelos bloqueios e restrições registradas, tres abertas à circulação.
para a solução que couber. Parágrafo único. O agente de trânsito deverá registrar,
Art. 42. Compete ao DENATRAN, na qualidade de ór- no campo de observações do auto de infração, a forma de
gão máximo executivo de trânsito e gestor dos Sistemas constatação do fato gerador da infração.
RENAVAM e RENAINF, manter e atualizar os procedimentos Art. 2° Excetuam-se do disposto no artigo 1° desta Re-
de ordem operacional contidos nesta Resolução, editando solução os ruídos produzidos por:
quaisquer alterações que se façam necessárias ao desen- I- buzinas, alarmes, sinalizadores de marcha-à-ré, si-
volvimento dos referidos sistemas, resguardando-se os renes, pelo motor e demais componentes obrigatórios do
normativos do CONTRAN. próprio veículo,

134
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

lI- veículos prestadores de serviço com emissão sonora Parágrafo único. Após a instauração do processo ad-
de publicidade, divulgação, entretenimento e comunica- ministrativo e enquanto não for realizada a troca de placas,
ção, desde que estejam portando autorização emitida pelo será inserida restrição administrativa de “suspeita de clo-
órgão ou entidade local competente, e nagem” no cadastro do veículo original, sendo facultada a
III- veículos de competição e os de entretenimento pú- retirada da restrição a pedido do proprietário do veículo.
blico, somente nos locais de competição ou de apresenta- Art. 5º O requerimento de que trata o artigo 4º deverá
ção devidamente estabelecidos e permitidos pelas autori- ser instruído com os seguintes documentos:
dades competentes. I - cópias reprográficas:
Art. 3º A inobservância do disposto nesta Resolução a) do documento de identificação pessoal do reque-
constitui infração de trânsito prevista no artigo 228 do CTB. rente e do Cadastro de Pessoa Física (CPF), para pessoas
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua naturais;
publicação. b) do contrato social e suas alterações e do Cadastro
Art. 5° Fica revogada a Resolução do CONTRAN nº 204, Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), para pessoas jurídicas;
de 20 de outubro de 2006. c) do Certificado de Registro de Veículo (CRV), frente
e verso;
670/17. d) do Certificado de Registro e Licenciamento de Veí-
culo (CRLV), frente e verso;
RESOLUÇÃO Nº 670, DE 18 DE MAIO DE 2017 e) da notificação de autuação por infração de trânsito
que incidiu indevidamente sobre o veículo;
Disciplina o processo administrativo de troca de pla- f) da imagem do veículo, no caso de infração registrada
cas de identificação de veículos automotores em caso de por sistema automático metrológico ou não-metrológico
clonagem. de fiscalização;
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), g) do microfilme de Auto de Infração de Trânsito lavra-
usando da competência que lhe confere o inciso I, do art. do por Agente de Trânsito;
12, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui h) do recurso interposto perante o órgão autuador,
o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto conforme o caso;
nº. 4711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coor- II - fotografias coloridas da frente, da traseira e das la-
denação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT); terais do veículo de propriedade do requerente, para con-
Considerando o que consta do Processo Administrati- fronto com os demais documentos, devendo ser descritos
vo nº 80001.000457/2008-17, ou indicados todos os pontos divergentes entre o veículo
RESOLVE: clonado e o veículo dublê ou clone;
Art. 1º Esta Resolução disciplina o processo administra- III - informações que possibilitem a comprovação da
tivo para a troca de placas de identificação de veículos au- existência de veículo dublê ou clone;
tomotores nos casos em que for comprovada a existência IV - cópia do expediente que autorizou a remarcação
de outro veículo automotor circulando com combinação do chassi, na hipótese da identificação do chassi e agre-
alfanumérica de placas igual à do veículo original. gados demonstrar que a gravação não é original ou que
Art. 2º Para efeito desta Resolução, considera-se: tenha ocorrido a sua substituição.
a) veículo clonado: veículo original que teve a sua Placa V - laudo de vistoria de identificação veicular, nos mol-
de Identificação Veicular (PIV) aplicada em outro veículo; des da Resolução CONTRAN nº 466, de 11 de dezembro de
b) veículo dublê ou clone: veículo que utiliza a combi- 2013, e suas alterações, para a constatação da originalida-
nação alfanumérica da PIV do veículo clonado (original), de dos caracteres de identificação (chassi e seus agrega-
apresentando ou não as mesmas características do veículo dos), com a coleta das respectivas imagens;
original (marca, modelo, cor, dentre outras), com adulte- VI - laudo pericial, elaborado pelo Instituto de Crimina-
ração ou não do Número de Identificação Veicular (VIN) lística competente, com as características do veículo.
gravado no chassi. § 1º Os originas dos documentos mencionados nas alí-
Art. 3º A troca de placas de identificação de veículos neas “a” e “e”, do inciso I, poderão ser solicitados no curso
automotores de que trata esta Resolução, com a substitui- do processo administrativo, para conferência.
ção de caracteres alfanuméricos de identificação, será rea- § 2º Poderão ser solicitados outros documentos além
lizada mediante a instauração de processo administrativo dos previstos neste artigo, sempre que necessário à instau-
pelo órgão executivo de trânsito da unidade da federação ração e instrução do processo administrativo de que trata
em que estiver registrado o veículo. esta Resolução.
Art. 4º A instauração do processo administrativo de Art. 6º Concluído o processo administrativo com a
que trata o artigo 3º terá início com a apresentação de comprovação da existência de veículo dublê ou clone, de-
requerimento pelo proprietário do veículo, acompanhado verá o órgão executivo de trânsito dos estados ou do Dis-
da documentação comprobatória da existência de veículo trito Federal:
dublê ou clone.

135
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

I - inserir os caracteres “CL” ao final do VIN e do núme- II - criar novo registro no Sistema RENAVAM para o
ro de motor no registro do veículo original; veículo original, com as mesmas informações do registro
II - criar novo registro no Sistema RENAVAM para o anterior, exceto pelos caracteres CL nas 2 últimas posições
veículo original, com as mesmas informações do registro do VIN e do número do motor, gerando novo número de
anterior, exceto pelos caracteres CL nas 2 últimas posições RENAVAM e nova PIV;
do VIN e do número do motor, gerando novo número de III - realizar novo emplacamento do veículo original,
RENAVAM e nova PIV; com a nova PIV;
III - realizar novo emplacamento do veículo original, IV - retirar os dados do proprietário do registro cujo
com a nova PIV; VIN termine em CL, incluindo no campo relativo à proprie-
IV - retirar os dados do proprietário do registro cujo dade a expressão “Registro de veículo clone”;
VIN termine em CL, incluindo no campo relativo à proprie- V - anotar a restrição administrativa “Registro de veícu-
dade a expressão “Registro de veículo clone”; lo clone” no registro cujo VIN termine em CL;
V - anotar a restrição administrativa “Registro de veícu- VI - realizar a “baixa por clonagem” do registro do veí-
lo clone” no registro cujo VIN termine em CL; culo cujo VIN termine em CL.
VI - realizar a “baixa por clonagem” do registro do veí- § 1º. Nos casos em que incidir gravame financeiro so-
culo cujo VIN termine em CL. bre o veículo, deverá ser oficiada a instituição financeira
§ 1º. Nos casos em que incidir gravame financeiro so- credora, ou o responsável pelo gerenciamento eletrônico
bre o veículo, deverá ser oficiada a instituição financeira do gravame, a fim de que seja suspensa ou cancelada a
credora, ou o responsável pelo gerenciamento eletrônico restrição financeira, cabendo à instituição financeira credo-
do gravame, a fim de que seja suspensa ou cancelada a ra a responsabilidade exclusiva para a inclusão da restrição
sobre a nova placa designada.
restrição financeira, cabendo à instituição financeira credo-
§ 2º. Nos casos em que incidir restrição judicial sobre
ra a responsabilidade exclusiva para a inclusão da restrição
o veículo, o Juízo responsável pela restrição deverá ser in-
sobre a nova placa designada.
formado acerca das alterações realizadas no registro do
§ 2º. Nos casos em que incidir restrição judicial sobre
veículo original.
o veículo, o Juízo responsável pela restrição deverá ser in- § 3º. Nos casos em que incidir restrição «RFB» sobre o
formado acerca das alterações realizadas no registro do registro do veículo, a Receita Federal do Brasil deverá ser
veículo original. informada acerca das alterações realizadas no registro do
§ 3º. Nos casos em que incidir restrição «RFB» sobre o veículo original.
registro do veículo, a Receita Federal do Brasil deverá ser
informada acerca das alterações realizadas no registro do Art. 7º A troca de placas de identificação de veículos
veículo original. automotores de que trata esta Resolução deverá ser prece-
Art. 7º A troca de placas de identificação de veículos dida do pagamento de todos os débitos, impostos, taxas e
automotores de que trata esta Resolução deverá ser prece- multas vinculados ao registro do veículo automotor, exceto
dida do pagamento de todos os débitos, impostos, taxas e aqueles gerados pelo veículo dublê ou clone.
multas vinculados ao registro do veículo automotor, exceto
aqueles gerados pelo veículo dublê ou clone. Art. 8º Os procedimentos administrativos em curso re-
Art. 8º Os procedimentos administrativos em curso re- lativos às infrações cometidas com o veículo original serão
lativos às infrações cometidas com o veículo original serão migrados para o novo cadastro do veículo.
migrados para o novo cadastro do veículo. Parágrafo único. Deverá ser excluída do prontuário do
Parágrafo único. Deverá ser excluída do prontuário do proprietário/condutor a pontuação relativa às multas por
infrações que tenham sido comprovadamente cometidas
proprietário/condutor a pontuação relativa às multas por
com o veículo dublê ou clone.
infrações que tenham sido comprovadamente cometidas
com o veículo dublê ou clone.
Art. 9º As infrações cometidas pelo veículo dublê ou
§ 2º Poderão ser solicitados outros documentos além clone serão registradas para o veículo que possua os ca-
dos previstos neste artigo, sempre que necessário à instau- racteres CL ao final do VIN registrado no RENAVAM, para
ração e instrução do processo administrativo de que trata eventual atribuição de responsabilidade aos infratores.
esta Resolução.
Art. 6º Concluído o processo administrativo com a Art. 10. Esta Resolução entra em vigor em 90 (noventa)
comprovação da existência de veículo dublê ou clone, de- dias da sua publicação.
verá o órgão executivo de trânsito dos estados ou do Dis-
trito Federal:
I - inserir os caracteres “CL” ao final do VIN e do núme-
ro de motor no registro do veículo original;

136
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

se às regras pactuadas na legislação, no edital de licitação


3. LEGISLAÇÃO DE TRANSPORTES: e no contrato. O poder público deve prever no edital de
3.1. LEI ESTADUAL Nº 13.094/2001 licitação a possibilidade de receitas extratarifárias (receitas
(DOE DE 12/01/2001), ALTERADA PELAS LEIS alternativas, complementares, acessórias ou de projetos as-
ESTADUAIS Nº 14.288/2009 sociados, inclusive proveniente do transporte de encomen-
da) com o objetivo de atender à modicidade das tarifas (art.
(DOE 26/01/2009), Nº 14.719 /2010
43, § 1º a § 3º).
(DOE DE 31/05/2010) E Nº 15.491/2013 A Lei Nº 13.094/2001 foi posteriormente regulamenta-
(DOE DE 30/12/2013). da pelos Decretos Nº 26.103/2001 e Nº 26.803/2002. Entre-
tanto, por se tratar do papel das cooperativas será analisa-
do apenas o segundo Decreto, que regulamenta os serviços
No ano de 2001, o Estado do Ceará promulgou a Lei regulares de linhas radiais (liga determinada localidade à
Nº 13.094, que instituía o Sistema de Transporte Rodoviá- Fortaleza)
rio Intermunicipal de Passageiros no âmbito do estado, e diametrais (liga localidades passando por Fortaleza)
sendo regulamentada pelos Decretos Nº 26.103/2001 e explorados por veículos utilitários de passageiros (VUP),
Nº 26.803/2002. A referida lei define que “compete ao bem como as linhas regionais (liga localidades não passan-
Estado do Ceará explorar, organizar, dirigir, coordenar, do por Fortaleza), que além do uso dos
executar, delegar e controlar a prestação de serviços pú- VUPs, podem utilizar veículos utilitários mistos (VUM),
blicos relativos ao Sistema de Transporte Rodoviário In- de acordo com a Lei Nº 13.094/2001, no art. 4º, PP 5º, 6º e
termunicipal de Passageiros e aos Terminais Rodoviários 7º, passando a se denominar Serviço Regular Complemen-
de passageiros” (art. 2º), subdividindo tal serviço em dois tar de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros
tipos: a) “Serviços Regulares de Transporte Rodoviário In- do Estado do Ceará (SRC/STRIP-CE).
termunicipal de Passageiros” e b) “Serviços de Transporte
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamen- LEI Nº 13.094, DE 12 DE JANEIRO DE 2001
to” (art. 3º). Deixa à regulamentação, o detalhamento das
“características e subclassificações de cada modalidade Dispõe sobre o Sistema de Transporte Rodoviário
do serviço prevista no caput deste artigo” (art. 3º, pará- Intermunicipal de Passageiros do Estado do Ceará e dá
grafo único). Quanto ao regime de delegação, a permis- outras providências.
são e a concessão foram definidas como instrumentos
legais à outorga da delegação dos Serviços Regulares de O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros (art.
4º), estabelecendo que a respectiva outorga somente se Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu
dê após licitação pública. O regime de concessão será na sanciono a seguinte Lei:
modalidade de concorrência e formalizada mediante con-
trato administrativo (art. 4º, § 2º). CAPÍTULO I
A lei trata a permissão como um ato administrativo DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
precedido de licitação, delegado através de termo de per-
missão (sic) e por prazo indeterminado (art. 4º, § 3º). Sobre Art. 1º O Sistema de Transporte Rodoviário Intermu-
a impropriedade quanto ao uso dado a esse instrumento nicipal de Passageiros do Estado do Ceará e os Terminais
da permissão vide doutrina de Oliveira Júnior (2002, 2003, Rodoviários de Passageiros reger-se-ão por esta Lei, seu Re-
2005 e 2006). gulamento, e demais normas legais, regulamentares e pac-
De acordo com a Lei Nº 13.094/2001, as linhas regu- tuadas pertinentes, em especial pela Lei Federal nº 8.987, de
lares operadas por ônibus devem ser delegadas sob o re- 13 de fevereiro de 1995, e Lei Estadual nº 12.788, de 30 de
gime de concessão e as exploradas por veículos utilitários dezembro de 1997.
através do regime de permissão (art. 4º, § 6º e § 7º). As
delegações em regime de concessão ou permissão deve- Art. 2º Compete ao Estado do Ceará explorar, organi-
rão observar três princípios: a) as linhas não são exclusivas zar, dirigir, coordenar, executar, delegar e controlar a pres-
dos operadores; tação de serviços públicos relativos ao Sistema de Transpor-
b) os usuários devem ter liberdade de escolha; e c) se- te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e aos Terminais
rem competitivos os serviços ofertados (art. 5º). Esta lei es- Rodoviários de passageiros, conforme o disposto no art.
pecifica que as viagens devem seguir padrões técnico-ope- 303 da Constituição Estadual.
racionais definidos pelo poder público no que diz respeito
aos tipos de serviços, horários, seccionamentos, pontos de Art. 3º O Serviço de Transporte Rodoviário Intermuni-
parada intermediários, de início e fim das viagens (art.24). cipal de Passageiros fica classificado em Serviços Regulares
Estabelece, ainda, que a forma de remuneração do de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e
mercado de transporte intermunicipal de passageiros será Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passa-
mediante a tarifa paga pelos usuários (art. 43), cabendo ao geiros por Fretamento.
poder público a definição do valor tarifário a ser cobrado, Parágrafo único. A regulamentação desta Lei disporá
bem como, sua revisão e reajuste, que pode ser motivado sobre as características e subclassificações de cada modali-
pela solicitação dos operadores ou de ofício, obedecendo- dade do serviço prevista no caput deste artigo.

137
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

CAPÍTULO II pios de Aracati, Itapipoca, Baturité e Quixadá, contemplan-


DO REGIME DE EXPLORAÇÃO DOS SERVIÇOS RE- do os seguintes eixos, partindo de Fortaleza para: Itapipo-
GULARES DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNI- ca, Aracati - CE 040, Aracati - BR 116, Beberibe, Cascavel,
CIPAL DE PASSAGEIROS Morada Nova, Russas, Canoa Quebrada, Fortim, Redenção,
Guaramiranga - CE 060, Guaramiranga - CE 065, Baturité, Ara-
Art. 4º Compete ao Estado do Ceará explorar direta- tuba, Quixadá, Tejuçuoca, Itapipoca, Paracuru, Paraipaba, Trairi,
mente ou mediante concessão ou permissão os Serviços Uruburetama, Pentecoste, Apuiarés, General Sampaio, Capon-
Regulares de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Pas- ga, Barreira - CE 060, Barreira - BR 116, Caio Prado/Itapiuna,
sageiros, no âmbito de sua jurisdição, sempre através de Capistrano, Aratuba/Mulungu, Choro Limão, Ibaretama, Ocara,
licitação, nos termos desta Lei, da Lei Federal nº 8.987/95 e Ibicuitinga, Itapajé. (Acrescido pela Lei nº 14.288, de 06 de ja-
demais normas legais e regulamentares pertinentes. neiro de 2009)
§ 1º As concessões e permissões de Serviços Regula-
res de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros Art. 5º Na exploração dos Serviços Regulares de Transpor-
sujeitar-se-ão à direção e fiscalização pelo Poder Público te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, mediante conces-
Estadual concedente, nos termos das normas legais e re- são ou permissão, observar-se-ão três princípios básicos:
gulamentares, com a cooperação dos usuários. I - ausência de exclusividade;
§ 2º A concessão de Serviço Regular de Transporte Ro- II - liberdade de escolha do usuário;
doviário Intermunicipal de Passageiros será formalizada III - competitividade.
mediante contrato administrativo, precedido de licitação Art. 6º Na concessão do serviço, o edital da licitação es-
na modalidade de concorrência, observado o disposto no pecificará, durante o respectivo prazo, o número de delega-
inciso II do art. 2º da Lei Federal nº 8.987, de 13 de feve- tários de cada linha, o número mínimo de veículos a serem
reiro de 1995, e demais normas legais, regulamentares e empregados por cada um e critérios de desempate.
pactuadas. Parágrafo único. Respeitado o número mínimo fixado no
§ 3º A permissão de Serviço Regular de Transporte edital de licitação, poderá o Poder Concedente alterar o núme-
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros será formaliza- ro de veículos a serem empregados na prestação de serviço,
da mediante termo de permissão, precedido de licitação, tendo como base a relação demanda x oferta por ele auferida,
observadas as normas legais, regulamentares e pactuadas. objetivando sempre a satisfação do usuário e a segurança do
tráfego.
(Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
§ 4º As linhas regulares serão criadas, alteradas ou ex-
Art. 7º A concessão será outorgada pelo prazo máximo
tintas a critério exclusivo do Poder Concedente, visando à
de 10 (dez) anos, podendo ser prorrogada, por uma única vez,
satisfação do interesse público, observadas a oportunidade
por até igual período, a critério exclusivo do poder conceden-
e a conveniência da medida.
te, desde que haja interesse público e anuência da concessio-
§ 5º As linhas regulares são classificadas em:
nária na prorrogação do contrato e na continuidade da pres-
a) radial: linha que liga determinada localidade do tação do serviço. (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de
Estado do Ceará ao Município de Fortaleza; janeiro de 2009)
b) regional: linha que liga localidades do Estado do § 1º Caberá exclusivamente ao Poder Concedente reco-
Ceará, sem passar pelo Município de Fortaleza; nhecer o interesse público na continuidade da prestação do
c) diametral: linha que liga localidades do Estado do serviço, de acordo com a conveniência e oportunidade da Ad-
Ceará passando pelo Município de Fortaleza. ministração, caso em que a prorrogação do contrato depen-
§ 6º As linhas radiais, diametrais e regionais, quando derá do resultado do índice de que trata o art. 80 desta Lei, na
operadas por ônibus, serão outorgadas mediante conces- forma de seu Regulamento.
são, e quando operadas por miniônibus, veículos utilitários § 2º A permissão poderá ser outorgada por prazo máximo
de passageiros e veículo utilitário misto serão outorgadas de 6 (seis) anos, podendo ser prorrogada, por uma única vez,
por permissão. (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de por até igual período, a critério exclusivo do poder conceden-
janeiro de 2009) te, desde que haja interesse público, atendimento do resul-
§ 7º Ato do Poder Concedente definirá as áreas de tado do índice de que trata o art. 80 desta Lei e anuência do
operação e a extensão máxima das linhas que poderão ser permissionário na prorrogação do termo de permissão e na
operadas por miniônibus, microônibus, veículos utilitários continuidade da prestação do serviço. (Redação dada pela Lei
de passageiros e veículo utilitário misto. (Redação dada nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
§ 8º Áreas de operação são espaços geográficos for- Art. 8º O edital de licitação para concessão ou permissão
mados pelos territórios dos municípios por afinidades viá- conterá as condições e as características do serviço, especifi-
rias, sob influência de um ou mais municípios pólos socioe- cando:
conômicos, e instituídos pelo Estado do Ceará. (Acrescido I - linha, itinerário, características do veículo, horários
pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) e freqüências, extensão, pontos de parada, além de eventuais
§ 9º As ligações radiais do Sistema de Transporte Re- seccionamentos e restrições de trechos;
gular Complementar do Estado do Ceará terão extensão II - frota mínima necessária à execução do serviço e
máxima de 165 km a partir do Município de Fortaleza, e respectiva renovação, bem como a frota reserva, observa-
serão divididas em 4 (quatro) lotes, com pólos nos Municí- do o disposto no art. 31 desta Lei;

138
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

III - vigência do contrato de concessão, sua natureza II - apólice de seguro de responsabilidade civil, com
e a possibilidade de renovação; valor determinado no edital;
IV - valor da outorga da concessão ou permissão e III - certidão de inexistência de débito para com a Fa-
sua forma de pagamento; zenda Pública do Estado do Ceará, Fazenda Pública Nacional,
V - forma de reajuste da tarifa; Previdência Social e FGTS.
VI - na concessão, prazos máximos de amortização § 1º Em caso de ocorrência da decadência prevista no
para veículos, estoque de peças de reposição (estoque de caput deste artigo, o Poder Concedente poderá outorgar a
almoxarifado), dos equipamentos e instalações; concessão à classificada imediatamente posterior.
VII - relação de bens reversíveis ao término da con- § 2º Todas as minutas de editais e de contratos de con-
cessão, ainda não amortizados, mediante indenização; cessão ou de termos de permissão relativos à outorga de
VIII - critério de indenização, em caso de encampação; Serviço Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
IX - percentual sobre o valor total da receita bruta Passageiros deverão ser obrigatoriamente encaminhados à
tarifária mensal, a ser recolhido mensalmente à Agência Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Es-
Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do tado do Ceará - ARCE, para exame e homologação prévios,
Ceará – ARCE, ao órgão ou entidade responsável pela fis- caso esta não tenha sido responsável pela elaboração das
calização por parte do Poder Concedente, nos termos do mesmas.
art. 64 desta Lei.
Parágrafo único. Além dos requisitos estabelecidos Art. 10-A. Em situações excepcionais, em observância
nesta Lei e em seu regulamento, o edital de licitação de ao princípio da continuidade dos serviços públicos, o Poder
Serviço Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Concedente poderá, nas ligações cujas licitações forem de-
Passageiros e o respectivo contrato de concessão ou ter- sertas ou fracassadas, contratar mediante dispensa de licita-
mo de permissão obedecerão às demais exigências legais ção, nos termos do art. 24, inciso IV, da Lei nº 8.666, de 21 de
e regulamentares aplicáveis, inclusive às constantes da Lei junho de 1993. (Acrescido pela Lei nº 14.719, de 26 de maio
Federal nº 8.666/93, e suas alterações, da Lei Federal nº de 2010)
8.987/95, e da Lei Estadual nº12.788/97.
Art. 10-B. Ficam ratificados os atos, e respectivos efeitos,
de operação das ligações expedidos pelo Poder Concedente
Art. 9º Na qualificação técnica exigida da transpor-
a partir do ano de 2007 até as licitações realizadaspara o ser-
tadora licitante, além do estabelecido na Lei Federal nº
viço complementar de transporte intermunicipal de passa-
8.666/93, e suas alterações, exigir-se-á:
geiros. (Acrescido pela Lei nº 14.719, de 26 de maio de 2010)
I - a comprovação da disponibilidade da frota, nos
termos e condições apresentados na proposta vencedora,
Art. 11. Para exploração de Serviço Regular de Trans-
para atender ao serviço licitado deverá ser feita mediante
porte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros através de
comprovantes de propriedade ou arrendamento mercantil, concessão ou permissão, a transportadora prestará garantia,
devendo os veículos encontrarem-se disponibilizados no podendo optar por uma das modalidades previstas no art. 56
prazo fixado no edital, o qual deverá ser no máximo de 90 da Lei nº 8.666/93, no valor de até 5% (cinco por cento) do
(noventa) dias após o recebimento da Ordem de Serviço, contrato, atualizado nas mesmas condições daquele. (Reda-
e não podendo tais veículos estarem comprometidos com ção dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
outros serviços à época da prestação do serviço objeto da § 1º A extinção da concessão ou permissão, por infração
licitação, obedecido o prazo acima e o disposto no art. 31 à norma legal, regular ou pactuada, incluindo esta Lei, implica
desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janei- na perda da garantia pela concessionária ou permissionária,
ro de 2009) em favor do poder concedente. (Redação dada pela Lei nº
II - termo de compromisso de disponibilidade da 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
frota, no caso de impossibilidade de apresentação imedia- § 2º Em caso de extinção da concessão ou permissão que
ta da comprovação prevista no inciso anterior, respeitado não resultou em aplicação de penalidade, a garantia será li-
o prazo nele previsto; berada ou restituída em favor da concessionária ou permis-
III - prova de que possui, ou compromisso de dispo- sionária. (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro
nibilizar, imóvel destinado à instalação de garagem para de 2009)
dar suporte à execução do contrato pelo período da pres-
tação dos serviços, exceto para veículos utilitários de pas- Art. 12. A prestação da garantia resguardará a execução
sageiros. do serviço e pagamento de multas e/ou débitos, quando não
forem recolhidos no devido tempo.
Art. 10. Para assinatura do contrato de concessão ou
do termo de permissão, a licitante deverá apresentar, den- Art. 13. Sempre que for deduzida a garantia ou parte
tre outros exigidos no respectivo edital, os seguintes docu- dela, no exercício do direito que trata o artigo anterior, a con-
mentos, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, sob pena cessionária ou permissionária fica obrigada a proceder a sua
de decadência: recomposição no prazo de 10 (dez) dias a contar do recebi-
I - comprovação de cursos de capacitação do pes- mento da notificação, sob pena de caducidade da conces-
soal de operação necessários para o cadastramento da tri- são e cancelamento da permissão. (Redação dada pela Lei
pulação, conforme a regulamentação desta Lei; nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)

139
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 14. Os Serviços Regulares de Transporte Rodoviá- XI - tomar as providências necessárias com relação
rio Intermunicipal de Passageiros serão executados somen- a empregado ou preposto que, comprovadamente, não
te por transportadoras registradas junto ao Poder Conce- atenda satisfatoriamente aos usuários e à fiscalização do
dente, nos termos da regulamentação desta Lei, devendo o Poder Concedente.
registro cadastral ser atualizado anualmente. Art. 17. A transportadora deverá apresentar mensal-
mente quadro demonstrativo do movimento de passagei-
Art. 15. A regulamentação desta Lei disporá também ros, na forma regulamentada pelo Poder Concedente.
sobre a criação, modificação e extinção de linhas regulares Art. 18. Os prepostos, empregados e contratados das
de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros. transportadoras, ou quem quer que atue em seu nome, de-
verão:
CAPÍTULO III I - conduzir-se com atenção e urbanidade para com
DOS ENCARGOS DA TRANSPORTADORA PRESTA- os usuários do serviço e representantes do Poder Conce-
DORA DE SERVIÇO REGULAR DE TRANSPORTE RODO- dente no exercício de suas funções;
VIÁRIO INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS II - apresentar-se em serviço corretamente unifor-
mizados e identificados com o respectivo crachá;
Art. 16. Sem prejuízo dos encargos previstos em nor- III - prestar aos usuários, quando solicitados, as in-
mas legais, regulamentares e pactuadas pertinentes, a formações necessárias, principalmente sobre itinerários,
transportadora prestadora de Serviço Regular de Transpor- tempo de percurso, pontos de parada, distâncias e preços
te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros deverá: das passagens;
I - prestar serviço adequado, na forma prevista em IV - cumprir as normas legais, regulamentares e pac-
normas legais, regulamentares e pactuadas, e em especial tuadas relativas à execução dos serviços.
nesta Lei, nas ordens de serviço e no respectivo contrato; Parágrafo único. É vedado o transporte do pessoal da
II - submeter-se à direção e fiscalização do Poder transportadora quando em serviço, incluindo a tripulação,
Concedente, diretamente ou através da Agência Regula- sem o respectivo crachá.
dora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Cea-
Art. 19. Sem prejuízo do cumprimento dos encargos
rá – ARCE, ou outro órgão ou entidade da Administração
e deveres previstos nas normas legais, regulamentares e
Estadual designado, facilitando-lhes a ação e cumprindo
pactuadas pertinentes, o motorista de transportadora con-
as suas determinações, especialmente no correto forne-
cessionária ou permissionária é obrigado a:
cimento e atendimento de informações, dados, planilhas
de custo, fontes de receitas principal, alternativa, acessória,
I - dirigir o veículo, de modo a não prejudicar a se-
gurança e o conforto dos usuários;
complementar ou global, documentos e outros elementos,
II - não movimentar o veículo, sem que as portas es-
sempre na forma e periodicidade requisitados; tejam totalmente fechadas;
III - manter as características fixadas pelo Poder Con- III - manter uma velocidade compatível com a situa-
cedente para o veículo, segundo a categoria do serviço em ção de segurança das vias, respeitando os limites fixados
execução, nos termos das normas legais e regulamentares pela legislação de trânsito;
pertinentes; IV - diligenciar para o fiel cumprimento dos horários
IV - preservar a inviolabilidade dos instrumentos e freqüências estabelecidos;
contadores de passageiros, equipamento registrador ins- V - não fumar no interior do veículo;
tantâneo inalterável de velocidade e tempo e outros ins- VI - não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 (doze) ho-
trumentos, conforme exigidos nesta Lei e em sua regula- ras antecedentes ao início de sua jornada de trabalho e até
mentação; o seu término;
V - apresentar seus veículos para início de operação VII - não se afastar do veículo no ponto de parada,
em condições de segurança, conforto e higiene, bem como orientando o embarque e o desembarque de passageiros;
atender as especificações, normas e padrões técnicos esta- VIII - prestar à fiscalização do Poder Concedente, exer-
belecidos pelas normas legais, regulamentares e pactuadas cida diretamente ou através de órgãos e entidades delega-
pertinentes; das, os esclarecimentos que lhe forem solicitados;
VI - manter em serviço somente os motoristas, co- IX - exibir à fiscalização do Poder Concedente, exer-
bradores, fiscais e despachantes cadastrados junto ao Po- cida diretamente ou através dos órgãos e entidades de-
der Concedente; legadas, quando solicitado, ou entregar, contra recibo, os
VII - preencher as guias e formulários referentes a da- documentos do veículo, o mapa de viagem e outros que
dos operacionais, cumprindo prazos e normas fixadas pelo forem exigíveis;
Poder Concedente; X - não conversar, enquanto estiver na condução do
VIII - tomar imediatas providências para prossegui- veículo em movimento;
mento da viagem quando de sua interrupção; XI - atender aos sinais de parada em locais permiti-
IX - efetuar o reabastecimento e manutenção em lo- dos e somente neles;
cais apropriados, e sem passageiros a bordo; XII - observar, rigorosamente, o esquema de opera-
X - não operar com veículo que esteja derramando ção dos corredores e faixas exclusivas para ônibus;
combustível ou lubrificantes na via pública e terminais ro- XIII - diligenciar na obtenção de transporte para usuá-
doviários ou com ameaça de apresentar defeito; rios, em caso de avaria e interrupção da viagem;

140
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

XIV - desviar o veículo para o acostamento VII - conduzir objetos de dimensões e acondiciona-
nas calçadas e/ou rodovias, fora dos casos permitidos, para mentos incompatíveis com o porta- volume;
embarque e desembarque de passageiros; VIII - incorrer em comportamento incivil;
XV - recolher o veículo à respectiva garagem, quando IX - comprometer a segurança, o conforto e a tran-
ocorrerem indícios de defeitos mecânicos, que possam por qüilidade dos demais passageiros;
em risco a segurança e conforto dos usuários; X - usar aparelhos sonoros durante a viagem;
XVI - prestar socorro aos usuários feridos, em XI - fumar no interior do veículo.
caso de acidente.
CAPÍTULO IV
Art. 20. Os demais componentes da equipe de opera- DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS
ção do veículo deverão:
I - auxiliar o embarque e desembarque de passa- Art. 23. Sem prejuízo de direitos previstos em outras
geiros, especialmente crianças, senhoras, pessoas idosas e normas legais, regulamentares e pactuadas pertinentes,
deficientes motores, sendo que, no caso de serviço regular
são direitos dos usuários:
de transporte de passageiros metropolitano, tal exigência
só será devida nos terminais;
I - ser transportado em condições de segurança,
higiene e conforto, do início ao término da viagem;
II - procurar dirimir as pendências ou dúvidas refe-
rentes a bagagens, passagens e outras que possam surgir
II - ter assegurado seu lugar no veículo, nas condi-
na relação entre passageiro e transportadora; ções fixadas no bilhete de passagem;
III - diligenciar para manutenção da ordem e para a III - ser atendido com urbanidade, pelos dirigen-
limpeza do veículo; tes, prepostos e empregados da transportadora e pelos
IV - colaborar com o motorista em tudo que diga agentes dos órgãos e entidades responsáveis pela fisca-
respeito à regularidade da viagem, especialmente à como- lização por parte do Poder Concedente;
didade e à segurança dos passageiros; IV - ser auxiliado no embarque e desembarque
V - não fumar no interior do veículo; pelos prepostos da transportadora, em especial quando
VI - não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 (doze) ho- tratar-se de crianças, senhoras, pessoas idosas ou com
ras antecedentes ao início e durante a sua jornada de tra- dificuldade de locomoção;
balho; V - receber informações sobre as características
VII - diligenciar junto a transportadora, no sentido de dos serviços, tais como, tempo de viagem, localidades
evitar insuficiência de moeda fracionária para o troco cor- atendidas e outras de seu interesse;
reto. VI - ter sua bagagem transportada no bagageiro
e porta-volume, observado o disposto nesta Lei e em
Art. 21. A transportadora manterá em seus veículos um normas regulamentares pertinentes;
livro de ocorrência, em local visível, rubricado e numerado VII - receber os comprovantes dos volumes trans-
em suas folhas pela fiscalização do Poder Concedente, à portados no bagageiro;
disposição dos usuários para consignarem suas sugestões VIII - pagar apenas o valor da tarifa correta
ou reclamações, e do pessoal de operação para registrar as fixada para o serviço utilizado, bem como receber even-
ocorrências da viagem. tual troco em dinheiro.
Parágrafo único. No caso de serviço regular de trans-
porte de passageiros metropolitano, a exigência de que CAPÍTULO V
trata o caput só será devida nos terminais. DA OPERAÇÃO DOS SERVIÇOS REGULARES DE
TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL DE
Art. 22. O usuário dos Serviços Regulares de Transpor-
PASSAGEIROS
te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros terá recusado
o embarque ou determinado o seu desembarque, em local
Seção I Das Viagens
seguro e adequado, quando:
I - não se identificar, quando exigido;
II - encontrar-se em estado de embriaguez; Art. 24. As viagens serão executadas de acordo com
III - encontrar-se em trajes manifestamente impró- o padrão técnico-operacional estabelecido pelo Poder
prios ou ofensivos a moral pública; Concedente com relação às classificações de serviços,
IV - portar arma de fogo ou de qualquer natureza, observados os horários, ponto inicial e final, itinerários,
salvo quando legalmente autorizado; pontos de parada e os seccionamentos determinados.
V - pretender transportar, como bagagem, produtos
que, pelas suas características, sejam considerados perigo- Art. 25. Fica estabelecida uma tolerância máxima de
sos ou representem riscos para os demais passageiros, nos 10 (dez) minutos, além do horário marcado, para a che-
termos da legislação específica sobre Transporte Rodoviá- gada do veículo no ponto inicial da linha.
rio de Cargas Perigosas; § 1º Decorrido o prazo fixado neste artigo, o Poder
VI - conduzir animais domésticos ou selvagens, quan- Concedente notificará a transportadora para a coloca-
do não devidamente acondicionados, em desacordo com ção de outro veículo, no prazo máximo de 30 (trinta)
as disposições legais e regulamentares pertinentes; minutos.

