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CAP 14, mendel e a ideia de gene. Jane B.

Reece - Biologia de Campbell, 10ª Edição (Artmed),


pág. 267.

Puxando cartas de um baralho de genes A multidão em uma partida de futebol demonstra a


variedade e a diversidade maravilhosas da espécie humana. Olhos castanhos, azuis ou cinzas;
cabelos pretos, castanhos ou loiros – esses são apenas alguns exemplos de variações na
hereditariedade que podemos observar. Quais são os princípios genéticos responsáveis pela
transmissão dessas características dos pais para os filhos? A explicação de hereditariedade
mais utilizada durante os anos 1800 era a da hipótese da “mistura”, a ideia de que o material
genético doado pelos pais se mistura de maneira análoga em que o azul e o amarelo são
misturados para obter o verde. Essa hipótese prediz que, ao longo de várias gerações, uma
população com cruzamento livre dará origem a uma população uniforme de indivíduos, algo
que não observamos. A hipótese da mistura também falha ao explicar o reaparecimento de
características que foram omitidas em uma geração. Uma alternativa para o modelo da
mistura é a hipótese de herança “particulada”: a ideia de gene. De acordo com esse modelo,
os pais passam adiante unidades herdáveis separadas – os genes – que retêm suas identidades
separadas na descendência. Uma coleção de genes de um organismo é mais semelhante a um
baralho de cartas do que a um balde de tinta. Como no jogo de cartas, os genes podem ser
embaralhados e passados adiante, geração após geração, de forma não diluída. A genética
moderna teve sua origem no jardim de um mosteiro, onde um monge chamado Gregor
Mendel documentou um mecanismo particulado de herança utilizando plantas de ervilhas.
Mendel desenvolveu sua teoria de hereditariedade algumas décadas antes de os cromossomos
serem observados ao microscópio e a significância do comportamento dos cromossomos ser
compreendida. Neste capítulo, voltaremos ao jardim de Mendel para recriar seus
experimentos e explicar como Mendel chegou à sua teoria da hereditariedade. Também
exploraremos padrões de herança mais complexos do que os observados por Mendel no
jardim de ervilhas. Finalmente, veremos como o modelo mendeliano se aplica às variações de
hereditariedade humana, incluindo os distúrbios hereditários, como a anemia falciforme.

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