141
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 2º Caso a transportadora não adote a providência VIII - veículo utilitário misto;


referida no parágrafo anterior, o Poder Concedente po- IX - miniônibus. (Acrescido pela Lei nº 14.288 de 06 de
derá requisitar um veículo de outra transportadora para a janeiro de 2009)
realização da viagem. § 1º As dimensões, lotação e características internas e ex-
§ 3º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo ante- ternas dos veículos utilizados na prestação dos serviços Regu-
rior, o Poder Concedente notificará a transportadora falto- lares de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros
sa para, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, efetuar o obedecerão as normas e especificações técnicas que determi-
pagamento à transportadora requisitada, do valor presu- nam os padrões dos respectivos serviços a serem prestados
mido para a viagem completa, obedecendo aos coeficien- pelos mesmos, nos termos das normas legais, regulamentares
tes tarifários e à taxa de ocupação constante da planilha e pactuadas pertinentes.
tarifária em vigor. § 2º Os veículos a que se refere o inciso VIII deste artigo
prestarão serviços regulares de transporte intermunicipal de
Art. 26. Os pontos terminais de parada e de escala só passageiros somente nas linhas regionais, nos moldes da letra
poderão ser utilizados pelas transportadoras após devida- “b” do § 5º do artigo 4º desta Lei.
mente homologados pelo Poder Concedente.
Parágrafo único. O Poder Concedente somente ho- Art. 31. A frota de cada transportadora deverá ser com-
mologará terminais rodoviários, pontos de parada e pon- posta de veículos, em número suficiente para a prestação do
tos de escala compatíveis com o seu movimento e que serviço, conforme fixado no respectivo edital de licitação, mais
apresentem padrões adequados de operacionalidade, se- a frota reserva equivalente ao mínimo de 10% (dez por cento)
gurança, higiene e conforto. e máximo de 20% (vinte por cento) da frota operacional.

Art. 27. O Poder Concedente fixará o tempo de du- Art. 32. Deverá o Poder Concedente realizar constante ação
ração da viagem e de suas etapas, observados os critérios fiscalizadora sobre as condições dos veículos, podendo, em qual-
técnicos. quer tempo e independentemente da vistoria ordinária prevista
na legislação de trânsito, realizar inspeções e vistorias nos veícu-
los, determinando, se observada qualquer irregularidade quanto
Art. 28. A interrupção de viagem decorrente de de-
às condições de funcionamento, higiene, conforto e segurança,
feito mecânico, acidente do veículo ou motivo de força
sua retirada de operação, até que sanadas as deficiências.
maior, será objeto de comunicação imediata da transpor-
tadora ao Poder Concedente.
Art. 33. Semestralmente a transportadora apresentará ao
§ 1º A interrupção da viagem pelos motivos elencados
Poder Concedente relação dos veículos componentes de sua
no caput deste artigo, por um período superior a 03 (três)
frota, declarando que estão em perfeitas condições de segu-
horas, dará direito ao passageiro à alimentação e pousa- rança, conforto e uso para operar.
da, por conta da transportadora, além do transporte até o
destino de viagem. Art. 34. Além dos documentos exigidos pela legislação
§ 2º Nos casos de substituição de veículo por outro de de trânsito e demais normas legais e regulamentares perti-
características inferiores, a transportadora deverá ressarcir nentes, os veículos deverão conduzir:
o passageiro, ao término da viagem, a diferença de preço I - no seu interior:
de tarifa, qualquer que tenha sido o percurso desenvolvi- a) um indicativo com nome do motorista e cobrador;
do anteriormente à interrupção da viagem. b) quadro de preços das passagens;
c) capacidade de lotação do veículo;
Art. 29. Os horários serão fixados em função da de- d) número do telefone da Agência Reguladora de Ser-
manda de passageiros e características de cada linha, ob- viços Públicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE, ou de
jetivando a satisfação do usuário, a segurança de tráfego e outro órgão ou entidade designado pelo Poder Concedente,
a rentabilidade das viagens, evitadas sempre que possível, para eventuais reclamações pelos usuários.
as superposições de horários. II - na parte externa:
a) indicação da origem e destino final da linha;
SEÇÃO II b) número de registro do veículo no Poder Concedente
Dos Veículos (Selo de Registro);
c) número de ordem do veículo;
Art. 30. Na prestação dos Serviços Regulares de d) pintura em cor e desenhos padronizados, emblema
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros serão ou logotipo e/ou razão social da empresa, aprovados pelo
utilizados os seguintes tipos de veículos: Poder Concedente.
I - ônibus interurbano convencional;
II - ônibus interurbano executivo; Art. 35. Todos os veículos registrados junto ao Poder
III - ônibus interurbano leito; Concedente pelas transportadoras deverão circular com equi-
IV - ônibus metropolitano convencional; pamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e
V - ônibus metropolitano executivo; tempo ou outro dispositivo eletrônico de registro diário
VI - microônibus; aferido, ou ainda outros instrumentos que vierem a ser de-
VII - veículo utilitário de passageiros; terminados pelo Poder Concedente.

142
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 36. A transportadora manterá, pelo período de § 1º Os veículos que tiverem seus registros cancela-
90 (noventa dias), os dados do equipamento registrador dos serão substituídos, no prazo máximo de 90 (noventa)
instantâneo inalterável de velocidade e tempo, ou de outro dias, caso haja necessidade de complementação do número
dispositivo eletrônico com tal finalidade, de todos os seus estipulado para a frota dimensionada da transportadora, in-
veículos em operação, devidamente arquivados, em perfeito cluindo a frota reserva prevista no art. 31, desta Lei.
estado de conservação, acompanhados da análise de cada § 2º A regulamentação desta Lei disporá sobre as condi-
viagem realizada, podendo os mesmos serem requisitados ções necessárias para o registro do veículo, bem como sobre
pelo Poder Concedente. o cancelamento deste.

Art. 37. Será permitida a fixação de publicidade na parte SEÇÃO III


externa do veículo, exceto quando colocar em risco a segu- Do Cadastramento da Tripulação
rança do trânsito.
§ 1º Não poderão ser veiculadas na parte externa dos Art. 40. É obrigatório o cadastramento junto ao Poder
veículos propagandas políticas, religiosas, filosóficas, e as Concedente da tripulação que operará em todos os veículos
que firam a moral e os bons costumes. das transportadoras prestadoras de Serviços Regulares de
§ 2º Somente serão permitidas na parte interna do veícu- Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, con-
lo mensagens de interesse dos usuários, a critério do Poder forme as condições e requisitos estabelecidos na regula-
Concedente. mentação desta Lei.
§ 1º Após efetuado e aprovado o cadastro, o Poder
Art. 38. Considera-se, para efeito da capacidade de lo- Concedente emitirá Carteira Padrão que terá validade de 02
tação do veículo, todas as poltronas disponíveis, exceto a do (dois) anos, sendo seu porte obrigatório quando o empre-
motorista e a do cobrador, quando houver este último. gado estiver em serviço.
§ 1º Considerar-se-á lotado o veículo que estiver com § 2º O Poder Concedente poderá a qualquer momento
sua capacidade completa. exigir a apresentação da documentação necessária ao ca-
§ 2º Não é permitido o excesso de lotação, ressalvado o dastramento da tripulação ou revalidação daquela já apre-
disposto nos parágrafos 3º e 4º deste artigo. sentada, nos termos da regulamentação desta Lei.
§ 3º Excepcionalmente, por ocasião de feriados prolonga-
dos, eventos religiosos e datas cívicas, o poder concedente po-
SEÇÃO IV
derá, a seu critério, autorizar passageiros excedentes até o limite
Dos Acidentes
de 20% (vinte por cento) da lotação sentada no serviço regular
interurbano convencional, observadas as seguintes condições:
Art. 41. No caso de acidente, a transportadora fica obri-
(Redação dada pela Lei nº 14.288 de 06 de janeiro de 2009)
gada a:
I - nas linhas com extensão de até 200 Km (duzentos
quilômetros), quando operadas por ônibus; (Acrescido pela
I - adotar as medidas necessárias visando prestar
Lei nº 14.288 de 06 de janeiro de 2009) imediata e adequada assistência aos usuários e prepostos;
II - nas linhas com extensão de até 100 Km (cem qui- II - comunicar, por escrito, o fato ao órgão ou en-
lômetros), quando operadas por miniônibus, microônibus e tidade do Poder Concedente, no prazo de 48 (quarenta e
veículo utilitário de passageiro. (Acrescido pela Lei nº 14.288 oito) horas, indicando as circunstâncias e o local do acidente,
de 06 de janeiro de 2009) além das medidas adotadas para atendimento do disposto
§ 4º No serviço de transporte regular e complementar no inciso anterior.
metropolitano quando operado por ônibus ou microônibus III - manter, pelo período de 1 (um) ano, os dados do
e interurbano até a distância de 75 Km (setenta e cinco qui- equipamento registrador instantâneo inalterável de veloci-
lômetros), o poder concedente, a seu critério, poderá autori- dade e tempo, ou de outro dispositivo eletrônico com tal
zar o transporte de passageiros excedente no limite igual ao finalidade, do veículo envolvido no acidente, devidamente
da lotação sentada, cuja autorização se dará pelo prazo de 6 arquivados, em perfeito estado de conservação, acompa-
(seis) meses, podendo ser renovado. (Redação dada pela Lei nhados da análise da viagem realizada, podendo os mesmos
nº 14.288 de 06 de janeiro de 2009) serem requisitados pelo Poder Concedente.
§ 5º A autorização excepcional prevista neste artigo de-
verá ser requerida para período determinado, com antece- Art. 42. Quando do acidente resultar morte ou lesões
dência mínima de 72 (setenta e duas) horas, acompanhada graves, serão avaliadas suas causas tendo em vista os se-
da devida justificativa, indicando com precisão as linhas e guintes elementos:
respectivos horários, ficando autorizada a viagem apenas de- I - dados constantes do equipamento registrador
pois de expedida autorização expressa do Poder Concedente. instantâneo inalterado de velocidade e tempo, ou outro dis-
(Redação dada pela Lei nº 14.288 de 06 de janeiro de 2009) positivo eletrônico;
II - regularidade da jornada de trabalho do motorista;
Art. 39. Como condição para prestarem Serviços Regu- III - seleção, treinamento e reciclagem do motorista; IV -
lares de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passagei- manutenção do veículo;
ros, os veículos da frota das transportadoras deverão estar V - perícia realizada por órgão ou entidade competente.
devidamente registrados junto ao Poder Concedente, nos Parágrafo único. O Poder Concedente manterá contro-
termos da regulamentação desta Lei. le estatístico de acidente de veículo por transportadora.

143
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

CAPÍTULO VI VIII - os mecanismos de controle que garantam a con-


DA REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS REGULARES fiabilidade das informações;
DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL DE IX - outros princípios e critérios básicos adotados no
PASSAGEIROS regulamento desta Lei para aprimoramento do modelo ta-
SEÇÃO I rifário.
Das Tarifas Art. 44. Os parâmetros operacionais adotados na pla-
nilha tarifária, serão analisados periodicamente, objetivan-
Art. 43. A remuneração dos Serviços Regulares de do o aperfeiçoamento do nível do serviço.
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros rea-
SEÇÃO II
lizar-se-á através do pagamento de tarifa pelos usuários e
Dos Bilhetes de Passagem e sua Venda
por outras fontes alternativas de receitas estabelecidas no
contrato de concessão ou termo de permissão. (Redação
Art. 45. É vedada a prestação de Serviço Regular de
dada pela Lei nº 14.288 de 06 de janeiro de 2009) Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, sem a
§ 1º Compete ao DETRAN/CE, de ofício ou a pedido do emissão do respectivo bilhete de passagem a cada usuário,
interessado, promover o reajuste e a revisão extraordinária exceto nos serviços metropolitanos.
das tarifas referentes aos Serviços Regulares de Transporte Parágrafo único. Os bilhetes de passagem serão emi-
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, nos termos das tidos conforme a regulamentação desta Lei.
normas regulamentares e pactuadas pertinentes. (Redação
dada pela Lei nº 14.288 de 06 de janeiro de 2009) Art. 46. A venda de passagens será feita pela própria
§ 2º Compete à ARCE/CE promover a revisão ordinária transportadora nos terminais rodoviários e em suas agên-
das tarifas referentes aos Serviços Regulares de Transporte cias e, na ausência destes, por agentes credenciados, ad-
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, bem como ho- mitindo-se, ainda, que, ao longo do itinerário, seja feita
mologar o reajuste e a revisão extraordinária praticados dentro do veículo.
pelo DETRAN/CE, nos termos das normas regulamentares Parágrafo único. Nas localidades dotadas de termi-
e pactuadas pertinentes. (Redação dada pela Lei nº 14.288 nais rodoviários é vedado o embarque de passageiros sem
de 06 de janeiro de 2009) o respectivo bilhete de passagem, com exceção dos servi-
§ 3º Deverá o Poder Concedente prever, em favor da ços metropolitanos.
concessionária ou permissionária, no edital de licitação,
Art. 47. As passagens deverão estar à venda em horá-
a possibilidade de outras fontes provenientes de receitas
rios compatíveis com o serviço e o interesse público, com a
alternativas, complementares, acessórias ou de projetos
abertura de reservas no prazo mínimo de 15 (quinze) dias
associados, inclusive proveniente de transporte de enco- antecedentes ao da respectiva viagem, exceto com relação
menda, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a aos serviços metropolitanos.
modicidade das tarifas, nos termos dos arts. 11 e 17 da Lei
Federal n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. Art. 48. É livre a concessão de desconto ou promoção
§ 4º A definição, revisão e reajuste das tarifas referentes de tarifa pelas transportadoras ou seus prepostos, devendo
aos Serviços Regulares de Transporte Rodoviário Intermu- efetivá-los em caráter uniforme para todos os usuários e
nicipal de Passageiros levará em consideração os seguintes para todas as secções da linha, devendo no entanto avisar
aspectos, conforme disciplinado no regulamento desta Lei: ao Poder Concedente com uma antecedência mínima 48
I - a média dos parâmetros dos índices de consumo (quarenta e oito) horas.
de cada serviço;
II - a remuneração do capital empregado para a Art. 49. A transportadora obriga-se a proporcionar se-
prestação do serviço e o equilíbrio econômico-financeiro guro de responsabilidade civil, no limite mínimo fixado no
do contrato, consideradas obrigatoriamente para a aferi- respectivo Edital de Licitação, emitindo o respectivo com-
ção do inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato provante.
as fontes de receita previstas no § 3º deste artigo;
Art. 50. Fica isento do pagamento de tarifa, o agente
III - a manutenção do nível do serviço estipulado responsável pela fiscalização por parte do Poder Conce-
para as linhas e a possibilidade de sua melhoria;
dente ou da Agência Reguladora de Serviços Públicos De-
IV - o recolhimento mensal de percentual sobre o legados do Estado do Ceará - ARCE, quando relacionado
valor total da receita bruta tarifária mensal obtida pela em serviço de transporte, devendo a transportadora re-
transportadora à Agência Reguladora de Serviços Públicos servar-lhe uma poltrona, desde que a reserva tenha sido
Delegados do Estado do Ceará – ARCE, ou outro órgão ou requisitada pelo menos 12 (doze) horas antes da partida
entidade indicados pelo Poder Concedente, nos termos do do veículo.
art. 64, desta Lei; Parágrafo único. Outros agentes responsáveis pela
V - o nível de serviço prestado; fiscalização por parte do Poder Concedente ou da ARCE
VI - a coleta de dados e a prestação de informação estarão isentos do pagamento de tarifa quando necessi-
pelas transportadoras através de procedimentos unifor- tarem executar trabalho de caráter emergencial, vinculado
mes; à atividade de transporte, independentemente de reserva.

144
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

SEÇÃO III Parágrafo único. A autorização a que se refere o caput


Da Bagagem e das Encomendas deste artigo poderá ser cassada, a critério do Poder Con-
cedente, em caso de concorrência com Serviço Regular de
Art. 51. O preço da tarifa abrange necessariamente, a Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros exis-
título de franquia, o transporte obrigatório e gratuito, para tente.
o passageiro, de volumes no bagageiro e no porta-volume
do veículo, nos termos desta Lei e de sua regulamentação. Art. 56. As empresas de Serviço de Transporte Rodo-
§ 1º Cada passageiro terá direito de portar bagagem: viário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento deve-
a) no bagageiro: até o limite de 35kg (trinta e cinco rão obter registro junto ao Poder Concedente, de acordo
quilogramas) de peso, sem que o volume total ultrapasse com a regulamentação desta Lei.
240dm³ (duzentos e quarenta decímetros cúbicos) ou, cada
volume, 1m (um metro) em sua maior dimensão; e, Art. 57. Os veículos prestadores de Serviços de Trans-
b) no porta-volume: até o limite de 5kg (cinco quilo- porte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Freta-
gramas), com dimensões que se adaptem ao porta-volu- mento serão devidamente registrados junto ao Poder Con-
me, desde que não comprometa o conforto e a segurança cedente, conforme as condições e requisitos estabelecidos
dos passageiros. na regulamentação desta Lei.
§ 2º Excedidos os limites indicados no parágrafo ante- § 1º Nos veículos utilizados nos Serviços de Transporte
rior, o passageiro pagará apenas o que exceder do permiti- Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamen-
do na base de 50% (cinqüenta por cento) do valor indicado to é obrigatória a instalação de equipamento registrador
na tabela de preços de encomendas da transportadora, instantâneo inalterável de velocidade e tempo, devendo a
respeitados os direitos dos demais passageiros. transportadora mantê-lo em perfeito estado de funciona-
mento e analisar os dados relativos a cada viagem realiza-
Art. 52. O transporte de encomendas e bagagens, da.
conduzidas no bagageiro, somente poderá ser feito me- § 2º Sempre que necessário, a critério do Poder Conce-
diante a respectiva emissão de documento fiscal apropria- dente, poderá ser exigida a exibição dos dados do equipa-
mento registrador instantâneo inalterável de velocidade e
do e talão de bagagem.
tempo, o qual deverá ser preservado pela empresa trans-
portadora pelo prazo de 90 (noventa) dias.
Art. 53. O transporte de encomendas, quando admiti-
§ 3º Os veículos utilizados em Serviço de Transporte
do pelo Poder Concedente, atenderá ao disposto nos §§ 3º
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento
e 4º do art. 43 desta Lei.
deverão apresentar, na parte externa, letreiro indicativo,
Art. 54. Nos casos de extravio ou dano de bagagem,
nos termos da regulamentação desta Lei.
conduzida no bagageiro, a transportadora indenizará o
§ 4º Quanto à fixação de publicidade nos veículos
passageiro, em quantia equivalente a 10 (dez) vezes o valor
utilizados em Serviço de Transporte Rodoviário Intermu-
da maior tarifa vigente do serviço utilizado, no prazo má- nicipal de Passageiros por Fretamento, aplica-se o art.
ximo de 15 (quinze) dias, contados da data da reclamação. 37, desta Lei.
§ 1º As transportadoras somente serão responsáveis § 5º Nos Serviços de Transporte Rodoviário Intermuni-
pelo extravio da bagagem transportada no bagageiro, cipal de Passageiros por Fretamento somente poderão ser
desde que apresentado pelo passageiro comprovante do transportados passageiros sentados.
respectivo talão de bagagem ou documento fiscal e até o
limite fixado no caput deste artigo. Art. 58. Quanto à ocorrência de acidentes, aplicam-
§ 2º Para ter direito à indenização no caso de dano ou se aos Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
extravio da bagagem cujo valor exceda o limite previsto no Passageiros por Fretamento os arts. 41 e 42, desta Lei.
caput deste artigo, o interessado fica obrigado a declará-lo
e a pagar prêmio de seguro para a cobertura do excesso. Art. 59. Ocorrendo interrupção da viagem de Servi-
§ 3º Para fins do parágrafo anterior, as transportadoras ço de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros
são obrigadas a proporcionar ao usuário a contratação de por Fretamento, a transportadora deverá utilizar, para sua
seguro específico, sob pena de ficar pessoalmente respon- continuidade, o mesmo veículo ou outro de característica
sável pelos danos verificados. idêntica ou superior ao que vinha sendo utilizado, obser-
vados os requisitos de conforto e segurança estabelecidos.
CAPÍTULO VII Parágrafo único. Fica a transportadora obrigada a
DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO IN- comunicar a interrupção de viagem ao Poder Concedente,
TERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS POR FRETAMENTO no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, especificando-lhes
as causas e as providências adotadas, as quais deverão ser
Art. 55. Os Serviços de Transporte Rodoviário Intermu- comprovadas sempre que exigido.
nicipal de Passageiros por Fretamento serão executados
mediante autorização expedida pelo Poder Concedente, Art. 60. Será dispensada a presença de cobrador na
conforme as condições e requisitos estabelecidos na regu- tripulação dos Serviços de Transporte Rodoviário Intermu-
lamentação desta Lei. nicipal de Passageiros por Fretamento.

145
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Parágrafo único. Ao motorista de viagem relativa a § 2º No desempenho do poder regulatório, incluindo as


Serviço de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passa- competências atribuídas neste artigo, a ARCE usufruirá de to-
geiros por Fretamento, aplicam-se todos os encargos re- das as prerrogativas asseguradas através da Lei Estadual nº
lativos ao motorista de viagem relativa a Serviço Regular 12.786, de 30 de dezembro de 1997, e outras normas legais e
de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, regulamentares pertinentes.
inclusive no tocante ao cadastramento previsto no art. 40 § 3º As prestadoras de Serviço de Transporte Rodoviário
desta Lei. Intermunicipal de Passageiros, qualquer que seja a modalida-
de de serviço prestado, tornam-se entidades reguladas pela
Art. 61. A regulamentação desta Lei disporá sobre a ARCE por força desta Lei, estando submetidas à competência
operação dos Serviços de Transporte Rodoviário Intermu- regulatória desta, nos termos da Lei Estadual nº 12.786/97 e
nicipal de Passageiros por Fretamento, dispondo inclusive demais normas legais e regulamentares pertinentes.
sobre as características dos veículos que poderão ser uti-
lizados na prestação do serviço. Art. 64. A prestadora de Serviço Regular de Transporte
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, qualquer que seja a
modalidade do serviço prestado, fica obrigada ao pagamento
CAPÍTULO VIII DA FISCALIZAÇÃO
de percentual de até 4% (quatro por cento) sobre o valor total
da receita bruta tarifária mensal, nos termos do edital e respec-
Art. 62. A fiscalização dos Serviços de Transporte Ro- tivo contrato de concessão ou termo de permissão, a ser re-
doviário Intermunicipal de Passageiros, em tudo quanto colhido mensalmente, até o dia 5 (cinco) do mês subseqüente,
diga respeito a segurança da viagem, conforto do pas- junto ao órgão ou entidade responsável pela fiscalização por
sageiro e ao cumprimento da legislação de trânsito e de parte do Poder Concedente, a Agência Reguladora de Serviços
tráfego rodoviário intermunicipal, inclusive desta Lei, será Públicos Delegados do Estado do Ceará – ARCE, ou outro ór-
exercida pelo Poder Concedente através dos órgãos e en- gão ou entidade indicado pelo Poder Concedente, sob pena
tidades competentes, visando ao cumprimento das nor- de caducidade da concessão ou cancelamento da permissão.
mas legais, regulamentares e pactuadas pertinentes. Parágrafo único. No caso de Serviço Regular de Trans-
Parágrafo único. Os órgãos ou entidades competen- porte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros prestado por
tes para realizar a fiscalização dos Serviços de Transporte veículos utilitários de passageiros, veículos utilitários mistos e
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros serão definidos microônibus, o valor a que se refere o caput deste artigo é
conforme a regulamentação desta Lei. fixado em R$ 100,00 (cem reais), por veículo, sendo este valor
reajustado pelo percentual médio da variação dos serviços.
Art. 63. Além da fiscalização de que trata o artigo
anterior, as prestadoras de Serviços de Transporte Rodo- Art. 65. O Poder Concedente no exercício da fiscalização
viário Intermunicipal de Passageiros no Estado do Ceará dos Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Pas-
submeter-se-ão ao poder regulatório da Agência Regula- sageiros, através da Agência Reguladora de Serviços Públicos
dora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará Delegados do Estado do Ceará - ARCE e de outros órgãos e
– ARCE. entidades da administração pública estadual incumbidos des-
§ 1º O poder regulatório da ARCE será exercido nos sa atividade, tem pleno acesso a qualquer veículo ou instala-
termos desta Lei e da Lei Estadual nº 12.788, de 30 de de- ção que diga respeito aos serviços, exercendo poder de polí-
zembro de 1997, e demais normas legais, regulamentares cia, nos termos desta Lei.
e pactuadas pertinentes, cabendo à ARCE, com relação
aos Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Art. 66. O Poder Concedente promoverá, quando julgar
necessário, a realização de auditorias contábil-financeira e téc-
Passageiros, sem prejuízo de outras atribuições:
nico-operacional na transportadora.
I - fiscalizar indiretamente os órgãos e entidades § 1º Por ocasião das auditorias, fica a transportadora obri-
privadas e públicas envolvidos na prestação do serviço,
gada a fornecer os livros e documentos requisitados, satisfa-
através de auditagem técnica de dados fornecidos por es- zendo e prestando outros dados e exigências do Poder Con-
tes ou coletados pela ARCE; cedente.
II - atender e dar provimento às reclamações dos § 2º Os resultados das auditorias serão encaminhados à
usuários do serviço, decidindo inclusive sobre indeniza- transportadora, acompanhados de relatório contendo as re-
ções ou reparações a serem pagas pelas transportadoras, comendações, determinações, advertências e outras sanções
independentemente de outras sanções a estas aplicáveis; ou observações do Poder Concedente.
III - expedir normas regulamentares sobre a presta-
ção do serviço; CAPÍTULO IX
IV - responder a consultas de órgãos e entidades DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
públicas e privadas sobre a prestação do serviço; Seção I
V - encaminhar ao órgão ou entidade responsável Das Espécies de Penalidade
pela aplicação de penalidades a constatação, através de
decisão definitiva proferida pela ARCE, de infração come- Art. 67. Verificada a inobservância de qualquer das dis-
tida por transportadora, caso não tenha sido delegada à posições previstas nesta Lei, aplicar-se-ão à transportadora
ARCE tal aplicação. infratora as penalidades legais.

146
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 1º As penalidades aplicadas pelo Poder Concedente c) não apresentar tripulação corretamente uniformi-
não isentam o infrator da obrigação de reparar ou ressar- zada e identificada em serviço; (Redação dada pela Lei nº
cir dano causado a passageiro ou terceiro, decorrente da 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
infração. d) não prestar aos usuários, quando solicitados, as
§ 2º Para os fins desta Lei, considera-se transportadora a informações necessárias; (Redação dada pela Lei nº 14.288,
pessoa física, jurídica ou consórcio de empresas que preste de 06 de janeiro de 2009)
serviço de transporte rodoviário intermunicipal de passagei- e) fumar dentro do ônibus ou permitir que passagei-
ros, mediante concessão, permissão ou autorização. ros fumem; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de
janeiro de 2009)
Art. 68. As infrações aos preceitos desta Lei sujeitarão f) afastar-se do veículo no horário de trabalho, sem
a transportadora infratora, conforme a natureza da falta, às motivo justo; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de
seguintes penalidades: janeiro de 2009)
I - advertência por escrito; g) o motorista conversar, enquanto o veículo estiver
II - multa; em movimento; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de
III - retenção do veículo; janeiro de 2009)
IV - apreensão de veículo; h) não atender aos sinais de parada em locais permi-
V - revogação unilateral da permissão; tidos; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro
VI - caducidade da concessão. de 2009)
§ 1º Aplicar-se-á a pena de advertência por escrito no i) não observar o esquema de operação dos corre-
caso de infração a qualquer dispositivo desta Lei para a qual dores e faixas exclusivas para ônibus; (Redação dada pela
inexista expressa previsão de penalidade diversa. Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
§ 2º As penas de multa, retenção e apreensão de veícu- j) não auxiliar o embarque e desembarque de pas-
lo serão aplicadas nos casos previstos nas seções seguintes sageiros, especialmente crianças, senhoras, pessoas idosas
deste capítulo. e deficientes motores, quando solicitado; (Redação dada
§ 3º Aplicar-se-á a pena de revogação unilateral da per- pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
missão no caso de prestação inadequada ou ineficiente do l) não procurar dirimir as pendências ou dúvidas referen-
serviço, a critério do Poder Concedente, sem prejuízo da me-
tes a bagagens, passagens e outras que possam surgir na
dida administrativa de revogação unilateral da permissão,
relação entre passageiro e transportadora; (Redação dada
por conveniência e oportunidade da Administração, dada a
pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
supremacia do interesse público sobre o particular e a preca-
m) utilizar pontos para parada e para escala sem que es-
riedade da permissão.
teja devidamente autorizado pelo poder concedente; (Re-
§ 4º Aplicar-se-á a pena de caducidade da concessão nos
dação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
casos previstos no art. 35, § 1º, da Lei Estadual nº 12.788 de
n) não comunicar ao poder concedente, dentro do prazo
30 de dezembro de 1997.
legal, a interrupção de viagem decorrente de defeito me-
§ 5º A aplicação das penas previstas neste artigo não está
limitada à observância de gradatividade. cânico, acidente do veículo ou motivo de força maior; (Re-
dação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
Art. 69. O cometimento de duas ou mais infrações, in- o) não ressarcir ao passageiro a diferença de preço de
dependentemente de sua natureza, sujeitará o infrator à con- tarifa, nos casos de substituição de veículo por outro de
comitante aplicação das penalidades correspondentes a cada características inferiores; (Redação dada pela Lei nº 14.288,
uma delas. de 06 de janeiro de 2009)
p) não transportar gratuitamente a bagagem de pas-
SEÇÃO II sageiro, observados os requisitos estabelecidos nesta Lei
Das Multas e em normas regulamentares pertinentes; (Redação dada
pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
Art. 70. A pena de multa, calculada em função do valor q) reincidir, em período inferior a 90 (noventa) dias, na
da Unidade Fiscal de Referência do Estado do Ceará - UFIRCE, prática de infração que já tenha sido objeto de advertência
ou outro índice estadual que venha substituí-la, será aplicada por escrito por parte do poder concedente, nos termos do
quando do cometimento das seguintes infrações: (Redação § 1º do art. 68 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.288,
dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) de 06 de janeiro de 2009)
I - a transportadora, através de dirigente, gerente, r) recusar injustificavelmente o embarque gratuito de
empregado, preposto, contratado ou qualquer que atue passageiro para o qual a Lei determine isenção do paga-
em seu nome, alternativamente: (Redação dada pela Lei nº mento da tarifa, especialmente os maiores de 65 (sessenta
14.288, de 06 de janeiro de 2009) e cinco) anos de idade, militares estaduais da ativa e os
a) não apresentar seus veículos para início da operação agentes responsáveis pela fiscalização por parte do Poder
em perfeito estado de conservação e limpeza; (Redação Concedente ou da Agência Reguladora de Serviços Públi-
dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) cos Delegados do Estado do Ceará - ARCE, nos termos da
b) tratar passageiro com falta de urbanidade; (Reda- legislação pertinente; (Acrescido pela Lei nº 14.719, de 26
ção dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) de maio de 2010)

147
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

s) não conceder o benefício da meia entrada estudantil c) não desviar o veículo para o acostamento nas cal-
nas passagens dos transportes rodoviários intermunicipais çadas e/ou rodovias para o embarque e o desembarque
aos estudantes regularmente matrículados nos estabeleci- de passageiros; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de
mentos de ensino público ou particular, situados nos muni- janeiro de 2009)
cípios que compõem as macrorregiões do Estado do Ceará, d) não manter em seus veículos, nos locais próprios,
nos termos da legislação pertinente; (Acrescido pela Lei nº livro de ocorrência; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06
14.719, de 26 de maio de 2010) de janeiro de 2009)
Pena - Multa correspondente ao valor de 40 (quarenta) e) ultrapassar a tolerância máxima de até 10 (dez)
UFIRCEs. (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro minutos, além do horário marcado, para a chegada do veí-
de 2009) culo no ponto inicial da linha; (Redação dada pela Lei nº
II - a transportadora, através de dirigente, gerente, em- 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
pregado, preposto, contratado ou qualquer que atue em seu f) não pagar ao passageiro alimentação, pousada e
nome, alternativamente: (Redação dada pela Lei nº 14.288, de transporte até o destino da viagem, quando houver inter-
06 de janeiro de 2009) rupção de viagem, por um período superior a 3 (três) horas,
a) efetuar reabastecimento e manutenção em locais caso em que a multa será cobrada por cada passageiro;
inadequados ou com passageiros a bordo; (Redação dada
(Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
b) atrasar ou adiantar horário de viagem sem motivo jus- g) não apresentar semestralmente ao poder conceden-
te relação dos veículos componentes de sua frota e de-
to; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
claração de que os referidos veículos estão em perfeitas
c) não diligenciar para manutenção da ordem e para a
limpeza do veículo; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 condições de segurança, conforto e uso para operar, no
de janeiro de 2009) caso de transportadora prestadora de Serviço Regular de
d) recusar-se a devolver o troco, aplicando-se, neste Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros; (Re-
caso, um auto de infração por cada valor de tarifa alterado, dação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
sem prejuízo do cumprimento da obrigação de entrega do h) permitir o transporte de passageiros sem a emis-
troco devido; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de ja- são do bilhete de passagem, no caso de transportadora
neiro de 2009) prestadora de Serviço Regular de Transporte Rodoviário
e) transportar passageiros excedentes sem autorização Intermunicipal de Passageiros, aplicando-se um auto de
do poder concedente, sendo neste caso, a multa cobrada com infração por cada passageiro embarcado sem o respecti-
relação a cada passageiro excedente; (Redação dada pela Lei vo bilhete, salvo na hipótese dos serviços metropolitanos;
nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
f) deixar de fazer constar nos locais adequados do veí- i) efetuar a venda de passagens em locais não per-
culo as legendas obrigatórias, internas ou externas; (Redação mitidos ou fora dos prazos estabelecidos, nos termos dos
dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) arts. 46 e 47 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de
g) deixar de garantir o espaço adequado no bagageiro 06 de janeiro de 2009)
para transporte da bagagem a que tem direito os passagei- j) permitir o embarque de passageiros nas localida-
ros, utilizando, no todo ou em parte, o espaço existente para des dotadas de terminais rodoviários, sem o respectivo bi-
finalidade diversa; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de lhete de passagem, no caso de transportadora prestadora
janeiro de 2009) de Serviço Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal
h) transportar encomendas e bagagens, conduzidas de Passageiros, aplicando-se um auto de infração por cada
no bagageiro, sem a respectiva emissão de documento fiscal passageiro embarcado, salvo na hipótese dos serviços me-
apropriado ou talão de bagagem; (Redação dada pela Lei nº tropolitanos; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de
14.288, de 06 de janeiro de 2009) janeiro de 2009)
i) afixar material publicitário ou inserir inscrições nos l) não apresentar letreiro indicativo na parte externa
veículos, com violação ao disposto nos arts. 37 e 57, § 4º, des-
dos veículos utilizados em Serviço de Transporte Rodoviá-
ta Lei, conforme a espécie de serviço prestado. (Redação dada
rio Intermunicipal de Passageiros por Fretamento, nos ter-
pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
mos da regulamentação desta Lei. (Redação dada pela Lei
Pena - Multa correspondente ao valor de 80 (oitenta)
UFIRCEs. (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
de 2009) Pena - Multa correspondente ao valor de 170 (cento e
III - a transportadora, através de dirigente, gerente, em- setenta) UFIRCEs. (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06
pregado, preposto, contratado ou qualquer que atue em seu de janeiro de 2009)
nome, alternativamente: (Redação dada pela Lei nº 14.288, de IV - a transportadora, através de dirigente, gerente,
06 de janeiro de 2009) empregado, preposto, contratado ou qualquer que atue
a) não observar as características fixadas para o veículo em seu nome, alternativamente: (Redação dada pela Lei nº
pelas normas legais, regulamentares e pactuadas; (Redação 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) a) alterar o itinerário ou interromper a viagem, sem
b) retardar a entrega de informações ou documentos motivo justificado e sem comunicar o fato ao poder conce-
exigidos pelo poder concedente; (Redação dada pela Lei nº dente; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro
14.288, de 06 de janeiro de 2009) de 2009)

148
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

b) não renovar os documentos necessários para o s) colocar ou manter o veículo em movimento com
registro da transportadora, conforme estabelecidos na re- as portas abertas, colocando em risco a segurança de pas-
gulamentação desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.288, sageiro; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro
de 06 de janeiro de 2009) de 2009)
c) não preservar a inviolabilidade dos instrumentos t) recusar informação ou a exibição de documenta-
registradores de velocidade e tempo; (Redação dada pela ção requisitada pelo poder concedente, sem prejuízo da
Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) obrigação de prestar as informações e de exibir os docu-
d) mantiver em serviço motoristas, cobradores, fis- mentos requisitados; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de
cais ou despachantes não cadastrados junto ao poder con- 06 de janeiro de 2009)
cedente; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro u) resistir, dificultar ou impedir a fiscalização por par-
de 2009) te do poder concedente; (Redação dada pela Lei nº 14.288,
e) deixar de adotar ou retardar as providências rela- de 06 de janeiro de 2009)
tivas ao transporte de passageiros, no caso de interrupção v) circular com veículos da frota sem estar devida-
da viagem; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de ja- mente registrados no poder concedente; (Redação dada
neiro de 2009) pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
f) dirigir o veículo colocando em risco a segurança x) não enviar ao poder concedente, no prazo de 5 (cin-
ou em prejuízo do conforto dos usuários; (Redação dada co) dias úteis, a cópia do contrato, nos casos de serviço de
pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) fretamento contínuo, conforme definido na regulamenta-
g) ingerir bebida alcoólica nas 12 (doze) horas ante- ção desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de
cedentes ao início de sua jornada até o seu término; (Re- janeiro de 2009)
dação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) z) operar o serviço de transporte rodoviário intermuni-
h) não recolher o veículo à respectiva garagem ou cipal de passageiros sem regular concessão, permissão ou
utilizá-lo, quando ocorrerem indícios de defeitos mecâni- autorização do Poder Concedente. (Acrescido pela Lei nº
cos, que possam por em risco a segurança dos usuários; 14.719, de 26 de maio de 2010)
(Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
Pena - Multa correspondente ao valor de 340 (trezen-
i) não prestar socorro aos usuários feridos, em caso tas e quarenta) UFIRCEs. (Redação dada pela Lei nº 14.288,
de acidente; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de
de 06 de janeiro de 2009)
janeiro de 2009)
j) não colocar outro veículo após notificação do po- Art. 71. As multas serão aplicadas em dobro, quando
der concedente no ponto inicial da linha; (Redação dada
houver reincidência da mesma infração, no período de até
pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
90 (noventa) dias.
l) retirar o “Selo de Registro” afixado no pára-brisa
Parágrafo único. A reincidência será computada:
dianteiro, pelo poder concedente; (Redação dada pela Lei
nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) I - no Serviço Regular de Transporte Rodoviário de
m) não substituir os veículos que tiverem seus regis- Passageiros prestado por ônibus, tomando-se por base
tros cancelados; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de ocorrência em cada linha, por evento;
janeiro de 2009) II - no Serviço Regular de Transporte Rodoviário de
n) operar veículo sem o dispositivo de controle de Passageiro prestado por veículo utilitário de passageiros,
número de passageiros ou com catracas violadas, no caso tomando-se por base ocorrência por cada veículo, por
dos transportes metropolitanos, e, em qualquer caso, sem evento;
o equipamento registrador instantâneo inalterável de velo- III - no Serviço de Transporte Rodoviário de Passa-
cidade e tempo, conforme estabelecido nesta Lei para cada geiros por Fretamento, tomando-se por base ocorrência
espécie de serviço; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 relativa a cada empresa, por evento.
de janeiro de 2009)
o) não portar a devida Autorização, no caso de via- SEÇÃO III
gem relativa a Serviço de Transporte Rodoviário Intermuni- Da Retenção do Veículo
cipal de Passageiros por Fretamento; (Redação dada pela
Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) Art. 72. Sem prejuízo da aplicação de multa ou de
p) colocar em tráfego veículo sem cobrador para outra sanção cabível, a penalidade de retenção de veícu-
atender ao serviço, salvo nos casos autorizados pelo poder lo será aplicada, independentemente de a transportadora
concedente; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de ou pessoa física ou jurídica infratora encontrar-se, ou não,
janeiro de 2009) operando serviço mediante regular concessão, permissão
q) suspender total ou parcialmente o serviço sem au- ou autorização do Poder Concedente, quando:
torização do poder concedente, aplicando-se um auto de I - o veículo não oferecer condições de segurança,
infração por cada horário desatendido; (Redação dada pela conforto e higiene, ou não apresentar especificações esta-
Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) belecidas em normas legais e regulamentares pertinentes;
r) operar veículo com vazamento de combustível ou II - o veículo transportar cargas perigosas sem o de-
lubrificantes; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de vido acondicionamento e autorização do Poder Conceden-
janeiro de 2009) te ou dos órgãos ou entidades competentes;

149
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

III - o motorista apresentar sinais de embriaguez; III - local, data e horário da infração;
IV - o equipamento registrador de velocidade e tem- IV - descrição sumária da infração cometida e disposi-
po estiver adulterado ou sem funcionamento; tivo legal violado;
V - o veículo não estiver cadastrado junto ao Poder V - assinatura do infrator ou de preposto ou, sendo o
Concedente. caso, declaração de recusa firmada pelo fiscal;
§ 1º Em se tratando das hipóteses previstas nos incisos VI - matrícula e assinatura do fiscal que a lavrou.
I, II e III, deste artigo, a retenção será feita de imediato, § 2º Será garantido ao indiciado oportunidade de de-
sendo o veículo retido no local onde for constatada a irre- fesa, conforme prazos e disposições estabelecidos na regu-
gularidade, devendo a transportadora providenciar a subs- lamentação desta Lei e em normas expedidas pela Agência
tituição por veículo padrão em condições adequadas de Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Estado do
operação. Ceará - ARCE.
§ 2º Ocorrendo as hipóteses previstas nos incisos IV e § 3º Não efetuado o pagamento da multa aplicada, no
V, o veículo poderá ser retido de imediato ou poderá ser prazo devido, nem interposto recurso em tempo hábil, a
determinada sua retenção após o fim da viagem, a critério mesma será inscrita na dívida ativa, para ser cobrada por via
do agente fiscalizador competente. judicial, sem prejuízo da aplicação de outras penalidades ca-
§ 3º O veículo retido será recolhido à garagem da trans- bíveis.
portadora, quando possível, ou a local indicado pelo órgão
ou entidade responsável pela fiscalização, sendo liberado CAPÍTULO XI
somente quando comprovada a correção da irregularida- DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
de que motivou a retenção, sem prejuízo da aplicação das
penalidades cabíveis. Art. 76. A transportadora que explorar Serviço Regular
de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros em
SEÇÃO IV sua modalidade convencional, não poderá explorar, em li-
Da Apreensão do Veículo nhas com itinerário idêntico, o serviço em suas modalidades
executivo ou leito, valendo esta vedação para qualquer das
Art. 73. A penalidade de apreensão do veículo será modalidades exploradas com relação às demais.
aplicada sem prejuízo da multa cabível, quando a trans- Parágrafo único. Fica assegurado às transportadoras
portadora ou qualquer pessoa física ou jurídica estiver que já exploram duas ou mais modalidades diferentes de
operando o serviço sem regular concessão, permissão ou Serviço Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
autorização do Poder Concedente. (Redação dada pela Lei Passageiros, sejam elas convencional, executivo ou leito, em
nº 14.719, de 26 de maio de 2010) linhas com itinerários idênticos, o direito de continuar a pres-
Parágrafo único. O veículo apreendido será recolhi- tar os serviços até findar o prazo máximo estipulado no art.
do a local determinado pelo Poder Concedente, e somente 43 da Lei Estadual no 12.788, de 30 de dezembro de 1997.
será liberado mediante a apresentação da guia de recolhi-
mento comprovando o pagamento das multas exigíveis e Art. 77. Na concessão do Serviço Regular de Transpor-
das despesas decorrentes da apreensão, sendo o tempo de te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, Interurbano ou
custódia definido em função das circunstâncias da infração Metropolitano, o edital da licitação especificará, durante o
e obedecendo aos critérios abaixo: (Redação dada pela Lei respectivo prazo, dados estimados de receita operacional, fi-
nº 14.719, de 26 de maio de 2010) cando a participação de cada concessionária limitada ao per-
I - de 1 (um) a 10 (dez) dias, quando se tratar da pri- centual máximo correspondente a 40% (quarenta por cento)
meira apreensão no prazo de 12 (doze) meses; (Acrescido da referida receita em cada sistema. (Redação dada pela Lei
pela Lei nº 14.719, de 26 de maio de 2010) nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
I- de 11 (onze) a 30 (trinta) dias, quando de reincidência § 1º É vedada, na concessão do Serviço Regular Interur-
na infração no prazo de 12 (doze) meses. (Acrescido pela bano de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passagei-
Lei nº 14.719, de 26 de maio de 2010) ros, a participação da mesma concessionária em mais de 3
(três) áreas de operação, mesmo que o percentual de receita
CAPÍTULO X não ultrapasse o percentual máximo previsto no caput deste
DA FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO DE MULTA artigo. (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de
2009)
Art. 74. O procedimento para aplicação das penalida- § 2º O limite estipulado no caput deste artigo será ob-
des de multa terá início mediante a lavratura de Termo de servado durante todo o período da concessão, ressalvada,
Abertura de processo administrativo ou de Auto de Infra- apenas, a hipótese de crescimento da receita decorrente do
ção, por servidor público incumbido das atividades de fis- incremento de demanda na área contratada. (Acrescido pela
calização dos Serviços de Transporte Rodoviário Intermuni- Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
cipal de Passageiros.
§ 1º O Auto de Infração será lavrado em 03 (três) vias Art. 78. As transportadoras atuantes nos Serviços de
de igual teor e conterá: Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do
I - nome do infrator; Estado do Ceará são obrigadas a contratar, para seus veí-
II - número de ordem do auto de infração, identifi- culos cadastrados junto ao Poder Concedente, seguro de
cação do veículo e da linha; responsabilidade civil por acidente de que resulte morte

150
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

ou danos pessoais ou materiais, em favor da tripulação do


veículo, dos passageiros, de pedestres e de terceiros, nos 3.2. DECRETO ESTADUAL Nº 29.687/2009
valores mínimos fixados em regulamento desta Lei. (DOE DE 24/03/2009, ALTERADO PELO
Parágrafo único. As atuais permissionárias que te- DECRETO ESTADUAL Nº 31.658/2014 (DOE DE
nham seguro de acidente pessoal terão o prazo máximo de
31/12/2014).
6(seis) meses, a contar da publicação desta Lei, para cum-
prir o disposto no caput deste artigo.

Art. 79. Será mantido pelo Poder Concedente um ca- O Decreto n° 29.687, de 18 de março de 2009, apro-
dastro atualizado de cada transportadora, devendo qual- vou o regulamento dos serviços de transporte rodoviário
quer alteração de seus contratos, estatutos sociais ou re- intermunicipal de passageiros estadual. As regras elabora-
gistro de firma individual ser prontamente comunicado, das estão em consonância com os contratos de concessão
sob pena de caducidade da concessão ou cancelamento firmados no âmbito do processo de concorrência pública
da permissão ou autorização. nº 002/2009/DETRAN/2009.
O decreto dispõe ainda que é atribuição da ARCE,
Art. 80. O desempenho operacional das transpor- Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do
tadoras será quantificado e qualificado através do Índice Estado do Ceará, proceder a revisão ordinária das tarifas
de Desempenho Operacional – IDO, que visa o acompa- referentes aos Serviços Regulares de Transporte Rodoviário
nhamento de forma direta e continuada das condições de Intermunicipal de Passageiros
prestação do serviço. Desse modo, compete ao Estado do Ceará regular,
§ 1º O Índice de Desempenho Operacional calculado explorar, organizar, dirigir, coordenar, executar, delegar e
pelo Poder Concedente terá sua metodologia, critérios de controlar a prestação de serviços públicos relativos ao Sis-
pontuação e avaliação estabelecidos no Decreto que regu- tema de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passagei-
lamentar esta Lei. ros e aos Terminais Rodoviários de Passageiros. O artigo 3
§ 2º Será decretada pelo Poder Concedente a caduci- trata das definições dos serviços de transporte rodoviário
dade da concessão ou a revogação da permissão daquelas intermunicipal de passageiros, especificando-as.
concessionárias e permissionárias que não atingirem os ín- O valor das tarifas é estabelecido por meio da defini-
dices mínimos de aprovação no período considerado. ção do coeficiente tarifário, definido, no artigo 3º Decreto
Estadual nº 29.687/2009, como a “constante representativa
Art. 81. A transferência de concessão ou permissão, do custo operacional do serviço, calculada por quilômetro,
ou do controle societário da concessionária, ou alteração por passageiro, observando-se a manutenção do equilíbrio
da composição societária ou equivalente da permissioná- econômico-financeiro da delegação”.
ria, sem prévia anuência do poder concedente, implicará Por fim, serão respeitados, até a finalização de seus
a caducidade da concessão e cancelamento da permissão. prazos, os termos de permissão e contratos de concessão
(Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) celebrados antes da publicação do Decreto 29.687.
Parágrafo único. Para fins de obtenção da anuência
de que trata o caput deste artigo o pretendente deverá : Decreto Estadual Nº 29.687/2009
I - atender às exigências de capacidade técnica,
idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal neces- Norma Estadual - Ceará
sárias à assunção do serviço, inclusive no que se refere ao Publicado no DOE em 24 mar 2009
limite máximo de participação no Serviço Regular de Trans-
porte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros; e, (Reda- Aprova o Regulamento dos Serviços de Transporte Ro-
ção dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) doviário Intermunicipal de Passageiros do Estado do Ceará
II - comprometer-se a cumprir todas as cláusulas do e dá outras providências.
contrato em vigor. O Governador do Estado do Ceará, no uso das atribui-
ções que lhe confere o Art. 88, incisos IV e VI, da Constitui-
Art. 82. O Poder Executivo no prazo de 30 (trinta) dias ção Estadual, e
regulamentará esta Lei através de Decreto.
Considerando os termos da Lei Estadual nº 13.094 ,
Art. 83. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publi- de 12 de janeiro de 2001, com as alteraçoes determinadas
cação, revogadas as disposições em contrário. pela Lei nº 14.288 de 06 de janeiro de 2009, que dispõem
sobre o Sistema de Transporte Rodoviário Intermunicipal
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em de Passageiros do Estado do Ceará e a conveniência de
Fortaleza, aos 12 de janeiro de 2001. regulamentá-las;

Tasso Ribeiro Jereissati


GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ

151
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Decreta: VIII - Concessão de Serviço: a delegação de sua presta-


ção, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na mo-
TÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES, DE- dalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de
FINIÇÕES E CLASSIFICAÇÕES empresas, cooperativa ou consórcio de cooperativas que de-
CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES monstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e
risco e por prazo determinado; (Redação dada ao inciso pelo
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento dos Serviços de Decreto nº 31.658, de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Es- IX - Concorrência ruinosa: exploração do serviço de
tado do Ceará, nos termos deste Decreto. transporte de passageiros por linha regular sem observância
Parágrafo único. O Sistema de Transporte Rodoviário das normas deste regulamento;
Intermunicipal de Passageiros do Estado do Ceará reger- X - CRAJUBAR: Denominação dada à conurbação dos
se-á por este Regulamento e demais normas legais, regu- Municípios de Barbalha, Crato, Juazeiro do Norte e Missão
lamentares e pactuadas pertinentes, em especial pelas Lei Velha;
Federal nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, Lei Estadual XI - Demanda: volume de passageiros por itinerário con-
nº 12.788, de 30 de dezembro de 1997 e Lei Estadual nº siderado;
13.094 , de 12 de janeiro de 2001, bem como as respectivas XII - Frequência: número estabelecido de viagens por
alterações. unidade de tempo ou período fixado;
XIII - Frota Operante: Aquela constituída pelo número de
Art. 2º Compete ao Estado do Ceará regular, explorar, veículos suficiente para a operação do serviço;
organizar, dirigir, coordenar, executar, delegar e controlar XIV - Frota Reserva: Número de veículos necessários para
a prestação de serviços públicos relativos ao Sistema de a eventual substituição da frota operante;
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e aos XV - Frota Total: Correspondente à soma da Frota Ope-
Terminais Rodoviários de Passageiros, conforme o disposto rante e da Frota Reserva;
no art. 303 da Constituição Estadual. XVI - Horário: momento de partida, trânsito e chegada,
determinado pelo poder concedente;
CAPÍTULO II - DAS DEFINIÇÕES XVII - Horário antecipado: partida do veículo antes do
horário determinado;
Art. 3º Serão consideradas, para efeito deste Regula- XVIII - Horário extra: horário permitido pelo poder con-
mento, as seguintes definições: cedente, quando do aumento eventual da demanda;
I - Área Espelho: área de operação, com as mesmas XIX - Índice de aproveitamento: relação entre o passa-
características operacionais e delimitação geográfica de geiro equivalente e o número de lugares oferecidos;
outra área de operação anteriormente definida, criada pelo XX - Índice de Desempenho Operacional - IDO: índice
Estado do Ceará com o objetivo de promover maior com- que traduz o acompanhamento de forma direta e continuada
petição no mercado, respeitado o equilíbrio econômico- das condições de prestação do serviço;
financeiro das delegações. XXI - Intervalo de horário: resguardo de tempo entre os
II - Áreas de operação são espaços geográficos forma- horários de partidas ordinárias das linhas de cada transporta-
dos pelos territórios dos municípios por afinidades viárias, dora ao longo das secções realizadas;
sob influência de um ou mais municípios pólos socioeco- XXII - Itinerário: trajeto entre os pontos terminais de uma
nômicos, e instituídos pelo Estado do Ceará. linha previamente estabelecido pelo poder concedente e de-
III - Atraso de horário: finido pelas vias e localidades atendidas;
a) no regime de freqüência: a partida de veículo reali- XXIII - Linha: ligação entre municípios por itinerário e
zada fora do horário programado correspondente ao índi- secções preestabelecidos;
ce acima de 10% dos horários programados durante o dia XXIV - Linha alimentadora: linha regular que tem como
em cada linha. característica principal a alimentação de uma ou mais linhas
b) no regime de horário: partida do veículo entre 10 de maior relação passageiro transportado por quilometra-
(dez) a 30 (trinta) minutos, após o horário estabelecido; gem percorrida;
IV - Autorização: ato unilateral pelo qual o Estado do XXV - Linha diametral: linha regular que liga localidades,
Ceará, através do órgão ou entidade competente, discri- passando pelo Município de Fortaleza;
cionariamente, faculta o exercício de atividade, em caráter XXVI - Linha Espelho: linha regular, com as mesmas ca-
precário; racterísticas operacionais de outra anteriormente definida,
V - Bagageiro: compartimento destinado exclusiva- criada pelo Estado do Ceará com o objetivo de promover
mente ao transporte de volumes ou bagagens, com acesso maior competição no mercado, respeitado o equilíbrio eco-
pela parte externa do veículo; nômico-financeiro das delegações.
VI - Bilhete de passagem: documento que comprova o XXVII - Linha experimental: linha regular em cujo serviço
contrato de transporte entre a transportadora e o usuário é definido para ser explorado por um período determinado,
do serviço; para verificação de sua viabilidade;
VII - Coeficiente tarifário: constante representativa do XXVIII - Linha integrada: linha regular que possui meca-
custo operacional do serviço, calculada por quilômetro, nismos físico-operacionais e/ou tarifários que permitem a
por passageiro, observando-se a manutenção do equilíbrio transferência dos seus usuários para outra linha, indepen-
econômico-financeiro da delegação. dentemente da espécie de transporte;

152
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

XXIX - Linha isolada: Linha regular cuja delegação se dá XLVII - Permissão de serviço: a delegação, mediante
individual e isoladamente; licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo po-
XXX - Linha radial: linha regular que liga determinada der concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre
localidade do Estado do Ceará ao Município de Fortaleza; capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
XXXI - Linha regional: linha regular que liga localidades XLVIII - Pessoal de Operação: compõe-se de motorista,
do Estado do Ceará, sem passar pelo Município de Forta- cobrador, fiscal e despachante;
leza; XLIX - Poder Concedente: Estado do Ceará, atuando di-
XXXII - Linha regular: linha utilizada na prestação de retamente ou através de entidade ou órgão da Administra-
serviço regular de transporte rodoviário intermunicipal de ção Estadual direta ou indireta a quem este delegar com-
passageiro, com características operacionais definidas pelo petência originária sua relativa ao Sistema de Transporte
Poder Concedente; Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e aos terminais
XXXIII - Linha social: linha regular que funciona com rodoviários de passageiros, inclusive no tocante ao exercí-
características específicas que exigem que o custo opera- cio de fiscalização e regulação de tais serviços;
cional seja coberto por receita oriunda de fontes diversas; L - Ponto de apoio: local destinado à prestação de ser-
XXXIV - Lotação: número máximo permitido de passa- viço de manutenção, socorro e troca de tripulação, instala-
geiros por veículo; do ao longo do itinerário;
XXXV - Microônibus: veículo automotor de transporte LI - Ponto de escala: local previamente estabelecido
coletivo e capacidade de até 20 (vinte) passageiros; para o descanso e alimentação de passageiros e tripulan-
XXXVI - Miniônibus: veículo automotor de transporte tes;
coletivo com corredor central, capacidade superior a 20 LII - Ponto de parada: local determinado para embar-
(vinte) e até 28 (vinte e oito) passageiros, e demais carac- que e desembarque de passageiros, ao longo do itinerário;
terísticas especificadas pelo poder concedente; (Redação LIII - Porta-volume: bagageiro dentro do ônibus, desti-
dada ao inciso pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE nado ao transporte de pequenos volumes;
CE de 31.12.2014) LIV - Reforço de horário: aumento de horários em uma
XXXVII - Omissão de viagem: viagem não realizada ou linha, autorizado pelo poder concedente, devido a um
acréscimo da demanda, ocorrido após a criação da linha,
quando a partida do veículo tiver atraso superior a 100%
entre secções;
(cem por cento) do intervalo de tempo para o regime de
LV - Regime de freqüência: número de viagens de um
freqüência, ou após 30 (trinta) minutos do horário estabe-
linha com intervalos de, no máximo, 30 (trinta) minutos,
lecido para o regime de horário;
entre si;
XXXVIII - Ônibus urbano/metropolitano: veículo auto-
LVI - Reajuste do valor da tarifa: é a correção do valor
motor de transporte coletivo de passageiros que apresen-
da tarifa à variação regular dos custos, realizado uma única
te, no mínimo, duas portas e saídas de emergência, com
vez em cada período de um ano;
mecanismo embarcado de controle de demanda, além das LVII - Regime de horário: número de viagens de uma
condições exigidas pelo Código de Trânsito Brasileiro e de- linha com mais de 30 (trinta) minutos de intervalo, entre si;
mais normas pertinentes; LVIII - Revisão extraordinária da tarifa: é a revisão da ta-
XXXIX - Ônibus interurbano: veículo automotor de rifa em caso de evento excepcional, posterior, imprevisível
transporte coletivo de passageiros que apresente saídas de ou de conseqüência imprevisível, desde que devidamente
emergência, e uma única porta de entrada e saída, além comprovado o desequilíbrio econômico-financeiro do con-
das condições exigidas pelo Código de Trânsito Brasileiro e trato, considerando todas as fontes de receita;
demais normas pertinentes; LIX - Revisão ordinária da tarifa: é a revisão da tarifa,
XL - Operação coexplorada: serviço operado por con- após os dois primeiros reajustes anuais concedidos, em
cessionários ou permissionários de lotes distintos, na mes- decorrência de ganhos de produtividade, inovações tec-
ma linha; nológicas ou outros fatores que repercutam na fixação da
XLI - Operação compartilhada: serviço operado por mesma;
concessionários ou permissionários utilizando veículos de LX - Secção ou Seccionamento: trecho de linha regular
tipos distintos em uma mesma linha; em que é autorizado o fracionamento da tarifa;
XLII - Ordem de serviço: documento emitido pelo DE- LXI - Serviço adequado: Serviço prestado conforme pa-
TRAN/CE para início de operação dos serviços outorgados; drões de conforto, segurança, pontualidade, regularidade e
XLIII - Padrão técnico: conjunto de índices e parâme- com tarifa acessível à população, determinados pelo Poder
tros fixados pelo poder concedente utilizados para avaliar Concedente;
operacionalmente cada linha; LXII - Sistema de Transporte Rodoviário Intermunicipal
XLIV - Partida ordinária: saída do veículo no horário de Passageiros: conjunto de todos os serviços de transpor-
preestabelecido; te rodoviário intermunicipal de passageiros e os Terminais
XLV - Passageiro-equivalente: cálculo efetuado com Rodoviários, nas diversas espécies previstas neste Regula-
base na relação entre a receita e a tarifa integral de deter- mento, prestados no âmbito do Estado do Ceará;
minada linha; LXIII - Sub-área de operação: espaços geográficos den-
XLVI - Percurso: distância percorrida entre o ponto ini- tro dos limites de uma área de operação formados pelos
cial e o ponto terminal de uma linha regular por um itine- territórios dos municípios por afinidades viárias, e instituí-
rário previamente estabelecido; dos pelo Estado do Ceará.

153
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

LXIV - Tarifa: contraprestação paga pelo usuário pela o especificado nos Editais de Licitação que devem estabe-
utilização de serviço de transporte rodoviário intermunici- lecer sua área de abrangência, ligações e seccionamentos
pal de passageiros; permitidos; (Redação dada à alínea pelo Decreto nº 31.658 , de
LXV - Tempo de viagem: tempo de duração total da 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
viagem, computando-se os tempos de paradas; b) Serviço Regular Interurbano Executivo: serviço regular
LXVI - Transportadora: pessoa física, pessoa jurídica ou interurbano prestado com um número reduzido de paradas,
consórcio de empresas que preste Serviço de Transporte passageiros somente sentados e realizado com ônibus com
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, mediante con- ar-condicionado, poltronas reclináveis com encosto de pernas
cessão, permissão ou autorização, conforme estabelecido e banheiro com sanitário;
neste Regulamento e nas demais normas legais, regula- c) Serviço Regular Interurbano Leito: serviço regular inte-
mentares e pactuadas pertinentes;
rurbano prestado com um número reduzido de paradas, e rea-
LXVII - Transporte clandestino: exploração do serviço
lizado com ônibus dotado de poltrona reclinável tipo leito com
de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros
sem outorga do poder concedente ou sem observância encosto de pernas, ar condicionado e banheiro com sanitário;
deste regulamento; d) Serviço Regular Metropolitano Convencional: transpor-
LXVIII - Terminal: ponto inicial ou final de uma linha; te de passageiros com características urbanas realizado entre
LXIX - Terminal Rodoviário: equipamento destinado municípios do Estado do Ceará, de acordo com o especificado
ao embarque e desembarque de passageiros dotado de nos Editais de Licitação que devem estabelecer sua área de
infraestrutura e serviços adequados para segurança e con- abrangência, ligações e seccionamentos permitidos; (Redação
forto dos usuários; dada à alínea pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE
LXX - Tripulação: compõe-se de motorista e cobra- de 31.12.2014)
dor, excetuados os casos previstos neste Regulamento nos e) Serviço Regular Metropolitano Executivo: serviço regu-
quais inexiste a obrigatoriedade de cobrador; lar metropolitano realizado com ônibus com ar-condicionado,
LXXI - Veículo de transporte de passageiros: ônibus número reduzido de paradas e passageiros somente sentados;
urbano e interurbano, miniônibus, microônibus e veículos f) Serviço Regular Interurbano Complementar: transporte
utilitários utilizados no transporte de passageiros, nos ter- de passageiros com características rodoviárias realizado entre
mos deste Regulamento; municípios do Estado do Ceará, de acordo com o especificado
LXXII - Veículo utilitário misto: veículo automotor des- nos Editais de Licitação que devem estabelecer sua área de
tinado ao transporte simultâneo de carga e passageiro, e abrangência, ligações e seccionamentos permitidos, e realiza-
demais características especificadas pelo poder conceden-
do com Miniônibus, Microônibus, Veículo Utilitário de Passa-
te; (Redação dada ao inciso pelo Decreto nº 31.658 , de
geiro - VUP ou Veículo Utilitário Misto - VUM, com caracterís-
30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
LXXIII - Veículo padrão: veículo que atenda os requisi- ticas fixadas pelo poder concedente; (Redação dada à alínea
tos e especificações estabelecidos no edital e contrato de pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
concessão ou termo de permissão, bem como nas demais g) Serviço Regular Metropolitano Complementar: trans-
normas legais, regulamentares e pactuadas pertinentes; porte de passageiros com características urbanas realizado
LXXIV - Veículo utilitário de passageiro: veículo auto- entre municípios do Estado do Ceará, de acordo com o es-
motor de transporte coletivo, com ou sem corredor cen- pecificado nos Editais de Licitação que devem estabelecer sua
tral, capacidade mínima de 07 (sete) passageiros sentados área de abrangência, ligações e seccionamentos permitidos,
e máxima de 19 (dezenove) passageiros sentados, mais a e realizado com Miniônibus, Microônibus, Veículo Utilitário
tripulação, e demais características especificadas pelo po- de Passageiro - VUP ou Veículo Utilitário Misto - VUM, com
der concedente; (Redação dada ao inciso pelo Decreto nº características fixadas pelo poder concedente; (Redação dada
31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014) à alínea pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de
LXXV - Viagem: deslocamento de um veículo ao longo 31.12.2014)
do itinerário, entre dois pontos terminais; II - Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
LXXVI - Viagem completa: deslocamento de um veí- Passageiros por Fretamento: transporte de pessoas sem as ca-
culo ao longo de um itinerário, com retorno ao ponto de racterísticas do serviço regular, mediante o aluguel global do
origem; veículo, podendo ser contínuo ou eventual.
LXXVII - Viagem-expressa: viagem realizada sem pon-
tos de parada ao longo do itinerário.
TÍTULO II - DOS SERVIÇOS REGULARES DE TRANS-
CAPÍTULO III - DA CLASSIFICAÇÃO PORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS
CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA
Art. 4º Os Serviços de Transporte Rodoviário Intermu-
nicipal de Passageiros são divididos nos seguintes gêneros: Art. 5º A prestação dos serviços regulares de transporte
I - Serviços Regulares de Transporte Rodoviário Inter- rodoviário intermunicipal de passageiros poderá ser organi-
municipal de Passageiros, divididos nas seguintes espécies: zada por linhas isoladas ou por áreas de operação, segundo
a) Serviço Regular Interurbano Convencional: transpor- discricionariedade técnica do poder público que garanta a efi-
te de passageiros com características rodoviárias realiza- ciência, a qualidade dos serviços e modicidade das tarifas.
do entre municípios do Estado do Ceará, de acordo com

154
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 6º As linhas isoladas terão suas características de- § 1º Se o respectivo serviço estiver organizado por
finidas pelo poder concedente, inclusive no concernente a áreas de operação, a nova linha criada é considerada par-
itinerário, seccionamentos, extensão e horários das viagens. te integrante das áreas e sub-áreas e será explorada pelos
Parágrafo único. O poder público poderá estabelecer respectivos delegatários dos serviços nas mesmas condições
operação coexplorada para uma linha mediante a criação pactuadas e fixadas no certame licitatório em que se sagra-
de linhas espelhos com características similares à original. ram vencedores.
§ 2º Se o respectivo serviço estiver organizado por linhas
Art. 7º As áreas de operação concentrarão linhas com isoladas, a delegação da nova linha dependerá de prévia lici-
quantidade, especificações e itinerários definidos por ato tação na modalidade de concorrência.
do Poder Público, que, em seu conjunto, deverão atender
a todas as necessidades de cada região, podendo o Poder Art. 11. O processo de estudo de criação de linha regular
Público adequá-las, a qualquer momento, mediante cria- poderá ser iniciado a critério do poder concedente ou a pedi-
ção, extinção e modificação das linhas, para melhor aten- do dos interessados no qual constará os seguintes elementos:
der o interesse público. I - Dados gerais sobre o desenvolvimento sócio-eco-
§ 1º A criação, a extinção e a modificação das linhas nômico da região que se pretende servir e informações que
levarão em conta as necessidades e características específi- permitam aquilatar a conveniência do serviço e da influência
cas da respectiva área de operação. deste sobre os meios de transportes existentes;
§ 2º Quando as linhas criadas, extintas ou modificadas II - Vias a serem utilizadas, com croquis e distâncias;
afetarem mais de uma área de operação, serão considera- III - Estimativa de atendimento, quanto a horário e fre-
das as características de todas as envolvidas. qüência;
§ 3º É possível o poder público estabelecer coexplora- IV - Viabilidade de exploração econômica;
ção dentro de uma mesma área de operação mediante a V - Consideração do mercado de outros serviços já em
criação, concomitante ou posterior, de sub-áreas de ope- execução, outorgados pelo poder concedente, ou nos li-
ração em quantidade e com características definidas pelo mites das respectivas competências, por órgão federal ou
poder público. municipal.
Parágrafo único. O poder concedente poderá adicionar
novos critérios técnicos para a criação de linha regular.
Art. 8º As áreas de operação do serviço regular com-
plementar de transporte de passageiros só possuirão
Art. 12. O processo de estudo de extinção de linha regular
linhas radiais que não superarem a extensão de 165 Km a
poderá ser iniciado a critério do poder concedente ou a pedi-
partir do Município de Fortaleza.
do da transportadora.
§ 1º As linhas radiais do Serviço Regular Complementar
Parágrafo único. O pedido da transportadora relativo à
de Transporte de Passageiros serão divididas em 4 (quatro)
extinção de linha regular deverá conter os seguintes elemen-
áreas de operação, com pólos nos Municípios de Aracati,
tos:
Itapipoca, Baturité e Quixadá, contemplando os seguintes I - Estudo global da demanda;
eixos, partindo de Fortaleza para: Itapipoca, Aracati - CE II - Verificação da real necessidade da população;
040, Aracati - BR 116, Beberibe, Cascavel, Morada Nova, III - Avaliação econômico-financeira da exploração do
Russas, Canoa Quebrada, Fortim, Redenção, Guaramiranga serviço.
- CE 060, Guaramiranga - CE 065, Baturité, Aratuba, Quixa-
dá, Tejuçuoca, Itapipoca, Paracuru, Paraipaba, Trairi, Urubu- Art. 13. Antes da efetiva criação da nova linha regular,
retama, Pentecoste, Apuiarés, General Sampaio, Caponga, poderá haver a implementação de linha experimental, com
Barreira - CE 060, Barreira - BR 116, Caio Prado/Itapiuna, as mesmas características da que se pretende criar, durante
Capistrano, Aratuba/Mulungu, Choro Limão, Ibaretama, prazo fixado pelo poder concedente, que não poderá ser su-
Ocara, Ibicuitinga, Itapajé. perior a 180 dias, para que se verifique os dados concernentes
§ 2º Os seccionamentos das viagens radiais realizadas à demanda, necessidade da população e viabilidade econô-
nos pólos descritos no parágrafo anterior deverão respei- mico-financeira.
tar a divisão das espécies de serviços complementares, não
podendo haver superposição da operação dos serviços CAPÍTULO III - DAS MODIFICAÇÕES DE LINHAS RE-
metropolitano e interurbano. GULARES
Seção I - Das Disposições Gerais
Art. 9º A tecnologia veicular para exploração das linhas
será fixada por ato do poder concedente. Art. 14. O poder concedente poderá, a seu critério ou a
requerimento de interessados, proceder modificações em li-
CAPÍTULO II - DA CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE LI- nhas regulares, antecedidas de estudo para analisar a viabili-
NHAS REGULARES dade das mesmas, referentes a:
I - Prolongamento;
Art. 10. Poderão ser criadas novas linhas regulares ou II - Alteração de itinerário;
extintas as existentes a critério do poder concedente, visan- III - Inclusão ou exclusão de seccionamento;
do à satisfação do interesse público e observadas a oportu- IV - Horários;
nidade e a conveniência da implantação dos serviços. V - Encurtamento.

155
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Parágrafo único. É vedado às transportadoras em dé- Seção IV - Da Inclusão ou Exclusão de Seccionamento


bito para com o poder concedente, referente a tributos,
multas, cadastros, remuneração de serviço, entrega da re- Art. 18. A inclusão de seccionamento em linha regular
lação dos veículos componentes de sua frota ou da decla- poderá ser autorizada, a critério do poder concedente, quan-
ração de que os mesmos estão em perfeitas condições de do existir demanda justificável entre localidades que serão
segurança, conforto e uso para operar, proporem qualquer exploradas pelo operador da área ou linha isolada onde es-
alteração nos serviços, até que seja efetuado o devido pa- tão inseridos.
gamento ou adimplemento da obrigação, sem prejuízo das § 1º A autorização de seccionamento entre localidades
demais cominações legais. situadas dentro das Regiões Metropolitanas é exclusiva às
linhas metropolitanas. (Antigo parágrafo único renomeado
Art. 15. Para os casos de operação compartilhada ou e com redação dada pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014,
coo explorada, a modificação de linha regular será co- DOE CE de 31.12.2014)
municada aos órgãos representativos das transportado- § 2º No caso de criação ou modificação de Regiões Me-
ras. (Redação dada ao caput pelo Decreto nº 31.658, de tropolitanas e, mediante características operacionais específi-
30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014) cas, o Poder Concedente poderá criar seccionamentos, aten-
§ 1º Os interessados terão um prazo de 10 (dez) dias, didos o interesse público e o equilíbrio econômico financeiro
contados da data da comunicação da modificação da linha dos contratos administrativos celebrados. (Parágrafo acres-
regular aos órgãos representativos da categoria das trans- centado pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de
portadoras, para se manifestarem sobre a mesma. 31.12.2014)
§ 2º As manifestações apresentadas fora do prazo pre-
visto no parágrafo anterior não serão apreciadas pelo po- Art. 19. A exclusão de secção poderá ocorrer, a critério do
der concedente. poder concedente, quando a mesma se apresentar inviável,
§ 3º Diante das manifestações dos interessados, o po- desde que preservado o atendimento de eventual demanda
der concedente poderá, a seu critério, rever as modifica- remanescente.
ções previstas.
Seção V - Dos Horários
Seção II - Do Prolongamento de Linha Regular
Art. 20. Os horários das viagens referentes às linhas re-
gulares serão fixados pelo poder concedente em função da
Art. 16. Linha regular poderá ser prolongada pela
demanda de transporte e características de cada linha, obje-
transferência de um dos seus pontos terminais, a critério
tivando a satisfação do usuário.
do poder concedente, observando os estudos técnicos e
§ 1º Horário extra poderá ser autorizado pelo poder con-
de demanda.
cedente, em caso de acréscimo eventual de demanda. (Anti-
Parágrafo único. O prolongamento das linhas regula-
go parágrafo único renomeado pelo Decreto nº 31.658 , de
res não poderá alcançar área de operação distinta da ori-
30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
ginária, nem linha isolada já existente, salvo na hipótese de § 2º Horário experimental poderá ser autorizado pelo
operações coexploradas ou compartilhadas. poder concedente, por um prazo de até 90 (noventa) dias,
de forma a avaliar a conveniência de fixá-lo no quadro or-
Seção III - Da Alteração de Itinerário dinário. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto nº 31.658 , de
30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
Art. 17. O poder concedente poderá alterar itinerário § 3º Reforço de horário poderá ser autorizado pelo poder
da linha regular, a seu critério, nas seguintes hipóteses: concedente, de forma a atender especificamente a acrésci-
I - Quando o itinerário se mostrar impraticável, impe- mo de demanda entre seções de linhas. (Parágrafo acres-
dindo o tráfego de veículos; centado pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de
II - Quando implantada nova estrada ou trecho me- 31.12.2014)
lhorado;
III - Para prestação de um serviço mais eficiente. Art. 21. Constatada a necessidade de aumento de horá-
§ 1º Ocorrendo impraticabilidade de itinerário, a trans- rios na linha regular, a transportadora será consultada para
portadora, enquanto não se verificar o restabelecimento do que, no prazo de 05 (cinco) dias, se manifeste sobre o inte-
mesmo, executará o serviço por outras vias, comunicando resse de executar o novo horário.
o fato, dentro de 48 (quarenta e oito) horas ao poder con- § 1º Em caso de resposta positiva da transportadora
cedente que poderá estabelecer novo trajeto provisório. em executar os serviços de que trata o presente artigo, esta
§ 2º A alteração de itinerário decorrente da implanta- terá um prazo de 08 (oito) dias para iniciar a nova opera-
ção de nova via ou trecho melhorado, será autorizada, a ção, sendo este prazo ampliado para 90 (noventa) dias se o
critério do poder concedente, de ofício ou a requerimento acréscimo de horário acarretar necessidade de elevação da
de interessado, quando proporcionar atendimento mais frota, ressalvada a falta de veículo no mercado, devidamente
econômico e confortável ao usuário, preservado eventual comprovada.
atendimento da demanda remanescente. § 2º Não havendo resposta por parte da transportadora,
ou sendo esta intempestiva ou negativa, o poder concedente
poderá declarar a caducidade da concessão ou permissão.

156
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Seção VI - Do Encurtamento de Linha Regular § 4º As execuções dos serviços regulares de transpor-


te rodoviário intermunicipal de passageiros, realizadas em
Art. 22. O poder concedente, atendendo as peculiari- linhas radiais, diametrais e regionais, organizadas por áreas
dades dos serviços e objetivando racionalizar e reduzir os de operação ou por linhas isoladas, quando operadas por
custos operacionais, poderá autorizar, a seu critério, de ônibus, serão outorgadas mediante concessão, e quando
ofício ou a requerimento da transportadora interessada, o operadas por miniônibus, microônibus, veículos utilitários de
encurtamento de linha regular. passageiros e veículo utilitário misto, serão outorgadas por
permissão, observado o disposto no Art. 2º da Lei 15.494 , de
CAPÍTULO IV - DO REGIME DE EXPLORAÇÃO DOS 27 de dezembro de 2013. (Redação dada ao parágrafo pelo
SERVIÇOS REGULARES DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS § 5º A concessão outorgada tornará lícita para o con-
Seção I - Das Disposições Gerais cessionário a exploração do serviço na respectiva área de
operação ou na específica linha isolada, nas espécies leito,
Art. 23. Compete ao Estado do Ceará explorar direta- executivo e convencional, nos moldes previstos no edital de
mente ou mediante concessão ou permissão os Serviços licitação.
Regulares de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Pas- § 6º No caso de delegação de área espelho ou sub-área
sageiros, no âmbito de sua competência sempre através de de operação, o serviço será coexplorado entre o delegatário
licitação, nos termos deste Regulamento, da Lei Federal nº da área e o da área espelho ou subárea de operação.
8.987/1995, da Lei estadual nº 13.094 , de 12 de janeiro de § 7º É vedada a delegação de uma área espelho ou de uma
2001, e suas alterações, e demais normas legais e regula- subárea para o mesmo delegatário da respectiva área de ope-
mentares pertinentes. ração, assim como é proibida a delegação de uma linha espe-
§ 1º Caberá ao DETRAN/CE e à Agência Reguladora de lho para o mesmo delegatário da linha correspondente.
Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE
fiscalizar o cumprimento da Lei estadual nº 13.094 , de 12 Art. 25. Na exploração dos Serviços Regulares de Trans-
de janeiro de 2001, e suas alterações. porte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, mediante
concessão ou permissão, observar-se-ão três princípios bá-
§ 2º As concessões e permissões de Serviços Regula-
sicos:
res de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros
I - Ausência de exclusividade na exploração do serviço;
sujeitar-se-ão à gestão e fiscalização pelo DETRAN/CE, nos
II - Liberdade de escolha do usuário;
termos das normas legais, regulamentares e pactuadas,
III - Competitividade.
com a cooperação dos usuários.
§ 1º A efetivação dos três princípios está subordinada às
§ 3º (Revogado pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014,
possibilidades fáticas e jurídicas do sistema.
DOE CE de 31.12.2014)
§ 2º As modificações das situações fáticas e jurídicas,
§ 4º (Revogado pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, especialmente no que concerne à demanda e à viabilidade
DOE CE de 31.12.2014) econômica, que permitam a efetivação dos três princípios
obrigarão o poder público a estabelecer as medidas cabíveis
Art. 24. O objeto da delegação do serviço, mediante para tanto, mediante a criação de áreas espelhos, subáreas,
concessão ou permissão, dependerá da forma de organi- linhas espelhos ou outra forma de operação coexplorada/
zação escolhida, dando-se da seguinte maneira: compartilhada.
I - em sendo organizado por área de operação, consis-
tirá na transferência, nos termos do edital, das atividades Seção II - Da Licitação e Contratos
da espécie de serviço inerentes à respectiva área, ficando
o delegatário responsável por prestálos segundo linhas, iti- Art. 26. O julgamento da licitação para concessão ou
nerários, seccionamentos, horários e demais especificações permissão dos Serviços Regulares de Transporte Rodoviário
fixadas pelo Poder Concedente. Intermunicipal de Passageiros observará um dos seguintes
II - em sendo organizado por linhas isoladas, consistirá critérios:
na transferência, nos termos do edital, das atividades ine- I - o menor valor da tarifa do serviço público a ser pres-
rentes à específica linha. tado;
§ 1º O edital disciplinará o número de delegatários das II - a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder
áreas de operações ou das linhas isoladas, o número míni- concedente pela outorga;
mo de veículos a serem empregados por cada um e crité- III - a combinação dos critérios referidos nos incisos I e
rios de desempate. II deste artigo;
§ 2º Respeitado o número mínimo fixado no edital de IV - melhor proposta técnica, com preço fixado no edital;
licitação, poderá o poder concedente alterar o número de V - melhor proposta em razão da combinação de pro-
veículos a serem empregados na prestação de serviço, ten- postas técnica e de oferta de pagamento pela outorga;
do como base a relação demanda X oferta por ele aferida, VI - melhor oferta de pagamento pela outorga após qua-
objetivando sempre a satisfação do usuário e a segurança lificação de propostas técnicas;
de tráfego. VII - melhor proposta em razão da combinação dos
§ 3º As linhas regulares são classificadas em radiais, re- critérios do menor valor da tarifa de serviço público a ser
gionais e diametrais. prestado com o de melhor técnica;

157
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 1º A aplicação do critério previsto no inciso III só será VI - Na concessão ou permissão, prazos máximos de
admitida quando previamente estabelecida no edital de li- amortização para veículos, estoque de peças de reposição
citação, inclusive com regras e fórmulas precisas para ava- (estoque do almoxarifado), dos equipamentos e instalações;
liação econômico-financeira. VII - Relação de bens reversíveis ao término da conces-
§ 2º O poder concedente recusará propostas manifes- são ou permissão, se for o caso, ainda não amortizados, me-
tamente inexequíveis ou financeiramente incompatíveis diante justa indenização;
com os objetivos da licitação. VIII - Critério de indenização, em caso de encampação;
§ 3º Para fins de aplicação do disposto nos incisos IV, V, § 1º Este Regulamento será parte integrante do edital de
VI e VII deste artigo, o edital de licitação conterá parâme- licitação de Serviço Regular de Transporte Rodoviário Inter-
tros e exigências para a formulação de propostas técnicas. municipal de Passageiros e do respectivo contrato ou termo
§ 4º O edital poderá prever a inversão da ordem das de permissão.
fases de habilitação e julgamento, hipótese em que: § 2º Além dos requisitos estabelecidos neste Regula-
I - encerrada a fase de classificação das propostas ou mento, o edital de licitação de Serviço Regular de Transpor-
oferecimento de lances, será aberto o invólucro com os do- te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e o respectivo
cumentos de habilitação do licitante mais bem classificado contrato de concessão ou termo de permissão obedecerão
para verificação do atendimento das condições fixadas no aos requisitos constantes na Lei Federal nº 8.666/1993 e al-
edital; terações, na Lei Federal nº 8.987/1995, na Lei Estadual nº
II - verificado o atendimento das exigências do edital, o 12.788/1997, na Lei Estadual nº 13.094 , de 12 de janeiro de
licitante será declarado vencedor; 2001, com suas respectivas alterações, e nas demais normas
III - inabilitado o licitante melhor classificado serão legais e regulamentares pertinentes.
analisados os documento habilitatórios do licitante com a
proposta classificada em segundo lugar, e assim sucessiva- Art. 30. Na qualificação técnica exigida da transporta-
mente, até que um licitante classificado atenda às condi- dora licitante, além do estabelecido na Lei de Licitações e
ções fixadas no edital; Contratos nº 8.666/1993, exigir-se-á:
IV - proclamado o resultado final do certame, o objeto I - A comprovação da disponibilidade da frota para
será adjudicado ao vencedor nas condições técnicas e eco- atender ao serviço licitado, que poderá ser feita mediante
nômicas por ele ofertadas. comprovantes de propriedade ou arrendamento mercantil,
devendo os veículos encontrarem-se disponibilizados no
Art. 27. A concessão será outorgada pelo prazo má- prazo fixado no edital, o qual deverá ser no máximo de 90
ximo de 10 (dez) anos, podendo ser prorrogada, por uma (noventa) dias após o recebimento da Ordem de Serviço,
única vez, por até igual período, a critério exclusivo do po- e não podendo tais veículos estarem comprometidos com
der concedente, desde que haja interesse público, anuên- outros serviços à época da prestação do serviço objeto da
cia da concessionária na prorrogação do contrato e na licitação, obedecido o prazo acima e o disposto no art. 31 da
continuidade da prestação do serviço, bem como o aten- Lei nº 13.094 , de 12 de janeiro de 2001, e suas alterações;
dimento do resultado do índice de que trata o art. 80 da II - Termo de compromisso de disponibilidade da fro-
Lei nº 13.094 , de 12 de janeiro de 2001, e suas alterações. ta, no caso de impossibilidade de apresentação imediata da
comprovação prevista no inciso anterior, respeitado o prazo
Art. 28. A permissão poderá ser outorgada por prazo nele previsto;
máximo de 6 (seis) anos, podendo ser prorrogada, por uma III - Prova de que possui, ou compromisso de disponi-
única vez, por até igual período, a critério exclusivo do po- bilizar, imóvel destinado à instalação de garagem para dar
der concedente, desde que haja interesse público, atendi- suporte à execução do contrato pelo período da prestação
mento do resultado do índice de que trata o art. 80 da Lei dos serviços, exceto para veículos utilitários;
nº 13.094 , de 12 de janeiro de 2001, e suas alterações, e IV - Atestado de Capacidade técnica expedida por órgão
anuência do permissionário na prorrogação do termo de Público ou Privado, que ateste haver a licitante prestado ser-
permissão e na continuidade da prestação do serviço. viço de transporte rodoviário de passageiros.

Art. 29. O edital de licitação para concessão ou per- Art. 31. Para assinatura do contrato de concessão ou ter-
missão conterá as condições e as características do serviço, mo de permissão, a licitante deverá apresentar, dentre ou-
especificando: tros exigidos no respectivo edital, os seguintes documentos,
I - Linha, itinerário, características do veículo, horários no prazo máximo de 90 (noventa) dias:
e freqüências, extensão, pontos de parada, além de even- I - Comprovação de cursos de capacitação do pessoal
tuais seccionamentos e restrições de trechos; de operação necessários para o cadastramento da tripula-
II - Frota mínima necessária à execução do serviço e ção, conforme disposto no Art. 82, § 1º, inciso V, deste Re-
respectiva renovação, bem como a frota reserva, observa- gulamento;
do o disposto no art. 67, deste Regulamento; II - Apólice de seguro de responsabilidade civil, com va-
III - Vigência da concessão ou permissão, sua natureza lor determinado no edital;
e a possibilidade de renovação; III - Certidão de inexistência de débito para com a Fa-
IV - Valor da outorga da concessão ou permissão e zenda Pública do Estado do Ceará, Fazenda Pública Nacio-
sua forma de pagamento; nal e Previdência Social e FGTS, bem como demais certi-
V - Forma de reajuste da tarifa; dões exigidas no Edital.

158
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 1º Em caso de não cumprimento do prazo estabele- Art. 35. Após transcorrido o prazo para alegações fi-
cido no “caput” deste artigo, o poder concedente poderá nais, com ou sem a apresentação destas, serão os autos con-
outorgar a concessão ou permissão à classificada imedia- clusos para o interventor para decidir a respeito da questão.
tamente posterior. § 1º Os elementos probatórios deverão ser considera-
§ 2º Todas as minutas de editais e contratos de con- dos na motivação do relatório e da decisão.
cessão ou termos de permissão relativos a outorga de Ser- § 2º Da decisão do interventor caberá recurso escrito no
viço Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal de prazo de dez dias para o Governador do Estado.
Passageiros deverão ser obrigatoriamente encaminhados à
ARCE, para exame e homologação prévias, caso esta não Art. 36. Os casos omissos serão supridos pelo interven-
tenha sido responsável pela elaboração das mesmas. tor.

Seção III - Da Intervenção Art. 37. Não haverá nulidade sem prejuízo.

Art. 32. O Poder Concedente poderá intervir na con- Art. 38. O processo administrativo a que se refere esta
cessão ou permissão, com o fim de assegurar a adequação secção deverá ser concluído no prazo de até 180 (cento e
na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das oitenta) dias, sob pena de considerar-se sem validade a in-
normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes. tervenção, salvo se o atraso decorrer de comportamento do
Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do delegatário.
Poder Concedente, que conterá a designação do interven-
tor, o prazo da intervenção, além dos objetivos e limites da Art. 39. Cessada a intervenção, se não for extinta a con-
medida. cessão ou permissão, a administração do serviço será de-
volvida à transportadora, precedida de prestação de contas
Art. 33. Declarada a intervenção, o Poder Conceden- pelo interventor, que responderá pelos atos praticados na
te deverá, no prazo de 30 (trinta) dias, instaurar processo sua gestão.
administrativo para comprovar as causas determinantes da
medida e apurar responsabilidades, assegurado o direito
Seção IV - Da Extinção da Concessão ou permissão
de ampla defesa.
§ 1º Será dado o prazo de 15 dias, contados da data
Art. 40. Extingue-se a concessão ou a permissão, por:
de recebimento da intimação, para que o delegatário apre-
I - Advento do termo contratual ou do termo de per-
sente defesa escrita ao interventor, que será o presidente
missão;
do feito.
II - Encampação;
§ 2º A intimação pode ser efetuada por ciência no pro-
III - Caducidade;
cesso, por via postal, por telegrama, fac-símile ou outro
meio que assegure a certeza da ciência do interessado, IV - Rescisão;
inclusive e-mail ou verbalmente por funcionário indicado V - Anulação;
pelo interventor, que certificará o ato. VI - Falência ou extinção da transportadora, e falecimen-
§ 3º O comparecimento do delegatário, independente- to ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual.
mente de intimação existente ou válida, supre sua falta ou § 1º Extinta a concessão ou permissão, retornam ao po-
irregularidade. der todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transfe-
ridos a transportadora conforme previsto no edital e esta-
Art. 34. As provas de interesse do delegatário deverão belecido em contrato de concessão ou termo de permissão.
acompanhar a defesa escrita, só podendo ser produzidas § 2º Extinta a concessão ou permissão, haverá a imediata
posteriormente caso demonstre sua impossibilidade mate- assunção do serviço pelo Poder Concedente, procedendo-se
rial de produzi-las nesse momento adequado. aos levantamentos, avaliações e liquidações necessários.
§ 1º Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha § 3º A assunção do serviço autoriza a ocupação das ins-
alegado. talações e a utilização, pelo Poder Concedente, de todos os
§ 2º O interventor poderá determinar de ofício a pro- bens reversíveis.
dução de provas adicionais. § 4º Nos casos previstos nos incisos I e II deste artigo, o
§ 3º Caso julgue necessário, o interventor poderá no- poder púbico, antecipando-se à extinção da concessão ou
mear perito para prestar auxílio mediante parecer ou laudo permissão, procederá aos levantamentos, avaliações neces-
em matéria de ordem técnica, sendo garantido ao dele- sárias à determinação do montante da indenização que será
gatário o direito de indicação de assistente que também devida à transportadora, na forma do art. 41 deste Regula-
poderá emitir parecer ou laudo. mento.
§ 4º Sendo produzida prova adicional, será aberta a
oportunidade para o delegatário apresentar alegações fi- Art. 41. A reversão no advento do termo contratual ou
nais sobre as mesmas no prazo de cinco dias, contados da do termo de permissão far-se-á com a indenização das par-
data da intimação. celas dos investimentos vinculados a bens reversíveis ainda
§ 5º São inadmissíveis no processo administrativo as não amortizados ou depreciados, que tenham sido realiza-
provas obtidas por meios ilícitos, assim como todas as que dos com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade
dela derivarem. do serviço concedido ou permitido.

159
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Parágrafo único. Em caso de reversão, esta se dará au- Art. 44. O contrato de concessão ou termo de permis-
tomaticamente com relação aos bens já amortizados ou são poderá ser rescindido por iniciativa da transportadora,
depreciados. no caso de descumprimento das normas contratuais pelo
Poder Concedente, mediante ação judicial especialmente
Art. 42. Considera-se encampação a retomada do ser- intentada para esse fim.
viço pelo poder concedente durante o prazo de concessão Parágrafo único. Na hipótese prevista no “caput” deste
ou permissão, por motivo de interesse público, mediante artigo, os serviços prestados pela transportadora não po-
lei autorizativa específica e após prévio pagamento da in- derão ser interrompidos ou paralisados, até decisão judicial
denização, na forma do artigo anterior. transitada em julgado.

Art. 43. A inexecução total ou parcial da avença acar- Art. 45. A anulação da licitação tornará sem efeito o
retará, a critério do Poder Concedente, a declaração de respectivo contrato de concessão ou termo de permissão.
caducidade da concessão ou permissão ou a aplicação de
sanções, nos termos deste Regulamento e demais normas Art. 46. Não poderá habilitar-se à nova concessão ou
legais, regulamentares e pactuadas. permissão a transportadora que tiver seu contrato de con-
§ 1º A caducidade da concessão ou da permissão po- cessão ou termo de permissão rescindido, pelo período de
derá ser declarada pelo Poder Concedente quando: 02 (dois) anos, a partir da data do trânsito em julgado da
I - O serviço estiver sendo prestado de forma inade- decisão judicial a que se refere o parágrafo único do art.
quada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, 44, deste Regulamento.
indicadores e parâmetros definidores da qualidade do ser-
viço, inclusive o Índice de Desempenho Operacional - IDO; Art. 47. Para exploração do Serviço Regular de Trans-
II - A transportadora descumprir cláusulas pactuadas porte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros através de
ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão ou permissão, a transportadora prestará garan-
concessão ou permissão; tia, podendo optar por uma das modalidades previstas no
III - A transportadora paralisar o serviço ou concorrer art. 56 da Lei nº 8.666/1993 , no valor de até 5% (cinco
para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso por cento) do contrato, atualizado nas mesmas condições
fortuito ou força maior; daquele.
IV - A transportadora perder as condições econômicas, § 1º A extinção da concessão ou permissão, por infra-
técnicas ou operacionais para manter a adequada presta- ção a norma legal, regular ou pactuada implica na perda
ção do serviço concedido ou permitido; da garantia pela concessionária ou permissionária, em fa-
V - A transportadora não cumprir as penalidades im- vor do poder concedente.
postas por infrações, nos devidos prazos; § 2º Em caso de extinção da concessão ou permissão
VI - A transportadora não atender a intimação do po-
que não resultou em aplicação de penalidade, a garantia
der concedente no sentido de regularizar a prestação do
será liberada ou restituída em favor da concessionária ou
serviço;
permissionária.
VII - A transportadora for condenada em sentença
transitada em julgado por sonegação de tributos, inclusive
Art. 48. A prestação da garantia resguardará a exe-
contribuições sociais;
cução do serviço e pagamento de multas e/ou débitos,
VIII - A transportadora não efetuar o pagamento do
quando não forem recolhidos no devido tempo.
repasse de regulação.
§ 2º A declaração da caducidade da concessão ou da
permissão deverá ser precedida da verificação da inadim- Art. 49. Sempre que for deduzida a garantia ou parte
plência da transportadora em processo administrativo, as- dela, no exercício do direito que trata o artigo anterior, a
segurado o direito de ampla defesa. concessionária ou permissionária fica obrigada a proceder
§ 3º Não será instaurado processo administrativo de a sua recomposição no prazo de 10 (dez) dias a contar do
inadimplência antes de comunicados à transportadora de- recebimento da notificação, sob pena de caducidade da
talhadamente os descumprimentos contratuais referidos concessão ou permissão.
no parágrafo primeiro deste artigo, dando-lhe um prazo
para corrigir as falhas e transgressões apontadas e para Seção V - Do Registro de Transportadora
efetuar as alterações devidas.
§ 4º Instaurado o processo administrativo e compro- Art. 50. Os Serviços Regulares de Transporte Rodo-
vada a inadimplência, a caducidade será declarada por de- viário Intermunicipal de Passageiros serão executados
creto do Poder Concedente, independentemente de inde- somente por transportadoras registradas junto ao poder
nização prévia. concedente.
§ 5º Declarada a caducidade, não resultará para o Po- Parágrafo único. As transportadoras concessionárias e
der Concedente qualquer espécie de responsabilidade em permissionárias serão automaticamente registradas junto
relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos ao poder concedente, por ocasião da assinatura do con-
com terceiros ou com empregados da transportadora. trato de concessão ou termo de permissão.

160
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 51. O registro cadastral deverá ser atualizado IX - Efetuar o reabastecimento e manutenção em locais
anualmente, no mês de agosto, sob pena de caducidade apropriados, e sem passageiros a bordo;
da concessão ou permissão. X - Não operar com veículo que esteja derramando
§ 1º Na atualização do registro cadastral, a transporta- combustível ou lubrificantes na via pública e terminais ro-
dora apresentará os seguintes documentos: doviários ou com ameaça de apresentar defeito;
I - Certidão negativa de falência e recuperação judicial XI - Tomar as providências necessárias com relação
expedida pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou a empregado ou preposto que, comprovadamente, não
de execução patrimonial, expedida no domicílio da pessoa atenda satisfatoriamente aos usuários e à fiscalização do
física, quando pessoa jurídica organizada sob as regras do poder concedente.
direito empresarial;
II - Balanço Patrimonial e demonstrações contábeis do Art. 53. A transportadora deverá apresentar mensal-
último exercício social; mente quadro demonstrativo do movimento de passagei-
III - Certidão de inexistência de débito pecuniário junto ros, na forma regulamentada pelo poder concedente.
ao DETRAN/CE e ARCE;
IV - Apólice de seguro de responsabilidade civil. Art. 54. Os prepostos, empregados, contratados das
§ 2º Trimestralmente a transportadora apresentará ao transportadoras, ou qualquer que atue em seu nome, de-
poder concedente a apólice de seguro de responsabilidade verão:
civil, mediante a apresentação dos recibos de quitação. I - Conduzir-se com atenção e urbanidade para com os
usuários do serviço e representantes do Poder Concedente
Seção VI - Dos Encargos da Transportadora no exercício de suas funções;
II - Apresentar-se em serviço corretamente uniformiza-
Art. 52. Sem prejuízo dos encargos previstos em nor- dos e identificados com o respectivo crachá;
mas legais, regulamentares, editalícias e pactuadas perti- III - Prestar aos usuários, quando solicitados, as infor-
nentes, a transportadora prestadora de Serviço Regular de mações necessárias, principalmente sobre itinerários, tem-
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros deve- po de percurso, pontos de parada, distâncias e preços das
rá: passagens;
I - Prestar serviço adequado, na forma prevista em IV - Cumprir as normas legais, regulamentares e pac-
normas legais, regulamentares e pactuadas, e em especial tuadas relativas à execução dos serviços.
neste Regulamento, nas ordens de serviço e no respectivo Parágrafo único. É vedado o transporte do pessoal da
contrato e termo; transportadora quando em serviço, incluindo a tripulação,
II - Submeter-se à gestão e fiscalização do poder con- sem o respectivo crachá.
cedente, exercida diretamente ou pelas entidades da ad-
ministração indireta competentes, facilitando-lhes a ação e Art. 55. Sem prejuízo do cumprimento dos encargos
cumprindo as suas determinações, especialmente no cor- e deveres previstos nas normas legais, regulamentares e
reto fornecimento e atendimento de informações, dados, pactuadas pertinentes, o motorista da transportadora é
planilhas de custo, fontes de receitas principal, alternativa, obrigado a:
acessória, complementar ou global, documentos e outros I - Dirigir o veículo, de modo a não prejudicar a segu-
elementos, sempre na forma e periodicidade requisitados; rança e conforto dos usuários;
III - Manter as características fixadas pelo poder con- II - Não movimentar o veículo, sem que as portas este-
cedente para o veículo, segundo a categoria do serviço em jam totalmente fechadas;
execução, nos termos das normas legais, regulamentares e III - Manter uma velocidade compatível com a situação
pactuadas pertinentes; das vias, respeitando os limites fixados pela legislação de
IV - Preservar a inviolabilidade dos instrumentos con- trânsito;
tadores de passageiros, equipamento registrador instantâ- IV - Diligenciar para o fiel cumprimento dos horários e
neo inalterável de velocidade e tempo e outros instrumen- freqüências estabelecidos;
tos, conforme exigidos em normas legais e regulamentares; V - Não fumar no interior do veículo;
V - Apresentar seus veículos para início de operação VI - Não ingerir bebidas alcoólicas ou quaisquer outras
em condições de segurança, conforto e higiene, bem como substâncias entorpecentes;
atender as especificações, normas e padrões técnicos esta- VII - Não se afastar do veículo no ponto de parada,
belecidos pelas normas legais, regulamentares e pactuadas orientando o embarque e o desembarque de passageiros;
pertinentes; VIII - Prestar à fiscalização do Poder Concedente, exer-
VI - Manter somente em serviço os motoristas, cobra- cida diretamente ou através de órgãos e entidades delega-
dores, fiscais e despachantes cadastrados junto ao poder das, os esclarecimentos que lhe forem solicitados;
concedente; IX - Exibir à fiscalização do poder concedente, exerci-
VII - Preencher as guias e formulários referentes a da- da diretamente ou através dos órgãos e entidades, quando
dos operacionais, cumprindo prazos e normas fixadas pelo solicitado, ou entregar, contra recibo, os documentos do
poder concedente; veículo, o mapa de viagem e outros que forem exigíveis;
VIII - Tomar imediatas providências para prossegui- X - Não conversar, enquanto estiver na condução do
mento da viagem quando de sua interrupção; veículo;

161
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

XI - Atender aos sinais de parada em locais permitidos Art. 58. O usuário dos Serviços Regulares de Transporte
e somente neles; Rodoviário Intermunicipal de Passageiros terá recusado o
XII - Observar, rigorosamente, o esquema de operação embarque ou determinado o seu desembarque, em local
dos corredores e faixas exclusivas para ônibus; seguro e adequado, quando:
XIII - Diligenciar na obtenção de transporte para usuá- I - Não se identificar, quando exigido;
rios, em caso de avaria e interrupção da viagem; II - Encontrar-se em estado de embriaguez;
XIV - Desviar o veículo para o acostamento nas calça- III - Encontrar-se em trajes manifestamente impró-
das e/ou rodovias, fora dos casos permitidos, para embar- prios ou ofensivos a moral pública;
que e desembarque de passageiros; IV - Portar arma de fogo ou de qualquer natureza, sal-
XV - Recolher o veículo à respectiva garagem, quando vo legalmente autorizado;
ocorrerem indícios de defeitos mecânicos, que possam por V - Pretender transportar, como bagagem, produtos
em risco a segurança e conforto dos usuários; que, pelas suas características, sejam considerados perigo-
XVI - Prestar socorro aos usuários feridos, em caso de sos ou representem riscos para os demais passageiros, nos
acidente. termos da legislação específica sobre Transporte Rodoviá-
§ 1º O veículo prestador de Serviço de Transporte Ro- rio de Cargas Perigosas;
doviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento VI - Conduzir animais domésticos ou selvagens, quan-
será excluído da frota da empresa autorizada em caso de do não devidamente acondicionados, em desacordo com
concorrência com Serviço Regular de Transporte Rodoviá- as disposições legais e regulamentares próprias;
rio Intermunicipal de Passageiros existente, quando hou- VII - Conduzir objetos de dimensões e acondiciona-
ver reincidência. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto nº mentos incompatíveis com o porta-volume;
31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014) VIII - Incorrer em comportamento incivil;
§ 2º A autorização a que se refere o caput deste ar- IX - Comprometer a segurança, o conforto e a tranqui-
tigo poderá ser cassada a critério do Poder Concedente, lidade dos demais passageiros;
em caso de reiterada concorrência com Serviço Regular de X - Usar aparelhos sonoros durante a viagem, salvo
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros exis-
com utilização de fones de ouvidos e desde que não per-
tente. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto nº 31.658 , de
tube outros passageiros;
30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
XI - Fumar no interior do veículo.
Art. 56. Os demais componentes da equipe de opera-
Seção VII - Dos Direitos dos Usuários
ção do veículo deverão:
I - Auxiliar o embarque e desembarque de passageiros,
Art. 59. Sem prejuízo dos direitos previstos em normas
especialmente crianças, senhoras, pessoas idosas e neces-
legais, regulamentares e pactuadas pertinentes, são direi-
sidades especiais sendo que, no caso de serviço regular de
transporte de passageiros metropolitano, tal exigência só tos dos usuários:
será devida nos terminais; I - Ser transportado em condições de segurança, higie-
II - Procurar dirimir as pendências ou dúvidas referen- ne e conforto, do início ao término da viagem;
tes a bagagens, passagens e outras que possam surgir na II - Ter assegurado seu lugar no veículo, nas condições
relação entre passageiro e transportadora; fixadas no bilhete de passagem;
III - Diligenciar para manutenção da ordem e para a III - Ser atendido com urbanidade, pelos dirigentes,
limpeza do veículo; prepostos e empregados da transportadora e pelos agen-
IV - Colaborar com o motorista em tudo que diga res- tes dos órgãos e entidades responsáveis pela fiscalização
peito à regularidade da viagem, especialmente à comodi- por parte do poder concedente;
dade e à segurança dos passageiros; IV - Ser auxiliado no embarque e desembarque pelos
V - Não fumar no interior do veículo; prepostos da transportadora, em especial quando tratar-
VI - Não ingerir bebidas alcoólicas ou quaisquer outras se de crianças, senhoras, pessoas idosas ou com dificulda-
substâncias entorpecentes; de de locomoção;
VII - Diligenciar junto a transportadora, no sentido de V - Receber informações sobre as características dos
evitar insuficiência de moeda fracionária para o troco cor- serviços, tais como, tempo de viagem, localidades atendi-
reto. das e outras de seu interesse;
VI - Ter sua bagagem transportada no bagageiro e
Art. 57. A transportadora manterá em seus veículos um porta-volume, observado o disposto no art. 96 deste Re-
livro de ocorrência, em local visível, rubricado e numerado gulamento e demais normas legais e regulamentares;
em suas folhas pela fiscalização do poder concedente, à VII - Receber os comprovantes dos volumes transpor-
disposição dos usuários para consignarem suas sugestões tados no bagageiro;
ou reclamações, e do pessoal de operação para registrar as VIII - Pagar a tarifa correta fixada para o serviço utiliza-
ocorrências da viagem. do, bem como receber eventual troco em dinheiro.
Parágrafo único. No caso de serviço regular de trans-
porte de passageiros metropolitano, a exigência de que
trata o caput só será devida nos terminais.

162
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

CAPÍTULO V - DA OPERAÇÃO DOS SERVIÇOS RE- Art. 65. Os horários serão fixados em função da de-
GULARES DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNI- manda de passageiros e características de cada linha, obje-
CIPAL DE PASSAGEIROS tivando a satisfação do usuário, a segurança de tráfego e a
Seção I - Das Viagens rentabilidade das viagens, evitadas sempre que possível, as
superposições de horários.
Art. 60. As viagens serão executadas de acordo com o
padrão técnico-operacional estabelecido pelo poder con- Seção II - Dos Veículos
cedente, pelo Edital de licitação e pelo contrato de conces-
são ou termo de permissão com relação às classificações Art. 66. Na prestação dos Serviços Regulares de Trans-
de serviços, observados os horários, ponto inicial e final, porte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros serão utili-
itinerários, pontos de parada e os seccionamentos deter- zados os seguintes tipos de veículos, observadas as carac-
minados. terísticas de cada espécie dos serviços:
I - Ônibus interurbano convencional;
Art. 61. Fica estabelecida uma tolerância máxima de 10 II - Ônibus interurbano executivo;
III - Ônibus interurbano leito;
(dez) minutos, além do horário marcado, para a chegada
IV - Ônibus metropolitano convencional;
do veículo no ponto inicial da linha.
V - Ônibus metropolitano executivo;
§ 1º Decorrido o prazo fixado neste artigo, o poder
VI - Microônibus;
concedente notificará a transportadora para a colocação VII - Veículo utilitário de passageiros-VUP;
de outro veículo, no prazo máximo de 30 (trinta) minutos. VIII - Veículo utilitário misto-VUM;
§ 2º Caso a transportadora não adote a providência re- IX - Miniônibus.
ferida no parágrafo anterior, o poder concedente poderá Parágrafo único. As dimensões, lotação e característi-
requisitar um veículo de outra transportadora para a reali- cas internas e externas dos veículos utilizados na prestação
zação da viagem. dos serviços Regulares de Transporte Rodoviário Intermu-
§ 3º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo ante- nicipal de Passageiros obedecerão as normas e especifica-
rior, o poder concedente notificará a transportadora faltosa ções técnicas que determinam os padrões dos respectivos
para, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, efetuar o pa- serviços a serem prestados pelos mesmos, nos termos das
gamento à transportadora requisitada, no valor presumido normas legais, regulamentares e pactuadas pertinentes.
para a viagem completa, obedecendo os coeficientes tari-
fários e a taxa de ocupação constante da planilha tarifária Art. 67. A frota de cada transportadora deverá ser com-
em vigor. posta de veículos, em número suficiente para prestação do
serviço, conforme fixado no respectivo edital de licitação,
Art. 62. Os pontos terminais de parada e de escala só mais a frota reserva equivalente ao mínimo de 10% (dez
poderão ser utilizados pelas transportadoras após devida- por cento) e máximo de 20% (vinte por cento) da frota ope-
mente homologados pelo poder concedente. racional.
Parágrafo único. O poder concedente somente homo-
logará terminais rodoviários, pontos de parada e pontos de Art. 68. Deverá o poder concedente realizar constante
escala compatíveis com o seu movimento e que apresen- ação fiscalizadora sobre as condições dos veículos, poden-
tem padrões adequados de operacionalidade, segurança, do, em qualquer tempo e independentemente da vistoria
higiene e conforto. ordinária prevista na legislação de trânsito, realizar inspe-
ções e vistorias nos veículos, determinando, se observada
Art. 63. O poder concedente fixará o tempo de duração qualquer irregularidade quanto às condições de funciona-
mento, higiene, conforto e segurança, sua retirada de ope-
da viagem, observados os critérios técnicos.
ração, até que sejam sanadas as deficiências.
Art. 64. A interrupção de viagem decorrente de defeito
Art. 69. Semestralmente a transportadora apresentará
mecânico, acidente do veículo ou motivo de força maior, ao Poder Concedente relação dos veículos componentes
será objeto de comunicação imediata da transportadora ao de sua frota, declarando que estão em perfeitas condições
poder concedente. de segurança, conforto e uso para operar.
§ 1º A interrupção da viagem pelos motivos elencados
no “caput” deste artigo, por um período superior a 03 (três) Art. 70. Além dos documentos exigidos pela legislação
horas, dará direito ao passageiro, à alimentação e pousa- de trânsito e demais normas legais e regulamentares perti-
da, por conta da transportadora, além do transporte até o nentes, os veículos deverão conduzir:
destino de viagem. I - No seu interior:
§ 2º Nos casos de substituição de veículo por outro de a) um indicativo com nome do motorista e cobrador;
características inferiores, a transportadora deverá ressarcir b) quadro de preços das passagens;
o passageiro, ao término da viagem, a diferença de preço c) capacidade de lotação do veículo;
de tarifa, qualquer que tenha sido o percurso desenvolvido d) número do telefone do DETRAN/CE, ARCE, ou de
anteriormente à interrupção da viagem. outro órgão ou entidade designado pelo Poder Conceden-
te para eventuais reclamações pelos usuários.

163
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

II - Na parte externa: Parágrafo único. Na ocorrência de acidente, a trans-


a) indicação da origem e destino final da linha; portadora manterá os dados do equipamento registrador
b) número de registro do veículo no Poder Concedente instantâneo de velocidade das últimas 24 (vinte e quatro)
(Selo de Registro); horas, pelo prazo de 01 (um) ano.
c) número de ordem do veículo;
d) pintura em cor e desenhos padronizados, emblema Art. 74. Será permitida a fixação de publicidade na parte
ou logotipo e/ou razão social da transportadora, aprovados externa do veículo, exceto quando colocar em risco a segu-
pelo Poder Concedente. rança do trânsito.
§ 1º Não poderão ser veiculadas na parte externa dos
Art. 71. Considera-se, para efeito da capacidade de lota- veículos propagandas políticas, religiosas, filosóficas, e as
ção do veículo, todas as poltronas disponíveis, exceto a do que firam a moral e os bons costumes.
motorista e a do cobrador, quando houver este último. § 2º Somente serão permitidas na parte interna do veí-
§ 1º Excepcionalmente, por ocasião de feriados prolon- culo mensagens de interesse dos usuários, a critério do Po-
gados, eventos religiosos e datas cívicas, o poder conceden- der Concedente.
te poderá, a seu critério, autorizar passageiros excedentes § 3º O Edital de Licitação definirá percentual de espaço
até o limite de 20% (vinte por cento) da lotação sentada no publicitário nos veículos a ser destinado ao Poder Público
serviço regular interurbano convencional, observadas as se- para realização de campanhas de caráter educativo, infor-
guintes condições: mativo ou de orientação social.
I - nas linhas com extensão de até 200 Km (duzentos
quilômetros), quando operadas por ônibus; Seção III - Do Registro dos Veículos
II - nas linhas com extensão de até 100 Km (cem qui-
lômetros), quando operadas por miniônibus, microônibus e Art. 75. Como condição para prestarem Serviços Regula-
veículo utilitário de passageiro. res de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros,
§ 2º No serviço de transporte regular e complementar os veículos da frota das transportadoras deverão estar devi-
metropolitano quando operado por ônibus ou microônibus damente registrados junto ao poder concedente.
e interurbano até a distância de 75 Km (setenta e cinco qui- § 1º Ao proceder o registro, o poder concedente vin-
lômetros), o poder concedente, a seu critério, poderá autori- culará o veículo a um dos serviços previstos no Art. 4º do
zar o transporte de passageiros excedente no limite igual ao presente Regulamento.
da lotação sentada, cuja autorização se dará pelo prazo de 6 § 2º O veículo deverá ser emplacado no Estado do Ceará.
(seis) meses, podendo ser renovado.
§ 3º A autorização excepcional prevista neste artigo de- Art. 76. A transportadora para obter o registro e vistoria
verá ser requerida para período determinado, com antece- do veículo, deverá apresentar os seguintes documentos:
dência mínima de 72 (setenta e duas) horas, acompanhada I - Certificado de propriedade ou contrato de arrenda-
da devida justificativa, indicando com precisão as linhas e mento mercantil;
respectivos horários, ficando autorizada a viagem apenas II - Apólice de seguro previsto em lei e neste regulamento;
depois de expedida autorização expressa do Poder Conce- III - Documento de licenciamento;
dente. IV - Categoria do veículo;
§ 4º No serviço regular interurbano, por ocasião de pe- V - Número de ordem do veículo, modelo e ano do
ríodos de demanda atípica e devidamente fundamentada, o chassi da carroceria, número do chassi, placa e capacidade
poder concedente, a seu critério, poderá autorizar as trans- de lotação.
portadoras a utilizar veículos próprios e de terceiros cadas- § 1º Registrado o veículo, o poder concedente emitirá “Selo
trados no serviço de transporte rodoviário intermunicipal de de Registro” que deverá ser afixado no pára-brisa dianteiro.
passageiros por fretamento. (Parágrafo acrescentado pelo § 2º O número de ordem do veículo será regulamentado
Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014) pelo poder concedente.
§ 3º O registro de veículos para os quais a transporta-
Art. 72. Todos os veículos registrados junto ao poder dora tenha apresentado instrumento de cessão distinto de
concedente pelas transportadoras deverão circular com arrendamento mercantil somente será possível para o caso
equipamento registrador instantâneo inalterável de velo- de operação temporária devidamente justificada.
cidade e tempo ou outro dispositivo eletrônico de registro
diário aferido, ou ainda outros instrumentos que vierem a Art. 77. Dar-se-á o cancelamento do registro de veículo,
ser determinados pelo poder concedente. quando:
I - Não mais tiver condições de atender aos serviços, a
Art. 73. A transportadora manterá, pelo período de 90 critério do poder concedente;
(noventa) dias, os dados do equipamento registrador instan- II - Ultrapassar a idade de 07 (sete) anos, se destinado
tâneo inalterável de velocidade e tempo ou de outro dispo- aos serviços regular metropolitano e regular interurbano; e
sitivo eletrônico com tal finalidade de todos os seus veículos idade de 08 (oito) anos, se destinado aos serviços regular
em operação, devidamente arquivados, em perfeito estado metropolitano complementar e regular interurbano com-
de conservação, acompanhados da análise de cada viagem plementar; (Redação dada ao inciso pelo Decreto nº 31.658
realizada, podendo os mesmos serem solicitados pelo po- , de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
der concedente. III - A pedido da transportadora, para sua substituição.

164
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 1º A idade máxima prevista no inciso II poderá ser I - Carteira de Identidade;


ultrapassada, por período determinado, mediante expressa II - Carteira Nacional de Habilitação, categoria “D” ou
autorização no edital de licitação, para atender necessida- “E”, para motorista;
de excepcional referente ao início das operações, desde III - Quitação militar e eleitoral;
que atendidas as condições de segurança, conforto e tra- IV - Atestado médico de sanidade física e mental;
fegabilidade destes veículos, como determinadas pela le- V - Certificado de aprovação em curso de relações hu-
gislação estadual de transporte. (Antigo parágrafo único e manas, de princípios básicos deste Regulamento, de pro-
com redação dada pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, cedimentos de primeiros socorros, e de direção defensiva,
DOE CE de 31.12.2014) este último aplicável apenas aos motoristas;
§ 2º Para execução do contrato/termo, a idade média VI - Comprovação de residência e domicílio;
da frota deverá ser de 04 (quatro) anos para os serviços re- VII - Duas fotos coloridas atualizadas 3x4 (três por qua-
gular metropolitano e regular interurbano; e de 4,5 (quatro tro);
virgula cinco) anos para os serviços regular metropolitano VIII - Certidão negativa do distribuidor criminal;
complementar e regular interurbano complementar. (Pará- X - Comprovante do pagamento da taxa de inscrição.
grafo acrescentado pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, § 2º Após efetuado e aprovado o cadastro, o poder
DOE CE de 31.12.2014) concedente emitirá Carteira Padrão que terá validade de 02
(dois) anos, sendo seu porte obrigatório quando o empre-
Art. 78. Os veículos que tiverem seus registros cance- gado estiver em serviço.
lados deverão ser substituídos, no máximo, dentro de 90 § 3º A tripulação deverá apresentar novo documento
(noventa) dias, caso haja necessidade de complementação ou revalidar os já apresentados, dentre os relacionados no
do número estipulado para a frota dimensionada da trans- parágrafo primeiro deste artigo, quando assim for exigido
portadora, incluindo a frota reserva prevista no art. 67, des- pelo poder concedente.
te Regulamento. § 4º O Poder Concedente poderá a qualquer momento
exigir a apresentação da documentação necessária ao ca-
Art. 79. O poder concedente não fará registro de veícu- dastramento da tripulação ou revalidação daquela já apre-
los oriundos de cessão celebrada entre as suas transporta- sentada.
doras concessionárias ou permissionárias. § 5º O atestado médico de sanidade física e mental de-
verá ser apresentado no prazo máximo de 15 (quinze) dias,
Art. 80. Não será efetuado registro de veículos com a contar da data de sua expedição e renovado a cada dois
idade superior àquela disciplinada no Art. 77, observadas anos.
§ 6º No serviço de transporte regular interurbano exe-
as seguintes disposições. (Redação dada pelo Decreto nº
cutivo e leito e no serviço de transporte regular metropo-
31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
litano executivo não existe a obrigatoriedade de cobrador.
I - Para efeito de contagem da vida útil, será considera-
§ 7º Nos demais serviços de transporte regular inte-
do o ano e o mês de fabricação do veículo ou do primeiro
rurbano, em função de suas peculiaridades, a dispensa de
encarroçamento de chassi, devidamente comprovado por
cobrador deverá ser submetida a aprovação do poder con-
nota fiscal do encarroçador ou pela observação no Certifi-
cedente.
cado de Registro e Licenciamento de Veículo;
II - O prazo máximo para a diferença entre a fabricação Art. 83. O poder concedente poderá exigir, para maior
do chassi e o seu encarroçamento é de 01 (um) ano; qualidade na prestação do serviço, a presença adicional de
III - Quando o veículo novo (zero quilômetro) for ad- auxiliar de bordo, respeitado o equilíbrio econômico-finan-
quirido no ano seguinte ao da sua fabricação, diretamente ceiro do contrato.
do fabricante ou de concessionário seu, conforme compro-
vado por nota fiscal, será considerada a data de entrega Seção V - Dos Acidentes
para contagem da vida útil.
Parágrafo único. O registro de veículos com idade su- Art. 84. No caso de acidente, a transportadora fica obri-
perior à definida no caput deste artigo só será admitida na gada a:
hipótese do parágrafo único do art. 77. I - Adotar as medidas necessárias visando prestar ime-
diata e adequada assistência aos usuários e prepostos;
Art. 81. A renovação do veículo deverá ser procedida II - Comunicar, por escrito, o fato ao Poder Conce-
até o mês de vencimento da sua vida útil. dente, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indicando
as circunstâncias e o local do acidente, além das medidas
Seção IV - Do Cadastramento da Tripulação adotadas para atendimento do disposto no inciso anterior;
III - Manter, pelo período de 1 (um) ano, os dados do
Art. 82. É obrigatório o cadastramento junto ao poder equipamento registrador instantâneo inalterável de veloci-
concedente da tripulação que operará em todos os veícu- dade e tempo, ou de outro dispositivo eletrônico com tal
los das transportadoras prestadoras de Serviços Regulares finalidade do veículo envolvido no acidente devidamente
de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros. arquivados, em perfeito estado de conservação, acompa-
§ 1º O cadastramento será efetuado mediante apre- nhados da análise da viagem realizada, podendo os mes-
sentação dos seguintes documentos: mos serem requisitados pelo Poder Concedente.

165
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 85. Quando do acidente resultar morte ou lesões II - a remuneração do capital empregado para a pres-
graves, serão avaliadas suas causas tendo em vista os se- tação do serviço e o equilíbrio econômico-financeiro do
guintes elementos: contrato, consideradas obrigatoriamente para a aferição
I - Dados constantes do equipamento registrador ins- do inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato as
tantâneo inalterado de velocidade e tempo, ou outro dis- fontes de receitas previstas no § 3º deste artigo;
positivo eletrônico; III - a manutenção do nível do serviço estipulado para as
II - Regularidade da jornada de trabalho do motorista; linhas isoladas ou das áreas de operação e a possibilidade de
III - Seleção, treinamento e reciclagem do motorista; sua melhoria;
IV - Manutenção dos veículos; IV - o recolhimento mensal do repasse de regulação pre-
V - Perícia, realizada por órgão ou entidade compe- visto na legislação pertinente;
tente. V - o nível de serviço prestado;
Parágrafo único. O Poder Concedente manterá contro- VI - a coleta de dados e a prestação de informação pelas
le estatístico de acidente de veículo por transportadora. transportadoras através de procedimentos uniformes;
VII - Os mecanismos de controle que garantam a confia-
Art. 86. O poder concedente poderá emitir norma re- bilidade das informações.
gulamentar dispondo sobre investigações das causas dos
Art. 88. Os parâmetros operacionais adotados na planilha
acidentes, envolvendo veículos que operem nos Serviços
tarifária serão analisados periodicamente, mediante revisão
Regulares de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Pas-
ordinária, objetivando o aperfeiçoamento do nível do serviço
sageiros e propor medidas preventivas de aumento da se- e a modicidade da tarifa.
gurança do Sistema de Transporte Rodoviário Intermunici-
pal de Passageiros. Seção II - Dos Bilhetes de Passagem e sua Venda
CAPÍTULO VI - DA REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS Art. 89. É vedada a prestação de Serviço Regular Intermu-
REGULARES DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMU- nicipal de Passageiros sem a emissão do respectivo bilhete de
NICIPAL DE PASSAGEIROS passagem a cada usuário, exceto nos serviços metropolitanos.
Seção I - Das Tarifas
Art. 90. Os bilhetes de passagem serão emitidos prefe-
Art. 87. A remuneração dos Serviços Regulares de rencialmente por via eletrônica ou ainda manual ou mecânica,
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros rea- em 03 (três) vias, contendo as seguintes indicações:
lizar-se-á através do pagamento de tarifa pelos usuários e I - Nome, endereço, número de inscrição no Cadastro
por outras fontes alternativas de receitas estabelecidas no Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ ou Cadastro de Pessoa
contrato de concessão ou termo de permissão. Física - CPF e no Cadastro Geral dos Fornecedores no Estado
§ 1º Compete ao DETRAN/CE, de ofício ou a pedido do do Ceará - CGF da transportadora;
interessado, promover o reajuste e a revisão extraordinária II - Data da emissão;
das tarifas referentes aos Serviços Regulares de Transporte III - Tipo de serviço prestado, nos termos do art. 4º, deste
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, nos termos das Regulamento;
normas regulamentares e pactuadas pertinentes. IV - Denominação: “Bilhete de Passagem”;
§ 2º Compete à ARCE/CE promover a revisão ordinária V - Preço da tarifa;
das tarifas referentes aos Serviços Regulares de Transporte VI - Número do bilhete, número da via, série ou sub-série,
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, bem como ho- conforme o caso;
mologar o reajuste e a revisão extraordinária praticados VII - Origem e destino da viagem;
pelo DETRAN/CE, nos termos das normas regulamentares VIII - Identificação do passageiro;
IX - Prefixo da linha e seus pontos terminais;
e pactuadas pertinentes.
X - Data e horário da viagem;
§ 3º No edital de licitação, o Poder Concedente de-
XI - Número da poltrona;
verá prever, em favor da concessionária ou permissioná-
XII - Agência emissora do bilhete;
ria, outras fontes de receita além da tarifária, com vistas à XIII - Nome da empresa gráfica impressora do bilhete,
propiciar a modicidade da tarifa, as quais poderão ser al- seu número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas
ternativas, complementares, acessórias ou decorrentes de Jurídicas - CNPJ e no Cadastro Geral dos Fornecedores no Es-
projetos associados, inclusive proveniente de transporte de tado do Ceará - CGF.
encomenda, com ou sem exclusividade. § 1º O bilhete de passagem será emitido em 03 (três) vias,
§ 4º A fixação, o reajuste, a revisão ordinária e a re- respectivamente destinadas ao usuário, à transportadora e ao
visão extraordinário das tarifas remuneratórias dos Servi- órgão ou entidade fiscalizadora competente do poder con-
ços Regulares de Transporte Rodoviário Intermunicipal de cedente.
Passageiros levarão em consideração, dentre outros fatores § 2º Com relação aos serviços metropolitanos, poderão
previstos no instrumento editalício, contratual ou de per- ser utilizados bilhetes simplificados, aparelhos de contagem
missão: mecânica ou eletrônica de passageiros, desde que assegu-
I - a média dos parâmetros dos índices de consumo de radas as condições necessárias ao controle e à coleta de
cada serviço; dados estatísticos.

166
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 91. A venda de passagens será feita pela própria I - no bagageiro: até o limite de 35kg (trinta e cinco
transportadora nos terminais rodoviários e em suas agên- quilogramas) de peso, sem que o volume total ultrapas-
cias, e, na ausência destes, por agentes credenciados, ad- se 240 dm3 (duzentos e quarenta decímetros cúbicos) ou,
mitindo-se, ainda, que, ao longo do itinerário, seja feita cada volume, 1m (um metro) na maior dimensão; e,
dentro do veículo. II - no porta-volume: até o limite de 5kg (cinco quilo-
Parágrafo único. Nas localidades dotadas de terminais gramas), com dimensões que se adaptem ao porta-volu-
rodoviários é vedado o embarque de passageiros sem o me, desde que não sejam comprometidos o conforto e a
respectivo bilhete de passagem, com exceção dos serviços segurança dos passageiros.
metropolitanos. Parágrafo único. Excedidos os limites de peso e di-
mensão fixados nos incisos I e II, deste artigo, o passagei-
Art. 92. As passagens deverão estar à venda em horá- ro pagará apenas o que exceder do permitido na base de
rios compatíveis com o serviço e o interesse público, com a 50% (cinquenta por cento) da tabela de preços de enco-
abertura de reservas no prazo mínimo de 15 (quinze) dias mendas, respeitados os direitos dos demais passageiros.
antecedentes ao da respectiva viagem, exceto com relação
aos serviços regular metropolitano, regular metropolitano Art. 97. Garantida a prioridade de espaço no bagagei-
complementar e regular interurbano complementar. ro para condução de bagagem dos passageiros e das ma-
Parágrafo único. Os procedimentos relativos à valida- las postais, a transportadora, respeitada a legislação em
de, remarcação, reembolso ou extravio de bilhetes de pas- vigor, referente ao peso bruto total máximo do veículo,
sagem correspondem àqueles previstos na legislação fede- aos pesos brutos por eixo ou conjunto de eixos e a relação
ral aplicável, sem prejuízo de ser ultimado outras normas potência líquida/peso bruto total máximo, poderá utilizar
regulamentares pertinentes. (Redação dada ao artigo pelo o espaço remanescente para o transporte de encomendas.
Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014) Parágrafo único. O transporte de encomendas só po-
derá ser efetuado no bagageiro, resguardada a segurança
Art. 93. É permitida a concessão de desconto ou pro- dos passageiros e da tripulação.
moção de tarifa pelas transportadoras ou seus prepostos,
devendo efetivá-los em caráter uniforme para todos os
Art. 98. O transporte de encomendas e bagagens, con-
usuários e para todas as secções das linhas, com autoriza-
duzidas no bagageiro, somente poderá ser feito mediante
ção expressa do Poder Concedente mediante requerimen-
a respectiva emissão de documento fiscal apropriado e ta-
to com uma antecedência mínima de 48 (quarenta e oito)
lão de bagagem.
horas. (Redação dada ao caput pelo Decreto nº 31.658 , de
30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
Art. 99. A receita do transporte de encomendas, quan-
Parágrafo único. Nos seccionamentos ocorridos em li-
do admitido pelo Poder Concedente, deverá ser, necessa-
nha isolada ou área de operação explorada por outro con-
cessionário ou permissionário, o desconto ou promoção riamente, utilizada para propiciar a modicidade da tarifa,
deverá ser praticado conjuntamente. nos termos do art. 87 desde regulamento.

Art. 94. A transportadora obriga-se a proporcionar se- Art. 100. Nos casos de extravio ou dano de encomen-
guro de responsabilidade civil, no limite mínimo fixado no da ou bagagem, conduzidas no bagageiro, a transporta-
respectivo edital de licitação, emitindo o respectivo com- dora indenizará o passageiro, em quantia equivalente a
provante. 10 (dez) vezes o valor da maior tarifa vigente do serviço
utilizado, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data
Art. 95. Fica isento do pagamento de tarifa, o agente da reclamação.
responsável pela fiscalização por parte do poder conce- § 1º As transportadoras somente serão responsáveis
dente ou por parte da Agência Reguladora de Serviços Pú- pelo extravio da bagagem transportada no bagageiro,
blicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE, quando em desde que apresentado pelo passageiro comprovante do
serviço, devendo a transportadora reservar-lhe uma poltro- respectivo talão de bagagem ou documento fiscal e até o
na, desde que a reserva tenha sido requisitada pelo menos limite fixado no “caput” deste artigo.
12 (doze) horas antes da partida do veículo. § 2º Para ter direito à indenização no caso de dano ou
Parágrafo único. Outros agentes responsáveis pela fis- extravio da bagagem cujo valor exceda o limite previsto
calização por parte do poder concedente ou da ARCE esta- no “caput” deste artigo, o interessado fica obrigado a de-
rão isentos do pagamento de tarifa quando necessitarem clará-lo e a pagar prêmio de seguro para a cobertura do
executar trabalho de caráter emergencial, independente- excesso.
mente de reserva. § 3º Para fins do parágrafo anterior, as transportadoras
são obrigadas a proporcionar ao usuário a contratação de
Seção III - Da Bagagem e das Encomendas seguro específico, sob pena de ficar pessoalmente respon-
sável pelos danos verificados.
Art. 96. O preço da tarifa abrange necessariamente, a
título de franquia, o transporte obrigatório e gratuito, para
o passageiro, de volumes no bagageiro e no porta-volume,
observados os seguintes limites de peso e dimensão:

167
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

TÍTULO III - DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE RO- Seção III - Da Autorização dos Serviços de Freta-
DOVIÁRIO INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS POR mento Eventual
FRETAMENTO
CAPÍTULO I - DO REGIME DE EXPLORAÇÃO DOS Art. 104. Compete ao poder concedente autorizar a pres-
SERVIÇOS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNI- tação de serviço de fretamento eventual por parte de trans-
CIPAL DE PASSAGEIROS POR FRETAMENTO portadora mediante a expedição de Autorização Especial
Seção I - Das Disposições Gerais para Fretamento Eventual.
Parágrafo único. Para obtenção da Autorização Especial
Art. 101. Os Serviços de Transporte Rodoviário Inter- para Fretamento Eventual, a transportadora pagará valor fi-
municipal de Passageiros por Fretamento serão executados xado pelo poder concedente.
mediante autorização expedida pelo poder concedente.
Parágrafo único. A autorização a que se refere o “caput” Art. 105. Na execução do serviço rodoviário de fretamen-
deste artigo poderá ser cassada, a critério do poder con- to eventual, levar-se-ão em conta:
cedente, em caso de concorrência com Serviço Regular de I - As disposições do Conselho Nacional de Turismo, do
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros. poder concedente e da Secretaria de Turismo do Estado do
Ceará;
Art. 102. Os Serviços de Transporte Rodoviário Intermu- II - As condições de segurança, conforto, higiene e trafe-
nicipal de Passageiros por Fretamento classificam-se em: gabilidade do veículo, nos termos das normas legais e regu-
I - Serviço de fretamento contínuo: serviço de transporte lamentares pertinentes.
rodoviário de passageiros prestado à pessoa jurídica, median-
te contrato escrito, para um determinado número de viagens Art. 106. A viagem relativa a serviço de fretamento even-
ou por um período pré-determinado, não superior a 12 (doze) tual será executada por veículo de empresa de turismo, agên-
meses, com horários fixos, destinado ao transporte de usuá- cia de viagem ou entidade de transporte eventual, registrada
rios definidos, que se qualificam por manterem vínculo espe- junto ao poder concedente.
cífico com a contratante para desempenho de sua atividade, Parágrafo único. O veículo utilizado em serviço de freta-
mediante prévia autorização do poder concedente.
mento eventual deverá apresentar, no para-brisa dianteiro,
o nome da transportadora contratante e o selo de registro
II - Serviço de fretamento eventual: serviço de trans-
expedidos pelo poder concedente.
porte rodoviário de passageiros prestado a uma pessoa
ou a um grupo de pessoas, em circuito fechado, para uma
Seção IV - Do Registro das Transportadoras
viagem com fins culturais ou recreativos, mediante prévia
autorização do poder concedente.
Art. 107. As transportadoras prestadoras de Serviço de
Seção II - Da Autorização dos Serviços de Freta- Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fre-
mento Contínuo tamento deverão obter registro junto ao poder concedente.
Parágrafo único. Para obtenção do registro junto ao
Art. 103. Compete ao poder concedente autorizar, a seu poder concedente, as prestadoras de Serviço de Transpor-
critério, a operação dos serviços de fretamento contínuo te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento
mediante atendimento dos seguintes requisitos por parte deverão apresentar requerimento instruído com a seguinte
da prestadora do serviço: documentação:
I - Documento que comprove instalações de sede ou I - Certidão Negativa de Falência e Concordata expedida
escritório no Estado do Ceará; pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução
II - Instalações próprias ou alugadas contendo área patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física;
apropriada para estacionamento do(s) veículo(s); II - Ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor,
III - Registro na Junta Comercial; devidamente registrado, em se tratando de sociedades co-
IV - Cópia autenticada do contrato social da transpor- merciais e, no caso de sociedades por ações, acompanhado
tadora; de documentos de eleição de seus administradores;
V - Certificado Geral do Ministério da Fazenda; III - Prova de regularidade para com a Fazenda Federal,
VI - Certidões negativas junto à Secretaria de Finanças Estadual e Municipal do domicílio ou sede da transportadora;
do Município, Secretaria da Fazenda do Estado, Receita Fe- IV - Prova de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas
deral e DETRAN/CE, referentes respectivamente aos tribu- Jurídicas - CNPJ;
tos federais, estaduais, municipais e taxas e multas de trân- V - Balanço Patrimonial e demonstrações contábeis do
sito e transporte do DETRAN/CE; último exercício social, exceto as transportadoras com menos
VII - Cópia autenticada do contrato firmado entre a de um ano de constituição.
transportadora e a pessoa jurídica a quem o serviço será
prestado, contendo a qualificação dos contratantes, o obje- Art. 108. As transportadoras registradas receberão o
to do serviço, valor e o prazo do contrato, horário, duração, Certificado de Registro do poder concedente - CR, do qual
itinerário e distância das viagens; constará:
VIII - Apresentação da apólice de seguro de responsa- I - Número do processo de registro;
bilidade civil. II - Número do registro;

168
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

III - Data da emissão do registro e o prazo de sua va- Parágrafo único. Fica a transportadora obrigada a co-
lidade; municar a interrupção de viagem ao poder concedente,
IV - Espécies de serviços em que operam; no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, especificando-lhes
V - Nome, cargo ou função e assinatura da autoridade as causas e as providências adotadas, as quais deverão ser
expedidora do Certificado. comprovadas sempre que exigido.

Art. 109. A renovação cadastral das empresas de freta- Art. 113. Nos Serviços de Transporte Rodoviário Intermu-
mento junto ao Poder Concedente deverá ocorrer anual- nicipal de Passageiros por Fretamento somente poderão ser
mente, distribuindo-se os operadores proporcionalmente transportados passageiros sentados.
pelo calendário anual, apresentando-se os documentos § 1º Será dispensada a presença de cobrador na tripula-
abaixo relacionados, sob pena de cancelamento da autori- ção dos Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
zação para prestação de serviços rodoviários de fretamento: Passageiros por Fretamento.
(Redação dada pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE § 2º Ao motorista de viagem relativa a Serviço de Trans-
CE de 31.12.2014) porte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Freta-
I - Certidão Negativa de falência e concordata expedida mento, aplicam-se todos os encargos relativos ao motorista
pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução de viagem relativa a Serviço Regular de Transporte Rodoviário
patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física; Intermunicipal de Passageiros, inclusive no tocante ao cadas-
II - Balanço Patrimonial e demonstrações contábeis do tramento previsto no art. 82, deste Regulamento.
último exercício social;
III - Certidão de inexistência de débito pecuniário junto Seção II - Dos Veículos
ao poder concedente;
IV - Apólice de seguro de responsabilidade civil. Art. 114. Na prestação de Serviços de Transporte Rodo-
§ 1º A empresa de fretamento, que deixar de compare- viário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento serão
cer à renovação anual do cadastro em período determinado utilizados os seguintes tipos de veículos:
e/ou deixar de apresentar regularmente a documentação I - Ônibus interurbano convencional;
necessária, terá sua autorização para prestação de serviços II - Ônibus interurbano executivo;
rodoviários de fretamento cancelada e baixada sua frota do III - Ônibus interurbano leito;
sistema. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto nº 31.658 , de IV - Ônibus metropolitano convencional;
30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014) V - Ônibus metropolitano executivo;
§ 2º Trimestralmente a transportadora apresentará ao VI - Micro-ônibus;
poder concedente a apólice de seguro de responsabilidade VII - Veículo utilitário de passageiros;
civil, mediante a apresentação dos recibos de quitação. (An- VIII - Veículo utilitário misto-VUM;
tigo parágrafo único renomeado pelo Decreto nº 31.658 , de IX - Mini ônibus.
30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014) § 1º As dimensões, lotação e características internas e ex-
ternas dos veículos obedecerão aos padrões e especificações
Art. 110. Anualmente será procedida vistoria nos veícu- técnicas estabelecidas nas normas legais e regulamentares
los pelo poder concedente para verificação do atendimento pertinentes.
às condições de conforto e segurança. § 2º Ônibus metropolitano só poderá ser utilizado em
§ 1º Realizada a vistoria e aprovado o veículo, será expe- serviço rodoviário de fretamento cuja distância entre a origem
dido o Certificado de Vistoria, bem como o Selo de Registro. e destino não ultrapasse 75 (setenta e cinco) quilômetros.
§ 2º Não será permitida a utilização em prestadoras de
Serviço de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passa- Art. 115. Nos veículos utilizados nos Serviços de Transpor-
geiros por Fretamento de veículo que não seja portador de te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento é
Certificado de Vistoria. obrigatória a instalação de equipamento registrador instan-
tâneo inalterável de velocidade e tempo, devendo a trans-
CAPÍTULO II - DA OPERAÇÃO DOS SERVIÇOS RO- portadora mantê-lo em perfeito estado de funcionamento e
DOVIÁRIOS DE FRETAMENTO analisar os dados relativos a cada viagem realizada.
Seção I - Das Viagens Parágrafo único. Sempre que necessário, a critério do po-
der concedente, poderá ser exigida a exibição dos dados do
Art. 111. Quanto à ocorrência de acidentes, aplicam-se equipamento registrador instantâneo inalterável de velocida-
aos Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Pas- de e tempo, o qual deverá ser preservado pela transportadora
sageiros por Fretamento os arts.84 a 86, deste Regulamento. pelo prazo de 90 (noventa) dias.

Art. 112. Ocorrendo interrupção da viagem de Serviço Art. 116. Os veículos utilizados em Serviços de Transpor-
de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento
Fretamento, a transportadora deverá utilizar, para sua conti- deverão apresentar, na parte externa, letreiro indicativo com
nuidade, o mesmo veículo ou outro de característica idênti- o nome ou razão social do cliente, no caso de fretamento
ca ou superior ao que vinha sendo utilizado, observados os contínuo; ou a palavra “TURISMO”, no caso de fretamento
requisitos de conforto e segurança estabelecidos. eventual.

169
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 117. Quanto à fixação de publicidade nos veículos § 1º O DETRAN/CE poderá celebrar convênio ou con-
utilizados em Serviço de Transporte Rodoviário Intermu- sórcio público para realizar de maneira indireta, associada
nicipal de Passageiros por Fretamento, aplica-se o art. 74, ou por cooperação, suas atribuições de fiscalização dos
deste Regulamento. Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Pas-
sageiros.
Seção III - Do Registro dos Veículos § 2º Além da competência prevista no “caput” deste
artigo, caberá ao DETRAN/CE exercer as atribuições relati-
Art. 118. Como condição para prestarem os Serviços vas ao planejamento do Sistema de Transporte Rodoviário
de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros Intermunicipal.
por Fretamento no âmbito do Estado do Ceará, os veículos
da frota das transportadoras de Fretamento deverão estar Art. 122. Além da fiscalização de que trata o artigo an-
emplacados no Estado do Ceará e devidamente registrados terior, as prestadoras de Serviços de Transporte Rodoviário
junto ao poder concedente. (Redação dada ao caput pelo Intermunicipal de Passageiros no Estado do Ceará subme-
Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014) ter-se-ão ao poder regulatório da ARCE.
Parágrafo único. Não será efetuado registro de ônibus, § 1º O poder regulatório da ARCE será exercido nos
miniônibus e microônibus com idade superior a 15 (quinze) termos das Leis Estaduais nº 12.786/1997 e nº 13.094/2001,
anos e Veículo Utilitário de Passageiros e Veículo Utilitário e suas posteriores modificações, e demais normas legais,
Misto-VUM com idade superior a 10 (dez) anos, observa- regulamentares e pactuadas pertinentes, cabendo à ARCE
dos os requisitos abaixo: com relação aos Serviços de Transporte Rodoviário Inter-
I - Para efeito de contagem da vida útil, será conside- municipal de Passageiros, sem prejuízo de outras atribui-
rado o ano de fabricação do veículo ou do primeiro encar- ções:
roçamento de chassi, devidamente comprovado por nota I - fiscalizar indiretamente os órgãos ou entidades pri-
fiscal do encarroçador ou pela observação no Certificado vados e públicos envolvidos na prestação do serviço, atra-
de Registro e Licenciamento de Veículo; vés de auditagem técnica de dados fornecidos por estes ou
II - O prazo máximo para a diferença entre a fabricação coletados pela ARCE;
do chassi e o seu encarroçamento é de 01 (um) ano; II - atender e dar provimento às reclamações dos usuá-
III - Quando o veículo novo (zero quilômetro) for ad- rios do serviço, decidindo inclusive sobre indenizações ou
quirido no ano seguinte à sua fabricação, diretamente do reparações a serem pagas pelas transportadoras, indepen-
fabricante ou de concessionário seu, comprovado por nota dentemente de outras sanções a estas aplicáveis;
fiscal, será considerado a data de entrega para contagem III - expedir normas regulamentares sobre a prestação
da vida útil. do serviço, no âmbito de sua competência;
IV - responder a consultas de órgãos ou entidades pú-
Art. 119. O registro dos veículos utilizados para a pres- blicas e privadas sobre a prestação do serviço;
tação do serviço rodoviário por fretamento será cancelado, V - quando for o caso, encaminhar ao órgão ou enti-
quando atingirem as seguintes idades: dade responsável pela aplicação de penalidades a consta-
I - 20 (vinte) anos, em caso de ônibus, miniônibus e tação, através de decisão definitiva proferida pela ARCE, de
microônibus; infração cometida por transportadora.
II - 15 (quinze) anos, no caso de Veículos Utilitário de § 2º No desempenho do poder regulatório, incluindo
Passageiro-VUP e Veículo Utilitário Misto-VUM. as competências atribuídas neste artigo, a ARCE usufruirá
de todas as prerrogativas conferidas pelas Leis Estaduais nº
TÍTULO IV - DA FISCALIZAÇÃO, INFRAÇÕES E PE- 12.876/1997 e nº 13.094/2001, com suas respectivas altera-
NALIDADES ções, e demais normas legais e regulamentares pertinentes.
CAPÍTULO I - DA FISCALIZAÇÃO § 3º As prestadoras de Serviço de Transporte Rodo-
viário Intermunicipal de Passageiros, qualquer que seja a
Art. 120. A fiscalização dos Serviços de Transporte Ro- espécie de serviço prestado, são submetidas à regulação
doviário Intermunicipal de Passageiros, em tudo quanto estabelecida pela ARCE, nos termos das Leis Estaduais nº
diga respeito a segurança da viagem, conforto do pas- 12.876/1997 e nº 13.094/2001, com suas respectivas altera-
sageiro e ao cumprimento da legislação de trânsito e de ções e demais normas legais e regulamentares pertinentes.
tráfego rodoviário intermunicipal será exercida pelo Poder
Concedente, através dos órgãos e entidades competentes, Art. 123. A prestadora de Serviço Regular de Transpor-
visando ao cumprimento das normas legais, regulamenta- te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, qualquer que
res e pactuadas pertinentes. seja a espécie de serviço prestado, estará obrigada ao re-
passe de regulação nos termos da legislação pertinente.
Art. 121. O DETRAN/CE e a ARCE exercerão as atribui-
ções de fiscalização dos Serviços de Transporte Rodoviário Art. 124. O poder concedente no exercício da fiscaliza-
Intermunicipal de Passageiros do Estado do Ceará previstas ção dos Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal
neste Regulamento, observado o disposto nos parágrafos de Passageiros, ARCE, do DETRAN/CE e de outros órgãos
deste artigo. e entidades da Administração Pública Estadual incumbidos

170
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

dessa atividade, tem pleno acesso a qualquer veículo ou Art. 128. O cometimento de duas ou mais infrações,
instalação que diga respeito aos serviços, exercendo o po- independentemente de sua natureza, sujeitará o infrator
der de polícia, nos termos das normas legais e regulamen- à aplicação das penalidades correspondentes a cada uma
tares pertinentes. delas.

Art. 125. O poder concedente promoverá, quando jul- Seção II - Das Multas
gar necessário, a realização de auditorias contábil-financei-
ra e técnicooperacional na transportadora. Art. 129. A pena de multa, calculada em função do valor
§ 1º Por ocasião das auditorias, fica a transportadora da Unidade Fiscal de Referência do Estado do Ceará - UFIR-
obrigada a fornecer os livros e documentos requisitados, CE, ou outro índice estadual que venha substituí-la, será
satisfazendo e prestando outros dados e exigências do Po- aplicada quando do cometimento das seguintes infrações:
der Concedente. I - a transportadora, através de dirigente, gerente, em-
§ 2º O resultado das auditorias serão encaminhados pregado, preposto, contratado ou qualquer que atue em
à transportadora, acompanhados de relatório contendo as seu nome, alternativamente:
recomendações, determinações, advertências e outras san- a) não apresentar seus veículos para início da operação
ções ou observações do poder concedente. em perfeito estado de conservação e limpeza;
b) tratar passageiro com falta de urbanidade;
CAPÍTULO II - DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES c) não apresentar tripulação corretamente uniformiza-
Seção I - Das Espécies de Penalidade da e identificada em serviço;
d) não prestar aos usuários, quando solicitados, as
Art. 126. Verificada a inobservância de qualquer das informações necessárias;
disposições deste Regulamento, aplicar-se-á à transporta- e) fumar dentro do ônibus ou permitir que passageiros
dora infratora a penalidade cabível, conforme estabelecido fumem;
na Lei estadual nº 13.094 , de 12 de janeiro de 2001, com f) afastar-se do veículo no horário de trabalho, sem
suas respectivas alterações, e demais disposições legais motivo justo;
pertinentes.
g) o motorista conversar, enquanto o veículo estiver
Parágrafo único. As penalidades aplicadas pelo poder
em movimento;
concedente não isentam o infrator da obrigação de reparar
h) não atender aos sinais de parada em locais permi-
ou ressarcir dano material ou pessoal resultante da infra-
tidos;
ção, causado a passageiro ou a terceiro.
i) não observar o esquema de operação dos corredores
e faixas exclusivas para ônibus;
Art. 127. As infrações aos preceitos deste Regulamento,
j) não auxiliar o embarque e desembarque de passa-
baseados na Lei estadual nº 13.094 , de 12 de janeiro de
geiros, especialmente crianças, senhoras, pessoas idosas e
2001, com suas respectivas alterações, sujeitarão a trans-
portadora infratora, conforme a natureza da falta, às se- deficientes motores, quando solicitado;
guintes penalidades: l) não procurar dirimir as pendências ou dúvidas refe-
I - Advertência por escrito; rentes a bagagens, passagens e outras que possam surgir
II - Multa; na relação entre passageiro e transportadora;
III - Retenção do veículo; m) utilizar pontos para parada e para escala sem que
IV - Apreensão do veículo; esteja devidamente autorizado pelo poder concedente;
V - Caducidade. n) não comunicar ao poder concedente, dentro do
§ 1º Aplicar-se-á a pena de advertência por escrito no prazo legal, a interrupção de viagem decorrente de defeito
caso de infração a qualquer dispositivo deste Regulamento mecânico, acidente do veículo ou motivo de força maior;
para a qual inexista expressa previsão de penalidade di- o) não ressarcir ao passageiro a diferença de preço de
versa. tarifa, nos casos de substituição de veículo por outro de
§ 2º As penas de multa, retenção e apreensão de veícu- características inferiores;
lo serão aplicadas nos casos previstos nas seções seguintes p) não transportar gratuitamente a bagagem de pas-
deste capítulo. sageiro, observados os requisitos estabelecidos nesta Lei e
§ 3º Aplicar-se-á a pena de caducidade da permissão em normas regulamentares pertinentes;
no caso de prestação inadequada ou ineficiente do serviço, q) reincidir, em período inferior a 90 (noventa) dias, na
a critério do poder concedente, atendida da legislação em prática de infração que já tenha sido objeto de advertência
vigor. por escrito por parte do poder concedente, nos termos do
§ 4º Aplicar-se-á a pena de caducidade da concessão § 1º do art. 68 da Lei nº 13.094 , de 12 de janeiro de 2001,
nos casos previstos no art. 35, § 1º, da Lei estadual nº 12.788 e suas alterações.
de 30 de dezembro de 1997, e na Lei estadual nº 13.094 , Pena - Multa correspondente ao valor de 40 (quarenta)
de 12 de janeiro de 2001, com suas respectivas alterações. UFIRCEs.
§ 5º A aplicação das penas previstas neste artigo não II - a transportadora, através de dirigente, gerente, em-
está limitada à observância de gradatividade. pregado, preposto, contratado ou qualquer que atue em
seu nome, alternativamente:

171
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

a) efetuar reabastecimento e manutenção em locais i) efetuar a venda de passagens em locais não permiti-
inadequados ou com passageiros a bordo; dos ou fora dos prazos estabelecidos, nos termos dos arts.
b) atrasar ou adiantar horário de viagem sem motivo 46 e 47 da Lei nº 13.094 , de 12 de janeiro de 2001, e suas
justo; alterações;
c) não diligenciar para manutenção da ordem e para a j) permitir o embarque de passageiros nas localidades
limpeza do veículo; dotadas de terminais rodoviários, sem o respectivo bilhe-
d) recusar-se a devolver o troco, aplicando-se, neste te de passagem, no caso de transportadora prestadora de
caso, um auto de infração por cada valor de tarifa alterado, Serviço Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal
sem prejuízo do cumprimento da obrigação de entrega do de Passageiros, aplicando-se um auto de infração por cada
troco devido; passageiro embarcado, salvo na hipótese dos serviços me-
e) transportar passageiros excedentes sem autorização tropolitanos;
do poder concedente, sendo neste caso, a multa cobrada l) não apresentar letreiro indicativo na parte externa
com relação a cada passageiro excedente; dos veículos utilizados em Serviço de Transporte Rodoviá-
f) deixar de fazer constar nos locais adequados do veí- rio Intermunicipal de Passageiros por Fretamento, nos ter-
culo as legendas obrigatórias, internas ou externas; mos da regulamentação da Lei nº 13.094 , de 12 de janeiro
g) deixar de garantir o espaço adequado no bagageiro de 2001, e suas alterações.
para transporte da bagagem a que tem direito os passa- Pena - Multa correspondente ao valor de 170 (cento e
geiros, utilizando, no todo ou em parte, o espaço existente setenta) UFIRCEs.
para finalidade diversa; IV - a transportadora, através de dirigente, gerente,
h) transportar encomendas e bagagens, conduzidas no empregado, preposto, contratado ou qualquer que atue
bagageiro, sem a respectiva emissão de documento fiscal em seu nome, alternativamente:
apropriado ou talão de bagagem; a) alterar o itinerário ou interromper a viagem, sem
i) afixar material publicitário ou inserir inscrições nos motivo justificado e sem comunicar o fato ao poder con-
veículos, com violação ao disposto nos arts. 37 e 57 , § 4º, cedente;
da Lei nº 13.094 , de 12 de janeiro de 2001, e suas altera- b) não renovar os documentos necessários para o re-
ções, conforme a espécie de serviço prestado. gistro da transportadora, conforme estabelecidos nesta re-
Pena - Multa correspondente ao valor de 80 (oitenta) gulamentação;
UFIRCEs. c) não preservar a inviolabilidade dos instrumentos re-
III - a transportadora, através de dirigente, gerente, gistradores de velocidade e tempo;
empregado, preposto, contratado ou qualquer que atue d) mantiver em serviço motoristas, cobradores, fiscais
em seu nome, alternativamente: ou despachantes não cadastrados junto ao poder conce-
a) não observar as características fixadas para o veículo dente;
pelas normas legais, regulamentares e pactuadas; e) deixar de adotar ou retardar as providências relativas
b) retardar a entrega de informações ou documentos ao transporte de passageiros, no caso de interrupção da
exigidos pelo poder concedente; viagem;
c) não desviar o veículo para o acostamento nas calça- f) dirigir o veículo colocando em risco a segurança ou
das e/ou rodovias para o embarque e o desembarque de em prejuízo do conforto dos usuários;
passageiros; g) ingerir bebida alcoólica nas 12 (doze) horas antece-
d) não manter em seus veículos, nos locais próprios, dentes ao início de sua jornada até o seu término;
livro de ocorrência; h) não recolher o veículo à respectiva garagem ou uti-
e) ultrapassar a tolerância máxima de até 10 (dez) mi- lizá-lo, quando ocorrerem indícios de defeitos mecânicos,
nutos, além do horário marcado, para a chegada do veículo que possam por em risco a segurança dos usuários;
no ponto inicial da linha; i) não prestar socorro aos usuários feridos, em caso de
f) não pagar ao passageiro alimentação, pousada e acidente;
transporte até o destino da viagem, quando houver inter- j) não colocar outro veículo após notificação do poder
rupção de viagem, por um período superior a 3 (três) horas, concedente no ponto inicial da linha;
caso em que a multa será cobrada por cada passageiro; l) retirar o “Selo de Registro” afixado no para-brisa
g) não apresentar semestralmente ao poder conceden- dianteiro, pelo poder concedente;
te relação dos veículos componentes de sua frota e de- m) não substituir os veículos que tiverem seus registros
claração de que os referidos veículos estão em perfeitas cancelados;
condições de segurança, conforto e uso para operar, no n) operar veículo sem o dispositivo de controle de nú-
caso de transportadora prestadora de Serviço Regular de mero de passageiros ou com catracas violadas, no caso
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros; dos transportes metropolitanos, e, em qualquer caso, sem
h) permitir o transporte de passageiros sem a emissão o equipamento registrador instantâneo inalterável de velo-
do bilhete de passagem, no caso de transportadora presta- cidade e tempo, conforme estabelecido nesta Lei para cada
dora de Serviço Regular de Transporte Rodoviário Intermu- espécie de serviço;
nicipal de Passageiros, aplicando-se um auto de infração o) não portar a devida Autorização, no caso de viagem
por cada passageiro embarcado sem o respectivo bilhete, relativa a Serviço de Transporte Rodoviário Intermunicipal
salvo na hipótese dos serviços metropolitanos; de Passageiros por Fretamento;

172
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

p) colocar em tráfego veículo sem cobrador para aten- § 1º Em se tratando das hipóteses previstas nos incisos
der ao serviço, salvo nos casos autorizados pelo poder con- I, II e III, deste artigo, a retenção será feita de imediato,
cedente; sendo o veículo retido no local onde for constatada a irre-
q) suspender total ou parcialmente o serviço sem au- gularidade, devendo a transportadora providenciar a subs-
torização do poder concedente, aplicando-se um auto de tituição por veículo padrão em condições adequadas de
infração por cada horário desatendido; operação.
r) operar veículo com vazamento de combustível ou lu- § 2º Ocorrendo as hipóteses previstas nos incisos IV e
brificantes; V, o veículo poderá ser retido de imediato ou poderá ser
s) colocar ou manter o veículo em movimento com as determinada sua retenção após o fim da viagem, a critério
portas abertas, colocando em risco a segurança de passa- do agente fiscalizador competente.
geiro; § 3º O veículo retido será recolhido à garagem da trans-
t) recusar informação ou a exibição de documentação portadora, quando possível, ou a local indicado pelo órgão
requisitada pelo poder concedente, sem prejuízo da obri- ou entidade responsável pela fiscalização, sendo liberado
gação de prestar as informações e de exibir os documen- somente quando comprovada a correção da irregularida-
tos requisitados; de que motivou a retenção, sem prejuízo da aplicação das
u) resistir, dificultar ou impedir a fiscalização por parte penalidades cabíveis.
do poder concedente;
v) circular com veículos da frota sem estar devidamente Seção IV - Da Apreensão do Veículo
registrados no poder concedente;
x) não enviar ao poder concedente, no prazo de 5 (cin- Art. 132. A penalidade de apreensão do veículo será
co) dias úteis, a cópia do contrato, nos casos de serviço de aplicada sem prejuízo da multa cabível, quando a transpor-
fretamento contínuo, conforme definido nesta regulamen- tadora ou qualquer pessoa física ou jurídica estiver operan-
tação. do o serviço sem regular concessão, permissão ou autori-
Pena - Multa correspondente ao valor de 340 (trezentas zação do Poder Concedente.
e quarenta) UFIRCEs § 1º O veículo apreendido será recolhido a local deter-
minado pelo Poder Concedente, e somente será liberado
Art. 130. As multas serão aplicadas em dobro, quando
mediante a apresentação da guia de recolhimento com-
houver reincidência da mesma infração, no período de até
provando o pagamento das multas cabíveis e das despesas
90 (noventa) dias.
decorrentes da apreensão.
Parágrafo único. A reincidência será computada:
§ 2º O infrator fica obrigado ao pagamento de diária
I - no Serviço Regular de Transporte Rodoviário de Pas-
fixada em tabela própria expedida pelo DETRAN/CE, por
sageiros prestado por ônibus, tomando-se por base ocor-
veículo apreendido, até a data de liberação do mesmo, in-
rência em cada linha, por evento;
cluindo esta, independentemente de outras sanções cabí-
II - no Serviço Regular Complementar de Transporte Ro-
doviário de Passageiro quando prestado por mini ônibus, veis.
micro-ônibus e veículos utilitários de passageiros, toman-
do-se por base ocorrência por cada veículo, por evento; CAPÍTULO III - DA FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO
III - no Serviço de Transporte Rodoviário de Passageiros ADMINISTRATIVO
por Fretamento, tomando-se por base ocorrência relativa a Seção I - Disposições Gerais
cada transportadora, por evento.
Art. 133. Os processos administrativos de julgamento
Seção III - Da Retenção do Veículo de autos de infração e de apuração de infrações e aplicação
de penalidades decorrentes de condutas que infrinjam a
Art. 131. Sem prejuízo da aplicação de multa ou de legislação de transportes terrestres e os deveres estabele-
outra sanção cabível, a penalidade de retenção de veícu- cidos nos editais de licitação, nos contratos de concessão e
lo será aplicada, independentemente de a transportadora de permissão, regem-se pelas disposições da Lei Estadual
ou pessoa física ou jurídica infratora encontrar-se, ou não, nº 13.094/2001, com suas alterações, pelas regras deste
operando serviço mediante regular concessão, permissão Regulamento e demais normas legais, regulamentares e
ou autorização do Poder Concedente, quando: pactuadas pertinentes.
I - o veículo não oferecer condições de segurança, con- § 1º Na condução dos processos administrativos de
forto e higiene, ou não apresentar especificações estabele- que trata este Regulamento, o DETRAN/CE obedecerá,
cidas em normas legais e regulamentares pertinentes; dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade,
II - o veículo transportar cargas perigosas sem o devido motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade,
acondicionamento e autorização do poder concedente ou ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse
dos órgãos ou entidades competentes; público e eficiência.
III - o motorista apresentar sinais de embriaguez; § 2º Os processos administrativos serão públicos, salvo
IV - o equipamento registrador de velocidade e tempo se para preservar a intimidade e a proteção de dados sigi-
estiver adulterado ou sem funcionamento; losos dos interessados, quando assim deverá ser declarado
V - o veículo não estiver cadastrado junto ao poder nos autos pela autoridade competente.
concedente.

173
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 134. O processo administrativo será organizado V - assinatura do infrator ou de preposto ou, sendo o
com todas as folhas, exceto capa e contracapa, rubrica- caso, declaração de recusa firmada pelo fiscal;
das e numeradas seguidamente, e todos os despachos e VI - matrícula e assinatura do fiscal que a lavrou.
documentos em ordem cronológica de sua elaboração ou VII - Prazo de apresentação de defesa.
juntada. § 1º A primeira via do auto de infração será entregue
Parágrafo único. Cabe ao agente público que proferir ao infrator ou ao preposto ou representante da empresa;
despachos ou efetuar a juntada de documentos adotar as a segunda via, a ser juntada aos autos do processo, servirá
providências de que trata este artigo. como recibo, devendo o infrator ou o preposto ou repre-
sentante da empresa nela apor seu “ciente” (quando possí-
Seção II - Da instauração do processo vel); a terceira via ficará arquivada no DETRAN/CE.
§ 2º A aposição do “ciente” equivale, para todos os fins,
Art. 135. O processo administrativo ordinário de julga- à intimação do infrator ou do preposto ou representante
mento de autos de infração será instaurado de ofício, como da empresa, presumindo-se conhecedor de todos os ter-
decorrência da própria lavratura do auto. mos nele contido.
§ 3º Em caso de recusa de aposição do “ciente” ou na
Art. 136. O processo administrativo ordinário de apu- hipótese de impossibilidade de sua obtenção, o agente au-
ração de infrações e aplicação de penalidades será ins- tuante registrará no auto de infração tais circunstâncias.
taurado de ofício ou mediante denúncia fundamentada e § 4º Nas hipóteses de que trata o § 3º, a autoridade
acompanhada dos documentos pertinentes formulada por competente enviará, ao infrator ou ao representante legal
qualquer pessoa. da empresa, “Notificação de Autuação” ou, mediante cor-
§ 1º Recebida a denúncia pelo órgão competente do respondência registrada, com aviso de recebimento (AR), a
DETRAN/CE, e não sendo caso de imediata lavratura de primeira via do auto de infração, ou cópia autenticada por
auto de infração, o pretenso infrator será cientificado da servidor autorizado, no prazo máximo de 30 (trinta) dias,
mesma para apresentar resposta que entender de direito. contados da data de sua lavratura.
§ 2º A cientificação do denunciado será acompanhada § 5º A “Notificação de Autuação”, que observará os
de cópia da denúncia formulada, assim como dos docu- modelos aprovados pelo Conselho de Coordenação Admi-
mentos que a acompanharem, e deverá indicar: nistrativa do DETRAN/CE, poderá ser efetuada:
I - os fatos constitutivos da denúncia; I - pessoalmente, por intermédio de servidor do DE-
II - os dispositivos legais, regulamentares ou contra- TRAN/CE, mediante recibo do destinatário ou de seu repre-
tuais infringidos e as penalidades previstas; sentante legal na segunda via do documento;
III - o prazo para apresentação de defesa. II - mediante correspondência registrada, com aviso de
recebimento (AR), contendo indicação expressa de que se
Seção III - Do auto de infração destina a notificar o destinatário;
III - por qualquer outro meio, inclusive eletrônico, que
Art. 137. O auto de infração será lavrado no momento assegure a certeza da ciência do infrator; ou
em que verificada a prática de infração, seja em flagrante, IV - por edital, quando desconhecido ou incerto o lu-
seja no curso de procedimento de fiscalização. gar em que se encontrar o infrator, circunstância que será
§ 1º O auto de infração será lavrado no local em que certificada nos autos.
verificada a falta, salvo se realizado com a utilização inter- § 6º O edital de notificação a que se refere o inciso IV
posta de meio tecnológico ou como resultado de processo do § 5º será publicado uma vez no Diário Oficial do Estado.
administrativo ordinário de apuração de infrações, hipóte- § 7º Serão juntados aos autos, conforme o caso, có-
se em que poderá ser lavrado nas dependências dos ór- pia da “Notificação de Autuação”, o recibo do destinatá-
gãos competentes. rio (§ 5º, I), o aviso de recebimento (§ 5º, II), o documento
§ 2º A autuação será feita, sempre que possível, na que comprove inequivocamente a ciência (§ 5º, III), ou um
pessoa do infrator; e, em se tratando de pessoa jurídica, exemplar da publicação de edital (§ 5º, IV).
a autuação far-se-á na pessoa de seus diretores ou, se au-
sentes, na pessoa de preposto ou representante legal. Seção IV - Da defesa
§ 3º Para efeitos de autuação, consideram-se prepos-
tos os motoristas dos veículos flagrados pela fiscalização. Art. 139. Cientificado o infrator da Notificação de Au-
§ 4º Verificada a prática de duas ou mais infrações, po- tuação ou da denúncia de infração, será conferido o prazo
derão ser lavrados tantos autos quantas forem aquelas. de 10 (dez) dias corridos, a contar da ciência do auto ou do
recebimento da intimação, para o oferecimento da compe-
Art. 138. O Auto de Infração será lavrado em 03 (três) tente defesa.
vias de igual teor e conterá: § 1º Não sendo apresentada defesa, será o fato certi-
I - nome do infrator; ficado nos autos, prosseguindo o processo com a prática
II - número de ordem do auto de infração, identificação dos atos processuais subseqüentes.
do veículo e da linha; § 2º O autuado ou denunciado poderá, a qualquer
III - local, data e horário da infração; tempo, ingressar nos autos, prosseguindo o processo na
IV - descrição sumária da infração cometida e disposi- fase em que se encontra, sem reabertura dos prazos já de-
tivo legal violado; corridos.

174
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 140. A defesa tempestiva suspende a aplicação e, § 1º Acolhida a defesa, o Auto de Infração será cancela-
em sendo o caso, a exigibilidade da penalidade de mul- do ou a denúncia será julgada improcedente, sendo ambos
ta correspondente, ressalvadas as hipóteses de retenção e arquivados, devendo o DETRAN/CE comunicar o fato ao
apreensão de veículo, nos termos da Lei nº 13.094/2001 e autuado ou denunciado.
deste regulamento. § 2º Em caso do não acolhimento da defesa ou de seu
não exercício no prazo previsto, o agente competente veri-
Art. 141. Na fluência do prazo para oferecimento da ficará a regularidade do Auto de Infração ou a procedência
defesa, será facultada o exame do processo aos interes- da denúncia, e, em sendo o caso, aplicará a respectiva san-
sados, representantes legais ou mandatários com poderes ção, expedindo a Notificação de Penalidade, da qual deve-
expressos, nas dependências do DETRAN/CE e durante o rão constar os dados informativos da autuação/denúncia, o
expediente normal. valor da multa devido, o prazo para pagamento e a comu-
Parágrafo único. Não será permitida a retirada dos au- nicação do não acolhimento da defesa, quando for o caso.
tos do processo, das dependências do DETRAN/CE, para
exame dos interessados sem a autorização do responsável, Art. 146. O prazo para pagamento da penalidade de
podendo ser substituída a retirada, quando possível, pelo multa, que deverá constar na Notificação de Penalida-
fornecimento de cópia integral dos autos. de, será, no mínimo, de 5 dias, contados do recebimen-
to da respectiva comunicação, ressalvadas as hipóteses
Seção V - Das provas de retenção e apreensão de veículo, nos termos da Lei nº
13.094/2001 e deste regulamento.
Art. 142. Por força do atributo de presunção de vera- Parágrafo único. Não efetuado o pagamento da pena-
cidade, inerente aos atos administrativos, cabe ao interes- lidade de multa aplicada, no prazo devido, nem interposto
sado a prova dos fatos que alegar, sem prejuízo do dever recurso em tempo hábil, a mesma será inscrita na dívida
atribuído ao órgão competente para a instrução. ativa, para ser cobrada por via judicial, sem prejuízo da
aplicação de outras penalidades cabíveis.
§ 1º As provas deverão ser produzidas no prazo para
defesa e apresentadas junto com esta.
Seção VIII - Dos Recursos Administrativos
§ 2º Ultrapassada a fase de defesa, se novos elementos
de prova vierem aos autos, será assegurado ao(s) interes-
Art. 147. Da decisão proferida pelo DETRAN/CE caberá
sado(s) abertura de prazo para manifestação.
recurso à ARCE, em face de razões de legalidade e de méri-
to, a ser interposto no prazo de 5 dias, contados da ciência
Seção VI - Das nulidades
do interessado.
Art. 143. A nulidade de qualquer ato ou fase do pro- § 1º O recurso será interposto mediante requerimento
cesso administrativo só prejudica os posteriores que dele escrito, no qual o recorrente deverá expor os fundamentos
diretamente dependam ou decorram. do pedido de reexame, devendo ser instruído, obrigato-
§ 1º Os atos que apresentarem vícios sanáveis poderão riamente, com cópias do auto de infração recorrido e de
ser convalidados pela autoridade competente, em decisão decisão proferida pelo DETRAN/CE, e facultativamente,
que evidencie não acarretarem lesão ao interesse público e de outros documentos que julgar convenientes. (Redação
nem prejuízo a terceiros. dada ao parágrafo pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014,
§ 2º Quando a lei prescrever determinada forma, sem DOE CE de 31.12.2014)
cominação de nulidade, a autoridade competente poderá § 2º O não cumprimento do disposto no caput deste
considerar válido o ato se, realizado de outro modo, alcan- artigo, importa inadmissibilidade do recurso pelo DETRAN/
çar a finalidade. CE. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto nº 31.658 ,
de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
Art. 144. Ao declarar qualquer nulidade, a autoridade § 3º O recurso será dirigido à Autoridade que proferiu
competente para o julgamento especificará os atos alcan- a decisão, a qual, no prazo de 10 dias úteis, encaminhará
çados e determinará as providências necessárias. os autos à ARCE para o julgamento. (Redação dada ao pa-
Parágrafo único. Verificada, no entanto, a existência de rágrafo pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de
vicio insanável, poderá ser declarada a nulidade parcial ou 31.12.2014)
total do processo. § 4º A ARCE, no julgamento do recurso, poderá confir-
mar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a
Seção VII - Do Julgamento e Aplicação da Penali- decisão recorrida, na matéria que for de sua competência.
dade (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto nº 31.658 , de
30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
Art. 145. Interposta defesa, será ela dirigida à Diretoria § 5º Os recursos serão recebidos apenas no efeito de-
de Trânsito e Transportes, que autuará e organizará o pro- volutivo. No entanto, excepcionalmente, poderá ser con-
cesso administrativo, acrescentando capa e contra-capa, cedido efeito suspensivo ao recurso por despacho funda-
rubricando e numerando seguidamente todas as páginas. mentado da autoridade responsável da ARCE. (Parágrafo
Após, encaminhará à Procuradoria Jurídica do DETRAN/CE acrescentado pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE
para apreciação da defesa apresentada. CE de 31.12.2014)

175
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 148. O recurso não será conhecido quando inter- Art. 154. As transportadoras atuantes nos Serviços de
posto: Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do
I - fora do prazo; Estado do Ceará são obrigadas a contratar, para seus veí-
II - perante órgão ou autoridade incompetente; culos cadastrados junto ao poder concedente, seguro de
III - por quem não tenha legitimidade para tanto; responsabilidade civil por acidente de que resulte morte
ou danos pessoais ou materiais, em favor da tripulação do
Art. 149. A decisão proferida pela ARCE no julgamento veículo, dos passageiros, de pedestres e de terceiros, nos
do pertinente recurso administrativo é definitiva, devendo valores mínimos fixados neste Regulamento.
esta ser formalmente comunicada ao DETRAN/CE e ao in- Parágrafo único. O usuário legalmente provido de seu
frator. bilhete de passagem, passe ou cortesia, além do seguro
obrigatório previsto na Lei nº 6.194 , de 19 de dezembro
Seção IX - Das disposições transitórias e finais de 1974 (DPVAT), deverá estar garantido pelo seguro de
responsabilidade civil, na forma definida neste regula-
Art. 150. Salvo disposição em contrário, os prazos são
mento.
contínuos, excluindo-se, na sua contagem, o dia do início e
incluindo-se o do vencimento.
Art. 155. O prestador do serviço deverá contratar se-
§ 1º Os prazos iniciam-se e vencem em dias de expe-
guro de responsabilidade civil por acidente de veículo, em
diente normal no DETRAN/CE.
§ 2º O prazo será automaticamente prorrogado até o favor da tripulação, dos passageiros, de pedestres e de
primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em terceiros, para cobertura de danos materiais e pessoais,
que não houver expediente ou este for encerrado antes do em valor fixado no edital.
horário normal.
§ 3º O término de prazo será certificado nos autos. Art. 156. O valor mínimo da apólice de seguro de res-
ponsabilidade civil por acidente de veículo, em favor da
Art. 151. Nos processos administrativos de que trata tripulação, dos passageiros, de pedestres e de terceiros,
este Regulamento, o direito de consultar os autos, de pedir para cobertura de danos materiais e pessoais, será fixados
cópias de documentos deles constantes e de pedir certidão nos seguintes montantes:
é restrito às partes diretamente envolvidas nos processos, I - 500.000 (quinhentas mil) UFIRCE por ônibus;
a seus representantes legais e mandatários devidamente II - 350.000 (trezentos e cinqüenta mil) UFIRCE por
constituídos. miniônibus;
§ 1º O DETRAN/CE poderá exigir ressarcimento das III - 250.000 (duzentas e cinquenta mil) UFIRCE por
despesas decorrentes do disposto neste artigo. microônibus, VUP e VUM.
§ 2º A consulta aos autos fora das hipóteses previstas
neste Regulamento, bem como as solicitações de certidões, Art. 157. Será mantido pelo Poder Concedente um
devem ser requeridas por escrito à autoridade processante. cadastro atualizado de cada transportadora, devendo
qualquer alteração de seus contratos, estatutos sociais ou
Art. 152. A alegação de ignorância ou errada com- registro de firma individual ser prontamente comunicado,
preensão das normas legais e regulamentares não exime sob pena de caducidade da concessão ou permissão ou
de pena o infrator. cancelamento da autorização, conforme for o caso, obser-
vando a precariedade ou não da forma de outorga.
TÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSI-
TÓRIAS Art. 158. O desempenho operacional das transporta-
doras será quantificado e qualificado através do Índice de
Art. 153. Na concessão do Serviço Regular de Transpor- Desempenho Operacional - IDO, que traduz o acompa-
te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, Interurbano nhamento de forma direta e continuada das condições de
ou Metropolitano, o edital da licitação especificará, durante prestação do serviço.
o respectivo prazo, dados estimados de receita operacio-
§ 1º O cálculo do IDO levará em consideração aspectos
nal, ficando a participação de cada concessionária limitada
relacionados a qualidade e ao nível de serviço prestado por
ao percentual máximo correspondente a 40% (quarenta
meio de dados coletados através de pesquisas, dados for-
por cento) da referida receita em cada sistema.
necidos pelas empresas e/ou coletados por meio de equi-
§ 1º É vedada, na concessão do Serviço Regular Inte-
pamentos embarcados.
rurbano de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Pas-
§ 2º O IDO deverá ser apurado anualmente, pela ARCE,
sageiros, a participação da mesma concessionária em mais
com resultados apresentados por empresa, por coope-
de 3 (três) áreas de operação, mesmo que o percentual de
receita não ultrapasse o percentual máximo previsto no rativa, por área de operação e por sistema. A ARCE deve
caput deste artigo. garantir sua divulgação e publicidade incluindo as pon-
§ 2º O limite estipulado no caput deste artigo será ob- tuações e classificação obtida. Após cada apuração a ARCE
servado durante todo o período da concessão, ressalvada, deverá avaliar o processo, a metodologia aplicada e os re-
apenas, a hipótese de crescimento da receita decorrente sultados visando o contínuo aperfeiçoamento do IDO e da
do incremento de demanda na área contratada. prestação dos serviços.

176
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 3º A metodologia de cálculo e os atributos a serem con- Questões


siderados serão detalhados por resolução específica da ARCE a
ser publicada em até 180 dias após a publicação do presente de- 01. (PC/CE – Inspetor de Polícia Civil de 1ª Classe
creto para fins de apuração do IDO relativo ao período seguinte, – 2015 - VUNESP) Sobre o Código de Trânsito Brasileiro,
podendo ser atualizada e revisada anualmente para incorporar está correto afirmar que:
os eventuais aperfeiçoamentos conforme parágrafo anterior. (A) A punição da conduta de participação em racha (ar-
§ 4º Será decretado pelo Poder Concedente a caducida- tigo 308), está condicionada à ocorrência de acidente.
de da concessão ou da permissão daquelas concessionárias (B) O agente que deixa de prestar socorro à vítima em
e permissionárias que não atingirem, na apuração do IDO, os acidente de trânsito fica isento de pena, quando essa omis-
índices mínimos de aprovação (satisfatório) no período con- são for suprida por terceiros.
siderado, de conformidade com o que estabelece o Art. 80 da (C) A conduta de violar ordem de suspensão para diri-
Lei Estadual nº 13.094 , de 12 de janeiro de 2001. (Redação gir veículo automotor é punida, administrativamente, com
dada ao artigo pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE nova suspensão.
CE de 31.12.2014)
(D) O crime do artigo 311 exige perigo de dano para
a conduta de trafegar em velocidade incompatível com a
Art. 159. Serão respeitados, até a finalização de seus pra-
segurança nas proximidades de escolas.
zos, os termos de permissão e contratos de concessão cele-
brados antes da publicação deste Decreto. (E) A conduta de entregar a direção de veículo automo-
tor à pessoa não habilitada é punida, administrativamente,
Art. 160. Revogam-se os Decretos nº 26.103, de 12 de com suspensão do direito de dirigir pelo prazo previsto em
janeiro de 2001, e 26.803, de 24 de outubro de 2002, e as lei.
demais disposições em contrário.
02. (MPE/SC – Motorista – 2014 - FEPESE) Assinale
Art. 161. As questões omissas neste Regulamento serão a alternativa correta em relação à sinalização de trânsito
solucionadas pelo poder concedente, através do órgão ou prevista no Código de Trânsito Brasileiro.
entidade competente. (A) Os gestos do agente de trânsito e do condutor são
considerados sinais de trânsito.
Art. 162. Este Decreto entra em vigor na data de sua pu- (B) Apenas os locais destinados a estacionamentos e
blicação. garagens de uso coletivo é que deverão ter suas entradas e
saídas devidamente identificadas.
Art. 163. Revogam-se as disposições em contrário. (C) Todos os cruzamentos e intersecções entre ruas se-
rão considerados como destinados à travessia de pedes-
PALÁCIO IRACEMA, DO GOVERNO DO ESTADO DO CEA- tres, sendo desnecessária a sua sinalização expressa.
RÁ, em Fortaleza, aos 18 de março 2009. (D) A afixação de publicidade ou de quaisquer legen-
Cid Ferreira Gomes das ou símbolos ao longo das vias públicas é livre à inicia-
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ tiva privada.
Francisco Adail de Carvalho Fontenele (E) Os semáforos luminosos estão em primeiro lugar na
SECRETÁRIO DA INFRA-ESTRUTURA ordem de prevalência de atendimento aos sinais de trân-
Fernando Antônio Costa de Oliveira sito.
PROCURADOR GERAL DO ESTADO
03. (DETRAN/RO – Motorista – 2014- IDECAN) Se-
gundo o Código de Trânsito Brasileiro, é PROIBIDA a circu-
lação de ciclomotores:
(A) Em qualquer via arterial.
(B) Apenas sobre as calçadas das vias arteriais.
(C) Apenas sobre as calçadas das vias urbanas.
(D) Nas vias arteriais e sobre as calçadas das vias ur-
banas.
(E) Nas vias de trânsito rápido e sobre as calçadas das
vias urbanas.

04. (DETRAN/RO – Motorista – 2014 - IDECAN) Se-


gundo o Código de Trânsito Brasileiro, transitar em marcha
à ré é
(A) Proibido.
(B) Permitido, apenas em casos de vias sinalizadas ver-
ticalmente.
(C) Permitido, apenas em casos de vias sinalizadas ho-
rizontalmente.

177
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

(D) Permitido, em casos de congestionamento para sair (C) Os veículos de polícia, sob qualquer circunstância, e
do fluxo de veículos. os de caráter oficial, apenas, quando em urgência.
(E) Permitido, na distância necessária a pequenas ma- (D) Os veículos de socorro de incêndio e salvamento, os
nobras e de forma a não causar riscos à segurança. quais terão prioridade no trânsito, apenas, quando em pres-
05. (Prefeitura de Recife/PE – Guarda Municipal – tação de serviço de urgência, com os dispositivos sonoros e
2014 - IPAD) São medidas administrativas que podem ser luminosos acionados, sendo que os pedestres devem aguar-
adotadas pela autoridade de trânsito ou seus agentes de dar sua passagem na calçada para, somente após, atravessar
acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, exceto: a via.
(A) Retenção do veículo. (E) Os veículos oficiais de transporte de autoridades
(B) Recolhimento do Certificado de Licenciamento públicas têm prioridade de trânsito em relação aos demais
Anual. veículos, quando no efetivo transporte de autoridade, po-
(C) Transbordo do excesso de carga. rém, não possuem a prerrogativa de livre circulação e parada
(D) Retirada compulsiva de película. como os veículos de polícia.
(E) Recolhimento de animais que se encontrem soltos
nas vias e na faixa de domínio das vias de circulação, res- 10. (SURG – Agente de Trânsito – 2014 - CONSUL-
tituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento de PAM) Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, compete aos
multas e encargos devidos. órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios,
no âmbito de sua circunscrição, à EXCEÇÃO de:
06. (SURG – Motorista de Caminhão – 2014 - CON- (A) Registrar e licenciar, na forma da legislação, ciclomo-
SUKPAM) Qual das hipóteses abaixo relacionadas Não tores, veículos de tração e propulsão humana e de tração
corresponde às classificações dos sinais de trânsito, segun- animal, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades e ar-
do o Código de Trânsito Brasileiro: recadando multas decorrentes de infrações.
(A) Dispositivos de sinalização auxiliar. (B) Realizar, fiscalizar e controlar o processo de forma-
(B) Luminosos. ção, aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de conduto-
(C) Gestos oriundos exclusivamente dos agentes de res, expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão
trânsito. para Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação, mediante de-
legação do órgão federal competente.
(D) Horizontais.
(C) Registrar e licenciar, na forma da legislação, ciclomo-
tores, veículos de tração e propulsão humana e de tração
07. (DETRAN/RO – Motorista – 2014 - IDECAN) De
animal, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades e ar-
acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, NÃO faz parte
recadando multas decorrentes de infrações.
do Sistema Nacional de Trânsito o seguinte órgão:
(D) Credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar
(A) PRF.
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de
(B) CONTRANDIFE.
veículos, escolta e transporte de carga indivisível.
(C) DETRAN dos estados
(D) Polícias Civis dos estados. Respostas
(E) Polícias Militares dos estados.
01. D.
08. (DETRAN/RO – Motorista – 2014 - IDECAN) De CTB
acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o Conselho Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a
Nacional de Trânsito possui, em sua composição, um repre- segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações
sentante de cada um dos seguintes Ministérios, EXCETO: de embarque e desembarque de passageiros, logradouros
(A) Ministério da Saúde. estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentra-
(B) Ministério do Exército. ção de pessoas, gerando perigo de dano.
(C) Ministério da Agricultura. Observamos a ocorrência de erro na alternativa E:Quem
(D) Ministério dos Transportes. determina pena é o juiz:
(E) Ministério da Ciência e Tecnologia. Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veí-
culo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação
09. (TRF/4ª Região – Técnico Judiciário – Seguran- cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a
ça e Transporte – 2014 - FCC) Segundo o Código de Trân- quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por em-
sito Brasileiro - CTB, são veículos que gozam de prioridade briaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segu-
no trânsito, livre circulação e parada: rança: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
(A) As ambulâncias, apenas, quando no atendimento
de urgência, com os dispositivos sonoros e luminosos acio- 02. A.
nados, sendo que os demais veículos devem deixar livre a A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:
faixa da direita para a sua passagem. 1º - as ordens do agente de trânsito prevalecem sobre
(B) Os veículos oficiais que transportam autoridades as normas de circulação e outros sinais;
públicas representantes de um dos poderes (legislativo, 2º - as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
executivo e judiciário), quando em deslocamento com as 3º - as indicações dos sinais sobre as demais normas
respectivas autoridades. de trânsito.

178
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

03. E. III - dispositivos de sinalização auxiliar


Art. 57 CTB: Os ciclomotores devem ser conduzidos IV - luminosos
pela direita da pista de rolamento, preferencialmente no V - sonoros
centro da faixa mais à direita ou no bordo direito da pis- VI - gestos do agente de trânsito e do condutor.
ta sempre que não houver acostamento ou faixa própria a
eles destinada, proibida a sua circulação nas vias de trânsi- 07. D.
to rápido e sobre as calçadas das vias urbanas. Órgãos e entidades executivos de trânsito da União –
DENATRAN;
04. E. Órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados
CTB – DETRAN;
Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na distância Órgãos e entidades executivos rodoviários da União –
necessária a pequenas manobras e de forma a não causar DNIT;
riscos à segurança: Órgãos e entidades executivos rodoviários dos Estados
Infração - grave; – DER;
Penalidade - multa. Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os
seguintes órgãos e entidades:
05. D. I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coor-
CTB denador do Sistema e órgão máximo normativo e consul-
Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, tivo;
na esfera das competências estabelecidas neste Código II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o
e dentro de sua circunscrição, deverá adotar as seguintes Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE,
medidas administrativas: órgãos normativos, consultivos e coordenadores;
I - retenção do veículo; III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da
II - remoção do veículo; União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação; IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir; União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
V - recolhimento do Certificado de Registro; V - a Polícia Rodoviária Federal;
VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Fe-
Anual; deral; e
VII - (VETADO) VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações
VIII - transbordo do excesso de carga; - JARI.
IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou
perícia de substância entorpecente ou que determine de- 08. C.
pendência física ou psíquica; Art. 10, CTB: O Conselho Nacional de Trânsito (Con-
X - recolhimento de animais que se encontrem soltos tran), com sede no Distrito Federal e presidido pelo diri-
nas vias e na faixa de domínio das vias de circulação, res- gente do órgão máximo executivo de trânsito da União,
tituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento de tem a seguinte composição:
multas e encargos devidos. III - um representante do Ministério da Ciência e Tec-
XI - realização de exames de aptidão física, mental, de nologia;
legislação, de prática de primeiros socorros e de direção IV - um representante do Ministério da Educação e do
veicular. Desporto;
§ 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medi- V - um representante do Ministério do Exército;
das administrativas e coercitivas adotadas pelas autorida- VI - um representante do Ministério do Meio Ambiente
des de trânsito e seus agentes terão por objetivo prioritário e da Amazônia Legal;
a proteção à vida e à incolumidade física da pessoa. VII - um representante do Ministério dos Transportes;
§ 2º As medidas administrativas previstas neste artigo XX - um representante do ministério ou órgão coorde-
não elidem a aplicação das penalidades impostas por infra- nador máximo do Sistema Nacional de Trânsito;
ções estabelecidas neste Código, possuindo caráter com- XXII - um representante do Ministério da Saúde.
plementar a estas. XXIII - 1 (um) representante do Ministério da Justiça.
§ 3º São documentos de habilitação a Carteira Nacional XXIV - 1 (um) representante do Ministério do Desen-
de Habilitação e a Permissão para Dirigir. volvimento, Indústria e Comércio Exterior;
§ 4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inci- XXV - 1 (um) representante da Agência Nacional de
so X o disposto nos arts. 271 e 328, no que couber. Transportes Terrestres (ANTT).

06. C. 09. D.
NÃO corresponde a classificação: Art. 29, CTB:
Art. 87 do CTB VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e
I - verticais salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação
II - horizontais de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trân-

179
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

sito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada,


quando em serviço de urgência e devidamente identifica- ANOTAÇÕES
dos por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e
iluminação vermelha intermitente, observadas as seguintes
disposições: ___________________________________________________
a) quando os dispositivos estiverem acionados, indi-
cando a proximidade dos veículos, todos os condutores ___________________________________________________
deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda,
___________________________________________________
indo para a direita da via e parando, se necessário;
b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão ___________________________________________________
aguardar no passeio, só atravessando a via quando o veí-
culo já tiver passado pelo local; ___________________________________________________
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de ilumi-
nação vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da ___________________________________________________
efetiva prestação de serviço de urgência. ___________________________________________________
10. B. ___________________________________________________
Art. 24, CTB: Compete aos órgãos e entidades executi-
vos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circuns- ___________________________________________________
crição:
XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, ciclo- ___________________________________________________
motores, veículos de tração e propulsão humana e de tra- ___________________________________________________
ção animal, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades
e arrecadando multas decorrentes de infrações; ___________________________________________________
XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e ado-
tar medidas de segurança relativas aos serviços de remo- ___________________________________________________
ção de veículos, escolta e transporte de carga indivisível;
___________________________________________________
Art. 22, CTB: Compete aos órgãos ou entidades exe-
cutivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no ___________________________________________________
âmbito de sua circunscrição:
II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de forma- ___________________________________________________
ção, aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de condu-
tores, expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permis- ___________________________________________________
são para Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação, median- ___________________________________________________
te delegação do órgão federal competente.
___________________________________________________
Referências
___________________________________________________
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/L9503Compilado.htm. Acesso em setembro de 2017. ___________________________________________________

___________________________________________________
Disponível em: http://www.detran.pr.gov.br/. Acesso
em setembro de 2017. ___________________________________________________

Disponível em: http://www.normasbrasil.com.br/nor- ___________________________________________________


ma/decreto-29687-2009-ce_281293.html. Acesso em se-
___________________________________________________
tembro de 2017.
___________________________________________________
Disponível em: http://www.denatran.gov.br/pergun-
tas-frequentes. Acesso em setembro de 2017. ___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

180
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 03-) (POLÍCIA CIVIL/SP – INVESTIGADOR DE POLÍ-


SOBRE: LÍNGUA PORTUGUESA CIA – VUNESP/2013) Depois da Constituição, o Código
Penal é a mais importante peça jurídica. É ele que de-
01-) (DCTA – TECNOLOGISTA JÚNIOR [AERONÁUTI- fine os limites de fato _______ liberdade individual e es-
CA] – VUNESP/2013 - ADAPTADA) Os versos do poema tabelece quando o Estado está autorizado _____ exercer
reescritos assumem versão correta quanto à colocação violência contra o cidadão, encarcerando-___.
pronominal em: (Folha de S.Paulo, 17.06.2012. Adaptado)
(A) Aos da pesada, não diga-lhes que lamentamo-
-nos./ Me envie uma notícia boa. De acordo com a norma-padrão, as lacunas do tex-
(B) Aos da pesada, não diga-lhes que nos lamenta- to são preenchidas, correta e respectivamente, com:
mos./ Me envie uma notícia boa. (A) à ... à ... o
(C) Aos da pesada, não lhes diga que lamentamo- (B) a ... a ... lhe
-nos./ Envie-me uma notícia boa. (C) a ... à ... o
(D) à ... à ... lhe
(D) Aos da pesada, não lhes diga que nos lamenta-
(E) à ... a ... o
mos./ Envie-me uma notícia boa.
(E) Aos da pesada, não lhes diga que nos lamenta- Define os limites para a liberdade, à liberdade / Auto-
mos./ Me envie uma notícia boa. rizado a exercer (verbo no infinitivo)
Encarcerando ele (objeto direto) = encarcerando-o
Como os itens apresentam o mesmo texto, a alterna- À / a / o.
tiva correta já indica as inadequações nas demais. Vale a
dica: não se inicia um parágrafo com pronome oblíquo (Me RESPOSTA: “E”.
envie).
04-) (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) O
RESPOSTA: “D”. verbo empregado no plural que também poderia ter
sido flexionado no singular, sem prejuízo para a corre-
ção, está em:
02-) (POLÍCIA CIVIL/SP – INVESTIGADOR DE PO-
(A) Para o domínio desse jogo, especialistas dão
LÍCIA – VUNESP/2013) Assinale a alternativa correta instruções sobre ...
quanto à pontuação e à colocação pronominal. (B) Todos os jogos se compõem de duas partes ...
(A) Infelizmente, se transformou, o ímpeto de Ha- (C) As vitórias no jogo interior talvez não acrescen-
gar, num passo lento depois que casamos. tem novos troféus ...
(B) Depois que casamos, infelizmente se transfor- (D) Mas, por algum motivo, a maioria das pessoas
mou, o ímpeto de Hagar num passo lento. têm mais facilidade para ...
(C) Infelizmente se transformou o ímpeto de Hagar (E) ... todos os hábitos da mente que inibem a exce-
num passo lento, depois que casamos. lência do desempenho.
(D) Se transformou num passo lento, infelizmente,
(A) Para o domínio desse jogo, especialistas dão instru-
o ímpeto de Hagar depois que casamos.
ções = somente no plural
(E) Depois que casamos infelizmente transformou-
(B) Todos os jogos se compõem de duas partes = so-
-se num passo lento o ímpeto de Hagar. mente no plural
(C) As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem
Fiz as inclusões e assinalei (X) as exclusões de pontua- = somente no plural
ção: (D) Mas, por algum motivo, a maioria das pessoas têm
(A) Infelizmente ,(X) se transformou (ou: Infelizmente, = ou tem (concordar com “a maioria”)
transformou-se) (E) ... todos os hábitos da mente que inibem = somente
(B) Depois que casamos, infelizmente se transformou, no plural
(X) o ímpeto de Hagar num passo lento.
(C) Infelizmente se transformou o ímpeto de Hagar RESPOSTA: “D”.
num passo lento, depois que casamos.
05-) (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ANALISTA
(D) Se transformou (transformou-se) num passo lento,
DE SISTEMAS – VUNESP/2012) Observe as frases:
infelizmente, o ímpeto de Hagar ( , ) depois que casamos. I. Alguns analistas sugerem que a atual súbita va-
(E) Depois que casamos ( , ) infelizmente transformou- lorização das empresas de internet representa a mesma
-se (se transformou) num passo lento o ímpeto de Hagar. “exuberância irracional” dos anos 90.
II. Alguns analistas comentam de que a atual súbita
RESPOSTA: “C”. valorização das empresas de internet representa a mes-
ma “exuberância irracional” dos anos 90.

181
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

III. Alguns analistas têm certeza que a atual súbita Todas as pessoas envolvidas de alguma forma com
valorização das empresas de internet representa a mes- o ensino já _______ de ouvir que os trabalhos escolares
ma “exuberância irracional” dos anos 90. atuais são feitos na base do copy e parte de trechos in-
Quanto à regência, está correto o contido em teiros da Wikipédia. Não existe mais pesquisa, ninguém
(A) I, apenas. _________ em aprender, tudo ______ a ficar no computador
(B) III, apenas. o dia inteiro…
(C) I e II, apenas. (Galileu, outubro de 2010)
(D) II e III, apenas. As lacunas do período devem ser preenchidas, cor-
reta e respectivamente, com
I. Alguns analistas sugerem que a atual súbita valoriza- (A) se cansaram … esforça-se … resume-se
ção das empresas de internet representa a mesma “exube- (B) cansaram-se … esforça-se … resume-se
(C) se cansaram … esforça-se … se resume
rância irracional” dos anos 90.
(D) cansaram-se … se esforça … resume-se
II. Alguns analistas comentam de (X) que a atual súbita
(E) se cansaram … se esforça … se resume
valorização das empresas de internet representa a mesma
“exuberância irracional” dos anos 90. O advérbio “atrai” pronome oblíquo: já se; pronomes
III. Alguns analistas têm certeza (de) que a atual súbita indefinidos também “atraem”: “ninguém se” e “tudo se”.
valorização das empresas de internet representa a mesma
“exuberância irracional” dos anos 90. RESPOSTA: “E”.

RESPOSTA: “A”. 08-) (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-


PE/2012) O acento grave, que é sinal indicativo de crase
06-) (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ANALISTA em “acesso à Internet”, justifica-se porque a regência
DE SISTEMAS – VUNESP/2012) Assinale a alternativa do termo “acesso” exige complemento antecedido pela
correta quanto à concordância, segundo a norma-pa- preposição a e a palavra “Internet” está antecedida por
drão da língua portuguesa. artigo definido feminino.
(A) No fim dos anos 90, valorizou-se empresas vir-
Explicação correta para justificar a ocorrência do acen-
tuais sem plano de negócio e sem nenhum lucro. to indicativo de crase na expressão “acesso à Internet”.
(B) Já fazem uns 20 anos que se viveu o auge da
bolha da internet, com supervalorização de empresas RESPOSTA: “CERTO”.
digitais.
(C) Daquelas arapucas digitais dos fins dos anos 90 09-) (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
sobraram pouco investimento. PE/2012)
(D) Alguns analistas veem que existem novamente A análise dos dados da Pesquisa Nacional de Amos-
empresas de internet com súbita valorização. tra por Domicílios relativa ao ano de 2004 traz um re-
(E) Veem-se novamente que circulam promessas de sultado surpreendente: em todas as faixas de renda, o
multiplicação bilionária do capital de empresas de alta número de domicílios que têm apenas telefone celular
tecnologia. aumentou. O maior salto ocorreu nas faixas entre um e
dois salários mínimos e entre dois e cinco salários mí-
nimos: mais 7% em cada uma delas. Entretanto, a pre-
(A) No fim dos anos 90, valorizou-se (valorizaram-se)
sença unicamente do celular também expandiu-se na
empresas virtuais sem plano de negócio e sem nenhum
menor faixa de renda (menos de um salário mínimo),
lucro. mais 4%, e na maior faixa de renda (mais de 20 salários
(B) Já fazem (faz) uns 20 anos que se viveu o auge da mínimos), mais 0,32%. Em decorrência do fenômeno da
bolha da internet, com supervalorização de empresas di- expansão dos que só têm celular — a taxa de penetra-
gitais. ção passou de 11,20%, em 2003, para 16,47%, em 2004
(C) Daquelas arapucas digitais dos fins dos anos 90 so- —, houve uma diminuição dos telefones fixos. A pre-
braram (sobrou) pouco investimento. sença do telefone fixo na casa dos brasileiros caiu de
(D) Alguns analistas veem que existem novamente em- 50,83% para 48,89%.
presas de internet com súbita valorização. Internet: <www.anatel.gov.br> (com adaptações)
(E) Vê-se novamente que circulam promessas de mul- Em “expandiu-se”, o pronome “se” indica que o su-
tiplicação bilionária do capital de empresas de alta tecno- jeito do período é indeterminado.
logia.
Voltemos ao texto: Entretanto, a presença unicamente
do celular também expandiu-se na menor faixa de renda =
RESPOSTA: “D”.
“a presença unicamente do celular expandiu”. Sujeito sim-
ples.
07-) (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ANALISTA
DE SISTEMAS – VUNESP/2012) RESPOSTA: “ERRADO”.

182
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

10-) (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2010


PE/2012) A forma verbal “têm” está no plural porque - ADAPTADA) LEIA O TEXTO PARA RESPONDER ÀS
concorda com o antecedente do pronome relativo. QUESTÕES 14 E 15.
Vão surgindo novos sinais do crescente otimismo
Recorramos, novamente, ao texto: (...) o número de
da indústria com relação ao futuro próximo. Um deles
domicílios que têm apenas telefone celular aumentou =
refere-se às exportações. “O comércio mundial já está
domicílios “que/os quais” (pronome relativo) têm apenas
voltando a se abrir para as empresas”, diz o gerente
telefone celular aumentou.
executivo de pesquisas da Confederação Nacional da
RESPOSTA: “CERTO”. Indústria (CNI), Renato da Fonseca, para explicar a me-
lhora das expectativas dos industriais com relação ao
11-) (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- mercado externo.
PE/2012) Nas palavras “análise” e “mínimos”, o em- Quanto ao mercado interno, as expectativas da in-
prego do acento gráfico tem justificativas gramaticais dústria não se modificaram. Mas isso não é um mau
diferentes. sinal, pois elas já eram francamente otimistas. Há al-
gum tempo, a pesquisa da CNI, realizada mensalmente
Análise = proparoxítona / mínimos = proparoxítona. a partir de 2010, registra grande otimismo da indústria
Ambas são acentuadas pela mesma regra (antepenúltima com relação à demanda interna. Trata-se de um sen-
sílaba é tônica, “mais forte”). timento generalizado. Em todos os setores industriais,
a expressiva maioria dos entrevistados acredita no au-
RESPOSTA: “ERRADO”. mento das vendas internas.
O Estado de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adap-
12-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- tações).
PE/2012)
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca 14-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
a totalidade do universo, toda a sociedade, a história, PE/2010) Em relação às estruturas linguísticas do texto
a concepção de mundo. É uma verdade que se diz so- acima, julgue os itens a seguir.
bre o mundo, que se estende a todas as coisas e à qual O emprego do acento grave indicativo de crase em
nada escapa. É, de alguma maneira, o aspecto festivo “refere-se às” justifica-se pela regência do verbo referir,
do mundo inteiro, em todos os seus níveis, uma espécie que exige complemento com a preposição a, e pela pre-
de segunda revelação do mundo. sença do artigo definido feminino plural.
Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o
Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: “Um deles refere-se às exportações.” O verbo “referir-
Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações). -se” pede preposição, pois quem “se refere”, “refere-se” a
algo ou a alguém. Portanto, a explicação contida no enun-
Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente ciado da questão está correta.
textual “O riso”.
RESPOSTA: “CERTO”.
Vamos ao texto: O riso é tão universal como a serie-
dade; ele abarca a totalidade do universo (...). Os termos 15-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
relacionam-se. O pronome “ele” retoma o sujeito “riso”. PE/2010) O nome próprio “Renato da Fonseca” está
RESPOSTA: “CERTO”. entre vírgulas por tratar-se de um vocativo.

13-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- Recorramos ao texto (lembre-se de fazer a mesma coi-
PE/2012) Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciên- sa no dia do seu concurso!): (...) diz o gerente executivo
cia” recebem acento gráfico com base na mesma regra de pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI),
de acentuação gráfica. Renato da Fonseca, para explicar a melhora das expecta-
tivas. O termo em destaque não está exercendo a função
Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; diária = de vocativo, já que não é utilizado para evocar, chamar o
paroxítona terminada em ditongo; paciência = paroxítona interlocutor do diálogo. Sua função é de aposto – explicar
terminada em ditongo. Os três vocábulos são acentuados quem é o gerente executivo da CNI.
devido à mesma regra.
RESPOSTA: “ERRADO”.
RESPOSTA: “CERTO”.

183
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

16-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- condições de manter as rodovias em perfeitas condi-
PE/2010) ções. A privatização surge como alternativa para resol-
Só agora, quase cinco meses depois do apagão ver esse problema. Com o auxílio da iniciativa privada,
que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados o governo consegue fazer muito mais em pouco tempo.
do país, surge uma explicação oficial satisfatória para Internet: <http://administracaoesucesso.com/> (com
o corte abrupto e generalizado de energia no final de adaptações).
2009.
Segundo relatório da Agência Nacional de Energia A forma verbal “têm” está no plural porque concor-
Elétrica (ANEEL), a responsabilidade recai sobre a em- da com “O governo federal e os governos estaduais”,
presa estatal Furnas, cujas linhas de transmissão cruzam que é sujeito composto.
os mais de 900 km que separam Itaipu de São Paulo.
Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de Vamos ao nosso aliado! O governo federal e os go-
investimentos e também erros operacionais conspira- vernos estaduais nem sempre têm condições. Os termos
ram para produzir a mais séria falha do sistema de ge- relacionam-se (sujeito composto por dois núcleos: governo
ração e distribuição de energia do país desde o traumá- federal, governos estaduais). Justificativa correta.
tico racionamento de 2001.
Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adapta- RESPOSTA: “CERTO”.
ções).
19-) (PORTO DE SANTOS/SP – PROJETISTA – VU-
Considerando os sentidos e as estruturas linguís- NESP/2011) Assinale a alternativa em que a pontuação
ticas do texto acima apresentado, julgue os próximos está correta.
itens. (A) A esmola conforme se sabe, nunca foi a solução.
A oração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em (B) A esmola, conforme se sabe, nunca foi, a solu-
18 estados do país” tem, nesse contexto, valor restriti- ção.
vo. (C) A esmola conforme, se sabe, nunca foi a solu-
ção.
Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo (D) A esmola, conforme se sabe nunca foi, a solu-
menos 1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por ção.
“o qual”, portanto, trata-se de um pronome relativo (ora- (E) A esmola, conforme se sabe, nunca foi a solução.
ção subordinada adjetiva). Quando há presença de vírgula,
temos uma adjetiva explicativa (generaliza a informação Como os itens apresentam o mesmo texto, não indi-
da oração principal. A construção seria: “do apagão, que quei as inadequações nos demais, já que a alternativa cor-
atingiu pelo menos 1800 cidades em 18 estados do país”); reta acaba identificando-as.
quando não há, temos uma adjetiva restritiva (restringe,
delimita a informação – como no caso do exercício). RESPOSTA: “E”.

RESPOSTA: “CERTO’. 20-) (PORTO DE SANTOS/SP – PROJETISTA – VU-


NESP/2011) Assinale a alternativa em que o acento in-
17-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- dicador da crase está corretamente empregado.
PE/2010) O emprego de vírgula logo após “obsoletos” (A) Eles não conheciam à artimanha daquele pedin-
justifica-se por isolar expressão com função adverbial. te.
(B) De outubro à dezembro, ele conseguiu muito
Texto: Equipamentos obsoletos, falta de manutenção dinheiro.
e de investimentos e também erros operacionais (...) = a (C) Ele se dizia preso à cadeira de rodas há 10 anos.
vírgula tem a função de enumerar exemplos, justificativas (D) Vários mendigos estão nas ruas de segunda à
para a ocorrência do apagão. domingo.
(E) Há mulheres que usam à criança para causar pie-
RESPOSTA: “ERRADO”. dade.
(A) Eles não conheciam à artimanha = a artimanha (ob-
18-) (ANTT – TODOS OS CARGOS – NÍVEL INTERME- jeto direto)
DIÁRIO – CESPE/2013) (B) De outubro à dezembro, ele conseguiu muito di-
Muitos são contra a privatização de rodovias e a co- nheiro. = outubro a dezembro
brança de pedágio. Realmente, pode-se dizer que é pa- (C) Ele se dizia preso à cadeira de rodas há 10 anos.
gar impostos duas vezes; no entanto, no Brasil, grande (D) Vários mendigos estão nas ruas de segunda à do-
parte das rodovias que não são privatizadas não possui mingo.= segunda a domingo
boas condições de tráfego. Ou seja, pagamos apenas (E) Há mulheres que usam à criança para causar pieda-
uma vez, mas não temos rodovias de qualidade. O go- de. = a criança (objeto direto)
verno federal e os governos estaduais nem sempre têm
RESPOSTA: “C”.

184
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

21-) (PORTO DE SANTOS/SP – PROJETISTA – VU- (C) Toda espécie de engenhoca eram (era) construída
NESP/2011) Considere as frases: por bons mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
I. O mendigo não interessou-se pelo trabalho. (D) Toda espécie de engenhoca era construídas (cons-
II. Ele é o mesmo senhor que nos pediu dinheiro on- truída) por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar
tem. com máquinas.
III. Me informaram que a idosa não era tão pobre. (E) Toda espécie de engenhoca era construída por bons
A colocação pronominal está de acordo com a nor- mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
ma culta apenas em
(A) I. RESPOSTA: “E”.
(B) II.
(C) III. 24-) (POLÍCIA CIVIL/SP – OFICIAL ADMINISTRATI-
(D) I e II. VO – VUNESP/2014) Considerando as regras de concor-
(E) II e III. dância verbal, o termo em destaque na frase – Segundo
alguns historiadores, houve dois sacolejões maiores na
I. O mendigo não interessou-se = não se interessou
história da humanidade. – pode ser corretamente subs-
(advérbio)
II. Ele é o mesmo senhor que nos pediu dinheiro on- tituído por:
tem. = (pronome) (A) ocorreram.
III. Me informaram que a idosa não era tão pobre. = (B) sucedeu-se.
Informaram-me (início de período) (C) existiu.
(D) houveram.
RESPOSTA: “B”. (E) aconteceu.

22-) (PORTO DE SANTOS/SP – PROJETISTA – VU- Vamos por exclusão! Se substituíssemos “houve” por
NESP/2011) Nós não estamos _______ _______ desconfiar “existir”, esse deve ir para o plural, já que temos “dois sa-
____ pessoas que pedem ajuda. colejões” e é com ele que o verbo concordará (sujeito). O
(A) habituado … por … em mesmo aconteceria com os verbos: ”sucede” (sucederam-
(B) habituados … a … de -se) e “aconteceu” (aconteceram). “Houveram” é incorre-
(C) habituados … em … com ta, já que no sentido de “existir” ele é invariável (“houve”,
(D) habituado … com … de como no enunciado).
(E) habituado … a … por
RESPOSTA: “A”.
“Habituados a” = regência nominal / “desconfiar de” =
regência verbal.
25-) (POLÍCIA CIVIL/SP – OFICIAL ADMINISTRA-
RESPOSTA: “B”. TIVO – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta
quanto à concordância das palavras, de acordo com a
23-) (POLÍCIA CIVIL/SP – OFICIAL ADMINISTRA- norma-padrão da língua portuguesa.
TIVO – VUNESP/2014) Assinale a alternativa em que (A) Parece haver um descontentamento generaliza-
a reescrita da frase – Os bons mecânicos sabiam lidar do dos empresário em relação aos profissionais recém-
com máquinas e construir toda espécie de engenhoca. -formados, conforme a constatação de recentes pes-
– está correta quanto à concordância, de acordo com a quisas.
norma-padrão da língua. (B) Parece haver um descontentamento generaliza-
(A) Toda espécie de engenhoca eram construídas do dos empresários em relação aos profissionais recém-
por bons mecânicos, os quais sabia lidar com máquinas. -formados, conforme a constatação de recente pesqui-
(B) Toda espécie de engenhoca era construída por sas.
bons mecânicos, os quais sabia lidar com máquinas. (C) Parece haver um descontentamento genera-
(C) Toda espécie de engenhoca eram construída por lizado dos empresários em relação aos profissionais
bons mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas. recém-formados, conforme a constatação de recentes
(D) Toda espécie de engenhoca era construídas por pesquisas.
bons mecânicos, os quais sabia lidar com máquinas. (D) Parece haver um descontentamento generaliza-
(E) Toda espécie de engenhoca era construída por
do dos empresários em relação aos profissionais recém-
bons mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
-formado, conforme a constatação de recentes pesqui-
Fiz as correções entre parênteses: sas.
(A) Toda espécie de engenhoca eram (era) construídas (E) Parece haver um descontentamento genera-
(construída) por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lizado dos empresários em relação aos profissionais
lidar com máquinas. recém-formados, conforme a constatação de recentes
(B) Toda espécie de engenhoca era construída por bons pesquisa.
mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar com máquinas.

185
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

Já que os itens apresentam o mesmo texto, ao indicar *Observação:


a alternativa correta, automaticamente encontramos as in- Na sua origem italiana, ‘alerta’ é interjeição (Alerta!)
correções presentes nas demais. que passa a ser também advérbio em português. Portanto,
como todo advérbio, é palavra invariável, ou seja, não tem
RESPOSTA: “C”. singular nem plural, nem flexiona no feminino. Assim consta
nos dicionários de Cândido Figueiredo (1949), Antenor Nas-
26-) (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP centes e Francisco Fernandes, e nas gramáticas de Evanildo
- AGENTE OPERACIONAL – VUNESP/2012 - ADAPTA- Bechara e Luiz Antonio Sacconi. Estes autores não mencio-
DA) Assinale a alternativa que apresenta o trecho – ... o nam ‘alerta’ como adjetivo e exemplificam: Estejamos alerta
doutorando enviou seu estudo para a Sociedade Britâ- / São pessoas alerta.
nica de Psicologia para apreciação e não esperava que (Fonte:http://www.vestibulandoweb.com.br/portugues/
houvesse tanta publicidade. – reescrito de acordo com portugues-lerta.asp)
a norma-padrão, com indicação de ação a se realizar e
correta correlação verbal. RESPOSTA: “D”.
(A) ... o doutorando enviaria seu estudo para a So-
ciedade Britânica de Psicologia para apreciação e não 28-) (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP -
esperava que haveria tanta publicidade. AGENTE OPERACIONAL – VUNESP/2012) Assinale a al-
(B) ... o doutorando envia seu estudo para a Socie- ternativa que apresenta concordância verbal de acordo
dade Britânica de Psicologia para apreciação e não es- com a norma-padrão da língua.
perará que houvesse tanta publicidade. (A) Compareceu, segundo a Worcester News e o TG
(C) ... o doutorando enviara seu estudo para a So- Daily, cerca de 100 pessoas para a pesquisa.
ciedade Britânica de Psicologia para apreciação e não (B) Somos nós que conduzimos a pesquisa na Uni-
esperara que haverá tanta publicidade. versidade de Worcester.
(D) ... o doutorando enviará seu estudo para a So- (C) Haviam muitas pesquisas paradas antes da che-
ciedade Britânica de Psicologia para apreciação e não gada de Richard Balding.
esperará que haja tanta publicidade. (D) Fazem vinte anos que não chegam a resultado
conclusivo sobre o uso de celulares.
O exercício quer que conjuguemos o verbo no futuro
do presente (ação a se realizar). Como o enunciado é es- (A) Compareceu (compareceram), segundo a Worcester
pecífico (quer determinado tempo verbal), não fiz as corre- News e o TG Daily, cerca de 100 pessoas para a pesquisa.
ções nas demais alternativas, pois, em um concurso, perde-
(B) Somos nós que conduzimos a pesquisa na Univer-
ríamos tempo consertando os itens que não nos interes-
sidade de Worcester.
sam. Vamos à construção: o doutorando enviou (enviará)
(C) Haviam (havia) muitas pesquisas paradas antes da
seu estudo para a Sociedade Britânica de Psicologia para
chegada de Richard Balding.
apreciação e não esperava (esperará) que houvesse (haja)
(D) Fazem (faz) vinte anos que não chegam a resultado
tanta publicidade. = enviará / esperará / haja.
conclusivo sobre o uso de celulares.
RESPOSTA: “D”.
RESPOSTA: “B”.
27-) (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP
- AGENTE OPERACIONAL – VUNESP/2012) Leia as ora- 29-) (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP
ções a seguir. - AGENTE OPERACIONAL – VUNESP/2012 - adaptada)
I. É proibido o uso de aparelhos celulares em postos Assinale a alternativa que apresenta o termo em des-
de gasolina. taque no trecho – Se tão contrário a si é o mesmo amor?
II. Bastantes pessoas fazem uso diário de telefones – com a mesma função que aparece no poema.
móveis em nossa sociedade. (A) Vendem-se casas.
III. Os vigias de banco estão sempre alerta para evi- (B) Ela se arrependeu do que fez.
tar o uso de celulares em agências. (C) Você sairá só se for possível.
A concordância nominal está correta em (D) Vá-se para bem longe de seus inimigos.
(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas. Se tão contrário a si é o mesmo amor? = conjunção
(C) II e III, apenas. condicional
(D) I, II e III. (A) Vendem-se casas.= pronome apassivador (casa são
vendidas)
I. É proibido o uso de aparelhos celulares em postos (B) Ela se arrependeu do que fez.= pronome reflexivo
de gasolina. (C) Você sairá só se for possível. = conjunção condi-
II. Bastantes pessoas fazem uso diário de telefones mó- cional
veis em nossa sociedade. (D) Vá-se para bem longe de seus inimigos. = partícula
III. Os vigias de banco estão sempre alerta para evitar o de realce
uso de celulares em agências.

186
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

*Observação: (A) Sempre poderá ocorrer, num espelho mágico ou


na nossa imprensa, hesitações entre adular o poderoso
partícula de realce - o SE servirá neste caso para realçar e refletir a realidade.
aquilo que está sendo dito, e portanto poderá ser retirado da (B) Assim como o lenhador, outros personagens há,
frase sem prejudicar a sua estrutura sintática e coesão. nas histórias de fadas, cujo modesto desempenho acar-
(fonte: http://www.infoescola.com/portugues/funcoes- retam efeitos decisivos para a trama.
-do-se/) (C) Reservam-se a personagens como o Príncipe
Encantado, símbolos reincidentes dessas histórias, uma
RESPOSTA: “C”. função das mais previsíveis.
(D) O autor sugere que, na história da humanidade,
30-) (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP exercem papéis da maior relevância quem acaba per-
- AGENTE OPERACIONAL – VUNESP/2012) Leia as ora- manecendo no anonimato.
ções a seguir. (E) Entre as virtudes do lenhador consta, não res-
I. Me diga se há amor nas ações humanas. tam quaisquer dúvidas, a da compaixão, sem falar na
II. Perdoei-lhe, mas não quero vê-la. coragem de sua escolha.
III. Não procure-me amanhã.
A colocação pronominal está de acordo com a nor- Fiz as correções entre parênteses:
ma-padrão apenas em (A) Sempre poderá (poderão) ocorrer, num espelho
(A) I. mágico ou na nossa imprensa, hesitações entre adular o
(B) II. poderoso e refletir a realidade.
(C) III. (B) Assim como o lenhador, outros personagens há, nas
(D) I e II. histórias de fadas, cujo modesto desempenho acarretam
(acarreta) efeitos decisivos para a trama.
(C) Reservam-se (reserva-se) a personagens como o
I. Me diga se há amor nas ações humanas. = Diga-me
Príncipe Encantado, símbolos reincidentes dessas histórias,
(início de período)
uma função das mais previsíveis.
II. Perdoei-lhe, mas não quero vê-la.
(D) O autor sugere que, na história da humanidade,
III. Não procure-me amanhã. = não me procure
exercem (exerce) papéis da maior relevância quem acaba
RESPOSTA: “B”.
permanecendo no anonimato.
(E) Entre as virtudes do lenhador consta, não restam
31-) (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP
quaisquer dúvidas, a da compaixão, sem falar na coragem
- AGENTE OPERACIONAL – VUNESP/2012) O uso do
de sua escolha.
acento indicativo da ocorrência de crase está de acordo
com a norma-padrão em: RESPOSTA: “E”.
(A) Naquele curso, os alunos assistem às aulas pela
internet e começaram a estudar poesia. 33-) (INFRAERO – ENGENHEIRO SANITARISTA –
(B) Enviaremos a editora e à vossa senhoria os poe- FCC/2011) Está inteiramente correta a pontuação do
mas reunidos para análise. seguinte período:
(C) O escritor não dá ouvidos à reclamações que (A) Os personagens principais de uma história, res-
não tratem de seus textos. ponsáveis pelo sentido maior dela, dependem, muitas
(D) No que se refere à esquema da métrica, os poe- vezes, de pequenas providências que, tomadas por fi-
tas clássicos são mais cuidadosos. gurantes aparentemente sem importância, ditam o
rumo de toda a história.
Fiz as correções entre parênteses: (B) Os personagens principais, de uma história, res-
(A) Naquele curso, os alunos assistem às aulas pela in- ponsáveis pelo sentido maior dela, dependem muitas
ternet e começaram a estudar poesia. vezes, de pequenas providências que tomadas por figu-
(B) Enviaremos a (à) editora e à (a) vossa senhoria os rantes, aparentemente sem importância, ditam o rumo
poemas reunidos para análise. de toda a história.
(C) O escritor não dá ouvidos à (a) reclamações que (C) Os personagens principais de uma história, res-
não tratem de seus textos. ponsáveis pelo sentido maior dela dependem muitas
(D) No que se refere à (a) esquema da métrica, os poe- vezes de pequenas providências, que, tomadas por fi-
tas clássicos são mais cuidadosos. gurantes aparentemente, sem importância, ditam o
rumo de toda a história.
RESPOSTA: “A”. (D) Os personagens principais, de uma história, res-
ponsáveis pelo sentido maior dela, dependem, muitas
32-) (INFRAERO – ENGENHEIRO SANITARISTA – vezes de pequenas providências, que tomadas por figu-
FCC/2011) As normas de concordância verbal estão rantes aparentemente sem importância, ditam o rumo
plenamente contempladas na frase: de toda a história.

187
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

(E) Os personagens principais de uma história, res- (D) Não se imagine que das renúncias pessoais dos in-
ponsáveis, pelo sentido maior dela, dependem muitas divíduos ...... (depender) o sucesso de um grupo. . = perma-
vezes de pequenas providências, que tomadas por figu- nece no singular
rantes, aparentemente, sem importância, ditam o rumo (E) Os ganhos que se ...... (obter) com o trabalho de um
de toda a história. grupo traduzem o comprometimento de cada indivíduo. =
vai para o plural: obtêm
Como os itens apresentam o mesmo texto, a indicação
da alternativa correta aponta quais são as incorreções nas RESPOSTA: “E”.
demais.
36-) (INFRAERO – ENGENHEIRO SANITARISTA –
RESPOSTA: “A”. FCC/2011) Está adequada a correlação entre os tempos
e os modos verbais na frase:
34-) (INFRAERO – ENGENHEIRO SANITARISTA – (A) Não imaginou que prejudicaria o grupo se aten-
FCC/2011) Transpondo-se para a voz passiva a frase Um der a uma necessidade que fosse inteiramente sua.
figurante pode obscurecer a atuação de um protagonis- (B) Caso a partida de vôlei terminasse naquele ins-
ta, a forma verbal obtida será: tante, todo o trabalho desenvolvido ao longo do ano
(A) pode ser obscurecido. estará prejudicado.
(B) obscurecerá. (C) A menos que se promova alguma mudança na
(C) pode ter obscurecido. condução deste trabalho, nosso grupo estaria fadado a
(D) pode ser obscurecida. fracassar.
(E) será obscurecida. (D) Ainda que surgissem dificuldades maiores do
que as que o nosso grupo enfrentou, elas haveriam de
Um figurante pode obscurecer a atuação de um pro- ser transpostas.
tagonista. (E) Nenhum de nós teria enfrentado tantos dissa-
Se na voz ativa temos um verbo, na passiva teremos bores pessoais, caso os líderes do grupo houverem de-
dois; se na ativa temos dois, na passiva teremos três. Então: monstrado maior generosidade.
A atuação de um protagonista pode ser obscurecida por
um figurante. (A) Não imaginou que prejudicaria o grupo se atender
RESPOSTA: “D”. (atendesse)a uma necessidade que fosse inteiramente sua.
(B) Caso a partida de vôlei terminasse naquele instante,
35-) (INFRAERO – ENGENHEIRO SANITARISTA – todo o trabalho desenvolvido ao longo do ano estará (es-
FCC/2011) O verbo indicado entre parênteses deverá taria) prejudicado.
flexionar-se numa forma do plural para preencher ade- (C) A menos que se promova alguma mudança na con-
quadamente a lacuna da seguinte frase: dução deste trabalho, nosso grupo estaria (estará) fadado
(A) Aos esforços de cada um dos indivíduos ...... a fracassar.
(competir), muitas vezes, promover as conquistas de (D) Ainda que surgissem dificuldades maiores do que
um grupo. as que o nosso grupo enfrentou, elas haveriam de ser
(B) Não ...... (cumprir) aos membros de um grupo transpostas.
culpar-se individualmente pelo fracasso de um traba- (E) Nenhum de nós teria enfrentado tantos dissabores
lho. pessoais, caso os líderes do grupo houverem (houvessem)
(C) Sim, a união faz a força, mas a cada um dos indi- demonstrado maior generosidade.
víduos do grupo ...... (caber) também contar com suas
próprias forças. RESPOSTA: “D”.
(D) Não se imagine que das renúncias pessoais dos
indivíduos ...... (depender) o sucesso de um grupo. 37-) (PREFEITURA DA ESTÂNCIA HIDROMINERAL
(E) Os ganhos que se ...... (obter) com o trabalho DE POÁ/SP – PROFESSOR ADJUNTO DE EDUCAÇÃO
de um grupo traduzem o comprometimento de cada BÁSICA II – LÍNGUA PORTUGUESA / LÍNGUA INGLESA
indivíduo. – VUNESP/2013) Assinale a alternativa em que a con-
cordância segue a norma-padrão da língua portuguesa.
(A) Aos esforços de cada um dos indivíduos ...... (com- (A) Existe, hoje, tablets, lousas interativas e aplicati-
petir), muitas vezes, promover as conquistas de um grupo. vos desenvolvidos especialmente para a educação.
= permanece no singular (B) Foi incorporado, à educação atual, alguns valo-
(B) Não ...... (cumprir) aos membros de um grupo cul- res e expectativas da sociedade do conhecimento.
par-se individualmente pelo fracasso de um trabalho. . = (C) Com o passar dos anos, devem haver cada vez
permanece no singular mais computadores portáteis nas escolas brasileiras.
(C) Sim, a união faz a força, mas a cada um dos indiví- (D) O número de alunos que declaram ter aprendi-
duos do grupo ...... (caber) também contar com suas pró- do a usar o computador e/ou a internet sozinhos au-
prias forças. . = permanece no singular menta a cada dia.

188
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

(E) De acordo com a pesquisa, 44% dos alunos do 40-) (BACEN – TÉCNICO DO BANCO CENTRAL –
ensino público e 54% do ensino privado dispõe de inter- CESGRANRIO/2010) As palavras que se acentuam pelas
net em seus celulares. mesmas regras de “conferência”, “razoável”, “países” e
“será”, respectivamente, são
(A) Existe (existem), hoje, tablets, lousas interativas e apli- a) trajetória, inútil, café e baú.
cativos desenvolvidos especialmente para a educação. b) exercício, balaústre, níveis e sofá.
(B) Foi (foram) incorporado (incorporados), à educação c) necessário, túnel, infindáveis e só.
atual, alguns valores e expectativas da sociedade do conhe- d) médio, nível, raízes e você.
cimento. e) éter, hífen, propôs e saída.
(C) Com o passar dos anos, devem (deve) haver cada vez
mais computadores portáteis nas escolas brasileiras. Vamos classificar as palavras do enunciado:
(D) O número de alunos que declaram ter aprendido a 1-) Conferência = paroxítona terminada em ditongo
usar o computador e/ou a internet sozinhos aumenta a cada 2-) razoável = paroxítona terminada em “l’
dia.
3-) países = regra do hiato
(E) De acordo com a pesquisa, 44% dos alunos do ensino
4-) será = oxítona terminada em “a”
público e 54% do ensino privado dispõe (dispõem) de internet
a) trajetória, inútil, café e baú.
em seus celulares.
Trajetória = paroxítona terminada em ditongo; inútil =
RESPOSTA: “D”. paroxítona terminada em “l’; café = oxítona terminada em
“e”
38-) (PREFEITURA DA ESTÂNCIA HIDROMINERAL DE b) exercício, balaústre, níveis e sofá.
POÁ/SP – PROFESSOR ADJUNTO DE EDUCAÇÃO BÁSI- Exercício = paroxítona terminada em ditongo; balaús-
CA II – LÍNGUA PORTUGUESA / LÍNGUA INGLESA– VU- tre = regra do hiato; níveis = paroxítona terminada em “i +
NESP/2013) Assinale a alternativa em que o acento indica- s”; sofá = oxítona terminada em “a”.
tivo de crase está empregado corretamente. c) necessário, túnel, infindáveis e só.
(A) O amplo acesso à tecnologia parece ter se tornado Necessário = paroxítona terminada em ditongo; túnel
imprescindível no contexto atual da educação. = paroxítona terminada em “l’; infindáveis = paroxítona ter-
(B) Muitas mudanças deverão ocorrer para que a esco- minada em “i + s”; só = monossílaba terminada em “o”.
la esteja adaptada à esta nova era da comunicação digital. d) médio, nível, raízes e você.
(C) Atualmente, os professores estão mais capacitados Médio = paroxítona terminada em ditongo; nível = pa-
à aplicar as ferramentas da informática em sala de aula. roxítona terminada em “l’; raízes = regra do hiato; será =
(D) Não basta ter computadores modernos, é preciso oxítona terminada em “a”.
saber conduzir o aluno à uma abordagem crítica dos con- e) éter, hífen, propôs e saída.
teúdos acessados. Éter = paroxítona terminada em “r”; hífen = paroxítona
(E) Os professores devem adaptar-se à novos aplicati- terminada em “n”; propôs = oxítona terminada em “o + s”;
vos desenvolvidos especialmente para a educação. saída = regra do hiato.
(A) O amplo acesso à tecnologia RESPOSTA: “D”.
(B) Muitas mudanças deverão ocorrer para que a escola
esteja adaptada à (a) esta nova era da comunicação digital. 41-) (BACEN – TÉCNICO DO BANCO CENTRAL –
(C) Atualmente, os professores estão mais capacitados à CESGRANRIO/2010) Leia as frases abaixo
(a) aplicar as ferramentas da informática em sala de aula.
A Inglaterra aprovou uma lei pela qual o país terá
(D) Não basta ter computadores modernos, é preciso sa-
de cortar em 80% ____ suas emissões de carbono.
ber conduzir o aluno à (a) uma abordagem crítica dos conteú-
O fato de as cifras virem ____ tona antes da confe-
dos acessados.
(E) Os professores devem adaptar-se à (a) novos aplicati- rência é outro sinal alentador. Esse cipoal de números
vos desenvolvidos especialmente para a educação. torna complexa _____ discussão em Copenhague, mas
não a inviabiliza. O Presidente Barack Obama anunciou
RESPOSTA: “A”. que vai _____ Copenhague e que se compromete com
um corte de 17% até 2020.
39-) (ANTT – TODOS OS CARGOS – NÍVEL INTERME- As palavras que, na sequência, preenchem as lacu-
DIÁRIO – CESPE/2013) Em “a privatização” e em “a co- nas acima corretamente são
brança”, o emprego do sinal indicativo de crase é opcional. a) as - à - a - a.
b) às - à - a - a
Muitos são contra a privatização de rodovias e a cobrança c) às - a - à - à.
de pedágio. A regência nominal de “contra” pede artigo, não d) as - a - a - à.
preposição: contra quem? Contra o quê? A crase não é op- e) as - a - a - a.
cional, é proibida!
A Inglaterra aprovou uma lei pela qual o país terá de
RESPOSTA: “ERRADO”. cortar em 80% as suas emissões (objeto direto, sem prepo-
sição) de carbono.

189
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

O fato de as cifras virem à tona (locução adverbial de D) “Elas são assediadas pelo mercado” = voz passiva
lugar) antes da conferência é outro sinal alentador. Esse ci- E) “valores distorcidos são de fato um problema de or-
poal de números torna complexa a discussão (objeto di- dem ética” = ativa (verbo de ligação); não dá para passar
reto) em Copenhague, mas não a inviabiliza. O Presidente para a passiva
Barack Obama anunciou que vai a Copenhague (use a re-
grinha do “vou a, volto de, crase pra quê? Vou a Copenha- RESPOSTA: “D”.
gue, volto de Copenhague) e que se compromete com um
corte de 17% até 2020. 44-) (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –
RESPOSTA: “A”. PROCON – ADVOGADO – CEPERJ/2012 - ADAPTADA)
Quanto à colocação pronominal, um fragmento que
42-) (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO exemplifica um caso de próclise obrigatória, de acordo
com a norma culta da língua, está em:
– PROCON – ADVOGADO – CEPERJ/2012) As palavras
A) “Hoje, todos são estimulados a consumir de
“consumismo” e “consumista” são exemplos do seguin-
modo inconsequente.”
te tipo de derivação: B) “todos voltam os olhares para a infância”
A) prefixal C) “a publicidade não se dirige às crianças”
B) sufixal D) “esse mercado movimentou cerca de R$ 39 bi-
C) regressiva lhões”
D) parassintética E) “Elas sentem-se mais atraídas por produtos e ser-
E) reduplicativa viços”

Ambas as palavras derivam de “consumo”, acrescentan- A alternativa que apresenta uma obrigatoriedade do
do-se o sufixo “ismo” e “ista”, respectivamente. Portanto: uso da próclise é a “C”, devido à presença do advérbio
derivação sufixal. “não”.

*Observação: Reduplicativa = a reduplicação da par- RESPOSTA: “C”.


te inicial do lexema. Ex.: papá, mamã (linguagem infantil);
45-) (METRÔ/SP – ADVOGADO TRAINEE – FCC/2010)
Lulu, Zezé (denotação de carinho em nomes de parentesco)
Está inteiramente adequada a pontuação da frase:
(fonte: http://www.filologia.org.br/abf/volume2/nume- (A) Por vezes não se compreendem, mesmo expres-
ro1/02.htm) sões como as do texto, porque os símbolos, não deixam
de ser enigmáticos, quando não obscuros.
RESPOSTA: B (B) Por vezes, não se compreendem mesmo expres-
sões, como as do texto, porque os símbolos não deixam
43-) (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – de ser, enigmáticos, quando não obscuros.
PROCON – ADVOGADO – CEPERJ/2012) “todos que são (C) Por vezes não se compreendem mesmo, expres-
impactados pelas mídias de massa” sões como as do texto porque, os símbolos, não deixam
O fragmento transcrito acima apresenta uma cons- se ser enigmáticos, quando não, obscuros.
trução na voz passiva do verbo. Outro exemplo de voz (D) Por vezes não se compreendem, mesmo expres-
passiva encontra-se em: sões como as do texto porque os símbolos não deixam
A) “As crianças brasileiras influenciam 80% das de- de ser, enigmáticos, quando não obscuros.
(E) Por vezes, não se compreendem, mesmo, ex-
cisões de compra de uma família”
pressões como as do texto, porque os símbolos não
B) “A publicidade na TV é a principal ferramenta do
deixam de ser enigmáticos, quando não, obscuros.
mercado para a persuasão do público infantil”
C) “evidenciaram outros fatores que influenciam as Visto que os itens apresentam texto igual, não identifi-
crianças brasileiras nas práticas de consumo.” quei as incorreções nas demais alternativas, pois a correta
D) “Elas são assediadas pelo mercado” já realiza tal função!
E) “valores distorcidos são de fato um problema de
ordem ética” RESPOSTA: “E”.

A) “As crianças brasileiras influenciam 80% das deci-


sões de compra de uma família” = voz ativa
B) “A publicidade na TV é a principal ferramenta do
mercado para a persuasão do público infantil” = ativa (ver-
bo de ligação); não dá para passar para a passiva
C) “evidenciaram outros fatores que influenciam as
crianças brasileiras nas práticas de consumo.” = ativa

190

Você também pode gostar